bullying - manual de apoio aos diretores de turma
DESCRIPTION
Manual de apoio com recursos materiais no âmbito de bullying e do cyberbullying destinado aos Diretores de TurmaTRANSCRIPT
2010
José Ilídio Alves de Sá
Bullying - A violência entre pares
Manual de Apoio
Bullying - A violência entre pares
Manual de Apoio
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
1
ÍÍnnddiiccee
Consequências do bullying ……………………………………………………….. 4
Definição de bullying ………………………………………………………………. 5
Tipos de bullying …………………………………………………………………… 7
Actores do bullying ………………………………………………………………… 10
8 mitos sobre o bullying …………………………………………………………… 14
Dados sobre o bullying ……………………………………………………………. 16
O que devem fazer os pais ……………………………………………………….. 18
O que devem fazer as escolas …………………………………………………… 23
Sítios na Internet …………………………………………………………………... 26
Questionário sobre bullying ………………………………………………………. 28
Jogos ………………………………………………………………………………... 36
Jogos interactivos …………………………………………………………………. 39
Banda desenhada …………………………………………………………………. 41
Provérbios ………………………………………………………………………….. 43
Pensamentos ………………………………………………………………………. 44
Músicas ……………………………………………………………………………... 46
Textos ………………………………………………………………………………. 57
Vídeos ………………………………………………………………………………. 74
Outras actividades ………………………………………………………………… 83
Bibliografia …………………………………………………………………………. 109
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
2
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
3
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
CCoonnsseeqquuêênncciiaass ddoo bbuullllyyiinngg
4
Qualquer acto de indisciplina, de violência ou do bullying, praticado por alunos
(ou por adultos) assume, em menor ou em maior grau, uma dimensão prejudicial para o
normal funcionamento de um estabelecimento de ensino e, concomitantemente, para o
quotidiano dos que o frequentam.
-Para a vítima…
• sequelas físicas (nódoas, arranhões, indumentária rasgada…);
• continua e sofrida degradação do seu bem-estar físico e psicológico;
• sentimento de tristeza e de desolação;
• permanente luta interior;
• falta de confiança;
• baixa na auto-estima;
• dificuldades de concentração.
• crescente sentimento de culpa;
• isolamento social;
• crescente absentismo escolar;
• maior insucesso escolar;
• risco de depressão;
• suicídio;
-Para a escola…
• degradação do clima global de escola;
• deterioração do normal desenvolvimento das actividades na sala de aula;
• crescente desmotivação por parte de alunos, de docentes e não docentes e de
pais e encarregados de educação;
• engrandecer do sentimento geral de medo e insegurança;
• baixa no rendimento académico dos alunos;
• crescente isolamento dos alunos;
• deterioração das competências sociais e relacionais dos elementos da
comunidade escolar;
• falta de assiduidade;
• insucesso e abandono escolar;
• imagem para o exterior da incapacidade da escola em promover um clima
saudável e positivo;
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
DDeeffiinniiççããoo ddee bbuullllyyiinngg
5
O que é o Bullying? Quatro definições…
―Um aluno está a ser vítima de bullying quando ele ou ela se encontra exposto, de forma
repetida e ao longo do tempo, a acções negativas por parte de um ou mais alunos‖
(Olweus, 2005: 9)
―Uma forma de comportamento agressivo que, para além de ser deliberado, provoca
normalmente dor; trata-se, por outro lado, de um comportamento persistente, que
perdura, por vezes, ao longo de semanas, meses ou, até, anos e que faz com que seja
difícil para aqueles que são vitimados poderem defender-se. Por trás da maior parte das
manifestações de bullying encontramos um abuso de poder e um desejo de intimidar e
de dominar‖.
(Sharp & Smith, 1995: 1)
―Um comportamento que pode ser definido como o ataque repetido – físico,
psicológico, social ou verbal – por aqueles que se encontram numa situação de poder,
que é formal ou situacionalmente definido, sobre aqueles que são impotentes para
resistir, com a intenção de causar sofrimento para o seu próprio ganho ou gratificação.‖
(Besag, 1989: 4)
―Um abuso sistemático de poder.‖
(Rigby, 2002: 1)
―É preciso saber olhar para os olhos de uma criança para
saber o que vai na alma.‖
(Torrente Ballester)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
DDeeffiinniiççããoo ddee bbuullllyyiinngg
6
• Três principais elementos que caracterizam o comportamento levado a cabo por um
bully:
• Questões a considerar:
1. A intencionalidade do acto…como medir? …tratou-se de brincadeira?
…existiu maldade?
2. A repetição do acto… como detectar? … como quebrar o silêncio das
vítimas e dos pares?
3. A desproporcionalidade de poder…de que forma se pode manifestar?
O seu carácter
agressivo e a intenção em
provocar dor
O seu carácter
repetitivo ao
longo do tempo
A
desproporcionalidade
de poder entre agressor
e vítima
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTiippooss ddee bbuullllyyiinngg
7
O bullying pode manifestar-se de forma directa ou indirecta.
Bullying
Actos
Directo
“…ataques
abertamente
confrontacionais”
Físico
-bater
-socar
-dar cotoveladas
-pontapear
-puxar o cabelo
-beliscar
-arranhar
-empurrar
-cuspir
-rasteirar
-agredir com recurso a objectos
-forçar comportamentos sexuais
-obrigar a vítima a realizar tarefas servis contra a sua vontade
-roubar haveres
-estragar material
-extorquir dinheiro
Verbal
-chamar nomes
-insultar
-pôr alcunhas desagradáveis
-mentir ou tecer comentários com conteúdo ofensivo à vítima ou à
sua família
-gozar
-ameaçar
-provocar
-fazer reparos racistas e/ou que salientam qualquer defeito ou
deficiência
Indirecto
“…ataques manipulativos
secretos”
-difundir comentários maliciosos sobre os atributos e/ou condutas
de alguém com vista a destruir a sua reputação
-excluir sistematicamente a vítima de grupos
-ameaçar com frequência a perca de amizade
-difundir rumores
-enviar sms / emails
-tirar imagens de telemóvel comprometedoras ou do visado em
situações ridicularizadoras
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTiippooss ddee bbuullllyyiinngg
8
Existe, ainda, um terceiro tipo de bullying – o Cyberbullying
Com a exponencial democratização do uso das Tecnologias de Informação e de
Comunicação ocorrida nos últimos anos (com o evidente destaque, por um lado, para o
surgimento alucinante de telemóveis equipados com complexos dispositivos
multifunções e, por outro, para a banalização da utilização da internet de banda larga),
uma nova tipologia de bullying tem vindo a ser crescentemente utilizada pelos jovens na
escola, e fora desta, para achincalhar, em alguns casos de forma muito violenta, os seus
pares.
O cyberbullying pode ser definido como um acto agressivo e intencional levado
a cabo por um grupo ou por um indivíduo utilizando formas electrónicas de contacto,
de forma reiterada e ao longo do tempo, exercido sobre uma vítima que não se pode
defender facilmente.
Simões & Carvalho (2009: 104)
Tipos de cyberbullying mais comuns:
-com recurso aos telemóveis:
• chamadas abusivas ou silenciosas,
• envio ofensivo de mensagens escritas (SMS)
• uso nocivo de fotografias ou vídeos por via do seu envio a terceiros
-recorrendo à Internet:
• envio de e-mails com conteúdo negativo
• abusos ocorridos em redes sociais (chat-rooms)
• recurso às mensagens instantâneas ou a
• criação de websites com a clara intencionalidade de atingir terceiros
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTiippooss ddee bbuullllyyiinngg
9
Aspectos que distinguem o bullying ‗tradicional‘ do cyberbullying.
Bullying
Cyberbullying
• Agressão de carácter repetitivo • Agressão de carácter repetitivo, embora
muitas vezes perpetuada por terceiros
• Forma aberta de agressão • Forma encapotada de agressão
• Poder assimétrico que pode dever-se às
características físicas / psicológicas ou às
competências relacionais / comunicacionais
que evidencia
• Poder assimétrico que pode dever-se à
„invisibilidade‟ do agressor ou às suas
elevadas competências no uso das
tecnologias de informação e comunicação
• Ocorre desde a infância • Ocorre com mais frequência a partir da
adolescência
• Ocorre com maior frequência dentro do
espaço da escola
• Ocorre com maior frequência fora do espaço
da escola
• Pode manifestar-se de forma directa (física /
verbal) ou indirecta. • Mais associado ao bullying indirecto
• As vítimas podem procurar ajuda junto de
colegas ou de adultos
• As vítimas não têm local onde se possam
refugiar
• As vítimas são atingidas em locais onde a
presença / vigilância dos adultos não existe
• As vítimas podem ser atingidas a qualquer
altura e em qualquer lugar
• As vítimas não relatam as agressões de que
estão a ser alvos; quando o fazem, partilham
o sucedido com um colega e menos com os
adultos (professores e pais)
• As vítimas não relatam as agressões de que
estão a ser alvos
• Dificuldades das vítimas em resolver a
situação
• Dificuldades das vítimas em resolver a
situação
• Dificuldades dos adultos em detectar as
agressões e em prestar apoio à vítima,
sobretudo nos casos de bullying indirecto
• Dificuldades dos adultos em detectar as
agressões e em prestar apoio à vítima
• Maior sensibilização e consciencialização
por parte dos adultos
• Menor sensibilização e consciencialização
por parte dos adultos
• Pode envolver observadores, mas
normalmente não em número muito elevado
• Envolve um número de observadores
consideravelmente elevado
• Os agressores actuam de forma calculista,
evitando a visibilidade dos seus actos
sobretudo em relação aos adultos – docentes
e não docentes
• Os agressores estão protegidos pelo
anonimato, permitindo que não sejam
identificados, punidos ou alvo de retaliações;
maior desinibição por parte do agressor
• Os agressores assistem à reacção da vítima
in loco
• Os agressores não assistem à reacção da
vítima, não avaliando assim as
consequências dos seus actos
• Para além das marcas físicas, as
consequências, de ordem psicológica, podem
não ser de imediato detectadas
• Evidências materiais das agressões podem
ficar guardadas
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
AAccttoorreess ddoo bbuullllyyiinngg
10
A vítima
Factores físicos
• aparência física
• mais nova
• mais débil
• deficiência
Beane (2006)
Seixas (2005, 2006)
Thompson et al. (2003)
Factores
psicológicos/comportamentais
• ansiedade
• baixa auto-estima
• envergonhado
• introversão
• cautela
• insegurança
• não assertivas
• silêncio
• sensibilidade
• diferente
• necessidades educativas especiais
• emocionalmente reactivo
Batsche (1994)
Costa & Vale (1998)
Martins (2009)
Mora-Merchán (2006)
Olweus (2005)
Pearce & Thompson (1998)
Pepler & Craig (2000)
Ruiz & Mora-Merchán (2009)
Seixas (2005; 2006)
Sharp & Smith (1995)
Smith (2000)
Veenstra (2005)
Factores relacionais
• rejeição
• solidão
• dificuldades de socialização
• sem amigos próximos
• baixa popularidade
• redes sociais de apoio pobres
Benítez & Justicia (2006)
Costa & Vale (1998)
Martínez (2002)
Nansel et al. (2001)
Pearce & Thompson (1998)
Pepler & Craig (2000)
Ruiz & Mora-Merchán (2009)
Sharp & Smith (1995)
Factores familiares
• filho único
• viver apenas com um progenitor
• sobreprotecção das mães
Mellor (1997)
Serrate (2009)
Simões & Carvalho (2009)
Smith (2000)
―Todos nós, ao longo da vida, já presenciámos ou
participámos em situações de agressão, assumindo o papel
de agressor, vítima, observador passivo ou interveniente.‖
Pereira (1997: 18)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
AAccttoorreess ddoo bbuullllyyiinngg
11
As vítimas de bullying podem ainda ser divididas em dois subtipos:
- vítimas activas / provocadoras (Costa & Vale (1998: 28-29) ou agressivas (Pepler &
Craig, (2000: 32)
- vítimas passivas
3.1.1. Sinais de alerta
-Na escola… alunos que, com regularidade…
• são gozados ou ridicularizados, tratados com alcunhas ofensivas
• são insultados, menosprezados
• são intimidados, inferiorizados
• são ameaçados, dominados, subjugados
• são objecto da ira, enxovalhados
• são empurrados, agredidos, esmurrados, pontapeados
• são apanhados em brigas numa posição de pouca defesa
• são objecto de roubos ou que vêem o seu material destruído
• são vistos com pisaduras, cortes, arranhões, roupa rasgada sem motivo aparente
(sinais primários)
• são vistos sozinhos e excluídos dos grupos dos colegas durante os intervalos
• são considerados os menos populares da turma
• são os últimos a serem escolhidos para fazerem parte de uma equipa
• são vistos junto dos seus professores ou de outros adultos nos intervalos
• evidenciam dificuldades em falar em público e transmitem uma imagem de
ansiedade e de insegurança
• manifestam sentimentos de tristeza ou de desconforto
(sinais secundários)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
AAccttoorreess ddoo bbuullllyyiinngg
12
O agressor – bully
Factores físicos
• activo
• mais velho
• mais forte
Costa & Vale (1998)
Pearce & Thompson (1998)
Ramirez (2001)
Factores psicológicos
• tendências comportamentais agressivas
• impulsivo
• necessidade de exercer domínio
• extrovertido
• auto-confiante
• forte auto-estima
• assertivo
• caprichoso
• falta de controlo
• pouca preocupação com o mal-estar
causado
Coloroso (2003)
Costa & Vale (1998)
Formosinho & Simões
(2001)
Martins (2009)
McEachern (2005)
Olweus (2005)
Pearce & Thompson (1998)
Seixas (2006)
Serrate (2009)
Simões & Carvalho (2009)
Factores relacionais
• manipulador
• maquievelismo
• perspectiva egocênctrica do mundo
• socialmente confiante
• boas aptidões comunicacionais
• popularidade média entre pares
• impopular entre o pessoal da escola
• falta de competências sociais básicas
Beane (2006)
Coloroso (2003)
Costa & Vale (1998)
Formosinho & Simões
(2001)
Martins (2009)
Seixas (2006)
Simões & Carvalho (2009)
Factores académicos
• quadro de reprovações
• atitude negativa face à escola
• dificuldades em acompanhar o normal
ritmo de aprendizagem
Nansel et al. (2001)
Ramirez (2001)
Factores familiares
• viver com alguém que não os pais
• relação negativa com os pais
• menor apoio dos pais
• exposição à agressão e conflito entre
adultos
Mellor (1997)
Seixas (2006)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
AAccttoorreess ddoo bbuullllyyiinngg
13
As testemunhas - bystanders
―Todo o jovem que, não integrando necessariamente o grupo dos agressores, assiste - na
qualidade de testemunha – a episódios de bullying no recreio, no campo de jogos, no corredor
do bloco ou, até, na cantina da escola.‖ Thompson et al., (2003: 37)
―As testemunhas de bullying, que presenciam as agressões e optam por não intervir, não
escapam igualmente às suas consequências negativas, pois também eles perdem o sentimento de
segurança.‖ (Bedell et al., 2005: 59)
Cinco subtipos Características
Apoiantes
(supporters)
-aqueles que apoiam o bully, mas que não
desempenham um papel activo na agressão
Apoiantes passivos
(passive supporters)
-admiram o agressor, mas não manifestam o seu
apoio de forma aberta
Espectadores descomprometidos
(disengaged onlookers)
-assistem ao que acontece, mas não tomam posição
Prováveis defensores
(possible defenders)
-não gostam das agressões, sentem que devem
ajudar, mas não o fazem
Defensores do alvo
(defenders of the target)
-desaprovam as agressões e ajudam (ou tentam
fazê-lo) a vítima
Olweus (2005)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
88 mmiittooss ssoobbrree oo bbuullllyyiinngg
14
Mito n.º 1: O bullying é uma fase que faz parte da vida. Todas as crianças e jovens
conseguem ultrapassar essa fase.
Realidade: O bullying não é ―normal‖ nem pode ser entendido como um
comportamento socialmente admissível. Aceitar tal comportamento confere
inequivocamente mais poder aos/às intimidadores/as. As crianças e jovens devem ser
educados no sentido de saberem respeitar os outros e de conviverem de forma saudável.
Mito n.º 2: Se uma criança ou jovem contar a alguém que está a ser vítima de bullying,
será pior uma vez que a intimidação de que estará a ser alvo aumentará.
Realidade: O contrário é que poderá acontecer. Quanto mais ignorarmos o bullying,
mais ele ocorrerá. Estudos demonstram que o bullying só pára quando os adultos e / ou
os pares o denunciam e se envolvem activamente em defesa da vítima.
Mito n.º 3: O bullying é um problema da escola e só os/as professores/as é que se
devem preocupar com ele.
Realidade: O bullying é um problema social que diz respeito a todos. Por vezes, pode
ocorrer, também, fora da escola, nomeadamente na rua, em casa, nas actividades
desportivas, nos centros comerciais, nos campos de férias ou, mesmo, com adultos nos
seus locais de trabalho.
Mito n.º 4: As crianças e jovens que intimidam os outros nascem assim.
Realidade: O bullying é um comportamento aprendido e essas condutas anti-sociais
podem, portanto, ser mudadas.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
88 mmiittooss ssoobbrree oo bbuullllyyiinngg
15
Mito n.º 5: Os agressores (bullies) são normalmente alunos impopulares, altos e fortes.
Realidade: Os bullies emergem nas mais diversas combinações e formatos – alguns são
enormes e musculados, outros são pequenos e esguios; alguns são inteligentes, outros
nem por isso; alguns são bem-parecidos, outros nem por isso; alguns são populares e
outros são particularmente detestados por todos.
Mito n.º 6: Apenas os rapazes exercem bullying sobre os colegas.
Realidade: Os rapazes utilizam mais certas formas de bullying directo verbal e / ou
físico, que são as mais visíveis. As raparigas, por sua vez, recorrem mais
frequentemente ao bullying indirecto que não é tão perceptível como o directo.
Mito n.º 7: Os bullies escolhem as suas vítimas por elas serem ‘diferentes’.
Realidade: Qualquer aluno pode ser escolhido pelo agressor. Os bullies tornam alvos
das suas agressões os pares que parecem estar num contexto de inferioridade ou de
fragilidade física ou psicológica.
Mito n.º 8: Não existe bullying na minha escola, pois não assisto a qualquer tipo de
incidente desse tipo.
Realidade: Os bullies, como manipuladores que são, agem de forma calculista quase
sempre longe do olhar dos outros, sobretudo dos adultos. Contudo, em muitas situações,
actuam dentro do espaço da sala de aula sem que o professor se aperceba.
(In brochura da Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCV - http://www.amcv.org.pt/ e Horne, A., Orpinas, P., Newman-
Carlson, D., & Bartolomucci, C. (2004). Elementary School Bully Busters Program: Understanding Why Children Bully and What
to Do About It. In D. Espelage & S. Swearer (Eds.), Bullying in American Schools. A Social-Ecological Perspective on Prevention
and Intervention. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
DDaaddooss ssoobbrree oo bbuullllyyiinngg
16
Em Portugal …
primeiros estudos realizados em 1993/1994 no Minho (Braga e Guimarães)
entre 20 a 25% dos jovens portugueses são / foram vítimas de algum tipo de bullying
entre 15 a 20% dos jovens portugueses estão / estiveram envolvidos em alguma
forma de bullying na qualidade de agressores
Tipos de bullying…
o bullying verbal é a forma de agressão mais usual entre os jovens
o bullying tende a diminuir com a idade (inicia-se nas faixas etárias mais baixas, logo
aquando da frequência do jardim-de-infância, aumentando gradualmente ao longo do 1º
Ciclo do Ensino Básico e atingindo o seu auge ao longo dos 2º e 3º Ciclos – entre os 12
e os 15 anos de idade)
o bullying físico declina igualmente com o decorrer da idade enquanto que o bullying
indirecto aumenta
As vítimas…
as vítimas do bullying são, num número expressivo de situações, mais novas ou mais
fracas do que os seus agressores
as raparigas são objecto de agressão indiscriminadamente por colegas de ambos os
géneros, ao passo que é mais raro os alunos serem maltratados por alunas
os alunos são, por outro lado, mais alvo de bullying directo (físico) do que as alunas
as raparigas experienciam mais frequentemente formas verbais de agressão – chamar
nomes desagradáveis – ou indirectas (sociais) – ser excluídas do grupo de pares,
ninguém falar com elas, ser alvo de rumores desagradáveis
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
DDaaddooss ssoobbrree oo bbuullllyyiinngg
17
Os agressores…
os alunos envolvidos em episódios de bullying frequentam normalmente a mesma
turma ou o mesmo ano de escolaridade da sua vítima
os rapazes envolvem-se claramente em actos de agressividade com maior frequência
do que as raparigas
Locais de maior risco…
um número significativo de episódios de bullying ocorre em alguns espaços
exteriores da escola – recreio, campo de jogos, atrás dos edifícios – seguindo-se outros
locais como a sala de aula, os corredores, a cantina, os balneários, as casas de banho ou
junto à portaria
O bullying e o tamanho da turma / escola...
não parece existir co-relação entre bullying e o tamanho da turma ou da escola
O bullying e os estratos sociais de onde provêm os alunos…
não parece existir co-relação entre bullying e os estratos sociais de onde provêm os
alunos
O bullying e a localização da escola…
não parece existir co-relação entre bullying e a localização da escola (geográfica,
zona rural / urbana)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr ooss ppaaiiss
18
Se o seu filho está a ser vitimado:
―Os pais dos alunos envolvidos nestes episódios não estão familiarizados com esta
problemática e, quando o estão, apenas dialogam com os seus filhos acerca de algumas
das suas vertentes.‖ (Olweus, 2005: 21)
• O que sentirá:
Preocupação
Transtorno
Frustração
Impotência
Revolta
• Fique atento aos sinais de alerta:
Apresentação de danos corporais (cortes, arranhões, nódoas negras…)
para os quais não são adiantadas explicações convincentes.
Mudança súbita nos padrões comportamentais:
-maior silêncio
-maior isolamento
-maior agressividade
-maior exigência de atenção
-angústia constante
-menor apetite
-pesadelos
Manifestações constantes de indisposição física para ir à escola:
-dores de barriga, de cabeça
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr ooss ppaaiiss
19
-vomitar
Demonstração súbita de falta de interesse pela escola:
-decréscimo no aproveitamento escolar
-falta de assiduidade
Desaparecimento inexplicado de bens materiais, de dinheiro, das
senhas de almoço.
Tentativas de fuga de casa ou de suicídio.
• O que não deve fazer:
Minimizar, explicar ou justificar o comportamento do agressor.
Ignorar o sucedido.
Aconselhar o seu filho a evitar o agressor.
Aconselhar o seu filho a ripostar ao agressor.
Assumir atitudes precipitadas.
Confrontar directamente o agressor ou os pais do agressor.
• O que deve fazer:
Leve o seu filho muito a sério caso ele lhe comunique que está a ser
vítima de agressão, pois, para além de necessitar da sua ajuda, ele precisa de sentir que
está do seu lado.
Demonstre total disponibilidade e abertura para que o seu filho possa
falar consigo acerca de tudo que ele quiser.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr ooss ppaaiiss
20
Adopte uma postura instrutiva e construtiva, não contribuindo para o
agravamento da situação.
Ouça o que ele tem para lhe relatar, com calma e de forma atenta.
Anote todo o tipo de informação relacionada com o(s) dia(s), a(s)
hora(s), o local, o nome do(s) agressor(es) e eventuais testemunhas.
Ajude o seu filho a sentir que ele não é culpado pela situação e que ele
não merece ser vítima de agressão.
Reforce a auto-estima do filho, levando-os a pensarem por si e a
encararem as contrariedades da vida como problemas que devem ser resolvidos.
Fale com ele acerca do que ambos podem fazer para pôr fim às
situações de agressão.
Aconselhe-o a relatar as agressões ao seu Director de Turma ou a outro
professor.
Dirija-se à escola e comunique o sucedido ao Director de Turma do seu
educando. Faça-o com calma e de forma clara de modo a que possa ser encontrada uma
solução para pôr fim às agressões.
Exponha a situação ao Director da escola caso o Director de Turma não
tenha conseguido resolver o problema.
Incentive o seu filho a continuar a falar consigo acerca da sua vida na
escola, passe mais tempo com ele e demonstre-lhe o seu apoio incondicional.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr ooss ppaaiiss
21
2. Se o seu filho é o agressor:
• Fique atento aos sinais de alerta:
Exibição usual de condutas agressivas (bater, pontapear, empurrar, uso
de linguagem ofensiva).
Manifestações de comportamentos impulsivos (frustração, fúria).
Recurso à agressão como meio privilegiado para resolver problemas.
Necessidade de:
-controlar ou exercer domínio sobre terceiros;
-humilhar ou achincalhar outras crianças.
Manifestação de atitudes cruéis para com outras crianças ou animais de
estimação.
Ausência de sentimentos de empatia / insensibilidade face aos
sentimentos evidenciados por terceiros, revelando egocentrismo.
Culpabilização de terceiros por actos praticados, nunca assumindo a
sua autoria.
Atitudes de provocação deliberada de outras crianças.
• O que deve fazer:
Mantenha a calma e procure saber junto do seu filho o(s) motivo(s)
pelo qual ele agride os colegas.
Explique ao seu filho que qualquer tipo de comportamento agressivo é
intolerável.
Procure, em conjunto com o seu filho, formas de compensar a vítima.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr ooss ppaaiiss
22
Apoie o seu filho caso ele seja objecto de um procedimento disciplinar
na escola.
Passe mais tempo com o seu filho, acompanhando mais de perto o seu
comportamento.
Promova um clima de tranquilidade e de harmonia nas suas relações
familiares.
Evite que o seu filho veja filmes violentos ou que aceda a jogos virtuais
com o mesmo cariz.
2. Se o seu filho é testemunha:
• O que deve fazer:
Fale com o seu filho com regularidade acerca do seu dia-a-dia na
escola.
Incentive o seu filho a denunciar qualquer tipo de comportamento
agressivo que ocorra na escola.
Ajude-o a desenvolver as competências necessárias para que ele se
sinta suficientemente confiante para relatar essas condutas.
Mostre-lhe que o silêncio só poderá contribuir para piorar a situação.
Dirija-se à escola no sentido de ter a certeza de que existem
mecanismos na escola que possam garantir a segurança do seu filho caso ele denuncie
esses comportamentos agressivos.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr aass eessccoollaass
23
4 - O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade social, contribuindo para o
desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de
cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do trabalho.
5 - A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e
das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem
com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na sua
transformação progressiva.
Artigo 2º da Lei nº 49/2005, de 30 de Agosto - Lei de Bases do Sistema Educativo
―A escola partilha a responsabilidade de alguns problemas comportamentais
evidenciados pelos seus alunos pelo que não deve culpabilizar apenas a sociedade, a
família e as crianças.‖ (Besag, 1989: 101)
―A escola desempenha um papel fundamental no que toca ao apoio que pode dar às
crianças e jovens que se encontram envolvidos em situações de bullying. Em primeiro
lugar, a escola deve garantir que existem poucas oportunidades para a sua ocorrência, ao
mesmo tempo que deve implementar um trabalho a longo prazo para apoiar as crianças
que evidenciam dificuldades de socialização.‖ (Besag, 1989: 100)
• È obrigação da escola:
Garantir o bem-estar e segurança de todos os seus alunos.
Apresentar-se como local exemplar e inequivocamente favorável ao processo
de ensino/aprendizagem.
Promover valores universais (respeito pelos outros, a tolerância, a
solidariedade) entre os seus alunos.
Fomentar um clima natural de serenidade, harmonia e tranquilidade entre
todos os elementos da comunidade escolar.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr aass eessccoollaass
24
Divulgar, praticar e garantir rotinas regulares que possam garantir, de forma
inquestionável, o bem-estar, a alegria e a segurança dos nossos jovens.
Estimular o diálogo entre todos os elementos da comunidade educativa
(alunos, pessoal docente e não docente, pais / encarregados de educação).
Considerar o bullying e quaisquer outros tipos de comportamentos
violentos inequivocamente inaceitáveis.
Difundir junto de todos os elementos da comunidade educativa
procedimentos que sirvam para relatar acontecimentos intimidatórios.
Prestar apoio aos pais e encarregados de educação de alunos vítimas de
bullying.
• O que é que não resulta no combate ao bullying:
Abordagens ou medidas isoladas e inconsistentes.
Políticas de ―tolerância zero‖ inflexíveis.
Aconselhamento desestruturado (individual ou em grupo).
Retenção dos alunos no mesmo ano de escolaridade.
Suspensão ou expulsão do aluno agressor sem que existam medidas de
acompanhamento para o comportamento transgressor.
Segregação de alunos com comportamentos diferenciados.
Junção de alunos com comportamentos agressivos numa mesma turma.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OO qquuee ddeevveemm ffaazzeerr aass eessccoollaass
25
• O que é que resulta no combate ao bullying:
Adopção de uma postura determinada.
Promoção de um ambiente seguro para todos os elementos da
comunidade escolar.
Intolerância para quaisquer comportamentos de violência.
Definição clara de regras que não permitam comportamentos de
bullying.
Implementação de programas de prevenção e de intervenção ao nível
da escola.
Envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa (alunos,
direcção, pessoal docente e não docente, psicólogo, pais / encarregados de educação,
instituições) na dinamização de esses programas.
Dinamização de sessões de esclarecimento / formação.
Aplicação e monitorização de medidas que, embora estabeleçam
limites firmes, não sejam meramente punitivas.
Implementação de programas que:
-melhorem o clima da sala de aula;
-ajudem os alunos a desenvolver competências comportamentais;
-privilegiem uma abordagem junto dos alunos (aconselhamento,
mediação, resolução de conflitos, formação);
-promovam o papel modelar dos adultos.
Desenvolvimento de actividades no espaço da sala de aula.
Divulgação de informação.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
SSííttiiooss nnaa IInntteerrnneett
26
Nome do Sítio Endereço APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
http://www.apav.pt/portal/
Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco
http://www.cnpcjr.pt/
MiúdosSegurosNa.Net Tito de Morais
http://www.miudossegurosna.net/
PortalBullying – Centro de Ajuda Online Tânia Paias
http://www.portalbullying.com.pt/
ProCiv – EsmgaSegura Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida - Espinho
http://esmgasegura.blogspot.com
Projecto Dadus Comissão Nacional de Protecção de Dados
http://dadus.cnpd.pt/
Programa de Redução do Comportamento Agressivo Entre Estudantes (Brasil)
http://www.bullying.com.br
Anti-bullying Alliance (Reino Unido)
http://www.anti-bullyingalliance.org.uk
Bullies to Buddies (Canadá)
http://www.bullies2buddies.com/
Bully Blocking (Austrália)
http://www.bullying.com.au/
Bully Free Program Allan Beane (Estados Unidos da América)
http://www.bullyfree.com/
Bullying Org (Canadá)
http://www.bullying.org/public/
Bullying No Way (Austrália)
http://www.bullyingnoway.com.au
Bullying UK (Reino Unido)
http://www.bullying.co.uk/
BullyWatch (Reino Unido)
http://www.bullywatch.org/
International Bullying Prevention Association (Estados Unidos da América)
http://www.stopbullyingworld.org/
School Bullying and Violence (União Europeia)
http://www.bullying-in-school.info
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
RReeccuurrssooss
27
R e c u r s o s
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
28
Este questionário serve para testares os teus conhecimentos sobre o bullying e sobre
as consequências que esta problemática poderá ter sobre os alunos.
As respostas que darás às questões que te são colocadas servirão, em primeiro lugar,
para reflectires e encontrares motivação para aprofundar os teus conhecimentos sobre esta
temática.
Tenta, portanto, assinalar a resposta que consideras ser a melhor para cada uma das
seguintes questões.
1. O bullying é…
a). uma forma deliberada de magoar alguém ou de provocar medo nessa pessoa.
b). uma brincadeira que acontece entre amigos.
c). uma agressão pontual em que um aluno agride outro, por exemplo, no campo de
jogos.
2. O bullying acontece quando um aluno…
a). bate, pontapeia, esmurra, empurra, rasteira, puxa o cabelo ou insulta outro aluno.
b). exclui um outro aluno de um grupo ou equipa; impede outro colega de se dirigir
onde pretende; critica um colega pela roupa que veste.
c). é vítima das situações descritas nas alíneas a). e b).
3. Que tipo de aluno pode ser vítima de bullying?
a). O aluno que é alvo das atenções da turma – o que fala mais ou é o ‗palhaço da
turma‘.
b). O aluno que parece de ser objecto fácil de agressão – solitário; diferente em termos
psicológicas diferentes; inseguro.
c). O(a) aluno(a) popular, atraente e com grande confiança.
4. Quais são alguns dos sinais que mostram que um aluno está a ser alvo de bullying?
a). Infelicidade, ansiedade, nódoas negras, procura de desculpas para ficar em casa,
queda das notas.
b). Curiosidade, vontade de dormir, calma, melhoria das notas.
c). Agressividade, aumento do interesse no exercício físico, confiança extra.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
29
5. Quando um aluno é vítima de bullying, a quem costumam contar o sucedido?
a) Aos pais.
b) A um professor ou a um adulto em quem confiam.
c) Ao melhor amigo ou irmã / irmão.
6. Os pais podem ajudar um(a) filho(a) que está a ser alvo de bullying?
a) Não. Trata-se de um problema com o qual os jovens têm que conviver.
b) Sim. Os pais podem ensinar técnicas de auto-defesa ou informar a polícia.
c) Sim. Os pais podem ajudar o(a) seu/sua filho(a) a lidar com a situação, oferendo
carinho e apoio e procurando informar os responsáveis da escola acerca da situação.
7. Existe um bully (agressor) típico?
a). Sim. Alguém que necessita de se sentir importante e sob controlo porque se sente
infeliz ou vítima (ele/a própria de agressão).
b). Sim. Alguém que apresenta um problema de ordem mental que justifica o seu
comportamento anti-social.
c). Sim. Alguém que ‗cresceu‘ de forma precoce e que procura mostrar que merece o
respeito dos colegas.
8. Os agressores podem sofrer consequências a longo prazo?
a). Não. Acabam por ser personagens importantes na área da política, dos negócios e da
indústria.
b). Sim. Acabam por ter resultados escolares negativos e problemas negativos quando
atingem a idade adulta.
c). Talvez. As consequências que podem vir a sofrer dependem de factores como a
dieta, o exercício e os hobbies.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
30
Questionário – Respostas
1. A.
O bullying é uma forma deliberada, por parte de uma ou mais pessoas, para magoar ou assustar
outra com palavras, comportamentos ou acções.
2. C.
O bullying pode incluir acções como: ameaçar; provocar; chamar nomes; excluir colegas;
impedir que se desloquem a sítios que pretendam; empurrar ou bater; ou outras formas de abuso
físico.
3. B.
Os agressores acabam normalmente por escolher alguém que parece fácil de magoar. Podem
escolher alguém que: apresenta características diferentes; solitários; apresenta dificuldades no
aproveitamento escolar; apresenta insegurança; é mais novo ou mais pequeno no tamanho.
4. A.
Alguns dos sinais podem incluir:
-o desejo de ficar em casa, fingindo que está doente
-a procura de evitar os agressores
-nódoas negras ou arranhões
-mudanças ao nível do comportamento
-perda de peso
-perda de confiança
-baixa no rendimento académico
-depressão
5. C.
Os jovens que são vítimas de bullying podem não contar, em primeira mão, o sucedido aos
adultos – pais ou docentes. Costumam confidenciar com um colega ou um irmão / uma irmã
antes mesmo de partilhar o incidente com um adulto. Podem sentir receio ou vergonha em
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
31
partilhar a sua situação ou, até, manifestar falta de confiança no papel que os adultos podem
desempenhar na resolução do problema.
6. C.
Os pais podem ajudar os seus filhos na tentativa de encontrar soluções práticas ou ‗ideais‘ ou
não violentas que procurem não agravar a situação. Os pais devem comunicar qualquer tipo de
ocorrência aos responsáveis escolares.
7. A.
Os agressores adoptam estes comportamentos a partir dos ambientes em que se inserem. Estes
comportamentos fazem com que os agressores se sintam importantes. Podem ter necessidade em
ter controlo sobre outras pessoas.
8. B.
Os agressores sofrem consequências a longo prazo ao nível: do desempenho académico; da falta
de competências sociais e relacionais. Podem adoptar o mesmo tipo de comportamentos no
contexto laboral ou familiar.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
32
Questionário - Mitos sobre o bullying
Depois de leres as seguintes afirmações, refere se as mesmas são Verdadeiras,
Falsas ou assinala a Outra resposta.
Verdadeiro Falso Outra
Os rapazes agridem mais do que as raparigas.
Os bullies são inseguros e têm uma auto-estima baixa.
Os bullies não têm amigos.
Os bullies têm mais poder do que as suas vítimas.
O bullying acontece em todos os grupos sociais – entre
crianças, jovens e adultos.
As vítimas devem ignorar os comportamentos de
bullying.
Os bullies não têm a intenção de magoar as suas
vítimas. São apenas brincadeiras.
Os outros jovens devem manter-se afastados do
conflito entre agressores e vítimas pois podem passar a
serem alvos também.
Em muitas ocasiões as vítimas são agredidas por culpa
própria.
Manter o bullying em silêncio ajuda o agressor.
Denunciar um agressor irá tornar as coisas mais
difíceis para a vítima.
Os rapazes e as raparigas manifestam os mesmos
níveis de vitimação, mas as raparigas são menos
vítimas de bullying directo.
O bullying não acontece entre amigos.
O bullying diz apenas respeito a duas pessoas – o
agressor e a vítima.
Os professores costumam intervir para pôr fim ao
bullying.
Professores e pais precisam ajuda dos alunos para
saberem qual a verdadeira extensão do bullying.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
33
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
34
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
QQuueessttiioonnáárriiooss ssoobbrree bbuullllyyiinngg
35
Retirado de Storey, K., Slaby, R., Adler, M., Minotti, J., & Katz, R. (2008). Eyes on Bullying . . . What
Can You Do? A toolkit to prevent bullying in children’s lives. Newton, MA, USA: Education
Development Center, Inc.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
JJooggooss
36
“Bullying”
Preenche as palavras cruzadas seguindo as seguintes pistas:
Horizontal
1 Aquele que sofre as agressões
4 Tipo de bullying mais comum
8 Sentimento da vítima depois de ser
agredida
9 Tipo de bullying mais frequente entre
os rapazes
10 Tipo de bullying mais frequente entre
as raparigas
Vertical
2 O que deves fazer quando vires um colega
a ser agredido
3 Tipo de bullying com recurso às
Tecnologias de Informação e Comunicação
5 Aquele faz sofrer os outros
6 Pessoa da escola a quem deves relatar as
agressões
7 Local da escola onde ocorrem mais
agressões
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
JJooggooss
37
Sopa de Letras
“Tipos de bullying”
C B C U C G P D K I R N D B
X A E J S U R Z W E P Y X N
T R R L D O S S R A B U O R
X R U A I J C P S X K T Z H
N A R K Z S S A I H A B Q Q
M N J Y X O C P R R E E G R
E H P K T A G A K Y A S S A
M A I Z H V K N R G T T A S
P R R A T L U S N I Y R M T
U N M X W J K G G G M A P E
R Z M W O P B A T E R G H I
R P R A A E M A R M D A M R
A S P O N T A P E A R R Y A
R G M R I T N E M P C G P R
Tenta encontrar as seguintes formas de bullying directo (físico e verbal)
ameaçar gozar
arranhar insultar
bater mentir
beliscar pontapear
cuspir rasteirar
empurrar roubar
estragar socar
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
JJooggooss
38
Sopa de Letras
“Valores”
L G Z E E Z Q A X R O I Q Q
H E R D A U L J D O S W D P
O D G A E Z B X A T N D T V
N A M D F A U P M S E F S T
E D L I O P W M I G E N J O
S E E N D D C N Z F R S M L
T I W R Q B N K A T P U I E
I R Y E V N L Q D A M X F R
D A E T C L Y A E D O I E N
A D K A J N J Y B V C S O C
D I A R P U D B C P V A M I
E L R F D B P H E Q U R Z A
I O N A Q O T I E P S E R G
E S W P X L E A L D A D E H
Tenta encontrar as seguintes palavras
Ajuda
Lealdade
Amizade Paz
Compreensão Respeito
Fraternidade Solidariedade
Honestidade Tolerância
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
JJooggooss iinntteerraaccttiivvooss
39
NSTeens
Url - http://www.nsteens.org/Games
SoSafe
Url - http://www.sosafe.org.uk/games/
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
JJooggooss iinntteerraaccttiivvooss
40
Stop Bullying Now!
Url - http://www.stopbullyingnow.hrsa.gov/kids/games/default.aspx
Kids Against Bullying
Url - http://www.pacerkidsagainstbullying.org/
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
BBaannddaa ddeesseennhhaaddaa
41
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
BBaannddaa ddeesseennhhaaddaa
42
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
PPrroovvéérrbbiiooss
43
Amizade
A conselho amigo, não feches o postigo.
Amigo disfarçado, inimigo dobrado.
Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho.
Aquele que me tira do perigo, é meu amigo.
Defeitos do meu amigo, lamento mas não maldigo.
Muitos conhecidos, poucos amigos.
Nem o amigo se conhece na bonança, nem o inimigo se oculta na tribulação
No aperto do perigo, conhece-se o amigo
Os amigos são para as ocasiões.
Quem te avisa, teu amigo é.
Escutar
Escuta cem vezes, e fala uma só.
Inimigos
Cem amigos, é pouco; um inimigo é muito.
Nenhum dos meus inimigos desprezarei, se for bom; nenhum amigo louvarei, se for mau.
Inveja
Aos olhos da inveja todo o sucesso é crime.
Rir
Muito riso, pouco siso.
Ninguém se ria com o mal do vizinho, que o seu pode vir a caminho.
Tristeza
Tristezas não pagam dívidas.
União
A união faz a força.
In http://www.portaldaliteratura.com
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
PPeennssaammeennttooss
44
Apoiada, a coragem nasce até mesmo naqueles que são muito cobardes.
Homero
Autoconfiança é o primeiro segredo para se atingir o sucesso.
Ralph Waldo Emerson
Coragem é a resistência ao medo, domínio do medo, e não a ausência do medo.
Mark Twain
Todos os problemas uma vez resolvidos são simples.
Armando Oscar Cavanha
Vive mal quem só vive para si.
Alfred de Musset
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
Honoré de Balzac
A calúnia é sem dúvida, o pior dos flagelos, visto que faz dois culpados e uma vítima.
Heródoto
Aqueles cuja conduta mais dá para troçar são sempre dos outros os primeiros a falar.
Jean Molière
Contra a maledicência não há muralhas.
Jean Molière
Deixarás de temer quando deixares de ter esperança.
Séneca
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
PPeennssaammeennttooss
45
Nada inspira mais coragem ao medroso do que o medo alheio.
Umberto Eco
Aqueles que nunca sofreram não sabem nada; não conhecem nem os bens nem os males;
ignoram os homens; ignoram-se a si próprios.
François Fénelon
Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade
individual.
Pierre Nouy
Eu sou da cor daqueles que são perseguidos.
Alphonse de Lamartine
Quando o homem é muito feliz, fica sozinho; e fica igualmente sozinho quando é muito infeliz.
Panait Istrati
A responsabilidade da tolerância está com os que têm a visão mais ampla.
George Eliot
Tolerância é paciência concentrada.
Thomas Carly
A violência leva à violência, e justifica-a.
Théophile Gautier
A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas
destruidora.
Benedetto Croce
In http://www.portaldaliteratura.com
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
46
"Breakdown" – Jack Johnson
I hope this old train breaks down
Then I could take a walk around
And, see what there is to see
And time is just a melody
All the people in the street
Walk as fast as their feet can take them
I just roll through town
And though my windows got a view
The frame I'm looking through
Seems to have no concern for now
So for now
I need this
Old train to breakdown
Oh please just
Let me please breakdown
This engine screams out loud
Centipede gonna crawl westbound
So I don't even make a sound
Cause it's gonna sting me when I leave this town
All the people in the street
That I'll never get to meet
If these tracks don't bend somehow
And I got no time
That I got to get to
Where I don't need to be
So I
I need this
Old train to breakdown
Oh please just
Let me please breakdown
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
47
I need this
Old train to breakdown
Oh please just
Let me please breakdown
I wanna break on down
But I cant stop now
Let me break on down
But you cant stop nothing
If you got no control
Of the thoughts in your mind
That you kept in, you know
You don't know nothing
But you don't need to know
The wisdoms in the trees
Not the glass windows
You cant stop wishing
If you don't let go
But things that you find
And you lose, and you know
You keep on rolling
Put the moment on hold
The frames too bright
So put the blinds down low
I need this
Old train to breakdown
Oh please just
Let me please breakdown
I need this
Old train to breakdown
Oh please just
Let me please breakdown
I wanna break on down
But I cant stop now
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
48
Everybody Hurts – R.E.M.
When the day is long and the night, the night is yours alone,
When you're sure you've had enough of this life, well hang on
Don't let yourself go, 'cause everybody cries and everybody hurts sometimes
Sometimes everything is wrong. Now it's time to sing along
When your day is night alone, (hold on, hold on)
If you feel like letting go, (hold on)
When you think you've had too much of this life, well hang on
'Cause everybody hurts. Take comfort in your friends
Everybody hurts. Don't throw your hand. Oh, no. Don't throw your hand
If you feel like you're alone, no, no, no, you are not alone
If you're on your own in this life, the days and nights are long,
When you think you've had too much of this life to hang on
Well, everybody hurts sometimes,
Everybody cries. And everybody hurts sometimes
And everybody hurts sometimes. So, hold on, hold on
Hold on, hold on, hold on, hold on, hold on, hold on
Everybody hurts. You are not alone
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
49
I'm With You – Avril Lavigne
I'm standin' on the bridge
I'm waitin' in the dark
I thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound
Isn't anyone tryin' to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
I'm tryin' to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I'm, I'm with you
I'm with you
Hmm hmm hmm
I'm looking for a place
I'm searching for a face
Is anybody here I know?
'Cause nothing's going right
And everything's a mess
And no one likes to be alone
Isn't anyone tryin' to find me?
Won't somebody come take me home?
It's a damn cold night
I try to figure out this life
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
50
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I'm, I'm with you
I'm with you
Yea yea
Oh, why is everything so confusing?
Maybe I'm just out of my mind
Yea eee yeah, yea eee yeah
Yea yee yea, yea eee yeah,yeah
It's a damn cold night
Tryin' to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I'm, I'm with you, yea
I'm with you, yea
Take me by the hand
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I'm, I'm with you, yea
I'm with you, yea
Take me by the hand
Take me somewhere new
I don't know who you are
But I'm, I'm with you, oh
I'm with you
I'm with you
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
51
Keep Holding On – Avril Lavigne
You're not alone
Together we stand
I'll be by your side, you know I'll take your hand
When it gets cold
And it feels like the end
There's no place to go
You know I won't give in
No I won't give in
Keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Just stay strong
'Cause you know I'm here for you, I'm here for you
There's nothing you could say
Nothing you could do
There's no other way when it comes to the truth
So keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
So far away
I wish you were here
Before it's too late, this could all disappear
Before the doors close
And it comes to an end
With you by my side I will fight and defend
I'll fight and defend
Yeah, yeah
Keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Just stay strong
'Cause you know I'm here for you, I'm here for you
There's nothing you could say
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
52
Nothing you could do
There's no other way when it comes to the truth
So keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Hear me when I say, when I say I believe
Nothing's gonna change, nothing's gonna change destiny
Whatever's meant to be will work out perfectly
Yeah, yeah, yeah, yeah
La da da da
La da da da
La da da da da da da da da
Keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Just stay strong
'Cause you know I'm here for you, I'm here for you
There's nothing you could say
Nothing you could do
There's no other way when it comes to the truth
So keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Keep holding on
Keep holding on
There's nothing you could say
Nothing you could do
There's no other way when it comes to the truth
So keep holding on
'Cause you know we'll make it through, we'll make it through
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
53
Nobody's Home – Avril Lavigne
I couldn't tell you why she felt that way,
She felt it everyday.
And I couldn't help her,
I just watched her make the same mistakes again.
What's wrong, what's wrong now?
Too many, too many problems.
Don't know where she belongs, where she belongs.
She wants to go home, but nobody's home.
It's where she lies, broken inside.
With no place to go, no place to go to dry her eyes.
Broken inside.
Open your eyes and look outside, find the reasons why.
You've been rejected, and now you can't find what you left behind.
Be strong, be strong now.
Too many, too many problems.
Don't know where she belongs, where she belongs.
She wants to go home, but nobody's home.
It's where she lies, broken inside.
With no place to go, no place to go to dry her eyes.
Broken inside.
Her feelings she hides.
Her dreams she can't find.
She's losing her mind.
She's fallen behind.
She can't find her place.
She's losing her faith.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
54
She's fallen from grace.
She's all over the place.
Yeah,oh
She wants to go home, but nobody's home.
It's where she lies, broken inside.
With no place to go, no place to go to dry her eyes.
Broken inside.
She's lost inside, lost inside...oh oh yeah
She's lost inside, lost inside...oh oh yeah
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
55
Runaway Train – Soul Asylum
Call you up in the middle of the night
Like a firefly without a light
You were there like a slow torch burning
I was a key that could use a little turning
So tired that I couldn't even sleep
So many secrets I couldn't keep
Promised myself I wouldn't weep
One more promise I couldn't keep
It seems no one can help me now
I'm in too deep
There's no way out
This time I have really led myself astray
CHORUS
Runaway train never going back
Wrong way on a one way track
Seems like I should be getting somewhere
Somehow I'm neither here no there
Can you help me remember how to smile
Make it somehow all seem worthwhile
How on earth did I get so jaded
Life's mystery seems so faded
I can go where no one else can go
I know what no one else knows
Here I am just drownin' in the rain
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
MMúússiiccaass
56
With a ticket for a runaway train
Everything is cut and dry
Day and night, earth and sky
Somehow I just don't believe it
CHORUS
Bought a ticket for a runaway train
Like a madman laughin' at the rain
Little out of touch, little insane
Just easier than dealing with the pain
Runaway train never comin' back
Runaway train tearin' up the track
Runaway train burnin' in my veins
Runaway but it always seems the same
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
57
Histórias!
A minha história é o seguinte: Tenho 24 anos e durante quase todo o meu
percurso escolar fui vítima de bullying. Os meus agressores sempre foram diferentes de
ano para ano. No 1º e no 2º anos da primária era vítima de um colega meu que era 1 ou
dois anos mais velho do que eu. A minha família não sabe mas esse colega e mais outro
até tentaram abusar sexualmente de mim, só que eu consegui fugir.
Depois no 3º ano fui estudar para um externato e aí as minhas agressoras eram
três colegas minhas, ou melhor uma e as outras duas eram uma espécie de escravas dela,
que faziam tudo o que ela mandava.
Elas faziam quase tudo: a que era a chefe tentava intimidar-me, só uma delas é
que queria ser minha amiga, só que a outra não a deixou. Lembro-me que uma vez
numa festa de carnaval na escola não queriam que uma colega nossa que estava no
primeiro ano me emprestasse a maquilhagem. Até tinham chegado ao ponto de me
roubarem o material escolar (os marcadores), mas não tinha como provar que as coisas
eram minhas.
Os meus amigos eram a turma do 4º, os rapazes do 3º ano e algumas pessoas do
1º e do 2º ano. Os professores não sabiam o que haviam de fazer. Quando passei para o
4º ano fiquei lá na escola na 1ª parte do primeiro período e fiz o resto do ano numa
pequena escola primária numa terra onde o meu avô trabalhava antes de se reformar.
Aí nessa escola eu dava-me bem com os meus colegas, porque eles eram os
meus companheiros de brincadeiras quando ia visitar os meus avós. O único problema
era a professora dessa escola, acho que ela sentia que tinha sido castigada por ter ido dar
aulas numa terra tão pequena! e como eu era um bocado viva, tornei-me na vítima
preferida da professora.
Lembro-me duma vez de ela tinha deixado todos os meus colegas irem almoçar,
mas a mim só me deixava sair quando resolvesse um problema de matemática, e quanto
mais insistia para ela deixar-me ir almoçar, mais ela dizia que não, até que finalmente
deixou-me ir embora. A meio do caminho encontrei a minha avó e ela deu-me um estalo
porque estava muito preocupada comigo e pensava que eu tinha atrasado de propósito
para a hora de almoço.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
58
Quando eu contei a ela o que se tinha passado a minha avó arrependeu-se logo
do que me tinha feito e pediu-me desculpa. Outra situação que se tinha passado nesse
ano lectivo foi o facto de me terem falsamente acusado de ter colocado raticida nos
nossos copos que usávamos para bochechar os dentes no fim da hora do almoço.
O 5º ano foi o pior da minha vida, na minha turma estavam alguns dos meus
amigos de infância e aqueles com quem eu tinha andado na primária, pensava que se
fosse mais divertida e mais engraçada me achariam piada. Mas revelou-se totalmente o
contrário: era maltratada tanto dentro como fora da minha turma por algumas pessoas;
aqueles que eu julgava que eram meus amigos viraram-se contra mim, na minha turma
havia uma ou duas raparigas que andavam a arranjar intrigas só para eu ficar mal vista.
Fiquei muito desiludida com algumas pessoas que eu julgava que eram minhas amigas.
Passei de ano e fui viver para outra terra. No 1º período do 6º ano estive no limite de
perder a minha sanidade mental.
Quando mudei de escola colocaram-me numa das turmas mais problemáticas da
escola. O problema era as aulas de música: aí eu era vítima de dois rapazes e um deles
era repetente. Fizeram de tudo: desde baterem-me dentro da sala de aula, mal o
professor virava as costas, até chegarem ao ponto de um dia esconderem as minhas
coisas (nesse dia tinha tentado fazer queixa deles no conselho executivo, mas fui
impedida por uma auxiliar de acção educativa, ela em vez de me apoiar levou-me de
volta para a sala de aula).
A directora dessa turma dizia-nos para não nos metermos uns com os outros,
mas era impossível. Cheguei mesmo faltar às aulas de música só para fugir às agressões
e refugiava-me na biblioteca. Um dia estive sozinha com essa directora de turma e
contei toda a verdade do que eles me faziam, contei também que um dia à saída da aula
que eles tinham tentado agredirem-me mas a minha sorte foi que uma professora ia a
passar e impediu-os de fazerem isso. Ela depois confrontou-os e eles diziam que era
sempre mentira. Havia também o problema que eles eram superprotegidos pelo resto da
turma, não sei dizer se era por amizade ou se era por medo.
Cheguei mesmo quase a ser agredida por algumas das raparigas dessa turma.
Mas corri o mais rápido que pude até à porta do refeitório onde estava uma fila de
alunos para ir almoçar e eles impediram que elas também me agredissem. Em casa
também cheguei a receber uma carta da escola a dizer que corria o risco de chumbar,
não tinha motivação nenhuma, mas tentavam ajudar-me no que podiam, principalmente
a minha avó, ela tinha encorajado a apresentar queixa deles no conselho executivo, mas
quando me puseram frente a frente com um deles, simplesmente perdi a coragem, foi
por medo.
Até que finalmente conseguir mudar de turma, onde eu encontrei aqueles que
são até hoje os meus melhores amigos, apesar de continuar a ser vítima de bullying,
tanto desses dois rapazes da minha ex-turma, como de um grupo de rapazes do 8º ou 9º
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
59
ano. Estive assim até ao final desse ano, até que a nossa recebeu durante 3 anos uma
rapariga de outra terra e alguns de nós tínhamos sido vítimas dela: desde ela andar à
briga com algumas raparigas da minha turma, até mesmo tentar cortar os pulsos em
plena sala de aula, numa espécie de chantagem psicológica.
Bem, estivemos juntos até irmos para a escola secundária, alguns foram para
áreas diferentes e outros para outras escolas. A turma onde me colocaram nem era boa
nem era má. Mas por problemas pessoais acabei por chumbar de ano e alguns deles
também, até que vieram pessoas de outros sítios e juntaram-se a nós e estávamos a dar-
nos bem uns com os outros.
Até que quando a nossa turma passou para o 11º juntou-se com outra turma e foi
aí que os problemas começaram novamente: intrigas e mais intrigas. Desta vez não
houve violência física. Havia mais exclusões ou até mesmo discriminações.
O conselho que dou a todos que sofrem de bullying que não tenham medo,
desabafem com os vossos pais e professores, porque é isso que os vossos agressores
querem, que vocês tenham medo deles! Os professores também devem estar mais
preparados para este tipo de problemas, não podem nunca serem passivos. e tanto os
pais das vitímas como dos agressores têm que estar mais atentos ao que se passa na vida
dos vossos filhos, porque eles podem ter graves problemas e vocês não dão problemas.
É preciso ir ao fundo deste problema e tentar resolvê-lo, quanto mais pressão e mais
união houver provavelmente deixará de existir bullying em toda a parte. E já agora,
parabéns ao vosso site, isto é um bom caminho para resolver este problema.
Ana, 24 anos
PUBLICADA POR SEM BULLYING -
HTTP:/ /SEMBULLYING.B LOGSPOT.COM/
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
60
Provocadores e agressores sempre existiram nas escolas. Alimentam-se do medo e
insegurança de outros miúdos. Se antes roubavam o dinheiro do almoço, batiam ou insultavam,
tudo no recreio ou no caminho da escola para casa, hoje a Internet e os telemóveis são o seu
novo território de ‗caça'. ‗Bully', o termo inglês para designar estes provocadores, tornou-se
comum para designar a agressão repetida entre pares em que há desigualdade de poderes. Para
os bullies qualquer razão é boa para se humilhar ou ameaçar outro miúdo: ser muito alto, muito
baixo, gordo, magro, ter uma religião, etnia ou sexualidade diferente, ter dificuldades de
aprendizagem ou ser o mais esperto da turma. À conta disso há quem vá parar ao psicólogo,
quem fique doente, falte às aulas, mude de escola e até quem se suicide.
Tragédias começaram no ciberespaço
Em 2006 Megan Meier, uma adolescente norte-americana a dias de completar o seu 14.º
aniversário, enforcou-se depois de ter recebido mensagens humilhantes e enraivecidas de um tal
Josh Evans, supostamente um rapaz de 16 anos com quem tinha começado a namoriscar online.
Mas ‗Josh' era, na verdade, Lori Drew, a mãe de uma ex-amiga de Megan, que criou uma conta
no site Myspace, com a ajuda da filha e de uma amiga, para obter informações e humilhar
Megan, uma vingança pelo facto desta ter, alegadamente, caluniado a sua filha. Numa das
mensagens podia ler-se "O mundo seria um lugar melhor sem ti". O caso foi a tribunal, mas Lori
foi ilibada de responsabilidade no suicídio de Megan.
No Reino Unido, o bullying há muito assumiu contornos assustadores. Uma das
organizações que mais se bate pelo fim do fenómeno, a ‗Bullying UK', tem um dos sites mais
visitados em http://www.bullying.co.uk/. Segundo a organização, em média 16 jovens cometem
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
61
suicídio, todos os anos, por serem alvos de bullying. Naquele país, a partir dos 10 anos, uma
criança assume responsabilidade criminal pelos seus actos e existem leis para punir o bullying.
Mas isso não impediu que, em Janeiro de 2009, a britânica Megan Gillan, de 15 anos, tomasse
uma overdose fatal de analgésicos depois de receber insultos dos colegas no seu site da rede
social Beebo sobre as suas "roupas e aparência miserável". A mãe de Megan contou que, na
véspera do suicídio, a filha lhe tinha dito que não iria à escola na manhã seguinte, ao que lhe
terá respondido negativamente: Megan tinha um teste de ciências e não convinha faltar. Mas
prometeu-lhe que iria buscá-la logo depois e que a filha não teria de ficar na escola o resto da
tarde. A mãe crê que não se tratou de um suicídio e antes de uma tentativa de parecer mal
disposta na manhã seguinte, de modo a ser dispensada de ir à escola, ou como uma chamada de
alerta.
Redes sociais, terreno de caça
Com o advento da Internet e dos telemóveis, os métodos dos bullies refinaram-se:
insultos, chantagem, roubo de identidade - alguém abre uma conta fazendo-se passar por outra
pessoa -, publicação de fotos embaraçosas, boatos e calúnias publicados em sites de redes
sociais, ameaças constantemente enviadas para telemóveis e e-mails. Já há histórias nacionais de
quem tenha aberto contas em sites de redes sociais como Facebook, Hi5 ou Myspace em nome
de ex-namorados (ou namoradas), publicando fotos íntimas e o número de telefone da pessoa
em causa, associando-a a convites de índole sexual. E alunos que fizeram o mesmo a
professoras.
A Internet é a arma perfeita para os bullies, como explica Daniel Cardoso, investigador
da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e responsável
nacional do projecto EU Kids Online 2. "Através da sensação de anonimato, instantaneidade e
facilidade da transmissão de mensagens, passa facilmente a ideia de que se pode fazer muita
coisa sem grandes consequências. Por outro lado, é muito mais fácil também carregar no botão
de ‗bloquear pessoa'."
Uma ideia partilhada também por Joel Haber e Jenna Glatzer no livro ‗Bullying, Manual
Anti-agressão' (Casa das Letras): "O facto de ser anónimo pode também fazer com que
desapareçam sentimentos de culpa ou empatia - afinal, o agressor não tem de ver as lágrimas
nos olhos do alvo."
Quem são os agressores
Margarida Gaspar de Matos, psicóloga clínica e professora da Faculdade de Motricidade
Humana da Universidade Técnica de Lisboa, debruça-se sobre o tema no livro ‗Jovens com
Saúde: Diálogo com uma Geração' (Texto Editora), no capítulo ‗Os Novos Horizontes dos
Internautas'. Para a autora, o ciberbullying é "a perseguição sistemática e deliberada por parte de
alguém mais forte sobre outro (e devemos sempre neste fenómeno considerar os provocadores,
os provocados e as vítimas provocadoras/duplo estatuto)." Daniel Cardoso acrescenta: "Nem
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
62
toda a agressão online é cyberbullying, porque nem toda ela é continuada no tempo - podem ser
apenas episódios esporádicos, não correlacionados, num curto espaço de tempo. A questão do
anonimato torna ainda mais difícil separar as duas coisas."
Mas quem são os agressores? "Podemos pôr a hipótese que os jovens provocadores na
vida ‗real' são os mesmo provocadores online, que acrescentaram este procedimento ao seu
reportório de provocações, mas podemos também pôr a hipótese que o cyberbullying permite a
jovens menos robustos fisicamente retaliar online as provocações de que são alvo ‗ao vivo', na
escola. O envolvimento em actos de bullying está associado a isolamento na escola e na família,
mal-estar físico e psicológico", diz a psicóloga. Só em casos extremos e muito raros é que
podemos falar em jovens com graves problemas emocionais e psicológicos, distantes, pouco
emotivos e hostis e relações muito agressivas na família, que gostam de humilhar e magoar sem
justificação. A equipa coordenada pela psicóloga vai, este ano, estudar o fenómeno do
ciberbullying a nível nacional, um projecto que nos dará as primeiras luzes sobre o fenómeno.
"No cyberbullying as ameaças, insultos, piadas e assédio sexuais são as práticas mais
frequentes, embora ainda não tenhamos a certeza da sua distribuição nos dois géneros", continua
a psicóloga. Se tradicionalmente o fenómeno está muito mais ligado aos rapazes, as meninas
começam a ganhar terreno usando as novas tecnologias, como explica Daniel Cardoso. "Este
tipo de agressão está mais associado ao bullying feminino - boatos, insultos, agressões verbais
no geral. Apesar de ainda não existirem dados para Portugal, alguns estudos norte-americanos
apontam para uma igual distribuição de género no cyberbullying."
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
63
I Care Because...
"So growing up in a small town, I was one of the only people who was bigger, I
was not very smart, I was not very popular, and people treated me like I was just a
nobody. My whole life I have had those people call me fat, stupid, worthless, I have had
them tell me to kill myself, say I would not be missed if I was gone, call me ugly.
Honestly there is not a single more harmful thing in this world then bullying. People
need to see how much it can hurt someone, and not only that one person but many other
people around them, due to those people I grew up with, I will now forever have a part
of me feel that what they said was true, and that will forever affect me, and my friends,
and my family. it will one day affect my future husband and children, and those people
who called me names never will know who they have affected beyond the person they
once knew. well now I am a strong person, I love my family and friends, I have a lot of
friends, many people find my outgoing personality wonderful and I love making people
smile. I have got myself a great career, and I am making a great life for myself. So I
proved those people wrong. bullying needs to stop!"
Kelsi, 18, AB
"I have had a friend that was bullied everyday at school from maybe 1st grade to 4-5th.
She would get stones thrown after her, she would be threatened by knife, or beaten up or called
names. Me and some other friends of mine went to some teachers to talk about it, but they would
just ignore it. Or if someone did care, they would just say "stay away from that person that do
this. Just ignore it then he would stop," etc.. We got our parents involved and they did so much
to help us with this problem. They would go to the principal and ask if he could arrange so this
person who bullied her could go to another school. But he couldn't do it. The principal said
after a lot of discussions "Just wait to you start in 8th grade, then everything will be alright."
But to wait 3-4 years to stop the bullying, it's just ridiculous. Bullying should never be ignored!
Now when I think of it, I get so mad over that nobody could make her feel good about herself,
she would just be ignored by the teachers. Now she's doing fine, but bullying really have had an
effect on her. Who could blame her? Thanks to Demi Lovato for doing something about this. I'm
from Norway, so sry for bad english. :p "
Linda, 15, Nw
"I care because my little 12 year old cousin tried to commit suicide because she was bullied by
a group of boys at her school. I love her dearly and I want Bullying to stop. NOW!!!! For
everyone's ake, Please help stop bullying. You CAN and WILL make a difference."
Briyanna stickland, 15, DE
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
64
"I care because I have a 15 year old son that has Aspergers, a form of autism. Aspergers does
not define who he is, it is just a part of him. He is a wonderful friend to anyone who takes the
time to get to know him. Just this week I had to pick him up from school after he had been
bullied and pushed by a fellow student. He was in tears. This boy has been calling him names
for a couple of weeks now. Hopefully after intervention from the school, this will stop. I only
hope that this website and the message reaches as many teens as possible. There is no excuse
for abuse and words hurt just as much as fists. I can’t wait to show him this website when he
gets home from school. Thank you for spreading the message! A grateful and PROUD mom of a
really great kid with Aspergers."
Kelly Helsper, 42, GA
"I was bullied nonstop in grade school. Being bullied has affected me so much. I want to speak
out against bullying because it can cause a lot of harm to your self-image and it will ruin your
self-confidence. Every single person has a right to live their life and be who they are. I am so
glad Demi speaks out against bullying. She is one of the biggest role models in my life. Love you
Demi!"
Dana, 15, NJ
"I care because everyone is human. Everyone has feelings. When I was in 4th grade, up until
6th or 7th people would make fun of me and call me mustachio because I had a bit of upper lip
hair. They'd call me a guy, and it bothered me so much because obviously I am a girl. I hated it,
I wanted to go away and never come back. Everyone needs to realize everything they say could
potentially effect someone's life. Which could affect someone else's life. You could be the start of
a horrible chain reaction."
Cassandra, 15, PA
"I’m being bullied and it's not a good feeling most people call me a dumb blonde because I'm
very slow on catching on (I'm not a blonde, I’m Hispanic/black/Italian).It hurts me when my
friends say it even though I don't show how I'm really feeling."
Alissandra, 13, VI
"All throughout high school I was bullied for different reasons. It affected my confidence and
made me hate who I was. I ended up doing cyber school for my senior year because the bullying
was too much, I was afraid to go back. My mom has helped me a lot through this and I just take
life day by day now, trying to stay positive about the person I am."
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
65
Tori, 17, PA
"Hi Everybody, My best friend and me used to be bullied when I was in elementary school. Then
I went to high school and now I'm in my fifth year. Because I used to be bullied, I try now to
stop it. When I see that somebody's being bullied I say something or just go to her/him and say
that they have to forget everything. 'Cause I know everybody is special in his/her own way. You
shouldn't listen to other people. It's the differences between everyone that makes it fun to live,
'cause we can always learn from each other. If we were all the same it would just be boring.
Everybody's different and special. And you should always remember that. Always! Bullying isn't
cool, everybody should stop immediately. Just think about this: only say or do something to
other people if you would like it if they did or say it to you. My parents say this all the time, and
it's true. Believe in yourself and know that you can be everything you want to be. Don't care
about the others. I know it's hard, because I went through the same things. But I believe that we
can change this. With all my love. Evelien xx"
Evelien, 15, BE
"I have been through all types of bullying verbal physical cyber and txt and I'm telling you its
not fun to be bullied!! it hurts and I have been dealing with bullying since primary and am still
dealing with it to this very day. I want to help people out there who are being bullied in any way
I can you know everyone goes through it and we just need it to stop! so sign this petition it will
be the best feeling you ever have knowing that you have helped in some way possible with
helpings kids deal with bullying. thank you."
Leanzah Walsh, 16, New Zealand
"I used to live in South Dakota when I was 12, Now I moved to Virginia. When I got to my new
school I thought I'd be fine and make some great friends, but as a few days passed, life got
difficult. I made some friends but these three girls, who were popular but mean told some of my
friends not to talk to me, and every lunch, nobody wanted to sit next to me, and when the girls
pass me they threw stuff on me and called me names. And they would whisper to girls right in
front of me and spread rumors about me constantly and I would be the last girl to be picked for
partners or a team activities. A girl spread a rumor once about me that if anyone touched or
talked to me, They would become ugly, and the only person who supported me was my best
friend Bella, When it was home time they would shout after me "Look, its Danielle the Ogre,
Run everyone before she gets you!" and i would run home crying. I begged my parents If I could
get homeschooled but It was hard to find a teacher. So we moved to Texas and I made good
friends in my New School :) Bullying isn't nice, It hurts people's feelings. We should stand up I
wanna thank Demi Lovato and Teens Against Bullying for helping me. "
Danielle, 16, TX
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
66
"I never really was bullied, but I always became friends to those who were bullied. Like last
year, a girl named Laura she was new to the country and she made expressions that kids our
school took it the wrong way. The would come up to her and say mean things. She was new, but
she understood everything. I never called her names I actually gave her advice. And the funny
thing was those girls who insulted her were actually my friends. Yea, my group was like the
ones everyone scared. I dont want people to be scared of me. I like making friends the NICE
way. So be an outcast of your group, even if they dont agree with you. It can make a difference,"
Michelle, 14, NY
"Since middle school I've lost all my friends and now I have none. It almost stopped in grade 6
when I met a girl named Kayla, but the mean popular girl at my school stole her away and all
the other almost friends I had. I had to stay in the washroom for every single recess, waiting for
the bell to ring because I didn't want to be a "loner" at recess. I was way too shy to talk to
anyone at my school and the mean girl tormented me and gossiped about me. This year I still
have no friends. I’m confused and don't have any idea how to make friends. It seems like
everyone in my school already has a friend/friends at my school. And I'm not exactly the most
attractive girl at my school either."
Kelly, 12, CA
"I've always been bullied about my weight. Ever since I was really really young, everybody
thought it was funny and they would laugh. It still hurts to think about it today; almost 10 years
later. I have really low self-esteem and I hate the way I look. No matter how many people say
that I'm pretty, I have a hard time believing them because of all of the negative comments I've
gotten in the past. Now that I'm no longer going to the same school as the bullies and things are
a bit easier now, I know I'm not the only person out there being teased because of their weight.
All of this needs to stop not only because it's unnecessary, but because life could be so much
easier without all the negativity. "
Gaby, 16, TX
In Pace Center - http://www.pacer.org/bullying/icarebecause/bullysupport.asp
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
67
Even Popular Girls Can be Bullied
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
68
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
69
Letter to a Bully
Dear KC,
I’m not sure that you remember me; it was for only a short time that we knew
each other. But it was in that brief span of life that you had made my existence
painful and nearly unendurable. My name is Audrey. In that land of preteen
hierarchy called middle school, I was made the victim by your cruel words and
actions.
It must take some sort of genius to do as you did; to turn away those I had
been friends with, and those I would never know. To spread rumors with no
foundations in reality; to plant their seeds and reap the withered fruits they
produced. To tear me apart with a surgical precision that left me breathless and
alone. But perhaps I grow too poetic in my nostalgia, too gracious in my words of
praise. Your intelligence was no more than that of a pouting child with power; perfect
skin and hair, the magic combination of popularity.
It had all started out when you moved to our school. You had sat alone at
lunch, and I wanted to make you feel welcomed; like you belonged right here with all
of us. Now, it feels like that was my first mistake - compassion. Had I never felt it,
perhaps I would have never known you. My second mistake was a family vacation.
In the one week I was gone, you had managed to turn my friends away from me. I
realize I was not the most attractive girl in our grade. I suffered acne and greasy
hair, glasses and of course the social-murder of braces. And it was tinder to the fire
you started. I was a lesbian, you told them. A pervert, something less than human,
and a slew of words that would make a sailor blush. For a middle schooler, such
words are gold, though. Most of us didn’t even know the words, much less what they
meant. And so, their violent connotations equated to hatred turned against me. It
meant no one to sit with at lunch, no friends at recess, no partners on class projects -
only laughing taunts and unsure, nervous stares. I was made a pariah, the leper of
school, exiled to the fringes of social life.
I had never, nor have I since, been that depressed in my life. I was unable to
focus on school work and instead buried myself in books, words far away from my
own. I went to worlds that kept me from crying, from feeling lonely. As long as I
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
70
was surrounded by words, I didn’t need anything else. I hardly ate during this time,
and so more fodder was added to the abuse. I had hit a growth spurt, and weighed
about 100 pounds. Of course I looked awkward and felt worse than that; I was
hitting puberty less gracefully than most, and suffering for it. My temperament
became volatile and angry towards family. They couldn’t help me, and I couldn’t
tell them what was happening. I was too embarrassed. Finally, a teacher took notice
of my depression, and with my parents, confronted me. And all I could do was cry. I
was so relieved that someone knew that things were going to change. I didn’t need to
be afraid of going to school every day.
Most likely, you will never know the pain you caused me, KC. I can’t help but
believe that anyone with that sort of knowledge would even start that sort of
harassment. But then, I am often wrong. It took me a very long time to feel
comfortable around people again. I still feel as if, at any time, strangers could twist
my words into something monstrous. I now tend to come off as cold and stand-
offish, and up until about four years ago, making friends was a difficult process.
I am older now, and a little wiser. I can take care of myself these days, and
surround myself with people who care about me. I understand that humans are
capable of major and absolute destruction. But they are also capable of wonderful
miracles; of kindness and moments of profound beauty. I understand that now. I
know that in each person is some sort of goodness.
I see how miserable people are when they put others down. There is no real joy
in their actions, only more pain; they were torturing that flame of good nature,
dousing it in water and drowning. I think that might have been you, KC. You were
lonely and hurting. So you wanted someone to comprehend that pain. And I did.
And I feel sorry for you. No one should ever have to experience those feelings.
I still may have difficulties forgiving you, but strangely, you have truly
given me a great gift - the capacity for empathy. I hope that you some day can feel
the same way and finally love and respect yourself.
Sincerely,
Audrey
In Reclaiming Youth International - http://www.reclaiming.com/content/node/121
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
71
A Boy the Bullies Love to Beat Up, Repeatedly
Billy Wolfe, a target of bullies for years, at the school bus stop near his home in Fayetteville, Ark.
By DAN BARRY Published: March 24, 2008
All lank and bone, the boy stands at the corner with his younger sister, waiting for the
yellow bus that takes them to their respective schools. He is Billy Wolfe, high school
sophomore, struggling.
Moments earlier he left the sanctuary that is his home, passing those framed
photographs of himself as a carefree child, back when he was 5. And now he is at the bus stop,
wearing a baseball cap, vulnerable at 15.
A car the color of a school bus pulls up with a boy who tells his brother beside him that
he‘s going to beat up Billy Wolfe. While one records the assault with a cellphone camera, the
other walks up to the oblivious Billy and punches him hard enough to leave a fist-size welt on
his forehead.
The video shows Billy staggering, then dropping his book bag to fight back, lanky arms
flailing. But the screams of his sister stop things cold.
The aggressor heads to school, to show friends the video of his Billy moment, while
Billy heads home, again. It‘s not yet 8 in the morning.
Bullying is everywhere, including here in Fayetteville, a city of 60,000 with one of the
country‘s better school systems. A decade ago a Fayetteville student was mercilessly harassed
and beaten for being gay. After a complaint was filed with the Office of Civil Rights, the district
adopted procedures to promote tolerance and respect — none of which seems to have been of
much comfort to Billy Wolfe.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
72
It remains unclear why Billy became a target at age 12; schoolyard anthropology can be
so nuanced. Maybe because he was so tall, or wore glasses then, or has a learning disability that
affects his reading comprehension. Or maybe some kids were just bored. Or angry.
Whatever the reason, addressing the bullying of Billy has become a second job for his
parents: Curt, a senior data analyst, and Penney, the owner of an office-supply company. They
have binders of school records and police reports, along with photos documenting the bruises
and black eyes. They are well known to school officials, perhaps even too well known, but they
make no apologies for being vigilant. They also reject any suggestion that they should move out
of the district because of this.
The many incidents seem to blur together into one protracted assault. When Billy
attaches a bully‘s name to one beating, his mother corrects him. ―That was Benny, sweetie,‖ she
says. ―That was in the eighth grade.‖
It began years ago when a boy called the house and asked Billy if he wanted to buy a
certain sex toy, heh-heh. Billy told his mother, who informed the boy‘s mother. The next day
the boy showed Billy a list with the names of 20 boys who wanted to beat Billy up.
Ms. Wolfe says she and her husband knew it was coming. She says they tried to warn school
officials — and then bam: the prank caller beat up Billy in the bathroom of McNair Middle
School.
Not long after, a boy on the school bus pummeled Billy, but somehow Billy was the one
suspended, despite his pleas that the bus‘s security camera would prove his innocence. Days
later, Ms. Wolfe recalls, the principal summoned her, presented a box of tissues, and played the
bus video that clearly showed Billy was telling the truth.
Things got worse. At Woodland Junior High School, some boys in a wood shop class
goaded a bigger boy into believing that Billy had been talking trash about his mother. Billy,
busy building a miniature house, didn‘t see it coming: the boy hit him so hard in the left cheek
that he briefly lost consciousness.
Ms. Wolfe remembers the family dentist sewing up the inside of Billy‘s cheek, and a
school official refusing to call the police, saying it looked like Billy got what he deserved. Most
of all, she remembers the sight of her son.
―He kept spitting blood out,‖ she says, the memory strong enough still to break her
voice.
By now Billy feared school. Sometimes he was doubled over with stress, asking his
parents why. But it kept on coming.
In ninth grade, a couple of the same boys started a Facebook page called ―Every One
That Hates Billy Wolfe.‖ It featured a photograph of Billy‘s face superimposed over a likeness
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
TTeexxttooss
73
of Peter Pan, and provided this description of its purpose: ―There is no reason anyone should
like billy he‘s a little bitch. And a homosexual that NO ONE LIKES.‖
Heh-heh.
According to Alan Wilbourn, a spokesman for the school district, the principal notified
the parents of the students involved after Ms. Wolfe complained, and the parents — whom he
described as ―horrified‖ — took steps to have the page taken down.
Not long afterward, a student in Spanish class punched Billy so hard that when he came
to, his braces were caught on the inside of his cheek.
So who is Billy Wolfe? Now 16, he likes the outdoors, racquetball and girls. For
whatever reason — bullying, learning disabilities or lack of interest — his grades are poor.
Some teachers think he‘s a sweet kid; others think he is easily distracted, occasionally
disruptive, even disrespectful. He has received a few suspensions for misbehavior, though none
for bullying.
Judging by school records, at least one official seems to think Billy contributes to the
trouble that swirls around him. For example, Billy and the boy who punched him at the bus stop
had exchanged words and shoves a few days earlier.
But Ms. Wolfe scoffs at the notion that her son causes or deserves the beatings he
receives. She wonders why Billy is the only one getting beaten up, and why school officials are
so reluctant to punish bullies and report assaults to the police.
Mr. Wilbourn said federal law protected the privacy of students, so parents of a bullied
child should not assume that disciplinary action had not been taken. He also said it was left to
the discretion of staff members to determine if an incident required police notification.
The Wolfes are not satisfied. This month they sued one of the bullies ―and other John
Does,‖ and are considering another lawsuit against the Fayetteville School District. Their
lawyer, D. Westbrook Doss Jr., said there was neither glee nor much monetary reward in suing
teenagers, but a point had to be made: schoolchildren deserve to feel safe.
Billy Wolfe, for example, deserves to open his American history textbook and not find
anti-Billy sentiments scrawled across the pages. But there they were, words so hurtful and foul.
The boy did what he could. ―I‘d put white-out on them,‖ he says. ―And if the page didn‘t have
stuff to learn, I‘d rip it out.‖
In The New York Times - http://www.nytimes.com
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
74
Título: Alinha
Autor: Manuel Guerra
Descrição: Vídeo produzido por Manuel Guerra, aluno do 12.º ano, e que registou o testemunho
de 5 alunos: Catarina (17 anos); Francisco (17 anos); Mário (18 anos); Diogo (17 anos); Tiago
(18 anos).
―Alinhamentos cruzados, experiências contrastadas e consequências variadas.
Esta é a história de vários jovens do ensino secundário que se propõem mostrar o seu dia-a-dia,
depois de terem sido vítimas de bullying.
Enquanto isso, a vida continua... esquizofrénica.‖
Website: http://alinha-doc.blogspot.com/
Duração: 14‘57‘‘
Língua: Portuguesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
75
Nota de Intenções
"Na vida existem várias experiências pelas quais passamos. Há quem diga que
recordaremos com mais afectividade e rigor aquelas por que passámos na infância e na
juventude. No entanto, a lembrança pode ser sinónimo de alegrias ou desgostos. São muitos os
jovens que actualmente não se sentem bem consigo mesmo. Muitos não conseguem explicar o
que sentem. Muitos desejam nem sequer pensar na escola que os atormenta. Esta é a história de
muitas vidas de estudantes portugueses.
O bullying, acto de violência física ou psicológica, praticado de forma intencional e
continuada, é um dos problemas que mais afecta as escolas nacionais. O presente documentário
pretende acompanhar vários jovens do ensino secundário e ex-vítimas de bullying, que aceitam
revelar o seu dia-a-dia, que de vez em quando é atormentado pelas recordações de um passado
muito próximo. As perseguições e agressões físicas ou verbais do passado continuam presentes
nas suas vidas.
Várias consequências reflectem-se no quotidiano. Uns conseguem ultrapassar
pacificamente as recordações e outros, simplesmente, deixam de se socializar e isolaram-se em
―escapes‖. Em todas as situações serão apresentadas as atitudes actuais. Mais do que tratar o
passado, pretende-se mostrar as sequelas do presente. Como agem, o que fazem, com quem se
dão e como vivem em casa, na rua e na escola, e sobretudo o que sentem. Uma realidade que
pode até levar ao suicídio. Esta é a estreita e complicada linha de várias vidas.
Muitas histórias serão comuns a outros jovens. Mas o que se pretende, acima de tudo, é
mostrar, através de exemplos e consequências, quem sofre ou sofreu de bullying. Por outro lado,
o documentário pretende apresentar soluções tal como a existência de uma linha de apoio à
vítima de bullying (ANP), pois só assim se poderão apoiar futuros jovens, vítimas deste
problema, mas sem cair em moralismos.
Deixar que as imagens evidenciem o que certamente custará dizer por algumas vítimas
será a atitude a ter em conta e que, certamente, valorizará o processo artístico e criativo. Para
isso, será escolhido um discurso natural, em que os movimentos desencadeados são puros e
naturais, e que, juntamente com a luz e a câmara, contribuirão para a acentuação de uma
ambiência de solidão ou de ritmo desenfreado. Utilizar uma linha realista é a tarefa mais
importante de todo este documentário, que apesar de contar com alguns momentos fictícios, não
deseja participar numa ideia de bases televisivas. Por outro lado, deseja-se integrar todas estas
vidas na Sociedade contemporânea e questionar até que ponto estas foram, ou não, fruto de uma
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
76
mesma sociedade individualista, decadente e frenética, em que o espírito de partilha não é
fomentado.
Pretende-se levar o espectador a entrar neste mundo, em que o medo, a depressão, o
desespero e o vazio são uma constante, e de modo a que o problema consiga ser travado. Para
isso, todos os pormenores evidenciados pelas personagens serão captados, de modo, a que a
atmosfera presente seja realista, e não exageradamente dramática. Neste aspecto, o respeito e a
responsabilidade serão deveras importantes, para que as próprias personagens se sintam
entusiasmadas com esta curta-metragem, de fins educativos/sociais.
Finalmente, é importante entender que a potencialidade e a força persuasiva, que o
presente documentário pode ter na divulgação do tema e na confrontação que a sociedade deve
necessariamente ter, pode ser usada como arma de uma boa ―propaganda‖ contra este
fenómeno, que, infelizmente, já começa a atingir os próprios adultos, no local de trabalho.
A brincadeira não tem graça e leva a linhas desnecessárias."
Sinopse - "Múltiplas histórias convergem para um ponto.
Vários jovens do ensino secundário, Catarina, Diogo, Francisco, Tiago e Mário, cujas
vidas balançaram entre o desespero e a ridicularização, apresentam-nos o seu dia-a-dia. Retalhos
de situações aparentemente banais, revelam os seus quotidianos. O vestir de uma camisola que
suscita uma tensão, um copo que vai vertendo gotas de leite, um passeio solitário no meio de
uma Sociedade frenética, um desenho incompreendido e uma espera inquietante, tudo situações
que tornam claras as evidências procuradas.
Jovens que procuram uma nova atitude perante a vida. Uns foram incompreendidos e
outros agredidos. As razões infelizes foram várias. Mas ambos têm em comum momentos do
dia em que, eles próprios, se tornam alvo dos olhares, de ―gozos‖, de repúdio, da confrontação,
de agressão e de várias situações constrangedoras. A raiz desse ódio confuso está-lhes ainda
inacessível. Alguns chegaram a pensar que essas situações seriam somente resultado das suas
atitudes. Achavam ser o que os outros continuadamente afirmavam.
O presente é o reflexo dessas situações passadas. Alvo de uma nova visão serão as
consequências directas que actualmente são visíveis na vida destes jovens. Uma viagem cuidada
a universos íntimos na tentativa de descortinar a solução para o emaranhado de todas estas
linhas cruzadas. Tudo será revisitado. Um pátio de escola, um refeitório abandonado, uma rua
sombria, um campo solitário e um transporte sem destino. Viagem a fantasmas
incompreendidos."
Retirado de: http://alinha-doc.blogspot.com/
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
77
Título: Violência na EscolaBullying at Schoolpart 1
Descrição: Vídeo produzido por alunos da Escola EB2/3 Fernão Lopes (Lisboa) onde são dados
diversos testemunhos sobre o bullying.
Duração: 8‘58‘‘
Língua: Portuguesa
Título: 21st Century Skills Bullying Prevention Film Competition
Descrição: Vídeo produzido por alunos do 8º ano de uma escola dos Estados Unidos da
América e em que são retratados diversos tipos de bullying que acontecem entre jovens.
Duração: 4‘53‘‘
Língua: Inglesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
78
Título: How Bullying Feels
Descrição: Vídeo em que vários alunos descrevem o que sentem quando assistem a episódios
de bullying.
Duração: 1‘19‘‘
Língua: Inglesa
Título: Teens Against Bullying2
Descrição: Vídeo em que uma professor fala sobre bullying e apresenta o seu testemunho
enquanto aluna. Uma abordagem específica ao bullying indirecto / relacional entre raparigas.
Duração: 1‘07‘‘
Língua: Inglesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
79
Título: What Bullying Is
Descrição: Vídeo em que alunos apresentam a sua definição do que é o bullying
Duração: 1‘23‘‘
Língua: Inglesa
Título: What You Can Do
Descrição: Vídeo em que alunos apresentam sugestões sobre o que podem fazer sempre que
assistirem a episódios de bullying.
Duração: 1‘12‘‘
Língua: Inglesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
80
Título: Childnet International - Cyber Bullying
Descrição: Vídeo da Childnet International em que um aluno fala do tormento pelo qual passou
como vítima de bullying (cyberbullying).
Duração: 6‘30‘‘
Língua: Inglesa
Título: Bullying Girls
Descrição: Vídeo da Teachers.tv em que é abordada a questão do bullying que acontece entre as
alunas.
Duração: 26‘58‘‘
Língua: Inglesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
VVííddeeooss
81
Título: LEGO Animated Anti-Bullying Video
Descrição: Vídeo de animação com recurso a LEGOs e onde é explicado o que é o bullying e
apresentados diversos conselhos.
Duração: 4‘18‘‘
Língua: Inglesa
Título: UNITED Bullying Music Video - Spread The Word
Descrição: Vídeo musical em que é feito um apelo à união de todos para mais facilmente
combater o flagelo do bullying.
Duração: 5‘08‘‘
Língua: Inglesa
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
82
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
83
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
84
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
85
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
86
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
87
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
88
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
89
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
90
O que pensamos sobre a vida escolar
N.º ____ Ano e Turma ________________ Nome ___________________________________ Data ____/_____/_____
SOBRE A ESCOLA
1. Para ti a escola é um local onde:
a) se transmitem novos conhecimentos d) se proporciona convívio
b) se trabalha e aprende e) se passa o tempo
c) se tem aulas f) se é obrigado a estar
2. Como gostarias que a escola fosse?
SOBRE AS AULAS
3. Assinala os dois tipos de aulas que preferes. Aquelas em que:
a) só o professor expõe a matéria e) o professor parte dos interesses dos alunos
b) o professor deixa participar o aluno f) os alunos trabalham individualmente
c) os alunos expõem os temas g) os alunos trabalham em grupo
d) se utilizam audiovisuais
4. Que outro tipo de aulas gostarias de referir?
SOBRE AS MATÉRIAS A ESTUDAR
5. Consideras, de um modo geral, as matérias dadas:
a) interessantes d) ligadas à vida real
b) desinteressantes, mas úteis e) desligadas da vida real
c) desinteressantes e inúteis
6. Que outra opinião gostarias de dar?
7. As tuas eventuais dificuldades de aprendizagem derivam:
a) da pouca atenção na aula f) dos livros inadequados
b) do facto de não te interessar o estudo g) de não compreender o professor
c) do pouco tempo que tens para estudar h) da rapidez no tratamento dos assuntos
Teste de opinião
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
91
d) da falta de ambiente de estudo em casa i) da impossibilidade de esclarecer dúvidas
e) da inadaptação à turma
SOBRE OS PROFESSORES
8. Indica três qualidades de que gostas: 10. E três defeitos que se devem evitar:
a) amizade a) indiferença
b) simpatia b) antipatia
c) compreensão c) incompreensão
d) autoridade d) passividade
e) espírito de justiça e) injustiça
f) assiduidade f) não assiduidade
g) competência g) incompetência
9. Que outras? 11. Que outros?
COMO TE VÊS
12. Indica três qualidades: 13. Indica três defeitos:
a) atento a) agressivo
b) persistente b) egoísta
c) compreensivo c) desconfiado
d) simpático d) insolente
e) confiante e) distraído
f) sincero f) tímido
14. Dos provérbios citados escolhe o que melhor traduz a prática lectiva:
a) A rir e a brincar se pode ensinar. d) O silêncio não ensina nem se chama disciplina.
b) Todo o ensino atraente tem o aluno presente. e) Não convence quem disser, prova apenas quem fizer.
c) O sábio quer aprender, o ignorante diz saber.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
92
Para nós a Escola é um local onde:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Gostaríamos que a Escola
fosse_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Os dois tipos de aulas que preferimos são aquelas em que:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Consideramos, de um modo geral, as matérias dadas:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
As nossas eventuais dificuldades de aprendizagem derivam:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
As três qualidades que apreciamos num Professor são:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
O que pensamos sobre a vida escolar
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
93
Os três defeitos que deveriam evitar são:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Querem conhecer-nos melhor?
Então aqui estão três das nossas qualidades:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
E já agora três dos nossos defeitos:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Finalmente, dos provérbios citados, aquele que considerámos que melhor traduzia a prática lectiva foi:
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
94
Como sou e o que penso
Como sou eu?
Agressivo Passivo Assertivo
Coloca V para verdadeiro ou F para falso na perspectiva da pessoa assertiva.
Treino das competências sociais
1. Um colega não colabora. Tu dizes a toda a gente menos a ele.
2. Sentes-te confuso com a explicação do professor e fazes perguntas.
3. Dizes ao professor “Não posso fazer o TPC” e explicas porquê.
4. Criticas a atitude dos outros.
5. Evitas certas pessoas e situações.
6. Ages de acordo com aquilo em que acreditas.
7. Perdes a calma.
8. És incapaz de dizer NÃO a um vendedor.
9. No 1º dia de aulas sentes-te à vontade para te apresentares.
10. Na fila do almoço, protestas porque um professor passou à frente.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
95
Fazer aos outros o que gostarias que te fizessem, deve ser o teu lema.
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
1. Deve-se sentir culpado, quando se diz não.
2. Ser assertivo aumenta o rendimento escolar.
3. As pessoas assertivas têm controlo sobre todas as coisas.
4. Deve-se discutir os problemas primeiro com quem os motivou e só depois com um superior.
5. Tem que se ensaiar muito bem o que se vai dizer, se quiser causar boa impressão.
6. Devemos fazer as coisas a qualquer preço.
7. Quem é assertivo, tem menos dores de cabeça e é menos ansioso.
8. Em primeiro lugar devemos ter sempre em atenção aos direitos dos outros.
9. Ser manipulador causa problemas a todos.
10. Ser passivo é que é ser bom, apesar das dores de cabeça que dá.
11. Ninguém gosta dos que discordam.
12. Quem é agressivo é que consegue tudo na vida.
Em vez de dizeres... Diz...
1) Estás sempre a interromper-me! Eu gosto de falar sem ser interrompido.
2) Este trabalho está uma porcaria! Este trabalho precisa de ser melhorado...
3) A única coisa a fazer é... Acredito que a melhor coisa a fazer é...
4) Tu és um traidor! Senti-me traído na confiança que tinha em ti!
5) Seu incompetente! Tens de aprender a fazer melhor...
6) És um idiota! Como chegaste a essa conclusão?
7) Professor venha lá aqui! Professor podia chegar aqui, por favor?
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
96
Os meus valores
Autoconfiança
Quando eu tenho
autoconfiança eu confio
nas minhas qualidades
naturais: amor, paz,
felicidade, pureza e
conhecimento
Contentamento
O contentamento é um
estado elevado e de
grandeza; de quem está
contente, satisfeito,
alegre.
Tolerância
Deixar aos outros a
liberdade de exprimirem
opiniões diferentes sem
nenhuma reacção
defensiva ou ofensiva.
Introversão
Sou voltado para o
interior, para dentro de
mim, não dou muito nas
vistas, não gosto muito
de falar, mas posso ser
feliz.
Despreocupação
Ser despreocupado,
aqui, significa: não se
preocupar; não se afligir
com as pressões
externas (tempo, acção,
amigos, colegas).
Cooperação
A cooperação é a
vontade de trabalhar
com os outros; de
colaborar.
Determinação
A determinação significa
firmeza e perseverança
e dá força a toda e
qualquer acção
empreendida.
Paciência
É uma virtude que
consiste em aguardar,
sem queixa, os
resultados das nossas
acções.
Entusiasmo
Demonstração de
alegria; é trazer vida a
projectos e tarefas,
construindo sonhos e
ideias.
Flexibilidade
É ser forte e maleável
como a planta que se
verga para não partir e
assim cresce e se torna
mais forte.
Positividade
Qualidade do que é
positivo, isto é, pensa
que tudo vai dar certo,
tem esperança, confia
em si e nas
circunstâncias.
Desapego
Com desapego posso
ficar por cima das
circunstâncias externas;
fico livre das influências
e contrariedades
externas.
Benevolência
É ser bondoso para com
todos; é realizar com o
coração cheio de amor
e de compreensão.
Integridade
As minhas acções
reflectem o que eu mais
valorizo. Eu sou o
mesmo por dentro e por
fora. Não engano.
Introspecção
Eu volto-me para dentro
de mim mesmo e
analiso o meu mundo
interior, acções e
pensamentos, à luz da
minha consciência.
Entendimento
Eu vejo para além das
aparências, para além
das palavras,
procurando o significado
que está escondido por
baixo.
Serenidade
É estar em paz. É ter
consciência do que
temos de realizar,
organizar o nosso
trabalho e confiar no
amanhã.
Disciplina
Uma vida ordenada, nos
pensamentos e nas
interacções, é uma
garantia contra as
armadilhas da vida. É
uma expressão de
respeito por mim,
atenua as dificuldades e
conduz-me à liberdade.
Generosidade
O meu coração está
cheio de amor, sempre
fluindo com bons
pensamentos e
sentimentos para todos.
Sigo o meu instinto
espontâneo e sou feliz.
Leveza
Eu sou livre e simples.
Ajo de acordo com a
minha consciência e
sinto-me bem comigo
mesmo. Sinto-me leve.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
97
Realeza
Sou real e autêntico.
Sou um rei em governar
a selva de obstáculos e
dificuldades, movendo-
me através da vida com
dignidade e grandeza.
Respeito
Conhecendo o valor do
outro, eu respeito-o por
aquilo que ele é e por
aquilo que conseguiu
alcançar. Dou-lhe o
direito de viver de
acordo com os seus
valores.
Estabilidade
No meio da turbulência
de situações
inesperadas, os
inexplicáveis
comportamentos sem
razão, quando tudo está
contra mim, eu
permaneço calmo
seguro de que a
verdade vencerá.
Doçura
Qualidade do que é
meigo, calmo, gentil,
amoroso e adorável.
Sabedoria
Eu actuo somente
depois de observar,
ouvir e pensar. Sou
prudente.
Faço aos outros o que
gostaria que me
fizessem, isto é, agir
com rectidão.
Maturidade
Pleno desenvolvimento
de quem não se deixa
afectar por surpresas ou
por situações difíceis.
Conhece a vida e sabe
cuidar de si e dos
outros.
Calma
Eu fico estável no meio
da complexidade e
seguro em tempos de
dificuldade.
Paz
Grande calma e
tranquilidade; silêncio;
boa harmonia; sossego;
conciliação.
Simplicidade
Sou simples, natural e
honesto, assim como as
minhas acções. Esta
virtude possibilita-me
transformar grandes
problemas em
pequenos e ir directo à
essência de qualquer
questão.
Humildade
Eu sou aquele que
respeita a vida, a
experiência e a
sabedoria. Com
humildade ganho o
coração de todos e a
possibilidade de trilhar
um caminho de
estabilidade, amizade e
amor.
Jovialidade
A alegria e o bom humor
mantêm-me sempre
leve e flexível. A
jovialidade traz ânimo
aos outros e pode
transformar um rosto
triste num sorriso de
satisfação.
Misericórdia
Eu sou tolerante e sei
perdoar os erros dos
outros, pois também
gosto que me perdoem.
Precisão
As minhas palavras,
acções e pensamentos
são apropriados a cada
circunstância.
Pontualidade,
regularidade,
autocontrolo são
características desta
virtude.
Coragem
Fazendo face às
dificuldades eu avalio a
situação: possíveis
saídas e suas
consequências; faço a
minha opção e
mantenho-me firme,
dominando o medo.
Honestidade
Aquele que é honesto é
feliz, pois as pessoas
confiam nele e gostam
da sua companhia.
Liberdade
Poder escolher, agir e
falar de acordo com a
sua vontade.
A liberdade é um direito
que se conquista na
medida da nossa
responsabilidade.
Amor
O amor dá significado
às nossas relações,
gera bons sentimentos e
pensamentos e
promove a cooperação,
o respeito e a tolerância.
Limpeza
A limpeza é importante
para a saúde física e
mental e para uma
relação harmoniosa com
as pessoas e a
natureza.
Responsabilidade
A responsabilidade é
uma expressão de
interesse, como a
habilidade de tomar
conta de si mesmo e de
responder pelos seus
actos.
União
Para haver união é
necessário compartilhar,
concordar e realizar
uma mesma tarefa.
Praticar a união é
dissolver mal
entendidos.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
98
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
O valor que…
1. ... mais gosto... porque...
(cola aqui o valor que escolheste)
2. ... sinto que preciso desenvolver mais... porque...
(cola aqui o valor que escolheste)
3. ... sinto que os outros observam em mim...
porque...
(cola aqui o valor que escolheste)
4. ... mais pratico no seio da família... porque...
(cola aqui o valor que escolheste)
5. ... mais pratico na Escola... porque...
(cola aqui o valor que escolheste)
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
99
Uma turma com problemas
Identificação do problema
Três motivos Medidas para alterar a situação
1.
2.
3.
Resolução de conflitos
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
100
Aos ______________________ dias do mês de _______________________ de
200____,os alunos do ______ ano, turma ______, e o(a) Director(a) de Turma,
reunidos na sala __________________, pelas ____________ horas, aprovaram o
seguinte Contrato Pedagógico:
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
Contrato Pedagógico
O(A) aluno(a)
O(A) Director(a) de Turma
O(A) Encarregado(a) de
Educação
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
101
Sociograma
1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho?
2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo?
3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo?
4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo?
1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho?
2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo?
3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo?
4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo?
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
Questionário
1. Quem gostarias de ter como companheiro de trabalho?
2. Quem nunca escolherias para trabalhar contigo?
3. Quem escolherias para a tua equipa desportiva ou para uma visita de estudo?
4. Com quem nunca irias fazer uma visita de estudo?
Nº________ Ano e Turma ___________ Nome
___________________________________________________
Questionário
Nº________ Ano e Turma ___________ Nome
___________________________________________________
Questionário
Nº________ Ano e Turma ___________ Nome
___________________________________________________
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
102
Barómetro de atitudes
CONCORDO
DISCORDO
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
103
CONCORDO
TOTALMENTE
DISCORDO
TOTALMENTE
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
104
NÃO CONCORDO
NEM DISCORDO
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
105
1. Tomar banho é essencial para a minha vida. 2. Ter uma boa vida é ter dinheiro para gastar. 3. Gosto de ter as coisas, mas sem ter de trabalhar. 4. Mentir é divertido. 5. O trabalho é uma chatice. 6. Quando vejo os outros com coisas de que gosto, tiro-lhas. 7. O ruído não me incomoda dentro da sala de aula. 8. Quando nos cruzamos com alguém devemos cumprimentar. 9. Gosto de ver as pessoas a fumar. 10. Os drogados devem ser presos. 11. Os criminosos deviam ser condenados à morte. 12. Quando me oferecem um chocolate não sou capaz de dizer que não. 13. Quando tiro as coisas dos outros não tenho de avisá-los, uma vez que não tenho
intenção de ficar com elas. 14. Quando me tramam, estão tramados. 15. Vender droga é um negócio como qualquer outro. 16. Quando crescer vou namorar com o maior número de pessoas. 17. Detesto lavar a cabeça. 18. Os meus pais não me compreendem. 19. Gosto que me dêem ordens. 20. Os professores têm de fazer o que eu quero. 21. A arrumação é importante. 22. O lixo, no chão, não me incomoda. 23. Posso dizer tudo o que penso, mesmo que os outros não gostem. 24. Devo respeitar os mais velhos, falando-lhes de maneira bonita. 25. Dizer palavrões é normal. 26. Nas aulas posso-me levantar quando quiser. 27. Posso tomar droga desde que seja só uma vez. 28. Quando vou para longe peço boleia. 29. Quando tenho dúvidas sobre o meu crescimento, falo com os meus professores. 30. Gosto de amigos que se portem mal. 31. Falar alto não faz mal. 32. Nesta vida vale tudo, até fazer batota. 33. Copiar pelos outros é ser esperto. 34. Os professores dão melhores médias quando gostam dos alunos. 35. Quando vemos alguém que conhecemos e vai muito carregado, ajudamo-lo. 36. Os professores têm direito a passar nas filas porque são mais velhos e têm outras
coisas importantes para fazer. 37. Quando encontro a senha de alguém procuro vendê-la. 38. Os meus pais gostam de mim. 39. Bater, prova que somos valentes. 40. Não há rapaz que se preze que não engane as meninas. 41. Os rapazes calados e tímidos são maricas. 42. No refeitório é divertido atirar comida aos outros. 43. As raparigas são mais importantes quando têm muitos namorados. 44. Estudar é ser marrão. 45. Com a morte acaba tudo. 46. Os meus pais não precisam de saber o que faço na escola. 47. A minha religião é a melhor. 48. Os brancos são mais inteligentes. 49. Para me defender vale tudo, até inventar histórias.
Exemplo de frases para clarificação de valores
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
OOuuttrraass aaccttiivviiddaaddeess
106
50. Não ligo aos ciganos. 51. Não sou capaz de calar uma ofensa. 52. Quando sou alvo de uma injustiça, amuo. 53. Os professores devem dar conselhos. 54. Fazer queixinhas significa que me porto bem. 55. Os animais são nossos amigos. 56. Em casa gosto de ajudar. 57. A poluição não é problema meu. 58. Casas velhas são para deitar abaixo. 59. Na vida o que interessa são as aparências. 60. Adoro falar da vida dos outros. 61. Existem alterações do meu corpo que eu não compreendo. 62. Oferecer um presente significa que gostamos de alguém. 63. Pedir desculpa não é importante. 64. Devemos agradar aos nossos amigos. 65. É importante viver bem com os vizinhos. 66. Os problemas da minha terra não me interessam. 67. A vida está má, a culpa é dos governantes. 68. Falo da mesma maneira com o colega ou com o professor. 69. O Director Executivo da Escola tem de ouvir as minhas queixas, quando eu quiser. 70. A escola não serve para nada
Actividade retirada de:
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o
Director de Turma. Lisboa: Edições ASA.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
BBiibblliiooggrraaffiiaa
107
Batsche, G., & Knoff, H. (1994). Bullies and their victims: understanding a pervasive problem
in the schools. in revista School Psychology Review.
Beane, A. (2006). A Sala de Aula sem Bullying. Porto: Porto Editora.
Bedell, R., & Horne, A. (2005). Bully Prevention in Schools: A United States Experience,. in
revista Journal of Social Sciences, Chapter 8, 59-69.
Benitez, J. L., & Justicia, F. (2006). Bullying: description and analysis of the phenomenon.
Electronic Journal of Research in Educational Psychology, 4(2)(Nº 9), 151-170.
Coloroso, B. (2003). The bully, the bullied, and the bystander. New York: HarperCollins
Publisher.
Costa, E., & Vale, D. (1998). A Violência nas Escolas. Lisboa: Instituto de Inovação
Educacional.
Formosinho, M. d. D., & Simões, M. d. C. T. (2001). O bullying na escola: Prevalência,
contextos e efeitos. Revista Portuguesa de Pedagogia, Ano 35(n.º 2), 65-82.
Horne, A., Orpinas, P., Newman-Carlson, D., & Bartolomucci, C. (2004). Elementary School
Bully Busters Program: Understanding Why Children Bully and What to Do About It.
In D. Espelage & S. Swearer (Eds.), Bullying in American Schools. A Social-Ecological
Perspective on Prevention and Intervention. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum
Associates, Publishers.
Martinez, J. M. A. (2002). Bullying - Intimidación y maltrato entre el alumnado: Stee-Eilas.
Martins, M. (2009). Maus Tratos Entre Adolescentes na Escola. Lisboa: Editorial Novembro.
McEachern, A., Kenny, M., Blake, E., & Aluede, O. (2005). Bullying in Schools: International
Variations. Journal of Social Sciences. Special Issue, Nº 8(Chapter 7 (02)), 51-58.
Mellor, A. (1997). Bullying in Scottish Secondary Schools, Spotlights 23. Edinburgh: Scottish
Council for Research in Education.
Mora-Merchán, J. (2006). Coping strategies: mediators of long-term effects in victims of
bullying? Anuario de Psicologia Clínica y de la Salud, 2, 15-25.
Nansel, T., Overpeck, M., Pilla, R., Ruan, J., Simons-Morton, B., & Scheidt, P. (2001). Bullying
Behaviors Among US Youth - Prevalence and Association With Psychosocial
Adjustment. JAMA, 285(No. 16), 2094-2100.
Projecto-piloto de prevenção do bullying - José Ilídio Alves de Sá – Setembro, 2010
BBiibblliiooggrraaffiiaa
108
Olweus, D. (2005). Bullying at School: what we know and what we can do. Oxford: Blackwell
Publishing.
Pearce, J., & Thompson, A. (1998). Practical approaches to reduce the impact of bullying. Arch
Dis Child(79), 528–531.
Pepler, D., & Craig, W. (2000). Making a Difference in Bullying.
Pereira, B. (1997). Estudo e Prevenção do Bullying no Contexto Escolar - Os Recreios e as
Práticas Agressivas da Criança. Braga: Instituto de Estudos da Criança - Universidade
do Minho.
Seixas, S. (2005). Violência Escolar: Metodologias de identificação dos alunos agressores e/ou
vítimas. Análise Psicológica, 2(XXIII), 97-110.
Seixas, S. (2006). Comportamentos de Bullying Entre Pares. Bem Estar e Ajustamento Escolar.
Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de
Coimbra.
Serrate, R. (2009). Lidar com o bullying na escola. Guia para entender, prevenir e tratar o
fenómeno da violência entre pares. Sintra: K Editora.
Sharp, S., & Smith, P. (1995). Tackling Bullying in your School. New York: Routeledge.
Simões, C., & Carvalho, M. (2009). A violência entre pares. In M. G. Matos & D. Sampaio
(Eds.), Jovens Com Saude - Diálogo com uma geração Lisboa: Texto Editores, Lda.
Smith, P. (2000). Don't Suffer in Silence - An anti-bullying pack. London: Goldsmith College.
Thompson, D., Arora, T., & Sharp, S. (2003). Bullying - Effective strategies for long-term
improvement. London: RouteledgeFalmer.
Veenstra, R., Lindenberg, S., Oldehinkel, A., Winter, A., Verhulst, F., & Ormel, J. (2005).
Bullying and Victimization in Elementary Schools: A Comparison of Bullies, Victims,
Bully/Victims, and Uninvolved Preadolescents. Developmental Psychology, 41(4), 672-
682.
Vieira, C. (2003). 40 Actividades para a Formação Cívica - Guia de recursos para o Director
de Turma. Lisboa: Edições ASA.