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Biocombustíveis Drop-In para Aviação Certificação de Jet fuel e BioQav Desenvolvimento de Rotas de Conversão Profa. Vânya M. D. Pasa (Eng. Química, D.Sc. Química) Seminário Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização: Oportunidade de Negócios e Investimentos na Cadeia de Valor do Bioquerosene

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  • Biocombustíveis Drop-In para Aviação Certificação de Jet fuel e BioQav

    Desenvolvimento de Rotas de Conversão

    Profa. Vânya M. D. Pasa (Eng. Química, D.Sc. Química)

    Seminário Desenvolvimento Sustentável e Descarbonização: Oportunidade de Negócios e Investimentos na Cadeia de Valor do Bioquerosene

  • • A UFMG é a maior universidade de Minas Gerais (cerca de 50 000 estudantes e 75 cursos).

    • É a que mais deposita patentes no Brasil

    • O LEC-UFMG é um laboratório com grande experiência em análises e certificação de combustíveis automotivos

    • Foi criado em 2000, a convite da ANP, para monitoramento da qualidade dos combustíveis em postos revendedores de Minas Gerais. Hoje atende demandas tanto da ANP como empresas em geral (prestação de serviços e pesquisas).

    LEC-UFMG tem acreditação ISO /IEC 17025 – Requisitos Gerais para Competência de Laboratórios de Ensaios e Calibração

  • Acreditação ISO 17025 : Competência em Laboratórios de Ensaios e Calibração

  • • Compromisso

    • I – Atingir crescimento neutro de carbono até 2020;

    • II – Reduzir as emissões de CO2 em 50% até 2050.

    Bioquerosene

    A indústria de biocombustíveis para aviação é um negócio

    promissor: mercado crescente

  • 5

    Gasolina Etanol E27

    Diesel Biodiesel B8

    Querosene Bioquerosene (?)

    Biocombustíveis no setor de transportes

    Bioquerosene é o novo desafio tecnológico do setor de biocombustíveis

  • Importância dos Biocombustíveis Drop-In

    • Os biocombustíveis drop in são misturas de biohidrocarbonetos, similares aos derivados fósseis, que atendem à especificação de um combustível convencional de petróleo (elevado poder calorífico, não higroscópico devido a ausência de oxigênio).

    • Podem compartilhar a infraestrutura de distribuição usada pelos derivados fósseis. Não exigem mudanças em motores.

    • Destacam-se : diesel verde (substituto do biodiesel e Qav em baixos teores) e o bioquerosene (substituto do querosene para aviação - QAv).

    • Desafio na área de desenvolvimento tecnológico do setor de Biocombustíveis (indústria nascente), pois envolve tecnologia mais complexa e requisitos de qualidade rígidos e difíceis de serem alcançados.

  • Vantagens do Diesel Verde em relação ao Biodiesel

    • Tem hidrocarbonetos similares aos do diesel de petróleo, não têm oxigênio.

    • Diesel verde não absorve água, logo não causa a degradação microbiológica do combustível, não havendo formação de borra nem bolsões de água, não causando corrosão e danos aos motores.

    • Diesel verde pode ser usado em qualquer teor, inclusive acima de 20%, sem ajustes de motores.

    Profª. Drª. Vânya Pasa

    • Diesel verde pode ser produzido por mesmas rotas de síntese que o bioquerosene para aviação, porém com menor número de etapas.

  • Atividades Desenvolvidas em Biocombustíveis Drop-in no LEC- UFMG

    Esforços para Implantação do Primeiro Laboratório Brasileiro de Certificação de Bioquerosene de Aviação

    • Contrato de Parceria com a Boeing para implantação de 50% dos ensaios demandados para certificação de QAv- fóssil e alternativo.

    • Estudo sobre legislações brasileira e americana • Participação Interlaboratorial ASTM- EUA • Busca de recursos para aquisição de equipamentos para realização os 50% dos ensaios restantes e

    acreditação junto ao INMETRO (Minas Competitiva, BID)

  • Querosene fóssil ASTM D1655

    Certificação do Combustível

    Querosene fóssil ANP resolução No.37

    Querosene Alternativo ANP resolução No.63

    Resoluções ANP Normas ASTM

    Querosene alternativo ASTM D7566

    O Brasil necessita de investimentos para a implantação do laboratório de certificação. Ensaios precisam ser todos acreditados, o que é um trabalho longo. 50% dos ensaios já implantado na UFMG.

    1-Autorização para inserção no mercado (nova tecnologia) 2- Autorização para venda/ controle qualidade.

  • Certificação de Combustíveis para Aviação

    • Total: 33 testes – Querosene (Fóssil + biojet) segundo ASTM D 1655 e ASTM D 7566

    16 testes

    aguardando

    investimentos = 48%

    Único laboratório brasileiro a participar do Programa interlaboratorial da ASTM para Jet-fuel

    LEC-UFMG é membro da Plataforma Mineira de Bioquerosene, comprometeu-se em fazer a Certificação do BioQAv.

  • Desenvolvimento de Tecnologias de Conversão

    Atividades Desenvolvidas em Biocombustíveis Drop-in no LEC- UFMG

    • Trabalhos Finalizados no tema: 1 Pós-doutorado (óleo de palma e residual) e 2 doutorados (óleo de macaúba e óleo de palma) .

    • Trabalhos em andamento : 1 doutorado com estágio sanduíche nos EUA – Universidade de Oklahoma (óleo de soja, LCC e lignina); 1 doutorado (resíduos ligno-celulósicos – pirólise e liquefação hidrotermal).; 1pos-doutorado ( simulação de processo, estudo de viabilidade econômica, sistemas contínuos)

    LCC- Liquido castanha caju Macauba Palma Soja Gordura frango Sebo bovino

    Bagaço

    Lignina

  • BIOREFINARIA - Combustíveis drop in de Macaúba

    Bioespumas da torta da polpa de Macaúba, após liquefação

    Aplicação: isolamento térmico, acústico e embalagens

  • • A integração de diferentes cadeias produtivas poderá garantir matéria prima para novos biocombustíveis e o desenvolvimento econômico do estado de Minas Gerais.

    Óleo de Macaúba – Cooperativa em Montes Claros

    Mat

    éria

    Pri

    ma –

    Min

    as G

    erai

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    Biocombustíveis Drop in : Bioquerosene e Diesel verde

    Macaúba

    Bio-óleo soja

    Gordura Animal

  • Fase P&D

    Implantação do Primeiro Laboratório Brasileiro de Certificação de Combustíveis

    Aeronáuticos

    Desenvolvimento Tecnológico -UFMG

    Testes reator em batelada Escala Laboratório

    Testes Reator Contínuo Escala Piloto

    Implantação Unidade Industrial Contínua Fase P&D Laboratório

    Fase Semi-industrial e Industrial

    O desenvolvimento tecnológico tem sido acelerado na UFMG pela expertise na área de certificação do Bio-jet.

  • Profª. Drª. Vânya Pasa

    Alcohol-to-jet (ATJ)

    Oil-to-jet (OTJ) -

    Gas-to-jet (GTJ)

    Sugar-to-jet (STJ)

    Principais Tecnologias para produção de Querosene

    Alternativo - BioQAv

    Flexibilidade nas Tecnologias - Diversidade nos processos - Diversidade de Matériais – primas (sólido, líquido e gás)

    Obrigatoriedade:

    - Sustentabilidade - Preço competitivo com Jet fuel

    - -Qualidade Elevada

  • Processo HEFA / (OTJ) ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil)

    Profª. Drª. Vânya Pasa Renewable and Sustainable Energy Reviews 53 (2016) 801–822

    Catalisadores:

    Metais nobres suportados (Pd, Pt);

    CoMo/ gAl2O3, NiMo/ gAl2O3.

    Condições: 300-450 °C

    Pressão: 20-80 bar

    300- 450 °C

    20 – 80 bar H2

    Óleo novo

    Pre-tratamento

    Hidrólise Desoxigenação

    e Craqueamento

    Isomerização

    Destilação Fracionada Óleo ou Gordura residual

    -Nafta -Diesel verde -Bioquerosene

  • Desenvolvimento Tecnológico Focado em Redução de Custos • Diferentes Rotas de Desoxigenação : pirólise catalítica e HEFA • Desenvolvimento de catalisadores residuais e de baixo custo Catalisadores sustentáveis

    • Processos com condições experimentais brandas: menores temperaturas e pressões, baixa

    dependência de H2

    10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130

    0e6

    10e6

    20e6

    30e6

    40e6

    Fraction 1

    Fraction 2

    Fraction 3

    Fraction 4 F1 F2 F3 F4

    35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90

    10e6

    20e6

    30e6

    40e6

    50e6

    60e6

    70e6

    Petrobras Fossil Kerosene

    Fraction 4

    Macaúba Green Diesel and

    Biokerosene

  • 18

    Produção de Catalisadores Sustentáveis Residuais e Uso Inovador de Catalisadores Metálicos de Menor Custo

    Normalmente, os catalisadores representam 10% do custo operacional do processo.

    A UFMG registrou patente junto ao INPI para processo com catalisador residual.

    18 catalisadores diferentes já foram testados com sucesso no LEC-UFMG.

  • LEC- Projetos de P&D

    • Trabalhos em reator batelada, catalisadores residuais.

    • Um pedido de patente já foi encaminhado ao INPI.

    • Próxima Etapa: testes em reator contínuo.

  • Resultados

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    Cat.A Cat.B Cat.C Cat.D

    Gasoline C5-C10

    Biokerosene C9-C15

    Green Diesel C14-C20Fig.1: Hydrocarbon contents formed.

    Reaction using pressure 10 bar N2, 350 °C temperature, agitation 700 rpm and 5% catalyst

    Fig.2: Hydrocarbon content components of biogasoline fraction, biokerosene and green diesel.

    92 100

    79 79

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Cat.A Cat.B Cat.C Cat.D

  • O

    O

    O

    O

    O

    O

    CH3

    CH3

    CH3

    Hidrocarbonetos lineares

    Pd/C

    Óleos de Palma

    CH3 CH3

    CH3CH3

    CH3 CH3

    CH3 CH3CH3OH

    O

  • CH3

    CH3

    CH3

    CH3 CH3

    Hidrocarbonetos

    Destilação Catalisadores Ácidos

    Oleos de Palma

    CH3

    CH3CH3

    CH3CH3

    CH3 CH3CH3

    CH3

    CH3O

    O

    O

    O

    O

    O

    CH3

    CH3

    CH3

    CH3OH

    O

    Bioquerosene

  • Bioquerosene

    40 60 80 100 NbOPO

    4-POORG1

    Inte

    nsi

    ty (

    u.a

    .)

    Retention time (min)

    Jet-fuel

    Biojet-juel

    BCH3

    CH3CH3

    CH3

    CH3

    CH3

    -80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10

    NbOPO4-POORG1 fracttion 15%

    Jet-fuel

    -47 °C

    Hea

    t flo

    w (

    a.u.

    )

    Temperature (°C)

    -62 °C

  • Planta Piloto – Próxima etapa

  • 25

    O bio-crude pode ser processado para a produção de biocombustíveis

    Bio-crude a partir da liquefação (Solvólise)

    Liquefação

    Biomassa Biocrude

    Algas, resíduos lignocelulósico, esgoto e dejetos

  • Re

    con

    he

    cim

    en

    to d

    os

    Serv

    iço

    s P

    rest

    ado

    s-

    C

    ert

    ific

    ação

    Co

    mb

    ust

    íve

    is d

    os

    He

    licó

    pte

    ros

    da

    Po

    lícia

    Mili

    tar

  • Agradecimentos

    [email protected]

  • Investimentos -Planta Piloto

    • Planta piloto para 50 kg de óleo/hora = 288 toneladas /ano

    Envolve sistema para:

    • pré-tratamento do óleo ou gordura

    • Reator de síntese contínuo e de alta pressão

    • Sistema de destilação

    • Sistema para preparo e ativação do catalisador

    • Valor: R$ 1.500.000,00 em equipamentos

  • Produtos

  • 30

    Cana de açúcar

    moagem

    Caldo Etanol (1ª geração) fermentação

    Bagaço Palha

    Pré-tratamento

    hidrólise

    Celulose

    Etanol (2ª geração)

    Lignina

    Bio-crude Biocombustível

    BioQAv

    Bioquerosene a partir de lignina residual

    Liquefação

    “Upgrade”