boletim adunifesp #extra (novembro de 2014)

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Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo A A d d u u n n i i f f e e s s p p Seção Sindical do B B o o l l e e t t i i m m A A d d u u n n i i f f e e s s p p Boletim Adunifesp #EXTRA 02 de novembro de 2014 São PauloSP Se podemos aprender com história, por que esperar que o tempo demonstre o alto preço da falta de vontade política? www.adunifesp.org.br Adunifesp SSind f abemos que a história de um governo é implacavelmente escrita desde seus primeiros momentos. E que em certa medida o conteúdo pode ser calibrado pelas ações que são adotadas, tanto quanto pelas que são evitadas. Os contornos darão inevitavelmente um retrato do que melhor representa um governo. Ao contrário de continuar acompanhando uma universidade na qual perduram o fisiologismo político, os protocolos dos automatismos administrativos e as concessões de toda sorte aos grupos estabelecidos, gostaríamos que a história da Unifesp pudesse ser dita, principalmente nos dois últimos anos, como uma profunda construção democrática, de administração com participação e pluralidade e de manifesto respeito à transparência e ao debate. Entretanto, pouco tem sido feito nessa direção. O programa da então chapa Plural e Democrática propunha uma “Reforma do Estatuto visando maior pluralidade e democracia (...) precedida de ampla discussão a fim de implementar um processo estatuinte mais abrangente para a democratização e transparência das estruturas de gestão”. Estamos às vésperas desta rara oportunidade que o congresso nos oferecerá de, juntos, deliberarmos paritariamente sobre o futuro da instituição, garantindo uma efetiva, inédita e histórica realização democrática. A Unifesp ainda permanece como território indefinido, com orçamento oscilante, com gravíssimos problemas de infraestrutura, de garantias de permanência estudantil, sob ação de grupos privatistas, fragilidades administrativas de várias ordens, dependente de múltiplos tipos de apoio e assistência, material e imaterial, da USP e da Unicamp: bibliotecas, arquivos, museus, laboratórios, mas também congressos, grupos de pesquisa, contato com intelectuais etc. Isso para não entrarmos no poço sem fundo das necessidades políticoadministrativas. A salutar realização de audiências públicas não tem tido a eficácia necessária, apesar de certos avanços pontuais. Por outro lado, a realização, ainda que tardia, do Congresso da Unifesp poderá dar início a uma série de decisões mais ousadas que ajudarão a universidade a ter a vontade S E E D D I I Ç Ç Ã Ã O O E E X X T T R R A A O O R R D D I I N N Á Á R R I I A A

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Boletim Adunifesp-SSind #Extra, gestão 2013-2015, publicado em 02 de novembro de 2014 Jornalista responsável: Rafael Freitas Projeto gráfico e diagramação: Rafael Freitas

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AAssssoocciiaaççããoo ddooss DDoocceenntteess ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee SSããoo PPaauulloo

AAdduunniiffeessppSSeeççããoo SSiinnddiiccaall ddoo BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp

BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp ##EEXXTTRRAA ­­ 0022 ddee nnoovveemmbbrroo ddee 22001144 ­­ SSããoo PPaauulloo­­SSPP

Se podemos aprender com história, por queesperar que o tempo demonstre o alto preço da

falta de vontade política?

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abemos que a história de umgoverno é implacavelmente escritadesde seus primeiros momentos. Eque em certa medida o conteúdo

pode ser calibrado pelas ações que sãoadotadas, tanto quanto pelas que sãoevitadas. Os contornos darãoinevitavelmente um retrato do que melhorrepresenta um governo. Ao contrário decontinuar acompanhando uma universidadena qual perduram o fisiologismo político, osprotocolos dos automatismos administrativose as concessões de toda sorte aos gruposestabelecidos, gostaríamos que a história daUnifesp pudesse ser dita, principalmente nosdois últimos anos, como uma profundaconstrução democrática, de administraçãocom participação e pluralidade e demanifesto respeito à transparência e aodebate. Entretanto, pouco tem sido feitonessa direção.

O programa da então chapa Plural eDemocrática propunha uma “Reforma doEstatuto visando maior pluralidade edemocracia (...) precedida de ampladiscussão a fim de implementar um processoestatuinte mais abrangente para a

democratização e transparência dasestruturas de gestão”.

Estamos às vésperas desta raraoportunidade que o congresso nos ofereceráde, juntos, deliberarmos paritariamente sobreo futuro da instituição, garantindo uma efetiva,inédita e histórica realização democrática.

A Unifesp ainda permanece comoterritório indefinido, com orçamento oscilante,com gravíssimos problemas de infraestrutura,de garantias de permanência estudantil, sobação de grupos privatistas, fragilidadesadministrativas de várias ordens, dependentede múltiplos tipos de apoio e assistência,material e imaterial, da USP e da Unicamp:bibliotecas, arquivos, museus, laboratórios,mas também congressos, grupos depesquisa, contato com intelectuais etc. Issopara não entrarmos no poço sem fundo dasnecessidades político­administrativas. Asalutar realização de audiências públicas nãotem tido a eficácia necessária, apesar decertos avanços pontuais.

Por outro lado, a realização, ainda quetardia, do Congresso da Unifesp poderá darinício a uma série de decisões mais ousadasque ajudarão a universidade a ter a vontade

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EEnnddeerreeççoo:: RRuuaa NNaappoolleeããoo ddee BBaarrrrooss,, nnºº 884411,, VViillaa CClleemmeennttiinnoo,, SSããoo PPaauulloo­­SSPP.. CCEEPP 0044002200­­117766TTeelleeffoonnee//FFaaxx:: ((1111)) 55554499 22550011 // ((1111)) 5555772211777766 EEmmaaiill:: sseeccrreettaarriiaa@@aadduunniiffeesspp..oorrgg..bbrrPPáággiinnaa:: wwwwww..dduunniiffeesspp..oorrgg..bbrr FFaacceebbooookk:: AAdduunniiffeesspp SSSSiinndd

BBoolleettiimm AAdduunniiffeessppJJoorrnnaalliissttaa rreessppoonnssáávveell // RReeggiissttrrooss ffoottooggrrááffiiccooss// PPrroojjeettoo ggrrááffiiccoo // DDiiaaggrraammaaççããoo:: RRaaffaaeell FFrreeiittaass

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política de tomar o rumo da democratização,da pluralidade e da responsabilidade socialque necessitamos.

Para isso, será necessário considerar,sob a ótica desses princípios, a legislação quefoi aos poucos enrijecendo e tornando aUnifesp uma ilha cercada de problemas portodos os lados. Medidas parciais não terãopoder de reordenar a estrutura de poder eseus efeitos sobre os rumos da universidade,e pelas teses apresentadas já notamosmuitas propostas que não abordam os temascom profundidade.

Precisaremos juntos ter a visãoampliada para o centros nevrálgicos de ondeos atuais problemas emanam, proporsoluções duradouras que possam exigir dopoder executivo central a vontade política quea história ainda não pôde registrar comomedida ousada e necessária no sentido deum futuro melhor para todos e para todas.