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Bblia e Mistrios Comentrios bblicos com chaves msticas
Mariano Soltys
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Bblia e Mistrios
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Catalogao
SOLTYS, Mariano. Bblia e Mistrios: comentrios bblicos com chaves msticas. So Paulo: AG Book, 2013.
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Bblia e Mistrios
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Prefcio
impressionante como a mesma Bblia pode se prestar a interpretaes vrias, desde a literal donde brotam os desafios hermenuticos pelas contradies, at a mais espraiada cuja meta redimensionar a contradio para lhe minar a oposio interna. Soltys vai para linhas hermticas e exotricas de modo que aquilo que figurado torne-se ainda mais figurado. Uma coisa certa: na Palavra de Deus a mensagem tudo. Tudo pensado e escrito de modo a calcular de antemo a impresso do leitor. No interessa o que foi ou o que aconteceu, mas como as coisas devem ser moral e espiritualmente concebidas. Os personagens equivalem a conceitos de uma teoria, ou para usar um termo mais genrico, peas de uma metanarrativa. Enquanto que o simblico tem um significado, Soltys agrega o simblico ao simblico, interpretando o smbolo por ele mesmo. Em Soltys interpretaes gnsticas e de uma espiritualidade superior so manejadas sem trair a mensagem original do texto bblico. Cabala, metfora, cdigos e chaves, nmeros e figura, tudo isso aparece em Soltys. Ele esse filsofo mstico que nos brinda com a mensagem do verso e do reverso do texto, mostrando que o texto tem vida prpria e sempre diz infinitamente mais do que pretendeu dizer. Obrigado, Mariano, por nos honrar com tamanha comenda. Deus que sempre foi, continue sendo sua fora.
Clverson Israel Minikovsky, autor com a 22 obra em curso
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Bblia e Mistrios
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Prefcio do autor
Continuando o trabalho feito em Bblia e Misticismo, essa obra coroa uma srie de interpretaes avanadas do Evangelho, em especial naquelas passagens que muitas vezes vemos obscuras em outros livros. Muitas vezes falo com as pessoas que trabalham com a Bblia, seja em sua corrente religiosa, ou por outra obra, e percebo que mesmo elas no compreendem muitas das passagens, em especial aquelas que carregam certa mstica. Como esses textos so judaicos, percebi que j muito foi estudado dos mesmos, e que existem escritos msticos como o Zohar, o Sepher Yetzirah, o Tanya, Pistis Sophia e outros, que nos do a chave de muitos dos mistrios ocultos em passagens como os presentes no livro do Gnese ou mesmo de Ezequiel, bem como de Joo, que so cheios de simbologias. A teosofia colabora tambm em algumas descobertas pela interpretao. O livro possui uma linguagem leve, sem defesas teolgicas ou crticas cientficas, uma vez que aqui respeitamos mais uma vez o livro dos livros, acima de tudo. Esse livro contm tambm informaes de escritos que do a dimenso histrica e arqueolgica de certas passagens, mostrando as obras que resultaram da f. Outrossim, trago a contribuio dos evangelhos apcrifos, especialmente os descobertos por arquelogos em Qunram, no Egito. Descubra os mistrios mais profundos da Bblia. O livro te deixar estupefato com as interpretaes. Boa leitura.
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Bblia e Mistrios
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Sumrio
BBLIA E MISTRIOS ..................................................7
Tempos pr-admicos e pr-diluvianos ...................8
Ado criado do p de Marte .....................................12
Moiss, sua vara, Mar Vermelho e Pscoa ...............15
Interpretao referente a animais na Bblia .............18
Ciro, arqueologia e messianismo ..............................22
Bblia e mitologia ......................................................25
A mstica da Bblia segundo Swedenborg ................32
Bblia e Alcoro .........................................................35
O nome do salvador ..................................................39
O cristianismo mrtir e a simulao teolgica .........42
Jesus segundo Talmud .............................................46
Multiplicao dos pes e cabala ...............................50
Cristologia alta ..........................................................42
O significado mstico da Pscoa ...............................56
Nascimento para o alto .............................................59
Purgatrio, testemunho e livro dos Macabeus .........61
Anjos criados, arcanjos, querubins e cabala ............64
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Bblia e Mistrios
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Templo cristo e comrcio ........................................67
Os essnios e conexo Jos e Asafe ..........................70
Acrscimos no Evangelho .........................................76
COMENTRIOS A EZEQUIEL .....................................76
COMENTRIOS AO EVANGELHO DE JOO ...........94
BBLIA E MISTRIOS ..................................................121
TEOSOFIA E EVANGELHO .........................................128
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Bblia e Mistrios
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Bblia e Mistrios
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Bblia e Mistrios
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Tempos prTempos prTempos prTempos pr----admicos e pradmicos e pradmicos e pradmicos e pr----diluvianos diluvianos diluvianos diluvianos
Naqueles dias estavam os nefilins (gigantes) na terra, e tambm depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigidade. (Gen. 6:4)
Porque se Deus no poupou a anjos quando pecaram, mas lanou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escurido, reservando-os para o juzo. (2 Ped. 2:4)
Lendo a Bblia de Estudo Dake, percebi j de
incio bons estudos e comentrios, talvez os
melhores, e dando importncia ao tema dos
gigantes, de Lcifer no tempo pr-admico e do
dilvio de Lcifer (diferente do de No...). Assim os
anjos que se rebelaram, gigantes e outros, parece
que receberam seu juzo. Samael (ou Lcifer) se
ops as leis csmicas e naturais, e assim contrariou
a Deus e a Sua providncia. Mas com pouca
informao na prpria Bblia, como podemos saber
dessas coisas antes de Ado?
Mesmo na Bblia h muita informao,
apesar de velada. Em Isaias se fala no rei de Tiro, e
assim vemos l a figura de Lcifer. Na serpente, e
mesmo no Apocalipse h muito desses mistrios.
Mas os gigantes viveram at o tempo de No, ou
seus descendentes depois, ainda (cananeus,
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filisteus etc). Vemos que alm dos livros cannicos,
que alguns apcrifos do-nos respostas, como o
livro de Enoc, que fala das lies a que nos deram
esses anjos ou gigantes. Tambm a tradio oral
judaica e seus escritos de sbios, como Talmude,
Zohar e Mishnas do muitas respostas sobre
Samael e os anjos.
Mas sem um estudo maior no se pode ir
alm nessa hermenutica da Bblia. Vemos assim
em estudo de religies comparadas s respostas as
lacunas que encontramos sobre esse tempo pr-
admico e mesmo pr-diluviano. Vrias tradies
falam da guerra dos gigantes contra os filhos dos
deuses e isso est quase literal na Bblia tambm,
podendo-se traduzir o termo Elohim por deuses.
Tambm que o mundo ou universo teria sido criado
perfeito, e se tornado imperfeito (queda). Mesmo no
hermetismo se entende que Deus (o Todo) criou
primeiro em Sua mente, para depois manifestar no
material, pois toda a criao mental. Tais gigantes
tambm na tradio hindu, vdica e purnica, no
so tidos como maus, mas com uma misso no
desenvolvimento do homem, sendo que esses anjos
eram espritos ainda, e por isso de tamanho
descomunal.
Ademais, alm de que os anjos habitavam
outros mundos antes da rebelio de Lcifer-
Samael, como Marte e Vnus, vemos que o prprio
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termo Lcifer se pode traduzir por Vnus, a estrela
da manh. Essa guerra de gigantes e filhos dos
deuses se deu porque os primeiros pecaram por
demasia, e que usavam de magia negra e toda sorte
de confuses e guerras. Assim estes eram os
Atlantes, e por isso ainda do livro do Gnese colocar
em seguida o dilvio, pois foi por meio deste que se
destruiu a Atlntida, a terra dos gigantes. A relao
das guas com o ter do universo tambm feita
por esoteristas e vemos assim que houve um dilvio
do universo, com destruio de planetas (por
meteoros... Sodoma e Gomorra?) e que ainda houve
um dilvio no mundo, retratado em mais de 100
culturas, com seus Nos construindo barcos, arcas,
jangadas, cabanas etc.
Vale ressaltar que a tradio bblica se
assenta em algo que est retratado por outras
religies, e que representa alguma verdade, seno
literal, por certo csmica e mstica. E tais gigantes
podem ter existido tanto no astral como no real, e
que houve por certo alguma experincia gentica
entre homens e anjos, simplificada nas Escrituras
sagradas. Tambm que outros mundos existiram e
que coisas muito misteriosas mesmo em nosso
mundo existem, como pirmides e coisas que no
poderiam ser construdas com a tecnologia de
homens do passado. A Bblia assim tambm um
livro de cincia oculta, e vai muito alm do mero
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sentido literal, necessitando de dilogo inter-
religioso e de tradies orais para sua
compreenso.
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Ado criado do p de Marte
Observei a terra, e eis que era (seria) sem forma e vazia; tambm os cus, e no tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e eis que no havia homem algum, e todas as aves do cu tinham fugido. Vi tambm que a terra frtil era um deserto, e todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor, diante do furor da sua ira. (Jeremias 4: 23-26)
A terra era (seria) sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Esprito de Deus pairava sobre a face das guas (Gnesis: 1:2)
Pesquisando autores judeus e msticos sobre
a Bblia, eis que encontrei um brasileiro chamado
MishaEl Yehud, que muito me impressionou com
suas teorias e jogos de palavras feitas na Bblia,
cdigos e descobertas. Sobre essas passagens ele
diz que a Terra no foi criada imperfeita, e que o
verbo est no futuro e no no passado, na
passagem do Gnese. Com base na gematria,
clculo feito com passagens da Bblia e mais
comentrios de sbios, como o caso do Zohar, ele
desvenda uma srie de passagens antes nebulosas.
Primeiro que Ado no era humano, no no
sentido de ser igual a ns corporalmente. Ele tinha
um corpo de queratina, segundo esse autor, e ainda
antes tinha um corpo de espcie de luz, uma veste
bio-luminescente que possibilitava viagens pelo
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universo, sem necessidade de avies ou foguetes.
Foi assim Ado o primeiro astronauta. Na queda
teria assim perdido essa vestimenta e se escondido
dentro da rvore das Vidas, que na verdade era a
Lua (Yesod). Mas esse Ado no foi feito do p da
Terra, mas sim de marte, pois esse planeta se
chama Adamah.
Sobre a passagem em Jeremias, se fala de um
planeta habitado pelos anjos, pois eles foram
criados no 5 dia e alguns se rebelaram, seguindo
Samael, que no outro que aquele que ns
cristos chamamos de Lcifer. Esse anjo e outros
habitavam planetas, e entre um deles estaria
Astera, e outro Marte, que teria sido este sim
banido e se tornado um deserto, conforme
Jeremias. Pela queda de asterides assim havia
ocorrido, e apenas restando s pirmides
construdas pelos anjos, pois so sua marca
arquitetnica (homens no construram imensas
pirmides). Alguns desses seres habitam o centro
desses planetas, sendo que o Jardim do Eden
estaria no centro do nosso.
Vemos assim que esse autor segue uma
tendncia atual que usar de misticismo
tradicional, como no caso do Zohar e da Gematria,
bem como a astronomia e astrofsica combinados a
ufologia. E que os anjos so mais reais que muitos
imaginam. Mas Ado teria assim em sua queda
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habitado o corpo de homens pr-histricos e
comido o po com suor do seu rosto. Antes dessa
teoria, pra mim parecia estranho um homem de
terra vermelha, uma vez que aqui no vemos muito
desse solo. E de onde teria cado? De Marte parece
ser uma resposta mais recente com nossos
conhecimentos. O que vale que a Bblia possui
toda a cincia, inclusive a fsica quntica, e que as
descobertas humanas apenas vo confirmando os
saberes de msticos judeus e outros, como Einstein.
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Moiss, sua vara, Mar Vermelho, rocha e
Pscoa
Falou, pois, o Senhor a Moiss e Aro: Quando Fara vos disser: Apresentai da vossa parte algum milagre; dirs a Aro: Toma a tua vara, e lana-a diante de Fara, para que se torne em serpente. (Ex. 7:8)
Falou, pois, o Senhor a Moiss e Aro: Quando Fara vos disser: Apresentai da vossa parte algum milagre; dirs a Aro: Toma a tua vara, e lana-a diante de Fara, para que se torne em crocodilo (a Septuaginta e outras tradues falam em monstro de gua e terreno, que era tal animal. Por equvoco traduzido por serpente.)
E tu, levanta a tua vara, e estende a mo sobre o mar e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco. (Ex. 14:16)
Ento disse o Senhor a Moiss: Passa adiante do povo, e leva contigo alguns dos ancios de Israel; toma na mo a tua vara, com que feriste o rio, e vai-te. (Ex. 17:5)
Moiss surgiu de um grande rio, e assim
partilhava de uma Providncia que o ligava a esse
elemento gua. Teve vrios milagres e sinais em seu
ministrio. Irmo de Aro, este assim possua uma
vara ou cajado, de propriedades mgicas. Esse
cajado no outro que no a Cabala, a tradio
dada nos mistrios hebreus, que comeou com
Melki Sedec, ensino relativo propriedade mgica
das letras hebraicas, atravs dos 72 Nomes de
Deus.
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A vara mgica simboliza a Vontade do mago.
Moiss praticamente a usou em todos os seus
milagres Tambm segundo um mstico judeu o Mar
Vermelho o Mar Infinito, e se refere a todas as
guas do mundo, que nesse dia inverteram seu
curso e congelaram. As guas se congelaram e
ficaram em muralhas, no meramente flutuando,
como mostra o cinema. Vale que a criana no tero
materno est nas guas e j recebe os
mandamentos de Deus. Tambm o sbio recebe j
nas guas a revelao de que veio de um dos
Patriarcas, profetas ou outros, pelo mistrio da
reencarnao. Muitos profetas da Bblia so os
mesmos em pessoas diferentes.
E Moiss veio de um cesto (tero), levado nas
guas. A rocha ferida pelo cajado tinha formato
cbico, era de granito e media 4,5 metros de
largura por 3,5 de altura. Possua espcie de
mecanismo e podia fornecer gua a 6 milhes de
pessoas. As 10 pragas do Egito se referem a ataque
a seus deuses, tambm, como a Belzebu das
moscas, Serpis dos gafanhotos e assim por diante.
A Pscoa se refere a esse xodo, sendo que ainda h
a festividade dos pes sem fermento, por sete dias.
O po celestial foi usado por 40 anos, tendo
propriedades meio que especiais, como derreter
rpido (se no era congelado ou refrigerado...).
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O mar infinito se dividiu em 12, e assim
vemos as doze tribos de Israel. Aqui o simbolismo
nos leva a 12 constelaes e aos 12 apstolos do
Senhor Yeheshua (Jesus). Todos passamos pelo
Mar do Infinito e encontramos a vida, ainda pelo
cesto que nos leva. Partilhamos do mundo profano
ou de trevas e nos encaminhamos para a terra
prometida, que o paraso. Cana tem leite e mel.
Assim o que doce nos est reservado e no Messias
ou Yeheshua isso se v cumprido, pela conscincia
messinica. Os crocodilos dos instintos so
controlados e os inimigos vencidos, pela vara da
Vontade. Moiss nos deu essa lio, sendo a Pscoa
da morte e ressurreio de Jesus a prova final de
tal Providncia Divina.
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Interpretao referente aos
animais na Bblia
Se a oferta de algum for sacrifcio pacfico: se a fizer de gado vacum, seja macho ou fmea, oferec-la- sem defeito diante do Senhor; por a mo sobre a cabea da sua oferta e a imolar porta da tenda da revelao; e os filhos de Aro, os sacerdotes, espargiro o sangue sobre o altar em redor. (Lev. 3:1-2)
E disse Deus: Produzam as guas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do cu. (Gn 1:20)
Ao cabo de quarenta dias, abriu No a janela que havia feito na arca; soltou um corvo que, saindo, ia e voltava at que as guas se secaram de sobre a terra. (Gn 8:6-7)
Batizado que foi Jesus, saiu logo da gua; e eis que se lhe abriram os cus, e viu o Esprito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele (Mat. 3:16)
No dia seguinte Joo viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Joo 1:29)
Os animais presentes na Bblia so sinais de
uma grande sabedoria. Sua presena vai muito
alm de descries de fbulas de povos primitivos e
cultura de pastoreio. Tambm vai muito alm da
descrio de costumes hebreus. Tambm quando se
refere ao sacrifcio animal, segundo alguns sbios
de Israel, significa que o sacrifcio do animal que
est dentro do homem, e no fora, se referindo a
sua alma animalesca (sefer har), onde esto as
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qlifot ou demnios, que se manifestam pela treva,
vcios e coisas que afastam da luz do Criador. Mas
a simbologia vai ainda mais alm, sendo mais uma
forma de alegoria astronmica e angelologia.
Muito da chave de interpretaes desses
animais sob ponto de vista mstico est na cabala,
mais especificamente no seu livro principal, o
Zohar, que um vasto comentrio sobre a Tor ou
Antigo Testamento da Bblia. L se dedica muito ao
livro do Bereshit (Gnesis), e j no presente se trata
os animais como seres viventes, que uma
referncia clara aos anjos. Quando se fala em aves
do cu no versculo vinte do primeiro captulo, em
verdade se fala em anjos, e no pssaros ou aves.
Tambm em outras passagens referentes a animais,
ou viventes, a interpretao anjos. Esses anjos
so os mesmos que puxam o carro de Deus
descrito em Ezequiel (Merkabah), que so bois, ou
melhor, querubs (querubins). E os mesmos que
guardam a entrada do den. Esto assim no
firmamento porque so estrelas, astros e corpos
celestes, e tm influncia direta em nossa realidade
por sua energia, sendo assim os 12 animais do
zodaco, ou constelaes da astronomia antiga. Da
que as 12 tribos de Israel uma referncia a todos
os povos da Terra e do universo, no apenas a uma
raa ou povo. A serpente uma referncia a
constelao de escorpio (povos do oriente viam a
semelhana da constelao com forma de
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serpente...), sendo uma influncia negativa do cu,
logo ligada ao mal e ao adversrio.
Por outro lado, em relao a No, quando vem
aquele corvo, fica clara uma alegoria astronmica
com Saturno, ou aquele que se relaciona a morte,
barreira (Shatan) e toda a simbologia que envolve o
anjo ou deus do tempo. Povos antigos o chamavam
de Cronus. Saturno um planeta ligado a
capricrnio ou o bode, assim a Sat (que foi
representado com chifres e tem caractersticas de
dificultar a vida do cristo...). Assim percebemos
que o fim de um tempo ou era anunciava um novo
tempo, de mais justia e equilbrio. No segundo o
livro de Enoque era um filho de gigante, e esses
gigantes no eram outros que os anjos que tiveram
filhos com as mulheres humanas. Ento o corvo
apenas uma barreira momentnea que vem antes
da grande conquista. Antes da bno acaba vindo
um deserto. O dilvio tambm universal,
ocorrendo nas guas do firmamento, ou seja, no
cu e nos astros. O perigo de extino no era
apenas da Terra, mas do universo todo.
Nesse sentido esto a pomba do Esprito
Santo e o cordeiro de Deus, ou Cristo. No
cristianismo primitivo no existia a figura de um
homem pregado numa cruz, mas sim a de um
cordeiro. Assim vemos uma analogia com o que os
antigos tinham na astronomia como ries, sendo
que esse smbolo era do Sol crucificado em ries,
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por isso da pscoa em maro. A pomba do Esprito
Santo muitas vezes entendida como meramente
paz, porm o animal desde todos os tempos antigos
foi uma referncia a Vnus, que rege em grande
parte o sentimento do amor. Joo disse que Deus
amor. Ento Jesus foi batizado nesse aspecto, e o
fogo do batismo do Esprito Santo pode ser a chama
do fnix, que era uma ave lendria que
ressuscitava.
Assim vemos que os animais presentes na
Bblia representam grandes verdades, e que sob
aspecto mstico nos revelam segredos elevados,
como caractersticas de anjos, que ainda se
relacionavam aos planetas e estrelas do cu. Assim
por traz da simbologia mora um aspecto bem
profundo e geralmente no interpretado, vendo
aspectos biolgicos e histricos, em um livro que
era escrito em um tempo em que a viso mais
importante era a espiritual, mesmo que por uma
linguagem simples e pastoreia. E os sbios sempre
observaram isso do modo que vemos no Zohar,
sendo que guarda a Bblia grandes verdades para
todos os tempos.
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Ciro, arqueologia e o
Messianismo
Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mo direita, para abater naes diante de sua face, e descingir os lombos dos reis; para abrir diante dele as portas, e as portas no se
fecharo; eu irei adiante de ti, e tornarei planos os lugares escabrosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaarei os ferrolhos de ferro. (Isa. 45:1)
Que digo de Ciro: Ele meu pastor, e cumprira tudo o que me apraz; de modo que ele tambm diga de Jerusalm: Ela ser edificada, e o fundamento do templo ser lanado (Isa. 44:28).
Assim diz Ciro, rei da Prsia: O Senhor Deus do cu me deu todos
os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalm, que em Jud. Quem h entre vs de todo o seu povo suba, e o Senhor seu Deus seja com ele. (Tor, II Cro. 36:23)
No livro de Isaas vemos a referncia e esse
iluminado que venceu o poder de Babilnia, que
havia dominado anteriormente Jud. Esse rei da
Prsia aparentemente em uma hermenutica
muito mais que o mero sujeito que viveu ao seu
tempo, sendo que a compreenso muito mais que
histrica e moral. Apesar da existncia do Cilindro
de Ciro, tesouro de arqueologia bblica, onde se
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fala dessa conquista. Fato que se revela grande
saber na arte da guerra, e por consequncia, na
libertao do povo judeu do jugo babilnico.
Mas o messianismo judeu j de longa data
uma referncia de elevada hermenutica ou
interpretao das Escrituras. Vemos que com o
cristianismo se dobrou o livro de Isaas para ver em
todas as referncias a pessoa de Jesus Cristo,
quando em muitas vezes falava mais em Ciro, ou
em Emmanuel, que era tambm outro homem.
Apesar que isso nada modifica, porque Cristo
mais que um homem, sendo Homem-Deus. J nos
escritos de Saint Martin e Jacob Behme vemos
bem a dimenso divina do Salvador. Assim o Cristo
pode estar junto a rei Ciro, como a qualquer rei
onde se faa um com o Pai, ou com Jeov (IHVH). O
que revela uma universalidade do messias, que
Ciro um gentio. Desta forma, vemos que o povo
escolhido tambm democrtico, e que em Jesus
isso se ampliaria, com auxlio de seu tutor Joo (o
filsofo), bem como em Pedro, Bartolomeu, Mateus,
Paulo e outros que nem sempre eram
circuncidados. Jesus sendo um cabalista (da ordem
de Melquizedeque e essnio), abria a outras naes
a salvao. Unger fala que Ciro modelo de
messias. E Ciro estava profetizado em vrias
passagens, e teve importncia para Jerusalm e o
templo, conforme Josefo. Fala que o templo de
Jerusalm l era dedicado ao culto ao Sol.
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Mas Ciro, sendo herdeiro desse reino de
Nabucodonosor, tambm suspeito. Tambm h a
coincidncia de vrios povos terem cultos parecidos
ao de Israel, como a dualidade entre um deus bom
e outro inimigo, as leis morais (como no matar,
roubar, etc, conforme Livro dos Mortos), mesmo
pelo zoroastrismo e certos nomes. Babilnia no
significa como apenas alguns veem, confuso, terra
de pecado e perdio, mas cidade de Deus, e no
mais extremo, portal para o Sol. Em apocalipse
vemos uma analogia com a prostituta ali descrita,
montada na Besta, o que tem bem esse conjunto de
significados. Escavaes de Laquis, os manuscritos
do Mar Morto, escavaes em Ras Shanra,
cermicas descobertas, escritos cuneiformes,
poliedro de Senaqueribe, pedras escritas em
alfabeto aparentemente semtico, e uma srie de
descobertas esto revelando fatos histricos que
complementam as Escrituras.
Quando em crnicas se diz que a Ciro, Deus
deu todos os reinos da terra, nos leva mais a
pensar em Satans, do que em Jesus. Porm a
conscincia messinica acabar por governar todas
as coisas, pelo reino de amor, perdo, e uma
fraternidade real. Isso vem aos poucos sendo
semeado por diversas pessoas que encontram
Deus, em Deus do seu corao. Assim Ciro estava
com Cristo em seu corao, pois cumpria com a
misso de libertar um povo, e bem como de abrir
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caminho para o ministrio de Jesus. Ciro II
importante para a reconstruo do templo, bem
como com auxlio do general Dario. Especial Deus
usar de quem no esperado para a Sua obra.
Vimos tambm nos evangelhos apcrifos,
descobertos e que vm com a arqueologia no geral
revelando coisas, que existe sintonia dos povos, e
que o brao de Deus est por todos o universo.
Mesmo Ciro prefigurando Cristo, no foi o ideal de
Isaias, e o Mashiah (Messias) teria de assim ser
algum de uma obra mais espiritual. Outros
escritos, como o Zohar, veem em muito uma
semelhana do Messias com o Anjo da Face,
Metatron.
Assim vemos que a conscincia messinica, e
Cristo mesmo h de governar as naes, no por
uma figura histrica, mas pela presena de seu
Esprito Santo em todos aqueles que buscam a
salvao espiritual. E Ciro em muito revela um
ungido, abenoado a abrir a porta para esse
caminho, justamente em Babilnia (o portal, cidade
de Deus etc), com o desvio do rio Eufrates e a
embriagus dos inimigos em seu auxlio.
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Bblia e Mistrios
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Bblia e Mitologia
D ser serpente junto ao caminho, uma vbora junto vereda, que morde os calcanhares do cavalo, de modo que caia o seu cavaleiro para trs. (Gn. 49:17)
Como caste do cu, estrela da manh, filha da alva! como foste lanado por terra tu que prostravas as naes! (Isa. 14:12)
Eis que a virgem conceber e dar luz um filho, o qual ser chamado EMANUEL, que traduzido : Deus conosco (Mat. 1:23)
Vemos quase sempre a referncia a
mitologias sob um enfoque frio e sem devida
valorizao da simbologia. Por outro lado, vemos a
utilidade da mesma pela psicanlise, com
explicao de comportamentos humanos. Tambm
vemos que o conhecimento antigo de astronomia
estava tambm nessas mitologias antigas. Porm
percebemos que tambm na Bblia h muito de
herana dessas mitologias, e que um Herdoto,
Ovdio e outros tambm tiveram sua parcela de
inspirao pelo Esprito Santo. No necessria
muita reflexo para se ver em vrios personagens,
como Prometeus, Dmeter, Hrcules e tantos
outros, como semelhantes a aqueles que
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Bblia e Mistrios
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presenciamos na Bblia. No difcil ver a
semelhana entre Davi e Golias e Hrcules, ou
mesmo entre Lcifer e o tit Prometeus.
Desde que vi uma passagem em Gnesis com
Jac e seus doze filhos, j pude notar da alegoria
astronmica e da sabedoria superior que isso
revelava, muito alm de mera histria de famlia.
Claro que tambm podemos ver as 12 tribos de
Israel, mas no foroso pensar nas 12
constelaes que eram conhecidas dos antigos.
Corine Heline disse: Mitologicamente, Sagitrio se
v na esquina da corrente de estrelas que aponta,
atravs de sua nvoa de luz, a grande estrela
vermelha Antares, que brilha no corao de
Escorpio. Ovdio disse: 'O arqueiro aponta
escorpio com seu arco'. No Gnesis, 49:17, quando
Jac est bendizendo a seus doze filhos, diz com
relao a Escorpio: D ser serpente junto ao
caminho, uma vbora junto vereda, que morde os
calcanhares do cavalo, de modo que caia o seu
cavaleiro para trs. (Mitologia e Bblia). O cavalo e
o cavaleiro se refere a sagitrio, a essa constelao
e a serpente se refere a escorpio. Assim a
referncia a serpente muito o lado do ego que se
afasta da luz do Criador, de modo a ser mal vista
pelos hebreus. Porm tambm Cristo prefigurado
na serpente do posto, feita por Moiss para salvar
-
Bblia e Mistrios
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os homens do veneno das vboras. Mas a referncia
principal uma alegoria astronmica da Bblia.
J Lcifer foi citado por Isaas, ou pelo menos
uma referncia a estrela Vnus ou alguma
assemelhada. Mas vemos nessa Lcifer descrito
pela tradio crist como algo muito parecido ao
Prometeus, o tit que teria roubado o fogo dos cus
e dado ao homem, sendo mesmo o criador do
homem. A bblia ainda relaciona, ou alguns de seus
intrpretes, com a serpente, o que nos leva a ideia
de escorpio (no oriente a astrologia assim
representa...), de modo que a analogia vai com o
fruto proibido (fogo dos cus?) e com a rvore
(sagrada?), de cujo se retira o fruto. O pecado seria
dar o conhecimento ou distino, de modo que o
homem teria alguma parcela divina, o que no
deveria ter, nesse ponto de vista. Em Isaas muitos
falam que o mesmo se referia ao rei Ciro, pesar de
que este tem papel positivo na libertao do povo
hebreu, o que nos leva a certa reflexo. O smbolo
porm atravessa vrias religies e mitologias,
estando presente tambm na Bblia. Lcifer, o
portador de luz, passou a ter assim significado
negativo com a tradio, mas nem sempre foi
assim. Corine Heline disse: Prometeus o titan,
criador da Humanidade, de acordo com o lado
formal da natureza, Lcifer da lenda hebraica.
Vulcano, como Prometeus, um deus de fogo, outro
-
Bblia e Mistrios
29
cado e essa queda representa outra faceta de
Lcifer, brilhante como una gema. Vulcano era
ferreiro, um trabalhador do metal, um construtor.
Foi sua mo que confeccionou o palcio de Apolo
(...) a amvel forma de Pandora sobre o monte
Olimpo, todas las belas e brilhantes moradas de
deuses e deusas. Essas moradas que, em sua
totalidade, constituem o universo visvel (Mitologia
e Bblia). E O cado Vulcano Hiram Abif da lenda
manica, que construiu o templo de Salomo (o
sistema solar) (idem). Assim observamos que o
construtor e o ferreiro ganham grande importncia,
uma vez que as artes de ofcios teriam sido
ensinadas pelos anjos, e assim relata ainda o livro
de Enoque. Ademais, as guerras dos cus e dos
gigantes anuncia isso e da vemos o dilvio, que
envolveu mais que meramente o pecado humano,
porm algo que tambm se referia aos gigantes ou
anjos. E Cristo o construtor ou carpinteiro
central na obra do Universo.
Vemos que h muita semelhana entre essas
que vieram da mitologia e Maria, e que tudo sempre
est anunciado a todas as naes. No se deve por
isso apenas julgar na dicotomia dolos/Deus
verdadeiro, uma vez que Deus est acima dos dolos
e esses tiveram ou tm utilidade. Contudo as
grandes verdades esto presentes, e a mitologia no
se afasta na mensagem do Evangelho, partilhando
-
Bblia e Mistrios
30
ambos do mesmo mistrio. Corine disse sobre
Maria: Astrea a Virgem Celestial. A Virgem Me
Terrenal Ceres ou Demter, e Virgo se identifica
com ela e tambm com a egpcia sis. Os Sbios
compreenderam que a suprema me de cada
religio, la Madona o Virgem Me do Salvador do
Mundo - Isis, Istar, Ceres, Mirra, Maria - foi
instalada nos Mistrios da Virgem ou Ritos de
Madona, na hierarquia de Virgo. A ascenso de
Maria demonstra esta consecuo por ela(idem).
Para tanto, sabemos que h uma verdade
maior nisso tudo. Quando Annie Besant escreveu
sua obra Cristianismo esotrico, donde dedica
captulo ao Cristo mtico, claro fica que existem
vrias dimenses alm da histrica e moral nas
escrituras, e que isso faz da Bblia um livro que
atravessa os tempos e que tolerada e aceita por
diferentes naes. Muitos cticos e mesmo ateus
usam desse argumento para desvalorizar a Bblia,
mas se equivocam por no perceber a dimenso
mstica, que aquela que perdura e sustenta algo
maior que a religio social. A espiritualidade
muito maior do que entendem os cientistas
ortodoxos, cticos e ateus. E tanto nos antigos
mistrios, quanto no atual de Cristo, vemos que a
verdade maior impera, e que isso no deve nunca
ser visto apenas com racionalidade fria a calculista,
mas se deve ver com a intuio maior, que requer a
-
Bblia e Mistrios
31
humildade de lavar os ps dos outros, antes de
apenas julgar.
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Bblia e Mistrios
32
A mstica na Bblia segundo
Swedenborg
Emanuel Swedenborg foi o primeiro mdium
da idade moderna, ficando famoso por prever um
incndio que ocorreria a 400 km de onde estava.
Tambm sabia 8 idiomas e era contra a leitura
literal da Bblia, o que eu tambm tentei fazer nesse
site que agora divulgo presente artigo. Ele
acreditava que a salvao do homem no vinha por
reencarnao, mas sim por regenerao, e que
Jesus Cristo Deus. E para a regenerao
necessrio o intelecto. E sua doutrina est em
sintonia com o Verbo, aparentando espcie de
cabala. Afirma que conviveu e dialogou com
espritos, e os diferencia dos anjos.
Obre interessante desse autor Arcana
Clestia, onde comenta o texto do Gnesis. No livro
que pesquisei, h tambm o Apocalipsis Revelata,
onde comenta o livro da Revelao. Fato que sua
hermenutica gira em torno do Verbo e da
regenerao do homem, pelo que ensinou Cristo.
Tambm o que interessa pra ele a Igreja Nova, em
contraste a Igreja Antiga, o que seria simbolizado
pela Nova Jerusalm.
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Bblia e Mistrios
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Sobre o Apocalipse, Swedenborg claro que
nada tem a ver com coisas e governos do mundo,
mas se refere ao cu e assuntos espirituais. Ento
contrasta bem com doutrinas que vemos divulgadas
em igrejas norteamericanas e mesmo com linha
protestante, apesar do autor ser praticamente uma
grande influncia junto com Lutero, para essa
linha. Para ele as Bestas no so mais que
doutrinas mal interpretadas do cristianismo, como
as heresias e mesmo seitas. A simbologia toda gira
em torno da velha Igreja e da nova, e do homem
pecador e do regenerado. Seria o que martinistas
chamam de o Novo Homem. Ento, aps a queda o
homem estaria salvo pela Igreja de Cristo. O drago
a Igreja anterior a Cristo.
J no que se refere ao Gnesis, fica claro que
o autor entende os 6 dias da Criao como uma
regenerao do homem pelo Novo Ado, que
Jesus, e assim o homem no atingiu ainda esses
seis graus de seu desenvolvimento. Os segredos do
desenvolvimento seriam o amor, a f e a caridade.
De certo modo traduz bem o modus operandi
cristo. A diferena de espritos e anjos, que
espritos fazem a comunicao com mundo
espiritual, e anjos fazem a comunicao com o cu.
E anjos seguem quase que exclusivamente a
vontade de Deus, atravs de suas leis.
Cabe por fim observar que esse mstico,
telogo, cientista e inventor, isso sem falar em seus
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Bblia e Mistrios
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cargos acadmicos, foi grande expoente do
pensamento e que por algum esquecimento no
trazido com tanta relevncia histria. Lutero ficou
com todo o mrito. Livre pensador e mstico da
experincia, se diferencia de meros interpretadores
da Bblia, uma vez que tinha contato com espritos
e anjos, isso sem falar na cultura de sua poca,
muito mais voltada para a espiritualidade que a
atual. Sua hermenutica deve ser lembrada, e
parece que em muito influiu no pensamento
cristo, seja de linha protestante, ou at mesmo
diversas outras.
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Bblia e Mistrios
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Bblia e Alcoro
Deus justo e misericordioso. Ao crente Ele
reservar o Paraso, enquanto que ao incrdulo ele
reserva o Geena ou Inferno, onde haver fogo ou
gua fervente para beber. Isso algum dir que est
escrito na Bblia, mas aqui lembrei de um livro
pouco conhecido entre cristos e ocidentais, que o
Alcoro. Mensagem de Deus revelada a Mohamed,
pelo anjo Gabriel (ou Esprito Santo por ele). H
narraes bblicas de Ado e Eva, Jos, No, Jesus,
e especialmente Moiss e Abrao. Tambm, no Livro
se tem a forma de superar erros de judeus e
cristos, descrenas, e assim reatar a aliana,
buscando-se ser justo e crente em Deus ou Al. H
um certo respeito tambm a esses povos do Livro,
pois sustentam, o mesmo monotesmo. Assim
algumas citaes do Alcoro devem ser lembradas,
onde se fala inclusive de Jesus:
E Deus Quem envia os ventos, que movem
as nuvens (que produzem chuva). Ns as
impulsionamos at a uma terra rida e, mediante
elas, reavivamo-la, depois de haver sido inerte;
assim a ressurreio! (Alcoro, 35a Surata,
Versculo 9)
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Bblia e Mistrios
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Aqui nesse se v a crena na ressurreio.
As ossaduras secas (Ez 37:1-10) e a
reconstruo do templo (Neemeias 1;12-20) e
muitas outras lendas judaicas, referem-se no s a
ressurreio do indivduo, mas da nao.
E ele ser um Mensageiro para os israelitas,
(e lhes dir); Apresento-vos um sinal de vosso
Senhor: plasmarei de barro a figura de um pssaro,
qual darei vida, e a figura ser um pssaro, com
beneplcito de Deus, curarei o cego de nascena e o
leproso; ressussitarei os mortos, com anuncia de
Deus, e vos revelarei o que consumis o que
entesourais em vossa casas. Nisso h um sinal
para vs, se sois fiis. (Alcoro, 3a Surata,
versculo 49)
Aqui se confirma o evangelho apcrifo onde
Jesus na infncia traz vida a pssaros que molda
do barro.
E quando os anjos disseram: Maria, por
certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome
ser o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste
mundo e no outro, e que se contar entre os diletos
de Deus (Alcoro, 3a Surata, Versculo 45)
Aqui falando sobre Jesus, que entendem como
justo profeta.
E de quando os discpulos disseram:
Jesus, filho de Maria, poder o teu Senhor fazer-
nos descer do cu uma mesa servida? Disseste:
Temei a Deus, se sois fiis!
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Bblia e Mistrios
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E disse Deus: F-la-ei descer; porm, quem
de vs, depois disso, continuar descrendo, saiba
que o castigarei to severamente como jamais
castiguei ningum na humanidade. (Alcoro, 5a
Surata, Versculos 112-115)
Falar aos homens, ainda no bero, bem
como na maturidade, e se contar entre os
virtuosos (Alcoro, 3a Surata, Versculo 46)
Aqui tambm uma relao com evangelho
apcrifo, onde Jesus teria falado desde beb.
Vemos ao longo do Alcoro uma grande
lembrana entusiasta de eventos vividos por
profetas, por No, por Moiss superando
perseguio de Egpcios, bem como regras mais
prticas, como a respeito do divrcio. Ento o
Alcoro no apenas tem regras severas contra
mulheres, mas tambm algumas realistas, como
essa do divrcio:
Ele foi quem criou os humanos da gua,
aproximando-os, atravs da linhagem e do
casamento (25 Surata, verso 54).
A reconciliao recomendada, mas se eles
realmente optam pela separao, injusto mant-
los ligados indefinidamente. O divrcio o nico
expediente justo e equitativo, embora, como o
mensageiro declarou, de todas as coisas permitidas,
o divrcio seja a coisa mais odiosa aos olhos de
Deus (114 Surata, verso 96).
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Bblia e Mistrios
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E sobre isso, apesar de muitos ocidentais
pensarem em poligamia, e muitas esposas, o
costume islmico mais atual de se ter uma esposa
apenas. E segundo ele o casamento metade da
religio.
H tambm um misticismo islmico, que se
chama sufismo, com grandes lies. Sufi significa
l, e por os seus se vestirem assim, forma de tal
modo chamados. Alm de preces, invocaes e
meditaes, os msticos sufis tm uma dana
especial. A doutrina sufi parece uma gnose
islmica. Assim pensamento elevado e cheio de
espiritualidade, distante de meras regras de
costumes, que fizeram alguns se afastarem da
religio. E uma conciliao entre sunitas e xiitas.
Mas de todo o modo, vemos que a Bblia no se
afasta do Alcoro, e que apenas so culturas
diferentes, porm com mesmo Deus. Fato que j
So Francisco a seu tempo foi contra cruzadas
contra muulmanos e disse que devemos muito
amar esses nossos irmos. Um dito sufi diz: No
ataques nem judeus, nem cristos, nem
muulmanos, mas golpeia a tua prpria alma e no
cesse de golpe-la at que ela morra (Xeque
Darqawi).
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Bblia e Mistrios
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O nome do Salvador
Disse Joo: Porque j muitos enganadores saram pelo mundo, os quais no confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal o enganador e o anticristo (verso Joo Ferreira de Almeida).
Transliterado
Em 1 Yaohukhnam (mudado para Joo) 4:3 diz que: e todo esprito que no confessa a Yaohshua no procede de Yohuh Ul; pelo contrrio, este o esprito do Anti-Mehushkhay (anti-Ungido), a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, j est no mundo.
Vemos que com o imperador Constantino o nome Yeoushua foi substitudo por Jesus, e assim como outros nomes divinos e poderosos da Bblia, houve uma perda de poder e de autenticidade. Isso foi feito por uma falsa traduo da septuaginta, usada at hoje, como base a outras
Bblias. Logo um cego conduz a outro cego.
Algumas tradies msticas, como a de Martinistas,
ou mesmo a de judeus messinicos percebem isso,
ao entrar diretamente com o hebraico. O nome
Jesus tem outro significado, no tanto de ungido,
mas mais de cavalo (Ye=Deus, Sus=cavalo),
tristemente. E isso muda totalmente o sentido do
Nome, uma vez que falamos no Filho de Deus, na
parte da Trindade. Fato que tanto a Igreja
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Bblia e Mistrios
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romana, hoje passando pela transformao de
procurar um novo Papa, tanto pelas que surgiram
do sistema luterano, se veem com tradues e
tradues do nome Yesus, que por si est bem
longe do Yeoushua, original. Ora, se Deus fala que
Ele tem um nome, seria obra de Sat alterar esse
nome. Tal mudana se deu da traduo do grego
para o latin. O nome de Yeshua, por outro lado,
guarda dentro de si o nome de Deus, IHVH, que
resulta em 72. Yesus no um dos 72, e nem
outros Nomes sagrados presentes na Tor/Bblia.
Um nome mudado em sua traduo pode ter outro
significado, e em se pensando tambm em Joo,
alguns podem refletir no Joo do p de feijo e
outros contos profanos. O que sagrado no pode
ser modificado, e vemos que cada vez mais no
apenas em nomes, mas em tradues se mudam
inclusive dogmas cristos, a fim de se defender a
viso de determinada seita. O primeiro captulo de
Yaohukhnam (Joo) prova isso, onde se fala na
Palavra e acaba-se por modificar a fim de inserir a
figura do homem Jesus dentro dela, o que no
ocorre no original. Querendo se facilitar, faz com
que se perca o sentido original. O mesmo se faz
com verbos que estavam no passado, dizendo
cumpridas as profecias, e os transformar para
futuro, a se cumprir. Assim alguns colocam no livro
de Isaias e em passagens do livro referente a rei de
Tiro, como se fosse Jesus e assim por diante. O
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Bblia e Mistrios
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sbado mudado para domingo e uma srie de
alteraes mais grosseiras foram feitas, e vemos
toda a sorte de Bblias ao gosto de cada um e da
sua seita (a Igreja uma s...). O noivo um s e a
esposa uma s, e quando se coloca muitas
esposas, se cria adultrio espiritual. Cuidar dos
nomes sagrados necessrio, e mesmo do sentido
usado ao tempo de Yeoushua. A m traduo pode no apenas mudar o significado, mas invert-lo.
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Bblia e Mistrios
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O cristianismo mrtir dos msticos e a
simulao teolgica
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.(Mat. 10:16 e Apcrifo de Tom, parte 39)
Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, no porm a sabedoria deste mundo, nem dos prncipes deste mundo, que esto sendo reduzidos a nada (1 Cor 2:6)
H um lado profundo e mstico na Bblia.
Portanto, esta no deve ser lida do ponto de vista
literal e histrico, mas sim simblico. Isso parecia
absurdo, mas com a descoberta dos manuscritos do
Mar Morto, vimos que h muito do cristianismo que
foi escondido pelas igrejas. O cristianismo original
teria sido gnstico e simblico, e estes gnsticos
teriam sido perseguidos e seus escritos destrudos,
os quais teriam a doutrina dos mistrios cristos,
seu ensinamento filosfico original, adulterado
pelas igrejas ortodoxas, que se fundiram em
conclios. Jesus teria nascido, vivido e morrido no
sculo 1 antes do incio de nosso calendrio. Sua
escola era chamada de ofita, e seus discpulos eram
em nmero controlado, de modo algum se
estendendo a multido, se assemelhando a escola
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Bblia e Mistrios
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pitagrica e tantas outras de iniciao, com trs
graus, o terceiro citado na Bblia, chamado os
perfeitos. Vivia e ensinava em Qunran, e assim
com relao a essnios e depois resultando em
maniqueus e outros. Seu discpulo principal seria
Joo (nunca Pedro, que nem estava no crculo
interno de sua escola...), e tambm Jesus teria
passado pelo Egito, em lugares como Helipolis,
Alexandria e tantos outros em busca do
conhecimento e na sua difuso. Era um filsofo que
foi transformado em milagreiro, e seu simbolismo e
rito de mistrio metafsico foi transformado em
histria. Sua cruz de luz, simblica e que se
referia a Esprito Divino, o Logos, foi transformado
em cruz de madeira, a doutrina no se referindo a
cruz de madeira, segundo escritos achados no Mar
Morto ou Nag Hamadi. Logo o cristianismo foi
esotrico para os discpulos, e uma forma de
parbola para a populao de crculos externos.
Com as igrejas foi um pouco mantida dessa
dimenso de sua escola ofita, e na maior parte
excludos os ensinamentos do mistrios, que no se
fundavam em poltica territorial ou econmica, mas
sim em encontro com Cristos, uma poro interna
desse Logos solar. Pois a escola de Qunran e que se
envolvia Jesus e Joo, bem como Bartolomeu,
Simo, Felipe, Maria Madalena, Maia me de Jesus
e outros discpulos, estudava a filosofia grega. Por
isso do uso de termos como Mnada e Logos por
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Bblia e Mistrios
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Joo. Jamais foi seita religiosa ortodoxa em busca
de poder e dominao temporal. Nem foi um centro
de milagres, apesar de que as curas eram
essenciais, haja vista essnios terem hospitais, e
pelo fato de terem continuado atravs dos
terapeutas. Assim eram os discpulos da escola de
Jesus, espcie de grupo interno, prudentes como
serpentes, conforme testou Mateus, no porque
seguiam Satans, mas porque as serpentes dos
antigos eram os sbios iniciados, para tanto, os de
Jesus eram iniciados nesses mistrios. Isso nunca
se referiu ao povo geral, aos de fora, pro-fanos, mas
sim a seus discpulos que se relacionavam com
seus Cristos. Logo aps a morte do mestre, os ofitas
e outros gnsticos foram os verdadeiros mrtires,
que perseguidos e mortos por guardarem a
doutrina crist original, e sobrou assim uma
simulao teolgica, onde esses ensinamentos de
ritos msticos e metafsicos foram transformados
em histria, o que em muito no teria ocorrido. A
prpria idade de 33 anos simblica, afirmando
Irineu que Jesus teria vivido 45 anos. Jesus era
tambm nazareno pela sua filosfica, pois no
existia nenhuma regio chamada Nazar. Pois os
Nazarenos se tornaram os Essnios. E a cruz de luz
referida por Jesus em seu hino, que teria dito
antes da morte e ressurreio. Refere-se a uma
cruz que vai da terra ao cu, sendo a ascenso da
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Bblia e Mistrios
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alma humana at uma Jerusalm Celestial, onde
no haveria mais o corpo.
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Bblia e Mistrios
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Jesus segundo as tradies judaicas do
Talmud, Toldoth, Mishna, Gemara,
Tosephta e outros
Quase sempre o que sabemos a respeito de
Jesus o que est no novo Evangelho, e assim
temos informaes limitadas a respeito de sua vida.
Progresso foi o encontro dos manuscritos do Mar
Morto, apesar de que j havia algo judaico antes, no
muitos comentrios dos sbios judeus. Fora os
ataques por motivo de competio dogmtica e
doutrinria, resta que alguns detalhes e fatos
devem ser verdadeiros, a respeito do Jesus
histrico, que muitas vezes diferente do Jesus
mstico, presente em muitos fatos sobrenaturais e
que envolvem mais f que cincia. Fato que lendo
mesmo o Novo Evangelho, percebe-se que Jesus
sabia muito mais que a simples Tor e Profetas,
bem como simples escritos do Antigo Testamento,
mas que era versado nesses estudos e comentrios
de sbios rabinos, como os Talmudes e outros
escritos assemelhados. Parece que Jesus teve um
tutor que lhe ensinou a tradio talmdica.
Vemos que Jesus (Jeschu ben Pandera) teria
nascido por essas tradies como filho ilegtimo de
Mirian (Maria), de Joseph ben Pandera, um vizinho
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Bblia e Mistrios
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com que teria tido relacionamento, haja vista ser
esposa de Jochanan, e este no estar em casa.
Assim Jesus teria j aos 12 anos sido caluniado
quanto a sua origem (chamado bastardo...) e assim
discutiu conhecimentos talmdicos com os
doutores da Lei, em especfico a distino entre o
que vem de Moiss e de Jetro, de quem mais
sbio entre eles e assim por diante. Maria/Mirian
seria uma cabeleireira e sobre ela no muito dito,
mas que teve filho em separao de seu marido.
Outros dizem que ela era um mulher separada
quando teve Jesus. Bem diferente que uma mulher
que teve filho ainda casta e de forma milagrosa.
Mas o prprio Jesus desde criana falava que era o
Messias e sua me era virgem quando o teve,
mesmo nessas tradies judaicas.
Jesus era tratado como um feiticeiro pelos
romanos, e mesmo muitos judeus de seu tempo o
acusaram de tal arte oculta, haja vista as
maravilhas que operava. Interessante que essas
curas e milagres no so negados, o que nos leva a
crer na veracidade da tradio crist e histrica dos
milagres. H escritos que dizem ter Jesus
aprendido magia no Egito, e utilizado do nome de
Deus (Shem) para operar fatos extraordinrios. A
sua tcnica seria segundo eles um modo de marcar
a pele, espcie de tatuagem onde essas letras
hebraicas ou hieroglifos teriam sido assim feitos.
No de todo impossvel, haja vista haver relatos
-
Bblia e Mistrios
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de que Jesus teria passado no apenas no Egito,
mas tambm na ndia, o que lhe daria possibilidade
de aprender artes extraordinrias de magia e
faquirismo.
Outra comparao que fazem de Jesus com
Balao, aquele que era espcie de adivinho e
feiticeiro. A principal comparao com a idade da
morte, que seria para eles a metade da vida, 33
anos, pois escrevem que os homens sedentos de
sangue e enganosos no deveriam viver a metade
de seus dias, sendo ele talvez classificado de
enganoso, e assim colocando ele no inferno
(Gehena) mais baixo. Seu crime seria o desprezo
das palavras dos doutores da Lei. Teria tambm
Balao feito o mesmo e vivido em torno de 33 anos,
e da a analogia talmdica. Tambm sobre a morte
de Jesus, dito que ele teria sido apedrejado, haja
vista a prtica de feitiaria, e seu corpo exposto
para servir de exemplo.
Fato que sendo eu mstico, no duvido dos
feitos de Jesus, nem me importo muito com o que
teria ocorrido em sua famlia, uma vez que seres
humanos erram e seria estranho mesmo todos
serem perfeitos. Fato que seus milagres ou feitos
no so negados, e que divergncias de doutrinas
no devem ser grandes crimes, haja vista que entre
prprios sbios judeus e nos Talmudes vemos toda
a sorte de interpretaes das Escrituras Sagradas e
da Tor. Das pesquisas que vi, feitas pelo tesofo
-
Bblia e Mistrios
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G.R.S. Mead sobre o cristianismo, conclu que cabe
sempre a distino feita por Annie Besant entre o
Jesus histrico e o Mstico, e que temos f em algo
maior que um filho de mulher. Ele mesmo teria dito
ser filho de Deus, e mesmo um com o Pai. Ento
cabe apenas arrumar lacunas dos Evangelhos, o
que tambm podemos fazer com os apcrifos, e
assim ampliar nossa compreenso de quem foi
Jesus e quem so as pessoas que conviviam com
ele. Mesmo porque hoje existem Judeus que
aceitam Jesus, e messinicos, missionrios, da
Nova Aliana etc, onde vemos uma sntese muito
positiva na compreenso e tolerncia mtua,
mesmo unio dessa tradio, que parece ser uma
s. A paz deve por fim reinar, Shalom.
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Bblia e Mistrios
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Multiplicao dos pes e cabala
Chegada tarde, aproximaram-se dele os discpulos,
dizendo: O lugar deserto, e a hora j passada; despede as
multides, para que vo s aldeias, e comprem o que
comer.Jesus, porm, lhes disse: No precisam ir embora; dai-
lhes vs de comer. Ento eles lhe disseram: No temos aqui
seno cinco pes e dois peixes. E ele disse: trazei-mos aqui.
Tendo mandado s multides que se reclinassem sobre a
relva, tomou os cinco pes e os dois peixes e, erguendo os
olhos ao cu, os abenoou; e partindo os pes, deu-os aos
discpulos, e os discpulos s multides. Todos comeram e se
fartaram; e dos pedaos que sobejaram levantaram doze
cestos cheios.Ora, os que comeram foram cerca de cinco mil
homens, alm de mulheres e crianas. (Mat: 14, 15-20)
Sempre que vemos nmeros nas Escrituras,
sabemos que ali h um ensinamento de tradio
oral, e que a mesma chama-se cabala. Jesus
difundia esse saber porque disse que era sacerdote
segundo a ordem de Melquisedeque, que significa
essa tradio mstica dada pelos anjos. Restam
ainda livros especficos sobre essa tradio, como o
Zohar e Sepher Yetsir, este ltimo falando mais
sobre os nmeros. O setor da cabala que lida com
nmeros se chama gematria, que reflete sobre
soma, reduo, smbolos, permutaes etc dos
-
Bblia e Mistrios
51
mesmos. Mas na passagem referente
multiplicao dos pes, fora o milagre, e que alguns
autores atribuem ter sido apenas encenao, resta
os nmeros que nos revelam profundos segredos e
mistrios.
Fala-se em 5 pes e 2 peixes. Simples soma
revela o segredo, 5+2=7, e assim temos o nmero
espiritual por excelncia. O nmero 5000 se refere
aos fariseus e sua hierarquia (50 em 50 e 100 em
100) e os 12 cestos so as tribos de Israel. Vemos
que o 7 o nmero de braos da menor,
candelabro judeu e que isso ainda tem referncias
no Apocalipse, nas vrias hptadas e bestas que
so l citadas.
Por outro lado, mesmo outros povos e vises
espirituais sempre olharam o 7 como nmero de
planetas ou deuses, e resta os nossos dias da
semana com nome e tudo a esse respeito. O 12
referido como as constelaes do cu, o zodaco e
tambm de grande interesse de cabalistas,
estando no Zohar uma srie de analogias com a
ordem do Malaquin, anjos que so as rodas e tm
relao com a merkabah, o trono de Deus. Talvez
seja a energia dessas estrelas e constelaes que
mostrem a glria do Altssimo. E mesmo o smbolo
do peixe se refere ao tempo que passavam, Era de
peixes.
No Sepher Yetzirah se fala em 7 letras
hebraicas simples e doze duplas. E essas letras so
-
Bblia e Mistrios
52
tambm sons. E Deus grava seu Nome no que
nmero, o que numera e o numerado. As 7 duplas
so (b B Beth, - g G Ghimel - d D Daleth - k CH Caph
- p PH Ph - r R Resh - t T Thau) e as 12 simples so
(- h E He- w V Vau- z Z Zain - j H Cheth - f T Teth - y I
Iod - l L Lamed - n N Nun - s S Samech - u GH Hain -
x TS Tsade - q K Cuph). As 12 simples so os
sentidos, mais sono, locomoo, clera, riso etc. J
as 7 duplas so relacionadas vida, paz, cincia,
riqueza etc.
Para tanto, Cristo o po da vida e o messias
salvador. Tanto na santa ceia, quanto na
multiplicao dos pes passou o smbolo da vida
eterna, que de um po do Seu corpo. Tambm
mostrou atravs dessa sabedoria dos anjos que
foras csmicas participam disso, e que podemos
contemplar esse segredo nos nmeros, que
parecem revelar essncias. Jesus teria respeitado
isso na escolha dos 12 seguidores, e tambm no
livro do Apocalipse/Revelao.
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Bblia e Mistrios
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Cristologia Alta
Ao que perguntaram todos: Logo, tu s o Filho de Deus? Respondeu-lhes: Vs dizeis que eu sou. (Luc 22:70)
Hoje acordei e via na TV o programa no canal
catlico Rede Vida, chamado Pginas difceis da
Bblia, onde se falava de cristologia alta, que se
refere a estudo de ttulos, nomes que so dados a
Jesus, ou que ele mesmo se d, que relacionam
este a Deus, nos levando assim a Trindade. A
cristologia baixa seria um modo de ligar Jesus a
um profeta, mas no necessariamente a sua
divindade.
Na cristologia alta o principal nome ou ttulo
(ou mote) que Yeshuah ou Jesus se d est em
Joo e outros evangelistas, que EU SOU. Isso
ocorre vrias vezes, como em frases: Eu Sou o
caminho, a verdade e a vida, Eu Sou a
ressurreio e assim por diante, nos levando a
sara ardente de Moiss, onde o Senhor disse Eu
Sou Aquele que Sou, ou seja, ao prprio Deus. J
a cristologia baixa, poderamos ver Jesus designado
como Filho do Homem, O Profeta, Emanuel, Filho
de Deus, Galileu, Nazareno e assim por diante.
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Bblia e Mistrios
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Esse Eu Sou nada mais que mistrio do
Verbo, ou do Logos/Pneuma, ou Sopro, o que nos
aproxima da presena do prprio Deus, e de Sua
Palavra. Pois Deus se manifestava em coluna de
fumaa, sara ardente, nuvem, etc, atravs de Sua
Voz, pois no era dado ao homem v-Lo face a face.
Logo Jesus nesse seu mote, que nome inicitico,
assim como o nome Yeshuah, nos mostra aquele
que o Homem-Deus, j sendo tema dedicado de
Martinistas, entre Willermoz, Saint Martin e
Behme. Nos leva assim a cristologia alta a uma
mstica, onde superamos o homem carnal Jesus,
sem neg-lo, e assim adentramos na esfera do
esprito que vivifica, em nveis superiores de
hermenutica.
Tambm nos leva a relao com o Esprito
(Santo), com pneuma. Assim a Trindade pode nos
revelar a lei do tringulo, j presente em outras
vises sobre o divino, ao longo do mundo. O Jesus
Cristo tambm nos leva a pensar na personalidade
de Deus, como veem os hindus para o seu Krishna.
A cristologia alta ento faz do EU SOU uma
personalidade de Deus, o prprio Deus, sem
contudo negar que h distino entre o Pai e o
Filho. Vemos mesmo que o poder de cura e
transformao mesmo divino, e que o poder do
Verbo algo que supera a mera carnalidade,
ligando-se muito a palavras de poder, e
pensamentos, como demonstra o maon Jorge
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Bblia e Mistrios
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Adoum em suas obras. E Martinistas veem Jesus
como O Grande Arquiteto. Nesse passo, um mstico
Rosacruz chamado Vicente Velado (criador do
quadro acima retratado) diz que Cristo regente do
sistema solar, chamando-o de Cristus Rex. Por tudo
isso, vemos que a tradio mesmo, e at o Credo
Catlico, que soma tradies orais a escritos
evanglicos, afirma que Jesus se trata do homem-
Deus, nos ratificando uma cristologia alta.
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Bblia e Mistrios
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O significado Mstico da Pscoa
A ressurreio de Cristo a manuteno da
vida da Natureza, de forma que anualmente esse
Verbo renova o que parecia morrer, pois tem no
Csmico sua influncia de germinao, que
representamos pelo ovo, origem da vida, pois o
Cristo a origem da vida, O Vivo. Assim
tambm o po do cu e a fuga das trevas do Egito,
da escravido, nos levam errantes e transeuntes no
rumo liberdade, que apenas se encontra na terra
de leite e mel (no Reino dos Cus). Ento esse po
do cu na verdade a Tor-Bblia (Lei), que
entregue pelo Altssimo encaminha o homem para a
alimentao de seu esprito, verdadeira
alimentao. As 4 letras do Nome Santo assim
esto unidas e o homem santo (tsadik) est na
presena de Deus (Shekinah), e um Cristo em
formao, para por fim ter se libertado da sua cruz
pessoal (matria que aprisiona).
Nessa poca, no hemisfrio norte as sementes
germinam e aparecem tambm os frutos, e assim a
vida que Cristo Csmico difunde no mundo, revela
o seu sacrifcio, o sacrifcio do Logos na matria,
que assim vive e revive. E o ovo est em vrias
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Bblia e Mistrios
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cosmogonias, desde a escandinava, a hindu, egpcia
e outras, revelando a origem do Universo, que hoje
a cincia coloca sabiamente no ovo anterior ao Big
Bang. Esse ovo claramente smbolo alm da vida,
do ciclo e do retorno a vida aps a transformao,
que entendemos por morte. Um ciclo revelado, e
isso supera a velha linha reta, que apenas est com
relao a ressurreio, mas que antes exige a
reencarnao para sua devida evoluo. E o ovo
chocado pela serpente, no por satans, mas pela
serpente que est na estaca (ou cruz) de Moiss, na
serpente de bronze, que prefigurava Cristo.
E o homem encontrar esse mistrio no
Juzo Final, na segunda morte, onde seu veculo
grosseiro e animal dissolvido para dar lugar ao
santo veculo de conscincia, pois assim est
escrito que no herda o Reino a carne. Ento por
isso no mais haver esposos e esposas, nem
mesmo ser necessria a morte. A ressurreio
estar assim presente quando encontradas as 7
igrejas e tambm abertos os 7 selos, pois antes
desse tempo, ou daquele tempo no poder ter
revelado esse mistrio. Cristo morreu por todos os
vivos, e ressuscita em toda a vida que evolui,
fazendo si mesmo a presena atravs do Esprito
Santo. E a espada (do Verbo) vem para esse tempo,
somente podendo ouvir quem tiver ouvidos para
ouvir, pois do contrrio no sero reconhecidos.
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Morte no plano material nascimento no plano
espiritual, e vice-versa. Cristo rompeu o ciclo,
quebrou o ovo, e assim teremos ns um dia que
fazer.
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Nascimento para o alto
E como Moiss levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele cr tenha a vida eterna. (Joo 3: 14-15)
Jesus Cristo provou o nascimento para o alto
a que fala Joo quando morreu e ressuscitou. O
cristo tambm trilha esse caminho at Cristo, de
modo que se inicia no batismo e que um dia se
efetiva pelo Esprito Santo. Isso estava prefigurado
na serpente que subia, a que Moiss criou para se
proteger do veneno de cobras, quando no deserto.
Essa serpente smbolo do fogo serpentino que
sobe na medida em que as pessoas buscam a
castidade, ou pelo menos sacrificam um pouco de
seus instintos, em obra destinada para seu Senhor.
Quando se serve ao demnio, h o servio a
serpente da tentao e do pecado, por outro lado. E
no apenas o batismo de gua garante essa subida,
mas h de ser necessrio um batismo de fogo, que
dado por Cristo e pelo Esprito Santo. Logo, a
semente deve germinar em terra frtil, no em
espinhos ou rocha. Desse modo pode subir at o
Pai, Senhor da Sabedoria (hockmah), provando
fruto maduro da rvore da vida. Esse o novo
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Bblia e Mistrios
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nascimento, o que no mais encontra barreira na
carne e nem depende da concupiscncia. S assim
pode conhecer as 7 igrejas a que fala o Apocalipse,
e tambm abrir os 7 selos, a fim de mostrar a veste
branca com o sangue de Cristo, que partilhou.
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Purgatrio, testemunho e livro dos
Macabeus
O nobre Judas falou multido, exortando-a a evitar qualquer transgresso, vendo diante dos olhos o mal que havia sucedido aos que foram mortos por causa dos pecados. Em seguida fez uma coleta, enviando a Jerusalm cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifcio pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crena na ressurreio, porque, se ele no julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vo e suprfluo rezar por eles. (Mac II, 12: 42-45)
Recentemente entrei em contato com um livro
de testemunho cristo de uma senhora venezuelana
(Glria Polo), chamado O Livro da Vida: da iluso
verdade, que um relato de quem esteve no outro
lado da vida e voltou, tendo ela a experincia do
purgatrio, e retornando a vida, aps ser atingida
por um raio e estar em coma. Pelos relatos at fiz
uma ponte ao que outras religies falam, e nos leva
a crer que existe sim no post mortem algo que
evidencie a veracidade de antigas teologias. Mas h
quem diga que o purgatrio foi uma inveno,
quando no v que na sua Bblia h o livro dos
Macabeus, no seu segundo livro, captulo XII,
versculos 38-46, e por isso talvez retirado por
reformadores, a gosto de Martinho Lutero (Martin
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Bblia e Mistrios
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Luther), que nos gera uma lacuna, acusando certos
livros de apcrifos.
Vemos que em outras doutrinas, religies,
seitas e tudo mais, esse relato de Glria no est
sem sentido, e que sim, os pecados geram efeitos.
Ela arrependeu-se tardiamente, mas entende estar
em misso ao ter retornado do outro lado da vida, e
l sofreu pelo que cometeu, estando entre almas
igualmente perdidas (a que chamou de demnios), e
buscando auxlio em Deus e em Maria. Ela mesmo
descreve uma vida mundana e cheia de modas que
seguia, alm de ter praticado abortos e toda a sorte
de pecados, mas que no se diferencia muito da
vida de qualquer pessoa. Tambm h o relato da
necessidade da busca e do respeito da doutrina
crist, no caso dela Catlica, mas que podemos
entender e estender a outros segmentos.
Mesmo lendo obras espritas como Libertao e
Ao e reao, do Chico, que parecem obras de
cristianismo esprita, vemos que os relatos de
Glria encontram ratificao no que foi descrito
pelo esprito que a ele descreveu esse mundo post
mortem, que antecipa o cu ou o inferno. Tambm
doutrinas msticas como de Swedemborg e mesmo
Max heindel, relatam o outro lado e at o que vem a
ser o purgatrio ou faixas exteriores ao nosso
mundo carnal. Mesmo Dante em sua Divina
Comdia d informaes que no so de todo
inverdicas, e podemos ali encontrar verdades sobre
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Bblia e Mistrios
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os planos do astral. Sabemos que mesmo Cristo
teria descido ao inferno e voltado.
Todas essas informaes nos alertam para
que a Justia Divina e o Juzo Final no so
invenes, e que mesmo doutrinas como a do
Gehena judaico tm sim uma experincia espiritual
por trs. a lei da conscincia que opera, e
ningum pode fugir dela. So leis automticas que
nos levam mesmo na imortalidade a compreender
que sem a converso real, no estamos livres
daqueles atos ruins ou pecados que cometemos.
Desde j fica seguro o arrependimento e a
converso, e na imitao de Cristo as pessoas tm
mais segurana que seguindo modas de consumo e
iluses passageiras. Gloria Polo d um testemunho
mstico moderno sobre isso. E o livro dos Macabeus
guarda sua importncia na Bblia. E tambm nos
ensina que vale orar pelas almas, para que
encontrem a ressurreio, mesmo que tenham
cometido erros em vida.
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Anjos criados, arcanjos, querubins e
cabala
Pela cabala, os anjos tm estreita relao com
a palavra amm. Assim Malach com Amemn, sendo
o cdigo de nmero 91. Anjos em seus nomes so
diferentes nomes de Deus, ou aspectos diferentes
da mesma fora, sendo essa fora nica, da o
monotesmo. O nmero 91 se refere a unio do
esprito e do fsico, tendo assim os anjos certa
realidade, inclusive em nosso mundo (Assiah). De
certo modo, esto muito ligados as emoes, ou as
esferas abaixo da trindade Kether-Hokm e Bin, de
natureza intelectual. Tais anjos so energias, e
podem inclusive ser criados. Tal criao feita por
seres humanos so criadas pelas aes e tambm
por formas-pensamento, realizando vontade. Os
Querubins, ou aqueles que guardam o den (Gan-
Eden), so semelhantes a esfinges, e a palavra
querub significa boi. Eles guardam a esfera do rosto
de Deus, e assim a centelha de fogo, do elemento
fogo espiritual, e da de o homem no poder entrar
l, sem ser consumido (seu veculo no evoluiu
para tanto, a no ser quando encontrar Logos-
Cristo...).
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Bblia e Mistrios
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Com relao s emoes, tambm h
demnios, que esto em muito na rvore do
conhecimento do bem e do mal, e da da esfera que
no esfera da rvore da vida, Daat, ser o
conhecimento. Esse conhecimento o fruto
proibido (nenhuma ma..), e por isso que falei que
o pecado maior foi conhecer e se relacionar com
daimons dessa classe, e no outro pecado.
Cabalistas dizem que temos 4 vidas, porque
vivemos atravs das encarnaes (Gigul) pelas
dimenses atravs dos 4 mundos ou elementos. Os
anjos e demnios esto nas duas colunas que nos
sugerem pensamentos, e se assemelham a doutrina
de Agostinho dos dois anjos, um bom e outro mau.
Temos assim de encontrar a coluna central da
rvore da vida cabalstica, e em especial a esfera
central (Tipharet-Cristo-Sol), para que assim
possamos equilibrar toda a rvore e qualidades
divinas. A alma regressa at em bisneto, e por isso
que em xodo 20 se fala que os pecados alcanam
at 3 e 4 gerao. Os anjos tm papel importante
nisso, e mesmo os arcanjos (serpentes de fogo), bem
como outras ordens, so essenciais. Elohim se
refere a anjos, e foi traduzido em Gnesis como
Deus. Podemos assim alm de criar anjos, os
julgar, conforme carta aos Corntios de Paulo.
Ademais, alguns anjos encarnam em seres
humanos. Fato que quem deve julgar as anjos
somente o iniciado e mago (um microcosmo
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Bblia e Mistrios
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controlado), e no qualquer pessoa. E que imagem
e semelhana de Deus se refere a Adao Kadmon, ou
o Universo, com suas esferas, e no a um simples
homem feito de carne e osso. Pois a carne no
herda reino dos cus. Yeshua Jesus tratado por
certas vertentes como o mesmo de arcanjo Miguel.
Fato que em cristianismo primitivo se entendia
Jesus como um anjo, e no muito como homem.
Nas a alma est segura e no deve nada temer o
homem. A rvore da vida a ferramenta para se
salvar em meio a isso tudo, pela meditao (antes
do efeito) e pelo controle (antes do castigo). Pois
assim como se semeia se colhe. E os anjos tm
papel relevante nessa ajuda, sejam os fiis ou
cados, pois nada h de intil no universo. Fato
que o que se recebe deve se dar e multiplicar, e isso
se faz com a sabedoria dada pelos anjos, a cabala.
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Bblia e Mistrios
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Templo cristo e comrcio
Se vs destruirdes o templo, eu reconstruirei
em trs dias. Aqui Jesus fala do templo cristo,
que seu corpo, que seria muito mais que um
templo de pedra em Jerusalm. Na ocasio da sua
revolta contra o lucro e o comrcio no templo,
templo este que empregava em torno de 20% de
populao de Jerusalm, bem como centro da alta
hierarquia sacerdotal judaica, no sem motivo que
o mestre Jesus teria de perturbar e mover
estruturas j edificadas, mesmo que no muito
morais. O Salvador vindo de uma cidade rural, de
Nazar, e sendo ainda da Galilia, outra cidade de
campo, talvez tenha se decepcionado com aquele
templo to sonhado de cidade evoluda e que na
realidade estava sendo usado de forma maldosa
pelos homens, ao invs de destinado ao Senhor
Deus. No apenas daquele tempo a decepo com
administradores do culto, e vemos mesmo em dias
presentes o comrcio do templo e uma srie de
outras intenes sobre casa do Senhor. Na
verdade o cristo templo do Esprito Santo, e no
moradas de pedra. Em que pese a Igreja ser
essencial, haja vista propagao do evangelho,
sempre est atual a crtica envolta no comrcio a
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Bblia e Mistrios
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que se exerce nesse meio, com teologias de
prosperidade e venda de milagres, como
presenciamos em segmentos mais recentes. O
comrcio tem suas prprias regras, e pelo contrrio,
o cristo que mais deve aquele que se torna mais
amado por Jesus. O lucro antes espiritual que
material, e buscar ao Senhor em primeiro lugar, e
depois se preocupar com o que vestir ou comer.
Vemos a inverso desses ensinamentos de Jesus
cada vez mais acentuada, e se volta ao bezerro de
ouro, no mais possuindo hoje os raios de Moiss
para tragar essas mazelas. De qualquer forma,
resta o templo espiritual que reconstrudo em 3
dias, e na Trindade vemos ainda esse sinal oculto, e
dar a Csar o que de Csar, e ao Senhor o que
do Senhor. E o cristo o verdadeiro templo.
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Os essnios e a conexo Jos e
Asafe
Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste
que ser? Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique at que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu. Divulgou-
se, pois, entre os irmos este dito, que aquele discpulo no havia de morrer. Jesus, porm, no disse que no morreria, mas: se eu quiser que ele fique at que eu venha, que tens tu
com isso? (Joo 21:21-23)
Tu pois, deveras reinars sobre ns? Tu deveras ters
domnio sobre ns? Por isso ainda mais o odiavam por causa dos seus sonhos e das suas palavras (Gen. 37:8)
E o rei Ezequias e os prncipes ordenaram aos levitas que louvassem ao Senhor com as palavras de Davi, e de Asafe, o
vidente. E eles cantaram louvores com alegria, e se inclinaram e adoraram. II Cro. 29:30
Com a descoberta dos manuscritos do Mar
Morto, bem como com uma srie de escritos de algumas sociedades de estudos msticos, vemos que
os Essnios tomaram um lugar especial, ainda mais por sua doutrina ser bem assemelhada quela ensinada pelo cristianismo. O fato dos essnios
serem espcie de terapeutas, cuidarem dos
enfermos, se batizarem em gua, doar todos os bens aos pobres e ter uma ceia que em muito se
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assemelha a santa ceia de Jesus, faz desta seita
quase secreta, um ponto focal na vida de dois mestres: o prprio Jesus e o outro, no menos
sbio, Joo.
Os essnios defendiam um ponto central que
aproxima do cristianismo: que a vinda do Messias
(Mashiah), do salvador, constituindo verdadeiro messianismo. Tambm esse herdeiro de Davi
parecia muito com um lder entre os essnios: o Mestre da Retido. Caractersticas do mesmo se
encontraram em vrios grandes homens da Bblia,
como Jos egpcio, o Jos pai de Jesus, bem como
em Asafe, cantor de Davi, e, que teria de ser herdeiro da linhagem de Sem, filho de No, que
seria a origem da medicina entre eles, um mestre
na arte. Esse Asafe teria escritos os Salmos 50, 73
e 83.
Fato importante na doutrina do messias que eles so 2: o messias sacerdotal e o messias
real. Um assim seria identificado com Joo, e outro com Jesus. Jesus teria ficado com a fama e recebido toda a glria, e Joo teria sido esquecido.
Mas com equvoco. Joo nasceu e foi j enquanto beb perseguido de morte por Herodes, e assim sua
me Elizabete fugiu para o deserto. Tambm quem teria nascido na manjedoura teria sido Joo. Certa tradio teria colocado o nascimento de Jesus em
uma caverna dos essnios, espcie de hospital, de
modo quase todo esperado. Tambm os trs magos
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teriam visitado Joo quando de seu nascimento.
Ambos seguiam a linha de um grande mestre essnio, o Mestre da Retido, que teria vivido 200
anos antes de Cristo.
Jesus teve vrios discursos que atestam a
caracterstica de Jos-Asafe ou do Mestre da
Retido, como a afirmativa de ser transeunte. O
Mestre da Retido era um transeunte, ele passava
de cidade a cidade, sem ter local certo de morada. Tambm Jesus fala que os pssaros tm ninho,
mas o Filho do Homem no tem onde repousar.
Parece que os essnios se infiltraram entre os
judeus e comearam o cristianismo, e que mantiveram suas caractersticas. Jos foi odiado
pelos irmos e jogado em um poo. Jesus tambm
se dizia que um profeta estrangeiro. Vrias
passagens do Evangelho comeam a mostrar a
linha dessa tradio. E Asafe era uma espcie de sbio, vidente, mago e astrnomo, e aqueles que aps curados em Nome de Jesus, eram chamados
de Asafe. Um dos construtores do templo de Salomo era de nome Asafe, e o prprio Salomo
usava vestes brancas (semelhante a essnio...), segundo uma obra de Josefo. Tambm vemos uma certa semelhana entre nazireus e essnios.
Tambm Jos de Arimatria teria cuidado de Jesus no momento da morte deste e ressurreio, e depois viajado muito (um transeunte...), sem nao certa
para ficar, de acordo com tradies islmicas.
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O que parece muito clara uma conexo com
tradies islmicas, e de judeus cristianizados ou no, que vieram do oriente, por contato com os
Cruzados, os quais traziam consigo esses tesouros de sabedoria. Jos e Asafe eram por l muito
respeitados, e em muito se assemelhavam ao
comportamento essnio e do Mestre da Retido.
Alguns se chamavam de Jesus, o que acabou se
tornando boato de Jesus chegando at a ndia e perambulando entre as naes. Fato que o
conhecimento viajou, e que o nome Jos muito
comum, sendo depois provavelmente o de Jesus
Cristo tambm, de modo que surgindo profetas com o mesmo apelido, acabou-se por ver neles os
originais, conservando tumbas que ainda so
mostradas por arquelogos.
Em muito parece que os essnios
continuaram numa seita chamada de terapeutas, e que depois podem seus ensinamentos terem sido conservados pelos Templrios. Por isso de ordens
de cavalaria crists terem como patrono Joo, porque ele era talvez tido secretamente tambm
como um messias. Tambm h escritos que falam de um ssia sendo crucificado, e que um desses dois messias teria sobrevivido. Fato que pelo
ferimento da lana no se sobreviveria a crucifixo, apesar de alguns dizerem que os essnios possuam alguns remdios milagrosos. Cuidando
medicamente daquele que teria ressuscitado, eles
teriam de fugir, restando em Qunran aqueles vasos
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que foram achados com pergaminhos e tradies
que viram Jesus em outras naes do oriente, em especial em locais islmicos, na Caxemira e at na
ndia, aps a morte. Muitas vezes, isso ocorreu com o personagem proftico se chamando Jos, ou
mesmo Jesus Cristo ou Asafe, em muito
semelhante ao Mestre da Retido dos essnios. E
Jos deveria ficar vivo at o retorno de Jesus,
segundo Joo 21:21. Assim se tornou o eterno transeunte.
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Acrscimos no Evangelho
Telogos falam sobre certo acrscimo no
Evangelho, em especial uma passagem que me
trouxe a ateno: Joo 3:3 Perguntou-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo
velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de
sua me, e nascer? 5 Jesus respondeu: Em
verdade, em verdade te digo que se algum no
nascer da gua e do Esprito, no pode entrar no
reino de Deus. 6 O que nascido da carne carne,
e o que nascido do Esprito esprito.. Aqui fica
claro que a palavra gua foi acrescentada. S resta
saber por quem. Se foram por tradutores
eclesisticos a fim de defender doutrina de batismo
ou outro motivo. Retirando a palavra gua no se
perde, nessa passagem. H o que nasce pela carne
e h o que nasce pelo esprito, um da Terra e outro
do Cu. A carne no herda o Reino dos Cus. Nessa
aluso sacramentaria a gua deve estar em muitas
passagens, e a fim de defender algum dogmatismo
se acrescentou, talvez novamente pelo Esprito
Santo que inspirava. Fato que nascer pelo
Esprito diferente do nascimento carnal, e que se
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tornar crianinha e isso nos leva at uma doutrina
de reencarnao se pensarmos literalmente, sendo
prato cheio a espritas. Fato que o convertido
renasce em Cristo e isso constitui um nascimento
tanto ou mais importante que aquele provindo da
carne. Os redatores possivelmente tinham a
limitao da lngua e uma srie de lacunas, uma
vez que a doutrina em grande parte era secreta.
Mas aos poucos tudo vai sendo revelado, e com
gua ou sem, percebemos a espada da verdade e da
palavra de Deus.
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Comentrios a Ezequiel Comentrios com chaves ocultas e cabalsticas
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CAPTULO 1
1 Ora aconteceu no trigsimo ano, no quarto ms, no dia
quinto do ms, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os cus, e eu tive vises de Deus.
Comentrio: Aconteceu segundo alguns, em um
Shabat, sbado, que dia especial a estudo da Tor. Abrir os cus uma experincia mstica.
2 No quinto dia do ms, j no quinto ano do cativeiro do rei
Joaquim, 3 veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de
Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar; e ali esteve sobre ele a mo do Senhor.
Comentrio: Joaquim significa, em hebraico, Jeov tem estabelecido ou levantado. Refere-se ao quinto ano, dos trinta de cativeiro. Quebar significa em
hebraico, abundante. Quinto ms Thamus.
4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma
grande nuvem, com um fogo que emitia de contnuo labaredas, e um resplendor ao redor dela; e do meio do fogo
saa uma coisa como o brilho de mbar. 5 E do meio dela saa a semelhana de quatro seres viventes.
E esta era a sua aparncia: tinham a semelhana de homem;
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6 cada um tinha quatro rostos, como tambm cada um deles quatro asas.
7 E as suas pernas eram retas; e as plantas dos seus ps como a planta do p dum bezerro; e luziam como o brilho de
bronze polido. 8 E tinham mos de homem debaixo das suas asas, aos
quatro lados; e todos quatro tinham seus rostos e suas asas assim:
9 Uniam-se as suas asas uma outra; eles no se viravam quando andavam; cada qual andava para adiante de si;
10 e a semelhana dos seus rostos era como o rosto de homem; e mo direita todos os quatro tinham o rosto de
leo, e mo esquerda todos os quatro tinham o rosto d boi; e tambm tinham todos os quatro o rosto de guia;
11 assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas em cima; cada qual tinha duas asas que tocavam
s de outro; e duas cobriam os corpos deles.
Comentrio: a experincia mst