boletim novo mundo - abril/2012

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O RELATO DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS: JESUS RESSUSCITOU MENSAGEM À COMUNIDADE O relato dos discípulos de Emaús apre- senta dois discípulos que abandonam o grupo que se encontra reunido em Je- rusalém. Caminham com “ar entristecido”. Seu estado de ânimo, após a crucificação de Jesus, é de tristeza, desolação e desesperança. Sua fé em Jesus apagou-se. Já não esperam nada dele. Aparentemente contam com tudo quanto poderia levá-los à fé em Jesus Cristo. Conhe- cem as Escrituras de Israel, conviveram com Jesus, ouviram sua mensagem, viram-no atu- ar como um “profeta poderoso”, ouviram o anúncio pascal das mulheres, que dizem que o crucificado “está vivo”, e o de seus compa- nheiros, que confirmam que o sepulcro está vazio. Tudo é inútil. Sua fé continua morta. Falta-lhes o mais decisivo: reconhecer a pre- sença do Ressuscitado em suas vidas, encon- trar-se pessoalmente com Cristo vivo. Embora caminhem tristes e desalenta- dos, aqueles discípulos continuam lembran- do Jesus e “conversam e discutem sobre ele”. Enquanto caminham, o Ressuscitado “se aproxima”, se faz presente em sua conversa e se põe a andar com eles. Jesus os convida a recordar “o que aconteceu”. Os dois discípu- los reavivam sua memória e relembram tudo. Falam ao desconhecido sobre “Jesus de Naza- ré”: foi “um profeta poderoso em obras e pa- lavras diante de Deus e de todo o povo”; mas os dirigentes religiosos o crucificaram; neles havia despertado a esperança de que ”seria ele quem iria libertar Israel”, mas sua execução acabou com todas as suas expectativas; nem a noticia de que Jesus está vivo conseguiu re- avivar sua fé nele. É então que Jesus começa a explicar-lhes, a luz das Escrituras, o verdadei- ro sentido dos acontecimentos e do destino de paixão e ressurreição do Messias. O que Lucas sugere é de grande impor- tância. Lá onde um grupo de pessoas cami- nha pela vida procurando descobrir o signi- ficado das palavras e obras do profeta Jesus de Nazaré, lá onde se faz memória de sua pai- xão e se ouve a notícia de sua ressurreição... ali se faz presente o Ressuscitado. É uma presença real de alguém que nos acompanha no caminho; uma presença não fácil de captar, porque nossos olhos podem estar incapacitados para reconhecê-lo; uma presença que nos convida a reconhecer que somos “tardos de coração para crer”. Mas é uma presença que vai despertando neles a esperança. Mais tarde confessarão que, en- quanto Jesus lhes falava pelo caminho, “seu coração ardia dentro deles”. Um caminho para encontrar-nos com Cristo ressuscitado e sentir que nosso coração se inflama com a sua presença, é reunir-nos em seu nome, ler os evangelhos procurando descobrir o senti- do profundo de suas palavras e de seus atos, lembrar sua crucificação e ouvir a partir de dentro, com coração confiante, o anúncio de sua ressurreição. E não basta isso. É necessária, além dis- so, a experiência da ceia eucarística para re- conhecer a presença do Senhor ressuscitado, não só como alguém que ilumina nossa vida com sua Palavra, mas como alguém que nos alimenta em sua Ceia. É o que sugere o rela- to de Lucas. Os discípulos pedem ao viajante desconhecido que não os abandone. E Jesus “entra para ficar com eles”. Os três caminhan- tes sentam-se à mesa para cear juntos como amigos e irmãos. Quando Jesus toma o pão, pronuncia a bênção, parte-o e o vai dando, “abrem-se-lhes os olhos e o reconhecem”. É suficiente reconhecer sua presença, mesmo que seja apenas por alguns instantes. A expe- riência de sentir-se alimentados por ele trans- forma suas vidas. Agora se dão conta de que as esperanças que haviam depositado em Jesus não eram excessivas, mas demasiado peque- nas e limitadas. Recuperam o sentido de sua vida. Retornam à comunidade dos discípulos e “contam o que lhes aconteceu no caminho e como o reconheceram ao partir o pão”. Nossa fé em Cristo ressuscitado não é só fruto do sinal do sepulcro vazio nem do tes- temunho dos que viveram a experiência de encontrar-se com ele. É necessário, além disso, reconhecer a presença de Cristo vivo em nossa própria vida. Lucas sugere duas experiências privi- legiadas pela comunidade cristã: a escuta pessoal da Palavra interpretada por Cristo e em Cristo e a experiência da ceia fraterna da eucaristia. Fonte: PAGOLA, Jose Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Editora Vozes: Petrópolis, p. 559-561.

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Paróquia Nossa Senhora da Esperança

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O RELATO DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS: JESUS RESSUSCITOU

MENSAGEM À COMUNIDADE

O relato dos discípulos de Emaús apre-senta dois discípulos que abandonam o grupo que se encontra reunido em Je-

rusalém. Caminham com “ar entristecido”. Seu estado de ânimo, após a crucificação de Jesus, é de tristeza, desolação e desesperança. Sua fé em Jesus apagou-se. Já não esperam nada dele.

Aparentemente contam com tudo quanto poderia levá-los à fé em Jesus Cristo. Conhe-cem as Escrituras de Israel, conviveram com Jesus, ouviram sua mensagem, viram-no atu-ar como um “profeta poderoso”, ouviram o anúncio pascal das mulheres, que dizem que o crucificado “está vivo”, e o de seus compa-nheiros, que confirmam que o sepulcro está vazio. Tudo é inútil. Sua fé continua morta. Falta-lhes o mais decisivo: reconhecer a pre-sença do Ressuscitado em suas vidas, encon-trar-se pessoalmente com Cristo vivo.

Embora caminhem tristes e desalenta-dos, aqueles discípulos continuam lembran-do Jesus e “conversam e discutem sobre ele”. Enquanto caminham, o Ressuscitado “se aproxima”, se faz presente em sua conversa e se põe a andar com eles. Jesus os convida a recordar “o que aconteceu”. Os dois discípu-los reavivam sua memória e relembram tudo. Falam ao desconhecido sobre “Jesus de Naza-ré”: foi “um profeta poderoso em obras e pa-lavras diante de Deus e de todo o povo”; mas os dirigentes religiosos o crucificaram; neles havia despertado a esperança de que ”seria ele quem iria libertar Israel”, mas sua execução acabou com todas as suas expectativas; nem a noticia de que Jesus está vivo conseguiu re-avivar sua fé nele. É então que Jesus começa a explicar-lhes, a luz das Escrituras, o verdadei-ro sentido dos acontecimentos e do destino de paixão e ressurreição do Messias.

O que Lucas sugere é de grande impor-tância. Lá onde um grupo de pessoas cami-nha pela vida procurando descobrir o signi-

ficado das palavras e obras do profeta Jesus de Nazaré, lá onde se faz memória de sua pai-xão e se ouve a notícia de sua ressurreição... ali se faz presente o Ressuscitado.

É uma presença real de alguém que nos acompanha no caminho; uma presença não fácil de captar, porque nossos olhos podem estar incapacitados para reconhecê-lo; uma presença que nos convida a reconhecer que somos “tardos de coração para crer”. Mas é uma presença que vai despertando neles a esperança. Mais tarde confessarão que, en-quanto Jesus lhes falava pelo caminho, “seu coração ardia dentro deles”. Um caminho para encontrar-nos com Cristo ressuscitado e sentir que nosso coração se inflama com a sua presença, é reunir-nos em seu nome, ler os evangelhos procurando descobrir o senti-do profundo de suas palavras e de seus atos, lembrar sua crucificação e ouvir a partir de dentro, com coração confiante, o anúncio de sua ressurreição.

E não basta isso. É necessária, além dis-so, a experiência da ceia eucarística para re-conhecer a presença do Senhor ressuscitado, não só como alguém que ilumina nossa vida com sua Palavra, mas como alguém que nos alimenta em sua Ceia. É o que sugere o rela-to de Lucas. Os discípulos pedem ao viajante

desconhecido que não os abandone. E Jesus “entra para ficar com eles”. Os três caminhan-tes sentam-se à mesa para cear juntos como amigos e irmãos. Quando Jesus toma o pão, pronuncia a bênção, parte-o e o vai dando, “abrem-se-lhes os olhos e o reconhecem”. É suficiente reconhecer sua presença, mesmo que seja apenas por alguns instantes. A expe-riência de sentir-se alimentados por ele trans-forma suas vidas. Agora se dão conta de que as esperanças que haviam depositado em Jesus não eram excessivas, mas demasiado peque-nas e limitadas. Recuperam o sentido de sua vida. Retornam à comunidade dos discípulos e “contam o que lhes aconteceu no caminho e como o reconheceram ao partir o pão”.

Nossa fé em Cristo ressuscitado não é só fruto do sinal do sepulcro vazio nem do tes-temunho dos que viveram a experiência de encontrar-se com ele.

É necessário, além disso, reconhecer a presença de Cristo vivo em nossa própria vida. Lucas sugere duas experiências privi-legiadas pela comunidade cristã: a escuta pessoal da Palavra interpretada por Cristo e em Cristo e a experiência da ceia fraterna da eucaristia.

Fonte: PAGOLA, Jose Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Editora Vozes: Petrópolis, p. 559-561.

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 2

PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO

PASTORAL DO DÍZIMO

PASTORAL DO BATISMO

CONCERTO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO

O violinista Paulo Paschoal se apre-sentará na Paróquia Nossa Senhora da Esperança com a Camerata Dar-

cos e convidados. No repertório, árias do “Messias” de Handel. Ele, ao lado de Bach, é um dos principais nomes da música do período barroco. O Oratório Messias de-tém dois recordes: o de ter sido compos-to no menor espaço de tempo e o de obra coral mais executada em toda a história da música. Mas isso são apenas núme-ros quando comparado ao resultado final obtido por esta magnífica obra: a mensa-gem de um Deus amoroso que se revelou de forma humilde para restabelecer uma nova aliança com o homem, resolvendo desta forma, o outro grande problema da humanidade que era a morte.Data da Apresentação: 08 de Abril (Do-mingo de Páscoa) Horário: 18h

PRESENÇA DE DOM CELSO QUEIROZ

N o Domingo de Páscoa, dia 08 de Abril às 19h, Dom Celso Queiroz virá presidir a Celebração da Pás-

coa da Ressurreição em nossa comunida-de paroquial. Logo após a apresentação do “Messias” de Handel, todos são convida-dos ao sublime banquete eucarístico, onde alimentamos nossa fé, revigoramos nossa esperança e somos entusiasmados à práti-ca da caridade!

N o último dia 11 de Março ocorreu a Preparação para o Matrimônio. Vinte e três casais de noivos foram acolhidos

e participaram da celebração eucarística e dos demais momentos que compõem essa prepa-ração remota para o sacramento. De agora em diante, lhes acompanha a nossa prece no de-sejo de que construam família em Deus!

C om alegria acolhemos os novos Dizimis-tas da Paróquia Nossa Senhora da Espe-rança: Renata Lo Bianco Esteves, Cecília

do Valle De Zoppa, José Antonio de Castro, Marisa Simeão Pereira, Waldmil de Azevedo, Claudio Afif Domingos Filho, Evando Macha-do, Clara Taguchi, Antonio Carlos de Almeida e Leonardo de Almeida Carvalho. O dom da partilha seja nosso melhor passo na vivência da virtude cristã da caridade!

D esde o último dia 26 de Fevereiro a Paróquia Nossa Senhora da Espe-rança foi agraciada, pelo sacramento

do Batismo realizado pelo padre Boim, com novos membros em nossa família, Povo de Deus: Ana Carolina Teixeira Felix; Ana Ka-rolina Natanael Santos de Souza; Carolina de Moraes Rego Bergami; Daniela Lien Esti-phan; Felipe Yokoi Capelossi; Fernanda Silva Rubinho; Gustavo Montmorency Sedlacek; Isadora de Godoy Vasconcellos; Manuela Giarrante Caro; Maria Clara de Godoy Vas-concellos; Marina Costa Machado; Rafaela Garcia Frank; e Yara Natanael Santos Souza. Que nosso testemunho de fé possa animar na vida cristã todos os que foram, com Cristo, mergulhados nas águas da vida!

A PASTORAL PAROQUIAL

O CRISTO RESSUSCITADO EM MEIO A NÓSCATEQUESE DA CONFIRMAÇÃO

M uitos dos pensamentos de Dom Helder Câmara nos aju-dam a identificar em meio a

nós a presença do Cristo Ressusci-tado: “Mais que comum dos dias, olhei o mais que pude os rostos dos pobres, gastos pela fome, esmagados pelas humilhações, e neles descobri teu rosto, Cristo Ressuscitado!”

Ao olharmos de modo fraterno para os nossos irmãos fracos e oprimidos, a nossa responsabilidade pela guarda deles nos impele a trabalhar com ur-gência pelo resgate da sua dignidade humana. Isto exige de nós paciência, dedicação, perdão e, muitas vezes, re-núncia e provação. Nesses momentos, Dom Helder nos aconselha: “As pes-soas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração.”

Empenhando-nos em restituir a dignidade aos nossos irmãos, não po-demos nos conformar em apenas lhes dar assistência material. É preciso que essa assistência seja acompanhada da difusão da cidadania e da justiça, do incentivo a novas ideias, do aclara-mento dos pensamentos, da denún-cia dos mecanismos de opressão e da colaboração no fomento à cultura e à educação: “Uma maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar”. “Se der pão aos pobres, todos me chamam de santo. Se mostrar por que os pobres não têm pão, me chamam de comunista e subversivo”.

Abrir os olhos aos cegos, libertar os cativos, curar os doentes são sinais do Cristo Ressuscitado, que vence a morte e promove a vida. Fazer ecoar

esses sinais através de um forte teste-munho de vida faz parte da missão de todo católico.

*******************Queridos crismandos, há entre os

católicos de todos os tempos grandes figuras cujas atitudes e pensamentos merecem ser conhecidos e imitados. Dom Helder certamente é uma delas. Existem também muitos santos, em quem podemos nos espelhar, se ti-vermos conhecimento das suas vidas. Eles são parte da Igreja Católica, assim como vocês, jovens, que estão inician-do a caminhada.

Para desfrutarmos ainda mais as graças da Páscoa, dediquemos uma parte do nosso tempo para nos fami-liarizarmos com as vidas desses ilus-tres personagens, dedicadas a Jesus e ao próximo. Podemos começar ten-tando conhecer melhor quem foi e o que fez o santo da nossa devoção. San-ta Páscoa a todos!

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIAL PG 3

MISSAS Terça à Sexta, às 18h.Sábado, às 16h.Domigo, às 8h30,11h e 19h.

SERVIÇOS PASTORAISGrupo Gente Ativa Segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no Salão Paroquial.

Grupo de Oração Terça-feira, das 14h às 15h30, na Igreja.

Pastoral da CaridadeTerça-feira, das 14h às 16h30.

CatequeseTerça-feira, das 18h30 às 19h45. Quarta-feira, das 18h30 às 19h45.Quinta-feira, das 8h30 às 9h45 e das 14h às 15h15. Nas Salas Inferiores.

Pastoral da AmizadeQuarta-feira, às 20h, no Salão Paroquial.

Narcóticos AnônimosSegunda a sexta-feira, das 20h às 22h, nas Salas Inferiores.

PRESENÇA DE DOM ODILO

O RESPEITO AO SAGRADO

PENSANDO NA VIDA DE FÉ

P ara nos familiarizarmos com al-guns aspectos da religião, o Bo-letim Novo Mundo lança, neste

número, o “Pensando na vida de fé”, dedicado a assuntos que, embora im-portantes, são com frequência desco-nhecidos, esquecidos ou até mesmo relativizados. O primeiro tema, esco-lhido para inaugurar esta seção, é “O Respeito ao Sagrado”, cuja perda se deve não só à autonomia salutar do homem moderno, mas a certas con-cessões questionáveis.

N o Domingo de Páscoa, dia 08 de Abril às 08h30, Dom Odilo Pedro Scherer virá presidir a Celebração da

Páscoa da Ressurreição em nossa comuni-dade paroquial. Além de dar as boas vindas ao Cardeal, convidamos a cada um de vocês paroquianos que participem dessa celebra-ção, que celebra a vida nova em Cristo Res-suscitado, dom de Deus e esperança para todos os que padecem na angústia!

GRUPO DE ORAÇÃO

“S ede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na ora-ção” (Rm 12,12). Venha orar conos-

co para agradecer e/ou suplicar Àquele que tudo pode. O Grupo de Oração se reúne em nossa comunidade toda Terça-feira, a par-tir das 14h.

FORMAÇÃO TEOLÓGICA

N o próximo dia 19 de Abril acon-tecerá o encontro de Formação Teo-lógica com o Padre Ney de Souza. To-

dos são bem vindos a estes encontros no Salão Paroquial a partir das 20h30.

CURSO BÍBLICO 2012

N o dia 12 de Abril será realizado o segundo encontro de estudo bíblico, cujo tema é Cristologia nas Cartas

Paulinas. O Prof. Dr. Carlos Mario é quem está à frente do estudo, que tem seu início às 20h30, no Salão Superior da Paróquia. Bem vindo a qualquer tempo!

CALENDÁRIO PASTORAL PAROQUIAL

SEMANA SANTA1 - DOMINGO DE RAMOS Missas com Bênção dos Ramos: na Igreja, às 8h30, 11h e 19h.3 - TERÇA-FEIRA Celebração Penitencial de Quaresma: na Igreja, às 15h e 20h30.5 - QUINTA-FEIRA SANTA Bênção dos Santos Óleos: na Catedral da Sé, às 9h. Missa Santa Ceia e Lava-pés: na Igreja, às 20h. Adoração Santíssimo Sacramento: no Salão Paroquial, às 21h.6 - SEXTA-FEIRA SANTA Celebração Penitencial: na Igreja, às 10h. Via Sacra: no Salão paroquial, às 15h. Liturgia da Paixão: na Igreja, às 16h.7 - SÁBADO SANTOMissa da Vigília Pascal: na Igreja, às 19h.8 - DOMINGO DE PÁSCOAMissas da Ressureição: na Igreja, às 8h30 (com Dom Odilo), 11h e 19h (com Dom Celso). Concerto “Messias” de Handel, na Igreja, às 18h.

10 Conselho Pastoral Paroquial: no Salão Superior, às 20h30.11 Formação Pastoral Família/Noivos: no Salão Su-perior, às 20h30.12 Curso Bíblico: no Salão Superior, às 20h30.14 Catequese da Confirmação: no Salão Superior, das 8h30 às 12h30.17 Formação Pastoral da Liturgia: no Salão Supe- rior, às 20h30.18 Reunião Catequistas 1ª. Eucaristia: no Salão Su-perior, às 20h.18 Assembleia dos Bispos (CNBB): em Aparecida, SP.19 Formação Teológica (padre Ney): no Salão Supe-rior, às 20h30.21 Preparação para o Batismo: no Salão paroquial, das 8h30 às 12h.22 Missa da Padroeira: na Igreja, às 8h30, 11h e 19h. Procissão, às 18h30.22 Celebração do Batismo: na Igreja, às 9h30.24 Reunião Padres Setor Vila Mariana: na Paróquia N.Sra. Aparecida, às 9h.24 Conselho Pastoral Setor: na Paróquia N.Sra. Aparecida, às 20h30.25 Festa Santa Zita (Pastoral Amizade): na Igreja, às 20h.27 Pastoral do Dízimo: às 20h30.

N ós católicos temos a hon-ra e o privilégio imerecidos de contar, fisicamente entre

nós, com o nosso Deus em pessoa, real e inteiro, em corpo, sangue, alma e divindade, nas sagradas espécies do pão e do vinho que o sacerdote consagra em cada mis-sa cuja celebração preside. (cf. Lc 22,19) Vamos refletir um pouco sobre esta verdade de fé:

• A igreja é a casa de Deus. As espécies consagradas, guardadas no sacrário, são a presença real de Deus entre nós. A luz vermelha acesa ao lado do sacrário indica que Jesus está lá. De que maneira tratamos a Deus? Vale à pena lem-brar o “resumo” dos mandamentos proposto por Jesus: Ama a Deus de todo o coração e ao próximo como a ti mesmo! O descaso com o Se-nhor pode conduzir, facilmente, ao desprezo para com o próximo.

• Convém lembrar que as imagens de Maria e dos santos são símbolos e representações, para nossa vene-ração, enquanto Jesus Eucarístico

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALPG 4

F alar de Jesus e da Igreja é decisivo, mas também delicado e às vezes conflitivo. Nem todos os cristãos temos a mesma

visão da realidade eclesial; nossa perspectiva e índole, nosso modo de perceber e viver seu mistério é, com frequência, não só diferente, mas contraposto. Jesus não separa nenhum crente de sua Igreja, não o põe em confronto com ela. Ao menos esta é minha experiência. Na igreja eu encontro Jesus como em nenhum outro lugar; nas comunidades cristãs ouço sua mensagem e percebo seu Espírito.

Alguma coisa, no entanto, está mudando em mim. Amo a Igreja assim como ela é, com suas virtudes e seu pecado, mas agora, cada vez mais, amo-a porque amo o projeto de Jesus para o mundo: o reino de Deus. Por isso quero vê-la cada vez mais convertida a Jesus. Não vejo maneira mais autêntica de amar a Igreja do que trabalhar por sua conversão ao evangelho.

Quero viver na Igreja convertendo-me a Jesus. Essa há de ser minha primeira contri-buição. Quero trabalhar por uma Igreja que as pessoas sintam como “amiga de pecadores”. Uma Igreja que busca os “perdidos”, des-cuidando talvez de outros aspectos que podem parecer mais importantes. Uma Igreja onde a mulher ocupe o lugar que Jesus realmente quis para ela. Uma Igreja preocupada com a felici-dade das pessoas, que acolhe, escuta e acom-panha todos os que sofrem. Quero uma Igreja de coração grande, na qual cada manhã nos ponhamos a trabalhar pelo reino, sabendo que Deus fez seu sol nascer sobre bons e maus.

Sei que não basta falar da “conversão da Igreja de Jesus”, embora pense que é ne-cessário e urgente proclamá-lo sempre de

CONSTRUIR A IGREJA DE JESUS: RESSUSCITADO NOS 41 ANOS DA INSTALAÇÃO DA PARÓQUIA

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇAEndereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema

São Paulo, SP • CEP 04517-050Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: [email protected]

ATENDIMENTO DA SECRETARIA: Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das13h30 às 17h30.

Acesse o site www.paroquiansesperanca.org.br

NOVO MUNDO BOLETIM INFORMATIVO PAROQUIALAno XVI – Edição 166 – Abril/2012 Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal

Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Serrano (11) 7733 6247

41 ANOS EVANGELIZANDO: DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA

novo. A única forma de viver em processo de conversão permanente é que as comunidades cristãs e cada um dos crentes nos atrevamos a viver mais abertos ao Espírito de Jesus. Quan-do nos falta esse Espírito, podemos cair na ilusão de ser cristãos, mas quase nada nos diferencia daqueles que não o são; brincamos de ser profetas, mas, na realidade, não temos nada de novo a comunicar a ninguém. Termi-namos frequentemente repetindo com lin-guagem religiosa as “profecias” deste mundo.

Fonte: PAGOLA, Jose Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Editora Vozes: Petrópolis, p. 570-571.

Amados Paroquianos,A vida nova de Cristo é a vida nova da hu-manidade, a ressurreição do Senhor é a res-surreição do mundo. Na ressurreição, Deus confirma o caminho de Jesus, que, apesar de todas as aparências em contrário, é o vitorio-so é o Senhor, é o Cristo, o Messias. A partir de agora, os critérios são outros. Os homens seguem um caminho, crucificam; Deus se-gue outro, ressuscita, torna a levantar, a susci-tar, a promovê-lo de novo a uma missão.Todos os domingos professamos: “Creio na ressurreição dos mortos”. São Paulo na 1ª Carta aos Coríntios diz: “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Pedro e depois aos doze” (1Cor 15, 3-5).São João na sua 1ª Carta afirma: “Amados, desde já somos filhos de Deus, mas o que seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação sere-mos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é” (1Jo 3, 2). O caminho, hoje, da ressurreição é cuidar, zelar pelos nossos irmãos enfermos, dando-lhes qualidade de vida para viver como cidadãos. O Papa Ben-to XVI diz: “A grandeza da humanidade de-termina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre”. (Discurso na celebração do Dia Mundial do doente, 13/02/2010).

Santa Páscoa – Vida Nova a todos,Cônego Dagoberto Boim

PALAVRA DO PÁROCO

não é apenas uma representação, mas é o próprio Filho de Deus que está ali presente, vivo e verdadeiro. Por isso, ve-neramos os santos, mas apenas a Deus podemos adorar. (cf. Mt 4,10) A voca-ção à santidade não é sinal de piegui-ce, mas de serviço, anúncio, diálogo e testemunho de comunhão, que encon-tram seu fundamento em Cristo Jesus.

• Dobrar os joelhos é sinal de res-peito e de adoração a Jesus. (cf. Fl 2,9-11) Com uma reverência e curvando a cabeça, súditos cumprimentam reis aqui da terra. Devemos a genuflexão a Jesus, em adoração ao Rei da Gló-ria. Não se trata de formalismo, mas de afeto filial e de irmão por parte de quem, como dizia Charles de Fou-cauld, “frequenta Jesus”, pois “tão logo acreditei que existia um Deus, com-preendi que não podia fazer outra coi-sa, senão viver só para Ele”.

• Pouco se observa o silêncio sa-grado dentro dos nossos templos. O silêncio é condição sine qua non para nossa oração, nós que vivemos num mundo extremamente barulhento. Como nós silenciamos diante de Deus para tornar fecundo este momento íntimo com o Senhor? O respeito ao sagrado passa pelo respeito ao Ou-tro, sendo o próprio Deus quem nos conduz na acolhida da alteridade. Deixemo-nos cativar pelo silêncio que conduz a Deus, que faz arder nossos corações, abrir nossas mãos e tornar velozes os nossos pés na missão. Ma-ria, modelo perfeito de acolhida e de seguimento nos acompanhe na escu-ta orante e na dedicação generosa ao anúncio da Palavra a partir do teste-munho da nossa vida de fé.