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P l a n o M u n i c i p a l d e D e f e s a d a F l o r e s t a C o n t r a I n c ê n d i o s
C a d e r n o I I – I n f o r m a ç ã o B a s e
2
Caderno II – Informação de Base
Índice 2
1. Caracterização Física do Concelho da Covilhã 4
1.1. Enquadramento Geográfico do Concelho 4
1.1.1. Caracterização Geográfica do Concelho 5
1.2. Modelo Digital do Terreno 6
1.2.1. Caracterização do Terreno 6
1.3. Declives 7
1.3.1. Caracterização Orográfica do Concelho 7
1.4. Exposições 8
1.4.1. Caracterização da Distribuição de Vertentes 8
1.5. Hidrografia 9
1.5.1. Caracterização Hidrográfica do Concelho 9
2. Caracterização Climática 10
2.1. Caracterização Climática do Concelho 10
2.1.1. Caracterização Climatológica do Concelho 10
2.2. Temperaturas 11
2.2.1. Caracterização Térmica do Concelho 11
2.3. Humidade 11
2.4. Precipitação 12
2.4.1. Caracterização da Precipitação no Concelho – Neve, granizo e saraiva 12
2.5. Ventos Dominantes 13
2.5.1. Caracterização dos Ventos Dominantes 13
3. Caracterização da População 14
3.1. População Residente e Densidade Populacional 14
3.1.1. Caracterização Demográfica do Concelho 16
3.2. Índice de Envelhecimento (1981/1991/2001) 17
3.3. População por Sector de Actividade 18
3.3.1. Caracterização da População por Sectores de Actividade 20
3.4. Taxa de Analfabetismo 21
3.4.1. Caracterização da Literacia da População 22
4. Parâmetros Considerados para a Caracterização do Uso do Solo e Zonas
Especiais
23
4.1. Ocupação do Solo 23
3
4.1.1. Caracterização do Uso dos Solos e Zonas Especiais 24
4.2. Povoamentos Florestais 25
4.2.1. Caracterização dos Povoamentos Florestais 25
4.3. Áreas Protegidas, Rede Natura 2000 (ZPE+ZEC) e Regime Florestal 26
4.3.1. Caracterização das Áreas Protegidas, ZPE, ZEC e Regime Florestal 28
4.4. Instrumentos de Gestão Florestal 29
4.4.1. Caracterização das Áreas Florestais do Concelho 29
4.5. Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca 30
4.5.1. Caracterização dos Espaços Florestais de Recreio 30
4.6. Romarias e Festas 32
4.6.1. Caracterização das Festividades no Concelho 33
5. Análise do Histórico e da Causalidade dos Incêndios Florestais 34
5.1. Incêndios Florestais – Portugal (Totais Nacionais) 34
5.2. Área Ardida e Ocorrências no concelho da Covilhã 35
5.2.1. Caracterização da Área Ardida e Ocorrências no Concelho da Covilhã 36
5.2.2. Caracterização mensal da área ardida e número de ocorrências no Concelho da
Covilhã
37
5.2.3. Caracterização da Distribuição Semanal da Área Ardida e Número de Ocorrências 37
5.2.4. Caracterização da Distribuição Diária da Área Ardida e Número de Ocorrências 38
5.2.5. Caracterização da distribuição horária das ocorrências 38
5.3. Área Ardida por Tipo de Cobertura Vegetal 39
5.3.1. Caracterização da Área Ardida Relativamente ao Coberto Vegetal 39
5.4. Grandes Incêndios no concelho da Covilhã 40
5.4.1. Caracterização dos Grandes Incêndios 41
5.5. Pontos de Início e Causas 45
5.5.1. Caracterização dos Pontos de Ignição 46
5.7. Ocorrências 47
5.7.1 Caracterização das Ocorrências por Fonte e Hora de Alerta 48
6. Conclusões 49
7. Cartografia de Enquadramento 50
4
1. Caracterização Física do Concelho da Covilhã
1.1. Enquadramento Geográfico do Concelho
Carta de Enquadramento Geográfico do Concelho
O Concelho da Covilhã, localiza-se na zona interior da Região Centro, pertence ao Distrito de
Castelo Branco, e é parte integrante do agrupamento de concelhos da sub-região da Cova da Beira,
conjuntamente com os concelhos de Fundão e Belmonte.
O concelho da Covilhã confronta a Norte com o Distrito da Guarda, concelhos da Guarda,
Manteigas e Seia, a Oeste com o distrito de Coimbra, concelhos Pampilhosa da Serra e Arganil, a Sul
com o concelho do Fundão e a Este com o concelho de Belmonte.
O concelho da Covilhã está incluído na área de intervenção da Circunscrição Florestal do Centro, e
do Núcleo Florestal da Beira Interior Norte.
Conforme podemos observar no quadro que abaixo se apresenta, este concelho é formado por 31
freguesias, reflectindo assim uma enorme diversidade e complexidade quer em termos
administrativos quer em termos humanos e culturais.
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Freguesias Área 2003 (HA) Aldeia de S. Francisco de Assis 1.607,87 Aldeia do Souto 759,29 Barco 1.406,65 Boidobra 1.622,26 Canhoso 705,61 Cantar-Galo 578,60 Casegas 4.115,51 Cortes do Meio 4.740,30 Coutada 1.014,00 Covilhã (Conceição) 484,59 Covilhã (S. Martinho) 957,04 Covilhã (S. Pedro) 266,41 Covilhã (Santa Maria) 197,74 Dominguizo 494,90 Erada 4.339,59 Ferro 3.075,95 Orjais 1.889,80 Ourondo 709,22 Paul 2.399,24 Peraboa 2.720,16 Peso 1.009,86 S. Jorge da Beira 2.305,11 Sarzedo 1.106,70 Sobral de S. Miguel 2.393,56 Teixoso 3.563,68 Tortosendo 1.774,98 Unhais da serra 2.993,12 Vale Formoso 1.130,76 Vales do Rio 561,18 Verdelhos 3.649,31 Vila do Carvalho 987,85
Fonte: IGEOE/INE (CENSOS 2001)
1.1.1. Caracterização Geográfica do Concelho
No Distrito de Castelo Branco, o concelho da Covilhã ocupa uma superfície de 557,38 Km2.
Dos onze concelhos que fazem parte do Distrito de Castelo Branco, a Covilhã fica em quinto lugar a
nível de área e em segundo a nível de população, com um total de 54.505 habitantes.
É constituído por 53 aglomerados populacionais (incluindo lugares e anexas) que se inserem em
trinta e uma freguesias.
A área média das freguesias é de 1.792,29 ha.
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1.2. Modelo Digital do Terreno
Carta do Modelo Digital do Terreno
1.2.1. Caracterização do Terreno
A morfologia do concelho evidencia um conjunto de maiores altitudes na fronteira com o concelho
de Manteigas que corresponde aos contrafortes da Serra da Estrela. Nesta região as altitudes variam
entre 1.230m e 1.800m, encontrando-se aí a estação climatológica das Penhas da Saúde e o Lago
Viriato. O restante território do concelho varia entre as altitudes de 300m a 1.200m, correspondendo
as mais baixas ao sopé das vertentes e às margens das diversas ribeiras.
O Concelho de Covilhã insere-se na zona mais importante do País em termos de volume
montanhoso, denominado Cordilheira Central.
Dada a sua estrutura o concelho é considerado como bastante montanhoso, apresentando
dificuldades acrescidas no combate aos fogos florestais. Grande parte da superfície florestada do
concelho encontra-se precisamente nas terras com pior aptidão para a agricultura, ou seja, nas
encostas.
7
1.3. Declives
Carta de Declives
1.3.1. Caracterização Orográfica do Concelho
Como a carta de declives sugere, o concelho apresenta a maior parte da sua superfície com declives
inferiores a 10%, concretamente 12.000 ha o que representa cerca de 49% da sua área. Assim, é de
levar em consideração o grande potencial agrícola deste concelho. É de salientar ainda que, da
superfície total do concelho, 55.560,83 ha, apenas 7.000 ha apresentam declives superiores a 40%;
Da análise da carta anterior, constata-se uma dualidade na distribuição dos declives. Por um lado,
delineando toda a região Norte e Noroeste do concelho encontram-se os declives mais acentuados;
por outro toda a região sul e sudeste, apresenta declives inferiores a 20%.
Como já foi referido anteriormente, as condições morfológicas do concelho são, grosso modo,
favoráveis ao aparecimento e desenvolvimento de fogos florestais, uma vez que a superfície do
concelho apresenta uma forte rugosidade, como se pode constatar através do mapa das exposições.
Associado a este factor, a existência de fortes declives, provoca em muitos casos grande dificuldade
na actuação dos meios terrestres de combate aos fogos florestais.
8
1.4. Exposição
Carta de Exposições
1.4.1. Caracterização da Distribuição de Vertentes
Considerando a distribuição das vertentes segundo a sua exposição, verificamos que dominam as
áreas expostas a Sul seguidas das vertentes a Este. A fracturação é também marcante na evolução do
relevo concelhio, estando orientada, sobretudo segundo as direcções NW – SE e NNO - SSE,
frequente nesta zonas das Beiras. Isto reflecte-se claramente na orientação geral e local de parte da
rede de drenagem sobretudo a Sul do concelho, especialmente no traçado dos afluentes do rio
Zêzere.
A grande expressão das áreas expostas a Sul, indicia o desenvolvimento de grandes cargas de
combustível secas durante o Verão que facilitam o aparecimento e progressão de fogos florestais.
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1.5. Hidrografia
Carta Hidrográfica do Concelho
1.5.1. Caracterização Hidrográfica do Concelho
A zona em que se insere o concelho de Covilhã é tida como uma zona de condensação intensa, e daí
o seu clima ser particularmente pluvioso, com precipitação anual superior a 1200 mm. A circulação
das águas de infiltração, facilitada pela densa rede de diaclases de granito, geralmente alterado,
origina numerosas fontes e nascentes. Os cursos de água principais do concelho de Covilhã são o rio
Zêzere e as ribeiras de Unhais da Serra, do Paúl, de Cortes, de Corges, da Atalaia e a Ribeira das
Inguias. O Zêzere, como todos os rios portugueses, é de caudais irregulares, sofrendo grandes
estiagens de Verão, apresentando, por vezes, cheias de Inverno mas com um caudal médio algo
débil. Esta irregularidade de caudais está inteiramente ligada à pluviosidade verificada com a
ocorrência das chuvas.
No concelho, o Rio Zêzere percorre 55,3 km.
O total de ribeiras permanentes e não permanentes, de 2834, percorre um total de 96.020 metros no
concelho da Covilhã.
Existe bastante água, embora nem toda esteja disponível para utilização DFCI.
As enxurradas podem ter consequências graves ao nível da erosão das encostas e da segurança para
algumas freguesias.
10
2. Caracterização Climática
2.1. Caracterização Climática do Concelho
Carta da Rede Climatológica
2.1.1.Caracterização Climatológica do Concelho
A análise climática do concelho da Covilhã baseou-se nos dados referentes a quatro estações (uma
delas pertencente ao Instituto de Meteorologia), localizada no aeródromo da cidade da Covilhã.
As outras três estações pertencem ao INAG (Instituto Nacional da Agua)1. Os dados recolhidos são
de grande importância para o planeamento das intervenções de ordenamento, particularmente ao
permitirem determinar o leque de espécies possíveis, prever o risco de erosão e estabelecer medidas
para a sua mitigação (tal como planear e alertar os meios necessários para a prevenção dos
incêndios), perceber o fluxo turístico, o tipo de uso do solo existente e os factores anexos que
permitem uma leitura geral da paisagem do concelho.
Podemos, com base nos dados disponíveis, incluir o clima do Concelho de Covilhã, no tipo Csb da
classificação de KOPPEN (Climas Mesotérmicos Húmidos):
Temperatura do mês mais frio abaixo dos 18ºC, mas acima de -3ºC.
Verão fresco, temperatura do mês mais quente abaixo de 22ºC.
Verão seco, chove, pelo menos, três vezes mais no mês mais pluvioso de Inverno que no
mês mais seco de Verão. 1 As estações meteorológicas do Covão do Ferro e Sobral do S. Miguel já estão inactivas
11
2.2. Temperaturas
Temperaturas máximas e mínimas absolutas, nas estações de Penhas da Saúde e do Fundão (ºC)
(período 1951/80)
Est./Meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Penhas da Saúde
Max. 15 19 17,2 18,4 24,8 28,6 29,5 29 28,5 24 19 16
Min. -12,5 -16 -13 -7,2 -5 1,5 2 2 -4,8 -5 -9 -15
Fundão
Max. 20 21,7 27,8 28 33,1 38,1 39,4 38,9 37,9 31,6 27,1 20,2
Min. -7,2 -5,6 -5,8 0 2,6 5,4 8,5 7,1 4,4 -0,2 -3,2 -5,6
2.2.1. Caracterização Térmica do Concelho
A leitura do quadro anterior confirma o efeito determinante da altitude nas variações térmicas. Nas
Penhas da Saúde registaram-se temperaturas inferiores a 10ºC negativos em quatro meses (Fevereiro,
Março, Janeiro e Dezembro), enquanto o Fundão apresenta como temperatura mínima -7,2ºC
(Janeiro).
Por outro lado, a temperatura máxima para as duas estações é, respectivamente, de 29,5ºC nas
Penhas da Saúde (Julho) e 39,4ºC no Fundão (Julho), ou seja, uma variância aproximada de 10ºC,
traduzindo os efeitos de gradiente térmico vertical.
As amplitudes térmicas em ambas as estações, rondam os 30ºC, valor que pode ser considerado
como alto no contexto global do País. A sua ocorrência deve-se à continentalidade desta região que
provoca um arrefecimento muito forte nos meses de Inverno.
2.3. Humidade A sua posição geográfica, no Centro de Portugal, e as características orográficas da região fazem com
que o concelho seja atingido pelas massas de ar atlânticas carregadas de humidade, que provocam
elevadas precipitações (das mais elevadas no contexto do País). É de notar que nas primeiras horas
da manhã, os valores observados para a humidade relativa são consideravelmente elevados, ao longo
de quase todo o ano.
12
2.4. Precipitação
Tabelas de Precipitação no Concelho - Neve, granizo e saraiva
Número de dias com neve nas estações das penhas da Saúde e do Fundão (médias 1951/80)
Est./Meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Penhas da Saúde 5,8 6,9 4,9 2,5 0,6 0,1 0,0 0,0 0,0 0,5 2,4 4,4
Fundão 0,8 0,6 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7
Número de dias com granizo e saraiva nas estações das Penhas da Saúde e do Fundão (médias 1951/80)
Est./Meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. TOT.
Penhas da Saúde 0,1 0,0 0,1 0,1 0,5 0,5 0,2 0,0 0,3 0,1 0,0 0,0 1,9
Fundão 0,1 0,3 0,3 0,5 0,3 0,1 0,1 0,1 0,1 0,0 0,1 0,3 2,3
2.4.1.Caracterização da Precipitação no Concelho – Neve, granizo e saraiva
A neve é um fenómeno mais frequente nas Penhas da Saúde.
A maior altitude das Penhas da Saúde constitui o elemento diferenciador entre as duas estações. No
Fundão, a situação é semelhante à da cidade da Covilhã, considerando-se a queda de neve como um
fenómeno caracterizado pela raridade.
Quanto ao granizo e saraiva, estes são fenómenos de incidência escassa em ambas as estações e,
julgamos de ocorrência reduzida em Covilhã.
O estudo de precipitação pode ser realizado num âmbito mais alargado, dada a existência de postos
udométricos em Covilhã e Silvares. Comparando os valores destes dois postos udométricos e das
duas estações meteorológicas, observamos a maior incidência deste meteoro em Penhas da Saúde.
Neste caso, o factor predominante é a altitude, responsável pela ocorrência de chuvas de carácter
orográfico, na área definida como Cordilheira Central.
Se analisarmos apenas os dados das duas estações udométricas podemos constatar a existência de
chuvas bastante fortes na região onde a Covilhã se insere. Nos dois postos udométricos
considerados, já ocorreram precipitações diárias superiores a 110 mm, embora com maior frequência
na Covilhã.
O factor altitude, o relevo movimentado e a presença de áreas florestais importantes tornam esta
uma zona de condensação intensa, e daí o seu clima particularmente pluvioso, com precipitação
anual superior a 1.600 mm. Estes valores sugerem a possibilidade de existência de fortes variações
nos caudais dos rios e das ribeiras do Concelho. Deste modo, será necessário precaver e garantir a
manutenção (nomeadamente através da delimitação da Reserva Ecológica Nacional) dos canais
13
naturais de escoamento das águas, na perspectiva de evitar problemas como o das cheias, que
periodicamente afectam alguns espaços do território português.
2.5. Ventos Dominantes
Quadro de Caracterização Mensal da Frequência e Velocidade do Vento
N.d.
2.5.1. Caracterização dos Ventos Dominantes
N.d.
14
3. Caracterização da População
3.1. População Residente e Densidade Populacional
Carta da População Residente e Densidade Populacional
15
Tabela da População por Freguesias
FREGUESIAS 1981 1991 2001 VERDELHOS 930 833 875 SARZEDO 297 214 175 VALE FORMOSO 708 707 640 ALDEIA DO SOUTO 347 298 265 ORJAIS 1028 980 859 TEIXOSO 4076 3742 4415 VILA DO CARVALHO 5587 3723 2090 CORTES DO MEIO 1066 809 969 UNHAIS DA SERRA 1826 1539 1385 CANTAR-GALO 0 2755 2492 CANHOSO 0 0 1735 CONCEIÇÃO 10565 7465 7563 PERABOA 1176 1147 1072 S. MARTINHO 5222 5165 4910 S. PEDRO 3254 2133 2742 Stª MARIA 4011 3053 2490 BOIDOBRA 1477 1880 2859 ERADA 1111 963 845 FERRO 1811 1646 1834 TORTOSENDO 5147 4654 5426 SOBRAL DE S. MIGUEL 943 744 686 PAUL 1565 1728 1816 PESO 735 753 780 VALES DO RIO 833 930 839 DOMINGUIZO 1102 1154 1188 CASEGAS 910 780 701 S. JORGE DA BEIRA 1572 1063 694 COUTADA 0 497 476 BARCO 1261 753 576 OURONDO 504 495 416 ALDEIA DE S. FRANCISCO DE ASSIS 1886 1396 692
Total dos anos 1981/1991/2001 60950 53999 54505 Fonte: INE – 2001
Tabela de Caracterização da População do Concelho, Alojamentos e Edifícios
Concelho da Covilhã
Pop. Presente HM 54.630
Pop. Residente HM 54.505
Famílias 20.332
Alojamentos 30.566
Edifícios 20.001
Fonte: INE – 2001
16
3.1.1. Caracterização Demográfica do Concelho
Com uma área geográfica total de 550km2, o concelho apresenta uma densidade populacional de
99,1 habitantes por km2.
A população residente no concelho de Covilhã, segundo os censos de 2001, era de 54.505
habitantes, sendo 28.274 do sexo feminino e 26.231 do sexo masculino.
A população é um elemento estratégico que se interrelaciona com o sistema económico, social e
territorial, interferindo na definição de uma política e de um esquema de ordenamento do território.
A regressão demográfica observada nas regiões do interior do nosso território, ao longo dos últimos
sessenta anos, tem na origem a visão de desenvolvimento centralista do Estado. As políticas de
desenvolvimento assumidas ao longo dos quatro últimos decénios motivaram e estimularam a
deslocalização das famílias para as cidades do litoral, para o estrangeiro e também para cidades e
vilas do interior. Este fenómeno, intimamente relacionado com a sobrevivência e a procura de bem-
estar, transformou os espaços rurais e aldeias, antes plenos de actividade, em lugares onde a natureza
lidera e onde a débil presença humana existente, dificilmente será relevante para alterar o cenário.
Os PDM, instrumentos de ordenamento que surgem na década de 1980, têm um forte pendor
urbano, relegando para um plano secundário os recursos naturais, a água, a terra e o ar, suporte da
vida, da agricultura, da floresta, da fauna e flora.
Esta situação, para um país que possui 63% do seu território ocupado com espaços florestais, ou
incultos e improdutivos, e apenas 3% de espaços urbanos, é incoerente e geradora de problemas
conflituantes com a necessária qualidade de vida ambiental, segurança e suporte de actividades em
espaço rural, que a sociedade merece ter.
Na Região Centro a população residente aumentou ligeiramente na última década, apresentando uma
variação populacional de 3.97%; Pelo contrário, o concelho de Covilhã registou, em termos
populacionais, uma acentuada diminuição da população residente entre 1991 e 2001, na ordem dos
8.1% (diminuição que também já se tinha registado na década 1981/1991).
17
3.2. Índice de Envelhecimento (1981/1991/2001)
Carta do Índice de Envelhecimento
Acompanhando a trajectória nacional, o concelho da Covilhã regista um aumento do índice de
envelhecimento.
Não existem dados por freguesia, pelo que a representação corresponde ao nível concelhio.
18
3.3. População por Sector de Actividade
Carta de População por Sector de Actividade
Tabela de Caracterização da População por Actividade Económica
População com actividade económica
Total Empregada Desempregada
HM 25.279 23.456 1.823
H 13.690 12.866 824
M 11.589 10.590 999
Fonte: INE, Censos 2001
Tabela de Caracterização da População Inactiva
População sem actividade económica
Total Estudante Doméstica Reformada Incap. p/ trabalhar Outras
HM 21.686 4.134 1.843 13.213 1.208 1.288
H 8.634 1.913 8 5.459 582 672
M 13.052 2.221 1.835 7.754 541 616
Fonte: INE, Censos 2001
19
Gráfico da População Residente Desempregada
22917
1881272
122 98 97
14358
94
7129
6900
5000
10000
15000
20000
25000
Trabalho Subsidio detrabalho
Outrosubsidios
Reforma A cargo daFamilia
População residente desempregada
Total
População residente desempregada (em sentido lato) Fonte: INE, Censos 2001
Gráfico de Distribuição da População por Sectores de Actividade
sector primário3%
sector secundário25%
sector terciário72%
20
3.3.1. Caracterização da população por Sectores de Actividade
A população residente e economicamente activa, compõe-se no ano de 2001 de 25.279 indivíduos:
13.690 homens e 11.589 mulheres. Deste total, estão empregados 23456: 12866 homens e 10590
mulheres.
A população com actividade económica é apresentada em dois grandes grupos (Censos de 2001): a
população empregada, que representa 92,8% do total, e a população desempregada, com os restantes
7,2%.
A população que não exerce actividade é composta por cerca de 60,9% de reformados, 19,1% de
estudantes, 8,5% de domésticas, 5,6% de incapacitados para o trabalho e finalmente, 5,9%
inscrevem-se em outras situações.
Os dados revelam que 43% do conjunto da população vive dos rendimentos do trabalho e que cerca
de 7,6% estão a cargo da família, o que permite destacar a faixa da população mais jovem, que ainda
se encontra em idade escolar.
Os indivíduos que vivem de rendimentos provenientes de pensões e/ou reformas representam
24,2% do total da população em análise, o que permite incluí-los maioritariamente na faixa etária
mais elevada.
Ao nível dos sectores de actividade não existem valores por freguesia, pelo que a representação
corresponde à totalidade do concelho.
21
3.4. Taxa de Analfabetismo
Carta da Taxa de Analfabetismo
Tabela de caracterização da taxa de analfabetismo
Indicador Concelho de Covilhã Taxa de analfabetismo (1991)
% 15.6
Taxa de analfabetismo (2001) % 11.9
Variação da taxa de analfabetismo Fonte: INE, 2001
22
3.4.1. Caracterização da Literacia da População
Não existem valores para a representação da taxa de analfabetismo ao nível das freguesias, apenas
para todo o concelho.
Os dados referentes a 1981 não foram disponibilizados.
No que diz respeito à taxa de analfabetismo, regista-se uma diminuição de 2.8%, no período de
tempo compreendido entre 1991-2001.
Verifica-se uma ligeira diminuição da taxa de analfabetismo. Relativamente à média nacional, de 9%
em 2001, verifica-se uma taxa superior em 2,9%.
O Agrupamento de Escolas da Covilhã é constituído por 42 estabelecimentos de educação e ensino:
quatro EB 2/3, uma EB 2 e trinta e sete Jardins-de-infância.
O concelho da Covilhã possui um estabelecimento do ensino Superior:
- Número de Alunos em Licenciatura – 4.533
- Número de Docentes – 400
O concelho da Covilhã possui três estabelecimentos de ensino particular e uma escola tecnológica.
Será importante manter e incrementar o desenvolvimento de acções de sensibilização em parceria
com todas as escolas do concelho; Deverá ser favorecida a interdisciplinaridade destas acções.
23
4. Parâmetros Considerados para a Caracterização do Uso do Solo e Zonas Especiais
4.1. Ocupação do Solo
Carta de Caracterização do Solo e Zonas Especiais
24
4.1.1. Caracterização do Uso dos Solos e Zonas Especiais
A carta seguinte ilustra as classes de uso e ocupação do solo do concelho de Covilhã. Esta
classificação foi criada, com o objectivo de fornecer uma informação mais precisa da localização
dos principais grupos de uso e ocupação do solo, mas tendo em atenção as espécies ou grupos
florestais de características semelhantes, o que para o risco de incêndio é de grande importância.
Denota-se também uma certa repartição geográfica das principais ocupações.
É perceptível que a generalidade do território é ocupada por povoamentos florestais e áreas de
incultos. Como principais espécies florestais de porte arbóreo, salientamos o pinheiro bravo, o
castanheiro e o carvalho.
Como principais problemas que afectam os espaços florestais e respectivo património natural
identificam-se os incêndios florestais, a proliferação de povoamentos de monocultura, os
problemas fitossanitários e as inadequadas mobilizações e preparações do solo; Para a degradação
da vegetação arbustiva existente contribui o sistema ancestral do fogo, para o desenvolvimento
do extracto herbáceo e obtenção de rebentos de arbustos mais apetecidos pelo gado, actualmente
e na maior parte dos casos deficientemente controlado (PZAA-PNSE; 2002).
4.2. Povoamentos Florestais
Carta de Caracterização dos Povoamentos Florestais
25
4.2.1. Caracterização dos Povoamentos Florestais O Concelho da Covilhã é extremamente rico do ponto de vista dos valores florestais
apresentando, valores humanos, ambientais e paisagistas adicionais relevantes.
A espécie mais representativa é o pinheiro bravo, pelo que existe um grande risco de propagação
das chamas e grande perda de solo, posteriormente à passagem do fogo.
Existem contudo, áreas significativas de folhosas e de povoamentos mistos que constituem uma
barreira à rápida propagação das chamas.
26
4.3. Áreas Protegidas, Rede Natura 2000 (ZPE+ZEC) e Regime Florestal Carta de Caracterização das Áreas Protegidas e Regime Florestal
27
Tabela de Caracterização de Zonas Especiais
Habitats de água doce:
3130 – Águas Estagnadas, Oligotróficas a Mesotróficas
3260 – Cursos de água com Vegetação Ranunculion Fluitantis e Callitricho-Batrachion
Habitats rochosos e grutas:
8230 – Rochas Siliciosas com Vegetação Pioneira da Sedo-Scleranthion
8220 – Vertentes Rochosas Siliciosas com Vegetação Casmofítica
8130 – Depósitos Mediterrânicos Ocidentais e Termófilos
Charnecas e matos das zonas temperadas:
5120 – Formações Montanas de Cytisus purgens
4090 – Charnecas Oromediterrânicas Endémicas com Giestas Espinhosas
5330 – Matos Termomediterrânicos e Pré-desérticos
4060 – Charnecas Alpinas e Boreais
4030 – Charnecas Secas Europeias
4020 – Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix
Formações herbáceas naturais e semi-naturais:
6160 – Prados Oro-Ibéricos de Festuca Indigesta
6230 – Formações herbáceas de Nardus
6220 – Subestepes de Gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea
6510 – Prados de Feno Pobres de Baixa Altitude
6430 – Comunidades de Ervas Altas Higrófilas
6410 – Pradarias com Molinia em solos calcários, turfosos e argilo-limosos (Molinion caeruleae)
Turfeiras altas, turfeiras baixas e pântanos:
7140 – Turfeiras Altimontanas
Florestas:
9340 – Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia
9580 – Florestas Mediterrânicas de Taxus Baccata*
9230 – Carvalhais Galaico-Portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica
91B0 – Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia
91E0 – Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alno—adion, Alnion incanae,
Salicion albae)
9260 – Florestas de Castanea sativa
92AO – Florestas – galerias de Salix alba e Populus alba
28
4.3.1. Caracterização das Áreas Protegidas, ZPE, ZEC e Regime Florestal
A Rede Natura 20002, segundo o “Manual de Interpretação dos Habitats da União Europeia”, é
um instrumento legislativo comunitário que define um quadro comum para a conservação da
flora e da fauna silvestre e dos habitats3 de interesse comunitário.
Essa mesma Directiva prevê o estabelecimento de uma rede de zonas especiais de conservação,
chamada Natura 2000, destinada à manutenção ou ao restabelecimento, num estado de
conservação favorável, dos habitats naturais e/ou das populações de espécies de interesse
comunitário.
A Serra da Estrela possui diferentes tipos de habitats naturais de interesse comunitário,
constantes no anexo BI do Decreto-Lei n.º140/99 de 24 de Abril (Directiva Habitats:
92/43/CEE, anexo I), cuja conservação é importante, exigindo a criação de zonas especiais de
conservação (ZEC).
2 Este é um programa comunitário que visa criar um conjunto de áreas representativas da biodiversidade dos países membros. A Rede Natura 2000 divide-se em duas Directivas: a Directiva Aves (79/409/CEE) e a Directiva Habitats (92/43/CEE). A primeira contempla zonas de interesse para a preservação da avifauna – ZPE (Zonas de Protecção Especial). Já a segunda, estabelece uma listagem dos habitats, comportando flora e fauna a conservar, classificando ainda dentro deste âmbito espécies prioritárias, e estabelecendo normas de conservação e medidas de gestão – ZEC (Zonas Especiais de Conservação). 3 Apesar de complexo, o conceito “Habitat” pode definir-se com base na legislação portuguesa, do Decreto-Lei n.º 140/99 de 24 de Abril. O habitat de uma espécie é, portanto, “o meio definido pelos factores mesológicos (abióticos e bióticos) próprios onde essa espécie ocorre em qualquer das fases do seu ciclo biológico” (art.º 3.º, alínea a). Ainda se definem habitats naturais como sendo “zonas terrestres ou aquáticas naturais ou semi-naturais que se distinguem põe características geográficas abióticas e bióticas” (art.º 3.º, alínea c).
29
4.4. Instrumentos de Gestão Florestal
Carta de Instrumentos de Gestão Florestal
4.4.1. Caracterização das Áreas Florestais do Concelho
Projectos Florestais Particulares
Existe a necessidade de se incluírem, no plano de defesa da floresta, os projectos florestais
afectos a particulares ou a organismos públicos, para se conhecer a vulnerabilidade que esses
espaços possam conter e de modo a que se definam os responsáveis pelas intervenções previstas
nos planos de gestão dos mesmos.
No concelho, as áreas correspondentes às Associações de Compartes, sob regime florestal
parcial, possuem planos de gestão que deverão ser cumpridos e/ou actualizados.
30
4.5. Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca
Carta das Zonas de Recreio Florestal, Caça e Pesca
4.5.1. Caracterização dos Espaços Florestais de Recreio
O concelho da Covilhã constitui, por si só, uma zona privilegiada para o Turismo dadas as
condições naturais, os valores ecológicos, ambientais e paisagísticos existentes. Tem um vasto
património histórico-cultural susceptível de incrementar o fluxo e a fixação turística.
Por estes motivos a Covilhã é o concelho da Serra da Estrela onde o turismo tem uma relevância
mais significativa na vida económica local, nomeadamente nas vertentes de turismo termal,
ambiental, activo ou de aventura, pesca e caça, turismo passivo e de contemplação.
A elevada densidade de visitantes pode representar uma série de condicionantes de carácter
agressivo. No entanto, a actividade turística no território da Serra da Estrela deve ser encarada
como uma actividade a promover e desenvolver com o necessário enquadramento.
As actividades de recreio e turismo constituem um enorme potencial de enriquecimento para as
populações locais, desde que bem orientadas e ordenadas.
31
O valor dos espaços florestais para o recreio e lazer tem a ver directamente com a qualidade
paisagística que oferecem, com a sua acessibilidade e com a capacidade de acolhimento que
proporcionam.
A sua gestão deverá ser conduzida no sentido de minimizar impactes visuais negativos, criar
diversidade e valor estético e providenciar acessos e infra-estruturas de acolhimento.
No concelho verifica-se que alguns espaços florestais são actualmente procurados como áreas de
lazer e já fornecem enquadramento a actividades recreativas, pelo que a sua gestão deverá ser
orientada no sentido de manter ou melhorar os aspectos paisagísticos e naturais que os
caracterizam.
Os recursos cinegéticos são o suporte da actividade da caça, importante factor de
desenvolvimento rural de uma região, dadas as sinergias que geram nas economias locais.
A criação e adequada gestão de ZCA põem cobro à actividade cinegética exercida de um modo
desordenado e excessivo, conduzindo à debilitação das populações selvagens de espécies
cinegéticas e à degradação do património natural.
A Zona de Caça Associativa (ZCA) constitui, pois, uma mais-valia para o concelho, permitindo
conciliar as expectativas dos caçadores locais com a sua capacidade de intervenção,
nomeadamente através da aplicação de algumas medidas de recuperação e gestão de recursos
naturais renováveis, maneio do habitat e manutenção de uma actividade cinegética sustentável.
As Zonas de Caça Municipais (ZCM) assumem-se, actualmente, como um instrumento muito
importante no ordenamento de todo o território cinegético porque proporcionam o exercício
organizado da caça a um grande número de caçadores em condições especialmente acessíveis.
Os recursos aquícolas constituem um valioso recurso natural renovável, do ponto de vista
económico, ambiental, social e cultural.
A pesca em águas interiores, enquanto actividade exploradora destes recursos, é capaz de
proporcionar benefícios directos (consumo e venda de peixe capturado) e indirectos (oferta de
recreio e lazer, desenvolvimento turístico, exploração económica em concessão ou reservas de
pesca com a geração de receitas e criação de postos de trabalho).
O correcto ordenamento dos recursos aquícolas é por isso de grande importância, podendo a
pesca constituir um elemento significativo no âmbito do uso múltiplo dos espaços florestais,
especialmente e no concelho da Covilhã, ao longo do Rio Zêzere e da Ribeira do Paúl.
32
4.6. Romarias e Festas
Tabela com a Identificação de Actividades e Equipamentos que Constituem Perigo de Incêndio
Mês de Realização
Dia de Início/Fim Freguesia Lugar Designação Observações
3º Domingo Barco Barco Nossa Senhora de Fátima
3º Domingo Coutada Coutada Nossa Senhora de Fátima
3º Domingo Peraboa Peraboa Santíssimo Sacramento
3º Domingo São Jorge da Beira São Jorge da Beira
Nossa Senhora de Fátima
3º Domingo Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel
Nossa Senhora de Fátima
3º Domingo Unhais da Serra Unhais da Serra
Nossa Senhora de Fátima
Mai
o
Teixoso Santo Antão
Ourondo Relvas São João
1º Domingo S. Martinho Refugio Nossa Senhora do Refugio
13/13 S. Martinho Santa António 29/29 S. Pedro São Pedro (Uso de
foguetes)
13/13 Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel Santa António
13/13 Teixoso Santa António Teixoso Nossa Senhora da Saúde
13/13 Vales do Rio Santa António
24/24 Aldeia do Souto S João Baptista
30/30 Cantar Galo Aniversário da freguesia
Casegas Anjo da Guarda
29/29 Cortes do Meio Festa dos Pastores
Jun
ho
29/29 Erada São Pedro
Cortes do Meio S José
Dominguiso São Sebastião
3º Domingo Ourondo Santo Amaro
1º Domingo Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel Santa Barbara
2º Domingo Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel Nossa Senhora da Guia
3º Domingo Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel Festa dos Mineiros
Sobral de S. Miguel Sobral de S. Miguel
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
11/11 Unhais da Serra Unhais da
Serra Dia da Vila
Julh
o
Aldeia S. Francisco de Assis Cristo Operário
2º/3º Domingo
Aldeia S. Francisco de Assis S. João Baptista
2º Domingo 3 Dias Aldeia do Souto Nossa Senhora do
Carneiro
33
Cantar Galo S. Vicente de Paulo
4º Domingo Barco São Sebastião
1º Domingo Casegas São Pedro
11/12/13 Cortes do Meio Nossa Senhora do Carmo
2º Domingo Coutada São Sebastião
2º Domingo Coutada Nossa Senhora da Saúde
3º Domingo Dominguiso Divino Espírito Santo
2º Domingo Erada Santa Barbara
Ferro Coração de Maria
2º Domingo Ourondo Nossa Senhora do Carmo
15/15 Ourondo Nossa senhora da Assunção
Peraboa Divino espírito santo
1º Domingo São Jorge da Beira Santa Teresinha
2º Domingo Sobral de São Miguel Santa Barbara
15/15 Teixoso Senhora do Carmo
2º Domingo Unhais da Serra Nossa Senhora da Saúde
2º Domingo Vale Formoso Nossa Senhora da Saúde
15/15 Vales do Rio Santa Margarida
Agosto
1º Domingo Vila do carvalho Festa dos Púcaros
2º Domingo Boidobra Senhora da Estrela
1º Domingo Erada Nossa Senhora dos Milagres
3º Domingo Orjais Nossa senhora de luzes
2º Domingo Peso Nossa Senhora de La Salette
2º Domingo Sarzedo Nossa Senhora das Preces
3º Domingo Unhais da Serra Santo Aleixo
1º Domingo Verdelhos São Romão
Sete
mb
ro
1º Domingo Vila do Carvalho São Domingos
4.6.1. Caracterização das Festividades no Concelho
São as festas e romarias que constituem o principal factor de risco. Destacamos as que ocorrem
no período estival e na proximidade de áreas florestais, de acordo com o quadro apresentado.
Apesar da existência de várias festividades populares, a utilização de fogo de artifício
praticamente desapareceu. Nova legislação, acompanhada de uma forte campanha de
sensibilização, tem provocado o abandono desta prática.
Por diversos motivos, deve continuar a ser reforçada a vigilância na celebração das festas mais
tradicionais.
No concelho existe um histórico de coincidência entre as ocorrências e as festividades.
34
5. Análise do Histórico e da Causalidade dos Incêndios Florestais
5.1. Incêndios Florestais – Portugal (1980 - 2005)
Totais Nacionais (1980 - 2005)
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Área
Ard
ida
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
Núm
ero
de O
corr
ênci
as
Povoamentos Matos Ocorrências
Distribuição anual da Área ardida e n.ª de ocorrências do Nucleo da Beira Interior Norte (1995 - 2005)
0,0
10.000,0
20.000,0
30.000,0
40.000,0
50.000,0
60.000,0
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Área
ard
ida
(ha)
01002003004005006007008009001.0001.1001.2001.3001.4001.5001.6001.7001.8001.9002.0002.1002.2002.3002.4002.5002.6002.7002.8002.9003.000
N.º d
e O
corr
ênci
as
Área Ardida Total Nº de Ocorrências O primeiro gráfico representa a área ardida em Portugal desde do ano 1980 até 2005 e verifica-se
que no ano de 2003 foi onde houve maior área ardida e no ano de 2005 o maior n.º de
ocorrências, o segundo representa a área ardida do Núcleo da Beira Interior norte, estando em
sintonia com os dados nacionais, verifica-se que o ano onde houve maior área ardida foi em
2003.
35
5.2. Área ardida e Ocorrências no Concelho da Covilhã
Carta de Caracterização da Distribuição Anual da Área Ardida e Ocorrências
Gráfico da distribuição anual da área ardida e n.º de ocorrências (1980-2005)
Distribuição da área ardida e n.º de ocorrências (1980-2005)
0
50
100
150
200
250
300
350
n.º
de
Oco
rrên
cias
0,0
1.000,0
2.000,0
3.000,0
4.000,0
5.000,0
6.000,0
7.000,0
8.000,0
9.000,0
10.000,0
Áre
a ar
did
a (h
a)
Nº de Ocorrências 35 22 167 233 325 120 134 126 229 110 103 94 117 198 286 142 91 131 120 38 80 99 120 66 90
Área Ardida Total 3.962, 353,0 866,5 2.229, 7.238, 422,7 730,8 264,1 4.379, 1.343, 6.477, 92,5 82,4 410,1 3.425, 319,6 160,6 463,9 385,0 8.587, 4.867, 752,5 1.837, 119,6 3.818,
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
36
5.2.1. Caracterização da Área Ardida e Ocorrências no Concelho da Covilhã
Na década de sessenta e setenta, as alterações socio-económicas criaram uma situação favorável
ao aumento do número de ocorrências e à proliferação de grandes e violentos incêndios. O
êxodo rural conduziu ao despovoamento, gerando um abandono paulatino das serras e
consequente diminuição na gestão da carga de combustíveis. Por outro lado, a actividade agrícola
e silvo pastoril continuou a desenvolver-se, conservando a tradição do uso do fogo como
ferramenta de trabalho.
O Concelho da Covilhã tem sido fortemente atingido pelos incêndios florestais.
Da análise dos gráficos constata-se a dimensão das áreas ardidas. No ano de 1985 arderam cerca
de 5,5% da área total do concelho e 9% da área florestal. No ano seguinte arde 7% da área total e
12.5% da área florestal. Após 6 anos, volta a arder 8,5% da área total e 14% da área florestal. Em
1991, um ano catastrófico, 12 % da área total foi atingida por incêndios, correspondendo a 17%
da área florestal.
- Não existe uma correlação significativa entre o número de ocorrências e a área ardida;
- Denota-se uma tendência para ocorrências cíclicas, tanto ao nível do número de incêndios
como da área ardida, fenómeno que deve ser entendido como natural e previsível.
37
Distribuição da área ardida e nº de ocorrências em 2005 e a media entre os anos (2000-2005) por
freguesias
Distribuição da área ardida e n.º de ocorrências em 2005 e média entre o ano 2000 a 2005 por freguesias
050
100150200250300350400450500550600650700750800850900950
10001050110011501200
Área
ard
ida
(ha)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
n.º
de o
corr
ênci
as
Área Ardida 2006 0,1 286 0,1 1,5 0,5 0,5 12 4,2 0,1 0,4 3 0,3 0,1 2 0,5 0,1 0,1 0,1 1,5 0,5 0,5 2 2,9
Média 2000 - 2005 2 13 15 1,3 16 3 635 5,6 9,3 3,5 1,4 1,9 0,8 18 63 1 6,8 9 11 4,5 1,1 1,2 550 110 79 79 709 29 0 37 57
Ocorrências 2006 2 4 2 1 1 3 9 3 1 4 1 1 2 4 3 1 1 1 3 1 2 3,2 6
Média 2000 - 2005 1 3 1 1 5 7 2 3 9 3 1 1 2 3 4 2 5 1 3 1 3 3 1 2 11 3 4 2 1 16 10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
1 Aldeia do Carvalho 16 Ourondo 31 Verdelhos 2 Aldeia do Souto 17 Paul 3 Aldeia São Francisco Assis 18 Peraboa 4 Barco 19 Peso 5 Boidobra 20 Santa Maria 6 Canhoso 21 São Jorge da Beira 7 Cantar-Galo 22 São Martinho 8 Casegas 23 São Pedro 9 Conceição 24 Sarzedo
10 Cortes do Meio 25 Sobral de São Miguel 11 Coutada 26 Teixoso 12 Dominguizo 27 Tortosendo 13 Erada 28 Unhais da Serra 14 Ferro 29 Vale Formoso 15 Orjais 30 Vales do Rio
Gráfico da Distribuição Mensal da Área Ardida e Ocorrências
N.d.
5.2.2. Caracterização da Distribuição Mensal da Área Ardida e Número de Ocorrências
Gráfico da Distribuição Semanal da Área Ardida e Ocorrências
5.2.2. Caracterização da Distribuição Semanal da Área Ardida e Número de Ocorrências
N.d.
38
Gráfico da Distribuição Diária do Número de Ocorrências
Valores Diarios de área radidae n.º de ocorrências em 2006
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
01-05
-2006
14-05
-2006
21-05
-2006
28-05
-2006
08-06
-2006
03-07
-2006
09-07
-2006
11-07
-2006
13-07
-2006
22-07
-2006
26-07
-2006
20-07
-2006
24-07
-2006
27-07
-2006
06-08
-2006
10-08
-2006
15-08
-2006
23-08
-2006
27-08
-2006
29-08
-2006
01-09
-2006
06-09
-2006
08-09
-2006
11-09
-2006
19-09
-2006
n.º d
e O
corr
ênci
as
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Área
ard
ida
(ha)
OcorrenciasÁrea ardida
5.2.3. Caracterização da Distribuição Diária da Área Ardida e Número de Ocorrências
O período final do dia, terminados os habituais trabalhos agro-florestais, deverá ser objecto de
reforço dos meios de vigilância, detecção e 1ª intervenção.
Apesar de ser menos significativa, a ocorrência de incêndios florestais em período nocturno
pressupõe intencionalidade e por sua vez o reforço da detecção e 1ª intervenção.
O período crítico, com base na análise dos últimos 6 anos, corresponde ao período
compreendido entre as 13.00h e as 23.00 horas.
Gráfico da Distribuição Horária da Área Ardida e Ocorrências
N.d.
5.2.4. Caracterização da Distribuição Horária da Área Ardida e Número de Ocorrências
39
5.3. Área Ardida por Tipo de Cobertura Vegetal
Gráfico da distribuição plurianual da área ardida por tipo de coberto vegetal
Distribuição da área ardida por tipo de coberto vegetal 2001-2006
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Áre
a ar
dida
(ha)
Agrícola 2,11Povoamentos 8,84 66,53 0,065 2 709,801 4,01
Matos 34,391 395,5 17,002 3,003 2065,85 5,03
2001 2002 2003 2004 2005 2006
5.3.1. Caracterização da Área Ardida Relativamente ao Coberto Vegetal
Da análise do gráfico resulta a verificação de diferentes valores entre a área ardida de espaços
agrícolas, espaços florestais povoados e espaços florestais compostos por vegetação rasteira
(matos), diferenças que passamos a justificar:
- A área agrícola ardida é extremamente reduzida, pelo facto de que esta está mais acessível e
exposta aos meios de detecção e 1ª intervenção, e também porque a área florestal do concelho
ocupa a maioria dos terrenos rurais;
- A diferença registada entre as áreas ardidas, de matos, e de povoamentos resulta de que os
matos são mais representativos que os povoamentos e também da dificuldade de extinção deste
tipo de combustíveis.
O fogo é utilizado como ferramenta para a recuperação das áreas ocupadas por matos,
nomeadamente antigos trilhos ou canadas, terrenos agrícolas ou áreas de pastoreio.
Da análise do quadro resulta a verificação de que a generalidade dos incêndios ocorre em
terrenos cujo povoamento é constituído por pinheiros bravos. De referir também, que cerca de
84% dos incêndios ocorreram em terrenos privados, 97% dos quais povoados também com
pinheiros bravos.
40
5.4. Grandes Incêndios
Carta da distribuição anual dos grandes incêndios do concelho da Covilhã
Distribuição anual da área ardida e n.º de ocorrências dos grandes Incêndios 2000 - 2006
Distribuição anual da área ardida e n.º de ocorrências dos grandes incêndios 2000 - 2006
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Área
ard
ida
(ha)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9n.
º de
Oco
rrên
cias
Área Ardida Total 8.372 1.941 309 1661,8 3.725 286
Nº de Ocorrências 8 2 1 2 3 1
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
41
Classes de área (ha) Ano
100 - 500 500 - 1000 > 1000 Total
2000 5 3 8
2001 1 1 2
2002 1 1
2003 1 1 2
2004
2005 2 1 3
2006 1 1
Total 10 1 6
5.4.1. Caracterização dos grandes incêndios
São designados por grandes incêndios, todos os que apresentam área ardida igual ou superior a
100 hectares.
Nos últimos 6 anos deflagraram 17 incêndios que originariam uma área ardida superior a 100ha;
Entre 19 e 25 de Julho de 2005, a Serra do Açor e a Serra da Estrela, foram afectadas por um
incêndio florestal de grandes dimensões, envolvendo os concelhos da Covilhã e do Fundão no
distrito de Castelo Branco, os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra
no Distrito de Coimbra e o concelho de Seia no Distrito da Guarda.
Este incêndio entrou no distrito de Castelo Branco, concelho da Covilhã freguesia da Erada e
distrito de Coimbra no dia 20 de Julho.
Segundo o Relatório Provisório – “Incêndios Florestais – 2005” do período de 1 de Janeiro a 30
de Agosto a causa deste grande Incêndio foi Vandalismo.
42
Quadro da Distribuição Mensal dos Grandes Incêndios do Concelho da Covilhã
Distribuição mensal da área ardida e n.º de ocorrências dos grandes incêndios (2000 - 2006)
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
10.000
Áre
a ar
dida
(ha)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
n.º
de o
corr
ênci
as
Área Ardida Total 1.147 3637,3 9043,1 3833,2
Nº de Ocorrências 1 3 8 5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Este quadro mostra que os grandes incêndios que ocorrem no concelho da Covilhã são
principalmente no mês de Agosto.
Quadro da Distribuição Semanal dos Grandes incêndios do concelho da Covilhã
Distribuição semanal da área ardida e n.º de ocorrências dos grandes incêndios (2000 - 2006)
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
área
ard
ida
(ha)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
n.º d
e O
corr
ênci
as
Área Ardida Total 155 4.200 5.167 3375 3.110 680 138
N.º de Grandes Incêndios 1 4 3 2 3 3 1
Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom
Este quadro mostra que os grandes Incêndios ocorrem ao longo da semana não havendo um dia
específico, porem o dia da semana onde ouve maior área ardida foi á quarta-feira.
43
Quadro da Distribuição Horária dos Grandes Incêndios do Concelho da Covilhã
Distribuição horária e n.º de ocorrências dos grandes incêndios (2000 - 2006
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
Áre
a ar
dida
(ha)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
n.º
de o
corr
ênci
as
Área Ardida Total 320 309 1560 6167 268 110 4020 1357 3701 257
Nº de Ocorrências 1 1 1 3 1 1 2 1 4 2
00:00 00:59
1:00 1.59
2:00 2:59
3:00 3:59
4:00 4:59
5:00 5:59
6:00 6:59
7:00 7:59
8:00 8:59
9:00 9:59
10:00 10:59
11:00 11:59
12:00 12:59
13:00 13:59
14:00 14:59
15:00 15:59
16:00 16:59
17:00 17:59
18:00 18:59
19:00 19:59
20:00 20:59
21:00 21:59
22:00 22:59
23:00 23:59
44
Este quadro mostra que os grandes Incêndios ocorrem principalmente entre as 9 horas e as 10
horas da manha e também ao fim da tarde a partir das 17 horas.
45
5.5. Pontos de Início e Causas
Carta de Identificação dos Pontos de Ignição
5.5.1. Caracterização dos Pontos de Ignição
No concelho da Covilhã nos últimos 6 anos os grandes incêndios florestais tiveram origem nos
concelhos vizinhos. É de referir que a zona do concelho da Covilhã mais afectada com incêndios
vindo de concelhos vizinhos tem sido toda a zona sul do concelho.
A dificuldade que existe na identificação das causas dos incêndios florestais leva a que a
generalidade das mesmas seja identificada como desconhecida.
Nos últimos 6 anos foram identificadas as causas de 5 incêndios, 3 dos quais se provou terem
sido intencionais.
Em relação aos pontos de início, os dados disponíveis não são concludentes.
As campanhas de prevenção e de sensibilização desempenham um papel crucial na redução do
risco de incêndio.
46
Os motivos que levam alguém a provocar um incêndio pode ser de vária ordem:
Interesse económico pessoal
Interesse económico indirecto
Objectivo ou satisfação pessoal
Perturbações mentais e imaturidade
47
5.6. Ocorrências
Gráfico de identificação das fontes de alerta em 2006
Ocorrências em 2006
78%
3%
12%
2%
5%
Populares PV 117 Sapadores Outros
Gráfico de Distribuição das Ocorrências por Fonte e Hora de Alerta 2006
Distribuição do n.º de ocorrências por fonte e hora de alerta em 2006
0123456789
Populares Postos de Vigia 117 Sapadores Outros
Populares 1 1 2 1 2 1 1 1 3 5 5 8 3 2 1 1 2 2 4 1
Postos de Vigia 1 1
117 1 2 1 1 1 1
Sapadores 1
Outros 1 1 1
00:00 00:59
1:00 1.59
2:00 2:59
3:00 3:59
4:00 4:59
5:00 5:59
6:00 6:59
7:00 7:59
8:00 8:59
9:00 9:59
10:00 10:59
11:00 11:59
12:00 12:59
13:00 13:59
14:00 14:59
15:00 15:59
16:00 16:59
17:00 17:59
18:00 18:59
19:00 19:59
20:00 20:59
21:00 21:59
22:00 22:59
23:00 23:59
48
5.6.1. Caracterização das Ocorrências por Fonte e Hora de Alerta
O alerta dado pelos postos de vigia é insuficiente em relação à natureza do trabalho por eles
efectuado, ou seja, em relação à área vigiada (bacia de visibilidade) e ao horário de alerta (24
horas);
Parece existir uma deficiência no sistema de vigilância dos postos de vigia a partir das 12 horas
uma vez que estes se mostram muito inactivos.
49
6. Conclusões Em Portugal e no Concelho da Covilhã verifica-se a necessidade de investir no ordenamento e
gestão das áreas florestais.
Importa reforçar a eficácia da rede viária e divisional.
No sentido de assegurar um adequado escoamento de produtos, usufruto de áreas florestais e
condições de prevenção e combate aos incêndios florestais é indispensável investir na construção
de caminhos, aceiros e charcas.
Devem ser criadas no povoamento faixas ou linhas, reduzindo assim, a intensidade do fogo e
permitindo um combate ao incêndio mais eficaz.
A silvicultura tem um papel importante na redução dos combustíveis através da escolha das
espécies adaptadas à região, privilegiando folhosas e resinosas, e assegurando uma boa
compartimentação das áreas florestais.
Sugere-se neste contexto a utilização de folhosas e a redução da contiguidade dos povoamentos
bem como a utilização de espécies que não tenham como objectivo a produção.
Importa ainda, investir em modernos e funcionais sistemas de comunicação que eliminem as
deficiências na interligação dos diversos organismos e intervenientes no combate aos fogos
florestais, nomeadamente dotando as diferentes instituições de equipamentos de comunicação
que utilizem larguras de bandas comuns funcionando em redes de distribuição de sinal que
anulem ou reduzam as áreas nas quais se perde a ligação.
Em termos de ordenamento urbano a existência de habitações dispersas nas zonas florestais
condiciona de certa forma o combate aos incêndios, na medida que obriga os bombeiros a
desenvolver tarefas de protecção civil (protecção de pessoas e bens) com prejuízo do combate
aos incêndios florestais.
Importa também, assegurar o cumprimento da limpeza das faixas de 50 metros à volta de
habitações, assegurando a existência de áreas de protecção minimamente eficazes.