bing bang - o equivoco

Upload: william-curie

Post on 07-Jan-2016

22 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Para saber mais do Bing Bang

TRANSCRIPT

  • BIG BANG

    O GRANDE EQUIVOCO

    FRANCISCO GUERREIRO MARTINHO

    [email protected]

    Niteri novembro de 2011

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    BIG BANG: O GRANDE EQUIVOCO

    CONSIDERAES INICIAIS

    O modelo atualmente mais aceito sobre o incio do Universo o do Big Bang, ou seja, A Grande Exploso Trmica. O conceito de incio quente foi sugerido pela primeira vez por Gamov, em 1948. Em sua teoria, fez a previso de que a radiao dos primrdios do universo, muito quente, (sob a forma de ftons) deveria estar presente ainda hoje, s que com temperatura bem reduzida (pouco acima do zero absoluto).

    Alguns fsicos garantem que a cada perodo de tempo (muito longos em relao nossa vida, portanto, com alguma subjetividade), a temperatura do universo diminui de certo valor.

    difcil imaginar como pode ser possvel medir a temperatura de um universo to grande e to complexo, composto por vrias galxias. Ao invs disso, no teria ela sido somente imaginada, ou ento determinada por complicadssimos clculos com a utilizao de nmeros abstratos? Ento no estaramos no subjetivismo puro?

    O modelo atual impe que o universo est sempre se resfriando, a partir do Big Bang, porque a teoria tem como premissa ser o universo regido pelo modelo de Friedman, e este impe que enquanto ele se expande, qualquer radiao ou matria nele existente, se resfria.

    E o resfriamento at quantificado, pois o modelo diz que enquanto o universo dobra de tamanho, sua temperatura cai metade.

    A velocidade de expanso do universo tambm quantificada: ele se expande a razo de 5 a 10 % a cada bilho de anos.

    De qualquer forma, baseado puramente no amparo conceitual de nossas leis universais, j entendidas e perfeitamente mensurveis, pode-se proceder a uma avaliao termodinmica do fato:

    Como pode um sistema estar aumentando a entropia ao mesmo tempo em que est diminuindo a temperatura? A termodinmica no nos diz que a entropia, uma medida do caos do sistema, diretamente proporcional temperatura?

    As anlises regressivas (regresso dos eventos at chegar ao tempo zero) nos levam a que no incio da dimenso tempo, logo, o incio do universo em expanso, que o universo tinha densidade infinita (logo, no havia espao vazio entre as partculas) e temperatura elevada (infinita); esta, calculada como sendo de 10 bilhes de graus, aps 1 segundo do Big Bang, mas com Entropia nula.

    Claro que no disponho de dados para questionar os resultados obtidos pelos cientistas envolvidos no modelo do Big Bang. Entretanto, posso concluir que se eles estiverem certos, os conceitos de equilbrio termodinmico estaro fatalmente errados. E isto facilmente comprovado, pois se sabe que todo sistema com entropia pequena ou nula, absolutamente estvel. Um sistema aumenta a sua estabilidade medida que as partculas vo se unindo devido ao aumento de coeso entre elas, oriundo da diminuio

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    2

    da entropia delas. Assim, quanto maior a coeso, logo, menor a entropia, mais estvel o sistema.

    Portanto, por mais complicados que esses clculos tenham sido, seus resultados podem ser questionados do ponto de vista puramente termodinmico. Por que o universo primordial teria conseguido se unir numa temperatura to alta, sem nenhuma conteno externa? Uma vez que ele explodiu e deu origem ao nosso universo em expanso permanente, significa que no havia restrio sua expanso. E, no tendo nenhuma restrio, porque todas as partculas conseguiram se unir to intimamente e com tanta fora, em condies to desfavorveis a coeso? A cincia nos mostra que s existem grandes aglomeraes baixas temperaturas, onde o ambiente amplamente favorvel coeso. J em altas temperaturas, a diminuio da energia livre total de qualquer sistema, inclusive o universo, conseguido atravs da entropia, pelo movimento catico das partculas, em permanente mudana aleatria de posies. Logo, medida que a temperatura aumenta em um sistema sem conteno externa, as partculas necessitam cada vez mais de espao para poder ampliar seu movimento catico para diminuir a energia livre total e com isso, manter o equilbrio do sistema, anulando o aumento da energia livre ocasionada pela diminuio da coeso. Isto comprovado at pela sabedoria popular de qualquer leigo, que diz textualmente: calor demais derrete (e no explode)! Havendo conteno externa, claro que tudo vai ocorrer de modo distinto: o aumento da temperatura aumenta a agitao trmica, e como no h espao disponvel para permitir a dissipao da energia pelo movimento catico, haver um violento aumento da presso, que fatalmente chegar exploso. Mas, tendo s a fora da gravidade como conteno externa, por que ela foi suficiente para permitir uma presso to grande que ocasionasse uma exploso to violenta? Por que ela no foi sendo vencida gradativamente, permitindo o equilbrio em nvel energtico mais baixo? Isto no viola a termodinmica? O prprio modelo do Big Bang, bastante paradoxal, nos informa sobre isso. Ele diz que, medida que o universo se expandia, a temperatura da radiao caa. E diz que, com temperaturas muito altas as partculas se moviam muito rapidamente a ponto de escaparem de qualquer atrao mtua (devido s foras nucleares e eletromagnticas); mas medida que se resfriavam podia-se esperar que as partculas comeassem a se fundir. E diz ainda que, cem (100) segundos aps a exploso, a temperatura caiu a 1 bilho de graus, que a temperatura encontrada hoje no interior das estrelas mais quentes (E porque essas estrelas no continuaram a se resfriar como o resto?), e nessa temperatura os prtons e nutrons j no tinham mais energia suficiente para escapar da fora nuclear forte e ento se combinaram para produzir os ncleos de deutrio, e esses com mais prtons e nutrons formaram os ncleos do hlio. Que tipo de energia teriam as partculas, que no permitiam a fuso (coeso)? No seria a entrpica? Quando ela diminuiu, foi possvel a coeso! Ento, pelo modelo do Big Bang a entropia no estaria aumentando e sim diminuindo! E como ela pode ter sado de zero, se o modelo prev que ela esteja diminuindo e no existe entropia negativa?

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    A VISO TERMODINMICA Para um esclarecimento sobre os conceitos utilizados pelos cientistas ligados ao modelo do Big Bang e os conceitos termodinmicos, preciso esclarecer o que se conceitua como estudo termodinmico e suas principais formas de energia, a coeso e a entropia.

    Conceito de Termodinmica

    A termodinmica o estudo quantitativo das modificaes das propriedades dos

    sistemas materiais com a temperatura. Ela tambm pode ser definida como o estudo das leis gerais das transformaes das diferentes formas de energia.

    Um sistema termodinmico caracterizado como uma parte do universo sujeita anlise termodinmica, o que indica que nenhum sistema pode ser caracterizado como termodinmico pela existncia de propriedades especficas, mas, fundamentalmente, pelo mtodo com que analisado, razo pela qual, para se estudar termodinamicamente um sistema qualquer, necessrio acrescentar s variveis inerentes ao sistema, uma nova varivel: a temperatura (T). A caracterizao de um sistema termodinmico dado pelas coordenadas do sistema, que um conjunto de variveis associadas a ele e que permitem identific-lo univocamente. A cada conjunto de valores das variveis que caracterizam um sistema, corresponde um determinado estado do sistema. A anlise das transformaes de energia podem ser feitos por dois processos diferentes: -o primeiro consiste na conduo da anlise utilizando hipteses ou teorias sobre a constituio atmico molecular dos corpos e que so chamadas variveis microscpicas. -o segundo consiste na conduo da anlise utilizando apenas as variveis que caracterizam o sistema como um todo e que so chamadas variveis macroscpicas.

    A descrio microscpica requer um grande nmero de variveis para descrever o sistema; geralmente essas variveis so difceis (s vezes impossveis) de serem medidas diretamente. Esta a forma de descrio adotada pela termodinmica estatstica.

    A descrio macroscpica geralmente requer apenas um pequeno nmero de variveis, que podem ser medidas diretamente e que tm uma relao intuitiva com os sentidos humanos. Esta a forma de descrio adotada pela termodinmica clssica.

    A anlise termodinmica de um processo no leva em conta a varivel tempo. Se as coordenadas termodinmicas do sistema no variam com o tempo, o sistema se encontra em equilbrio termodinmico.

    Os sistemas naturais tendem para um estado de equilbrio seguindo um processo espontneo. Muitas transformaes de um estado de no equilbrio para um estado de equilbrio ocorrem com extrema lentido, o que no influi na anlise termodinmica do processo, que no inclui a varivel tempo.

    Termodinamicamente um processo ou transformao dito reversvel quando ele constitudo por uma sucesso contnua de estados de quase equilbrio, isto , o sistema em evoluo passa sucessivamente por estados infinitamente prximos uns aos outros, mas sempre se conservando em condies infinitamente prximas do equilbrio.

    Quando, durante um processo, no h alterao brusca de nenhuma varivel intensiva entre dois pontos vizinhos do sistema, diz-se que o sistema evolui segundo um processo com reversibilidade interna (s diz respeito ao interior do sistema).

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    2

    Quando, durante um processo, em cada estgio desse processo, as variveis intensivas do sistema diferem infinitamente pouco das variveis intensivas anlogas do exterior, diz-se que o sistema evolui em condies de reversibilidade total.

    Conceito de Entalpia Existe uma certa confuso na conceituao de entalpia, principalmente em

    relao a sua natureza. Os fsico-qumicos esto acostumados a lidar e a se referir a duas caractersticas termodinmicas: a Entalpia e a Entropia. Como a Entropia classicamente ligada ao conceito de desordem, de caos, alguns so levados intuitivamente a fazer correlao da entalpia com alguma forma de energia de ligao entre partculas, ou seja, com energia coesiva. comum observarmos nos livros texto, referncias entalpia como energia, e entropia como desordem, caos de posio.

    A prpria discusso do equilbrio termodinmico nos leva a isso; l diz que

    quem comanda o equilbrio a relao T

    e diz que para T baixo, importa a

    distribuio catica de energia entre as partculas do sistema. E segue que, com o aumento de T, a relao se torna to pequena que a distribuio de energia deixa de ter importncia, passando a importar a, a distribuio catica de posio.

    claro que essa afirmao est correta; entretanto, pela forma como apresentada, leva muitos a fazerem a confuso citada.

    O que preciso ficar claro que a Entalpia apenas o "apelido" que se d ao calor (q) quando ele trocado entre o sistema e o meio sob presso constante. Basta verificar a origem do termo, obtido a partir do Primeiro Princpio da Termodinmica:

    q = dU + p.dV + V.dP

    No caso do processo evoluir a presso constante, V.dP = 0, logo, a expresso se torna: q = dU + p.dV a qual, para o caso de p cte, pode ser integrada obtendo-se:

    q = (U2 + p.V2) (U1 + p.V1).

    A expresso U + p.V recebeu o nome de Entalpia e sua variao j leva em conta, alm da variao de energia interna (U) tambm a variao de volume (V) durante a evoluo do processo. A variao de Volume s tem sentido em gases, pois nos sistemas condensados (lquidos e slidos) essa variao desprezvel.

    O esclarecimento pode ser obtido na prpria definio de Entalpia: ela definida como o "contedo trmico" ou o "contedo de calor" do sistema, quando o sistema evolui a p constante.

    Dessa forma, como quem gera a Entropia o calor recebido pelo sistema, pode-se concluir que a Entalpia a prpria energia entrpica.

    Assim sendo, pode-se afirmar que a variao de Entalpia (H) num processo, nada mais do que a variao de energia entrpica desse sistema, quando o processo evolui a p constante.

    A prpria expresso da Entropia, deduzida mais a frente (S =TR

    H

    .

    por mol)

    evidencia que a variao de Entropia (S), que adimensional, diretamente

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    3

    proporcional variao de Entalpia (H), que nada mais do que o calor recebido pelo sistema a presso constante.

    Da, fica fcil observar que o fator RT (R a constante universal dos gases perfeitos e T a Temperatura absoluta em que o sistema se encontra), que transforma a variao de entalpia (que tem dimenso de energia) em um nmero adimensional, j que

    S nada mais do que o nmero de quanta fornecidos ao sistema, um fator que tem a dimenso de energia. E, de fato, como a dimenso de R energia / mol x K e a Temperatura K, resta que o fator RT tem como dimenso energia / mol. Dessa forma, o produto desse fator com dimenso de energia (RT) pelo adimensional S, que significa variao de caos, gera a energia que quantifica esse caos (entropia).

    Por outro lado, quando o processo evolui com variao da presso, perde o sentido falar em Entalpia e se obtm a Entropia diretamente a partir do calor (q). Assim, por se tratar de um caso particular do calor (q), a generalizao do uso do conceito de Entalpia que permite essa confuso. Portanto, parece ser mais claro a utilizao do conceito de energia ligado ao de coeso, ou seja, energia organizada oriunda da ligao entre quaisquer partculas, e o calor q trocado entre o sistema e o meio como energia desorganizada, ligada ao conceito de Entropia.

    O Conceito de Coeso O conceito de coeso o oposto ao conceito de entropia: enquanto este mede a desordem (caos) do sistema, a coeso mede a fora com que as partculas esto ligadas. O estudo completo da coeso bastante complexo, devido ao enorme nmero de formas de apresentao da energia coesiva, especialmente das foras de coeso que lhe do origem. Neste trabalho no h interesse em apresentar um estudo profundo sobre as foras e energias de coeso, bastando que fique claro que essas foras apresentam direcionamento e contribuem para o abaixamento da energia livre total do sistema atravs do envio desta energia para o universo, em forma de entropia. Contribuem para a coeso entre as partculas do sistema todas as foras (energias) que as ligam com cada vez mais intensidade e, dentre elas pode-se citar: - as foras nucleares forte e fraca; - as foras eletromagnticas; - as foras do retculo cristalino das ligaes inicas; - as foras das ligaes covalentes; - as foras das ligaes metlicas; - as foras de atrao dipolo-dipolo (permanentes e induzidos); - as foras disperso de Van der Waals; - as foras das pontes de hidrognio, etc.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    4

    O Conceito de Entropia O conceito de Entropia mais delicado que o de Coeso, e tem causado muita confuso, que parece estar intimamente ligada defasagem entre a conceituao filosfica e a indevida generalizao de sua formulao matemtica. a - Conceituao Filosfica A conceituao filosfica da Entropia no difcil de ser compreendida: ela ligada ao conceito de probabilidade intrnseca do sistema. Sabe-se que o aumento da temperatura aumenta o contedo energtico (energia trmica) do sistema, sendo que a partir de determinada temperatura, onde a energia coesiva deixa de ser importante, passa a importar a energia entrpica, medida pelo caos de posio das partculas do sistema. Deve ficar claro que quando se fala em mudana aleatria (caos) de posio das partculas do sistema, isto no obriga a uma troca na posio que cada partcula ocupa no espao tridimensional em relao s outras partculas: esta somente uma das formas de manifestao do caos de posio, chamado deslocamento translacional. Mas existem tambm os movimentos de rotao e de vibrao das partculas: o de rotao faz a partcula girar em torno de um de seus eixos de rotao, o que no envolve mudana de posio no espao tridimensional e o movimento vibracional, pelo qual, cada duas unidades de uma mesma partcula vibram (movimento de vai e vem) em torno de um ponto mdio, sendo que a excitao desse movimento pode ampliar a freqncia dessa vibrao ou aumentar sua amplitude. Para o aumento da desordem (caos) do sistema, a quantidade de calor (q) recebida do universo e que gera o aumento do contedo trmico do sistema, deve ser distribudo s partculas em forma de pacotes de energia (quanta energticos) distribudos ao acaso em funo dos graus de liberdade existentes (translacional, rotacional e vibracional) e do espaamento energtico de cada grau de liberdade. Isto tambm fica explcito a partir da teoria da capacidade calorfica de Einstein-Debye, segundo a qual: "a entropia das oscilaes tanto maior quanto menor for a rigidez do enlace". Isto significa que se o enlace entre duas partculas menos rgido, o par pode vibrar mais livremente, alm de uma das partes poder girar em relao a outra parte. Logo, no mesmo intervalo de tempo considerado, haver mais variaes nas posies possveis para o conjunto, o que confere ao sistema uma maior probabilidade intrnseca, logo, uma maior entropia. Portanto, o aumento da rigidez do enlace, seja pela multiplicidade de ligaes entre seus constituintes, seja pelo aumento da coeso (gerado pela diminuio da temperatura), alm de dificultar a oscilao (vibrao), impede a rotao de uma parte da partcula em relao a outra, diminuindo muito a probabilidade intrnseca do sistema, logo, diminui muito sua entropia. Como a 0 0K atingida a maior rigidez possvel entre as ligaes, j que elas se tornam to rgidas que acabam todos os graus de liberdade, fica bvio que nesse ponto a entropia ser nula. Logo, pode-se concluir que a entropia de um sistema tanto maior quanto maior for a probabilidade de estado desse sistema. E, como se viu, a maior probabilidade intrnseca de um sistema depende da maior probabilidade de alteraes nas posies dos

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    5

    elementos constituintes do sistema, que por sua vez, tanto maior quanto maior for a agitao trmica do sistema, logo, maior seu contedo trmico. A influncia da temperatura na Entropia pode ser bem compreendida na seqncia de comportamentos da desordem de um gs quando o mesmo baixa a temperatura, conforme encontrado nos livros texto de fsico-qumica, descrito como segue:

    - quando um gs resfriado, sua entropia diminui. Isto porque, com a diminuio da temperatura a energia a ser distribuda em forma translacional (cujo valor 3/2. kT) cada vez menor, logo, a desordem de movimentos diminui, como tambm h restrio aos graus de liberdade rotacional e vibracional. Em todos trs graus haver cada vez menos estados excitados ocupados.

    - quando um gs se liquefaz, sua entropia diminui drasticamente. Na temperatura onde o gs se condensa, a translao das partculas muito mais restrita, diminuindo drasticamente a desordem de posio; diminuem menos a rotao e a vibrao.

    - quando um lquido resfriado, sua entropia diminui. O abaixamento da temperatura restringe mais ainda o movimento molecular do lquido e os estados de energia ocupados cada vez menor, diminuindo portanto, a desordem de movimentos.

    - quando um lquido se solidifica, sua entropia diminui drasticamente. Na solidificao as molculas se distribuem regularmente no retculo cristalino, perdendo mais liberdade de movimento, mantendo to somente os modos normais de vibrao do cristal, mas refletindo a rigidez e a regularidade do estado slido.

    - quando um slido se resfria, sua entropia diminui. Como no estado slido j no existem mais os graus de liberdade translacional e rotacional, o abaixamento da temperatura vai diminuindo progressivamente o movimento vibracional das molculas em torno de suas posies de equilbrio, diminuindo portanto, a desordem de movimento (a desordem de posio j no existe no estado slido). A 00K todo movimento desordenado deve cessar, j que cada molcula adquire posio fixa no retculo cristalino, no havendo nem vibraes caticas excitadas e o sistema fica isento de qualquer tipo de desorganizao, logo, s existe um arranjo possvel, que corresponde ao cristal perfeito. Como a entropia o logaritmo da probabilidade, com um s arranjo possvel (P=1, logo, lnP=0) a entropia do sistema zero.

    b - Avaliao Qualitativa da Entropia Uma forma qualitativa de se compreender a entropia, encontrada em livros texto,

    se baseia em considerar uma sala de aula cheia de crianas com sua professora, e imaginar que o teto uma enorme mquina fotogrfica, capaz de fazer tomadas sucessivas com intervalos to pequenos quanto se queira.

    Durante certo perodo de aula, com todas as crianas sentadas prestando ateno professora, so tomados um sem nmero de fotos. A sobreposio destas fotos apresenta pequenas e localizadas manchas leves, correspondendo a eventuais movimentos de braos ou de cabea das crianas, j que todas esto sentadas e quietas. Esta a imagem de um sistema de baixssima entropia, j que o ambiente est completamente organizado, com pouqussimos movimentos perceptveis.

    Em um segundo estgio, imaginemos que a sucessiva tomada de fotos se realize no momento em que toca o sinal do recreio e a crianada toda levanta ao mesmo tempo, correm em todas as direes, atiram cadernos, se abraam, pegam suas merendas, etc. Neste caso, a sobreposio destas fotos vai mostrar uma enorme e intensa mancha,

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    6

    ocupando grande parte do espao total, que indica que o ambiente se tornou altamente entrpico.

    A comparao das duas situaes simuladas, mostra claramente que houve um enorme aumento de entropia da primeira para a segunda situao.

    c - Formulao Matemtica da Entropia

    A conceituao analtica da entropia que leva a tantas interpretaes nebulosas. Ela foi definida inicialmente, empiricamente, pela relao entre o calor trocado reversivelmente entre o sistema e o meio (qr) e a temperatura absoluta (T) em que essa troca se efetua, ou seja:

    S = T

    qr ou S =

    T

    H

    Com a introduo do conceito de probabilidade, ela passou a ser definida matematicamente atravs do seguinte esquema. Na expanso de um gs ideal temperatura constante, em dois bales interligados e de volumes diferentes, pode-se observar que no equilbrio as molculas se distribuem proporcionalmente aos volumes dos bales. Como exemplo, se tivermos 4 (quatro) moles de um gs num balo de um litro, e este estiver conectado a um balo de 3 (trs) litros, ao se abrir a comunicao, o gs migrar para o balo maior, at atingir o equilbrio. No final o equilbrio ser alcanado quando a presso for uniforme nos dois bales, o que ter como condio a presena de 1 (um) mol do gs no balo de 1 (um) litro e 3 (trs) moles de gs no balo de 3 (trs) litros. Isto indica que a distribuio mais provvel do gs proporcional aos volumes dos recipientes. Da, podemos concluir que a probabilidade (P) do gs : P = b.V onde b a constante de proporcionalidade. Portanto, num processo de expanso temperatura constante, de um gs ideal, do estado 1, a partir de um volume V1 , logo, com probabilidade P1 at um estado 2, com dado volume V2, logo, com probabilidade P2, teremos: P1 = b. V1 e P2 = b. V2

    A entropia, por ser uma medida da desordem do sistema em funo dos efeitos trmicos, ligada probabilidade intrnseca do sistema, da ser definida como o logartimo natural da probabilidade de estado do sistema, e portanto:

    S = ln P

    Assim, na expanso considerada acima, podemos escrever: S1 = ln P1 e S2 = ln P2 Da conclui-se que a variao de entropia ligada expanso isotrmica de um gs ideal :

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    7

    S = S2 - S1 = ln P2 - ln P1 = ln b.V2 - ln b. V1 = ln VV

    1

    2

    Considerando que a expanso se processe em condies de reversibilidade, j que a entropia funo de estado (logo, independe do caminho percorrido), o trabalho mximo a ser obtido nessa expanso, :

    Trabalho reversvel realizado = Calor reversvel absorvido = n.R.T.ln VV

    1

    2

    E, como S = ln VV

    1

    2 vem que:

    qr = H = n.R.T. S ou: S = TRn

    H

    ..

    onde:

    - qr ou H = calor absorvido reversivelmente do ambiente - n = nmero de moles do gs envolvido na expanso - R = constante universal dos gases perfeitos - T = temperatura absoluta do sistema - S = variao de entropia do sistema O mesmo resultado acima, j havia sido obtido no sculo passado, quando o calor era considerado uma substncia (o calrico) e ainda no havia nenhum relacionamento da entropia com o conceito de probabilidade. De qualquer forma, parece claro que no existe nenhuma diferena entre as duas, tendo em vista que chamar a unidade de calor de calrico como fez Clausius no incio do sculo XIX ou de quantum como feito atualmente atravs da mecnica quntica,

    parece no importar muito, pois em ambos os casos, a relao: S = TRn

    H

    ..

    para todo o

    sistema ou: S = TR

    H

    .

    (por mol) apenas representam o nmero de quanta (ou

    calricos!) existentes no sistema. E como quem leva a desordem ao sistema o quantum, seu nmero indica a quantidade de desordem (entropia) levada ao sistema.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    A GENERALIZAO INDEVIDA Na deduo mostrada acima, que apresentada at hoje pela termodinmica como forma de definir a Entropia, s se pode concluir que na expanso de um gs ideal temperatura constante, em dois bales interligados e de volumes diferentes, pode-se observar que no equilbrio as molculas se distribuem proporcionalmente aos volumes dos bales. A equao, obtida nas condies pr estabelecidas de utilizao de um gs ideal e operando temperatura constante, foi generalizada para todo o sistema universal, sob presso infinitamente alta e com a temperatura variando, o que , pelo menos, profundamente insensato. claro que mesma temperatura, quando a energia trmica das partculas se mantm constante, quanto maior o espao disponvel maior a entropia, pois o movimento de vai -vem das partculas aumenta sua amplitude. Mas, se houver variao de temperatura, muda tudo, pois muda o contedo energtico das partculas.

    A VERDADEIRA CONFUSO CONCEITUAL

    Na verdade, o que parece ter acontecido foi a utilizao indevida da equao obtida para a entropia.

    A equao obtida: S = TR

    H

    .

    (por mol) que calcula o nmero de quanta

    existentes no sistema, foi indevidamente amputada para: S = T

    H e passou a

    simbolizar a variao de entropia causada por certa quantidade de entalpia fornecida ao sistema em determinada temperatura. A partir da, estabeleceu-se a confuso conceitual. Os cientistas ligados ao modelo do Big Bang consideraram a relao entre a quantidade de entalpia (calor) fornecida ao sistema e a temperatura absoluta em que o sistema se encontra como sendo a variao de entropia causada a este sistema. Da forma esttica como isto foi considerado, claro que quanto maior a temperatura absoluta do sistema, menor a variao de entropia causada ao sistema pelo fornecimento de determinada quantidade finita de calor. Entretanto, aps determinar o valor de S causado pelo fornecimento de quantidade finita de calor ao sistema, em dada temperatura (T) constante, eles consideram S como sendo S2 - S1 e consideram S2 o valor da entropia na temperatura 2 () e S1 o valor da entropia na temperatura 1 (0). Como S = 0, pois foi calculado como a variao de entropia causada pelo fornecimento de quantidade finita de calor (H) ao sistema sob temperatura constante

    (), ento o resultado da expresso fornece o resultado nulo (S2 = 0). Mas isso um ERRO CONCEITUAL VIOLENTO. Na verdade, o calor no uma funo de estado e necessrio substituir o valor do calor (entalpia) por sua funo dependente da temperatura.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    2

    Assim, a expresso dS = TR

    dH

    . para os casos de temperatura variando, no pode

    ser integrada diretamente, mas sim utilizando a expresso do calor em funo da temperatura (q = C.dT), onde C pode ser a capacidade calorfica a presso constante, a volume constante, etc. Logo, a expresso a ser integrada se tornaria:

    dS = R

    C x

    T

    dT cuja integral fornece: S = (S2 S1) =

    R

    C x ln

    TT

    1

    2

    A primeira expresso mostra que a variao de entropia de um sistema inversamente proporcional a temperatura em que o sistema se encontra, mas a segunda mostra que o VALOR DA ENTROPIA do sistema diretamente proporcional a sua temperatura e no inversamente como o pessoal do Big Bang considerou. Pode-se exemplificar como segue (no foi usado 0K para evitar singularidade):

    - se o sistema estiver a 0,001 K (entropia zero) e receber quantidade de calor suficiente para passar para 10 K, o valor de sua entropia nesta temperatura ser:

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 da S = (S2 - 0) = R

    C x ln

    001,0

    10 da S2 = 9,2

    R

    C

    - se o sistema estiver a 0,001 K (entropia zero) e receber quantidade de calor

    suficiente para passar para 10.000 K, o valor de sua entropia nesta temperatura ser:

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 S = (S2 0) R

    C x ln

    001,0

    000.10 e da S2 = 16,12

    R

    C

    - se o sistema estiver a 0,001 K (entropia zero) e receber quantidade de calor

    em quantidade suficiente para passar para 1.000.000.000 K, o valor de sua entropia nesta temperatura ser:

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 S = (S2 0)R

    C x ln

    001,0

    000.000.000.1 e da S2 = 27,6

    R

    C

    - se o sistema estiver a 0,001 K (entropia zero) e receber quantidade de calor

    em quantidade suficiente para sua temperatura tender ao infinito, o valor de sua entropia nesta temperatura ser:

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 S = (S2 0)R

    C x ln

    001,0

    e da S2 =

    De tudo isso pode-se compreender a razo pela qual o pessoal fez confuso:

    quando a temperatura infinita, a variao do caos do sistema gerado pelo

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    3

    fornecimento de quantidade finita de calor nula, mas o contedo entrpico desse sistema infinito.

    AS RAZES DA CONFUSO

    Parece claro que a confuso se originou no fato de considerarem o fornecimento de determinada quantidade de calor (entalpia) ao sistema como parmetro CONSTANTE e considerar a relao entre esta quantia constante de calor e o valor tambm CONSTANTE da temperatura em que esse fornecimento de energia se deu.

    A confuso at compreensvel, j que essa relao, da forma como se apresenta, considerando a quantidade de calor como constante, realmente leva os desprevenidos a considerarem como certo, especialmente estabelecendo os limites de

    integrao de dS como sendo 0 e , sem considerar a forma como variam neste intervalo. Nestas condies, o resultado obtido seria verdadeiro, mas para considerar os valores como constantes, precisa obrigatoriamente considerar a equao j integrada, e dessa forma tem que se considerar o resultado obtido como a VARIAO DE ENTROPIA gerada por aquela quantidade de calor fornecida ao sistema NAQUELA TEMPERATURA.

    Nestas condies, pode-se afirmar que o resultado verdadeiro, mas no significa que a entropia seja nula e sim a variao de entropia.

    Pode-se melhor compreender isto seguindo o seguinte exemplo, que elaborei amparado na determinao qualitativa da entropia, mostrado anteriormente.

    Considerando um bar, tarde da noite, com seus 20 fregueses sentados,

    conversando, bebendo sua cerveja e considerando que o teto uma mquina fotogrfica capaz de tirar fotos com intervalos to curtos quanto se queira.

    A sobreposio dessa sucesso de tomadas fotogrficas, vai mostrar pequenas e leves manchas, correspondentes ao movimento de levar o copo boca, cruzar ou descruzar as pernas, apoiar os cotovelos na mesa e fazer a operao oposta, etc.

    De repente, entra um bbado arruaceiro armado com um revlver e comea a atirar para o alto e dar coronhadas nos fregueses que, se levantaram todos, se atiraram no cho, derrubaram as mesas e cadeiras, quebraram os vidros, etc.

    claro que o bar se tornou um verdadeiro inferno, correria para todo lado, etc, e o resultado da sobreposio das fotos mostra uma intensa mancha ocupando todo o espao disponvel.

    Fica evidente a diferena de situaes: na primeira o sistema est bastante organizado, com pouqussima desordem, vistas atravs das pequenas e leves manchas ocasionais, do que se pode concluir que sua Entropia extremamente baixa, enquanto na segunda pode-se observar uma tremenda desorganizao, caracterizada pela enorme mancha, ocupando todo o sistema, do que se pode concluir que sua Entropia se tornou elevadssima.

    Tambm se pode concluir que a transformao do local, de organizado em desorganizado, ou seja, de baixa entropia at altssima entropia, se deu custa do fornecimento de determinada quantidade finita de desorganizao, neste caso quantificada pelo bbado arruaceiro armado.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    4

    Agora, vamos repetir a experincia com uma pequena alterao, sendo esta na situao do ambiente antes da entrada do bbado. Agora vamos imaginar que os vinte fregueses do bar, depois de muita bebida, se desentenderam e partiram para a pancadaria entre si. Mesas e cadeiras voando, todos se jogando no cho e levantando a seguir, copos varejados, vidros quebrando, etc. A sobreposio das fotos tiradas neste perodo, mostram o ambiente como um verdadeiro inferno, caracterizado por uma enorme mancha que ocupa quase todo o local.

    Agora imaginemos que neste momento, nesta situao catica, entre o mesmo bbado arruaceiro armado com revlver e faa a mesma coisa que fez anteriormente. claro que a sobreposio das fotos tiradas neste perodo mostraro, atravs de uma enorme e intensa mancha ampla, o retrato do violento caos reinante.

    Entretanto, as comparaes das sobreposies das seqncias de fotos, nos levaro a resultados completamente diferentes.

    No primeiro caso, quando o ambiente estava altamente organizado, com baixssima Entropia, a entrada de um bbado arruaceiro armado, que levou uma determinada quantidade de caos (Entropia) para o sistema, transformou radicalmente o ambiente, que ficou altamente Entrpico, com uma diferena bastante visvel entre uma situao e outra.

    J no segundo caso, quando o ambiente estava altamente desorganizado (Entrpico), a entrada do bbado arruaceiro armado aumentou a desorganizao (Entropia). Entretanto, como o ambiente j estava com alto contedo Entrpico e a sobreposio das fotos j apresentava enorme e intensa mancha em todo o sistema, a nova situao correspondente a sobreposio das fotos no perodo aps a entrada do bbado, tambm apresenta uma enorme e intensa mancha, com certeza levemente mais intensa que a anterior, mas certamente esse aumento de intensidade da mancha quase imperceptvel.

    A concluso que se pode tirar dessa experincia, que no primeiro caso houve

    um visvel e brutal aumento de entropia no sistema, enquanto no segundo caso esse aumento praticamente imperceptvel. Entretanto, a quantidade de caos (Entropia) fornecido ao sistema foi exatamente a mesma: o bbado arruaceiro armado com revlver. Pode-se agora entender os efeitos que ocorrem com o fornecimento de calor a um sistema em diferentes condies.

    Quando se fornece ao sistema quantidade de calor (q) suficiente para aumentar a temperatura deste sistema em 1 K o que ocorrer :

    - se o sistema estiver a 10 K ele passar a 11 K, e a expresso

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 ser S = R

    C x ln

    10

    11 e da S = 0,095

    R

    C

    - se o sistema estiver a 1.000 K ele passar a 1.001 K, e a expresso

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    5

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 ser S = R

    C x ln

    1000

    1001 e da S = 0,001

    R

    C

    - se o sistema estiver a 1.000.000 K, ele passar a 1.000.001 e a expresso:

    S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2 ser S = R

    C x ln

    000.000.1

    001.000.1 e da S = 0,000001

    R

    C

    Os resultados mostram claramente que, quanto maior for a temperatura em que o

    calor fornecido, o efeito causado sobre a desorganizao (entropia) ser cada vez mais insignificante, o que permite concluir que, quando a temperatura tender ao infinito, o efeito tender a zero.

    De tudo isso pode-se compreender a razo pela qual o pessoal ligado ao modelo do Big Bang fez confuso, conforme mostrado acima, j que esto envolvidos 2 termos que geram a confuso, mas so 2 termos completamente distintos:

    - o contedo entrpico do sistema na temperatura considerada, diretamente proporcional a temperatura considerada.

    - a variao da entropia do sistema causado pelo fornecimento de quantidade finita de calor temperatura constante, inversamente proporcional a temperatura considerada.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    A ESPANSO DO UNIVERSO

    A Entropia um parmetro que varia com a temperatura e com o volume. A

    deduo mostrada anteriormente diz que o aumento de volume do sistema faz aumentar a entropia do mesmo. Mas isso mantendo a Temperatura constante.

    Por outro lado, a Entropia aumenta com o aumento da Temperatura, independentemente de variaes no volume ou na presso, j que a entropia nada mais do que a medida do caos, ou seja, do estado de agitao trmica do sistema.

    No modelo do Big Bang afirmado que em determinado perodo de tempo, o Universo DOBRA se tamanho ao mesmo tempo em que a Temperatura CAI A METADE.

    Ora, mesmo sem se levar em conta que a Temperatura influi mais a Entropia do que o Volume, e mesmo esquecendo que a experincia que mostra o aumento da Entropia com o aumento de Volume foi realizado a TEMPERATURA CONSTANTE, podemos confrontar o que ocorre a partir da prpria estrutura do modelo do Big Bang: O Volume DOBRA ao mesmo tempo em que a Temperatura cai a METADE.

    Assim sendo, mesmo considerando a constante de proporcionalidade que liga a variao de volume com a Entropia como sendo a mesma (e no menor) do que a que liga a variao de Temperatura com a entropia, tambm serve para mostrar a impossibilidade de ocorrncia do modelo em questo.

    Sendo S = (S2 S1) = R

    C x ln

    TT

    1

    2

    S = (S2 S1) = ln VV

    1

    2

    Mesmo considerando os dois coeficientes inexistentes, teremos:

    S = (S2 S1) = ln VV

    1

    2

    S = (S2 S1) = lnTT

    1

    2

    Assim na ao conjunta multiplicar o volume por dois e dividir a temperatura por dois, vamos obter como resultado que:

    S = (S2 S1) = ln12

    S = (S2 S1) = ln 21

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    2

    Ora, como ln 21

    = - ln 2

    Cujo resultado vai ser ZERO.

    O resultado mostra que no modelo do Big Bang a Entropia NO VARIA (na verdade ela diminui). Mas as leis j conhecidas so categricas que a Entropia sempre AUMENTA e tende a um MXIMO. Alis, isso que preconiza o SEGUNDO PRINCPIO DA TERMODINMICA!

    Portanto, o Big Bang um simples equvoco: NO PODE TER EXISTIDO!

    AS COMPLICAES Alm de todos os questionamentos j feitos em relao modelo do Big Bang no tocante a confuso de conceitos utilizados, especialmente em relao a entropia, ainda existem alguns outros pontos bastante complicados, cujo questionamento no depende de equaes nem de conceitos cientficos como os anteriormente discutidos. Estes novos questionamentos podem ser perfeitamente entendidos por qualquer leigo. Vamos comentar trs destes pontos complicados e avaliar se podem provar a impossibilidade da existncia do Big Bang. O primeiro ponto bastante complicado na elaborao do modelo do Big Bang que s podemos chegar a existncia do universo altamente compacto que justificasse a grande exploso trmica, atravs das anlises regressivas, que s so possveis atravs do perfeito conhecimento das coordenadas do sistema em um ponto qualquer do tempo. A partir dessas coordenadas, vrios clculos complicadssimos seriam feitos (como so feitos atualmente) com as coordenadas obtidas pelos cientistas modeladores do Big Bang, que as consideram rigorosamente verdadeiras. Mas quando observamos o universo, de nosso ponto do tempo presente, o que vemos realmente? Quando olhamos para o cu, o que estamos vendo O PASSADO! A explicao simples: o que vemos a luz que nos chega e como ela tem velocidade definida, fica claro que a luz emitida por uma estrela que est distante de ns o equivalente a 1000 anos-luz, a luz que ela emite s ser vista por ns exatamente mil anos depois de sua emisso (o ano-luz a distncia que a luz percorre durante 1 ano). Ento fica fcil compreender que, no momento em que olhamos para o espao, o que estamos vendo a luz de cada estrela no momento que ela chega aqui. Mas como todas esto em distncias diferentes, o que estamos vendo realmente o que elas emitiram em tempos completamente diferentes uma da outra. Como exemplo: se temos 3 estrelas que esto distantes de ns respectivamente 1 ano-luz, 1 milho de anos luz e 1 bilho de anos-luz, significa que quando olhamos para o cu, o que vemos a primeira estrela como ela era a 1 ano atrs; vemos a segunda como ela era a 1 milho de anos atrs; e vemos a terceira como ela era a 1 bilho de anos atrs. Agora, imaginando todo o universo chegando at ns, cada uma atravs de um intervalo de tempo correspondente sua distncia at ns, chegamos a uma concluso bvia, mas estarrecedora: o que estamos vendo realmente ao olhar para o cu, no um ponto do passado, e sim todo o passado ao mesmo tempo!

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    3

    Isto nos leva a concluir um dos postulados fundamentais de nosso universo: impossvel, de qualquer ponto do universo, saber como ele em qualquer ponto do tempo passado, presente ou futuro: o que se v em cada ponto do tempo, de qualquer ponto do universo, como ele foi em vrios pontos do espao e do tempo anteriores, mas nunca do tempo da determinao! Isto nos leva a uma concluso: nenhuma anlise de regresso no tempo vlida, pois ela tem como imposio saber as coordenadas do espao num determinado instante do tempo! Como isso impossvel na nossa dimenso, a regresso impossvel! O que tambm nos leva a crer que o tempo no existe; absolutamente subjetivo. O segundo ponto de complicao na elaborao do modelo do Big Bang e que deixa a situao deste modelo ainda mais questionvel quando se analisa o que realmente estamos vendo! A cincia prova que a luz, ao passar perto de corpos com campo gravitacional muito forte (o Sol, por exemplo), muda sua direo, formando um ngulo em relao sua direo original. Isto comprovado. Como tambm comprovam que por isso, algumas estrelas que vemos, esto sendo vistas por ns numa posio virtual, isto , a posio que a vemos totalmente diferente da sua posio verdadeira, pois sua luz emitida ao passar perto do Sol, sofre desvio e chega at ns. Se no houvesse o desvio, ns no a veramos nunca, pois sua luz no nos atingiria. Agora podemos nos perguntar: a luz emitida por estrelas de galxias to distantes (milhes e at bilhes de anos luz), que ficam correndo pelo espao ao longo do tempo at nos atingir (momento que a vemos), no passa perto de vrios pontos com campo gravitacional forte? Se o Sol que uma estrela de 5 grandeza desvia a luz, porque as estrelas de 4 at a 1 grandeza tambm no desviam? E caminhar milhares, milhes ou bilhes de anos sem passar perto de nenhum campo gravitacional forte, estatisticamente impossvel! A chegamos a uma terrvel concluso: ns vemos as estrelas na posio que a luz nos chega! Mas sua trajetria foi reta ou foi cheia de desvios pelo espao ao longo do tempo? Alm disso, aps a emisso da luz, quanto ela e ns j nos deslocamos? E em que direo? E mais: esses desvios no so sistemticos, acumulativos e sim movimentos em zigue-zague, ou seja, catico, desordenado, aleatrio (forma de entropia), semelhante ao movimento browniano das partculas. Admitindo um nmero muito grande de pontos de desvio da luz, e compostos de forma totalmente aleatria, o que podemos concluir que, aquilo que estamos vendo em determinado momento, que uma foto de todos os tempos passados, NO o REAL! Podemos estar vendo estrelas, tanto tempo depois, em posio totalmente diferente da sua posio real no ato da emisso; como tambm podemos no ver nunca estrelas importantes, desde que sua luz sofra desvio e no nos atinja! Isto nos impe que, por exemplo, uma estrela que vemos sempre sobre o plo norte, significa que sua luz chega nesta direo! Mas quantos desvios ela sofreu antes de nos atingir? Essa estrela no pode estar situada realmente na direo exata do plo sul? Desse modo, o que a prpria cincia nos permite concluir, que aquilo que vemos num dado momento, a soma de acontecimentos de todos os tempos do passado, e atravs de uma imagem absolutamente irreal (ou imaginria)! Esta a nica imagem do universo que conseguimos ter. Mas que universo? O real ou o imaginrio? O de ontem, o de 1.000 anos ou o de 1 milho de anos atrs? Isto no seria exatamente o Princpio da Incerteza, pilar da mecnica quntica, que a base do nosso conhecimento da matria, e que foi quantificado por Heizenberg na dcada de 1920?

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    4

    O terceiro ponto bastante complicado na elaborao do modelo do Big Bang imaginar como poderia se dar o fim do Universo j que, segundo Hawking, a teoria da relatividade prev uma nova singularidade (Big Crunch) que seria o fim do universo. Como esse final se daria, se cada ponto do universo uma fotografia de todos os tempos passados desse universo? Depois de acabar, esses pontos no continuariam a receber a luz emitida tanto tempo antes? Ento, o que acabou, continuaria existindo? E claro que este mesmo raciocnio pode ser feito em relao ao prprio incio do nosso universo (Big Bang). Segundo o modelo, a grande exploso trmica foi possvel porque todas as partculas do universo ento existente, j em forma de ftons, conseguiram se unir to fortemente atravs de fora gravitacional, a ponto de reduzir o volume do universo a um ponto material. Este fato levou Stephen Hawking a concluir que o modelo do Big Bang no precisa ser atrelado a um Criador, pois pela seqncia puramente fsica, a possibilidade de participao de um Criador ficaria limitada a forma da criao, mas no em relao ao momento da Criao, j que este independente da vontade do Criador. O questionamento no se prende ao cerceamento da vontade e dos atos do Criador, mas sim em relao emisso de luz. claro que a unio de todas as partculas do universo, principalmente em temperaturas elevadssimas, tendendo ao infinito, mostra que da existncia normal dessas partculas at sua unio completa infinitamente quentes e comprimidas, obrigatoriamente gerou uma infinidade de emisses de luz antes mesmo do Big Bang. A cabe a pergunta: onde foram parar estas emisses? Elas no teriam que continuar caminhando pelo espao infinito? Se em cada ponto do universo, o mesmo pode ser considerado como uma fotografia de todos os pontos do passado, e como em cada ponto esto chegando sinais emitidos pela grande exploso trmica, mas obrigatoriamente tambm estariam chegando os sinais emitidos bem antes da ocorrncia desse evento, isto no nos levaria a coexistncia de dois universos aps o Big Bang? S de dois ou de inmeros outros anteriores?

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    CONCLUSO SOBRE O BIG BANG Pelas explicaes anteriores, todas baseadas nos conceitos de termodinmica conhecidos e inquestionveis, ficou comprovado que, quando a temperatura de um sistema for infinitamente alta, sua ENTROPIA tambm ser infinitamente alta, enquanto o fornecimento de quantidades finitas de calor NO vo afetar o sistema em questo. Esta concluso, por si s, j poderia servir como indicativo forte da no ocorrncia do Big Bang.

    Alm da comprovao cientfica, atravs dos conceitos de coeso e entropia, seguiu-se com a demonstrao de fatos simples, ao alcance da compreenso de qualquer leigo, que levam a afastar cada vez mais a possibilidade de existncia do Big Bang. Isto permite concluir com absoluta segurana:

    O MODELO DO BIG BANG UM GRANDE EQUVOCO. NO PODE TER HAVIDO GRANDE EXPLOSO TRMICA, POR CONTRARIAR TODOS OS CONHECIMENTOS DE TERMODINMICA. Da, resta uma pergunta: Se o modelo do Big Bang no existiu, ou seja, o modelo de incio quente est comprovadamente errado, como se deu esse incio? claro que o incio dos tempos pode ter-se dado de muitas maneiras.Tanto se admitirmos os modelos puramente matemticos, absolutamente materialistas, quanto se considerarmos os modelos totalmente dependentes da participao do Criador, pode-se considerar ambos os tipos de modelo como possveis, j que estaremos obrigatoriamente no campo do subjetivo, que usado pelo ser humano em virtude de sua incompetncia em resolver os problemas de forma totalmente objetiva, alm do subjetivo no poder ser explicado racionalmente. Evidentemente existem setores dentro do conjunto dos seres humanos que no admitem que o subjetivo seja fruto de nossa incompetncia e, aps estabelecer alguma coisa pela forma subjetiva, simplesmente o dogmatizam e o tornam uma verdade absoluta objetiva. Com todo o respeito que tenho por todos, materialistas e dogmticos, e depois de ver tantos conceitos absolutamente subjetivos serem impostos como objetivos, bem como tantos clculos matemticos (objetivos) complicadssimos, executados com dados puramente subjetivos (ou at mesmo imaginrios), considero-me com direito a apresentar uma Proposta de Novo Modelo para o incio e evoluo de nosso universo.

    A PROPOSTA DE NOVO MODELO

    O modelo proposto amparado em conceitos cujo conhecimento, j plenamente

    solidificado, de que termodinamicamente um sistema (universo) altamente compacto, com densidade infinita, tem que ser coeso, com energia gravitacional (energia de coeso, esttica) infinitamente alta, e com entropia nula por absoluta falta de graus de liberdade de movimento que permita o movimento catico (entrpico) at mesmo das vibraes excitadas, e por estas razes, com temperatura correspondente ao zero absoluto.

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    2

    Este modelo abre uma outra questo: um sistema de alta coeso e de entropia nula absolutamente estvel! No existe limitao de tempo para sua existncia nessas condies, fato que impe que ele no pode explodir e s pode se desfazer ou se expandir custa de algum incentivo, ou seja, por ao de uma fora externa! E isto faz com que este modelo s seja vivel com a obrigatria e indispensvel participao (subjetiva) do Criador. Por outro lado, este modelo no impe uma singularidade como a relatividade impe ao momento da Criao, e que limitava a vontade do Criador quanto ao momento da Criao.

    Neste modelo frio, coeso e estvel, nada impede que, sem atuao de fora externa, se perpetue; o que impe que do momento da Criao para trs pode ter tido tempo infinito de existncia. Portanto, o Criador pode ter tido todo o tempo infinito sua disposio para, no momento que assim desejou, dar incio ao universo em expanso. Assim, o livre arbtrio do Criador garantido pela termodinmica. Claro que um modelo frio, coeso e estvel, contraria frontalmente os modelos das teorias atuais, mas com todo o respeito e admirao que os cientistas envolvidos com o modelo do Big Bang merecem, este modelo parece mais razovel, apesar da necessidade da participao subjetiva de Deus, por ter total amparo da termodinmica, que ns comprovamos objetivamente no nosso dia a dia, e no em uma varivel espao-tempo-arqueado-quadridimensional que nos inimaginvel, logo, tambm subjetiva, e que no pode ser comprovada pela termodinmica nem por quaisquer outras leis objetivas. Quanto participao do Criador que os materialistas descartaro por ser subjetivo, mas que defendem o modelo da grande exploso trmica por, na viso deles, no precisar necessariamente desse subjetivismo, nos permite fazer um pequeno questionamento. Mesmo considerando a singularidade, momento em que houve a exploso, houve um perodo de tempo, infinito ou infinitesimal (isto subjetivo para ns), em que o universo compacto e com temperatura tendente ao infinito existiu para permitir o Big Bang. Durante esse tempo, o universo tinha altssima instabilidade, pois todas as partculas estavam infinitamente juntas (coesas) a temperatura infinitamente alta. Ora, isso no impe que tenha havido um perodo de tempo em que o universo evoluiu at aquela condio de to alta instabilidade? E por que razo algum sistema pode evoluir espontaneamente no sentido de uma instabilidade to alta sem nenhuma reao do equilbrio geral? Por que no explodiu antes? A termodinmica nos diz que os sistemas naturais tendem para um estado de equilbrio seguindo um processo espontneo. Isto uma lei objetiva, comprovada no nosso dia a dia. Mas, o universo no um sistema natural? Sem participao de nenhum parmetro subjetivo, ele s poderia ter seguido um processo espontneo, atravs do qual, ele caminharia para o equilbrio. Por que razo no foi? O aumento da temperatura sem expanso do sistema, s se d custa de restrio a essa expanso, por conteno do volume do sistema. Mas, se no havia restrio a essa expanso, por que no explodiu antes ou se equilibrou com a gravitao em temperatura mais baixa? Creio que se pode considerar que a evoluo de um sistema at essa condio to altamente instvel s poderia ter havido porque havia conteno externa! E nesse caso, o que poderia ter resistncia infinita e tamanho to grande para fazer essa tarefa, e ainda conseguir se soltar simultaneamente em todos os pontos do permetro externo para

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    3

    permitir uma exploso to simtrica, que justifique a homogeneidade do universo atual? Condies to paradoxais e inequacionveis por ns, no seria uma forte evidncia da presena do Criador? Por essa razo, o modelo Big Bang, tambm s vivel com a participao obrigatria e indispensvel do Criador. O segundo aspecto do modelo PROPOSTO, quanto forma como se iniciou a expanso do universo. Por que razo um universo que evolui tranqila e homogeneamente, teria comeado por um ato to brusco e violento? Seria a nica forma possvel para seu comeo?

    O que j nos foi dado a conhecer na cincia, mostra o oposto. E o exemplo est a, atravs da emisso quntica de partculas pelos elementos radioativos. Esses elementos emitem partculas pesadas, de massa considervel e pequena energia - as partculas ; emitem tambm partculas de massa muito menor e com mais alta energia e com a mesma quantidade de carga eltrica que as partculas pesadas (duas delas anulam eletricamente a carga de uma pesada) - a partcula ; e tambm emitem partculas de massa inexistente e sem carga, mas com altssimo contedo energtico - as

    partculas . E isto tudo se passa independente da temperatura em que o elemento esteja; desde as mais baixas temperaturas que se alcance at as mais altas, a emisso quntica das partculas se d com uma independncia e com uma terrivelmente irritante regularidade. E o impressionante que este fenmeno to complicado, j totalmente conhecido pelo homem. Sabemos as leis que regem o fenmeno da emisso de partculas radioativas; podemos quantificar essa emisso, determinar sua velocidade, o tempo de decaimento da atividade radioativa do elemento e determinar sua vida mdia e seu ocaso! Tudo por meio de equaes matemticas. A principal razo de admitir a emisso quntica ao invs de um Big Bang a homogeneidade do universo. Atravs de uma grande exploso, todas as partculas seriam acionadas simultaneamente, e mesmo com alguma distncia inicial (as externas sairiam primeiro), o intervalo entre as iniciais e as ltimas seria extremamente pequeno; isso nos levaria a que, depois de 10 ou 20 bilhes de anos, a forma do universo que se deveria esperar era de duas esferas concntricas, isto , do ponto do Big Bang at determinado raio (raio interno) tudo seria vazio, e desse raio interno at o raio externo estaria concentrada toda a massa do universo. Mas isso no seria um universo homogneo como parece que ele ; alm desse conceito ser a base do modelo atual, j que um espao oco to grande seria observado por equipamentos de alta resoluo como os que existem hoje. J a emisso quntica permitiria a homogeneidade que o universo apresenta hoje. E ainda nos diria mais: que os raios mdios de cada nuvem das esferas concntricas devem ter relao entre si, de acordo com nmeros inteiros e simples, como os raios mdios das rbitas eletrnicas dos tomos. E isto tambm no nos explicaria com muito mais simplicidade a existncia das super novas? Os complicadssimos clculos levados a efeito para justificar como determinadas regies do universo se contraem e vo ao colapso para, na sua exploso, surgirem as estrelas de segunda ou terceira gerao (como o nosso Sol), seriam bastante simplificados pela emisso quntica ao invs de uma grande exploso trmica. A emisso quntica ao invs do Big Bang tambm no nos explicaria com mais lgica e bom senso a existncia das radiaes luminosas presentes ainda hoje, s que

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    4

    com temperatura prxima do zero absoluto, como as detectadas por Penzias e Wilson em 1965? Se essas radiaes tivessem sido emitidas realmente no ato do Big Bang, ns no a veramos nunca, pois elas estariam muito nossa frente e se distanciando cada vez mais de ns (se sua velocidade fosse maior que a nossa) ou ento, muito atrs de ns e ns nos distanciando cada vez mais dela (se a sua velocidade fosse menor que a nossa). E, se sua velocidade fosse igual nossa, ns estaramos sempre juntos (ou, claro, ns no existiramos!). Entretanto, bastante fcil compreender que, se elas foram emitidas depois, e caminhado com velocidade superior nossa, ento seria lgico que em algum ponto do futuro ns fssemos atingidos por elas e as detectssemos. No poderia ser este tipo de radiao a que foi detectada em 1965? Para sintetizar o MODELO PROPOSTO, seus pontos bsicos so transcritos a seguir, com acrscimo de alguns pontos subjetivos, estes com amparo de algumas citaes mas sem possibilidade de comprovao objetiva: Seu tempo de existncia na forma compacta indefinido, com o incio da forma de universo em expanso a partir de um ponto qualquer do tempo (a critrio do Criador) e com a evoluo atravs da emisso quntica de partculas mas sem alterar a existncia do universo primordial, que ainda pode existir (sua existncia no poderia ser a razo da famosa assertiva o reino da verdadeira vida). Sua no visibilidade por ns, no poderia ser atribuda a diferena de dimenses entre ele e a dimenso oriunda de partculas sem massa e sem carga mas com altssimo contedo energtico (tal como as emisses de raios em relao a ns)? Ou seja, ele no poderia ser o espao-tempo-quadridimensional-arqueado? Ou outra dimenso superior, no detectvel pelos mtodos de nosso conhecimento atual?

  • BIG BANG O Grande Equvoco

    1

    Para Encerrar: UM SONHO S desejo fazer mais um questionamento, agora futurista, em relao busca que muitos cientistas vo continuar fazendo, a procura de um modelo de universo que no tenha necessidade de nenhuma participao do Criador. E claro que o livre arbtrio lhes garante esse direito. O homem sempre buscou e vai continuar buscando isso. Quanto mais conhecimento acumula, mais o homem busca um universo puramente material. E vai continuar buscando at ach-lo. Vai continuar acumulando cada vez mais e mais conhecimentos, at conseguir montar um modelo desses, totalmente material. Creio que em algum ponto do tempo futuro, depois que tudo do universo j tiver sido compreendido pelo homem, ele finalmente chegar elaborao de um modelo puramente material, sem nenhuma necessidade de Deus. Ter explicado pela cincia pura a sua origem, o seu desenvolvimento, as suas leis, sua forma de expanso e todas as outras informaes possveis. Tudo por via absolutamente material. Neste ponto, onde o homem ter chegado? Ao final de sua procura, ao limite de seu conhecimento e dominao das leis do universo! Ser o triunfo de homem sobre si mesmo e sobre o universo que ele habita. A aparecer uma pergunta um tanto idiota (que a fao agora, pois quando o homem chegar l, j serei espectro h muito tempo): Esse universo, j finalmente compreendido pelo homem, que comeou pela cincia e expande indefinidamente pela cincia, o faz porque existe um espao disponvel maior que o limite de expanso desse universo; quem criou esse espao que permitiu que esse universo material se criasse e se expandisse? E ento, o homem ao chegar ao seu triunfo final sobre si prprio e sobre o universo que ele habita, na realidade ter chegado exatamente ao Ponto de Partida! Por que acho que deva acontecer isso? Ora, porque a sada de um ponto e o retorno ao mesmo ponto, por qualquer caminho e aps qualquer intervalo de tempo, exatamente um Ciclo Termodinmico Fechado, logo tem energia constante e portanto, toda variao de energia livre do sistema tem que ser rigorosamente zero. E isto no seria a comprovao do equilbrio? Uma espcie de Prova dos Nove, como ltima lio aprendida pelo homem neste ciclo? E isto implicaria no comeo de um novo ciclo! O homem ento, comear tudo de novo ou entender os ensinamentos e viver em equilbrio entre si e com o Criador dali para frente, numa paz eterna, pela eliminao do mal e das desigualdades? Sei l, infelizmente no temos esta resposta. Mas como a prpria lei do Criador garante o livre arbtrio, a opo ser deles. O triste saber que essa opo no SER deles: ela sempre existiu! Pena que a maioria dos homens no a entenda! Ou pior, no querem entender por se considerarem tanto quanto o Criador, j que se auto convenceram que foram criados Sua imagem e semelhana! Coitados!