biologia e controle de aranhas

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BIOLOGIA E CONTROLE DE ARANHAS

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Page 1: Biologia e controle de aranhas

BIOLOGIA E CONTROLE DE ARANHAS

Page 2: Biologia e controle de aranhas

O QUE SÃO?

Estes artrópodos não são insetos, e sim aracnídeos

Os aracnídeos constituem a maior e mais importante classe dos quelicerados, onde estão incluídos os escorpiões, ácaros, carrapatos e as aranhas, e outras espécies menos conhecidas do público em geral

Page 3: Biologia e controle de aranhas

COMO SÃO? Possuem o corpo dividido em prossoma

(cefalotórax) e opistossoma (abdome). Não apresentam antenas. São os únicos aracnídeos que inoculam peçonha pelas quelíceras

Page 4: Biologia e controle de aranhas

CLASSIFICAÇÃO São classificadas em 3 subordens: 1. Mesothelae 2. Orthognatha 3. Labidognatha

1

3

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Page 5: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS A maioria vive sobre o solo

ou árvores, existindo porém as subterrâneas e até as aquáticas, como a Argyroneta aquatica, que faz uma câmara de teia debaixo d´água, onde se abriga. O ar que respira é trazido da superfície, nos pêlos de seu corpo, e armazenado em uma bolha

Argyroneta aquatica

Page 6: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS Existem aproximadamente 35.000 espécies

de aranhas no mundo. Elas são muito importantes no ecossistema, pois são predadoras capazes de regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, que quando em grande número, podem se tornar pragas

Nem todas as aranhas tecem teias, mas as que as fazem usam este artifício para caçar insetos

Page 7: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS

Uma espécie de aranha da família Scytodidae (Scytodes thoracica), caça esguichando uma secreção adesiva, outras não fazem teias, sendo chamadas de aranhas errantes, e caçam pulando sobre suas vítimas

Scytodes thoracica

Page 8: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS A aranha captura a presa,

geralmente um pequeno artrópodo, o qual é morto pelas quelíceras. A digestão ocorre parcialmente do lado externo do corpo

Depois de uma boa refeição, elas podem jejuar durante longo período. Já se observou aranhas ficarem até dezoito meses sem se alimentar

Page 9: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS

Algumas espécies podem ser transportadas ao vento, quando existe corrente de ar, presas a fios de teia, que, como uma vela de navio, permitem que sejam levadas a grande distância

Page 10: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS São muito sensíveis às vibrações e algumas até

produzem sons batendo os palpos, as quelíceras, ou o abdome sobre o solo ou lugar de apoio

Page 11: Biologia e controle de aranhas

HÁBITOS

Usam vários meios para evitar inimigos

Podem disfarçar-se, procurando um local que possua a mesma coloração que elas

Também se disfarçam, imitando materiais inanimados, como: fezes de outros animais, plantas, galhos, palha, frutos, pedras etc

Page 12: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

Na maioria das aranhas, o macho é quase igual à fêmea em seu aspecto externo, e em outros casos a diferença é muito grande

Geralmente, nas espécies em que ocorre dimorfismo sexual, a fêmea é sempre a maior

Page 13: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

O número de mudas (ecdises ou exuviação) de uma aranha varia de acordo com a espécie

Os machos mudam uma ou duas vezes menos que as fêmeas

Page 14: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

Normalmente, na última muda, a aranha atinge a maturidade sexual, sendo que no macho, aparecem os bulbos copuladores, onde ele carrega seus espermatozóides maduros

Page 15: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

A aranha macho tece uma teia espermática, onde deposita depois seu esperma

Encontrada a fêmea, o macho executa movimentos característicos, como se estivesse se exibindo para a fêmea. Ela se aproxima e o processo se completa

Page 16: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

É conhecido o fato da fêmea matar o macho após o acasalamento, e depois alimentar-se de seu cadáver. Isto acontece, por exemplo com as grandes caranguejeiras brasileiras

Page 17: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

O número de posturas e de ovos varia muito de espécie para espécie

As aranhas que não fazem teias, transportam seus ovos em ootecas (ovissacos) e outras abandonam seus ovos em um local escolhido

Page 18: Biologia e controle de aranhas

CICLO BIOLÓGICO

As jovens aranhas, com o auxílio do “dente de ovo”, existente nas quelíceras, abrem a casca do ovo e se libertam. Muitas espécies fazem a primeira refeição, alimentando-se do resto do ovo

Page 19: Biologia e controle de aranhas

ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA MAIS COMUNS

No Brasil, as aranhas perigosas do ponto de vista de saúde pública, são as dos gêneros:

Phoneutria (armadeiras) Loxosceles (aranha marrom) Latrodectus (viúva-negra) Lycosa (aranha de grama ou aranha de jardim)

Page 20: Biologia e controle de aranhas

Phoneutria - ARMADEIRAS

Conhecidas popularmente como armadeiras, porque diante de uma atitude de perigo, erguem as pernas dianteiras e levantam o corpo sobre as traseiras e balançam de um lado para o outro prontas para atacar (armando o bote)

Não fazem teias

Page 21: Biologia e controle de aranhas

Phoneutria -ARMADEIRAS

As armadeiras adultas possuem o ventre preto e vermelho. O corpo é castanho acinzentado com manchas claras, formando um par de fileiras longitudinais, às vezes pouco evidente e, de cada lado, filas de manchas dispostas obliquamente. As quelíceras são providas de cerdas avermelhadas

Possuem hábitos noturnos

São encontradas em meio à vegetação, e no meio urbano escondem-se em sapatos, roupas etc

Page 22: Biologia e controle de aranhas

Phoneutria -ARMADEIRAS

As fêmeas são maiores que os machos e medem aproximadamente 3,5 cm. Suas pernas chegam a 5 cm

Os machos possuem as pernas 1 cm mais longas que as das fêmeas

Os olhos são dispostos em grupos de dois e quatro, totalizando oito

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Loxosceles - ARANHA MARROM

Pequenas aranhas de 1 cm, com pernas de 1,3 cm

Os olhos formam três pares, um mediano e um de cada lado da cabeça. São sedentárias e de hábitos noturnos

Page 24: Biologia e controle de aranhas

Aparecem escondidas em cascas de árvores, folhas secas, entulhos, tijolos, atrás de móveis, quadros, gavetas, em meio a roupas etc

Suas teias parecem de

algodão e se assemelham a tecido fino. Acidentes com elas ocorrem mais no verão

Loxosceles - ARANHA MARROM

Page 25: Biologia e controle de aranhas

Geralmente fazem as teias em locais escondidos. Não são agressivas e fogem quando incomodadas

Só picam quando apertadas, por exemplo, sob uma roupa

A dor provocada pela picada é leve, podendo passar despercebida. A dor acentua-se depois de 12 a 24 horas. O local fica inchado e avermelhado

Loxosceles - ARANHA MARROM

Page 26: Biologia e controle de aranhas

Um mal estar generalizado toma conta do paciente e pode ocorrer febre

Surgem manchas de natureza hemorrágicas, e bolhas

Vem depois a necrose, seguida de ulceração, e, posteriormente, insuficiência renal e hemólise, ou seja, quebra de substâncias do sangue

É necessário tratamento e soroterapia específica com soro antiaracnídico

Loxosceles - ARANHA MARROM

Page 27: Biologia e controle de aranhas

NECROSE POR Loxosceles

Picada no rosto de uma menina, que não buscou atendimento médico em tempo, agravando a situação

A peçonha é necrosante, causando a destruição dos tecidos ao redor da picada

Neste caso, é necessária uma

cirurgia plástica reparadora

Page 28: Biologia e controle de aranhas

NECROSE POR Loxosceles

03 dias após 06 dias após

10 dias após

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Latrodectus - VIÚVA NEGRA

Latrodectus mactans: Conhecidas popularmente como viúvas-negras, são bem disseminadas e muito perigosas

Possuem abdome volumoso e medem 8 a 12 mm e com pernas na mesma medida

São pretas com uma mancha vermelha em forma de gravata borboleta sob o abdome, encontradas muitas vezes em vegetação rasteira, perto do mar ou ainda em locais mais distantes

Page 30: Biologia e controle de aranhas

Latrodectus - VIÚVA NEGRA

Latrodectus geometricus: Esbranquiçada dorsalmente possui 14 manchas amareladas, dispostas geometricamente

Os olhos estão em duas fileiras transversais

quase paralelas, com quatro em cada

Latrodectus curacaviensis: Conhecida como flamenguinha. Predomina a cor vermelha sobre a preta

Page 31: Biologia e controle de aranhas

DANOS CAUSADOS

O veneno das aranhas é neurotóxico e dependendo da quantidade inoculada, pode levar a vítima ao óbito

Dependendo do caso e tipo de aranha que causou o acidente, a vítima deverá ter rápido atendimento médico, onde será administrado ou não o soro antipeçonha específico

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Lycosa – ARANHA DE JARDIM

Só no Brasil foram encontradas mais de cem espécies. De porte um pouco menor que a Phoneutria, são acinzentadas e vivem comumente em gramados e jardins, quando a grama permanece alta. Carregam os filhotes nas costas logo após nascerem

Page 33: Biologia e controle de aranhas

Lycosa – ARANHA DE JARDIM

São conhecidas popularmente como aranhas de jardim, aranhas de grama, aranha-lobo ou tarântulas. De seu nome originou-se da dança tarantella na Itália

O corpo mede 2 cm e as pernas de 2,5 a 3 cm. O tórax, no meio é esbranquiçado, de onde partem desenho de raios

Seus hábitos são diurnos

Geralmente os acidentes ocorrem quando são pisadas

Page 34: Biologia e controle de aranhas

Lycosa – ARANHA DE JARDIM

No dorso do abdome existe uma figura em forma de ponta de flecha. A face ventral do abdome e o esterno e as ancas das pernas são pretos ou castanhos. As quelíceras e palpos possuem cerdas alaranjadas ou avermelhadas

Page 35: Biologia e controle de aranhas

Lycosa – ARANHA DE JARDIM

Os olhos formam três filas. A primeira com quatro olhos, e as outras duas com dois

Esta aranha provoca acidente benignos com suas picadas, não pondo em risco a vida do paciente, se feito um curativo adequado e orientado pelo médico

A região atingida mostra inchaço e vermelhidão, podendo ocorrer infecções secundárias

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IDENTIFICAÇÃO

Phoneutria LycosaLatrodectusLoxosceles

Page 37: Biologia e controle de aranhas

PREVENÇÃO

Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o paciente deve ser medicado nas primeiras horas após o acidente

O soro antiveneno ou antipeçonha é o único tratamento eficaz

Page 38: Biologia e controle de aranhas

SOROTERAPIA

Soro Antiaracnídico – contra picadas de aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria

Soro Antilatrodético - contra picadas de aranhas dos gêneros Latrodectus

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MEDIDAS PREVENTIVAS

Manter limpos os jardins, aparando e cortando a vegetação excedente

Não plantar bananeiras próximas à residência Em local muito arborizado, fechar portas e janelas ao

anoitecer Manter fechados armários e gavetas que se constituem

de um excelente abrigo Examinar roupas e calçados antes de usá-los Observar a presença de aranhas em objetos ou móveis

que tenham sido guardados por períodos prolongados em ambientes escuros

Page 40: Biologia e controle de aranhas

MEDIDAS PREVENTIVAS

JARDINS E QUINTAIS:

Mantê-los limpos e secos, com a grama aparada e retirando o mato ou folhas caídas

As plantas ornamentais e trepadeiras devem ser afastadas das paredes das casas, evitando que as folhas toquem o chão

Page 41: Biologia e controle de aranhas

MEDIDAS PREVENTIVAS

ENTULHOS: Evitar o acúmulo de restos de construção como tijolos, pedras, areia, telhas, madeiras, galhos ou troncos de árvore, além de outros materiais como pneus, móveis, caixotes, panos, latas e demais bens em desuso

Page 42: Biologia e controle de aranhas

MEDIDAS PREVENTIVAS

PROTEÇÃO: Andar sempre calçado e usar luvas de couro ao mexer em entulhos ou buracos, material de construção, lenha etc

Examinar com cuidado os calçados, sacudindo-os bem antes de calçá-los e verificar com cuidado as roupas, toalhas ou panos de limpeza, revirando-os com o auxílio de um objeto antes de pôr-lhes as mão

Page 43: Biologia e controle de aranhas

MEDIDAS PREVENTIVAS

PORTAS: Manter as frestas, embaixo das portas, vedadas com rolinhos de pano cheios de areia, ou com frisos de borracha

MÓVEIS: Mantê-los desencostados da parede

INSETICIDAS: Usar de inseticidas quando a infestação for muito grande, porém somente com orientação técnica de empresa legalizada, responsável por controle de vetores e pragas

Page 44: Biologia e controle de aranhas

CUIDADOS APÓS ACIDENTE

1. Lave o local da picada de preferência com água e sabão

2. Mantenha a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção do veneno

3. Se a picada for na perna ou no braço, mantenha-os em posição mais elevada

4. Não faça torniquete, impedindo a circulação do sangue, pois pode causar gangrena ou necrose

Page 45: Biologia e controle de aranhas

CUIDADOS APÓS ACIDENTE

5. Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça sucção no local da ferida e não aplique folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção

6. Não dê a vítima pinga, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país

7. Leve a vítima imediatamente ao Posto de Saúde mais próximo, para que possa avaliar se necessita de receber soro específico em tempo

Page 46: Biologia e controle de aranhas

CUIDADOS APÓS ACIDENTE

8. Leve, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar a identificação e o diagnóstico

9. Lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonha

Page 47: Biologia e controle de aranhas

PARECE... MAS NÃO É Alguns aracnídeos que parecem aranhas, mas

não são:

OpiliõesOpilião sob

luz UV

Page 48: Biologia e controle de aranhas

Apesar da aparência assustadora, estes aracnídeos são inofensivos

Solífugo ou SolpúgidoAmblipígeo

PARECE... MAS NÃO É

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FIM

Treinamento desenvolvido pelos Departamentos Técnico e de Comunicação da Astral Franqueadora