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Nº 188 Maio 2010 BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS FEIRA ANTECIPA O FUTURO DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE CHOCOLATES, CANDIES E BISCOITOS. A ARTE DA PRODUÇÃO CACAU DE ORIGEM A primeira processadora do Brasil PDV Confeitos arrancam em food service FISPAL TECNOLOGIA

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Nº 188Maio 2010

BISCOITOS l CANDIES l CHOCOLATES l SNACKS l SUCOS E REFRESCOS

Feira antecipa o Futuro da industrialização de chocolates,

candies e biscoitos.

A Arte dAprodução

CaCau de origema primeira processadora do Brasil

PdV Confeitos arrancam em food service

F ispal tecnologia

Que assim seja

Fábio Fujiieditor

Doce Revista é uma publicação mensal da Editora Definição Ltda. (CNPJ 60.893.617/0001-05)

dirigida ao setor doceiro e às suas redes de atacadistas, distribuidores, varejistas e supermercadistas.

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DRT/1 nº 11554/90 de 10/09/90.

R E D A Ç Ã O

AnO XXIV - nº 188 - MAIO DE 2010

DiretoresBEaTRiz DE MELLo HELMaN E HéLio HELMaN

Diretor HéLio [email protected]

Editor FáBio [email protected]

Reportagem LEaNDRo H. [email protected]

Diretor de Arte GREGÓRio STaYRoS [email protected]

A D M I n I s t R A Ç Ã O

Diretora BEaTRiz [email protected]

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Assinatura RiTa PaRaSiN

EDITORADEFINIÇÃO

Fotografia RENaTo DoS aNJoS E SHuTTERSToCk

Foto da Capa SHuTTERSToCk

Design da Capa GREGÓRio STaYRoS DiPaPiDiS

Bureau, CtP e Impressão iPSiS GRáFiCa E EDiToRa

Circulação JuNHo DE 2010

Membro da Anatec aSSoCiação NaCioNaL DaS EDiToRaS DE PuBLiCaçõES TéCNiCaS DiRiGiDaS

E ESPECiaLizaDaS.

Ren

ato

dos

An

jos

3doce revista Maio 2010

carta do editor

Recendendo a tinta fresca, o estudo da Nielsen sobre os re-

sultados do atacado brasileiro confirma o que o setor já vi-

nha alardeando desde o início do ano. De fato, mesmo com

a economia do país sob o ricochete da crise internacional, a ala de

distribuição cravou crescimento nominal de 9,2% no ano passado.

Apesar de se manter estável nos últimos cinco anos, a fatia do setor

nas vendas gerais segue inflada e correspondeu em 2009 a expres-

sivos 52,2% do total distribuído no chamado mercado mercearil

(alimentos e higiene & limpeza). No reduto de guloseimas doces,

as alianças mais conhecidas como Kraft Foods e Cadbury, Hershey’s

e Bauducco e, mais recentemente, Barry Callebaut e Bunge, segu-

ramente ajudaram a encorpar os números e projeções do levanta-

mento. A pesquisa encomendada pela Abad (Associação Brasileira

de Atacadistas e Distribuidores) extrapolou as expectativas da en-

tidade, que projetava avanço em torno de 3%. Segundo análise de

especialistas, um dos fatores que contribuíram para o desempenho

inesperado foi o fortalecimento do poder aquisitivo da classe C,

que abocanha hoje o maior naco da renda nacional. Observadores

atentos, no entanto, consideram inegável a atuação proativa das

empresas do setor. Mesmo ameaçadas pela crise, elas confiaram

na solidez do consumo nacional e não protelaram investimentos.

Assim, com crescimento real de 4,1%, o setor faturou R$ 131,8

bilhões em 2009, resultado equivalente a 5% do PIB brasileiro. E

projeta avanço na faixa de 6% para o exercício em curso.

24 caPa FISPAL TECNOLOGIA a indústria vai às compras Estimulado pelo balanço positivo do primeiro trimestre, o setor de máquinas aposta na receptividade do mercado interno e projeta uma retomada dos investimentos nesse segundo semestre.

18 Pdv FOOD SERVICE é só pedir que tem Setor de alimentação fora do lar não para de crescer e avança na oferta de produtos e serviços para a produção e o varejo de guloseimas e confeitos.

12 iNsUMos FLORESTA DO RIO DOCE procedência capixaba Motivada pelo potencial da cultura cacaueira nacional, a agroindústria do Espírito Santo investe R$ 8 milhões na instalação da primeira processadora de cacau de origem do Brasil.

38 destaQUeVENDAS DE PIRULITOS na boca do povoEnquete levada a cabo pela consultoria Destaque Business Research passa um pente-fino no giro da categoria nos atacados especializados em confeitos.

40 No PÓdio DAUPER direto da serra gaúcha Fonte de ingredientes para indústrias de forneados e confeitos, a empresa gaúcha ingressa no varejo com linhas diferenciadas no segmento de granolas e barras.

seÇÕes06 miX Ajinomoto introduz marca de aspartame para uso exclusivo industrial, entre outros destaques10 BiSCoiToS setor fatura R$ 8 milhões com rodada de negócios internacional 43 ageNda feiras, cursos e congressos44 PoNTo de ViSTa o mercado de guloseimas por Gilverto Pignocchi45 giro lançamentos50 FiCHa ComPLeTa dirigente do Supergiro analisa a demanda de candies no Tocantins

sUMário

doce revista Maio 20104 acesse: www.docerevista.com.br

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Mix

6 doce revista Maio 2010 acesse: www.docerevista.com.br

rindo à toa

A grife de balas e confeitos Bo-avistense fecha com chave de ouro sua atuação no primeiro semestre apresentando uma nova identida-de visual. Com projeto elaborado a partir de estudos de mercado, que

envolveu os profissionais da área de comunicação e design da companhia, a logomarca saída do forno incorpo-ra à assinatura do nome a frase “Faz você sorrir”. “No geral, ficou mais moderno e atraente, expressando a essência do nosso negócio”, sinteti-za adriano orso, diretor de marke-ting da indústria gaúcha.

Adquirida em 2004 pela Flores-tal alimentos S/a e transferida de Erechim (RS) para a sede de Lajeado (RS) em 2006, a Boavistense figura na cena de alimentos desde 1955, inicialmente como torrefadora de café. Mais tarde, a indústria ingres-sou na fabricação e distribuição de confeitos. Nos anos 80, apresentou a primeira logomarca, desenvolvida com cores fortes e letras marcantes, conforme as tendências publicitárias da época. “Transformou a empresa em uma referência no mercado de balas e pirulitos”, assinala o diretor de marketing. Em 2001, a Boavisten-se reciclou o logotipo com uma iden-tidade alinhada com a política em

curso na empresa e, acompanhando as tendências, rejuvenesceu a marca com um layout que aliava o símbolo do formato de uma bala. “Agora em 2010, com capacidade produtiva re-forçada por equipamentos atualiza-dos e investimento em novas linhas, um reposicionamento de marca se fa-zia necessário”, pondera Orso. “Bus-cou-se apresentar a idéia de leveza e alegria, em uma composição de cores que retratam a solidez e o profissio-nalismo, conferindo à marca um vi-sual dinâmico”, analisa o executivo. A nova logomarca apresenta um de-senho original e exclusivo, com traço solto, como se fosse pincelado numa tela, ele conclui. No mercado desde maio, ela passa a representar a Bo-avistense no Brasil e no exterior e integra a série de ações programadas pela companhia para 2010.

Supridora global do edulcorante aspartame, a ajinomoto introduz a marca AminoSweet do ingrediente para uso exclusivo industrial. Claudio Yamamoto, gerente da divisão Ami-noScience da companhia, esclarece que o objetivo é enfatizar junto aos consumidores que o produto auxilia a dieta sem agregar qualquer subs-tância estranha à refeição habitual, conceito que muitas vezes passa despercebido ou é distorcido por falta de informação. Com o slogan “O puro dulçor proveniente dos amino-ácidos”, a empresa ressalta qual é a origem do aspartame. Os aminoáci-dos, explica Yamamoto, são elemen-tos constituintes das proteínas, por sua vez, presentes na refeição diária das pessoas, através de alimentos como carne, leite, ovo, cereais etc.

“Consumir essa substância não causa nenhum efeito nocivo ao organismo. O aspartame, no caso, retorna aos aminoácidos de origem por meio da digestão, da mesma forma que as proteínas”, argumenta o executivo. O nome AminoSweet, ele completa, veio como opção natural para traduzir essa idéia: o amino de aminoá-cidos e a palavra inglesa sweet, de doce.

Sendo tão familiar ao orga-nismo, acrescenta o gerente, o aspartame ainda auxilia na manutenção de uma alimen-tação saudável. “Foi introdu-zido no cotidiano das pessoas que necessitam restringir o consumo de açúcares, seja por problemas de saúde, para diminuir as calorias ou mesmo

para manter uma alimentação mais saudável, e tudo isso sem perder o sabor dos alimentos e bebidas do-ces”, relembra. Maior fonte mundial de aspartame, a Ajinomoto está presente na produção do edulcoran-te há mais de 25 anos, quando ele foi lançado.

Bem entendido

Mix

Detentora da grife Ovomaltine, a bri-tânica aBF (associated British Food) decidiu há dois anos expandir a marca do achocolatado visando encarar a disputa com as líderes Nescau e Toddy, da Nestlé e Quaker (grupo PepsiCo), respectiva-mente. As medidas foram radicais: mudou de distribuidora, ingressou em novo ni-cho e reforçou a publicidade. No campo da distribuição, tirou de cena a Novartis – dona da marca Ovomaltine até 2002, quando foi repassada à ABF – e colocou em operação a estrutura da Pandurata alimentos, que controla a Bauducco e a Visconti. “Isso trouxe maior sinergia para o negócio, já que os portfólios de pro-dutos e clientes das duas empresas pos-suem grande afinidade”, comenta danilo Nogueira, gerente geral de Ovomaltine para a América Latina. A parceria, com-plementa ele, introduziu o achocolatado

receita de inovação

O consumidor brasileiro não segue um padrão e diver-sifica cada vez mais a escolha do canal de venda na hora de fazer suas compras. A conclusão é de um estudo da Kantar Worldpanel, maior empresa global de pesquisa de consu-mo em domicílios, que acompanha no Brasil semanalmen-

te os hábitos de compra de mais de 100 categorias das cestas de alimen-tos – confeitos inclusos – , bebidas, higiene pessoal e produtos de limpeza, em uma amostra que representa 45,9 milhões de domicílios em todo o país (90% do potencial de consumo domi-ciliar do mercado brasileiro), realizado em parceria com a associação Brasi-leira de Supermercados (abras).

Atualmente, mostra o pente-fino, 74% dos compradores brasileiros não

alta infidelidademantém fidelidade ao ponto de ven-da (PDV), frequentando três ou mais canais. Nesse cenário, o que mais se destaca ainda hoje é o autosserviço, que respondia por 58% das compras em 2005 e em 2009 passou para 60%. “Esse avanço aconteceu por conta dos altos investimentos em ampliação e sofisticação de lojas, produtos, servi-ços, e, em especial, pela profissiona-lização do setor. Hoje, vemos que eles enxergam de forma mais ampla os vá-rios tipos de comprador, até por isso investiram no varejo de proximidade”, explica Fátima merlin, diretora de Re-tail da Kantar Worldpanel.

Apesar do crescimento no autos-serviço, é importante destacar que nesse tipo de canal os índices de re-tenção e de lealdade são muito bai-xos. O hipermercado, por exemplo, possui o pior índice de retenção entre todos os canais (23%) e a situação piora na fidelidade, com apenas 6%, capta a pesquisa. Em contrapartida, é nesse tipo de estabelecimento que acontece o maior nível de obtenção

de novos compradores, com índice de 19%. “Os hipermercados são altamen-te atrativos, quer seja pela força das promoções, pela intensidade do ma-rketing e, ainda pelo amplo sortimen-to. Sabem como nenhum outro canal trazer novos compradores. Porém, ainda não descobriram uma fórmula para fidelizar e reter esses consumi-dores”, observa a executiva.

Outro canal que vem ganhando es-paço ao longo dos anos é o atacadista, que saltou de uma representatividade de 2% em 2005 para 3,4% atualmente. Este tipo de estabelecimento tem se mostrado importante principalmente para quem faz as compras de abaste-cimento, que representam 63% deste total. O comprador do atacado gasta cerca de R$ 125,73 e vai ao PDV, em média, oito vezes por mês, levando 11 itens por ida. “O brasileiro percebeu que para compras de maior porte para abastecer a dispensa de casa, o ataca-do oferece boa variedade, bem como produtos de marca e qualidade a pre-ços mais atraentes”, analisa Fátima.

acesse: www.docerevista.com.br doce revista Maio 2010 7

da ABF no mix de produtos de 21.000 estabelecimentos espalhados por todo o país, em contraposição aos 14.000 pon-tos de venda (PDVs) em que Ovomaltine era encontrado dois anos atrás. Em para-lelo, promoveu um aumento de 65% no consumo do produto entre 2008 e 2009. “Também reforçamos a atuação no Sul, onde a marca tinha menos força”, arre-mata Nogueira.

Outra frente de atuação aberta pela empresa, com planta em Embu (SP), foi a de alimentação fora do lar. Com a mesma criteriosa seleção adotada para o varejo, escolheu a Cargill, com vas-ta experiência nesse ramo de negócios, para estrear a sua linha de food service. Assim, o Ovomaltine hoje pode ser con-ferido em cerca de 3.000 restaurantes, lanchonetes, sorveterias e cafés do país, repassa Nogueira. “Reforçamos nossa

imagem dentro dos supermercados, ocu-pando espaços nobres, como as pontas de gôndola (quinas de corredores), que conferem maior visibilidade, e participa-mos de folhetos promocionais das redes de varejo”, frisa o executivo. A estraté-gia de reposicionamento da marca in-cluiu ainda a volta da ABF à televisão, com uma campanha em 2009 e outra prevista para este ano.

Mix

Depois das tendências dos produtos diet/light, orgânicos e, mais recentemen-te, dos livres de gordura trans, a nova onda no setor de alimentos é a de linhas com menor nível de sódio. A novidade co-loca em xeque principalmente segmentos como o de aperitivos (snacks), confeitos de amendoim e amêndoas (nuts), gulo-seimas e biscoitos com adição de sal na formulação. Pesquisa do ministério da Saúde mostra que a proporção de bra-sileiros com hipertensão arterial cresceu 13,5% de 2006 para 2009, atingindo 24% da população. “Com o crescimento nos índices de obesidade e de doenças car-diovasculares, os consumidores começam a se preocupar mais com a qualidade da alimentação e essa pressão agora alcança as indústrias”, resume deborah Peixoto, gerente do instituto minha escolha, en-tidade global de representantes da indús-tria de alimentos.

o sódio desce do pódioMas baixar o nível de sódio nos ali-

mentos não implica apenas retirar o sal do produto, explica Carolina Godoy, co-ordenadora de nutrição do Instituto Mi-nha Escolha, que é mantido por empresas como Nutrimental, Perdigão e unilever. “Muitas vezes é preciso fazer mudanças na formulação, porque o sódio não está só no sal. Conservantes também contêm sódio, mesmo que o alimento seja doce”, detalha a especialista. A tendência deve crescer ainda mais, pois a preocupação com os níveis de sódio vem de consumi-dores não só das classes mais altas, mas também das classes C e D, observa Debo-rah Peixoto. Presente no país desde 2008, o Instituto Minha Escolha tem um selo para classificar produtos que tenham ní-veis aceitáveis de sódio e de outras subs-tâncias que, em excesso, podem fazer mal à saúde, como açúcar, gorduras trans e saturadas. “No lançamento do selo, tí-

nhamos 40 produ-tos. Hoje são mais de 200”, informa a executiva.

Carlos Prax, gerente de pes-quisa e desenvol-vimento, inovação e qualidade da ar-cor, acrescenta que já existem consumi-dores procurando consumir menos sódio e, por isso, é importante que a indústria ofereça mais opções. Ele informa que a companhia lançou em abril passado uma versão crackers com teor de sódio 85% mais baixo. O preço é o mesmo da versão tradicional. Mas para manter o produto saboroso, foi preciso fazer mudanças em sua formulação. “Não foram alterações significativas e a aceitação do produto tem sido muito boa”, comenta o execu-tivo, sem abrir detalhes.

8 doce revista Maio 2010 acesse: www.docerevista.com.br

A partir de ações simples no dia a dia, qualquer um pode colaborar com a reciclagem de embalagens de refrescos em pó. Essa é mensagem que a marca Tang, da Kraft Foods Brasil, quer deixar clara em sua nova campanha de comuni-cação. Por meio de uma parceria com a empresa americana TerraCycle, a grife de refrescos em pó introduziu as Brigadas de reciclagem há pouco mais de dois meses no país. Leonardo Tonini, gerente de marketing de Tang, informa que, a cada semana, cerca de 5.000 pessoas aderem à campanha e integram as briga-das. “Elas já somam quase 800 em todo o país, o que significa um total de 27.000 embalagens coletadas e o envolvimento

de cerca de 60.000 pessoas voluntaria-mente”, repassa o gerente. Entre todas as ações similares que a TerraCycle desen-volve ao redor do mundo, os números brasileiros com a Brigada Tang de Reci-clagem, são em quantidade de pessoas envolvidas a maior iniciativa da empresa fora dos EUA, comenta Tonini.

O tema reciclagem na campanha de Tang busca, de maneira lúdica e divertida, o engajamento das crianças para que elas multipliquem o conhecimento sobre o as-sunto e levem essa iniciativa para a escola, para a família e para o círculo de amigos. “As crianças são agentes de mudança e têm muito interesse em saber como podem ter hábitos de consumo consciente para ajudar na preservação do planeta. E são elas que acabam engajando os adultos para partici-par de uma brigada e conseguir resultados práticos”, ressalta Tonini.

Iniciada ainda em 2009, a campanha Preparou, Bebeu, Faz, criada pela ogilvy & matter, trouxe temas como reciclagem e a reutilização de materiais para evitar o desperdício. Segundo esclarece Tonini, a intenção desse posicionamento de Tang é

abordar esses conceitos de maneira edu-cativa para os consumidores. Na fase atual da campanha, detalha ele, a marca chama as pessoas à ação, explicando a mecânica das Brigadas de Reciclagem por meio da coleta de embalagens de refresco em pó. Empresas, escolas, condomínios, paróquias, bairros, qualquer grupo que se una para realizar a coleta, e tenha uma pessoa maior de 18 anos como responsável, pode se inscrever no programa como uma Brigada Tang de Reciclagem, acessando o site www.preparoubebeufaz.com.br. Cada embala-gem recolhida vale R$ 0,02 e o valor será destinado a uma instituição que a brigada de consumidores escolher ajudar.

reciclagem educativa

acesse: www.docerevista.com.br10

Biscoitos

rodada vencedoralhões, com embarques previstos para o segundo semestre, podendo se estender até dezembro”, informa José dos Santos dos reis, dirigente das duas entidades. Realizada pelo segundo ano consecutivo, a rodada de negócios faz parte do Pro-jeto Comprador, concebido no âmbito da Anib/Simabesp e promovido em parceria com a agência Brasileira de Promoção de exportações e investimentos (apex-Brasil). No primeiro encontro, no ano passado, o setor fechou negócios acima

de US$ 5 milhões, orça Reis. Participaram do evento fa-

bricantes de biscoitos e massas associados às duas entidades, como marilan, itamaraty, J. macêdo, mabel, Cory, Faville, Bauducco, good Quality, Selmi e Pacific. Os compradores pertencentes a tradings, redes de supermercados e cadeias de ata-cados, vieram do Peru, Paraguai, Chile, Co-lômbia, República Dominicana, Guatemala, Venezuela, Argentina e Costa Rica.

Dezenove empresas compradoras, de nove países da América Central e do Sul, que participaram da rodada de negócios organizada em maio pela associação Na-cional da indústria de Biscoitos (anib) e pelo Sindicato da indústria de massas alimentícias e Biscoitos no estado de São Paulo (Simabesp), costuraram ope-rações que podem resultar em divisas da ordem de US$ 8 milhões até o fim do ano. “São contratos no valor de US$ 2 milhões fechados para 60 dias e mais US$ 6 mi-

Trocando em miúdosrilan introduz as linhas de biscoitos ao Leite 200 gramas e Magic Toast tubete. “São produtos elaborados a partir de pesquisas feitas com o consumidor fi-nal, nas quais detectamos a necessida-de de atender o público que necessita de pequenas porções”, explica Sesti. A variante ao Leite, emenda o executivo, é um desdobramento dos biscoitos do tipo seco e doce, segmento no qual a Marilan é a número no Brasil, segundo dados da Nielsen.

Já o Magic Toast, exclusivo no seu segmento e disponível nas versões Ori-ginal (75gramas) e Light (72gramas), ganhou novas apresentações em forma-to menor com três pacotes internos. No início de 2010, a Marilan apresentou sua

campanha de mar-keting com o novo posicionamento e o slogan “Receita de Felicidade”. Com isso, pretendeu en-fatizar nas peças publicitárias e fil-mes toda dedica-ção e envolvimento durante o preparo dos biscoitos, bolos e torradas. A campanha, por enquanto direcionada ao interior e litoral do Es-tado de São Paulo, conta com filme ins-titucional veiculado nas maiores redes de televisão, além de mídia exterior, a exemplo de painéis rodoviários coloca-dos nas principais rodovias paulistas.

A marilan promoveu durante a feira da apas (associação Paulista de Supermercados) em maio passa-do o desfile dos lançamentos para o segundo semestre. Foram quatro novidades oriundas do investimento de R$ 1 milhão em equipamentos, pesquisa e desenvolvimento de pro-dutos, com as quais a empresa nutre a expectativa de ampliar sua fatia na categoria. “A meta é aumentar em aproximadamente 5% o volume de vendas em 2010 com os novos pro-dutos”, confirma Fábio Sesti, diretor comercial da empresa.

Para engordar o mix e oferecer mais opções aos consumidores com família pequena ou que moram sozinhos, a Ma-

doce revista Maio 2010

dose duplaBrasil e detentor da marca paulista. Disputada por todas as unidades fabris, a premiação foi criada com objetivo de buscar melhores resultados, avaliando a produtividade e a capacidade de inova-ção das empresas controladas do grupo dentro de uma perspectiva de respon-sabilidade socioambiental. “Soubemos dimensionar nossas potencialidades e focamos no que tínhamos de melhor: as pessoas”, resume Luiz roberto Leon-cini Soares, gerente administrativo e gestor facilitador da Zabet.

Já a adria, outra grife de massas

e biscoitos sob o guarda-chuva da M. Dias Branco, foi incluída no ranking 50 marcas mais valiosas do Brasil, pro-movido pela revista istoÉ dinheiro em parceria com a Brandanalytics/millward Brown, consultoria interna-cional de negócios. A pesquisa foi ba-seada nos dados financeiros de 2009 e revelou que as empresas participantes tiveram um crescimento de 70% com-parado ao ano anterior. Referência na cena de massas e biscoitos, a Adria foi a única de sua categoria que conse-guiu assegurar presença na lista.

A Zabet, grife de biscoitos com sede em Lençóis Paulista (SP), venceu o Prê-mio Gestão de Modelo 2009 realizado pelo grupo M.Dias Branco, número um na fabricação de massas e biscoitos no

iNsUMos

acesse: www.docerevista.com.brdoce revista Maio 201012

ESPíRITO SANTO INAUGURA A PRIMEIRA FáBRICA DE PROCESSAMENTO DE CACAU DE ORIGEM DO PAíS

Cacau compedigree

A partida da planta da Floresta do rio doce, em maio passado, colocou em marcha a primeira fábrica de proces-samento de cacau de origem do Brasil.

Localizada em Linhares, no norte do Espírito Santo, a unidade marca um novo momento da história da cacauicultura capixaba. “Além de agregar valor à produção local, a indús-tria completa a cadeia produtiva na região, uma vez que, com a produção do liquor, todas as etapas do processamento do chocolate a partir de agora serão feitas no estado”, ar-gumenta Paulo Gonçalves, diretor presidente da Floresta do Rio Doce Agroderivados S/A. Com investimentos próprios da ordem de R$ 8 milhões, a unidade é equipada com linha de processsamento da brasileira meller, indústria de máquinas também do Espírito Santo, ocupa uma área construída de 1.250 metros quadra-dos e exibe capacidade inicial de moagem de 2.500 toneladas anuais de amêndoas de ca-cau, dimensiona o empresário.

O primeiro lote de produção de liquor da empresa, de 36 toneladas, foi vendida para a Cacau Show, de São Paulo, hoje a maior rede de lojas de chocolate do país. A Floresta do Rio Doce anuncia que irá fornecer liquor de cacau para o conglomerado belga Belcolade/Puratos/Patisfrance. Os volumes de vendas ainda não estão fechados, mas uma parte da produção será exportada para a Europa, onde serão elaborados chocolates de origem de vá-rias regiões, informa o presidente mundial do grupo, Eddy Van Belle, presente na inaugu-ração da processadora de cacau em Linhares. “Visitei diferentes fábricas de chocolate no FLoreSTa do rio doCe CAPACIDADE PARA 2.500 TONELADAS DE AMêNDOAS.

acesse: www.docerevista.com.brdoce revista Maio 201014

mundo e estou surpreso com a variedade de tipos de cacau aqui desta região. A Floresta do Rio Doce faz parte de um programa fan-tástico do nosso grupo que visa atender à exigência do mercado consumidor, que é a de conhecer e saborear produtos de origem”, assinalou Van Belle.

De acordo com Gonçalves, toda a tecnologia da indústria foi desenvolvida no Espírito San-to. Com o início das operações foram gerados 36 empregos diretos e cerca de 1.200 indiretos. Segundo o empresário, já no próximo ano será implantada a segunda etapa da indústria, quan-do terá início a produção de manteiga e de pó de cacau.

diFereNCiaL CaPiXaBaA produção de cacau no Espírito Santo já

tem posição de destaque no cenário atual. É o terceiro estado em volume de produção do fruto no país, informa Gonçalves. “São 10.000 toneladas de amêndoas por safra, ficando atrás apenas da Bahia e do Pará”, posiciona ele. O diferencial capixaba é a qualidade, sus-tenta o executivo. A Bahia, relata ele, primei-

ro colocado no ranking de produção, sofreu a partir da década de 90 com a proliferação da vassoura de bruxa, doença que ataca os fru-tos, prejudicando a saúde do cacau e o volume de produção.

No Espírito Santo, entretanto, a praga demorou para chegar e, quando isso acon-teceu, encontrou os produtores bem pre-parados, já informados sobre os erros e acertos no combate à doença, com base na experiência da Bahia. Os problemas enfren-tados pelos produtores baianos influencia-ram a balança comercial brasileira. Atual-mente, o país possui capacidade instalada de 250.000 toneladas de cacau por ano e a produção é de 130.000, praticamente me-tade do potencial.

O município de Linhares, com 22 mil hectares de lavoura de cacau, é responsável hoje por 90% da produção no Espírito Santo, com 10.000 toneladas por ano. Mas o estado tem um potencial quatro vezes maior. Consi-derando fatores importantes para o cultivo, como área, clima e características do solo, os municípios de João Neiva, Aracruz, São Mateus, Rio Bananal e Colatina também po-dem garantir um lugar ao sol nesse tipo de cultivo, podendo alcançar até 40.000 hec-tares para fabricação, estima Gonçalves. “Só assim poderemos saltar para uma produção de 20.000 toneladas. Além de expandir a área plantada, temos condições de dobrar a produtividade”, destaca o presidente da Floresta do Rio Doce.

Para ele, a tecnologia para intensificar a produção por hectare já é de domínio lo-cal, garantindo no futuro uma ampliação para 40.000 toneladas ao ano. Gonçalves pesquisou cerca de 150 materiais genéticos de cacau e, após dez anos de trabalho, op-tou por seis tipos do fruto, que permitem a conjugação do binômio qualidade com pro-dutividade.

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O que é cacau de origemAs características de cada região, como clima e condições do solo, influenciam na qualidade

do cacau e, consequentemente, no bom resultado obtido na produção do liquor do fruto e no sabor final do chocolate. O local de origem do cacau é assim altamente valorizado no mercado devido às notas diferenciadas de sabor das quais resultam. O cacau de origem, além de con-siderar o local da produção da amêndoa – que vai gerar chocolates finos –, também leva em conta a forma como são realizados o cultivo e o beneficiamento. Além do local de produção, o manejo ecologicamente correto, com enfoque na qualidade do fruto, e a preocupação social no trato com os produtores e as técnicas rígidas de controle do beneficiamento são os requisitos que garantem o padrão de exigência do cacau de origem reconhecido internacionalmente.

PESqUISA IBOPE INDICA qUE CONSUMO DE AMENDOIM É MAIS FREqUENTE EM COMEMORAçõES, MAS METADE DOS ENTREVISTADOS ACRESCENTARIA O GRãO EM DIETAS NUTRICIONAIS

Voz do povo

Com a missão de trazer novos conheci-mentos sobre o consumo de amendoim no país, sua relação com fatores ligados à saúde e orientar as indústrias do setor,

a abicab (associação Brasileira da indústria de Chocolate, Cacau, amendoim, Balas e deri-vados) encomendou ao ibope uma pesquisa de opinião com representantes da classe médica, formadores de opinião e cidadãos acima de 16 anos. O resultado apontou formas de consumo

preferidas, locais, ocasiões, conhecimento dos valores nutricionais, componentes e benefícios do grão para a saúde. “Entre os dados gerados pelo levantamento, sobressai a percepção de que o consumo do amendoim está muito relacionado a situações de prazer, confraternização, sociabi-lidade, e que a maioria dos brasileiros o consi-dera benéfico, sendo a metade dos pesquisados favorável a uma dieta nutricional com base na semente”, assinala Renato Fechino, vice-presi-

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dente do setor de amendoim da Abicab. Ele observa ainda que o amendoim é

eleito entre outros alimentos do gênero pelo sabor: 63% dos entrevistados afirma consumi-lo por ser saboroso, 23% por achá-lo barato e 10% por considerá-lo saudável (ver quadro). quem mais cita o sabor como preferência são os consumidores do Sudeste (68%) e Sul (65%). Já a questão do preço baixo é mais citada pelos

moradores do Nordeste (37%) e menos pelo Sul (9%), repassa Fechino.

Outra constatação da pesquisa foi que as pessoas ainda se confundem com os conceitos de saturada e insaturada. O amendoim é rico em gorduras insatura-das, a chamada “gordura boa”, sendo que o total de óleo presente no grão, apenas 18%, é gordura satu-rada, enquanto 82% é insaturada, explica o dirigente da Abicab. Além da presença desse lipídio – que traz como principais benefícios sua função antioxidante e de proteção cardiovascular –, o estudo mostra ainda pouco conhecimento por parte dos entre-vistados sobre outros componentes benéficos da oleaginosa. “O amendoim é altamente energético, rico em proteínas, vitaminas B3 e E, ômega 3 e 6, potássio, fósforo, magnésio, ácido fólico, zinco, ferro, cobre, cálcio, selênio e fibras alimentares, podendo ser considerado um alimento completo e funcional, se consumido em porções adequadas”, orienta Fechino.

aLiado NaS dieTaSA lista de vantagens oferecidas pelo

amendoim é ainda maior, acrescenta o Fonte: IBOPE/ABICAB

vice-presidente. Por conter os bons nu-trientes citados acima, acrescentar o grão na alimentação diária pode ajudar a melhorar o metabolismo, a fertilidade, a saúde cardiovascular, a regeneração ner-vosa, aumentar o colesterol bom, regular o trânsito intestinal, prevenir câncer do colo do intestino, fortalecer o sistema imunológico, controlar a anemia, partici-par da reconstrução da medula óssea, re-duzir stress, radicais livres, entre outros ganhos para a saúde.

O alimento pode até ser um aliado em regi-mes de emagrecimento, pois ajuda a retardar a absorção de gorduras e açúcares, além de pro-mover a sensação de saciedade. Já para os dia-béticos, o amendoim é recomendado como auxi-liar nas dores dos membros inferiores.

Mas de acordo com o estudo do Ibope, o amendoim não costuma ser receitado pela classe médica. Devido ao seu teor energéti-co e o risco de contaminação por aflatoxinas, médicos e nutricionistas preferem indicar ou-tros alimentos aos pacientes. quanto à pre-ocupação com a substância tóxica, Fechino

esclarece que é muito importante o público se manter atento ao selo Pró-Amendoim nas mercadorias que compra. “O Selo de qualidade Certificada Pró-Amendoim já está presente em mais de 55% dos produtos comercializados e isso permite ao consumidor brasileiro optar por alimentos de alta confiabilidade, pois o processo de fabricação e a procedência são devidamente atestados”, assegura Fechino.

Fonte: IBOPE/ABICAB

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Pdv

FOOD SERVICE AUMENTA PARTICIPAçãO NO FATURAMENTO DA INDúSTRIA DE DOCES

a era do delivery

monstração do ainda vasto potencial do mercado interno. “Apesar das pressões por uma vida mais saudável, o setor cresce. Docerias e sorveterias, por exemplo, já representam 7% do mercado de franquias alimentícias, movimentando 700 mi-lhões anuais”, repassa Enzo Donna, diretor da consultoria eCd, especializada em food service.

Para os fabricantes de doces, embalagens apropriadas para clientes institucionais estão entre as exigências básicas para ingressar no segmento de alimentação fora do lar. Essa é uma das lições de casa que estão sendo feitas pela Triângulo, especialista em doces mineiros. Edi-son Campos, diretor de marketing da empresa, explica que o menu voltado ao mercado institu-cional já é formado por três itens: doce pastoso com leite, doce pastoso com leite sabor choco-

Noventa mil pizzas doces – ou 6% do total – são vendidas por dia no país do beiji-nho de coco, do brigadeiro e do olho de sogra. Além de evidenciar a preferência

nacional por sobremesas e doces, o exemplo saí-do do forno ajuda a dimensionar a importância do mercado de alimentação fora do lar, ou food ser-vice, para a indústria de doces e confeitos. Além de hotéis, bares e restaurantes, o filão abrange padarias, confeitarias e o crescente mercado de festas, onde boleiras, quituteiras e buffets fazem das comemorações uma lucrativa fonte de renda. Há ainda os serviços de delivery, franquias de fast food e cafeterias. Somados, os alimentos prontos e pré-elaborados do cardápio de food service já absorvem 25% de tudo que o brasileiro gasta com comida. Nos EUA, a cifra bate em 53%, numa de-

Leandro H.Silva

late e leite condensado. O leque de embalagens abrange baldes plásticos com capacidades de 10 e 5 quilos, além de latas de aço de 5 quilos. Para atender à demanda por praticidade e le-veza, a empresa está prestes a adotar o con-ceito de bags plásticos. “Assim como o varejo, o mercado institucional requisita embalagens mais práticas, que evitem desperdício e asse-gurem segurança e higiene no armazenamento”, observa Campos, informando que os bags terão capacidade para 5 quilos

VeLoCidade máXimaO dirigente da Triângulo faz coro com a tese de

que o mercado de food service está se desenvol-vendo com muita agilidade no Brasil. Nas planilhas da empresa, a demanda institucional cresceu 25% em 2009. Empresas que compravam poucos volu-mes em atacados ou distribuidoras, ele prossegue, passaram a negociar grandes quantidades de forma direta. “De olho nessas oportunidades, realizamos recentes investimentos industriais que aumenta-ram nossa capacidade em 50%”, insere Campos. Além das embalagens do tipo bag, a empresa vai acrescentar ao menu institucional polpa de abaca-

xi em calda doce em embalagens do tipo balde de 4,3 quilos. Ações diretas no trade de atacadistas e distribuidores também estão sendo planejadas para impulsionar as vendas institucionais. O en-foque será em degustação adaptada ao atacado. “Também participamos da Apas 2010. Apesar de ser um evento supermercadista, essa feira é cada vez mais freqüentada por clientes de food servi-ce.”, conclui o diretor de marketing da Triângulo.

quem também comemora a curva ascendente da demanda de doces para food service é a alispec. No último ano, o canal institucional da fabricante de doces, recheios e coberturas com base em São Paulo, que engloba as vendas de food service, cres-ceu 17%. Para Jorge Sunao Koto e Monica Cipriano, gerentes de vendas institucional e de marketing, respectivamente, essa evolução não deve parar por aí. Eles acreditam que a fatia das refeições fora do lar no orçamento de alimentação do brasileiro vai pular dos atuais 25% para 30% em 2012. “Antes as pessoas só almoçavam na rua. Hoje muitos fa-zem duas refeição fora do lar por dia”, nota Monica. Os reflexos desse movimento são visíveis no menu de produtos. Recentemente a empresa investiu em aquisição de maquinário para início da produção da

doNNa, da eCd FOOD SERVICE É 25% DOS GASTOS COM ALIMENTAçãO.

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Pdv

Chocolate no DNA

NeugeBauer, da HaraLd PREVISãO DE FATURAR R$ 440 MILHõES EM 2010.

Depois de investir R$ 50 milhões em equi-pamentos, a Harald firma sua posição de pên-dulo do segmento de chocolates industriais, fornecendo coberturas e compounds utilizados por confeitarias, doçarias e fabricantes artesa-nais, miolo de filé do setor de alimentação fora do lar (food service). Com fatia estimada em 65% do mercado, a empresa azeita sua atuação em lançamentos e modernos canais de vendas como estratégia para faturar R$ 440 milhões em 2010, projeta Ernesto Ary Neugebauer, herdeiro de tradição centenária na fabricação de chocolates seguida pela Harald.

Primeira fábrica de chocolates do Brasil, fundada em 1891 em Porto Alegre(RS) por três irmãos – Ernst, Franz e Max –, a Neuge-bauer permaneceu por quase 100 anos sob comando familiar. Em 1981, foi adquirida pelo extinto grupo Fenícia e, depois pela Parma-lat e Vonpar, atual controladora da marca. A maior parte dos herdeiros não se interes-sou mais pela fabricação de chocolates. Mas Ernesto Harald Neugebauer, neto dos pionei-ros, assumiu a tradição ao criar a Harald, em sociedade com os filhos Ernesto Ary e Werner. “Não sabíamos o que fazer no começo, mas o chocolate está no nosso sangue”, diz Ernesto Ary Neugebauer, hoje no comando da empresa.

Número um no segmento de chocolate industrial, a Harald produz mais de 70.000 toneladas de produtos por ano. Suas cober-turas são utilizadas em receitas de empresas como Bauducco, Kibon e mcdonald’s. Com um faturamento de R$ 350 milhões no ano passado, a marca registrou crescimento de 22% sobre 2008. Otimista, Ernesto Neugebauer espera que neste ano o valor alcance 25% a mais que o do último balanço. “Só no primeiro trimestre, atingimos 14,6% do faturamento estimado”, frisa o empresário. Segundo ele, várias ações estão sendo planejadas para

alcançar o consumidor, especialmente em datas comemorativas, como Dia das Mães, dos Namorados e em campanhas de inverno e Natal. A meta é atingir no mínimo 17 SKUs (Stock Keeping Unit) em média vendidos por cliente. Os novos canais serão distribuídos em supermercados com venda direta na fren-te de loja e distribuidores de food service para atender o mercado de restaurantes, pizzarias, hotelaria e cozinhas industriais. “Outra chave para o crescimento da marca é agregar valor aos produtos”, assinala Neugebauer, que também vem investindo em parcerias com produtores de cacau do Norte e Nordeste para criar uma identidade para os chocolates industriais produzidos pela Harald. “Trata-se de produtos gourmet, com selos de procedência da matéria-prima”, informa. Hoje a empresa vende diretamente para mais de 7.500 clientes ativos. Isso sig-nifica que pelo menos um produto Harald já alcança cerca de 80% das padarias do Brasil. “O mercado B2B, formado pelas indústrias de biscoitos, chocolates, sorvetes e pani-ficação entre outras, se mantém em forte crescimento e representa 25% dos negócios da empresa”, aponta Jacob Cremasco, dire-tor comercial.

Outra aposta de crescimento da empresa está no incremento de volume de vendas com a linha de chocolates Melken, que no último trimestre cresceu 23% sobre o ano anterior. São chocolates com pura manteiga de cacau nas versões Ao Leite, Branco, Meio Amargo, Dark e Blend, em embalagens de 400 gramas para os supermercados e um quilo e 2,3 qui-los para transformadores – além das versões em barras e gotas. Estão previstos ainda para este ano o lançamento de mais seis produtos que vão somar aproximadamente 100 novos itens ao portfólio atual.

linha Cobertura Fracionada em Pedaços. Lançados em embalagens do tipo stand-up pouch, os produtos são ideais para o mercado de festas. Ao todo, 12 itens foram introduzidos no ano passado, caso das linhas Ganache, Cocada Cremosa e Recheio/Cobertura de Chocolate. Entre as próximas novidades do menu, a Alispec está reformulando a linha Bri-lho-Lis, com apresentação prevista na próxima Fipan, a maior feira de padarias e confeitarias do país, programada para o período de 20 a 23 de julho próximo em São Paulo. “É um produto ideal para confeiteiros que não abrem mão da praticidade”, comenta Jorge Koto.

A preocupação com saúde e bem-estar também é traduzida no LiNHa iNSTiTuCioNaL da TriâNguLo CAPACIDADE PRODUTIVA 50% MAIOR.

menu da Alispec, como evidenciam as novas miniporções e produtos diet/li-ght. Misturas prontas e sobremesas de baixo desembolso, principalmente para restaurantes e cozinhas industriais, tam-bém estão na alça de mira da empresa. No lado do trade, degustação e patrocí-nio a cursos de culinária são as ações que a empresa quer executar de imediato e modo constante. “Apesar de preocupa-dos com a saúde, os brasileiros gostam muito de açúcar e ainda não abrem mão de doces”, arremata Mônica Cipriano.

oNda do deLiVerYNo caso de sucos e refrescos em pó,

a saudabilidade vem favorecendo as vendas institucionais, diz Pedro Preco-ma, gerente de food service da Bras-suco. O portfólio doceiro voltado ao mercado institucional, principalmente cozinhas e restaurantes industriais, é

formado ainda por pós para preparo de pudim, gelatina e achocolatados. O dirigente acrescenta que, além dos constantes lançamentos de produtos, de modo mais pontual foram feitos in-vestimentos recentes em equipamen-tos, área de armazenagem e quadro de funcionários. Entre os novos equi-pamentos, destaque para máquinas do tipo post mix destinadas a lojas de conveniência, cafeterias e demais ca-nais do pequeno varejo. Projetada para preparar e servir bebidas, a nova tec-nologia da Brassuco dispõe de bloque-ador de saída, painel frontal iluminado e display de temperatura digital. Es-truturalmente, oferece três opções de sabor simultâneas e pode ser adquirida nas versões torre, em que a máquina fica apoiada no chão, e classic, para apoio em balcão. Além das post mix, a empresa oferece novas refresqueiras para o canal institucional de sucos e refrescos. Com capacidade de 50, 100 e 200 litros, elas são produzidas em aço inox, possuem cubas duplas para sabores independentes, além de me-lhorias de layout e desempenho de refrigeração.

Para vendas diretas a cozinhas in-dustriais, a empresa mantém equipe treinada para interagir com nutricio-nistas. A estratégia está dando certo. No ano passado o crescimento das ven-das de food service foi de 9,5%, com expectativa de ultrapassar a barreira de 30% em 2010. Entre os planos para o segundo semestre, o gerente de food service da Brassuco destaca lançamen-tos na linha de sobremesas e produtos com menor gramatura e mesmo rendi-mento. É o caso da nova embalagem de 150 gramas da linha de refresco em pó diet. Antes, o pacote era de 10 gramas e fazia 1 litro. Com a nova apresentação são entregues 15 litros de suco diet ao cliente institucional. “Comer fora hoje não é uma questão de opção. Nos dias úteis, a maioria das pessoas come fora por necessidade. Mesmo nos fins de semana, quando a família se reúne para fazer as refeições em casa, muitas recorrem ao delivery. Isso garantirá crescimento contínuo do mercado de food service”, analisa Pedro Precoma.

KoTo, da aLiSPeC CANAL INSTITUCIONAL 17% MAIOR EM 2009.

PreComa, da BraSSuCo FOCO EM MáqUINAS POST MIx.

OTIMISMO COM RETOMADA DE INVESTIMENTOS MARCA A LARGADA DA FISPAL TECNOLOGIA

Contatos religados

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gens, Processos e Logística para as indústrias de alimentos e Bebidas – a Fispal Tecnolo-gia 2010 –, no período de 8 a 11 de junho, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo que, nesta edição, calibra o foco na ampliação de produ-tos e serviços. Com programa voltado a micro e pequenas empresas, o evento busca diversificar as opções do comprador, que também poderá conferir as novidades dos grandes fornecedores. Assim, a Fispal Tecnologia condensa mais uma vez a geração de ponta do know-how em proces-samento e embalagens para o setor alimentício, promovendo um dos maiores e mais importantes encontros de negócios e atualização profissional da América Latina. Em paralelo, a feira integra pelo segundo ano consecutivo a Semana Inter-nacional da Alimentação. “As perspectivas para

Com alta de 19,9% em seu faturamen-to nominal, a indústria de máquinas e equipamentos fechou o primeiro trimes-tre de 2010 tingindo de azul o balanço

que reabilita o setor das turbulências sentidas no ano passado, reflexo do incêndio financeiro global de 2008 do qual, por sinal, o Brasil saiu pouco chamuscado. Dados do Departamento de Economia e Estatística (DEEE) da abimaq – as-sociação Brasileira da indústria de máquinas e equipamentos confirmam que as vendas de bens de capital mecânicos voltaram a mostrar desempenho positivo em relação ao primeiro tri-mestre de 2009, alcançando R$ 16,78 bilhões. Se descontada a inflação do período, o aumento bate em 20,2%. Esse é o pano de fundo que mo-vimenta a 26ª Feira internacional de embala-

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essa edição são excelentes. Com o mercado in-terno receptivo, a indústria está retomando pro-jetos e investimentos em maquinário e embala-gens, conforme comprovam nossos expositores durante a feira”, entusiasma-se Marco Antonio Mastrandonakis, presidente e chairman da Brazil Trade Shows (BTS), promotora do evento.

No ano passado, repassa o dirigente, a Fispal Tecnologia registrou público de mais de 61.000 pessoas em busca das novidades apresentadas por 2.100 expositores, oriundos de 15 países, que ocuparam um espaço de 70.000 metros qua-drados. Para 2010, os números devem ser ainda mais expressivos, com o pacote especialmente costurado para efetivar a participação de micro e pequenas empresas (MPEs).

Entre as atrações e novidades, Mastrandonakis sublinha a ampliação do viés internacional da Fis-pal com a realização da Interpack Brazil. Fruto de parceria da BTS com a messe duesseldorf, pro-motora da feira interpack, o espaço reunirá ex-positores da Europa, com foco na Alemanha, onde esse evento que é a maior vitrine de máquinas de processamento e embalagens do globo acontece há mais de 50 anos. “Também vamos oferecer be-nefícios para possibilitar a participação das MPEs na mostra principal, objetivando ampliar e diver-sificar o mix de produtos e serviços apresentados na Fispal, além de contribuir para o crescimento dos negócios”, complementa o presidente da BTS. Flávio Ferreira, diretor da Feul Pack, fabricante de empacotadoras e codificadoras do escalão inter-mediário da indústria nacional de máquinas, frisa que o incentivo à participação das MPEs é crucial para o desenvolvimento do setor. “Os grandes fa-

bricantes de máquinas são indicadores das ten-dências e novidades tecnológicas. As empresas de menor porte são replicadoras dessas tendências, viabilizando o acesso das indústrias de alimentos de menor porte às tecnologias globais”, analisa o industrial. Foi através de contatos iniciados na Fispal há uma década que a Feul Pack projetou sua atuação na ala de empacotadoras compac-tas flowpack, tecnologia que, por sinal, ajudou a disseminar entre as fabricantes de mesmo porte nacionais. Além disso, acrescenta Ferreira, para empresas como a Feul Pack, a Fispal opera verda-deira queima de etapas no rito das negociações de compra e venda, que despenderiam demasiado tempo e gastos em condições normais. “Assim não precisamos enviar representantes para todo o país e até para fora, pois a clientela nos encontra na feira”, resume o empresário.

Numa parceria com o instituto de Laticí-nios Cândido Tostes/ePamig, a Fispal banca o Projeto Via Láctea Miniusina que consiste em oferecer aos visitantes da feira a oportunidade de conhecer em escala reduzida um modelo de usina em funcionamento. Além da demonstração dos processos de produção de leite e derivados, o público terá a oportunidade de conferir in loco a apresentação das inovações tecnológicas re-lacionadas ao setor lácteo.

Outro ponto alto da Fispal Tecnologia 2010 é a realização do 1.º Flex-Fórum Latino-Americano de Embalagens Plásticas Flexíveis. Sob o tema “A embalagem que vende: Uma nova perspectiva para os negócios do setor no Brasil e no mun-do”, o fórum vai reunir no dia 10, das 8h30 às 16h30, empresários e executivos para discutir oportunidades e estratégias para o mercado.

BaLaNça deFiCiTáriaApesar do expressivo crescimento registrado

durante o trimestre, no levantamento da média anual (de janeiro a março) o faturamento da in-dústria de máquinas e equipamentos foi apenas 3,4% maior do que resultado médio apurado em mesmo período de 2009, e 16,9% inferior à média de 2008, capta o DEEE da Abimaq. “Os números apontam para um crescimento gradativo do setor, que já chegou a mostrar, no mês anterior, uma pos-sível retomada. A maioria dos indicadores obteve um superávit que é maior em comparação aos nú-meros de um ano atrás, porém ainda não atingi-ram, em sua maioria, os níveis pré-crise”, analisa Luiz Aubert Neto, presidente da entidade.

Segundo a ala de comércio exterior da as-sociação, no mês de março houve aumento de 5% no déficit da balança comercial de máquinas e equipamentos e, com isso, o acúmulo anual

maSTraNdoNaKiS, da BTS MERCADO INTERNO RECEPTIVO E RETOMADA DE INVESTIMENTOS.

ProCeSSameNTo SETOR EM EVIDêNCIA COM A PRESENçA DE GRIFES DE MáqUINAS PARA O SETOR DE CONFEITOS.

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das perdas foi de US$ 3,1 bilhões, 11,6% supe-rior ao déficit registrado no mesmo intervalo de 2009. “A principal preocupação dos fabricantes do segmento de máquinas e equipamentos con-centra-se na apreciação do real, o que impacta fortemente os preços das máquinas e contribui para perda de competitividade do produto na-cional”, argumenta Aubert.

As exportações no setor da indústria de bens de capital mecânico, por sua vez, obtive-ram redução no volume de vendas ao mercado internacional. Em 2008, o setor exportava em média US$ 947 milhões mensais e, em 2009, esse número caiu 33%, para US$ 637 milhões mensais. No cenário atual, a média mensal é da ordem de US$ 628 milhões, sendo que, no mês de março, as exportações registraram uma forte alta, passando de US$ 567 milhões para US$ 850 milhões. “Esses números, no entanto, são insuficientes para elevação da média mensal aos níveis de 2009, que já estavam bastante retraídos em função da crise global deflagrada no segundo semestre do ano anterior”, con-fronta Aubert.

Thomas Koblinsky Jr., diretor da Komatec, representação de máquinas para a indústria de confeitos (confectionery), pondera que, ape-sar das notícias “otimistas” sobre o Brasil nos últimos meses, pelo menos em seu reduto de atuação o que se observa é uma redução nos investimentos em equipamentos importados no primeiro semestre de 2010. “Finalizamos alguns projetos importantes na área de chocolates e produtos semiacabados (coberturas, recheios, caramelos, fondants), que já estavam encami-nhados, mas os investimentos ficaram abaixo do

esperado. Temos diversos projetos importantes em andamento, mas que ainda dependem da ba-tida de martelo”, relata o dirigente.

No setor de candies (balas e chicles), ana-lisa ele, a estagnação maior decorre da valo-rização do real, uma vez que as exportações foram significativamente afetadas com a alte-ração do câmbio. “Nessa ala, os investimentos estão muito reduzidos, com movimentos ape-nas pontuais e casos excepcionais”, sinaliza. Uma alavanca importante para os fabricantes nacionais de equipamentos tem sido o Finame PSI (Programa de Sustentação do Investimen-to), porém os processos de aprovação têm sido extremamente lentos e burocráticos, acabando por atrasar muitos projetos em andamento, co-menta Koblinsky Jr.

Ele lembra que o início de 2009 foi bastante difícil devido à crise de crédito nos EUA e no mundo. Mas o período seguinte mostrou-se ex-celente e com resultados similares aos de 2008, ano positivo para os investimentos do setor. “Acreditamos que essa etapa final do ano seja também mais animadora, talvez um pouco abai-xo dos níveis de 2008 e 2009, devido à questão cambial, à insegurança gerada pelas eleições presidenciais e por conta da atual crise na eco-nomia europeia, que pode influenciar as deci-sões dos grandes grupos multinacionais do setor de confectionery presentes no Brasil”, acentua o agente da Komatec.

roLo ComPreSSorExceção à cautela nos investimentos em

expansão das fábricas, com produção e vendas bombando pelo quinto ano consecutivo, o setor de chocolates passa como um rolo compressor sobre as estatísticas de compra de máquinas. Entre os fatores que contribuíram para esse ce-nário de solidez, pesam as mudanças nos há-bitos de compra, com novos conceitos como o de saudabilidade em destaque na agenda do consumidor. “Sem dúvida nenhuma, é o setor de maior atividade, incluindo produto final e inter-mediários (coberturas, misturas, recheios etc.), que tem somado os maiores investimentos em expansões de capacidade e atualização tecno-lógica, além da diversificação na oferta do mix e lançamentos”, resume Koblinsky Jr. Para ele, o volume de recursos nos desenvolvimentos de produtos segue avançando e o que se observa na cena atual é o disparo de lançamentos com frequência cada vez maior. “Veja o exemplo do segmento de chocolates aerados: durante anos, apenas o Suflair (marca da Nestlé) dominava o segmento. Atualmente temos produtos da arcor,

Ferreira, da FeuL PaCK PARTICIPAçãO DE MPES É CRUCIAL.

LiNHaS de emBaLagem PONTO ALTO NO DESFILE TECNOLóGICO.

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Empresas do setor do Brasil e do mundo estarão reunidas em seis feiras que, juntas, compõem a Semana Internacional da Alimentação. São Paulo sedia o encontro nos pavilhões do Anhembi e Expo Center Norte até 12 de junho. Para abrir a semana, no dia 7, a Brazil Trade Shows, promotora dos eventos, inaugura a 26.ª Fispal Food Service. A única mostra da América Latina dedicada a produtos e soluções para toda a cadeia do setor de alimentação fora do lar (food service) acontece no Expo Center Norte e contará com atra-ções como a IV Copa Brasileira de Pizzarias, aulas e palestras do Gourmet Show Boa Lembrança, o 2.º Siab – ambiente em que empresas italianas do setor de panificação apresen-tam novidades – e o Espaço Orgânico, com exposição de produtos in natura, matérias-primas, insumos, equipamentos e serviços para o setor de orgânicos.

Junto à realização da mostra de food service, a BTS promove a TecnoSorvetes e o espaço Café Brasil. A Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Sorveteria Profissional é direcionada às necessidades dessa indústria,

Mostra seis em umcom foco na compra e venda de equipamentos e insumos. São mais de 8.000 metros quadrados de exposição, reunin-do empresas dos segmentos de equipamentos, embalagens, refrigeração, armazenagem e logística. Já o Espaço Café Brasil tem por objetivo promover o mercado de cafés de qualidade e toda a cadeia produtiva, desde o produtor até o consumidor final, passando pelo torrefador e o barista. Na presente edição, estão programados cursos técnicos, palestras e rodadas de negócios, além da terceira edição da Copa Barista, competição voltada para os profissionais de café. Encerrando a Semana da Alimentação, de 9 a 12 de junho no Expo Center Norte, a BTS e a associação Brasilei-ra de Franchising (aBF) realizam a aBF Franchising expo 2010. Maior feira de franquias da América Latina, o evento oferece oportunidades de investimento em franquia para praticamente todos os segmentos da economia nacional. Também no Expo Center Norte, no mesmo período, acontece a Brasilshop – Feira internacional de Tecnologia, Supri-mentos e imobiliário para Lojistas e Shopping Centers.

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Hershey’s e da Kraft Foods, multiplicando as opções ao consumidor, e mais novidades já estão na incubadora devendo ser lançados nos próxi-mos meses”, observa o diretor da Komatec.

Com o aumento da renda da população, pon-dera ele, os chocolates – ou itens que contém o produto ou seu substituto como ingrediente – pas-saram a ser incorporados com maior frequência no consumo dos brasileiros. Confeitos como o Bis, da Lacta, ou os tabletes da marca já fazem parte das compras rotineiras desses consumidores, deixando de ser artigos supérfluos. “Esse movimento ajuda a impulsionar os volumes de venda, gerando investi-mentos significativos em aumentos de capacidade e em inovações”, conclui Koblinsky Jr.

Com o mostruário recheado de grifes como Haas, Haas mondomix, Bosch e Netzsch, to-das presentes na Fispal Tecnologia 2010, a Komatec exibe em seu balanço diversos pro-jetos realizados em fábricas nas áreas de ba-las de goma e gelatina, marshmallows, cho-colates e produtos aerados, além de diversos projetos de automação de embalagem (em chocolates e biscoitos). “Devido aos contra-tos de confidencialidade, não podemos citar nomes de produtos ou clientes”, tranca-se o agente comercial. Ele situa que os sistemas de embalagem automáticos de alta velocida-de do tipo flowpack para tabletes e candy bars têm sobressaído na lista de pedidos. “A

demanda também segue firme em sistemas de embalagem automáticos de embalagens tradi-cionais (envelope, alumínio e dupla torção), sistemas de aeração e dosagem de chocolates e/ou recheios aerados, linhas de moldagem de tabletes e bombons recheados e linhas de mistura e refino com moinhos de esferas para coberturas (compounds) e recheios”, enume-ra Koblinsky Jr.

Apesar de concordar com a importância da Fispal para a indústria de alimentos do Brasil, ele salienta que, com o intervalo de apenas um ano, é praticamente impossível para o setor de equipa-mentos promover renovação tecnológica significa-tiva. “Não podemos esquecer que em 2011 teremos a feira Interpack, onde as principais inovações do setor de confectionary serão lançadas, de certa forma reduzindo as expectativas de novidades na Fispal”, assinala. Para Koblinsky Jr., a mostra do Anhembi tende ao menos nesta edição a deixar de ser uma vitrine de inovação tecnológica para se tornar uma central de relações públicas para o fornecedor e a clientela. “De qualquer forma, a ex-pectativa é a de um grande número de visitantes, como já é a tradição da feira. Talvez não represen-te um grande número de negócios, mas no setor de confectionery, cada vez menos negócios são fe-chados em feiras, pois tratam-se de projetos muito específicos, que exigem longo tempo de maturação e avaliação técnica e financeira”, conclui.

KoBLiNSKY Jr., da KomaTeC OTIMISMO NãO DERRUBA RETRAçãO.

OS LANçAMENTOS E DESTAqUES DOS PRINCIPAIS FORNECEDORES DE LINHAS DE PRODUçãO PARA O SETOR DE CONFECTIONERY AGITAM A FISPAL TECNOLOGIA 2010

Passarela de máquinas

BigSur

Representando no Brasil a holandesa Vormenfabriek, a Bi-gsur participa da 26ª edição da Fispal Tecnologia apresentando a linha de formas de policarbonato para produtores de chocolates da fabricante europeia. Mario Sta-rosta, responsável pela represen-tação comercial, insere entre as novidades deste ano as formas termoformadas dotadas de ímãs de alta potência de fechamento. A tecnologia, ele diz, evita va-zamento de chocolate durante o processo. “Nossa linha de formas termoformadas pode ser usada em máquinas automáticas ou semiautomaticas”, com-plementa Starosta. As formas, prossegue, podem ser injeta-das (para fabricar tabletes e bombons) ou termoformadas, neste caso destinando-se a chocolates ocos, como ovos de Páscoa e figuras de animais e objetos. Outro destaque do es-tande da Bigsur é uma espécie de motoneta elétrica batizada de NeW JaVoY 700W. Desprovida de selim, ela só carrega uma pessoa, e foi projetada para que seu condutor a opere em pé. “Silencioso e não poluente, o Javoy é um locomóvel ideal para uso em fábricas, depósitos e laboratórios”, finaliza Starosta.

BoSCHEntre as novidades preparadas para a Fispal pela divisão

Packaging Technology da Bosh, João Chabes, gerente comer-cial da empresa, sublinha a embaladora horizontal 203HS. Do tipo flowpack, o modelo integra a linha de máquinas de embalagem oferecida à indústria de confectionery, da qual fazem parte ainda a embaladora Pack 201, interligada a um robô batizado de Presto. Chabes cita ainda o lançamento na-cional da seladora semiautomática B-550 e a apresentação da embaladora vertical SVI 2620, de movimento intermitente. Este modelo, informa o gerente, é capaz de produzir vários tipos de pacotes, tais como almofada, sanfonado, fundo cha-

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to, quatro soldas, além de estar apta à aplica-ção de sistema de fe-chamento do tipo zíper. “É uma de nossas má-quinas mais versáteis, tendo sido projetada para trabalhar com ba-las e confeitos, além de diversos tipos de filmes de embalagem, pois ofe-rece as opções de solda

termossoldável e termosselável, com temperatu-ras ajustáveis, de acordo com as especificações de produto”, cita João Chabes, ressaltando que a participação na Fispal 2010 marca os 40 anos de atuação no Brasil da divisão de tecnologia de embalagem da Bosch.

De modo geral, as linhas de máquinas de em-balagem que serão apresentadas pela Bosh pro-curam aliar preço competitivo e facilidade para agregação de acessórios. Outro ponto alto é a versatilidade. Exemplo: em alguns modelos, é possível produzir pacotes estilo doy pack apenas girando a mesa de solda 90 graus. “A série SVI também possui como conceito a baixa altura, que propicia menor distância de queda do pro-duto, fator relevante e ideal para artigos frágeis, como alguns tipos de confeitos. Essa caracterís-tica facilita ainda a montagem da máquina em espaços reduzidos, mesmo em combinação com acessórios”, finaliza João Chabes.

CaoTeCHEspecializada em equipamentos para pro-

cessamento de cacau, chocolate e compounds, como são chamadas as barras e coberturas que utilizam outros tipos de gordura além de mantei-

ga de cacau, a holandesa Caote-ch participa da Fispal divulgando seus desenvolvimentos do biênio 2008/2009. Entre eles, Jan Ham-mink, presidente da empresa, e Olaf Schepel, diretor de vendas, destacam linhas destinadas à pro-dução de confeitos de chocolates com formas diferenciadas, desde pequenas esferas (ball mills) a conchas (conches). Para aplica-ções do tipo ball mill, a empresa oferece os modelos CAO B5 e CAO B2000-CHOC. Já a tecnologia CAO 3000 funcionaria como um componente de outras máquinas, podendo operar de modo contínuo em projetos comple-tos para linhas de cacau e chocolate. Outra tecnologia que será apresentada é a CWC 2000 (Continuous Wet Conche), ou unidade contínua para sistemas úmidos de conchagem. “A unidade CWC 2000 pode ser colocada atrás de conchas tradicionais para processo de conchagem e ho-mogenização final, podendo ainda ser usada na obtenção de ball mills à base de chocolates de alta qualidade”, finaliza Olaf Schepel.

FeuL PaCKA Feul Pack levará para a Fispal 2010 sua

tradicional linha FP de máquinas flowpack com várias aplicações possíveis nas indústrias de balas, snacks, chocolates, biscoitos e con-feitos. O modelo FP200, conta Flavio Ferreira, diretor da empresa, é mais robusto, emba-lando até 240 unidades por minuto. A FP-50, por sua vez, opera na velocidade de até 80 unidades por minuto. Outra carta na manga da Feul Pack é o modelo FPN-90 de máquina

doce revista Maio 2010 33acesse: www.docerevista.com.br

de embalar que opera no sistema portfólio. A tecnologia é própria para embalar paçocas, operando nos formatos retangular e quadrado do tradicional doce à base de amendoim. “A expectativa em relação a esse equipamento é muito grande”, grifa Ferreira. A Feul Pack, já conta com seis unidades da FPN-90 em plena operação na amendupã, empresa do interior de São Paulo. Os equipamentos operam conju-gados à prensa de massa de paçoca FPP200. O conjunto tem capacidade de até 85 unidades por minuto.

LYNKiN’TradiNgRepresentando a acma, tradicional fa-

bricante de linhas para produção de sna-cks, com presença em clientes como elma Chips e Fritex, a Lynkin’Trading foca sua participação na Fispal em soluções comple-tas (turn key) e também em máquinas do tipo stand alone para as indústria de cho-locolates e wafer. Marco Santos, diretor da Lynkin’Trading, explica que os profissionais da indústria de confeitos que visitarem o estande da empresa poderão checar as no-vidades das envolvedoras de alta veloci-dade e máquinas flowpack Acma, dos sis-temas de alimentação e envolvedoras mC automation, além das moldadoras, pulmões e equipamentos para embalagem secundá-ria da marca Tecnosweet. Outro ponto que

será destacado é o recente acordo de re-presentação no Chile firmado entre a Acma e a Lynkin’Trading. “Com isso estará mais próximo do mercado latino-americano, en-fatizando seu compromisso com os clientes brasileiros, para os quais já oferecia toda sua gama de máquinas e desenvolvimentos para produção de snacks fritos ou assados”, fecha Marco Santos.

marKem-imaJeNa área de sistemas de identificação

e rastreamento, a francesa markem-imaje leva à Fispal uma completa linha de codificadoras para os mais diversos tipos de embalagens de chocolates, snacks, biscoitos e candies. O menu de equipamentos cobre as tecnologias ink jet, de termotransferência e laser, além dos sistemas de etiquetas conhecidos como print and apply (imprima e apli-que). Entre as novidades tecnológicas está o padrão de mensagem que inclui em primeira mão o código 2D Data-matrix. Para mostrar a flexibilidade e fácil integração dessas tecnologias, a Markem-Imaje irá apresentar a mais nova versão do seu software de geren-ciamento conhecido como COLOS Enter-prise. A ferramenta tem a capacidade de controlar, verificar o status dos equipa-mentos e enviar mensagens, datas ou outras informações a serem codificadas em tempo real. “A operação de equipa-mentos numa feira de curto período de montagem comprova a eficiência, fle-xibilidade e confiabilidade das nossas tecnologias”, assinala Francisco Rincon, diretor de operações da Markem-Ima-je Brasil. Entre as novidades do menu voltado à ala de alimentos, o dirigente destaca o modelo 5800, para codificação de caixas de papelão e filmes de embalagem. O equipamento imprime em alta resolução textos de grandes ca-racteres, logotipos e códigos de barras. Segundo a empresa, tudo é feito de forma limpa, com secagem rápida e sem desbotar, proporcionando impressões com 100% de legibilidade, confor-me normas GS1. A codificadora 5800, prossegue Rincon, possui interface de operação simples e intuitiva, com ícones para fácil acesso aos me-nus em seu display touch screen. Em termos de operacionalização, a tecnologia permitiria rápi-do startup, resultando em economia de energia. “Trata-se de uma opção inovadora, com tecno-logia Hot Melt Touch Dry que dispensa aditivos

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acesse: www.docerevista.com.brdoce revista Maio 201034

e solventes, tornando-se assim uma alternativa limpa e sustentável”, finaliza Rincon

NeTzSCH

Operando na catarinense Pomerode, conhe-cida como a mais alemã das cidades brasileiras, a Netzsch aproveita a Fispal Tecnologia para di-vulgar sua linha de equipamentos de moagem seca e úmida de alimentos e ainda para come-morar 35 anos de atuação no mercado nacional. Em termos de tecnologias produtivas, Giuliano Albiero, gerente de vendas e aplicações, conta que o foco do estande na Fispal será em moi-nhos universais e moinhos de esferas da linha LME. “A principal aplicação destes equipamen-tos é a moagem fina de produtos como açúcar, cacau, arroz, proteína de soja e café solúvel”, sintetiza Albiero. A Netzsch também pretende abordar o fornecimento de sistemas completos para a preparação de massas de chocolate, re-cheios e compounds. Entre os lançamentos, destaque para misturadores em linha e moinhos coloidais usados na área de misturas de cremes, maionese, mostardas, molhos e pimentas.

raumaK

Com sede em Jaraguá do Sul (SC), a raumak mostra na feira seu portfólio de equipamentos e soluções para acondicionamento e movimenta-

ção de produtos. De controle familiar (segunda geração) e posicionada dentro e fora do país, a empresa destacará a obtenção da Certificação ISO-9001, além de parcerias para transferência de tecnologia. A principal delas diz respeito à fabricante europeia dynamik. Graças ao acordo, a Raumak traz com exclusividade para o mercado latino-americano uma nova paletizadora auto-mática. O equipamento trabalha à velocidade de até 15 ciclos por minuto, com movimentação de quatro eixos simultaneamente,além de busca automática de palete novo. raulino Kreis Ju-nior, diretor presidente da Raumak, afirma que o equipamento realiza trabalho similar ao de um robô, com a vantagem de custo de aquisição menor (60% do valor de um robô). “A parceria com a Dynamik foi possível graças ao primei-ro contato feito na Fispal Tecnologia de 2008”, lembra o dirigente. A Raumak, ele prossegue, incorpora o modelo de empresa que, com base em know-how e diferenciação nas linhas, forne-ce sistemas de empacotamento e enfardamento competitivos a ponto de disputar espaço com as grifes de máquinas nacionais e internacionais em atividade no país. Mes-mo em tempos de crise para o setor de equipamentos fabris, a Raumak promoveu no ano passado mais uma ampliação em seu parque industrial. Entre as novas instalações, destaque para o aumento da área de en-genharia e do auditório de treinamento, além da implantação de um remanejamento no layout interno da fábrica, que conta com área constru-ída de 8.000 metros quadrados.

r.Camargo

Braço do grupo r.Camargo dedicado ao mer-cado de máquinas, a r.Camargo Packing atua diretamente no segmento de candies com com-pra e venda de equipamentos. Na Fispal deste

doce revista Maio 2010 35acesse: www.docerevista.com.br

ano a empresa expõe especialmente embala-doras de bombons, dosadoras para chocolates, pingadeiras e incorporadoras de frutas. “Nosso trabalho não se resume à venda de máquinas usadas”, ressalta Antenor Camargo, diretor da empresa. “Com a experiência adquirida no setor, propomos aos clientes soluções para implantar novos projeto e implementar processos pro-dutivos já existentes”, considera ele. Há mais de 10 anos no segmento de alimentos, doces e confeitos, a R. Camargo Packing leva ainda para a feira um lote de máquinas embaladoras seminovas para o setor alimenício. O Grupo R. Camargo possui 50 anos de experiência no ramo de comércio e indústria de máquinas e equipa-mentos para o setor alimentício. É formado pela R. Camargo Packing, fabricante de embaladoras, r. Camargo máquinas para Sorvetes e da Ca-margo máquinas.

reimeLT

Empresa do grupo zeppelin, a reimelt leva aos visitantes da Fispal um sistema compacto para armazenagem, dosagem e pesagem de micro ingredientes de forma automática. marcos Leal, supervisor de vendas, explica que, com esta tec-nologia, os silos individuais de matérias-primas podem ser abastecidos manualmente ou através de um sistema de sucção a partir de big bags. “Sob as moegas, dosadores alimentam uma ba-lança móvel”, complementa o supervisor. O equipamento, prossegue Leal, é completo, apre-sentando sistemas de exaustão e filtragem inte-grado com acessórios de controle. “Trata-se de uma solução altamente indicada para empresas que desejam automatizar e garantir precisão na

dosagem desses ingredientes”, frisa Leal. Outros destaques da Reimelt: o misturador a container Henschel CM, projetado para garantir resultados de mistura em curto ciclo de tempo e com bai-xo consumo de energia; o carrossel de pesagem de microingredientes off-line Tracemat; e linhas de silos, válvulas rotativas e de desvio, além de peneiras rotativas e soluções para manuseio de produtos granulados e líquidos.

SCmPedidos fechados na Fispal e

negócios oriundos de contatos no evento praticamente tomam a capa-cidade da fabricante de máquinas e balanças SCm, que mobiliza todo o seu parque para atender uma deman-da que só faz crescer desde a estreia da indústria paulistana no evento há oito anos. Dessa forma, ela segue mais do que motivada para mais uma participação na feira, reservando para esta edição sua linha de produção composta por quatro tipos de balan-ças multicabeçotes, balança de oito cabeçotes compacta (para produções menores e preço convidativo), além de máquinas verticais pneumáticas e servomo-torizadas para pacotes de até 350mm largura. “Com a ampliação das instalações, poderemos atender um número maior de clientes que nos procuram”, diz zacarias Centenaro, da equipe técnico-comercial da empresa. A SCM, prossegue o dirigente, promoveu recentemente mais uma ampliação em seu parque, dada a necessidade de mais espaço para atender pedidos de novas li-nhas. Entre as novas instalações, destaque para a implantação de um remanejamento no layout interno da fábrica.

Sig ComBiBLoC

Para atender à demanda por bebidas com valor agregado e perceptível, a Sig Combi-

caPa

acesse: www.docerevista.com.brdoce revista Maio 201036

bloc expõe para fabricantes de sucos, lácteos e refrescos em geral a tecnologia drinksplus. Luciana Galvão, gerente de marketing Amé-rica do Sul da empresa, conta que o sistema possibilita o envase de pedaços verdadeiros de frutas, vegetais e cereais em grãos em bebidas acondicionadas em embalagens car-tonadas assépticas. “O conceito drinksplus abre um extenso leque de oportunidades em diversas categorias de produtos, já que pos-sibilita o envase de produtos com até 10% de partículas, utilizando o sistema padrão da Sig para produtos lácteos e bebidas não carbonatadas”, comenta. Os pedaços de ali-mento, ela diz, podem ter até 6 milímetros de comprimento e diâmetro. Outra alegada vantagem é o canudo com diâmetro compatí-vel com o tamanho das partículas, permitin-do o consumo da bebida de forma bastante conveniente e em movimento (on the go). “Mas o grande trunfo da nova tecnologia está no envase conjunto dos componentes líqui-do e sólido, usando a tecnologia padrão para produtos lácteos e bebidas não carbonata-das, sem afetar a esterilidade do produto e a produtividade da linha”, cita Luciana. Outra etapa importante da tecnologia drinksplus, ela acrescenta, é a esterilização da bebida.

Por isso, a Sig Combibloc trabalhou neste projeto em parceria com a gea TdS, empre-sa de tecnologia de processos. A cooperação resultou no desenvolvimento de diferentes opções técnicas que podem ser customizadas para atender às necessidades específicas das linhas existentes e dos conceitos de produ-to desenvolvidos. O objetivo é minimizar a necessidade de investimentos e maximizar a capacidade de produção.

SoNoCo For-PLaSDescomplicar a abertura e o fechamento de

pacotes de biscoitos ou mesmo de snacks. A despeito dos desafios de design, desenvolvi-mento tecnológico e produção implícitos, esse é um dos objetivos declarados da provedora de tampas e membranas de fácil abertura So-noco For-Plas na indústria de confectionery. “A reformulação do sistema de fechamento de uma embalagem nunca é uma tarefa simples, envolvendo sempre os aspectos subjetivos do produto, como a preferência por determinadas cores, formas, tamanhos e, principalmente, a conveniência para utilizá-los no dia a dia”, expõe Luiz Geraldo Biagioni, diretor geral da Sonoco For-Plas.

Na Fispal Tecnologia, a empresa pretende

demonstrar diferenciais tecnológicos e novi-dades desenvolvidas para aumentar a conve-niência do consumidor. “Por meio de clientes como Nestlé, unilever, mead Jonhson, re-ckitt, Cacique, Nissin e iguaçu, a Sonoco For-Plas apresentará soluções inovadoras e personalizadas”, comenta Biagioni. Entre es-sas soluções, o executivo destaca a membrana Safe Top para aplicação como fechamento de embalagens cilíndricas multifoliadas. Composta por papel, polietileno e alumínio, a membra-na é adaptável a diferentes tipos de envase, mantendo as características de produtos não processados.“Apostamos nesse conceito de fechamento de embalagem pela grande prati-cidade para acondicionar grãos, snacks, acho-colatados e cereais”, grifa Biagioni, revelando que a empresa planeja investimentos na or-dem de US$ 1 milhão em uma nova linha de produção na fábrica de Araras. A capacidade inicial de produção do Safe Top é de 50 mi-lhões ao ano, para volumes de embalagens de diâmetros de 73 e 99 mm. “O produto será comercializado a partir de janeiro de 2011 e, dependendo da aceitação, conseguiremos am-pliar nossa participação em novos segmentos da indústria”, antecipa o executivo. As tecno-logias EZO (easy open) e Sealed Safe também estão sendo apresentadas como novidades para o mercado brasileiro. A primeira é aplicada nas extremidades de embalagens metálicas ou plás-ticas de bebidas. Dentre as facilidades, a em-presa destaca a pouca força para abrir a emba-lagem, o design superior que impede o anel de virar e beliscar os dedos e a maior resistência a danos. Também estará em exposição na Fispal Tecnologia o sistema Sealed Safe, com diferen-tes modelos de anéis e válvulas, para aplica-ções, por exemplo, em embalagens de café.

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No PÓdio

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FORNECEDORA DE INGREDIENTES PARA A INDúSTRIA DE CONFEITOS, DAUPER INGRESSA COM LINHA PRóPRIA NO VAREJO

ofensiva em B2C

de produção da Dauper. Como curiosidade, vale lembrar que, por mais de dez anos, a indústria forneceu os McCookies do mcdonald’s. A parce-ria durou até o final da década de 1990.

PioNeiriSmo gLoBaL Voltando aos planos B2C, a também debu-

tante GranPure é direcionada ao varejo de barras de granola. Além dos tradicionais sabores ado-cicados, a grife tem duas versões salgadas no menu (marguerita e azeite de oliva com ervas). “São itens pioneiros mundialmente”, sustenta o diretor da Dauper. Barras de granola são comple-tamente distintas, com valor agregado e quanti-dade de fibras bem superiores aos das barras de cereais comuns, feitas em sua maioria à base de flocos de arroz”. Segundo Matos, esses produtos tendem a se transformar cada vez mais em com-modities com o consumidor já não diferenciando as diversas marcas existentes.

No segmento de barras de granola, pode-se dizer que a Dauper acalenta dois sonhos. Primei-ro, massificar o consumo da categoria. Por ano, os brasileiros gastam R$ 50 milhões em barras de granola, contra R$ 545 milhões do mercado de barras de cereais. Trata-se, portanto, de fatia inferior a 10%. “Mas em 2010 esse índice já sal-tará para 20%“, arrisca o diretor comercial.

A empresa almeja ainda interromper o rei-nado no Brasil da general mills, responsável pela linha de barras de granola Nature Valley. Fabricados na Argentina, os produtos são sinô-nimo de alta qualidade para seus numerosos fãs brasileiros, a maioria adepta de estilo de vida saudável. Em termos de canais, a linha Nature Valley é bastante vendida em farmácias, lojas de conveniência e nos check stands de super-mercados. “Sabemos que atuar no varejo implica grande desafio logístico. Por isso participamos como expositores da Apas 2010 e estamos nego-ciando com atacadistas e distribuidores. Busca-mos ainda representantes comerciais em todo o

maToS (ESq.) e PereS INVESTIMENTO DE R$ 11

MILHõES NA FáBRICA.

Atenta à crescente presença de cookies e barras de granola na cesta de compras dos brasileiros, a dauper acrescenta o varejo à sua operação de duas déca-

das com ingredientes e terceirização de linhas produtivas para a indústria de confeitos (con-fectionery). Em três anos, o estreante negócio mirando consumidores finais (B2C/Business to Consumer) deve ser responsável por 30% do fa-turamento. Para atingir essa meta, a fabricante com base no reduto chocolateiro artesanal de Gramado, na Serra Gaúcha, deposita suas fichas nas recém-lançadas grifes Sense e GranPure.

Oferecidas em embalagens flexíveis e latas de aço dotadas de selo de vedação, a marca Sense representa uma linha de cookies premium com até 30% de gotas de chocolate na formula-

ção. “É bastante chocolate, con-siderando que os cookies con-vencionais apresentam média de 10% de gotas de chocolate na formulação”, afirma Raul Matos, diretor comercial da empresa.

Não por acaso, as gotas de chocolate estão entre os carros-chefe do portfólio institucio-nal, que exibe ainda biscoitos e mix de cereais. Os produtos são usados como ingrediente de sorvetes, chocolates e biscoitos fabricados por clientes do por-te da unilever, Kraft Foods, Hershey’s, Nestlé, garoto e Ca-cau Show. Produtos finais, por sua vez, também são vendidos com marcas próprias de tercei-ros (private label). Nesse caso, a empresa atende, entre outros, clientes como azul Linhas aé-

reas, Taeq (grupo Pão de açúcar), Carrefour e a paulistana montevérgine, que acaba de lançar sua marca de barras de granola saída das linhas

Brasil, para atingir de imediato mercados mais afastados dos grandes centros”, sublinha Márcio Peres, fundador e diretor da Dauper.

NoVa FáBriCaAinda no mercado de barras de granola, os

dirigentes destacam processos produtivos dife-renciados. “Conseguimos incluir nas barras go-tas de chocolate, frutas secas, banana e outros ingredientes. Temos tecnologia produtiva exclu-siva”, frisa Matos, destacando outro diferencial das barras de granola da empresa: elas não ne-cessitam de agente glutinante, a exemplo do xarope de glicose muito empregado em barras à base de flocos de arroz. “Isso beneficia a sauda-bilidade”, complementa Matos

O desdobramento da operação com ex-tensão ao varejo ocorre em paralelo a plano de expansão da capacidade. Em 2010 a es-tratégia vai demandar R$ 6 milhões. A ideia é operar já no ano que vem uma nova plan-ta produtiva, com investimentos previstos de R$ 11 milhões. Com projeto de 20.000 metros quadrados construídos e capacidade

de 350 toneladas mensais, a unidade tam-bém está sendo erguida em Gramado e vai oferecer, além de linhas de cookies e bar-ras de granola, itens de alta sofisticação, como chocolates moldados e biscoito hiper-premiun. Produtos assim, lembra Matos, se-rão inspirados no luxo de marcas europeias como Bahlsen e godiva.

A alta sofisticação almejada pela Dauper indica que a empresa quer atuar em nichos bem específicos do varejo de guloseimas. Na-tural que seja assim. No Brasil, as vendas de cookies movimentam R$ 150 milhões por ano, ou 1% do mercado total de biscoitos. Como se vê, ainda é pouco. Mas os resultados recentes são animadores. Há três anos, a mordida dos cookies nas vendas totais de biscoitos não pas-sava de 0,3%. “Além da melhoria da renda, o mercado brasileiro está dobrando de tamanho a cada 2 anos com ajuda de posicionamentos de preços mais acessíveis”, interpreta o dirigente. O menor desembolso, ele prossegue, é obtido principalmente com embalagens que oferecem porções reduzidas, as famosas portion packs. Por isso os cookies da linha Sense estão sendo vendidos em flow-packs individuais, por volta de R$ 2 a unidade. Na te-oria, isso ajudar a diluir o maior custo do produto em relação a biscoitos comuns. “Ao contribuir para a experimenta-ção, estamos mostran-do para os brasileiros a enorme diferença entre cookie e biscoito”, ar-remata Matos.

CooKieS PORTION PACKS E LATAS DE AçO SOFISTICADOS NA LINHA SENSE.

LiNHa graNPure PIONEIRISMO COM BARRAS DE GRANOLA SALGADA.

J u L H oinformação na bandeja

A cidade de Chicago recepciona de 11 a 13 os participan-tes de mais uma edição da Conferência de Vendas e Marketing promovida pela Associação Internacional dos Distribuidores de Foodservice (IFDA) e Associação Internacional da In-dústria de Foodservice (IFMA). Desde 1969, a IFDA reúne os membros da Associação Nacional de Atacadistas do Setor Mercearil (NAWGA) e da Associação Americana de Atacadistas (USWGA) e seu quadro dirigente fica baseado em Washington, promovendo ações de pesquisas e educação, além de fóruns junto à indústria e ao governo. Conforme a organização da conferência, durante os três dias serão ministradas palestras e seminários que, além de atualizar o panorama de vendas do setor de alimentação fora do lar, irão identificar e discutir as tendências da cadeia de food service.

Local: InterContinental Hotel O’Hare – 5300 North River Road, Rosemont, Illinois (EUA).informações: IFDA – International Foodservice Distributors Association – 1410 Spring Hill Road, #210 McLean, VA 22102 (USA). Phone: +1 (703) 532-9400. Fax: +1 (703) 538-4673. Ou pelo site www.ifdaonline.org

Topo da cadeiaPrevisto para o período de 17 a 21 a IFT Food Expo 2010

é o evento que faz a ligação entre as novidades do topo da ciência de alimentos com os profissionais da ala tecnológica. Promovido pelo Instituto dos Tecnólogos em Alimentos dos EUA (IFT), a exposição programada para a cidade de Chicago vai mostrar novos produtos e tecnologias, e aprofundar os conhecimentos sobre os últimos avanços no segmento de in-gredientes, sinalizando as tendências de ponta do setor.

Local: McCormick Place South – 2301 S. Lake Shore Drive - Chicago, Illinois (EUA).informações: Institute of Food Technologists – 525 West Van Buren Street Suite 100 Chicago, Illinois (EUA). Phone: +1 (320) 782 8424. Fax: +1 (320) 782 0045. E-mail: [email protected] ou pelo site www.ift.org

Loucos por chocolateNuma realização, promoção e organização da AM 3 Feiras e Pro-

moções, a cidade de São Paulo sedia de 22 a 25 a Expo Brasil Choco-late 2010 – Feira e Exposição Internacional do Chocolate, com ex-tensa programação que inclui exposição, workshops e degustação.

Segundo a AM 3 Feiras e Promoções, o evento reúne parti-cipantes nacionais e internacionais da cadeia produtiva do cho-colate em um encontro de quatro dias dedicados a negócios. Encorpam a lista de expositores conhecidas marcas industriais, gourmets e artesanais de chocolate; fabricantes de matéria-prima, fornecedores de máquinas e equipamentos para embalagens, além de representantes da área de saúde e beleza, editoras e livrarias, serviços e franquias, docerias, confeitarias e gelaterias.

Local: Centro de Eventos São Luiz – Rua Luis Coelho, 323 – São Paulo - SP.informações: AM 3 Feiras e Promoções – Rua Pequetita,145 cj 32 -São Paulo – SP. Tel 11- 3624 8466. Fax:11 - 3845 5052. Ou pelo site www.expobrasilchocolate.com.br

miolo nobreO Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-APTA) realiza,

periodicamente, treinamentos destinados à capacitação de profis-sionais que atuam nas áreas de alimentos e embalagens, além de complementar a formação de estudantes. Na abertura do calendá-rio do segundo semestre, o Cereal Chocotec – Centro de Pesqui-sa e Desenvolvimento do Ital, unidade especializada no setor de confeitos, promove nos dias 29 e 30 o curso Processo Industrial de Fabricação de Recheios para Chocolate. Sob a coordenação de especialistas do Ital, as aulas serão ministradas na planta pilo-to do centro e têm como público-alvo profissionais que tenham interesse em conhecer, na prática, o processo de fabricação de produtos elaborados com essas técnicas. Além de base teórica/prática mostrando de forma detalhada a tecnologia de fabricação de recheios para chocolate, serão abordadas as diferenças entre os tipos de produtos, as variantes mais requisitadas no mercado e os principais ingredientes envolvidos no processo.

Local: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) - Campinas/SP.informações: Ital/ Setor de Eventos. Fones: (0**19) 3743-1758/ 3743-1759; Fax: (0**19) 3743-1761. E-mail: [email protected] /[email protected]/[email protected]

ageNda

acesse: www.docerevista.com.br doce revista Maio 2010 43

doce revista Maio 201044

PoNto de vista

Ao se analisar o compor-tamento do mercado global de chocolates, balas e con-feitos verifica-se que, nos úl-timos anos, enquanto o setor de chocolate crescia a uma média de 1% ao ano, o setor de balas e confeitos decrescia a uma igual média de 1%.

Com a crise financeira de 2008/2009, praticamente to-dos os segmentos econômicos foram afetados, com maior ou menor intensidade. De acor-

do, no entanto, com especialistas europeus, os nossos setores não sofreram como os demais. Algumas razões são identifi-cáveis, e outras ainda estão por ser descobertas. Entre as ra-zões conhecidas é fato que os maiores mercados de chocolate (Estados Unidos, União Europeia, Austrália e Nova Zelândia) continuaram a consumir esses produtos, ainda que em suas versões mais baratas – fabricados com gorduras vegetais (ex-ceto a manteiga de cacau) e com baixos percentuais de cacau, por exemplo. Grandes países consumidores de balas e confeitos (China, Países árabes e ásia em geral), por sua vez, também conseguiram driblar a crise, voltando suas preferências para balas e pirulitos, produtos decididamente mais baratos.

Embora não tenhamos os números finais de 2009, em ter-mos de tendências de consumo tudo indica, segundo ainda especialistas europeus, que em chocolates houve um cresci-mento de 2%, enquanto o segmento de balas e confeitos con-tinua estável.

Se a análise se estender à valores, o cenário mostra que ambos os setores conseguiram manter a lucratividade – apesar da alta do açúcar – através de reajustes de preços, lançamen-tos de produtos e melhoria da distribuição.

É importante também salientar que, de acordo com da-dos da consultoria Euromonitor, o segmento de confectionery (chocolates, balas e confeitos) representava, em 2008, 37% do setor alimentício mundial, um primeiro lugar que ocupa seguramente até hoje.

Diante deste quadro, conclui-se, sem dúvida alguma, que os empresários voltados à fabricação de confectionery demons-traram ser extremamente ágeis na resposta aos problemas mer-cadológicos, inesperados ou não, possivelmente escudados em planejamentos estratégicos e em armas modernas e decisivas na sustentação empresarial, principalmente em tempos de crises.

gilverto PignocchiNagato & Pignocchi Consultores Associados Ltda

merCado gLoBaL: um driBLe Na CriSe

Gilverto Pignocchi

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qUEM: FERREROPRODUTO: TIC-TACGANCHO: COPA DO MUNDO

Embalada pela Copa do Mundo, a Ferrero promove mais uma ex-tensão de sua marca campeã no segmento de pastilhas, colocan-do em campo o Tic-Tac Hexa. Apresentada nos sabores Menta Spear-mint e Limão Menta, a novidade é produzida

com corante natural nas tonalidades ver-de e amarela em homenagem à seleção brasileira. Guillaume Simon, diretor de marketing da Ferrero do Brasil, assinala que a edição especial tem como missão reforçar a paixão do brasileiro pelo fute-bol. A grife de pastilhas, conta Simon, teve uma primeira experiência no cha-mado marketing esportivo – bem suce-dida, por sinal – na Copa de 2006 e, este ano, estenderá pela primeira vez as versões comemorativas a outros países participantes do campeonato mundial de futebol, como Argentina, Austrália, In-glaterra, Suíça, Holanda e Dinamarca.

Ainda no campo das novidades, a empresa introduz mais um mix com sabor frutal à linha Tic-Tac: Cereja e Maracujá. Desenhada para substituir a versão Cereja Extra Mint, a embalagem do confeito é a primeira a mesclar pas-tilhas coloridas e mistas. Para marcar sua estreia, a Ferrero realiza, a partir de junho, uma promoção inédita com a ins-talação de uma caixa gigante de Tic-Tac no Shopping Eldorado em São Paulo. O público, explica Simon, terá que respon-der no site da empresa (www.tictac.com.br) a pergunta “qual sabor tem mais na caixa gigante, cereja ou maracujá?” As respostas certas poderão ganhar desde ipods até um carro, repassa o gerente. No shopping, haverá uma câmera com visão de 360º da caixa garantindo assim a participação do público de todas as re-giões do país. Ainda no local a empresa irá promover ações como a instalação de vending machines para a compra do Tic-Tac Cereja e Maracujá. “Trata-se da maior caixa de Tic-Tac do mundo que ficará em São Paulo disponível durante três meses

para que os consumidores possam co-nhecê-la. Pretendemos entrar no livro de recordes do Guiness”, conclui Simon.

qUEM: ARCORPRODUTO: TRIUNFOGANCHO: SAUDABILIDADE

De olho no avanço das vendas de pro-dutos mais saudáveis e na tendência de redução nos teores de sódio em alimentos, a Arcor assina a linha de biscoitos do tipo cracker Triunfo Menos Sal. Apresentada nas versões Cream Cracker, com 180 gramas, e água, com 170 gramas, a variante inova por dispensar adição de sal na formulação, reduzindo em cerca de 85% o teor de sódio na composição. Rodrigo Peçanha, gerente de marketing de biscoitos da Arcor, também detentora da marca Aymoré, destaca que os biscoitos Triunfo Menos Sal foram desenvol-vidos com o objetivo de completar a ali-mentação saudável seguida hoje em dia por uma parcela crescente de consumidores. “O lançamento atende a essa necessidade, pois além do teor reduzido de sódio, possui ou-tras características que deixam os biscoitos ainda mais saudáveis”, enfatiza ele. Como parte do processo de desenvolvimento os biscoitos foram testados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que com-provou a redução de sódio e certificou o produto com o selo SBC. A chancela torna a linha indicada também para consumidores portadores de hipertensão ou submetidos a dieta restritiva de sal. “Cerca de 35% da população brasileira com mais de 40 anos e 50% com mais de 50 anos sofrem de hi-pertensão”, assinala Peçanha. A novidade ganha as gôncolas com preço sugerido de R$ 1,39 o pacote.

qUEM: BOAVISTENSEPRODUTO: CARAMELO DOMELOGANCHO: CREMOSIDADE

Com produção a todo vapor, a Boa-vistense inova mais uma vez com a li-

giro

giro

nha de caramelos Domelo. Desenvolvida nos sabores leite, leite e café e cho-colate e cereja, as balas de sete gramas exibem cremosidade acentuada e formulação que confere mais sabor sem a sensa-ção de melado, detalha Adriano Orso, gerente de marketing da Boavisten-

se. Embaladas para o trade doceiro em pacotes de sabores separados com 700 gramas, as embalagens são transpa-rentes e permitem a visualização das balas. Desde junho, o lançamento pode ser conferido nos distribuidores e su-permercados do país, informa Orso.

Criado há mais de um século, o al-godão doce é uma das guloseimas pre-feridas das crianças, não só pelo sabor e aspecto de nuvem como também por representar a infância com toda a sua delicadeza. O curioso doce feito de açú-car trefilado foi o gancho para outra no-vidade da Boavitense: o chicle Algodão Doce. Em formato de uma bola cor de rosa, com as características do tradi-cional doce no palito, o novo chicle da marca é drageado com açúcar, fazendo com que o produto se desmanche na boca como o confeito encontrado nas praças e circos. Os chicles podem ser encontrados em embalagens de filme perolado e fechamento flowpack em displays de 360 gramas contendo 80 unidades.

qUEM: PERFETTI VAN MELLEPRODUTO: FRUITTELLA NATURALGANCHO: SABORES TROPICAIS

Inspirada nos sabores tropicais do Brasil, a Perfetti van Melle renova sua aposta na linha Fruittella Natural, lan-çando uma variante com o mix de sabor manga e tangerina. Com aromas criados exclusivamente para o público brasilei-ro, o lançamento da PVM é direcionado consumidores específicos, fãs de sabo-res exóticos e tropicais. “As pesquisas revelam que há uma grande demanda por produtos mais naturais e saudáveis no Brasil, cuja associação foi um dos pontos perseguidos no desenvolvimen-to do novo produto”, sublinha Ariane Steck, gerente de marca Fruittella.

Segundo ela, a mistura manga e tan-gerina é inusitada no cenário de doces e não há nada parecido nas prateleiras locais. “A PVM tem o DNA da inovação e, através de descobertas como essa, busca oferecer cada vez mais novida-des para os consumidores. O lançamen-to vem ao encontro dessa estratégia”, conclui a executiva. Fruitella Natural manga e tangerina completa a linha se sabores da marca, aumentando sua par-ticipação no mercado nacional. “Desde o ingresso da grife Fruittella Natural em substituição à linha tradicional, a com-

panhia registrou um aumento de 10% nas suas vendas”, contabiliza Ariane. Assim como os demais sabores de Fruit-tella Natural, o novo manga e tangerina também entrega ao consumidor aromas e corantes naturais, em sticks de 10 unidades, a preço sugerido de R$ 1,10 cada stick.

qUEM: GENERAL BRANDSPRODUTO: TOP TEA GANCHO: SEM AçúCAR

A General Brands (GB), grife nacio-nal de refrescos em pó e sucos pron-tos para beber, amplia seu portfólio de bebidas com a linha Top Tea de chás prontos, nos sabores chá branco, chá verde limão e chá verde maracujá. Acompanhando o crescimento da ala de chás, que atualmente representa 30% do volume de vendas de bebidas não-alcoólicas no Brasil, a GB preten-de focar sua atuação nesse segmento em nichos mais específicos de con-sumo, como os de produtos leves e

naturais, observa Isael Pinto, diretor presidente da companhia. Ele ressalta que as mudanças nos hábitos alimen-tares dos brasileiros em razão da pre-ocupação com o corpo e a saúde foi outro fator considerado na criação da nova linha. “Acentua-se também uma tendência de se evitar os refrigeran-tes, o que aumenta o espaço para os chás”, nota o executivo. Com o Top Tea, a empresa pretende engolir 10% do mercado nacional desse filão, que atualmente movimenta cerca de R$ 200 milhões por ano, estima Isael Pinto. Direcionada às classes A e B, a linha de chás da GB é elaborada à base de extratos de chá, sem adição de açúcar e conservantes, principais chamarizes para atrair esses consu-midores. Potência em produtos popu-lares, entre os quais se destacam os chicles de bola Gang e refrescos em pó Camp, a empresa iniciou há dois anos investimentos para conquistar o público de alta renda, diversifican-

do seu mostruário, com itens como chocolates, suplementos nutricionais e laticínios. “Atualmente, o espaço no trade é muito mais disputado. A diversificação permite manter a fa-tia já conquistada, assegurando o avanço em novos nichos”, conclui o dirigente.

qUEM: YOKI PRODUTO: SNACKS GANCHO: CASTANHA DE CAJU

Buscando estender sua linha para o autosserviço, a Yoki Alimentos in-crementa o portfólio de salgadinhos da marca com a castanha de caju. Como os demais itens da linha de snacks, o produto ostenta o selo da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), que regulamenta as boas prá-ticas de fabricação, e reforça a aposta da Yoki na alta qualidade como forma

de conquistar o mercado. Com foco em eventos sazonais

como as fes-tas juninas e o mundial de futebol da áfrica do Sul, a Yoki banca novidades com embalagens re-paginadas em alusão às da-tas temáticas.

A primeira delas é linha de salga-dinhos Yokitos, que recebeu tiras nas cores da bandeira do Brasil e cromos comemorativos para serem colecionados. Já as pipocas (grão e microondas), que são carro-chefe da empresa nessa época do ano, ti-veram as cores modificadas também para verde e amarelo num afago à torcida brasileira. Ilhas em forma de barracas montadas com os próprios produtos, numa referência às quer-

giro

messes juninas, enfeitam os pontos de venda (PDVs), fazendo com que o consumidor entre no clima de festa e incentivando assim a sua compra. Segundo Gabriel Cherubini, vice-presidente da Yoki, com estes inves-timentos a empresa deve aumentar entre 12% e 15% o volume de ven-das no período.

qUEM: BEL CHOCOLATESPRODUTO: TOPBEL’SGANCHO: COBERTURA BRANCA

Buscando atender os consumidores que não resistem ao chocolate branco, a Bel disponibiliza versões dos confeitos TopBel´s e Teta Bel com cobertura bran-ca. Segundo Ney Smaniotto, gerente de marketing da empresa, as vendas da linha de marshmallows cobertos devem aumen-tar em 15% com os novos produtos, pois atingem público específico também con-sumidor da guloseima, mas que prefere as versões de chocolate branco ao tipo convencional. Apresentados em emba-lagens com seis unidades para o varejo e em caixas de 50 doces para atacados, atacarejos e cozinhas industriais, as no-vidades foram submetidas a avaliações de

consumidores nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, informa Smaniotto.

qUEM: PERFETTI VAN MELLEPRODUTO: MENTOS AqUA KISSGANCHO: NOVO FORMATO

A Perfetti van Melle (PVM) promo-ve mais uma inovação na linha Mentos Aqua Kiss. Trata-se do Mentos Aqua Kiss Slab, isto é, no formato slab (pedaço grande), apresentado em caixas re-tangulares de bolso com 14 unidades, nas mesmas cores do confeito original, em preto com tons de cinza, preto ou amarelo. “Além de práticas, as novas embalagens são muito chamativas nos pontos de venda”, considera Joana Oli-veira, gerente da marca Mentos.

Com o lançamento, completa ela, a PVM ingressa no mercado de gomas de mascar em estilo slab, que atualmente corresponde por 49% das vendas do seg-mento no Brasil. A nova versão foi de-senvolvida em dois sabores: Alaskian e Hawaiian que, segundo Joana, são extre-mamente refrescantes.

qUEM: DR.OETKERPRODUTO: SOBREMESAS PRONTAS GANCHO: DISNEY/PIxAR

A Dr. Oetker reestruturou as emba-lagens da linha de sobremesas prontas, licenciando imagens do arrasa-quarteirão Toy Story 3, animação da Disney/Pixar. A novidade faz parte de um contrato exclusi-vo da empresa com a gigante do entreteni-mento e associa imagens do desenho com os produtos que compõem a linha de mis-turas prontas Gelatina, Pudim, Maria Mole, Flan, Creminuto, Bolo e o lançamento de Gela-Gelô – pó com conceito inédito na categoria de sobremesas geladas.

Com o licenciamento, considerado o maior do ano pela Disney/Pixar, a Dr.Oetker pretende elevar sua participação no varejo. Para isso, além de campanhas publicitárias com inserções em programas infantis, a empresa coloca no ar pela primeira vez um site para crianças. No espaço virtual, que permanece no ar mesmo depois do térmi-no da campanha, o público terá acesso a conteúdos interativos como jogos e brin-cadeiras. Segundo a empresa, a estimativa é a de que o site possa impactar mais de quatro milhões de crianças só pela internet. A mega-ação é uma das apostas da empresa para aumentar o volume de vendas no filão de sobremesas pré-prontas, que movimenta cerca de R$ 280 milhões por ano no Brasil.

toP do Mês

MAIS AÇÚCAR EM SUAS VENDAS

ANUNCIE EM DOCE REVISTA(11) 3666-8301 [email protected]

dr – Qual a participação da seção de bonbonnière no faturamento sua loja?Coelho – Em geral, mercearia doce responde por 5% das vendas. Mas a se-ção de bonbonniére, que hoje possui 4 metros lineares, não é muito relevante nas vendas. Até por falta de contato e conhecimento, nossos clientes não têm o hábito de consumir determina-dos candies. De outro ponto de vista, Tocantins é um estado jovem, que atrai brasileiros de outras regiões e sua che-gada vem aos poucos consolidando as vendas de candies, chocolates e snacks por aqui. dr – É a primeira vez que visita a apas?Coelho – Não. Foi a quinta vez seguida. Também venho a São Paulo para partici-par de eventos específicos do setor de frutas, legumes e verduras (FLV). dr – Na parte de doces e confeitos, o que mais chamou sua atenção na apas?Coelho – Fizemos contatos com a Fini, da área de confeitos de marshmallow, e com fabricantes de doces de amen-doim, como paçoca e pé de moleque.

Apesar de sua divisa com a Bahia, não há a cultura de doces de amendoim en-raizada em Tocantins, nem o costume de festas de São João. O mesmo ocorre com os doces de marshmallow. Mas a tendência é que o consumo desses pro-dutos ganhe força nos próximos anos, por conta do movimento de migração, característico de um Estado em desen-volvimento.dr – Você também migrou para To-cantins. de onde veio? Coelho – Nasci no sul do Maranhão, a 400 quilômetros de São Luis. Cheguei a Tocantins em 1990, quando montei o supermercado Macro com meu irmão, com quem trabalhei até 2000. Foi quan-do montei meu próprio supermercado, que hoje tem cinco checkouts e passa por um processo de ampliação. Estamos reformando a fachada e aumentando a seção de FLV. dr – em alguns lugares do Nordeste, bo-lachas e biscoitos são itens obrigatórios da cesta de compras, substituindo o pão-zinho, integrante tradicional das refei-ções matinais no Sudeste/Sul. o mesmo ocorre no Tocantins?

Coelho – Sim. Os biscoitos, principal-mente de água e sal e maisena, também fazem as vezes do pão por aqui. Não temos a cultura do pão francês como em São Paulo.dr – Quais são as dificuldades lo-gísticas para um supermercadista de uma pequena cidade do Tocantins? Coelho – Compramos boa parte dos nossos produtos em Brasília, a 600 qui-lômetros de Divinópolis. Outra parte dos fornecedores fica em Goiás, principal-mente em Goiânia e na grande Anápolis. Assim, praticamente todo o transporte que utilizamos é feito com caminhões. Sofremos, como a maior parte do país, com estradas esburacadas e falta de in-fraestrutura na malha viária. Mas a si-tuação começa a dar sinais de melhora, graças a projetos como o plano do go-verno federal de criar na região um polo de fruticultura por irrigação, a partir da futura barragem Manoel Alves. Inspira-da nos modelos de Juazeiro e Petroli-na, cidades nordestinas que hoje estão entre as maiores produtoras de FLVs do país, a ideia visa explorar a fartura de rios da nossa região.

gôndolas do TocantinsDONO DO SUPERGIRO, RAIMUNDO COELHO DISCORRE SOBRE AS PECULIARIDADES DO

GIRO DE DOCES NO MAIS NOVO ESTADO NACIONAL

Ficha coMPLeta

acesse: www.docerevista.com.brdoce revista aBriL 201050

Constituído em 1988, Tocantins é o caçula dos 26 estados brasileiros e sua planta símbolo é o girassol, numa alusão de que o sol nasce para todos. Fincado a su-deste da região norte, em área de 277.620 km2, Tocantins exibe como limites o

maranhão a nordeste, o Piauí a leste, a Bahia a sudeste, goiás ao sul, mato grosso ao sudoeste e Pará a noroeste. Para saber sobre o giro de guloseimas nessa nova frontei-ra do agronegócio, Doce Revista conversou com o supermercadista raimundo Coelho. Proprietário do Supergiro, que opera na pequenina divinópolis, a 320 quilômetros da capital Palmas. o varejista esteve em São Paulo (Capital) em maio último, para parti-cipar da mais recente edição do congresso de gestão e feira da associação Paulista de Supermercados (apas). Como ele conta a seguir, o evento veio a calhar para contatos com fabricantes de confeitos. as rodadas de negócios então realizadas poderão levar às gôndolas do Supergiro itens do mostruário de confectionery ainda desconhecidos da maior parte dos 20.000 habitantes de divinópolis.