bibliotheca lusitana historica, critica, e cronologica. na qual se comprehende a noticia dos...

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  • L
  • Desta edio fe^-se uma tiragem especial de loo exem-

    plares, em papel Kegisto 120, numerados e rubricados

    por Manuel L,opes de Almeida.

  • BIBLIOTHECALUSITANA,

    Hilorica,Critica , eChronoIogica,

    NA qUAL SE COMPREHENDE A NOTICIAdos Authores Portuguezes , e das Obras

    ,que compozera

    defde o tempo da promulgao da Ley da Graa ato tempo prefente

    ;

    DIOGO BARBOSAMACHADO

    Vlyjfiponenje , Abhade Hefervatario da ParoquiaiIgreja de Santo Adria de Sever, e Acadmico

    do Numero da Academia Real.

    TOMO IV.QVE CONSTA DE MUITOS AUTHORES NOVAMENTE

    coUocados na Bibliotheca^ e de outros illuftrados, e emendados ^impreflbsnos trs Tomos precedentes.

    L I S B O A,Na Officina Patriarcal de FRANCISCO LUIZ AMENO.

    M. DCC. LIX.

    Com as licenas necejfaras

    ^-^^

  • --^x*

    OCT 1 3 1967

    Z

  • ADVERTNCIAAO LEITOR.

    SEMELHANTE ao exceTivo jubilo, com que o navegante, vencidosos incommodos de huma prolongada viagem, chega felizmente aoporto, fufpirada baliza de feus anciofos defejos, me confidero depois

    de ter concludo a Bibliotheca 'Lufitana, cuja rdua empreza fuperior debi-lidade das minhas foras me facilitou o amor da ptria, e na o applaufo

    do nome. Como feja colume inveterado em Portugal condenar os Authorescomo ros no Tribunal da Critica menos judiciofa, na fe eximio dela fata-

    lidade a Bibliotheca l^ufitana, fendo arguida de alguns reparos mais dignos

    de defprezo, que de attena. Entre elles era principiar a Bibliotheca por

    Authores fequazes dos ritos hebraicos, na advertindo que eu na com-

    punha Catalogo de Santos, mas de Efcritores; e o que he mais, fendo dif-pola por ordem alphabetica, o nome de Abraha devia preceder a todo oAlphabeto, por na poder esbulhar da fua poTe immemoriavel em queelava o B junto do A. O outro reparo fe fundou em fer fuperflua a noticia

  • dos pays dos Authores, quando me pareceo neceTaria, pois fe etes proce-

    dia de afcendencia illulre mais coroada apparecia com os timbres da Sabe-

    doria; e fe era defcendentes de pays humildes, fubia com a produca

    de taes filhos nobreza, que lhes negara a natureza; verificando-fe nelles

    a Sentena de Salomo fer o filho fabio gloria de feu Progenitor. Pormdeve-fe advertir, que como nunca profeTey o efiiudo de Genealogia, em

    que muitas vezes periga a verdade, e fempre triunfa a lifonja, na fe elabelea

    a certeza de alguns pays relatados na Bibliotheca; porque hindo nella revef-

    tidos de nobreza, certamente tivera efcuro nafcimento, procedendo

    ele erro das falfas noticias, com que fuy informado. A origem delas falfi-dades comeou ha menos de hum feculo em o noo Reino, pois adoecendomuitos de Fidalgos, afpira defcender de Ada como Monarca do Uni-verfo, e na como Agricultor do campo Damafceno, por cuja caufaela fabricando na o?icina da vaidade fantalicas afcendencias, que exa-

    minadas luz da verdade, fe convertem em injuria dos feus artfices. DiFe-

    rente etimaa experimentou a Bibliotheca hujitana nos Etranhos, quelhe dera os Naturaes, pois fendo examinado o primeiro Tomo com efcru-pulofa anatomia pelo Author da Bibliotheque Franoije, ou Hijiorie LiUe-

    raire de la France Tom. 35. Part. 2. de pag. 186. a-t 218, ainda que fezalguns reparos, que va fatisfeitos nefte Supplemento, concluio o feu Dif-

    curfo com etas honorificas exprefses, que fera perpetuas defpertadoras

    do meu agradecimento: de Monjieur Barbofa ejl certainement un I^ivre utile,(& necejjaire; dont le Public lui doit avoir d' autant plus d' obligation, qu' iln'avoit abjolument rien de Jemblable ;

  • fecundidade, em cuja publicao defcubrio na pequena ganncia a gentepopular. Ultimamente para complemento deita Obra te oFereo nelequarto Tomo fete ndices, em cujo trabalho teve mais exercido a pacin-cia, que o engenho. Nelles com prompta facilidade lers os Nomes,

    Appellidos, Ptrias, Dignidades Ecclefiafticas, e Seculares de cada Author,

    como tambm as Matrias, que fora aTumpto das fus pennas: e eufufpendo a minha, para que ela Advertncia, que julguey fer precifa, nadegenere em narrao importuna.

  • BIBLIOTHECALUSITANA

    ACHILES ESTACO(Tom. I. pag. 4.col. 2.) teve porMelre dos primei-ros rudimentos aJoa de Barros ce-lebre Grammatico,como affirma Nico-lo Comneno Papa-dopoli Hiji. Gymnafii

    Patavini Tom. 2. pag. 236. n. 130. Deixandoa ptria partio para Flandes, como conla dofeu Elogio efcrito na Bibliotheca.

    AFFONSO V. (Tom. i. pag. 17. col 2.)compoz alm das obras impreTas

    Kegmeno para os Officiaes, e Officiosde guerra da Cafa Real. M. S. Conferva-fe

    no Archivo Real. Dela obra fazem menaCabedo Decif. Part. 2. Decif. 48, e Alvia deCalro, Paneg. ao Duque de Bragana, foi. 21. verf.

    D. AFFONSO (Tom. i. pag. 19. col. 2.)celebrou Synodo em vora a 27 de Mayode 1534, e depois em Lifboa a 25 de Agoftode 1536, onde publicou

    Conjlituies do Arcebifpado de L.ifboa.

    Lisboa por Germa Galharde, 1537. foi.& ibi por Belchior Rodrigues, 1588. foi.

    D. AFFONSO, I. Marquez de Valena(Tom. I. pag. 21. col. i.)

    Itinerrio ao Concilio de Bajilea no anno

    de 1435. Sahio impreflb no Tomo 5. dasProvas da Hijloria Gen. da Cafa Real Portug,pag. 573-

  • BIB LIOTHE CAAFFONSO DE ALBUQUERQUE, que

    pelo appellido denota fer Portuguez, e deilluftre gerao. Compoz

    Commentaria in parva naturalia Ariftote-lis 1498, foi. Do Author, e da obra fa-zem mena Miguel Mattaire, Annal. Typog.Tom. I. pag. mihi 680, e Thuano Bibliothec.Tom. 2. pag. 23.

    Fr. AFFONSO DE BENAVIDES, naf-ceo em huma das Ilhas dos Aores, ondeprofeTou o InUtuto Serfico. Eleito no

    anno de 1629, Cuftodio do Mxico, entroupela dilatada extenfa das ndias Occiden-taes acompanhado de quarenta e nove Re-ligiofos para annunciar o Evangelho aos Gen-tios, que jazia fepultados no abyfmo dafua cegueira; e tal foy o ardor com quepromoveo ela fagrada empreza, que j noanno de 1650 fe tinha agregadas ao gr-

    mio da Igreja Romana mais de quinhen-tas mil almas. Para augmentar o numero

    dos cultores Evanglicos neceTarios a tadilatada vinha, voltou a Hefpanha, e depoisde difcorrer por diverfas terras, chegou aPortugal, onde fe incorporou com bene-plcito do Geral em a Provncia da Obfer-vancia. Nomeado Arcebifpo de Goa D.Fr. Francifco dos Martyres, fe embarcoua 4 de Abril de 1636, como feu com-panheiro, em cuja jornada acabou pia-mente a vida. Delle faz memoria Fr. Fer-nando da Soledade, Hijior. Seraf. da Pro-vinda de Portugal. Part. 5. liv. 3. cap. 4.n. 878. Efcreveo

    Kelaa dos progrejfos da converfa doGentio nojfa Janta F, e outros fervios aDeos, e ao Key obrados nas ndias Occidentaes.OfFerecida no anno de 1630 a Filippe IV.Defta obra faz mena Fr. Gafpar de laFuente, Hift- do Cap. Ger. celebrado em

    Saragoa anno de 1633, e da dita Rela-o tranfcreve alguma parte defde foi. 75at 78.

    Fr. AFFONSO DE COIMBRA, cujoappellido denota a ptria, que lhe deu obero. ProfeTou o inUtuto de S. Jeronymo.Compoz

    ConJlituies dos Keligiojos da Ordem Mi-

    litar de Chrijlo do Convento de Thomar,foi. M. S.

    Fr. AFFONSO DA CONCEIAM, na-tural de Lisboa, e filho de Antnio AFonfo,e Francifca Dias. ProfeTou o InHtuto Se-rfico da Provncia da Arrbida no Conventodo Efpirito Santo de Loures a 8 de Dezem-bro de 1698. Foy Guardio dos Conven-tos de S. Cornelio, e S. Pedro de Al-cntara em Lisboa; Pro-Minibro no Ca-pitulo Geral celebrado em Roma no Con-vento de Ara Coeli a 31 de Mayo de1728, em que prefidio a Santidade de In-nocencio XIII. Falleceo a 4 de Junho de1741. Compoz

    Sermo Panegyrico, e Gratulatorio, pregado

    no dia oitavo do folemnijftmo Oitavario da De-dicao do Kal Templo de Mafra na prejenade ElRej D. Joa V. feu Fundador, e dos Se-renijfimos Senhores Infantes D. Francifco, e D.Antnio. Lisboa por Francifco Luiz Ameno1751. 4.

    AFFONSO FURTADO DE MENDO-A, nafceo em Lisboa a 30 de Julho de1720, onde teve por claros progenito-res a Luiz Xavier Furtado de Mendoa,IV. Vifconde de Barbacena, e Senhor delaVilla, Commendador de Santa Eulaya deRio Corvo, de S. Roma de Fonte Cuberta,S. JuUa de Bragana, S. Martinho deRefregas, Alcaide mr de Covilh, e Go-vernador da Cidade de vora; e a D.Ignez Francifca Xavier de Noronha, filhados ExcellentiTimos Condes da Ilha doPrncipe. Na idade da adolefcencia pre-ferio o amor das fciencias ao da ptriapaTando Metrpole da Chrilandade, ondeno Collegio Romano aprendeo com invejados feus Collegas, e admirao dos Mef-tres as letras humanas, de que publicoupara teftemunho do progreTo, que nellasfizera o feu penetrante juizo, a feguinteobra

    De Spiritu Sano Oratio habita in SacelloPontificio die Pentecofies ad Sanijftmum Domi-num noflrum Benedium XIV. Pontif. Max. anno1741. Romse Typis Antonii de Rubeis 4.grande.

  • L USITANA.Na foy menor o applaufo, que con-

    feguio nas fciencias mayores, pelas quaes

    reJftituido ptria foy elevado a Prelado

    da Santa Igreja Patriarcal de Lifboa a 29de Fevereiro de 1744, donde lhe fegurao feu merecimento fubir aos primeiroslugares da Jerarchia Eccleialica.

    AFFONSO GUERREIRO (Tom. i.pag. 38. col. I.) jaz fepultado no Cru-zeiro da Igreja do Convento de SantaMarta de Lisboa com o feguinte Epi-tfio gravado na campa, que lhe cobreo cadver

    :

    A.lphonfi Guerrerii Sacerdotis licet indigti,

  • BIBLIO THE CAunio o rofto ao de feu filho, que tinha recli-

    nado nos braos, para fe authenticar efte

    prodgio efcreveo da Arrbida, onde aTilia

    com habito de Donato.

    Carta de 19 de Setembro de 1663, em que

    fe relata o principio da Collocaa da Senhora

    da Piedade. Sahio impreTa no Tom. 2. liv.

    2. tit. I. do Sant. Marian. de Fr. Agoftinhode Santa Maria, na Hiftoria Mifcellan. da Fund.

    dos Agoft. Defcal. da Villa de Sant. p. 60.

    Ignacio da Piedade e Vafconcellos, Hiji.

    de Santar. Part. 2. liv. i. cap. 10. Fr. Ant.

    da Piedade, Chron. da Prov. da Arrabid. Part.

    I. liv. I. cap. 23. n. 134 e 135.

    Fr. AFFONSO DOS PRAZERES (Tom.I. pag. 49. col. 2.) Alm das Mximas efpi-rituaes, que fahira fegunda vez. Lisboa por

    Miguel Rodrigues 1737. 8. 2. Tom. CompozConjultas, em que conforme a verdadeira

    Theologia Mjjlica, e Moral fe refponde s mais

    frequentes duvidas, que occorrem na vida do efpi-

    rito. Lisboa por Miguel Manefcal da Coita

    1744. 4.

    Carta direiva para hum peccador convertido,que comeou com fervor a vida efpiritual, e a de-

    feja continuar com fegurana. Lisboa por Fran-cifco da Silva 1752. 8. Sahio com o nome

    de Sofronio Ferraz Sepedes, anagrama puro

    do feu nome.

    AFFONSO VILHAFANHE GIRALDESE PACHECO (Tom. i. pag. 54. col. i.)Morreo em Lisboa a 27 de Setembro de1641.

    AGOSTINHO DE ALMEIDA GATO,Cavalleiro da Ordem Militar de Chrilo,e Ouvidor da Gdade de Cochim. Com-poz

    Triunfos fefiivaes da injigne, e nobre Ci-

    dade Santa Cru^ de Cochim nas alegres no-vas da gloriofa Acclamaa, e enfalamento

    de ElRey Nojfo Senhor D. Joa IV. dePortugal. Dedicado ao mefmo Monarca.Eft repartida efta obra em 8 capitulos,

    e no fim delles huma grande collecade verfos. Conferva-fe efcrita em bellaletra em poder de Rodrigo Xavier Pe-reira de Faria morador na Villa de San-

    tarm, a cuja deligencia deve efta Biblio-theca na pequeno augmento.

    AGOSTINHO BARBOSA (Tom. i. pag.54. col. 2.)

    Summario de la Vida, y milagros deS. Filippe Neri, Clrigo Presbtero Fundador

    de la Congregacion dei Oratrio, rat^on de

    fu Injlituto, y empleos de los Sacerdotes deque la dicha Congregacion fe compone. 8. Natem anno da ImpreTa, mas do caraterda letra fe conhece fer imprea em Caf-

    tella. Delle confervo hum exemplar comgrande elimaa.

    Fr. AGOSTINHO DE S. BOAVEN-TURA (Tom. I. pag. 61. col. i.) Falle-ceo no Convento de Lisboa a 8. de Julho de

    1746. Sahira pofthumos.Sermes Vrios. Lisboa por Francifco da

    Silva, 1748. 4.

    Fr. AGOSTINHO DE BUARCOS, cujoapellido denota a Villa maritima do Pa-triarcado de Lisboa, que lhe deu o ber-o. ProfeTou o Inftituto Ciftercienfe no

    Convento de Ceia. Foy muito perito naintelligencia da fagrada Efcritura, efcre-vendo

    Glojfa in Rvangelium Joannis, foi. M. S. Con-ferva-fe na Livraria do Real Convento deAlcobaa.

    AGOSTINHO FERNANDES, naturalda Villa de Setbal, onde teve por Paysa Antnio Fernandes, e Luiza Ferreira.Teve gnio para a Poefia vulgar. Falle-ceo na ptria a 14 de Mayo de 171 5,quando contava quarenta annos de idade.Compoz

    Oito Loas em applaufo de diverfos Santos.

    Relao Lyrica ao Alarde de Nojfa Senhorada Sade. Offerecida a Aifonfo Furtado deMendoa, Vifconde de Barbacena, Coroneldo Regimento de Setbal.

    AGOSTINHO DA CUNHA VILLAS--BOAS (Tom. i. pag. 66. col. i.) Naf-ceo na Villa de Torres Vedras, e nade Ourm, como fe tinha efcrito, e

  • L U SITAN A.nella aprendeo Grammatica, e Rheto-

    rica.

    D. AGOSTINHO MANOEL DE VAS-CONCELLOS (Tom. i. pag. 68. col. i.)Nafceo no anno de 1581, fendo filho de RuyMendes de Vafconcellos, Cafco, Senhor doMorgado de Machede, e de D. Anna Ma-noel. Delle faz fegunda memoria o PadreD. Antnio Caetano de Soufa no fim doTom. 8. da Hiji. Gen. da Cafa Real Portug.

    p. 5.

    AGOSTINHO DE MEDEIROS. (Tom.I. pag. 72. col. I.) Falleceo em Lisboa

    a 26 de Janeiro de 1689. Jaz na Paroquia

    de Santos.

    Fr. AGOSTINHO DE MONTE AL-VERNE (Tom. i. pag. 72. col. 2.) Nafceona Villa da Ribeira grande fituada na Ilha

    de S. Miguel a 11 de Fevereiro de 1629,fendo filho de Efteva Alvares, e GuiomarCabral. Recebeo o habito Serfico na Pro-vncia de S. Joa Evangelifta, que com-

    prehende todas as Ilhas fujeitas ao dominiode Portugal, onde foy CommilTario da Or-dem Terceira da Cidade de Ponta Del-gada, e Guardio do Convento da RibeiraGrande. Mereceo applaufos pelas fus decla-

    maes Evanglicas. Falleceo em o anno

    de 1726.

    Fr. AGOSTINHO OSRIO (Tom. i.pag. 72. col. 2.) Natural da Villa dePinhel.

    D. AGOSTINHO DO ROSRIO (Tom.I. pag. 73. col. I.) Natural de Coim-bra, e filho de Jeronymo Rodrigues, eGuiomar de Calvos. Compoz

    Chronica da Congregao de Santa Cru^de Coimbra, legitima filiao dos Cnegos

    de Santo Agojlinho contra os Padres Ere-mitas, e feu ultimo Chronijla, foi. M. S.

    AGOSTINHO DE SA' VELOSO, na-tural da Villa de Celorico da Provn-

    cia da Beira, filho do Doutor JofephCabral Velofo, e de D. Catharina Joannade Miranda Coutinho. Applicou-fe ao ef-tudo da Genealogia, em que fez gran-des progreTos, efcrevendo com verdade,e exaca

    :

    Familias da Provinda da Beira, foi. M. S.Da obra, como do Author, faz meno

    o Padre D. Antnio Caetano de Soufa nofim do Tom. 8. da HiJl. Gen. da Caf. KealPortug., pag. 19. n. 34.

    AYRES ANTNIO DA SILVA, Ca-valleiro profeTo da Ordem de Chrilo,nafceo em Lisboa a 15 de Abril de1700, fendo filho de D. Manoel PereiraCoutinho, e D. Maria Terefa da Silva,e Tvora. Quando contava fete annosde idade fe applicou a aprender Mufica,

    e os intrumentos de rabeca, rabeco dequatro, e de fete, flauta, e viola, e emtodos fahio deftramente perito. Inlruido

    na lingua Latina eftudou Filofofia na

    Congregao do Oratrio de S. FilippeNeri, da qual defendeo Concluses pu-blicas com univerfal applaufo. Pafando Univerfidade de Coimbra recebeo o grode Meftre em Artes, e foy Examinadorde Bacharis, depois applicado ao ehi-

    do dos fagrados Cnones lhe conferio amefma Univerfidade em premio da fuafciencia as infignias doutoraes, quando com-pletava dezanove annos de idade. Ambi-ciofo de adquirir mayores thefouros de

    erudio afim fagrada, como profana, paffou

    a Pariz no anno de 1723, onde fahio per-feitamente inftruido na lingua Franceza, e

    na Hiloria Ecclefialica, e voltando para a

    ptria vifitou as Univerfidades de Valhadolid,

    e Alcal. CompozNova Jris Civilis Tra5tatio in quinquaginta li-

    bros Digejiorum,

  • BIBLIO THE C Amentos, que fe cantaro com grande applaufo
  • L USITAN AAnmtafiones in Evangelia, qua Joknt legi

    in Ecclejta Komana in Dominicis A.dven-ts Dominica SeptuageJimcB u/que ad Do-minicam Kefurreionis Domni, aliquihus Fe-riis, Sanorumque Fejlivitatibus. Authore Fratre

    Alexio Chrijli militia, ejujdem Ordinisminimo, evangelicique Jermonis indigno pra-

    dicatore. Conimbric^ apud Dominicum Go-mes de Loureiro, 1610. 4.

    P. ALEIXO ANTNIO, nafceo nolugar de gueda do Bifpado de Coim-bra a 22 de Janeiro de 171 2, onde tevepor Pays a Manoel Pinheiro Henriques,e gueda de Figueiredo. Alilado naCompanhia de JESUS aprendeu as letrasamenas, e feveras, e depois de recebidoo gro de Melre em Artes, diou Filo-fofia aos feus domelicos. Ao tempo, queno Collegio do Par explicava Humani-dades, compoz em applaufo de S. JoaFrancifco Regis efcrito no Cathalogo dosSantos a feguinte Tragicomedia, que foyreprefentada com applaufo dos expeado-res.

    Hercules Gallicus, Keligionis Vindex. Plau-

    fus theatralis D. Joanni Francifco Regis S. J.Anno Domini 1739. 4*

    Oraa fnebre nas exquias do Auguf-tijjimo, e Fidelijfimo Senhor Key D. Joa V.,pregada na Igreja do Collegio da Companhiada Cidade de Belm do Gra Par. Lisboapor Miguel Manefcal da Cofta, 1754. 4.

    P. ALEIXO COELHO, natural daVilla de Arrayolos da Provncia Tranf-tagana, alumno da fagrada Companhiade Jefus, cuja roupeta veftio no Colle-gio de vora a 7 de Fevereiro de 1572.Compoz

    Das cinco Mximas da Eternidade. M. S.

    Fr. ALEIXO COTRIM (Tom. i.pag. 86. col. I.) Natural da Villa deDornes, Comarca de Thomar, filho deFilippe Mendes de Vafconcellos, e AnnaDias Cotrim. ProfeTou a 9 de Dezem-bro de 161 3. Foy Meftre dos Novios,e Pregador Geral. Falleceo a 10 de Ju-lho de 1648. Delle faz honorifica men-

    o Antnio Carvalho da Cofta, Corog. PortugaTom. 3. Trat. 4. cap. 15.

    D. Fr. ALEIXO DE MENEZES(Tom. I. pag. 91. col. i.)

    Vida do Venervel Fr. Thom de je-fus, que ferve de Prefao obra dosTrabalhos de Jefus. Madrid por FrancifcoMartins, 1642. 4. Traduzida em Italianopelo Padre Luiz Flori Jefuita. Roma porHermano Scheus, 1644. 4., e Venetia peril Baba, 1657. 4.

    MiJJa, de que ufa os antigos Chrijlosde S. Thom. Sahio vertida na linguaLatina por Fr. Joa Facundo Raulin Ere-mita Auguftiniano com o feguinte titulo

    Hifloria Ecclejtes Malabarica cum Diam-peritana Synodo apud Indos Nejlorianos S.ThomcB Chrijiianos nuncupatos, cui accedunf'Liturgia Malabarica, tum dijjertationes varia,

    omnia perpetuis animaduerfionibus illujirata.

    Romse apud Hyeronimum Mainardi, 1745. 4.grande.

    ALEXANDRE ANTNIO DE LIMA(Tom. I. pag. 93. col. i.)

    Rafgos Mtricos em varias Poejias. Lisboapor Francifco da Silva, 1742. 8.

    Oraa Acadmica Jocoferia, recitadaem Domingo gordo na Academia dos Ffco-Ihidos dejia Corte. Lisboa por Antnio daSilva, 1747. 4.

    Novena do facratiffimo Corao de Jefus,

    no qual fe inclue o obfequio do purijftmo Corao

    de Maria Santijfima Nojfa Senhora. Lisboapelo dito ImpreTor, 1747. 8.

    Parnafo Olympico. Oraa Acadmica, Epi-

    thalamica, e Jocoferia, recitada no congrejfo dos

    Occultos, &c. Lisboa por Manoel da Silva,1748. 4.

    Cana morte do llluflrijfimo, e Excellentif-

    fimo Marque^ de Valena. Sahio na Colleca

    das obras a ejie ajfumpto pela Academia dosOccultos, a pag. 97. Lisboa por Francifco da

    Silva, 175 1. 4.

    Benteida, ou nova methamorfofe. Poema Joco-

    -heroico. Conftantinopla na Officina Bigodiana,

    1752. 8. Sahio com o affeftado nome de An-

    dronio Meliante Laxaed, anagramma puro dofeu nome. Confta de trs Cantos em 8. rima.

  • 8 BIBLIO THE CAALEXANDRE BRANDAM (Tom. i.

    pag. 93. col. 2.)

    Commentaria ad Ordinationes 'L.ujita-nia, foi. M. S. Elava promptos paraa impreTa, e nelles continuava a obrado inigne Jurifconfulto Manoel AlvaresPegas.

    P. ALEXANDRE CABRAL, natu-ral da Villa de Pinhel da Provinda daBeira, e alumno da fagrada Companhiade Jefus, em que fe aliftou em o Novi-ciado de vora a 20 de Agofto de 1725.Falleceo na Cafa profeTa de S. Roque a4 de Mayo de 1756. Publicou

    Sermo nas fumptuofas exquias do Reve-

    rendo Doutor Manoel de Matos Botelho,Abhade de duas Igrejas, Vigrio Geral, eGovernador do Bi/pado de Miranda, pre-gado na Igreja da Mifericordia da Cidade daBahia aos 24 de Julho de 1744. Lisboa,na Regia Officina Silviana, 1745. 4.

    ALEXANDRE CAETANO GOMES,Cavalleiro da Ordem de Santo Eftevade Florena, nafceo em a Villa de Cha-ves praa de Armas da Provncia Tranf-montana em o i de Agolo de 1705, fendofilho de Pedro Gomes, que fervio comditnca na guerra da SucceTa de Hef-panha, e de Ifabel Lopes. Eftudou Gram-matica, Rhetorica, Filofofia, Theologia Efpe-culativa, e Moral, e ultimamente DireitoCannico, em que fe formou na Univerfi-dade de Coimbra. Da Hiloria EcclefiaUca,e Secular, como da Mathematica, e Geo-grafia tem baftante inftruca. Compoz

    L/trena perfeguida, e exaltada, em que

    fe efcrevem as perfeguies, que exaltaroa Serenijfima Cafa de L.orena ao throno doImprio, e Mundo. Lisboa por BernardoAntnio, 1749, foi.

    Cartas fohre a eleio do Imperador Fran-

    fco primeiro, e interejjes dos Prncipes daEuropa a refpeito da mefma eleio. SahiraimpreTas

    Manual Praico Judicial, Civil, e Criminal,em que fe defcrevem recopiladamente os modos deprocejjar em hum, e outro Juit^o, &c. Lisboana Officina de Miguel Manefcal da Cola,

    1748, & ibi, foi. por Domingos Gonalves,1751. 4.

    Collea dos fucceffos da guerra, e pav^ do

    prefente feculo at o tempo, que teve principio

    nejle Keino o ufo das Gat^etas. M. S.Tratado Jurdico fohre a claujula depoji-

    taria. Commentario L^y de 18 de Janeirode 16 14, com fegunda parte das excepes

    com que os devedores podem evadir o depofito,a que pela dita claufula fe obriga.

    Breve Tratado da Vida perfeita, na qual

    fem os efcrupulos meticulofos, que fa^em pare-cer impojfivel o focego do efpirito, alcancem os

    que delle ufarem huma confiana da Salvaona alegria, e go:(p da Vida humana; com humhrevijfimo methodo para a confijja particular,

    e geral; com o conhecimento do que he, e na he

    peccado. M. S.

    ALEXANDRE DIAS RAMOS, naf-ceo na Freguefia de S. Bento do Zam-bujal termo da Villa de Redondo doArcebifpado de vora, onde foy bautizadoa 17 de Novembro de 1687, fendo filhode Brs Dias, e Maria Gonzalves. Affen-tou praa de Soldado de Cavallo noRegimento de Elvas, de que era CoronelJoa de Quintal Lobo, e dando baxano anno de 1705, voltou para fua cafa,onde applicado cultura dos campos, e curados animaes, efcreveo

    Thefouro de L.auradores, e nova alvei-

    taria do gado vacum illujirada com varias

    authoridades, dividida em quatro livros. Noprimeiro fe declara a antiguidade da agri-

    cultura, e dos profejfores delia, e de varias

    efpecies de ret(es com fua anatomia. Nofegundo as quarenta e fete infermidades, que

    Manoel Martins Cavaco tra^ na fua artecom huma glojja a cada huma. No terceiroquarenta e oito Captulos de infermidades

    acrefcentadas de novo, de que Cavaco nos deu

    noticia. O quarto fe divide em dous Tra-tados; o primeiro de varias preguntas, e repof-tas muy curiofas pertencentes a ejla Arte.O fegundo da virtude, e qualidade dos fim-plices purificados no crifol da caridade pelaexperincia. Lisboa por Manoel Fernandesda Cola, 1737. 4. Trabalhava no 2 To-mo, que confiava das qualidades, virtudes.

  • L USITAN A.e utilidades dos gados midos com fusiofermidades, e remdios.

    ALEXANDRE DE FIGUEIROA(Tom. I. pag. 95. col. i.) Morreo em Lis-boa a 2 de Dezembro de 1665, jaz fepultadono Convento do Carmo.

    ALEXANDRE DE GUSMA (Tom. i.pag. 97. col. I.) Deputado do ConfelhoUltramarino. Falleceo em Lisboa a 30 deDezembro de 1753, jaz fepultado no Con-vento de N. Senhora dos Remdios de Car-melitas Defcalos.

    ALEXANDRE DE MIRANDA DEVILHEGAS, natural da Qdade de Vifeo,e filho de Manoel de Miranda, e D. MariaSoares. Formado nos fagrados Cnones,e ordenado de Prefbitero, levou por oppo-ia a Igreja de Lambas fituada na ferrada Elrella, que he do Padroado Real,donde palou para a Abbadia da Matanado Arciprelado de Pena Verde do Bifpadode Vifeo, onde viveo muitos annos. Foyinigne Poeta, deixando defta divina Artediverfas produces, das quaes fe fez publicaaquella gloa ao feguinte mote, feito na

    morte de Andr de Albuquerque, Meftrede Campo General na Batalha das Linhas deElvas, fuccedida a 14 de Janeiro de 1659.

    Se, Albuquerque, voffa forte

    Vos deu morte efclareada;Qiiem dar morte a ejja Vida,Se vos deu vida effa morte 1

    Sahio com outras Poefias a efte fne-bre aTumpto. Lisboa por Domingos Car-neiro, 1661. 4. Falleceo a 31 de Dezem-bro de 1723, em idade provea, jaz fepul-tado na Capella mr da Igreja da Matana,onde era Abbade.

    ALEXANDRE NUNES GAMEIRO,nafceo em a Villa de Torres Novas do Pa-triarcado de Lisboa, em 1706, onde teve porProgenitores a Leonardio Cuftodio, e Bar-bara Terefa. Graduou-fe em a Univerfidadede Coimbra, na faculdade dos fagrados Cno-nes. He muito perito nas letras humanas, eprincipalmente na verificaa da Poefia vul-

    gar, de que fa fecundos partos as feguintesobras

    Metro fnebre, harmonia trijle entoada pelaDeidade da A.mit^ade a infpiraes da faudade,na morte do Senhor Manoel Antnio Gameiro.Lisboa por Miguel Rodrigues, 1744. Conftade 100 Oitavas.

    Voefias varias, 4. M. S. Conla deComedias, Loas, Entremezes, Sonetos, eRomances.

    Fr. ALEXANDRE DA PAIXAM(Tom. I. pag. 97. col. 2.) Falleceo noConvento de Travanca no anno de 1701.

    Dirio defde o anno de 1662 at o de

    1680. O feu verdadeiro Titulo he o fe-guinte.

    Monflruojtdades do tempo, e da fortuna vif-tas em o Reino de Portugal, tanto para argu-

    mento da admirao, como para exemplo do

    defengano, fuccedidas em huma idade, que

    fervir de efpelho a todos os Prncipes, e Vali-

    dos. Efcritas para os futuros terem de mayor

    efpanto o melhor documento pelos annos de 1662

    at o de 1680. M. S.

    Fr. ALEXANDRE DO PORTO,natural da Cidade, que tomou por appel-

    lido, e alumno da Serfica Provncia da

    Piedade. Foy muito inftruido na lia da

    fagrada Efcritura, e dos Santos Padres.

    CompozQuinze Sermes fobre as palavras

    do EcclefiaJHco, cap. 43. Sol in afpetuannuntians in exitu, vas admirabile, opus

    excelfi.

    ALEXANDRE DE SOTOMAYORMUITO NOBRE, natural de Villa Real,e Fidalgo da Cafa de Sua Magelade,

    teve por progenitores a Pedro Taveira deSotomayor Muito Nobre, que nos polosde Capito de Cavallos, e de mar, e guerra

    deu claros argumentos do feu valor, e aD. Filippa da Silva e Caftro de igual no-

    breza de feu Conforte. Foy muito ver-fado no eludo da Genealogia, efcrevendocom exaca

    Famlias da Provinda Tranfmontana,

    foi. M. S. Do Author, e da obra faz

  • IO BIBLIO TH E CAmena o Padre D. Antnio Caetano deSoufa, no fim do Tom. 8. da Hijl. Gen. daCaf. Keal Vortug. pag. 21. n. 41.

    LVARO, cujo apellido fe igno-ra, aTim como fe fabe fer Licenciado,

    e florecer no tempo de ElRey D. AFon-fo V. a quem em applaufo de ter con-quiftado a Cidade de Arzilla no annode 1471, compoz o Officio com a folfade canto cha, para fe cantar em aca

    de graas de ta infigne conquila, e lhepoz o feguinte titulo:

    Vefpera, Matutinum, (0 'Laudes cum

    Antiphonis, & figuris muficis de inclyta,ac miraculofa Vioria in Africa parta adAr^llam era 1471. Confervafe ela obracom a devida elimaa na Livrariado SereniTimo Senhor Infante D. Pedro.He de folha pequena, efcrita em 25 fo-lhas de pergaminho, e encadernada embezerro fobre taboas com brochas, queindica a fua antiguidade, e fer Origi-

    nal, por fe na ter vilo delia copiaalguma. Nas Lies relata a Hiloriada Conquila de Arzilla, e Tangere ga-nhadas por AFonfo V. a 9 das Calen-das de Setembro de 1471, em cujo annoparece fer compolo efte Officio. Hededicado ao mefmo Monarca, cuja Dedi-catria principia: Serenijfimo Domino DonoAlphonfo Dei Grafia inclyto Regi Portu-gallia,

  • LUSITANA . Mannos com grande valor, e depois exerci-tou o lugar de Ouvidor com tanta juf-tia, e benevolncia, que a todos fe fez

    grato. Cafou com D. Sebaliana Garcia,filha de Francifco Fernandes Giraldes, Ouvi-dor de Mazaga, e de D. Joanna Valente,de quem teve trs filhos. Falleceo a 15 deDezembro de 1697, quando contava 73 annosde idade. Efcreveo

    lembrana da origem, e principio, queteve a Praa de Ma^aga com algumas adver-tncias tara o governo delia. Principiou

    eJla obra a 18 de Setembro de 1672, ea continuou at o governo do Conde deSanta Cruz.

    Roteiro, e regimento catholico, que devem

    guardar os Governadores da Praa de Maza-ga para ferem perfeitos os feus governos.

    Eftava elas duas obras comprehendidasem hum Tomo de folha ao qual ajuntoua defcripa da Praa feita pelo feu Gover-nador o Marquez de Montalvo.

    LVARO DE CRASTO, e na deCASTRO, como efcreveo Nicolo Ant-nio, Bib. Hifpan. Tom. i. pag. 46. col. i.Foy Medico de profila, efcrevendo

    Janua vitae

    Fundamenta Medicorum. 2. Tom.Elas duas obras fe conferva M. S.

    na Bibliotheca da Igreja Cathedral de To-ledo. Elante 35. n. 9. 10, e 11.

    LVARO FERRA'S VELHO DEAZAMBUJA, natural da Cidade de Coim-bra, Alferes mr. Juiz dos rfos, edas Valias do Termo da mefma Cidade.Fora feus Progenitores Francifco Fer-ras Velho, e D. Antnia da Cofta Soa-res. Na idade da adolefcencia abraouo Inlituto da Companhia de Jefus, emo Noviciado ptrio a 31 de Mayo de1693, donde fahio para fucceder na fua

  • ni2 BI B LIO THE CAFora feus Progenitores Diogo Gil Cer-veira Pereira, e D. Maria MagdalenaAntnia de Serpa Sotomayor igualmentenobres, e opulentos. ATentou praa

    de Soldado em o anno de 1701, dandode feu valor, e difciplina militar mani-

    felos argumentos em toda a guerra,

    em que fe difputou a fucceTa de Hef-

    panha, principalmente quando com opolo de Sargento mr introduzio osfoccorros em as Praas de Olivena, e

    Campo mayor vifta dos Caftelhanos. Su-bindo a Coronel de hum Regimento daCorte fe applicou com mayor eludo sevolues da Infantaria, fortificao, caftra-metaa, e expugnaa das Praas. Fal-

    leceu em Beja no anno de 1739. CompozCartilha militar de Infantaria com alguns

    movimentos novos, e mais fceis para o feu ma-

    nejo. 8. M. S. Dedicada ao SereniTimo Prin-dpe do Brafil.

    Memorias fobre o fervio de todos osdias da Infantaria. 2. Tom. 8. He tra-duca de Francez de Monfiur Bom-belles.

    Fr. LVARO DE SANTA MARIA,natural do lugar de Rafca termo da Villade Setbal, e filho de Francifco Martins,e Ifabel Gomez. ProfeTou o Inlituto Se-rfico no Convento de Enxobregas, cabea

    da Provncia dos Algarves a 4 de Agoftode 1640. Foy bom Theologo Moralifta,e Confeflbr das Religiofas do Conventode NoTa Senhora da Quietao, fituadoem Lifboa, e do Convento de Borba.Renunciou o Confefionario do Con-vento da Madre de Deos, fituado forados muros de Lisboa, e a Guardiania deMertola. Foy muito perito nas Rubricasdo MiTal, e Brevirio Romano, e Ser-fico, e na menos na Poefia vulgar. Fal-leceo no Convento de S. Francifco de Se-tbal, em o anno de 1697. Compoz

    Calendrio perpetuo para os Frades Me-nores da Kegular ohfervancia de nojfo SerficoPadre S. Francifco, e para as Freiras deSanta Clara, e Terceiros da Provinda doAlgarve. M. S. No prologo faz menade outro femelhante Calendrio.

    Do Author, e da obra faz memoria oPadre Fr. Jeronymo de Belm na Introd. Chron. da Prov. dos Algarves, p. 227.

    D. Fr. LVARO PAES (Tom. i.pag. 108. col. I.)

    A obra de Planu Ecclejta, foy impreflaUlme apud Joannem Reiner de Reut-lingen, 1474, foi. Nella el includa a

    Apologia pro Joanne XXII. como efcreveConrado Gefnero, Bib. Univerf. Tom. i.pag. 31. Scripfit 1. libros de Planu Eccle-ficB, in quorum priore foannis XXII. Pon-tificis contra Marcilium Patavinum, (' alioscaufam defendit. Nicol. Anton. Bib. Vet.

    Hifp. Tom. 2. pag. 102. n. 231, fe enga-nou affirmando, que nunca fe imprimira eftaApologia.

    Summa Theologia de que Wadingo fazmena in Script. Ord. Minor. pag. 15. im-preTa, como eUe diz, Ulmae, 1474. Nahe obra diferente do Planu Ecclejia, poisa impreTa que afina Summa he certa-mente de Planu Ecclejia, cuja equivoca-a de Wadingo he arguida por Joa AlbertoFabrcio, Bib. Med. & Infim. Mtinit. Tom. i.pag. 202.

    D. LVARO PIRES DE CASTRO,primeiro Marquez de Cafcaes, fexto Condede Monfanto, Fronteiro mr, Coudelmr, Couteiro mr, e Alcaide mr de Lis-boa, Senhor das Villas de Cafcaes, Louri-nh, Ana, S. Loureno do Barro, Mon-fanto, Calello Mendo, Commendadorde S. Martinho de Bornes, de Villa-Rey,e Segura da Ordem de Chrito: nafceona fua Villa da Lourinh para mayorbraza de feus illulriTimos Progenito-res D. Luiz de Calro, quinto Condede Monfanto, Prefidente do Pao, e Con-felheiro de Elado, e D. Mecia de No-ronha. Ornado de juizo maduro, com-prehenfa perfpicaz, e inlruca poli-tica fe habilitou para exercitar as hono-rificas incumbncias de Embaxador ex-traordinrio em o anno de 1643 Ma-gelade ChrilianiTima de Luiz o Gran-de, e de Confelheiro de Elado e Guerrados Serenifimos Monarcas D. Joa IV.,.

  • L USITANA. i3D. Affonfo VI., e D. Pedro II. A ze-lofa liberdade com que refolutamentereprefentou a ElRey D. Affonfo VI.o perigo a que elava expofta a Mo-narquia pela inrcia do feu governo,foy multada com fer delerrado da Cortepara a Villa de Ana, onde falleceo igual-mente cheyo de annos, que merecimentosa II de Julho de 1674. Cafou duas vezes:a primeira com D. Maria de Portugal,filha de D. Nuno Alvares de Portugal, fuaprima com irm, filha de D. Manoel dePortugal, irma de D. Affonfo de Por-tugal, fegundo Conde do Vimiofo de quemteve a D. Joanna Ignez de Portugal,que fe defpozou com D. Luiz daSilva Tello, II. Conde de Aveiras, e aD. Mexia, e D. Ignez de Caftro, que falle-cera de tenra idade. Paffou a fegundasVodas no anno de 1637, com D. BarbaraElefania de Lara, Dama da Rainha D. Ifa-bel de Borbon, filha de D. Antnio deAtayde, primeiro Conde de Caffro Dayro,filho herdeiro de D. Antnio de Atayde,primeiro Conde da Cailanheira, e da Con-deffa D. Barbara de Lara, fua fegundamulher, filha de D. Pedro de Menezes,terceiro Marquez de Villa-Real, e de D. Bri-tes de Lara, filha de D. Affonfo, Condef-tavel de Portugal; de cujo matrimonioteve a D. Luiz Alvares de Caftro, fe-gundo Marquez de Cafcaes, Embaxa-dor extraordinrio em o anno de 1695,a Luiz XIV. de Frana, e Confelheirode Elado, e Guerra dos Serenifim os ReysD. Pedro II., e D. Joa V., e D. Mariade Atayde, que falleceo em idade flo-rente. Fazem illuftre memoria do feu NomeI). Luiz de Menezes, I^ortug. Kejlaur. Tom. 2.liv. 12. pag. 895, o Padre D. Antnio(Caetano de Soua, Hijl. Gen. da Caf. RealPoriug. Tom. 2. pag. 540, e nas Mem. Hiji.,e Geneal. dos Grand. de Portug. pag. mihi 82.c o P. Luiz Cardofo Diccion. Geograf.de Portug. Tom. i. pag. 463. col. i. Efcre-veo

    Injlrtica a feu filho natural Fr. Mar-tinho de Caftro, Keligiofo de S. Jeronjmo.M. S. He larga, e judiciofa, da qualconferva huma copia Antnio Moreira

    de Soufa, Cavalleiro profeffo da Ordemde Chriffo, e muito verfado em todo o gnerode erudio, a cuja inveligaa deve a Biblio-theca Laujitana grandes augmentos.

    LVARO VAZ, ou VALASCO(Tom. i. pag. 116. col. 2.) fora feusPays Joa Vaz, Meirinho da Cafa doDuque de Bragana D. Fernando II., eMaria Alvares. Cafou com D. Britesde Gouvea de quem teve a Pedro Alvaresde Gouvea, Alcaide mr de Ferreira,Senhor do Morgado do Pinheiro juntoa Santarm, que herdou em nome defua mulher D. Brites da Veiga, alcan-ando-o por fentena proferida em 2 deJaneiro de 1640 contra D. Magdalena deLancaftro, Condeffa de Faro. Foy feu filhofegundo o Doutor Francifco Valafco deGouvea do qual fe fez larga menaem feu lugar. Teve mais duas filhas;a primeira chamada D. Leonor de Gouvea,foy cafada com Balthefar Pereira do Lago,Fidalgo da Cafa Real, Cavalleiro da Ordemde Chriffo, Corregedor de Tavira, e Pro-vedor da Comarca de Beja. A fegun-da, D. Helena de Gouvea, que cafoucom o Defembargador Ignacio CoUaffode Brito de quem na teve fucceffa, edelle fe faz memoria nela BibliothecaTom. 2. pag. 535. col. i. Nafcendolvaro Valafco no anno de 1524, comoeft efcrito na Bibliotheca, tinha no an-

    no de 1588 64 annos de idade, e na62 quando fe imprimio o i. Tomo dasfus Decises, e por ela Chronologiafalleceo com 69 annos, e na 67, comopor equivocaa fe efcreveo na Biblio-theca.

    AMADOR ANTNIO DE SOUSABERMUDES DE TORRES, FidalgoCavalleiro da Cafa de Sua Mageftade, Se-nhor da Honra de Paderne, e irma dolUulriflimo, e ExcellentiTimo Bifpo do Al-garve D. Ignacio de Santa Therefa de quemfe fez memoria em feu lugar, nafceo ema Cidade do Porto a 26 de Outubro de 1703,donde inlruido nas letras humanas paf-fou de Coimbra, e na fua Univcrfi-

  • 14 BIB LIO THE CAdade fe applicou ao eiludo da Jurifpru-dencia Cannica, no qual fez taes progref-

    fos, que laureado com as infignias douto-

    raes em i6 de Julho de 1726 fublituio

    a Cadeira do Decreto, e fez trs Olenta-es com credito da fua litteratura. An-tepondo em obfequio da Republica a prac-tica efpeculaa deixou a Univeridade,

    e foy defpachado Juiz de fora da ViUade Guimares, donde paTou a Auditorgeral da gente de guerra da Provinda doAlentejo, onde fez alterar o eftylo mal prac-ticado pelo Governador das Armas da ditaProvncia tratando nas informaes como titulo de Senhor ao DefembargadorAuditor, cuja militar civilidade fe ufavacom os Officiaes de Coronis para cima.Depois de aTilir em a Relao do PortopaTou para a Cafa da SuppUcaa, aondefubio a 4 de Mayo de 1754 a Defembarga-dor dos aggravos, em cujo minifterio feadmira felifmente unidas a profundidadeda fciencia, e o deinteree do animo. Fa-zem delle memoria. Ferreira de Nov. Oper,Nuntiat. lib. i. difc. 3. n. 7. Frana in Addit.

    ad Pra. 'L.ujit. Emman. Mend. CajiroPart. I. cap. 2. n. 145. Silva Pereir. Tom.2. do Kepertor. das Ord. pag. 194. lit. F.,e ns em diverfas partes da Bibliotheca,que fe confea agradecida grande dili-gencia, que applicou para feu augmento.Compoz

    De Mutua ohligatione parentum, &" fi-liorum Pars prima. Dela obra, que conlade 50 Captulos, ela j imprelos 45na ImpreTa de Francifco Luiz Ameno.

    Kationalium Kefolutionum Traatus varii,foi. M. S.

    AMARO DOS ANJOS (Tom. i.pag. 126. col. I.) foy filho de Agoli-nho Nunes de Ges, e Magdalena daCruz da Silva. Compoz

    Aafate de flores de conceitos, e pro-

    vas predicveis por ordem alfabtica. 4. 4.Tom. Conferva-fe na Livraria de S.Bento de Xabregas, elante 5. n. 29. 30.31. e 32.

    Fr. AMARO DA CONCEIOnatural da Villa de Eftremoz da Pro-vncia Tranftagana alumno da SerficaProvncia da Madre de Deos da ndiaOriental, foy Lente de Theologia, e Vi-fitador geral das Provncias Orientaes. Com-poz

    Ajjumptos Predicveis, e idas para todoo gnero de Sermes, com ndices alfabticos. 4.

    M. S.Hijloria Sagrada, e profana, onde relata

    as coufas mais dignas, que vio na l^ivraria da

    Vaticano, e outras famofas por onde difcorreo.

    M. S. 4.

    AMARO DE REBOREDO (Tom. i.pag. 127. col. 2.)

    Porta de linguas em modo muito acomo-

    dado para as entender, publicado primeiro com

    a traduca hefpanhola, agora acrefcentada a

    Portuguesa com nmeros interlineaes pelos quaes

    pojfa entender fem mefire ejlas linguas o que asna fabe, com as raives da iMtina mojiradasem hum Compendio de Calepino, ou por me-lhor, de Tefouro para os que a querem apren-

    der, e enfinar brevemente, e para os EJlrangeiros,

    que defeja a Portuguesa, e Hefpanhola. Lis-boa por Pedro Craesbeeck, 1623. 4. Vimoshum exemplar delle livro, que he a traduc-a da fanua linguarum, imprelo no annoantecedente do qual faz memoria a Biblio-theca no Tom, i. a pag. 127. col. 2. A De-dicatria a D. Francifco de CalellobrancoConde do Sabugal, he efcrita em Portuguez,e Latim.

    AMARO VASQUES DE CASTEL-LOBRANCO HENRIQUES, Fidalgo daCafa Real, e Cavalleiro da Ordem mili-tar de Chrifto, nafceo em a Villa doLourial do Bifpado de Coimbra a 9 deNovembro de 1667. Fora feus Progeni-tores Antnio de Almeida de Calello--branco Henriques, e D. Maria de Amo-rim PeToa. Inlruido na lingua Latina,e Filofofia fe applicou com difvelo s obfer-

    vaes Mathematicas, e ao eftudo da Ge-nealogia. Falleceo na ptria a 16 de Agolode 171 3, quando contava 56 annos de idade.Delle faz mena o P. D. Antnio Caetano de

  • L USITAN A. i5Soufa no fim do Tom. 8. da Hfi. Gen. daCaf. Real Portug. pag. i6. n. 21. Compoz

    Jardim de Flora, e Campo de Ceres cul-tivados, e dihuxados em dous quadros. O pri-meiro para ornato da Jua Cafa; e o Jegundo parautilidade delia. Conla o primeiro de humEpitome Genealgico dos afcendentes dafua Varonia do tempo do Conde D. Hen-rique at o prefente. O fegundo comprehen-de a noticia dos Vinculos, Prazos, e Fa-zendas livres da fua Cafa, foi. M. S.

    Breve, e verdadeira noticia da portentofa

    vida, e admirvel morte da Venervel ferva de

    Deos Maria do L,ado, e da Fundao do feuConvento do Santijftmo Sacramento da Villado Laurial, foi. M. S.

    Tratado Filofofico dos Ceos, Mundo,Meteoros com a fua naturer^a, movimentos, com-pojia, numero dos Ceos, e Eflrellas, e fusgrande:^as, defcripa dos Signos do Zodiaco,

    dos Planetas, do influxo dos corpos celejles nos

    do mundo, e fus perfeies, 4. M. S.Todas elas obras conferva feu filho

    Francifco Xavier de Almeida Calello-branco.

    AMBRSIO CARDOSO DE ABREU(Tom. I. pag. 130. col. z.)

    Ulisbonenjis indbita carcerationis primaMartii, 1626, foi. fem lugar, nem annoda Imprela. Conla de hum Manifeftocontra Gonalo Borges Pinto, em quemtinha renunciado a fua Igreja de SantoAndr Ambrofio Cardofo de Abreu comcertas claufulas, e tirando o refignadoa Bulia fem as claufulas eTenciaes, a fezexecutar fubreticiamente, e tornando o refi-gnante a meterfe de pofe, expulfou, e pren-deo ao refignado.

    AMBRSIO DE LEA, cuja ptria,c eftado de vida fe ignora. Compoz

    Prohlemata Philofophica, foi. M. S.

    AMBRSIO MACHADO, veja-feD. JOZ BARBOSA.

    P. ANASTASIO DUARTE (Tom. i.P^g- ^33- col. I.) falleceo na Congre-

    gao do Oratrio de Lisboa a 10 deAbril de 1750.

    ANASTASIO DA NBREGA, na-tural de Lisboa, e profeor da Arte da Ci-rurgia, e perito na lingua Franceza da qualverteo em a materna

    Methodo facillimo, e experimental para curara maligna infermidade do Cancro ajftm no quepertence applicaa dos remdios, como exe-cuo operatria conforme o ufo de hum infigneoperrio de naa France:^, com huma efpecia-liflima receita para curar Efcropholes, ou Al-parcas. Lisboa por Antnio Corra de Lemos.4. Na tem anno da ImpreTa, mas certa-mente fahio em o de 1741.

    ANDR AFFONSO CASTELLO, na-tural da Villa de Campo mayor da Provin-da Tranlagana, o qual fe intitula Doutorfem declarar a faculdade em que o era. Tevegnio para a Poefia Herica, de que deixoupor teftemunhas as feguintes obras

    :

    Chronica de Santo Antnio de Pduacompofla em verfo herico L.uJitano. Dedi-cada ao ExcellentiJJimo Prncipe D. Theo-

    dofio. Duque de Bragana, Condejlabre dePortugal. Conla de mil Oitavas. Comeaa primeira:

    A grandeza da gloria merecida,O fervorofo fer do peito interno,A pureza fem par da rara vidaO Jingularfavor do Reino eterno:A mila^ofa morte efclareada,O foberano premio fempiternoDo Portuguev^ Menor Antnio Santo,Entre temor, e amor humilde canto.

    Epithalamio en las Vodas de D. Theo-

    dofio II. fetimo Duque de Bragana con laSenora D. Anna de Valafco, hija de D. JuanFernandes de Valafco fexto Duque de Frias,

    y de la Duquesa D. Maria de Giron. Dedi-cado ai ExcellentiJJimo Prncipe D. Juan, Du-

    que de Barcellos em 3 de Julho de 16z^. Conlade doze cantos em 8. Rima. No fim elhuma expofia dos nomes prprios, efabulas poticas de que trata o Poema porordem alfabtica. Huma, e outra obra emfolha vimos M. S.

    ANDR DO AVELLAR (Tom.I. pag. 137. col. I.) foy filho de Galas

    do Aveliar, e Violante Fernandes, e

  • i6 BIBLIO THE C Airma de Jorge do Avellar, que cafou comAnna de Azevedo; de Diogo do Avellar,que morreo folteiro na ndia; de Ambrofiodo Avellar, que falleceo no cerco de Ma-laca; de Thom do Avellar cafado comIfabel de Mello. Alm deles quatro irmosteve trs irms D. Catharina do Avellar,calada com Diogo Fernandes Oforio, Ca-valleiro da Ordem de Santiago; Procura-dor dela Coroa em Calella; Anna Lopesdo Avellar, cafada com Francifco Vazde Soufa, e Antnia do Avellar, Religiofano Convento de Santa Anna de Lisboa.Cafou com Luiza de Faria, de quem tevelarga defcendencia. Compoz

    SphcBrcB utriujque Tabeli ad JphcBrahujus mundi faciliorem enucleatiomm. Co-nimbrice apud Joannem Barrerium. Typ.Reg. 1593. 8.

    Parece fer ela obra a mefma, que como titulo da esfera, e feu ujo, fahio no mefmoanno, e ImpreTor, que a precedente noI . Tom. dela Bibliofheca.

    ANDR DE AZEVEDO DE VAS-CONCELLOS DA SILVA E MOURA,natural da Cidade de Elvas, onde teve porprogenitores a Andr de Azevedo de Vaf-concellos da Silva, e D. Jofepha Serrano.Sendo Moo fidalgo da Cafa Real, foy no-meado no anno de 1754 Capito de Ca-vallos do Regimento da fua ptria. Ain-da que difcipulo da efcola de Marte,nunca deixou de frequentar a de ApoUo,que achou fempre propicio ao feu en-thufiafmo, como publica a obra feguinte:

    Cifne de Marte, que cantou em Villa-

    viofa, em Mayo do anno de 175 1 as glo-rio/as, e inimitveis aces de Suas MageJ-

    tades Fidelijftmas, o fempre augufio Senhor D.

    Jofeph I.f e a fempre augufla, e efclarecidaSenhora D. Marianna Vioria, Kejs de Por-tugal nojjos Senhores. Lisboa por Pedro Fer-reira, 175 1. 4. ConJfta de hum Soneto, Ro-mance Lyrico, e quarenta Oitavas.

    P. ANDR DE BARROS (Tom. i.pag. 140. col. I.)

    Vida do Apojiolico Padre Antnio Vieirada Companhia de Jefus chamado por antono-

    mafia o Grande. Lisboa, na Officina Sil-

    viana, 1746, foi.

    Falleceo na Cafa profefa de S. Roquea 6 de Janeiro de 1754, quando contava77 annos de idade.

    ANDR BERNARDES AYRES (Tom.I. pag. 141. col. I.)

    Traatus de Commodato ad Tit. de Com-modat. in Decretai.

    Fr. ANDR DA CONCEIO, naf-ceo na augula Cidade de Braga a 9 deAbril de 1695, fendo filho de Greg-rio Joa, e Maria Velofa. Recebeo o-habito de Eremita de Santo Agoftinho-no Convento da Graa de Lisboa a 25 deMaro de 171 6. He Pregador, e Con-feTor, e muito applicado lia doslivros afceticos. Tem prompto para aimpreTa a obra fegiiinte com efte titulo.

    Trabalhos de Maria Santijftma em 5Partes divididos. Part. i. Dos trabalhosde Maria SantiJJima, illujirados com variasaces, e virtudes com que imitou os Traba-lhos de Jefus defde a fua animao at morte de feu Efpofo S. Jofeph. Divididosem Difcurfos mjflicos, predicativos, e hifloricos,foi. M. S.

    Parte 2. dos Trabalhos de Maria San-tijftma defde a morte de S. Jofeph at morte de Chrifo, foi. M. S.

    Parte 3. dos Trabalhos de Maria San-tijftma, defde a fua Soledade at feu felit^Tranjito, AJJumpa ao Ceo, e fer Coroadano Empireo, foi. M. S.

    Fr. ANDR DA CONCEIO, na-tural de Lisboa, e filho de Antnio Fer-reira Nunes, e de Maria da ATumpa.Recebeo o habito de Converfo da refor-mada Congregao de Santa Cruz de Coim-bra no Real Mofteiro de S. Vicente de foraa 20 de Agofto de 1746. He muito peritonas Artes de Arithmetica, e Orthografias quaes fe applicou defde os primeirosannos. Na tem menor inJftruca do valordas moedas antigas, e modernas. Da fuaapplicaa fa frutos as feguintes obras:

  • L USITANA.Tratado de tudo o que pertence s moedas,

    pe:(ps, e medidas, foi. M. S.Dicconario dos termos mais necejjarios para

    o commercio, ou injiruca para todos, que qui-

    serem aprender o negocio, foi. M. S. Tradu-

    2o de Calelhano do Padre Tofca em Por-tuguez

    Tratado da Arithmetica inferior, e fuperior.

    Tratado da lgebra; da ArchiteStura ; da VerJ-peiva; da Hidrojiatica. Eles trs ltimos

    efta ornados com elampas feitas pennaque parece fer abertas pelo mais primorofoburil.

    ANDR DIAS DE OLIVEIRA,natural da Cidade de Bragana da Provin-da Tranfmontana, e Capito da Infantariado Regimento da guarnio da Praa deChaves. Compoz

    Efcola militar em que fe declara fobreoutras coufas as obrigaes de/de Soldado at

    Governador das Armas do Exercito, 4. M. S.

    ANDR FERREIRA, natural deMonte mr o novo da Provncia Tranf-tagana, Melre Efcola da Collegiada deSanta Maria da Alcova na Villa deSantarm. No Telamento com que fal-leceo deixou cinco mil reis para humAnniverfario em 18 de Janeiro, com Mif-fa cantada pela alma do Bifpo D. Jorgede Attayde, Capella mr, e Commenda-tario de Alcobaa, feu grande bemfeitor.Jaz na Collegiada de Santa Maria da Alc-ova com o feguinte Epitfio:

    Sepultura de Andr Ferreira, Capella, quefoy de Sua Magejlade, e Mejlre Efcola dejiaCollegiada. Falleceo no i de Abril de 1633.

    Querendo molrarfe grato ptria, quelhe dera o bero. Compoz

    Memorias da Villa de Monte mr, foi.M. S.

    No feu Telamento declara ter com-polo efta obra, e a deixar fechada em humefcritorio.

    D. ANDR DA ENCARNAAM, naf-ceo em a Villa de Arrayolos da ProvindaTranlagana a 8 de Junho de 1731, fendofilho do Doutor Timotheo Pinto de Car-valho, que em diverfas Judicaturas mof-trou a integridade do feu animo, e de D.JuHana Luiza da Conceio. Na florenteidade de 17 annos recebeo o cannico ha-bito de Santo Agoftinho no Real Con-vento de Santa Cruz de Coimbra a 22 deAgolo de 1748, onde depois de inlruidonas fciencias feveras, fe occupou em com-por as feguintes obras:

    Breve memoria da fanta vida, e morte doVenervel Padre D, Eopo da Conceio, CnegoRegular, 4. M. S.

    Cathalogo dos Beatos, e Beatas dos CnegosRegulares, 4. M. S.

    Cathalogo das Venerveis, e Pejfoas Illuflresda Ordem Cannica, 4. M. S.

    Cathalogus Authorum Canonicorum Kegula-rium, foi. M. S.

    Fr. ANDR DE FARO (Tom. i.pag. 147. col. I.) Foy filho de Pedro MartinsRola, e Maria Andr. Sendo Beneficiadorecebeo o habito Serfico a 24 de Abril 1656.

    ANDR FOREIRO, cuja ptria, eelado de vida fe ignora. Compoz

    Jubileus Evangelicus. Conferva-fe na Bi-

    bliotheca dos Agolinhos de Roma.

    ANDR FRANCO (Tom. i. pag.148. col. 2.) Falleceo em Lisboa a 24de Outubro de 1659. Jaz na Paroquiade Santiago, da qual fora Prior.

    ANDR DE FREITAS, natural deCelorico do Bafto na Provinda da Beira,e Abbade de S. Miguel de entre as Aves.Foy muito applicado ao eftudo da Genea-logia. Efcreveo

    Eivro de Geraes, foi. M. S.

    P. ANDR GOMES, natural da Villado Landroal da Provinda Tranlagana,e filho de Manoel Gomes, e Maria Ribeira.Quando contava 16 annos de idade entrouem o Noviciado de vora dos Padres Jefui-tas a II de Julho de 1639, e alcanada facul-dade dos Superiores, palou no anno de

    1670 China, onde exerdtou o minileriode Operrio Evanglico com grande fervor.Compoz

  • t9 B IB LIO THE CACompenatum vitcB lllufirijfimi Domini

    D. Alphonfi Mendes Mthiopia Patriarcha,foi. M. S. Conferva-fe no Collegio devora.

    Fr. ANDR DE JESUS, cuja ptria,e religio que profeTou, fe ignora. Com-p02

    Kelaa da Ilha encoberta, M. S. Con-ferva-fe na Bib. Real.

    Fr. ANDR DA INSUA (Tom. i.pag. 151. col. 2.)

    kelaa da Jua vida acabada de efcreverpor elle em z de Agofio de 1552. Sahio im-preTa na Chron. da Santa, e Keal Provinc.da Immaculada Conceio. Tom. i. liv. 2.

    ^^P* 33- 42o> 9^^ modernamente publicouo Padre Fr. Pedro de Jefus Maria Jofephalumno da dita Provinda.

    D. ANDR DE S. JOA, naturalde Coimbra, e Cnego Regular de SantoAgoftinho, cujo habito recebeo no Con-vento da Serra a 5 de Janeiro de 1571. Foyornado de grande litteratura, e muito peritonos ritos Eccleiafticos. Falleceo no Mof-teiro de S. Vicente ituado extra murosde Lifboa a 11 de Fevereiro de 1624. Com-poz

    Theologia Moral, foi. M. S.Tratado da Miffa, e das ceremonias, que

    nella fe ufa, 8. M. S.Privilgios do Keal Convento de Santa Crui^

    de Coimbra. 4. M. S.

    ANDR LOURENO FERREIRA(Tom. I. pag. 154. col. i.) A caufa defer admittido Bibliotheca L,ujitana eleAuthor, foy por ter lido nas MemoriasM. S. do Padre Francifco da Cruz paraa mefma Bibliotheca, que no frontifpiciodas fus obras fe appellidava Ferreira,e como tal era Portuguez; porm foyengano, pois allegando-o como teftemu-

    nhas oculares Renato Moreau de Vena Se-ion. in Pleuritid. pag. 64. e 65. MangetoBih. Script. Med. Tom. 3. pag. 47., eJoa Aftruc. de Morbis vener. Tom. 2.pag. 821. fomente he com o nome de

    Andr Loureno, aTinando-lhe os dousprimeiros por ptria a Cidade de Mom-pilher, e o ultimo a Cidade de Aries;por cujos fundamentos julgo na perten-cer noTa Bibliotheca.

    D. Fr. ANDR DE SANTA MARIA.(Tom. I. pag. 154. col. 2.)

    Tratado necejjario acerca do poder, que osPrelados das Ordens Mendicantes tem para fi,e para feus fubditos, e ajfim do poder, que osFrades Confejfores tem dentro, e fora da Ordem.M. S. Confervava efta obra Fr. Aifonfoda Madre de Deos Guerreiro, Acadmicoda Academia Real, de quem fe fez menaem feu lugar.

    ANDR NUNES DE CASTRO,irma de Aifonfo Nunes de Caftro, Chro-nita de Caftella, e filhos de Aifonfo NunesPortuguez, de quem fe fez mena neleadditamento. Foy profeTor de Theologia,e compoz

    In lib. I. Sententiarum, foi. M. S. Con-ferva-fe no Convento dos AgoiHnhos Def-calos de Roma.

    ANDR DE OLIVEIRA, natural daCidade de Coimbra, filho de Manoel Joa,e Rofa Maria. Para fe inftruir nas fcienciasamenas, e feveras na foy necefario fahirda fua ptria por fer delias o mais famofotheatro, onde recebendo as infignias dou-toraes na Faculdade Theologica mere-ceo fer Cnego Magilral na Cathedralde vora, de cuja dignidade tomou pofeem 30 de Novembro de 1742, e Depu-tado do Santo Officio. Falleceo na ditaCidade a 17 de Junho de 1755. Tevenatural inclinao para a Poefia Latina pu-blicando

    Pro felici obitu, funereque celebrando

    Auguflijfimi, Serenijftmi, atque Fidelijfimi Regis

    Joannis V. Opus metricum ex programmate,

    Anagrammate, atque Elegis conjlruum, foi.Na tem lugar nem anno da imprefa.

    ANDR PEREIRA DOS REIS,morador na Cidade de Maco, Col-nia dos Portuguezes na China. Foy muito

  • L USITANA.perito na Cofmografia. Compoz no annode 1656.

    Livro, em que Je vero vrios dijcur-

    fos, e demonjlraes de varias terras em ponto

    mojlradas com grande clareira, e certer^a deIjongitud, e Latitud. 4. M. S. Conferva-fena Livraria do ExcellentilTimo Conde deCalello-Melhor.

    Fr. ANDR DA PIEDADE, naturalde Lisboa, onde no Real Convento dosCarmelitas Calados, recebeo o habito no

    anno de 1722, e profeTou no anno

    fegxiinte em o Convento do Par no Eftadodo Maranho. Mereceo pelos dotes deque era ornado o feu talento fer Prior

    do dito Convento, Procurador das Mif-ses, e Viitador geral de todas as que a

    fua Religio exercita em os rios Negro,

    Solimes, Cambebas, e Japor. Obteveo lugar de Prefentado no anno de i747Publicou

    Sermo de Santo Antnio, pregado na

    fejlival, plaujivel, e Jempre memorvel mu-

    dana, e trasladao da fua prodigiofa ima-

    gem da Igreja antiga para a de feu novo

    Convento de que he Titular, que lhe fiv^era

    Jeus reformadijjimos alumnos os Jeraficos filhosda venervel, e obfervante Cufiodia do GraPar em a Cidade de Belm no dia 13 deJunho de 1743. Lisboa por Antnio da Silva1748, 4.

    ANDR DE RESENDE (Tom. i.pag. 161. col. 2.) No feu Teiamentofeito em o i de Dezembro de 1573 (^^^conferva em feu poder o R. P. D. Ant-nio Caetano de Soufa tantas vezes nomeadonela Bibliotheca) affirma que ao tempo, queo fazia, contava 67 annos de idade; e comofalleceo nove dias depois do dito Tefta-mento, fe colhe infallivelmente, que naf-cera em o anno de 1506, e na de 1498,como fe efcreveo na Bibliotheca; e junta-mente fer errada a idade de 73 annos, quenella fe afina. Alm das obras efcritas naBibliotheca.

    CompozGerao dos Cogominhos, tirada das Chro-

    nicas. M. S. Conferva-fe efcrita de letra

    gtica na Livraria dos Monges Bene-diHnos de Lisboa. Dela obra faz menao Padre D. Antnio Caetano de Soufa nofim do Tom. 8. da Hijl. Gen. da Caf. KealPortug. pag. 3.

    ANDR RIBEIRO COUTINHO (Tom.I. pag. 172. col. I.) Sendo Coronel de humRegimento de Infantaria da Praa do Riode Janeiro, falleceo em o anno de 175 1,deixando efcrito

    O Capito da Infantaria Portugue^ coma Theorica, e Praica das fus funes exer-citadas ajfim nas Armadas terreflres, e na-vaes, como nas Praas, e Corte, Tom. i.

    Lisboa na Offidna Silviana, e da Acade-mia Real, 175 1, 4. grande com elampas.

    O Capito da Infantaria,

  • 20 BIBLIOTHE CAcom o pofto de Capito de Infantaria fer-vio na guerra, em que fe difputava a liber-

    dade do noflb Reino opprimido com o dom-nio Caftelhano; e de fua mulher D. Mariade Almeida. Foy cafada com Francifco deAncies de Figueiredo de quem na tevedefcendencia.

    Fr. ANGELO DE SANTA MARIA(Tom. I. pag. 176. col. i.) Falleceopiamente no Convento de Corpus Chritde Lisboa a 17 de Maro de 1745, quandocontava 85 annos de idade, ainda que naBibliotheca efteja efcrito nafcera em 1664.

    ANGELO DE SEQUEIRA, natu-ral da Cidade de S. Paulo, ituada naAmerica Portugueza, Presbtero do habitode S. Pedro, Protonotario de Sua Santi-dade, e MiTionario Apololico, cujo mi-nifterio tem exercitado na Corte de Lisboacom incanfavel defvelo, e grande emolu-mento das almas, o qual na fatisfeito deas inlruir com as vozes as doutrina com asfeguintes obras

    Botica preciofa, ou Thefouro preciofo

    da Lapa. Lisboa por Miguel Rodrigues1754. 12.

    Penitente arrependido, e fiel companheiropara fe infiruir huma alma devota, e arre-pendida a fa^er huma boa confiffa geral,com vrios foliloquios para antes, e depoisda communha. Lifboa por Jofeph da CoitaCoimbra, 1756. 12. & ibi por Pedro Fer-reira, 1757. 12.

    Fr. ANGELO DOS SERAFINS, fahin-do do Porto de Lisboa a 28 de Maro de1750, em companhia do Illullriflimo, e Ex-cellentiTimo Marquez de Tvora, Vice-Reydo Eftado da ndia Oriental, efcreveo emforma de Carta a Fr. Jofeph de Santa Eul-lia, e publicou

    Kelaa da Viagem, que o lllufirijfimo, eExcellentiffimo Marque^ de Tvora, Vice--Rey do Efiado da ndia, fet^ do porto deLasboa at o de Moambique, e depois aoda Cidade de Goa, onde fe:!^ a fua entrada publica,e deu principio ao feu felit(^ governo. Lisboa porMiguel Rodrigues 175 1. 4.

    Fr. ANICETO DE S. FRANCISCOXAVIER, natural de Lisboa, e filho deAntnio da Cola Corra, e D. FauftinaMargarida de Andrade. ProfeTou o Inf-tituto Serfico da Provncia dos Algarvcsno Convento de Setbal a 18 de Abril de1717. Eludadas as fciencias efcholafticas,fe applicou ao minilerio do plpito, do qualtem compofto

    Sermes da Quarefma, foi. M. S.Sermes Panegyricos, Afceticos, e Moraes

    das Fejiividades de Nojfa Senhora, e Apoflolos,foi. M. S.

    Sermes Panegyricos Afceticos, e Moraes das

    Fejlas de Chrijio Senhor noffo, e outras Fejiivi-dades, foi. M. S.

    Sermes de varias Fejiividades de Santos,foi. M. S.

    Summa de Moral para alivio de peni-tentes, e defafogo de Confeffores pelos pre-

    ceitos do Declogo, foi. M. S. De todaseftas obras, como de feu Author faz men-o o Padre Fr. Jeronymo de Belm

    j

    Introduc. Chron. da Prov. dos Algarves,pag. 228.

    Fr. ANSELMO DA CONCEIAM,natural da Villa de Canavezes, em a Pro-vncia do Minho, e Monge Benediino,onde depois de enfinar as letras feveras aosfeus domefticos, os governou fuavementeem o lugar de Geral eleito no anno de 1608,havendo governado as Abbadias de Rendu- jfe, em 1590, e de Coimbra em 1599, e dePombeiro em 1605. Sendo Procurador geral ,da fua Monalica Congregao publicou ]com huma elegante Dedicatria refu-mindo no principio de cada Bulia o quenella fe contm.

    Privilegia Congregationis S. Martini de Ti-

    bes Ordinis S. Benedii Regnorum Portugallia

    Sanijfimo Domino Clemente Papa VIU.eidem Congregationi concejfa. Romae apud Im-preTores Camerales, 1 5 96, 4.

    Fr. ANTA DE SANTO ELIAS,natural de Lisboa, filho de Francifcode Soufa, e Maria Cardofa. Recebeoo habito Carmelitano no Convento daBahia de todos os Santos Capital da

  • L USITAN A.America Portugueza a 8 de Abril de 1696,e profeTou a 9 do dito mez do annofeguinte. Incorporado nela Provncia exer-

    citou por trs annos o lugar de Melre da

    Capella no Convento de Lisboa por fer

    muito perito na Arte da Muica, e na me-nos no toque de Arpa, cujo minilerio pormuitos annos teve na Cathedral de Lisboa.

    Ornou o Convento ptrio com algumasobras em que difpendeo muito dinheiro,onde falleceo a 27 de Dezembro de 1748.Para argumento manifeto da fua fcienciaMuica. Compoz.

    Te Deum laudamus a quatro coros comdiverfos inlrumentos, e foy o primeiro

    com que no ultimo dia do anno fe rendegraas a Deos na Cafa profeTa de S. Ro-que.

    Kefponforios das Matinas dos trs dias daSemana Janta a dous coros.

    Kefponforios das Matinas do Natal, Fejiada Purificao, de Nojfa Senhora do Carmo,Santo Andr Corfino 2. dous coros comrebecas, rebeces, e flautas.

    Mijfas a quatro e oito vozes com diver-idade de inlrumentos.

    Pfa/mos, e Magnificat a quatro e oito vozescom inlrumentos.

    Hjmnos a quatro vozes de Elante.Vilhancicos de Natal, Keys, Santa Ce-

    cilia, e S. Vicente a dous coros com inlru-mentos.

    Fr. ANTA DE FARIA (Tom. i.pag. 180. col. I.) Nafceo em a Cida-de de vora, e na de Lisboa, chamadono feculo Francifco em memoria de feuav paterno.

    Fr. ANTA DE GUIMARES (Tom.I. pag. 181. col. I.) Foy filho de Chrif-tova de Azeredo, e de fua mulher BrancaCoelho.

    Fr. ANTA DE JESUS (Tom. i.pag. 181. col. I.) Natural de Baaimna ndia Oriental. ProfeTou no annode 1589. Foy Definidor, e Reitor dofeu Collegio. Falleceo cm Goa em oanno de 165 1.

    21

    P. ANTA DE PROENA (Tom. 1.pag. 182. col. I.) Foy filho de PedroOforio de Pina, e Luzia Oforio da Fon-feca.

    M. ANTNIO (Tom. i. pag. 194.col. 2.) Filho de Melre Thoms, e na-tural da Villa de Torres-Novas, e nade Guimares, como conla do Tela-mento de feu filho Nicolo Lopes, Fyficode ElRey, feito em Lisboa a 22 de Janeirode 1591, onde ordena, que feus oTos fejatrasladados da S em que jazia para a Igrejade Nofa Senhora dos Anjos de Torres--Novas, onde elava fepultado feu pay,que era ptria de ambos. Faz memoriado M. Antnio, Garcia de Refende Chron.de D. Joa II. cap. 30. Efcreveo alm doque el na Bibliotheca,

    Ajuda da F contra os Judeos. Author oM. Antnio Doutor en Vhifica, Cirurgio mrde ElRej de Portugal D. Joa o II. M. S. Con-ferva-fe no Collegio de vora dos PadresJefuitas. Tem no principio duas afinaturasdo Bifpo de Santo Jacobo in PromontrioViridi. Parece fer Fr. Francifco de S.Diogo confirmado no Bifpado de CaboVerde pela Santidade de Iimocencio XL,e antes de fer fagrado falleceo no Con-vento Serfico de vora do qual era filho,no anno de 1674.

    ANTNIO DE ABREU (Tom. i.pag. 195. col. I.) Foy filho de Duartede Abreu, e Calello-Braiico, Senhor daQuinta da Charneca, e de Brites Tei-xeira.

    Fr. ANTNIO DE SANTO ALBER-TO. Nafceo em I^isboa a 7 de Agolode 1709, fendo filho de Manoel Joa,e Helena da Cruz. ProfeTou o InlitutoSerfico da Provncia de Santo Antniono Convento da Calanheira a 4 de Agolode 1727. PaTando ao Elado do Gra Parehidou Filofofia no Convento de Santo

    Antnio, onde depois de inlituido Pre-gador difcorreo pelo rio das Amazonasconduzindo muitas Almas ao conhecimentoda verdadeira Divindade, em cuja fa-

  • 21 BIB LIO THE CAgrada empreza confumio o dilatado tempode fis annos. Relituido a Portugal no

    anno de 1739, efcreveoHijioria do EJlado do Gra Par, que

    contm todas as coujas memorveis de/de ofeu dejcohrimento at o tempo prefente, foi.M. S. Eftava prompto para a impref-fa.

    ANTNIO DE ALMEIDA DE CAS-TELLO-BRANCO, Fidalgo da CafaReal, nafceo em a Villa de Lourial doBifpado de Coimbra, onde teve por pro-genitores a Sima Vaz de Calello-Branco,

    Ignez da Cofta Tavares de igual no-breza de feu conforte. Teve balanteinftruca da lingua Latina, e achou fem-pre propicias as Mufas ao feu enthu-iafmo. Foy grande inveligador de Anti-guidades Hilloricas, aTiHndo para eftecfFeito trs annos na Torre do Tombocom feu particular amigo Pedro de Mariz,Guarda mr delia, donde extrahio muitas, importantes noticias pertencentes aoReino, e fua Familia. Falleceo no annode 1630. Delle faz memoria o PadreD. Antnio Caetano de Soufa no fimdo Tom. 8. da Hiji. da Cafa Real Portug.pag. 16. n. 20.

    CompozA.bbreviada Re/aa de todos os Keys

    de Portugal, e de feus filhos legtimos, e baf-

    tardos, e das Rainhas fus mulheres, e deJuas prognies, ptrias, e das coufas notveis,

    que etn fus vidas acontecero, M. S.Relao dos Mojieiros de Portugal ajfim

    na Beira, como entre Douro, e Minho, e outraspartes, e muitas coufas notveis feitas por ho-

    mens infignes Portugueses nejle Reino de Por-tugal, e fora delle. M. S.

    Principio de algumas geraes illuflresde Portugue:(es criadas antes do Conde D.Henrique vir a Portugal, e outras, que prin-cipiaro depois de haver Rejs neJle Reino.M. S.

    Principio de todos os Titulos de Du-ques, Marqueses, Condes, Almirantes, Con-

    deflaveis. Adiantados, e Officiaes mores da

    Cafa dos Reys de Portugal, e de todas asbatalhas dadas neJle Reino, e cercos que nelle

    houve, e tomadas de Cidades, e terras, e outrosacontecimentos. M. S.

    Aparecimento gloriofo de Nojfa Senhoradas Ondas na Cofia de Outavim pequenaparte da que corre ao longo do mar Oceanono Reino de Portugal, e declarao de humaprodigiofa, e antiga opinio de muitos annos

    criada na memoria dos que vivero, e nados que hoje vivem ao longo da mefma Cofia,e do fitio delia, e prodgios vijlos nejla parte,

    e dos milagres gloriofos da Senhora das Ondasdepois de vir do mar em dia de Santo Antniodo anno de 1624. Dedicado muito illuftreSenhora D. Margarida de Vilhena no annode 1626. M. S.

    ANTNIO DE ALMEIDA DE CAS-TELLO-BRANCO HENRIQUES, naturalda Villa do Lourial do Bifpado deCoimbra, e filho de Amaro de Almeidade Caftello-Branco, e D. Leonor Henriques.Soube com perfeio a lingua Latina, e namenos pericia teve na Hiftoria Secular, e

    Ecclefialica. Militou em Africa fua culacom feu irma Sebalia Botelho. Fal-leceo a II de Novembro de 1699.

    CompozNoticia dos prodigiofosfuores da May de Deos

    com o titulo de Senhora da Guia fita no lugardos Vrance^es, e dos portentofos milagres, que

    a mefma Senhora tem obrado. Dela obra comode feu Author fe lembra Fr. AgoHnhode Santa Maria Sana. Mar. Tom. 4. liv. 2.Tit. 42. O lugar dos Francezes he Fre-guefia de Mata Mourifca do Bifpado deCoimbra, onde exile ele Sanftuario.

    ANTNIO ALVARES. Nafceo naFreguefia do Efpirito Santo da Ilha doFayal, fendo filho de Antnio Luiz, e deMaria Gomes Alvares. Palando da fuaptria ao Elado do Maranho depois deexercitar com louvvel procedimento peloefpao de fete annos e cinco mezes o lugar

    de Vigrio da Igreja da Villa da Vigia deNazareth, obteve hum Canonicato na Cathe-dral do Gra Par, cuja dignidade renunciouobrigado da fua provefta idade, havendopontualmente obfervado a aTilencia do

  • L USITAN A 25Coro. Ainda vivia no anno de 1740. Ef-creveo, e dedicou ao SerenilTimo Infante

    D. Francifco

    Vocabulrio da lingua, que geralmente

    fe falia no Maranho, foi. M. S. Entre-gando ela obra ao Capito mr do GraPar com intento de que fe imprimifle, comomorrefTe o dito Capito, na houve maisnoticia de tal obra.

    ANTNIO DE ANDRADE REGO(Tom. I. pag. 203. col. 2.) Foy creadoDeputado da Inquiia de Lifboa no annode 175 1. Publicou

    Kego Serfico, cuja principal corrente

    he huma Orao Pansgyrica das Chagas deS. Francifco a quem fe unem como aguas mara-

    vilhofas cinco principaes milagres das mefmasChagas dirigidos em correntes para dentro defle

    Kego. Lisboa por Francifco da Silva 1747. 4.Falleceo em Lisboa a 12 de Janeiro de

    1755. Jaz fepultado na Igreja do Conventode Santo Eloy.

    ANTNIO ANDR DE MORAES,natural de Torres-Novas do Patriarcado deLisboa, filho illegitimo de Pedro Andrde Moraes. Foy Licenciado em Theolo-gia, bom Pregador, infigne Poeta, Priorencommendado da Igreja de S. Pedro dafua Ptria, e Promotor do Juizo Ecclefiaf-tico. Falleceo a 15 de Maro de 1690. Com-po2

    Sermes vrios. 2. Tom. M. S.Poefias varias. 2. Tom. M. S.Commentaria in Pfalmum Exurgat Deus

    &c., foi. M. S.

    Fr. ANTNIO DE SANTO AN-GELO (Tom. I. pag. 204. col. i.) Naf-ceo em Salgueiros, Fregueia da Campanha,termo da Cidade do Porto, e falleceo noConvento da mefma Cidade a i6 de Setem-bro de 1752.

    Fr. ANTNIO DE SANTA ANNA(Tom. I. pag. 206. col. i.) Foy eleitoProvincial em Novembro de 1756, e emSetembro de 1757, ConfeTor do noToSoberano o Senhor D. Jofeph I.

    Sermes vrios. Tom. 3. Lisboa porJofeph Antnio da Silva, 1743. 4.

    Tom. 4. Ibi pelo dito Impreflbr, 1744. 4.Tom. 5. Ibi pelo dito Impreflbr, 1746. 4.Tom. 6. Ibi pelo dito Impreflbr,.

    1750. 4.

    Oraa fnebre nas Reaes exquias de /-Key D. Joa V., que celebraro os Keligiofos

    da Santa Provinda da Arrbida no Real Con-vento de N. Senhora, e Santo Antnio junto Villa de Mafra a % de Agofio de 1730. Lis-boa na Regia Officina Silviana, e da AcademiaReal, 1750. 4.

    O Tomo 7 e 8 dos Sermes efta promptospara a imprefla.

    Fr. ANTNIO DA ANNUNCIA-AM. Nafceo em a Cidade de Lamegoa 15 de Outubro de 1691, fendo filhode Jeronymo Ferreira de Oliveira, e deColeta de Campos Tolofa. Abraou o Inf-tituto de Eremita Auguftiniano Defcalo,profeflando folemnemente a 25 de Marode 171 5. Depois de fer Prior dos Con-ventos de Porto de ms. Monte mro novo, e de Lisboa, foy Commifla-rio geral na Provincia do Alentejo, eReino do Algarve, donde fubio a Vigriogeral da fua Congregao, que exercitou

    pelo efpao de nove annos, nos quaes

    como vigilante, e zelofo Prelado a augmen-tou com trs Collegios fituados o pri-

    meiro na Univerfidade de Coimbra, o

    fegundo no Termo da Cidade do Porto,e o terceiro em a Cidade de Lisboa^

    alm de duas cafas, huma na Cidade doPorto, e outra no lugar de MalhadaSorda. Os feus merecimentos o elevaro afer Doutor em Theologia, Qualificador

    do Santo Officio, Examinador das TrsOrdens Militares, e Confeflor da Serenif-fima Rainha Nofla Senhora D. MariannaVidoria. Para inlruca dos feus Religiofos.

    PublicouCollegium abbreviatum, feu brevis inf-

    titutio Philofophia nova methodo ordinata

  • 24 BIBLIOTHE CCollegium abhreviatum ('c. Clajfe III.

    Phyjicam generalem, (" particularem conti-nens. Ibi ex eadem Officina, & eodemanno, 4.

    Collegium ahhreviatum ('c. Clajfe IV.

    De Generatione, Corruptione, anima, &meteoris. Ibi in eadem Officina, & eodemanno, 4.

    Colkffo abbreviado de Ordinandos, Pre-

    gadores, e Confeffores, em trs Clajjes divi-

    dido, ou Theologia Efcholajiica, Moral, Dogm-tica, Polemica, e Rhetorica. Sahio com o

    nome do P. Antnio de Oliveira Campos.Lisboa por Miguel Manefcal da Cola 1748,foi. Salamanca por Eugnio Garcia 1752,foi.

    SummcB Summularum de Filofofia noidioma Portugue^ refumido com muy breve

    clareia para que toda a Pejfoa pojfa facil-mente aprender o que por dilatados volumes

    Je acha tratado. Tom. i. Lisboa na Offi-cina Auguliniana, 1730, 8. Sahio em nome

    de feu irma Manoel de Oliveira Pinto,Auditor da gente militar da Provncia doAlentejo.

    Sermo da Bulia da Santa Cruzada, daCompojia, e Defuntos. Lifboa por ManoelCoelho Amado, 1752, 4.

    Serma Panegjrico do Pay dos Padres SantoAgofiinho. Lisboa pelo dito Impreffor 1752. 4.

    D. ANTNIO DA ANNUNCIA-AM, chamado no feculo Antnio Jo-feph Callado, nafceo na Cidade de vora,e na Paroquial Igreja de Santo Anta,recebeo a primeira graa a 28 de Outubrode 1717. Teve por pays a Antnio JofephCallado, e Maria Xavier Clara. Aprendeoas letras amenas, e Filofofia na Univerfi-

    dade da fua ptria, onde deu claros argu-mentos da agudeza do juizo, e felici-dade de memoria. Bufcando a Univerfi-dade de Coimbra, como mayor esfera parao feu talento, penetrado de fuperior im-pulfo deixou os applaufos Acadmicos,^ fe recolheo ao Claulro dos CnegosRegulares de Santo Agolinho, receben-do o habito Cannico no Real Conventot Santa Cruz a 12 de Maro de 1758.

    Iguaes fora os progreTos, que fez nas

    virtudes, como nas letras, merecendo re-ceber a borla doutoral na Faculdade de

    Theologia a 25 de Julho de 1746. Depoisde di6lar Filofofia foy eleito primeiro Mef-tre da Hiiloria Ecclefialica na Academiada Liturgia inlituida novamente no RealConvento de Santa Cruz pela SantidadeReinante de Benedio XIV. cuja incum-bncia defempenha como de feu grandetalento fe efpera fendo digno de iguaesapplaufos na Cadeira, como no Plpito.

    CompozOratio quam primam habuit pro Hif-

    toria commendanda in Academia Utur^caa Santiffimo Domino Nojlro Benedio XIV.Collimbria apud Cannicos Kegulares Late-ranenfes injlituta. Collimbricas 1757, foi. ex

    Praelo Academiae Litrgicas.Novena de S. Jofeph Pay de Chrifio,

    e Efpofo da fempre Virgem My de Deos,Proteor da Congregao reformada dos

    Cnegos Kegrantes de Santo Agofiinho, com-

    pojla conforme os ritos da mefma Congre-gao.

    Philofophia univerfa Ecleica ad mentemMagni P. Augufiini. Collimbricae 1757. 8.O 2. Tom. eft com as licenas.

    Vida de S. Theotonio primeiro Prior deSanta Crut^ de Coimbra, foi. com licenas

    para a imprela.

    L,ujitana Primitiva, foi. Confta de noti-cias da Hiloria Ecclefialica pertencentes aele Reino, foi.

    Serma em aca de graas pela con-

    fervaa da Cafa Real, e por todos os be-

    neficias feitos naa Portuguesa entre o

    commum eflrago do grande Terremoto do

    I. de Novembro de 1755. Coimbra 1757. 4.

    P. ANTNIO DE ARAJO (Tom.I. pag. 207. col. I.) foy filho de Jero-nymo de Arajo, e Anna Pacheco.

    ANTNIO DE ARAJO, cuja ptriafe ignora fabendo-fe, que paTara ndiaOriental, e obfervando a Ilha de Ceila,efcreveo.

  • L USITANA. 25Informao da Ilha de Ceilo com as quali-

    dades da terra, e mercadorias delia. M. S. Con-ferva-fe na Livraria do Excellentiflimo Mar-quez de Abrantes.

    ANTNIO DE ARAJO (Tom. i.p. 207. col. 2.) e AZEVEDO, filho do Ca-pito Gafpar Franco de Arajo, e de fuamulher Vitoria de Arajo de Azevedo.Falleceo a 5 de Julho de 1699. Efcreveoalm do que eii no lugar citado

    Bxco Catholico de Portugal. Dedicado ao

    Illufirijfimo Senhor Arcehijpo Vrimav^ D. L,ui:(^de Souja. A ida dela obra he femelhante da Centinela contra os Judeos.

    Fr. ANTNIO DOS ARCHANJOS(Tom. I. p. 208. col. I.) foy filho de DomingosFernandes, e gueda Jorge.

    Fr. ANTNIO DA ASSUMPAM,nafceo em Lisboa no fauftiTimo dia de15 de Agolo de 1695, fendo filho doCapito Antnio Tibau, e Maria dos Reys.ProfeTou o Inlituto da preclariTima Or-dem dos Pregadores no Real Conventode Bemfica a 24 de Abril de 171 3, e na Uni-verfidade do Convento de Lisboa apren-deo as fciencias feveras, que lhe fer-vira de prologo ao exerccio concio-natorio, no qual fe dilinguio entre osmais celebres profeTores da Eloqunciafagrada. O feu elylo difcreto, e ele-gante fe admirou pracado em diver-fos partos do feu engenho. Como ze-lofo das glorias da fua Religio triun-fou de quem inutilmente pretendeo im-pugnallas. Falleceo no Convento da Villade Abrantes em 31 de Outubro de 1756.Compoz

    Sermo fnebre panegyrico, e hijloriconas honras funeraes, que a Venervel Or-dem Terceira da Milicia de Jefu Chrijlo,e Penitencia de S. Domingos fe^ a feus Ir-mos defuntos, no Collegio de Nojfa Senhorado Rofario dos Padres Irlandeses a deSetembro de 1744. Lisboa, na OfficinaPinheirienfe da Mufica, e da fagrada Reli-gio de Malta, 1745. 4.

    Gloriofos trabalhos do Hercules da IgrejaS. Domingos de Gufma, e fingulares triun-fos dos illujires Militares da Venervel Or-dem Terceira de Jefu Chrifto, e Penitenciado mefmo Santo. Lisboa, na dita Officina,1746. 8.

    Efcudo impenetrvel, com que o Her-cules da Igreja S. Domingos de Gufma de-fende nos feus novos trabalhos a fua Ve-nervel Ordem Terceira Militar, e Penitenteda critica mais orgulhofa. Lisboa, por Ma-noel Soares, 1749. 8. Sahio com o nomede Analafio Pufym Manfredo, anagrammapuro do feu nome.

    Sermo da Solemnidade do Capitulo, que

    fe celebrou a iS de Abril de 1750, no Real Con-vento de S. Domingos da Cidade de Lisboa,em que fahio eleito Provincial o KeverendiJJi-

    mo P. M. Fr. Silvejire de Santo Thoms, Mef-tre em Santa Theoloffa, Confultor do Santo

    Oficio, e da Bulia da Cruzada, e Examinadordas Trs Ordens militares. Lisboa, por ManoelAlvares, 1750. 4.

    Sermo das folemnijftmas Exquias doSerenijfimo Senhor Kej D. Joa V. cele-bradas na Cathedral de Eeiria a 11 de Agojlode 1750. Lisboa, por Ignacio Rodrigues,

    1750. 4.

    Novos Triumphos do Hercules da GraaS. Domingos de Gufma alcanados dos Anta-gonijias da fua Venervel Ordem Terceira Mili-tar, e Penitente, obra apologtica, e critica. Coim-bra, no Real Collegio das Artes da Companhiade Jefus, 1752. 8.

    Sermo na folemnidade do Capitulo, que

    fe celebrou a 4 de Mayo de 1754 no Keal Con-vento de S. Domingos da Cidade de Lisboa.Lisboa, na Officina dos herdeiros de Ant-nio Pedrofo Galra, 1755. 4.

    ANTNIO BARRETO, natural deLisboa, Secretario do ExcellentiffimoMarquez de Cafcaes, de cujos fenten-ciofos ditos fez huma coUeca. Foy muitoeludiofo da Genealogia, efcrevendo

    Livro de Familias, foi. M. S.

    ANTNIO BARRETO DE CAS-TILHO, natural da Freguezia de S. Lou-

  • 26 BIBLIO THE CAreno de Barro do Bifpado de Coimbraformado em ambos os Direitos, e Advo-gado de Caufas Forenfes. Compo2

    Manifesto em que Je mofira o direito da Con-

    Jervatoria da Univerjtdade dever/e prover emBacharis praicos. Coimbra, por AntnioSimes Ferreira, 1746. 4.

    P. ANTNIO DE BARROS, natu-ral da Villa de Serpa da Provinda Tranf-tagana, e filho de Roque Corra, e MariaMendes. Recebeo a roupeta da Compa-nhia de Jefus em o Noviciado de voraa 10 de Maro de 1620. Partio para a ndia,e foy Reitor do Collegio de Goa. Tevegrande gnio para a Poefia vulgar, de cujasmtricas exprefses conferva hum vo-lume M. S. Bernardo Gomes de Brito, dequem fe fez mena em feu lugar, fendoas principaes.

    Solilquio de hum Peccador projiradoaos ps de Chrijio Crucificado. Conla de148 Oitavas

    Meditaes dos quatro Novijftmos, em quatroRomances.

    Carta do Saudofo Armido para Jua que-rida lajdia. Conla de 258 Oitavas. Saem contrapofia das Saudades de L.ydia,e Armido compoftas por Fr. Manoel deS. Jofeph Auguliniano, de quem fe fezmemoria em feu lugar.

    ANTNIO BENTO FIGUEIRA, naf-ceo em a Villa de Setbal a 21 de Ou-tubro de 1681, fendo filho do CapitoFilippe Figueira, e D. Maria Vidal deCarvalho. Foy muito inclinado Poefia,compondo verfos de todo o gnero. Fal-leceo a 5 de Julho de 171 3. Das fus Poe-fias fe podia formar dous volumes,merecendo entre ellas dilina a Comediaintitulada

    "La Corona por Jujiicia, que fe repre-fentou com grande applaufo em o Pa-lcio do Senhor D. Miguel, filho do Sere-nilimo Rey D. Pedro II.

    e de fua fegunda mulher Maria da ColaBranca.

    Tratado do nacimento, vida, e morte doDoutor Joa PiJJarro, Prior da Igreja Paro-quial de S. Nicolo da Corte, e Cidade de Lisboa.Lisboa, por Miguel Rodrigues, 1741. 4. SahioimpreTa por diligencia do Reverendo JoaAntunes Monteiro, Prior da mefma Igrejade S. Nicolo. Do author, como da obra,faz mena Fr. Jeronymo de Belm Introd. Chron. da Prov. dos Algarves, pag. 229.

    Fr. ANTNIO DE BETANCURT,natural da Cidade de Angra, Capital daIlha terceira, filho de Jofeph de Betan-curt e Vafconcellos da Silva, FidalgoCavalleiro da Cafa Real, Cavalleiro pro-feTo da Ordem de Chrilo, Capito mrda Cidade de Angra, e de fua mulherMaria Magdalena Corte Real do Canto.Abraou o Inlituto de Eremita Auguf-tiniano em o anno de 1714, donde paf-fando a Portugal diftou as fciencias feve-ras. Depois de jubilado na fagrada Theo-logia voltou para a Ptria, onde foyPrior dos Conventos de S. Miguel, dePonta Delgada, e de Angra, Vigrio Pro-vincial, e Examinador Synodal. Publi-cou

    Oraa funerria pregada nas fumptuo-

    fas exquias da Senhora D. Maria Urfula,Brum, Corte-Keal da Silveira em o Mof-teiro de Santo Andr da Cidade de Ponta Del-gada da Ilha de S. Miguel em 8 de Agojio de1742. Lisboa, por Miguel Rodrigues, Im-preTor do EminentiTimo Senhor Patriarca1750, 4.

    Breve periodo da famofa vida, e virtuofasaces da Venervel Maria Francifca do Livra-mento, Keligiofo no Serfico Mofieiro de NojfaSenhora da Efperana da Ilha de S. Miguel.

    M. S. El prompto para a imprefa.

    Fr. ANTNIO DE BRAGA (Tom. i.p. 222. col. 2.) foy eleito Provincial a6 de Mayo de 1623.

    Fr. ANTNIO DE S. BERNAR- D. Fr. ANTNIO BRANDAM (Tom.DINO (Tom. I. pag. 219. col. 2.) i. pag. 225. col. i.) foy filho de Gafparfoy filho de Paulo Machado Rebello, Salvado, e Anna Brando.

  • L USITAN A. 27Fr. ANTNIO BRAVO (Tom. i.

    pag. 226. col. I.) foy filho de Martim Bra-vo, e Catharina Machada de Miranda.

    P. ANTNIO CABRAL, nafceoem Lisboa em 1693, fendo filho de no-bres progenitores quaes era AntnioCabral da Cunha, Cavalleiro da Ordemmilitar de Chrilo, Fidalgo da Cafa deSua Magelade, e D. Barbara Maria deMatos. Na idade de dezafeis annos fe alif-tou na Companhia de JESUS em o No-viciado da fua ptria a 31 de Dezembrode 1709, e como eliveTe inlruido nas fcien-das Efcholalicas, foy mandado com o lu-gar de ATilente ao Geral, onde dando aconhecer a madureza do feu talento, nafomente fervio de Agente dos negciosde Portugal na Cria Romana, mas foyeleito Procurador da Beatificao dos qua-renta Martyres do Brafil, para cujo effeitoefcreveo

    Kela;(ione delia vita, e martyrio dei Vene-

    rabile Padre Ignatio de A:(evedo uccijo dagli

    beretici con altri trenta nove de la Compagniadi Giefu cavata da procejfi authentici jormatiper la loro Canoni^a:^ione. Roma por An-tnio RoTi, 1743. 4. grande.

    Fr. ANTNIO DE S. CAETANO(Tom. I. p. 227. col. 2.) recebeo o habitoSerfico no Convento de Alanquer em oanno de 1714. Eludou as fciencias Ef-cholafticas, e foy CommiTario dos Ter-ceiros da Villa de Santarm. Publicou almdo que el impreTo

    Opufculo Encomiajlico ao plaujivel de-fembarque, e feli^ chegada que fe^ Cortede L,isboa o Excellentijfimo, e Keverendif-fimo Senhor D. Fr. Jofeph Maria Fonfecae vora a \% de Det^embro de 1740, eleitoBifpo do Porto. Lifboa 1740, 4. fem no-me de Impreflbr; & ibi na Officina Sil-viana, e da Academia Real, 1742, 4. Conftade hum Soneto gloTado.

    Epicedio inconfolavel, e confolavel fenti-

    mento na morte do Serenijfimo Senhor D. Fran-cifco Infante de Portugal. Lisboa por An-tnio Ifidro da Fonfeca, 1742. 4. Conftade huma Sylva, e hum Soneto.

    Dor fem remdio, magoa fem alivio, quena morte da Senhora D. Lui^a Helena de SantaCru^ Bergier, e trasladao do feu corpo paraa Igreja do Convento de S. Pedro de Alcntarade Eisboa, chora, e fufpira fua mais queridairma a muito Keverenda Senhora D. JoannaMaria de S. Jofeph Bergier, Keligiofa no Mof-teiro do Calvrio, 4. Na tem anno, nemlugar da Imprefa. Confta de huma Sylva.

    Sequencia das Dores de Maria SantiJJimaSenhora nojfa ao p da Cru:^ de Jefu Chriflofeu filho, glojfada, 4. Na tem anno, nemlugar da Imprefa.

    Olympo Serfico laureado com trs Co-roas. A primeira de fua Injiituia, e Ke-^a. A fegunda das graas, e privilgiosde que a Ordem Terceira go^a. A terceirados fantos exercidos com que fe fecunda, 4.M. S.

    Verdadeira Hifioria da milagrofa Imagem

    de Nojfa Senhora de Nat(areth no fitio da Pe-derneira, em que trata a fua antiguidade, ori-gem, aparecimento, e pro^effos da devoo de

    todo efie Keino. 4. M. S.El roficler de la Aurora, y admiracion

    de los montes. Comedia reprefentada emLeiria no anno de 171 9 com grande applaufodos expeftadores.

    Fr. ANTNIO CAETANO, natu-ral de Coimbra, e filho de lvaro Go-mes de Carvalho, e D. Anna Maria Jo-fefa da Cofta. Profeflbu o Inftituto Car-melitano a 6 de Julho de 1732, e foyCoUegial no Collegio da fua ptria. Como nome de Jacinto Onofre e Anta, ana-gramma puro do feu Nome, publicou

    Theatro critico, ou difcurfos compoflos

    pelo Keverendijfimo Padre Feij abbreviado,e traduv^do em Portugue:{. 2. Tom. Coim-bra na Officina do Collegio Real dasArtes, 1746, 4.

    Fr. ANTNIO CAETANO DE S.BOAVENTURA (Tom. i. pag. 228.col. I.)

    Satisfao Apologtica contra certo Ano-

    nymo fobre a Communha dos Irmos Eeigos,e Coriflas. Porto, por Manoel Pedrofo Coim-bra, 1750.

  • 28 BIBLIO THE CAItinerrio Myjiico. Ibi na dita Ofi-

    cina, 4.

    Paraifo Miftico da fagrada Ordem dos Me-nores, foi. M. S.

    Falleceo piamente no Convento de S.Francifco de Lisboa a 16 de Maro de 1749,com oitenta annos de idade.

    D. ANTNIO CAETANO DE SOU-SA (Tom. I. pag. 228. col. 2.) Depu-tado da Junta da Bula da Cruzada eleitono anno de 1742.

    Hijioria Genealgica da Cafa Real Portu-

    guesa, Tom. 7. Lisboa na Oicina Real Sil-viana, 1740, 4 grande.

    Tomo 8. Ibi, 1741, 4 grande.

    Tomo 9. Ibi, 1742, 4 grande.Tomo 10. Ibi, 1743, 4 grande.

    V, Tom. II. Ibi, 1745, 4 grande.

    Tomo 12, Ibi, Parte i. 1747, 4 grande.Tomo 12. Parte 2. Ibi, 1748, 4 grande.Provas da Hijioria Genealgica da Cafa

    Real Portuguesa tiradas dos Infirumentosdos Archivos da Torre do Tombo. Tom. 2.

    Na Oicina Real Silviana, 1742, 4 grande,t Tomo 3. Ibi, 1744, 4 grande.

    Tomo 4. Ibi, 1745, 4 grande.Tomo 5. Ibi, 1746, 4 grande.Tomo 6. Ibi, 1748, 4 grande.Serie dos Rejs de Portugal reduzida a

    Taboas Genealgicas com huma breve no-ticia hijiorica offerecida a ElRej D. Joa V.noffo Senhor, e por Jua ordem efcrita. Lisboana Regia Oicina Silviana, e da AcademiaReal, 1743, foi.

    Memorias Hijioricas, e Genealgicas dosGrandes de Portugal, que contm a origem,e antiguidade de Juas familias, os ejiados,

    e os nomes dos que aualmente vivem, fusarvores de cofiado, as allianas das Gafas,e os Efcudos das Armas, que lhe competem.Lifboa por Antnio lidoro da Fonfeca,1739 8 grande; & ibi pelo dito ImpreTor,1742, 8 grande; & ibi na Regia OficinaSilviana, 1755, 8.

    Agiologio Ijijitano dos Santos, e Va-res illufires em virtude do Reino de Por-tugal, e fus Conquifias. Tom. 4., que com-prehende os dous Me^es de Julho, e Agofio com

    feus commentarios. Lifboa na Oficina Sil-viana, e da Academia Real, 1744, foi.

    ANTNIO CARDOSO DE VAS-CONCELLOS E MENEZES, Fidalgoda Cafa de Sua Mageftade, Capito mrde Fontello, e Sepes, nafceo em a Villade Mura da Provinda Tranfmontana, ondeteve por Progenitores a Antnio Cardofode Vafconcellos, Capito mr de Fon-tello, e a D. Marianna da Fonfeca fuamulher, e parenta. Cafou com D. Filippade VafconceUos, filha herdeira de euTio paterno Jorge Soeiro de Vafconcel-los, Capito mr de Armamar, e Villafeca, de quem teve duas filhas, das quaesa primeira chamada Caetana Filippa Car-dofa de Vafconcellos e Menezes, cafoucom Jofeph Loureno da Silva CoelhoPereira, irma fegundo do Senhor deFermedo, e Felgueiras, e dela allianavio trs netos vares. Falleceo a 4 deMaro de 1748 com oitenta e dous an-nos de idade. Foy muito applicado Poeia vulgar, da qual fe publicou a feguinteobra pofthuma.

    Vida do gloriofo Santo Antnio de Lis-boa efcrita em metro. Lisboa por PedroFerreira, 1749, 8. Confta de hum Ro-mance Lyrico de fetecentas e quatorzecoplas.

    ANTNIO CARLOS DE CASTRO,nafceo em Lisboa em Maro de 1681. Fo-ra feus Pays Sebatia de Caftro Caldas,Commendador da Ordem de Chrifto,Governador do Rio de Janeiro, e de Per-nambuco, e D. Antnia Thomaia deMiranda, e Vargas. Sendo Fidalgo da CafaReal, Commendador da Ordem de Chrifto,fe achou com o pofto de CommiTarioda Cavallaria da Provinda do Minhona batalha de Almana fuccedida a 25de Abril de 1707, onde obrou acesta valerofas, que merecero fer agradeci-das pelo feu General o Conde da AtalayaD. Pedro Manoel de Tvora. A eftudiofaapplicaa, que fempre teve Genealogiao impellio a efcrever

  • L USITANA. 29Familias da Provncia do Minho, donde

    procedem feus Progenitores. Da obra, comode feu Author, faz mena o Padre D. An-tnio Caetano de Soufa no fim do Tom. 8.da Hijloria Genealgica da Cafa Real Portu-sue:(a pag. 21. n. 44.

    P. ANTNIO CARNEIRO (Tom. i.pag. 231. col. 2.)

    Meditaes para todas as Domingas doamo conforme os Evangelhos das me/masDomingas. Lisboa na Oicina da Mufica,

    1725, 12.

    P. ANTNIO CARVALHO (Tom. i.pag. 232. col. I.)

    De trihus Ecclejia cenfuris, videlicef Excom-municatione, Sujpenfione, * Interdio. Anno,1580. M. S.

    ANTNIO CARVALHO DA COSTA(Tom. I. pag. 233. col. i.) nafceo a 20 deAbril de 1650.

    ANTNIO DE CASTRO, igualmenteerudito nas letras humanas, como noidioma Latino, a cuja laboriofa induf-tria fe deve a publicao das obras docelebre Cataldo Siculo, que de Bolonhafoy chamado por ElRey D. Joa o II. parainftruir nas humanidades a feu filho na-tural o Senhor D. Jorge, merecendo eti-maes particulares daquelle Monarca, comode feu SucceTor o Seremfimo D. Ma-noel pelo largo efpao de dez annos. O com-pilador dedicou elas obras de Cataldo SereniTima Infanta D. Maria, irma do Sere-niflimo Rey D. Joa III., e alm do Pro-logo, e a vida do Author efcritos em ele-gante fraze Latina, as marginou com excel-lentes notas, que fervem de clara explicaoaos Leitores. O titulo com que fahira heo feguinte

    Omnia Cataldi Aquilla Siculi, qua extantOpera per Antonium de Caftro denu correa,ac nunc primUm in lucem edita. OlyTipone,1509, foi. Sahira fegunda vez em o Tom. 6.das Prov. da Hijl. Gen. da Cafa Real Portug.Lifboa na Real Officina Silviana, 17