biografia chico buarque
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Vida de Chico BuarqueTRANSCRIPT
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CHICO BUARQUE
“As pessoas têm medo das mudanças.
Eu tenho medo que as coisas nunca mudem”
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Francisco Buarque de Holanda Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, a 19 de junho de 1944.
Chico é filho de Sérgio Buarque de Holanda (1902–1982), um importante historiador e jornalista
brasileiro e de Maria Amélia Cesário Alvim(1910-2010), pintora e pianista.
Em 1946, passou a morar em São Paulo, onde o pai assumira a direção do Museu do Ipiran-
ga. Sempre revelou interesses pela música – interesse que foi bastante reforçado pela convivência
com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.
Em 1953, Sérgio Buarque de Holanda foi convidado
para lecionar na Universidade de Roma, consequentemente, a família muda-se para a Itália (foto da
direita)1. Chico torna-se trilíngue, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, suas pri-
meiras "marchinhas de carnaval" são compostas, e, com as irmãs mais novas, Piiizinha, Cristina e
Ana, encenadas.
(…)
1 Chico, seus pais e seus irmãos em Roma, na época em que moraram na capital italiana (1954)
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Chico Buarque chegou a frequentar o curso de Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo
(FAU), em 1963. Parou em 1965, quando se começou a dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I
Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimenta-
ção do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década
de 1970. A primeira composição séria, Canção dos Olhos, é de 1961.
(…) Chico Buarque revelou-se ao público brasileiro quando participou no mesmo Festival, em 1966, transmitido pela TV Record,
com A Banda, interpretada por Nara Leão.
Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do
compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do
vocábulo janela está presente nas suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Ban-
da e Madalena foi pro Mar.
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Festivais de MPB nos anos de 1960
Em 1966, ganha o Festival, transmitido pela
TV Record, com "A banda", intepretada
por Nara Leão. Em 1967, foi a vez de "Roda
Viva", interpretada pelo grupo MPB-4 ganhar
notoriedade nacional. No ano seguinte, voltou a
vencer, desta vez o III Festival Internacional da
Canção, da TV Globo, com "Sabiá", parceria
com Tom Jobim. Apesar das vaias do público,
que preferiam "Pra não dizer que não falei de
flores", de Geraldo Vandré. Apesar do ocorrido, a
carreira de Chico Buarque é marcada por sucessos.
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Trilha-sonora e adaptações de livros
Chico participou como autor e compôs várias canções de sucesso para o fil-
me Quando o Carnaval chegar, musical de Cacá Diegues. Compôs a canção-tema
do longa-metragem Vai trabalhar Vagabundo, de Hugo Carvana, que chegou a modificar
o roteiro a fim de usá-la melhor. Faria o mesmo com os filmes seguintes desse dire-
tor: Se segura malandro e Vai trabalhar vagabundo II. Adaptou canções de uma peça
infantil para o filme Os Saltimbancos Trapalhões do grupo humorístico Os Trapalhões e com inter-
pretações de Lucinha Lins. Outras adaptações de uma peça homónima de sua autoria foram feitas
para o filme A Ópera do Malandro, mais um musical cinematográfico.
Vários filmes que tiveram canções-temas de sua autoria e que fizeram muito sucesso além dos
citados: Bye Bye Brasil, Dona Flor e seus dois maridos e Eu te amo, os dois últimos com Sónia
Braga. (…) Escreveu um livro que foi adaptado para o cinema: Benjamim (2003), tendo como per-
sonagens principais Cleo Pires, Danton Melo e Paulo José.
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Em maio de 2009, é lançado o filme Budapeste com roteiro baseado no livro homónimo
de Chico Buarque. No filme há também a participação especial do escritor.
Teatro e literatura
Chico Buarque musicou as peças Morte e vida Severina e o infantil Os Saltim-
bancos. Escreveu também várias peças de teatro, entre elas Roda Viva (proibi-
da), Gota d'Água, Calabar (proibida), Ópera do malandro e alguns
livros: Estorvo, Benjamim, Budapeste e Leite Derramado.
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O cartaz em questão é referente a primeira montagem da peça "Calabar - o elogio da trai-
ção", censurada em 20 de outubro de 1974 pelo general Antônio Bandeira, da Polícia Federal. A palavra "Calabar" foi proibida e ainda foi proibido que a proibição fosse divulga-da. Seis anos mais tarde, uma nova montagem estrearia liberada pela censura.
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Chico Buarque sempre se destacou como cronista nos tempos de colégio; o seu primeiro livro foi publicado em 1966, trazendo os manus-
critos das primeiras composições e o conto Ulisses, e ainda uma crónica de Carlos Drummond de Andrade sobre A Banda.
Em 1974, escreve a novela pecuária Fazenda modelo e, em 1979, Chapeuzinho Amarelo, um livro-poema para crianças. A bordo do Rui
Barbosa foi escrito em 1963 ou 1964 e publicado em 1981. Em 1991, publica o romance Estorvo e, quatro anos depois, escreve o
livro Benjamim. Em 2004, o romance Budapeste ganha o Prémio Jabuti de melhor Livro de Ficção do ano. Em 2009, lança o livro Leite
Derramado.
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Programas de televisão
Chico Buarque deixou de participar em programas populares de televisão, tendo proble-
mas com o apresentador Chacrinha, que teria feito uma piada com a letra da can-
ção Pedro Pedreiro, ao ouvir o ensaio. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou
no programa. O executivo Boni proibiu qualquer referência a Chico durante a programa-
ção da TV Globo, após um desentendimento entre ambos, mas durou pouco tempo, uma
vez que ainda durante a década de 1970 (e o começo da de 80) as suas músicas
faziam parte de várias telenovelas, como Espelho Mágico e Sétimo Sentido. Depois de uma proibição de vários anos, Chico aceitou fazer um
programa com Caetano Veloso, que contou com a participação de outros artistas.
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Crítica ao Regime Militar do Brasil
Ameaçado pelo Regime Militar no Brasil, esteve exilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Por ter sido
ameaçado pelo regime militar, canções como "Apesar de você" e "Cálice" foram proibidas pela censura. Adotou como saída para o problema
o pseudónimo de Julinho de Adelaide, com o qual escreveu três canções: "Jorge Maravilha", "Acorda amor" e "Milagre brasileiro". Durante o
exílio na Itália, Chico ficou amigo de Lucio Dalla, e na França conheceu e fez amizade com Carlos Bandeirense Mirandópolis.
Foi compositor de canções consideradas de protesto, a exemplo de "Construção" e "Partido alto". A música "Meu caro amigo", por
exemplo, foi direcionada ao diretor Augusto Boal quando vivia no exílio. As maiores cantoras brasileiras gravaram muitas músicas de Chico
Buarque, como Nara Leão, Maria Betânia, Elis Regina, Zizi Possi. Teve muitos parceiros musicais com os quais fez belas canções da MPB.
Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano estão na lista, porém os mais frequentes são Francis Hime e Edu
Lobo.
http://bibliotecampb.blogspot.pt/2011/01/chico-buarque-de-hollanda.html (adaptado)