caderno marcio fernandes/estadÃo (11) 3855-2001...
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CONSÓRCIOS
Casa novano horizonte
Modalidade de acesso ao créditopara a compra de bens imobiliários temcusto mais baixo do que o financiamento,mas exige planejamento de compra
Pág. I4
THIAGO JARDIM/ESTADÃO
MERCADO
Venda à vista predominaPesquisa divulgada peloConselho Regional de Cor-retores de Imóveis de SãoPaulo (Creci-SP) apontaque 52,76% dos paulistanosque compraram imóveisusados optaram pelo paga-mento à vista em setembro.O índice é o mais alto desdeoutubro de 2011, quando60,47% das vendas forampagas desta forma.
Os dados mostraram tam-
bém uma queda de 32,37%no volume de casas e aparta-mentos vendidos e de13,84% no número de unida-des alugadas no período.
O relatório aponta, ain-da, que as formas de garan-tia mais utilizadas nos alu-guéis são fiadores, em43,03% dos casos. O seguro-fiança (29,09%), e o depósi-to antecipado (25,45%),completam a lista.
5.058Ofertas de Imóveis
neste caderno
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Anuncie nosClassificados do Estadão
3855-2001(11)
Quervenderseuimóvel
Realização e construçãoInformações
2155.1387Intermediação
CRECI: 22856-J
Central de Vendas Itaplan: Av. Brasil, 1.121 - www.itaplan.com.br - Tel.: 3167-2233 - Registro de Incorporação R2 na Matrícula nº 189.614 do 6º Cartório de Registro de Imóveis em 11/05/2011. Ilustrações, fotos, mobiliário (em dimensões comerciais),peças de decoração e acabamentos constantes neste material têm caráter exclusivamente promocional, não fazendo parte do contrato. Croqui de localização sem escala. * Item adquirido no Diálogo Personal. ** Para 1 elevador e parte das áreas comuns.
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CLASSIFICADOS O ESTADO DE S. PAULO DOMINGO, 2 DE DEZEMBRO DE 2012 na internet: zap.com.br
(*) Taxa depende do valor da carta de crédito
É um instrumento de autofi-nanciamento em que pes-soas físicas ou jurídicas, reu-nidas em grupos, poupamrecursos para a aquisição deum bem. Os consorciadosadquirem cotas para ingres-sar nos grupos e, contempla-dos por sorteio ou lance, têmacesso ao crédito desejado.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃONO PRAZO MÁXIMO
18%De 16% a 19% *De 17% a 20% *24,5% (sem taxa de adesão)17%17%18%De 15% a 18% *
FUNDODE RESERVA
3%5%0,5%-2%3%3%5%
O professor de finanças FabioGallo, da Escola de Administra-ção de Empresas da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV-Eaesp), écrítico ferrenho dos consórcios.Mas diz que se a opção do consu-midor for mesmo a adesão a umgrupo, ele deve fazer uma pesqui-sa antes de fechar o negócio.“Consulte o Banco Central, ór-
gãos de defesa do consumidor e aAbac para saber, por exemplo, sea empresa é credenciada.”
Gallo conta os motivos de suacontrariedade em relação a con-sórcios. “Se você vai poupar, nãovejo muito sentido em pagar pa-ra alguém tomar conta do seu di-nheiro. Só vale a pena para aque-le cliente que não consegue mes-
mo poupar”, diz. Ele acreditaque o consumidor possa aprovei-tar a disposição de guardar di-nheiro de forma mais rentável,se não tem a urgência pelo bem.“Fundos imobiliários não têm in-cidência de imposto de renda”,exemplifica.
Histórias de sucesso de algunsconsorciados funcionam, segun-do Gallo, como instrumento demarketing para as administrado-ras, mas não invalidam o risco deo cliente pagar as cotas por lon-go período apenas como poupa-dor, sem ter acesso à carta de cré-dito. “Pode dar um lance,mas esetodos participantes pensarem damesma formal? Se ficar por últi-mo, vai pagar e não vai ter o bemantes do fim do prazo máximo.”
Na mira dos consumidores de longo prazo
● O Banco Central (BC) é a autori-dade competente no País paranormatizar e fiscalizar o sistemanacional de consórcios.
No site do BC (www.bcb.gov.br/?consorcio), o cidadão pode,por exemplo, obter informaçõessobre as administradoras autori-zadas a formar novos grupos,além de entender a regulamenta-ção específica da atividade e co-nhecer algumas das principais
terminologias neste assunto.A Associação Brasileira de
Administradoras de Consórcios(Abac) também pode dar umaajuda aos iniciantes. Ela prestainformações sobre as empresasespecializadas nessa modalida-de de operação que atuam emtodo os estados do País.
Além disso, o site da entidade(www.abac.org.br) possui umespaço totalmente dedicado aosconsumidores. Nele, há um pas-so a passo com os principais pon-tos envolvendo a compra de co-tas, as contemplações, as for-mas de participação, os grupos,os prazos, as parcelas, as anteci-
pações de pagamento, as possibi-lidades de utilização do crédito eas implicações da inadimplência.
A Abac tem ainda campanhasinformativas à disposição dospotenciais consumidores e umacartilha com orientações para ouso dos recursos do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço(FGTS) na aquisição da casa pró-pria por meio dos consórcios.
O material, que pode ser baixa-do gratuitamente pelo usuário, éorganizado na forma de pergun-tas e respostas. O site da entida-de, por outro lado, traz indica-ções de livros especializados noassunto e links úteis.
‘Consulte antes oBC para saber se aempresa é credenciada’
NO MERCADO
PARA ENTENDER
Consórcios oferecem custos menores do que o financiamento, mas exigem boa dose de paciência, estratégia ou sorte dos participantes
EVELSON DE FREITAS /ESTADÃO
NOME DA ADMINISTRADORADE CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Bradesco ConsórciosCaixa ConsórciosConsórcio Porto SeguroRodobens ConsórciosConsórcio EmbraconItaú ConsórcioHSBC ConsórcioBB Consórcios
VALOR MÍNIMO E MÁXIMODAS COTAS À DISPOSIÇÃO
De R$ 50 mil a R$ 300 milDe R$ 30 mil a R$ 700 milDe R$ 50 mil a R$ 400 milDe R$ 60 mil a R$ 500 milDe R$ 50 mil a R$ 400 milDe R$ 30 mil a R$ 700 milDe R$ 70 mil a R$ 700 milDe R$ 30 mil a R$ 700 mil
PRAZOMÁXIMO
144 meses200 meses180 meses180 meses180 meses192 meses180 meses200 meses
Gustavo Coltri
O técnico de prótese dentáriaTiago Alves, de 31 anos, procu-rou, em 2011, um consórcio paraadquirir um novo apartamentoquando suas condições financei-ras melhoraram. Já o médicoMauro Grynszpan, de 53, preten-dia investir os recursos que acu-mulara durante a vida profissio-nal ao aderir a um grupo de con-sorciados, há cerca de dez anos.Hoje, um tem casa nova, e outroganha dinheiro como investidorno mercado imobiliário. Histó-rias felizes e de sorte grande.
Apenas nove meses depois deentrar no negócio, o protéticofoi contemplado por sorteio emum das duas cotas que adquiriu.“Vendi meu apartamento no diaseguinte que fui contemplado,peguei parte do dinheiro e deium lance para a outra cota”, con-ta. De posse de duas cartas decrédito e de recursos da vendado seu antigo bem, pôde com-prar o apartamento onde vive,em São Bernardo do Campo.
O médico foi mais arrojado.Com suas reservas financeiras,ele garantiu por lance o créditode uma série de cartas que, jun-tas, foram suficientes para pagarum imóvel comercial de alto pa-drão, dando início ao seu acúmu-lo de patrimônio. Ele quitou,com os rendimentos da locaçãodo bem, as cotas que adquiriu.“É preciso ter um capital inicial,conhecer o mercado e ter sorte.”
Os consórcios podem ser usa-dos com variadas finalidades, dacompra de um terreno à reformae à construção de edificações. Oacesso ao crédito, porém, nemsempre é tão rápido quanto foipara esses dois consumidores –depende da duração do grupoformado, da sorte e da estratégiados participantes.
“Esse é um caminho interme-diário entre o financiamento e apoupança prévia. O financiamen-to ainda é muito caro. E é compli-cado fazer um plano de poupan-ça se a pessoa não tem muitosrecursos, porque os juros da ren-da fixa caíram”, diz o educadorfinanceiro Mauro Calil. O custodos consórcios envolve basica-mente a taxa de administraçãodo agente financeiro, um fundode reserva e, de forma opcional,um seguro de vida.
No mercado, há cartas de cré-dito de até R$ 700 mil em grupos
de 200 meses e taxas totais deadministração – para todo o pe-ríodo – de até 24,5% entre asmaiores administradoras. Algu-mas empresas cobram nesse por-centual taxas de adesão nos pri-meiros meses de participação. Ofundo de reserva, por sua vez,não passa de 5% do valor da cota,e parte dos recursos é devolvidaapós o encerramento do grupo.
De acordo com Calil, a con-templação costuma ser vantajo-sa quando ocorre no início dotempo de vida do consórcio, namedida em que o cliente podeadquirir o bem enquanto os ou-tros participantes são apenaspoupadores. Os lances, se sele-cionados, são formas de anteci-par o acesso aos recursos.
“Todo mês é feita uma assem-bleia e, nela, sorteamos quem te-rá o direito de obter o crédito. Hátambém os contemplados porlance fixo e lance livre”, diz o di-retor de consórcios da Caixa Se-guros, Maurício Maciel.
Assim como ocorre nos finan-ciamentos imobiliários, os recur-sos do Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS) po-dem ser usados nos consórcios –neste último caso, inclusive paracompor os lances nas assem-bleias. “É uma vantagem que oconsumidor deve olhar commais atenção”, diz o presidenteda Associação Brasileira de Ad-ministradoras de Consórcios(Abac), Paulo Roberto Rossi.
“Se a pessoa quer fazer umacompra programada, o consór-cio é muito atrativo. Mas, se pre-cisa do imóvel de imediato, vaipara o financiamento imobiliá-rio”, acrescenta o diretor da Bra-desco Consórcio, Hélio Dias.
Reportagem de capa
O que é umconsórcio?
Negócio.MauroGrynszpanutilizoumodalidadeparacomprarimóveis deinvestimento
Se quiser adquirircotas, saibaonde se informar
● Veja a evolução do mercado de consórcios de imóveis no País
PANORAMA
Consorciados Tíquete médioVALOR MÉDIO DA COTA NO MÊS
DE JANEIRO A SETEMBRO
Acumulado no anoNO PRIMEIRO QUADRIMESTRE
Perfil
VENDAS DE NOVAS COTAS
CONTEMPLAÇÕES
VOLUME DE NEGÓCIOS
SET2011
SET/2011
SET2012
610 MILR$ 121,0 MIL
SET/2012R$ 111,3 MIL
665 MIL
154,6 MIL
146,3 MIL
54,2 MIL
56,3 MIL
R$ 16,2 BILHÕES
R$ 15,1 BILHÕES
2011 2012
-5,3%VARIAÇÃO
-8%VARIAÇÃO
-6,8%VARIAÇÃO
3,9%VARIAÇÃO
9%VARIAÇÃO
INFOGRÁFICO/ESTADÃOFONTE: ABAC
Por gênero
Por classe
A: 2
0%
B: 54%
C: 26%
Masculino: 65%
Feminino: 35%
20 a 29
30 a 39 40 a 50
12%
Por idade (em anos)
36
%52%
%HermesFileInfo:Ci-4:20121202:4 Imóveis 1 DOMINGO, 2 DE DEZEMBRO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO CLASSIFICADOS