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Biologia

Unicelulares e Multicelulares / Vírus

Professor Enrico Blota

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Biologia

ATÓTROFOS, HETERÓTROFOS, UNICELULARES, MULTICELULARES E VÍRUS

Os seres vivos podem ser classificados de acordo de diferentes maneiras, como sua nutrição, tecidos, simetria, tipos de células e outras tantas formas. Neste momento, daremos ênfase na forma de nutrição e número de células que os compõem. Assim, de acordo com a nutrição, podem ser autótrofos ou heterótrofos e, de acordo com o número de células, podem ser unicelulares ou multicelulares (também chamados de pluricelulares).

Seres autótrofos

Dizemos que um organismo é autótrofo quando ele é capaz de produzir a energia que consome, ou seja, seu próprio alimento. Em ecologia, dizemos que ocupam o primeiro nível trófico.

Podem ser divididos de acordo com a maneira de produzir essa energia química, podendo ser fotossintetizantes (como as plantas, as algas e certas bactérias) ou quimiossintetizantes (como muitas bactérias). No primeiro caso, o organismo usa a energia luminosa para produzir essa energia química (normalmente a molécula de glicose) e depende de muitas reações que ocorrem com dependência de pigmentos fotossintetizantes, como a clorofila, carotenos e outros. No segundo caso, o organismo usa energia liberada de reações químicas produzidas por ele mesmo para produzir essa energia química.

              

Vegetal fotossintetizante                 Bactérias quimiossintetizantes

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Seres heterótrofos

Os organismos heterótrofos são os demais organismos que não conseguem produzir seu próprio alimento. Então, necessitam capturar alimento, que pode ser de diferentes formas (normalmente ingestão ou absorção). A ingestão ocorre na maioria dos animais que, através de formas de capturar o alimento, ingerem e depositam esse alimento em um tubo digestivo para que posteriormente haja a absorção de nutrientes para as células. Em certos seres, ocorre absorção de nutrientes diretamente do meio, como é o caso dos fungos.

Em ecologia os seres heterótrofos são enquadrados a partir do segundo nível trófico e podem ser consumidores (primário quando como o autótrofo, secundário quando como o primário, e assim por diante) ou decompositores da matéria morta. Os heterótrofos podem ser herbívoros, carnívoros, onívoros, parasitas específicos e outras formas de alimentação.

O beija flor é um heterótrofo e consumidor primário

Seres unicelulares

Organismos unicelulares são formados por uma só célula. Portanto, a célula é o próprio organismo e é responsável por todas as atividades metabólicas para a sobrevivência, como alimentação, reprodução, síntese de moléculas, etc. Bactérias, cianobactérias, protozoários, muitos fungos e diversas algas são exemplos de organismos unicelulares.

      O tripanossomo é um protozoário e unicelular   Uma colônia de bactérias, cada uma é um ser unicelular.

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Seres multicelulares

Organismos multicelulares são formados por muitas células (milhares, milhões, até trilhões) e podem apresentar o corpo contendo áreas de funções específicas, como é o caso dos animais e vegetais que possuem tecidos e órgãos com funções distintas, porém vitais. Outros organismos como algas e fungos também podem ser multicelulares.

Cogumelos são fungos multicelulares

VÍRUS

O termo vírus deriva do Latim e significa veneno. São estruturas muito simples e pequenas (0,2 µm ou menos). São formados, geralmente, por uma cápsula proteica (capsídeo) envolvendo um ácido nucléico (DNA ou RNA). A maioria dos vírus é menor que todas as células eucariotas e procariotas. Assim, são parasitas intracelulares obrigatórios. Quando estão fora das células são conhecidos como vírions.

Abaixo a estrutura geral de um vírus do tipo fago (não envelopado) e de um vírus envelopado.

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Como os vírus entram nas células?

Um vírus pode entrar nas células de 3 maneiras, dependendo do tipo viral. O bacteriófago faz injeção do ácido nucleico na célula hospedeira; o vírus HIV faz uma fusão do envelope lipídico na membrana plasmática e o vírus da gripe entra por endocitose.

O ciclo reprodutivo de um vírus pode ser lítico ou lisogênico:

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Anotações:

O vírus pode alternar do estado lisogênico para o lítico ou vice versa, conforme abaixo:

HIV – O HIV é um vírus de RNA que possui a capacidade de desenvolver-se no interior dos organismos fazendo transcrições reversas, onde moléculas de DNA são produzidas a partir de RNAs virais. Essa forma metabólica depende de uma enzima chamada TR (transcriptase reversa).

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Abaixo a estrutura desse vírus, causador da AIDS:

Gráfico de uma pessoa infectada com o HIV

Há ainda fragmentos de RNA chamados de viroides (ex. parasitas batatas). Já os mimivírus são os maiores de todos os vírus. Podem controlar seu próprio metabolismo e foram encontrados pela primeira vez na Acanthamoeba polyphaga e já foi, no passado, confundido com uma bactéria coloração e tamanho. Existem também os virusoides que são semelhantes aos viroides, porém necessitam de auxílio de um vírus para se propagar. O RNA de um virusoide somente se multiplica se houver simultaneamente um vírus parasitando a mesma célula.

ATENÇÃO: OS PRÍONS

Príons são versões malformadas de proteínas cerebrais normais e não são vírus. Quando um príon faz contato com uma versão normal de uma mesma proteína ele pode induzir a proteína a se tornar uma proteína malformada. A reação em cadeia resultante pode continuar até que altos níveis desses príons se agreguem, causando um funcionamento celular inadequado e eventual dano ou degeneração cerebral.

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Há várias doenças priônicas humanas e em outros animais. Há alguns anos, a doença da vaca louca afetou o gado bovino, sendo causada por esse tipo de proteína. Nos humanos há uma doença conhecida como Kuru e outra chamada de Doença de Creutzfeldt Jakob. Todas essas anomalias cerebrais também são conhecidas como encefalopatias espongiformes.