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A revista Engenharia é uma publicação semestral de divulgação externa das atividades da FEUP nas áreas de ensino, investigação e desenvolvimento, e de ligação ao meio socioeconómico envolvente.

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Com mais de 10.000 m2 de área, assegura simultaneamente qualidade e prazos de entrega, tanto em edições

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A nossa cobertura de mercado é a nível Nacional.

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Boletim informativo . 3

Portugal, depois da campanha da hidro-electricidade e da electrifi cação do país (1950-70), nunca mais teve um desígnio energético nem, verdadeiramente, uma política energética autónoma e nacional. E isso refl ecte-se nas actividades de I&D em energia.

Num tal vazio de objectivos nacionais em termos de I&D e de inovação em energia, teve um papel relevante a Comissão Europeia. Só que, a participação em projectos europeus, sendopositiva a vários títulos, nem sempre se tem ajustado às prioridades nacionais. Isto, que é sobretudo importante, no âmbito das tecnologias.

Neste panorama ‘espontâneo’ e desagregado, a Universidade, que tão pouco tem uma política de I&D própria a cada instituição, acaba por ter sempre um papel de relevo porque tem muitos e, certamente, muitos dos melhores actores nestas áreas. E assim é que institutos como o INESC, o INEGI, o IDMEC e o IC, do universo FEUP, têm tido um protagonismo muito particular na promoção das energias renováveis e da efi ciência energética. Sem pretender ser exaustivo, já que tal nem sequer caberia no espaço desta nota, ilustraria o mérito do INESC no estudo da adequação das redes eléctricas à recepção de energias intermitentes, como a eólica; do INEGI, na caracterização dos recursos eólicos do nosso país; e, do IDMEC na área da energia e do conforto no ambiente construído com a liderança do processo regulamentar da qualidade térmica dos edifícios, enquanto sistemas térmicos, e da efi ciência dos sistemas de climatização.

As oportunidades são inúmeras e seria bom que a Universidade pudesse responder de forma mais expressiva, sem que para isso seja necessário ser menos qualitativa, aos desafi os da inovação tecnológica, também no domínio da energia. A efi ciência energética nos edifícios e nos transportes oferece inúmeras oportunidades para uma abordagem holística, método para o qual a Universidade está particularmente vocacionada. Mas, isto não deixa de lado os desafi os da efi ciência energética na indústria, nos equipamentos e nos processos e a utilização de muitas tecnologias energéticas com aplicação, nomeadamente, no armazenamento, no controle, na contagem e monitorização e na produção dispersa de electricidade (PV e microgeração), etc.

Prof. Eduardo Oliveira Fernandes (DEMEGI – Secção de Fluidos e Calor)

Sumário Editorial

Ficha Técnica

Propriedade: Faculdade de Engenharia da Universidade do PortoEdição: DCI - Divisão de Comunicação e ImagemCorpo editorial: Carlos Oliveira, Cristina Soares, Fátima Lucas, Paulo Jesus, Romana Fresco Textos: Cristina Soares, Romana Fresco Fotografia: Rui Cardoso / Cristina Soares / Romana FrescoDesign Gráfico: Fátima Lucas / Paulo JesusSede: FEUP, Rua Dr. Roberto Frias, 4200-465 - Porto/ Tel: 225 081 895/ Fax: 225 081 503 E-mail: [email protected]ão: Gráfica Maiadouro, S.A.Tiragem: 2500 exemplaresDepósito legal: Dezembro de 2005

Contacto para publicidadeFaculdade de Engenharia da Universidade do PortoDCI - Divisão de Comunicação e ImagemTelef. 225 081 895 | e-mail: [email protected]

3 Editorial / Ficha Técnica

4 Fórum . “Que preocupações diárias tenho ou devo ter em poupar os recursos energéticos?”

5 Fotoreportagem . “Catedráticos” do automobilismo português dão aula na FEUP

6 Em Foco (tema de capa) . Energia e ambiente – O contributo sempre crescente da FEUP

10 À conversa com... . João Peças Lopes nomeado júri para atribuição de Energia Eólica

13 Feup por Dentro . 5ª Jornadas de Química . Fórum Emprego 2005 . FEUP visita emblemática Feira de emprego na Suécia . FEUP é palco de discussão sobre geossintéticos em Portugal . FEUP apresenta projectos de construção de clássicos de automóveis . Pavimentos sustentáveis justificam relação íntima entre Portugal e Brasil . Palestras temáticas e visitas laboratoriais mostram lado funcional da Física . “FEUP sem Fumo” desde 17 de Novembro . Semana da FEUP 2005 . 1º Congresso Nacional de Júnior Empresas . Alunos da FEUP concebem superestrutura de pavilhão temporário no Hyde Park . Estudantes da FEUP concretizam missão espacial

19 Breves . Aposta inovadora da FEUP termina com Congressos SOAP . Trabalho da FEUP premiado pela inovação e criatividade . Comissariado Cultural da FEUP . Novo Aeroporto de Lisboa – necessidade ou capricho? . Dia Mundial da Usabilidade comemorado pela primeira vez na FEUP . Biblioteca aposta na aprendizagem sustentada em eBooks

22 Opinião . A Indústria do Vento

24 Investigação e Desenvolvimento . FEUP adquire infra-estrutura computacional de grande dimensão

26 Biblioteca e Agenda . Novo Serviço de Pesquisa de Normas disponível na FEUP

27 Provas Académicas e Educação Contínua

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4 . Boletim informativo

{ Fórum... a sua opinião para nós conta! }

O BI FEUP abre à sua comunidade um espaço de opinião. Em cada edição lançamos à discussão um tema genérico, actual e capaz de despertar reacções.Envie para [email protected] a sugestão de um tema sobre o qual gostaria de opinar e veja-o em debate. A sua colaboração é imprescindível!

Sendo a utilização racional dos recursos energéticos um imperativo do Desenvolvimento Sustentável e da Competitividade dos territórios, Portugal encontra-se actualmente numa situação extremamente pre-ocupante no que diz respeito a esta matéria. Com uma dependência energética de cerca de 90% e um aumento permanente dos consu-mos, as consequências económicas, sociais e ambientais da utilização que actualmente se faz dos recursos energéticos manifestam-se de forma directa e indirecta sobre a vida de todos nós.Mas, na mesma medida em que todos sentimos as consequências desta situação, todos somos igualmente parte da solução. De facto, são muitas as nossas oportunidades de agir e todas elas se relacionam com as nossas opções diárias, considerando critérios de mobilidade que privilegiem a utilização dos transportes públicos, utilizando electrodomésticos de classe A de efi ciência energética, substituindo a iluminação incandescente por aparelhos fl uorescentes de balastro electrónico, não deixando os aparelhos eléctricos em modo de stand--by, apenas para enumerar alguns exemplos.Uma coisa é certa, apenas com a participação de todos, no contexto da existência de uma adequada estratégia de Gestão da Procura poderemos solucionar este gravíssimo problema que Portugal hoje enfrenta.Dr. Luís Castanheira, Director Executivo da ENERGaia

Estou habituada a ouvir falar dos problemas ambientais desde criança. A preocupação que todos devemos ter com a poupança de energia e os resultados positivos que disso pode advir na nossa vida e na das gerações vindouras, pode e deve ser um contributo para a melhoria da qualidade de vida na terra.Felizmente para o ambiente e para todos nós as energias renováveis e as demais preocupações ambientais estão na “moda” e começamos a observar uma alteração nos comportamentos dos cidadãos, dos Governos e das empresas no sentido de utilizarem não só as energias renováveis, mas também de reciclarem.No meu dia-a-dia tento cumprir com a minha parte. Faço a separação dos lixos, procuro poupar água (um bem cada vez mais essencial nos dias de hoje) fechando a torneira quando lavo as mãos e escovo os dentes, abdicando dos banhos de imersão e utilizando electrodomés-ticos que consomem baixos níveis de água e de energia. Apostei ainda no aquecimento a gás natural e sempre que se justifi ca uso lâmpadas de halogéneo.Pode ser um pequeno contributo, mas é de pequenos contributos que o mundo vai evoluindo.Dra. Inês Gonçalves, Serviço de Imagem, Comunicação e Cooperação

A energia é uma das questões essenciais para o crescimento e sustenta-ção das economias. O nosso bem-estar depende das fontes energéti-

cas, cuja disponibilidade, como é o caso do petróleo, é geografi ca-mente desigual. Tal gera desequilíbrios graves, e fortes dependências, chegando mesmo a justifi car a confl itos militares. A globalização de alguns bens de consumo vem agravar esta situação, (automóveis, electrodomés-ticos, computadores, sistemas de telecomunicações e internet). Para produzir, transportar e utilizar estes bens são necessárias enormes fontes de energias, que se querem baratas, fáceis de aceder, seguras e ecológicas. De momento a ciência ainda não dá respostas satisfa-tórias, e todos sentimos no bolso o aumento do preço das energias, nomeadamente na gasolina dos carros que guiamos. Estou certo que a ciência nos dará a resposta, mas até tal dia chegar, temos de zelar, pelo nosso bolso e ambiente. Já dizia a minha avó: “Quem não poupa água nem a lenha, não poupa nada que tenha”.

Como Poupar energia no dia-a-dia: 1 - Minimizar uso energia eléctrica para aquecimento: Utilize a lareira, use temporizadores nos electrodomésticos, isole e minimize a abertura de janelas e portas, evite os duches longos e os banhos de imersão.2 - Poupar nos electrodomésticos: Use o bi-horário e aproveite as horas mais económicas para utilizar as máquinas, lave só com a máquina cheia; evite abrir o frigorifi co, compre electrodomésticos energeticamente económicos; não deixe os carregadores na fi xa quando não estão a ser utilizados, desligue os monitores quando não os está a utilizar; Use lâmpadas mais económicas e com maior duração3 - Transportes: Evite o carro para pequenas distâncias – de pre-ferência ande de bicicleta ou a pé; reduzir o numero de carros em deslocações conjuntas; evitar as horas de ponta, tenha uma condução moderada.Eng. Pedro Castro Henriques, Aluno do Mestrado em Engenharia Informática da FEUP com Sequência de Comercialização Tecnológica.

Todos os dias, e para quase tudo, recorremos às mais diversas formas de energia. Sem ela deixaríamos de poder fazer a maioria das nossas tarefas habituais, por exemplo, de poder deslocar-nos de carro ou de avião, de aquecer a água ou de cozinhar os alimentos, e também de ver televisão, ouvir música ou trabalhar no computador. No entanto, os consumos energéticos têm um custo elevado, tanto do ponto de vista económico como ambiental - utilização inadequada dos equipamentos, elevados desperdícios de energia, má gestão dos recursos… são apenas alguns dos erros cometidos diariamente que correctamente transpostos ajudam na poupança de dinheiro e na melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente.O BiFEUP procurou saber junto da Comunidade FEUP as preocupações e as sugestões acerca da temática: “Que preocupações diárias tenho ou devo ter em poupar os recursos energéticos?”

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{ Fotoreportagem }

“Catedráticos” do automobilismo português dão aula na FEUP“Ser Piloto em Português” revela realidade nacional

A FEUP reuniu, no passado dia 3 de Novembro, algumas das mais reputadas personalidades nacionais do desporto automóvel, num evento intitulado “Ser Piloto em Português”. A iniciativa, da organização do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da FEUP (DEMEGI) e da revista Motor, decorreu em jeito de debate, moderado pelo jornalista José Gonçalves da Revista Motor, e teve como objectivo principal aproximar o desporto automóvel dos futuros engenheiros.Pedro Lamy (Aston Martin/FIA GT), Carlos Sousa (Mitsubishi/Rali), Fernando Peres (Mitsubishi Rali), Adruzilo Lopes (Peugeot/Rali), Armindo Araújo (Mitsubishi/Rali), foram alguns dos pilotos presentes, que deram a conhecer à vasta plateia que assistiu ao evento, os melhores momentos das suas carreiras, relatando várias experiências vividas. Além do contacto com os pilotos, estiveram em exposi-ção no parque da FEUP várias viaturas utilizadas pelos próprios pilotos e outras dos variados estilos do desporto automóvel.

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{ Em Foco... }

Nova geração de garrafas de GásO INEGI participou no desen-volvimento das novas tecnolo-gias aplicadas na mais recente garrafa da Galp, a Pluma.Sob o lema “Mais Segura.Mais Leve. Mais Sofi sticada”, a nova garrafa da Galp Gás, já disponível por todo o território continental, surge da com-binação da tecnologia AGT (Advanced Galp Technology) “com a ambição e espírito de inovação Luso”. Segundo as informações disponíveis no site da Galp, a Pluma é “uma nova geração de garrafas Galp Gás 100% portuguesa e 100% pensada para os portugueses”.À venda no mercado desde o passado dia 15 de Outubro a Pluma prima pela sua leveza, possuindo metade do peso de uma garrafa convencional, e pelos seus elevados padrões de segurança. O seu exterior, composto por polietileno de alta densidade, integra um reservatório interior em aço reforçado por uma matriz de polipropileno e fi bra de vidro que lhe triplica a resistência. Dispõe ainda de uma válvula de segurança e de um fusível térmico, uma protecção adicional em caso de temperaturas extremas.A Pluma surge na sequência do projecto da garrafa CoMet, galardoado, em 2005, com o prémio “Spirit of Conquest” do JEC Innovations Composite Awards Programme. Este projecto tinha como fi nalidade criar reservatórios em materiais compósitos para médias/altas pressões, reservatórios que viriam a ser aplicados no interior da Pluma. O projecto CoMet foi promovido por um consórcio no qual participaram a Amtrol Alfa Metalomecânica, S.A. (Portugal), Saint Gobain Vetrotex International (França), INEGI (Portugal) e o Pólo de Inovação em Engenharia de Polí-meros da Universidade do Minho - PIEP (Portugal). A Pluma é, assim, mais um bom exemplo dos resultados que se obtêm fruto da transferência de tecnologia dos institutos de investigação para a indústria.Mais informações: http://www.inegi.up.pt Produção de biodiesel e sabão líquido a partir de óleos de frituraO objectivo deste projecto é através da obtenção de alguns indicadores fi áveis averiguar da viabilidade de ter uma pequena instalação que realize a valorização de óleos de fritura produzidos pela comunidade da UP. Considerar-se-á a possibilidade de o fazer para os óleos de fritura dos diversos equipamentos de restauração existentes, bem como de estender o serviço aos óleos veiculados pelas famílias dos mem-

bros da comunidade da UP. Quer os óleos animais, quer os óleos vegetais podem ser ponto de partida para o fabrico de biodiesel. No caso destes últimos várias são as possibilidades para obter óleos com essa aptidão, por exemplo a partir da palma, colza, soja, rícino, girassol, milho e outras espécies. A composição dos óleos, e, principalmente, a produtividade por hectare plantado, são as variáveis relevantes a considerar para a economicidade da produção industrial do biodiesel. Este, se não sujeito às taxas a que usualmente são submetidos os produtos petrolíferos, compete com o diesel de petróleo. No entanto, o biodiesel pode também ser obtido a partir de produtos residuais, os quais geralmente não têm valor de mercado, ou, pelo contrário, acarretam um custo adicional para a sua correcta gestão.Os óleos de fritura, afi nal os resíduos resultantes da utilização de óleos vegetais na confecção de alimentos, encontram-se no grupo daqueles capazes de propiciar uma matéria-prima atractiva para o fabrico de biodiesel e de glicerina como subproduto.Os Serviços de Acção Social da Universidade do Porto (SASUP) administram 5 cantinas e alguns “snack-bares”, mas nas diversas Faculdades há ainda restaurantes e outras instalações a fornecer refeições quase todos a usar óleos alimentares, e, portanto, na gerar resíduos dessa tipologia, constituindo assim, uma fonte potencial de matéria-prima para o fabrico de biodiesel. A esta podem ainda juntar-se as famílias da população estudantil, dos docentes e dos funcionários, todas elas também geradoras de óleos de fritura, os quais, na sua maior parte, são escoados nas bancas das cozinhas, acrescentando aos riscos de entupimentos das canalizações domésticas e à carência química de oxigénio (CQO) que as estações de tratamento de águas residuais têm que resolver a jusante das redes de saneamento público.A perspectiva desta iniciativa é múltipla: pretende ser um embrião de boas práticas ambientais na UP, pois visa alargar ulteriormente a recolha e utilização de óleos de fritura a toda a comunidade uni-versitária; põe em prática uma experiência permanente de carácter pedagógico no domínio da valorização de resíduos com interesse particular para os cursos de Ambiente; visa suscitar o interesse e a investigação numa área temática que tem potencial para avanços tecnológicos apreciáveis (outras matérias-primas, outras condições de transesterifi cação, novas formas de separação de fases).Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/projectos_geral.mostra_projecto?P_ID=992

Sistema dinâmico de cálculo de necessidades energéticas para aquecimento O INEGI encontra-se a desenvolver, a pedido da ADENE - Agência para a Energia e da Galp Gás (Distribuição de Gás Natu-ral), um sistema dinâmico de cálculo de necessidades energéticas de aquecimento e Água quente sanitária (AQS).Trata-se de uma ferramenta, baseada em tecnologia WEB, que

ENERGIA E AMBIENTEO contributo sempre crescente da FEUP

Somos confrontados inúmeras vezes com verdadeiras ameaças à sustentabilidade do sistema energético.A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a-través das suas unidades de investigação e institutos de interface, tem desenvolvido desde os seus primórdios um conjunto de linhas estratégicas que pretendem contribuir para um futuro sustentável.

Os projectos desenvolvidos e em execução em áreas diversas das Energias Renováveis e Alternativas são apenas alguns exemplos da acção sempre interventora da Faculdade.Conheça alguns desses projectos e saiba que afinal são de peque-nos gestos que se conseguem grandes vitórias.

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permite determinar, de forma expedita, as necessidades térmicas de aquecimento, e AQS, de habitações do tipo multi-familiar e/ou uni-familiar. A defi nição de todo o edifício, ou habitação, assim como o tipo de sistema de aquecimento, é intuitivo e o utilizador tem apenas que optar pelas diferentes soluções alternativas propostas pelo sistema.A ferramenta permite que um utilizador comum consiga, de forma simples, preencher uma lista de questões com que é confrontado, sempre com opções de múltipla escolha e de fácil identifi cação. Nesta tarefa, o utilizador é convidado a preencher um conjunto de informação que o leva a uma solução energética fi nal, e provavelmente, mais económica do que a actual. Esta ferramenta pode, no entanto, ser utilizada de forma mais rigorosa, para os casos em que o preenchimento das diferentes questões é efectuado por alguém mais experiente e que consegue identifi car os elementos base para uma correcta análise energética. O sistema, para além de fornecer ao utilizador os valores dos consumos energéticos da sua habitação e a estimativa dos custos mensais para aquecimento, permite-lhe ainda comparar o seu actual sistema de aquecimento, com soluções alternativas, em que pode alterar o tipo de caldeira, o tipo de combustível e os níveis de conforto de que pretende usufruir, obtendo como resultado fi nal um conjunto de soluções, que lhe permite identifi car qual a mais económica.Mais informações: http://www.inegi.up.pt

Ligação da produção eólica às redes eléctricasO projecto ONS desenvolvido pela Unidade de Sistemas de Ener-gia do INESC Porto para o Operador Nacional do Sistema do Brasil (ONS), envolve estudos específi cos de análise de cenários de exploração de redes brasileiras e pretende assessorar tecnica-mente na ligação de produção eólica às redes eléctricas locais.O contrato, assinado envolve várias vertentes, que incluem desen-volvimento de modelos para simulação computacional de aero-geradores, previsão de produção eólica, defi nição e avaliação de metodologias de planeamento do reforço e expansão do sistema e apoio no estudo de casos de redes electricamente fracas onde se fará a integração de produção eólica.O objectivo fi nal passa pela preparação de um Grid Code.Mais informações: http://w3.inescn.pt/internet

Exploração de bombagem procura aumentar capacidade de integração de energia eólica na ilha da MadeiraProjecto desenvolvido para a Agência Regional de Energia e Am-biente da Madeira e Empresa de Electricidade da Madeira, envol-vendo Análises em Regime Estacionário e Dinâmico do Com-portamento da rede local para a Determinação da Capacidade de Integração de Energias Renováveis nas Ilhas da Madeira e do Porto Santo para o Horizonte Temporal de 2012.Este projecto envolve ainda a análise técnica do impacto do reforço da capacidade de armazenamento hídrico-eléctrico, explo-rando bombagem, para aumento da capacidade de integração de energia eólica na ilha da Madeira.Mais informações: http://w3.inescn.pt/internet

Previsão e gestão de recursos eólicosO objectivo principal do projecto é o desenvolvimento de um modelo computacional, baseado em medições de campo, modela-ção de mesoscala e técnicas de mecânica de fl uidos computacional para previsão e gestão de recursos (parques) eólicos e produção de electricidade.O projecto tem a duração de três anos e é constituído por cinco tarefas. Estas compreendem a recolha e análise de dados de medições de campo da velocidade e direcção do vento, a melho-ria dos modelos físicos integrados num programa de simulação computacional de fenómenos atmosféricos de pequena escala, a implementação de metodologias de acoplamento deste programa

com resultados de um outro para previsão metereológica regional, a previsão do regime de ventos na Ilha da Madeira durante um período de um ano, e fi nalmente a previsão de potência eólica e comparação com os valores da operação de um parque eólico.O projecto dá continuidade a uma experiência bem sucedida de um projecto anterior em fase de conclusão e também fi nanciado pela FCT. O projecto reúne duas Unidades de Investigação em duas regiões diferentes de Portugal, e com formações de base distintas (Engenharia e Meteorologia), promovendo assim a mul-tidisciplinaridade e colaboração entre Unidades de Investigação.Um modelo computacional estará disponível à data de conclusão do projecto, que poderá depois ser desenvolvido de forma a poder ser utilizado numa base operacional.Mais informações: http://www.fct.mctes.pt

Primeira pilha de combustível a hidrogénio portuguesa no mercadoDepois de três anos de investigação tecnológica, que contou com o contributo do INEGI e INETI, a SRE – Soluções Racionais de Energia, SA, colocou no mercado mundial a HW 125, uma pilha de combustível a hidrogénio com uma potência de 100W e subordinada ao lema “Fiabilidade – Operacionalidade – Flexibi-lidade”. Segundo os responsáveis pela SRE é sobre “estes pilares que assenta a personalidade desta nova fonte de energia, com um desempenho marcado pela efi ciência técnica e económica”.Com várias aplicações, como back up para falhas de energia, potenciadora de maior autonomia em UPS’s e fonte de ilumi-nação de emergência, a HW 125 visa segmentos de mercado que abrangem actividades e áreas económicas tão diversas como os das telecomunicações, vídeo vigilância, náutica de recreio ou caravanismo.Para o Director Geral do INEGI e um dos investigadores envol-vidos no projecto, Engº José Sampaio, o lançamento da HW 125 é “uma prova de que em Portugal as sinergias entre empresas e instituições de inovação é possível e podem trazer benefícios para a indústria e economia. Esta pilha é um marco a nível mundial, pelo menos nesta gama de potências, e um exemplo claro das vantagens que a transferência de tecnologia para a indústria traz”.Mais informações: http://www.inegi.up.pt/

Curiosidades:. O hidrogénio é o elemento químico mais abundante no Universo, o mais leve e o que contém o maior valor energético, cerca de 121 KJ/g.. Este elemento químico além de abundante, permite através de pilhas de combustível produzir electricidade e retornar vapor de água, eliminado a emissão de gases de efeito de estufa na produção de electricidade. A nível dos transportes permite através de motores diferentes suplantar os motores de combustão em eficiência e consumo, sem mencionar o factor “emissões zero”. Em Portugal já circulam veículos com combustíveis alternativos como o Biogás e o Hidrogénio.

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8 . Boletim informativo

Large Scale integration of Micro-Generation to Low Voltage GridsA Unidade de Sistemas de Energia do INESC Porto está a desen-volver o projecto europeu “Microgrids – Large Scale integration of Micro-Generation to Low Voltage Grids”. Desenvolvido por uma equipa do INESC Porto e vários parceiros europeus no âmbito do V Programa Quadro, com um fi nanciamento de cerca de 400 mil euros, este projecto introduz um conceito inovador da micro-rede como célula activa de uma rede eléctrica de distribuição. O MICROGRIDS é único porque permite tornar a rede de baixa tensão parcialmente autónoma, permitindo a extensão de concei-tos de mercado à gestão de micro-fontes e cargas.O MICROGRIDS explora e desenvolve ainda o conceito de utili-zação dos condutores da rede eléctrica para transmitir informação e gerir e controlar a micro-rede – o chamado PLC (Power Line Carrier). Este conceito está a ser desenvolvido neste projecto com a colaboração da UTM.Uma das consequências mais visíveis deste projecto é a sua contribuição para a contenção das consequências dos apagões, ou seja, quando este novo conceito for implementado, vai ser possível obter uma melhoria global da continuidade de serviço prestada aos consumidores fi nais.A ideia que nasceu em 2000, concretizou-se em Janeiro de 2003 e continua nas mãos de investigadores europeus, entre os quais o professor da FEUP João Peças Lopes.Se vier a ser aprovado a equipa europeia está já a planear o desenvolvimento de um novo projecto a que vai chamar MORE MICROGRIDS que desenvolve o conceito de multi micro-redes, ou seja, a gestão integrada de várias micro redes numa área de rede eléctrica de MT. Este será um projecto de maior dimensão que poderá arrancar ainda no início de 2006, juntando a Universidade Técnica de Atenas, a Universidade de Manchester, o Laboratório LABEIN, o Instituto Alemão ISET, a École des Mines, o SMA, EDF, PPC e EDP, ABB, a Siemens, algumas empresas de distri-buidoras inglesas e holandesas.Mais informações: http://w3.inescn.pt/internet/ou http://www.cogenportugal.com/pdf/Microgrids.pdf

Colector solar integrado em sombreadores metálicosDesenvolvimento, construção e ensaio de um novo colector solar integrado em sombreadores metálicos usados em edifícios; trata-se de uma área importante para alargar a utilização de sistemas solares em edifícios: a integração arquitectónica em elementos já existentes permite reduzir os custos iniciais dos sistemas e facilita a aceitação estética dos mesmos; foram produzidos e ensaiados diversos protótipos, e foi estabelecido um acordo com uma empresa fabricante de sombreadores metálicos para o fabrico e a comercialização deste produto.Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/projectos_geralmostra_projecto?P_ID=647 Eficiência energética em edifícios residenciais O presente projecto pretende contribuir para uma aplicação prá-tica dos princípios da arquitectura bioclimática, tirando partido da colaboração entre pessoas provenientes de diferentes áreas de formação, investigação e experiência profi ssional. Foram seleccionadas quatro áreas de actuação fundamentais, todas elas consideradas na perspectiva da efi ciência energética: o planea-mento urbano, os sistemas solares passivos, a ventilação natural e o isolamento térmico da envolvente. O projecto aborda o instrumento de racionalização energética nos edifícios, levando a cabo uma análise de todos os factores envolvidos e será proposta uma metodologia para a elaboração de modelos urbanísticos bioclimáticos, para o clima português. No que diz respeito aos sistemas solares passivos, procede a um levan-tamento exaustivo de todas as tecnologias disponíveis, à selecção dos sistemas mais adaptáveis à realidade portuguesa e ao estudo de simplifi cações a introduzir nos sistemas seleccionados.

Feita uma avaliação, através da simulação numérica e de medições experimentais, aplicando-as a diferentes projectos de habitação, para as várias zonas climáticas do país, serão propostas soluções para minimizar os inconvenientes encontrados. Complemen-tarmente, o projecto desenvolve um modelo de decisão que permite o planeamento e gestão de estratégias de ventilação e isolamento térmico. Identifi cados os inconvenientes e as van-tagens do sistema, serão estudadas soluções para minimizar os primeiros e potenciar as segundas, avaliando os vários aspectos da questão, nomeadamente, o da concepção arquitectónica, o aspecto construtivo, o comportamento térmico e à humidade, etc. Os resultados deste estudo, no seu conjunto, pretendem dar uma resposta ao objectivo de trazer para a prática corrente de projecto, os princípios da arquitectura bioclimática, fornecendo aos projectistas instrumentos simples mas rigorosos para essa apli-cação. Assim sendo, o grupo de investigadores envolvidos irão um guia contendo soluções de demonstração e recomendações para projecto, para cada um dos temas abordados.Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/projectos_geral.mostra_projecto?P_ID=836 Novo tipo de colector solar em forma de placaO projecto HYBRYD-CHP pretende desenvolver um novo tipo de colector solar, com tubos de calor em forma de placa, que visa permitir uma efi ciência maior que a de colectores convencionais (do tipo placa e tubos). Este colector pode ainda actuar como recuperador de calor de caldeiras, aumentando assim a efi ciência em períodos em que não há radiação solar. Foram produzidos e testados protótipos, estando neste momento em estudo a possibilidade de introdução no mercado.Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/projectos_geral.mostra_projecto?P_ID=645

Sistemas de micro-geração com alimentação por energia solarDesenvolvimento de sistemas de micro-geração com alimentação por energia solar, permitindo a obtenção de electricidade e calor/frio; os sistemas de micro-geração são extremamente interessantes do ponto de vista de redução do impacto ambiental provocado pela produção centralizada de energia eléctrica; a produção dis-tribuída de electricidade é uma das formas de contribuir para os objectivos do protocolo de Kyoto e da União Europeia, relativos a emissões poluentes.Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/projectos_geral.mostra_projecto?P_ID=273

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Operação óptima na Análise da Capacidade de Participação da Produção Distribuída no Fornecimento de Serviços de Sistema e Serviços EspeciaisO projecto “DIPTUNE – Análise da Capacidade de Participação da Produção Distribuída no Fornecimento de Serviços de Sistema e Serviços Especiais” visa identifi car a capacidade da produção distribuída (PD), denominada em Portugal por Produção em Regime Especial (PRE), disponibilizar Serviços de Sistema e Serviços Especiais, bem como identifi car as metodologias a aplicar para atingir esse objectivo.Nos próximos 15 anos, prevê-se um aumento maciço de PD, nomeadamente de co-geração e de centrais que explorem recursos renováveis (mini-hídricas, eólicas e biomassa). Actualmente, a União Europeia (UE) tem como meta a duplica-ção, até 2010, da actual produção de energia eléctrica a partir de recursos renováveis. Portugal comprometeu-se a assegurar que, nesse ano, 39% da sua produção seria obtida utilizando reno-váveis. Em Portugal a PRE é totalmente não despachável, o que obriga as Empresas Distribuidoras e de Transporte a comprar toda a energia activa produzida a cada instante por essas instalações.Naturalmente os interesses da PRE e as obrigações das Empresas Distribuidoras e de Transporte nem sempre coincidem. Por outro lado, a aplicação progressiva de conceitos de mercado introduz difi culdades adicionais na operação do sistema eléctrico, impondo novas exigências. De forma a enfrentar este cenário de grande integração de PD, alguns PRE deverão começar a fornecer Servi-ços de Sistema e Serviços Especiais.O objectivo global do projecto consiste em analisar de que forma as centrais referidas podem contribuir para a segurança do sistema e participar na defi nição da sua estratégia de operação óptima,

com vista à defi nição de recomendações que contribuirão para ajudar a estabelecer novas regras de exploração do sistema e regu-lamentos. A análise será efectuada sobre a Rede Eléctrica Portu-guesa e basear-se-á em “software” já disponível e desenvolvido pela equipa de investigação deste projecto.Mais informações:http://www.fct.mct.pt/projectos/pub/2001/index.asp

Viabilidade Técnica-Económica de parques eólicos e centrais hidroeléctricasDesenvolvido para a EDP Produção S.A. e ENERNOVA, desti-nado à avaliação da viabilidade técnico-económica da operação conjunta de parques eólicos e centrais hidroeléctricas com capaci-dade de bombagem e armazenamento. O projecto envolveu a aná-lise do caso da Central da Aguieira e dos parques eólicos da sua envolvente e ainda o caso do Eixo de rede defi nido pelas centrais hídricas do Douro Nacional, incluindo as centrais de Baixo Sabor e Torrão, e os parques eólicos a ligar sobre esta zona de rede.Mais informações: http://w3.inescn.pt/internet

Curiosidades:. Em Portugal o potencial de aproveitamento de energia minihídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país.. O Decreto-Lei n.º 189/88 de 27 de Maio, abriu a actividade de produção independente de energia eléctrica a pessoas singulares ou colectivas públicas ou privadas, com o limite de 10 MW de potência instalada. Desde então até 1994 foram licenciados 120 empreendimentos de utilização de água para produção de energia. Destes 120 até a data apenas 44 estão em funcionamento, representando um total de 170 MW de potência instalada e uma produção de 550 GWh/ano. . Para a conversão em energia eléctrica a energia cinética da água e transformada em energia cinética de rotação da turbina hidráulica, e esta energia mecânica da turbina finalmente em energia eléctrica. A cada processo estará associado um rendimento na ordem dos 80%, dependendo da tecnologia empregue.

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{ À conversa com... João Peças Lopes }

JOÃO PEÇAS LOPES NOMEADO PRESIDENTE DO JÚRI PARA ATRIBUIÇÃO DE ENERGIA EÓLICAConcurso internacional vai criar cluster industrial no nosso país

No seguimento de um despacho do Ministério da Economia, o professor João Peças Lopes vai presidir ao júri do concurso que visa atribuir 1500 megawatts (MW) de potência eólica. Com uma importância fulcral para o país e de conhecido interesse público, este concurso consiste numa forte aposta em promover a diversificação das fontes energéticas usadas, numa clara preocupação com o meio ambiente. Em conversa com João Peças Lopes, descobrimos que o interesse que demonstra pelas energias renováveis vem de longa data, e que revela uma clara percepção da necessidade de reduzir as emissões dos gases de efeito de estuda que resultam da produção de electricidade.

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BiFEUP - Esta nomeação surgiu de uma forma algo repentina. Que significado assume para si? Estava à espera que lhe fosse atribuída?

João P. Lopes - Esta nomeação signifi ca, de alguma forma, o reconhecimento da competência técnica e científi ca, resultante do esforço feito nos últimos 10 anos pela equipa de investigação que lidero, e que actua no domínio dos estudos de integração da energia eólica nas redes eléctricas. Este novo cargo signifi ca também muita responsabilidade.Confesso que não queria, nem estava à espera desta nomeação.

“Desde a licenciatura que me interesso pelas energias renováveis e pelos problemas que a sua integração nas redes eléctricas provocam”

BiFEUP - Dado o interesse público em torno das energias alternativas, que desafios se impõem a este cargo?

JPL - Esta nomeação não é para um cargo. Trata-te do exercício de uma tarefa de coordenação de uma equipa de avaliação – o júri. A execução desta tarefa exige espírito de missão, rigor, objectividade etransparência nos processos de decisão, de forma a que se consigam obter as soluções que maximizem a satisfação a satisfação do interesse público.

BiFEUP - A esta nomeação impõe-se um interesse pessoal por este grande tema da actualidade que são as energias alternativas. Como surgiu a motivação por este assunto?

JPL - Desde a licenciatura (há quase 25 anos) que me interesso pelas energias renováveis e pelos problemas que a sua integração nas redes eléctricas provocam.Sob o ponto de vista técnico e científi co, a maximização da integração das energias renováveis para a produção de electricidade, conduz ao desenvolvimento de novos paradigmas para a expansão e exploração das redes eléctricas, que são novos desafi os à comunidade científi ca. O meu interesse pela utilização destas energias resulta também da percepção que tenho de que é necessário reduzir drasticamente as emissões dos gases de efeito de estufa que resultam da produção de electricidade. Ao mesmo tempo, os investimentos nestas tecnologias são os que melhor permitem o desenvolvimento sustentado das economias.

“Prevê-se que, até 2010, o investimento em energia eólica ascenda aos 3,8 mil milhões de euros, a utilizar tanto na instalação dos 1700 MW atribuídos, como nos 2700 MW já licenciados, mas ainda por instalar”.

BiFEUP - Tendo em conta a controvérsia actual que existe em torno das energias em Portugal, este concurso representa uma mais valia para o desenvolvimento energético. Qual julga que irá ser o impacto destes 1500 MW de energia eólica no nosso país?

JPL - Os 1200 MW, que podem ser acrescidos de mais 600 MW, no caso de propostas com mérito excepcional, irão contribuir para conseguirmos atingir as metas a que Portugal se comprometeu, no âmbito da Directiva das Energias Renováveis, para a produção de electricidade a partir de energias renováveis (39%). Em simultâneo, este concurso traz consigo a exigência da instalação de novas funcionalidades de gestão e controlo da produção eólica que permitirão uma integração harmoniosa desta produção no sistema eléctrico Ibérico. Muito importante é também o facto de este concurso estar ligado ao desenvolvimento de um cluster industrial em Portugal em torno das tecnologias de produção eólica, esperando-se que daí resulte a geração de emprego qualifi cado e riqueza.

“Espera-se ainda que, com este concurso, os investimentos no cluster industrial sejam feitos em regiões economicamente deprimidas”

BiFEUP - Que impacto julga vir a ter este concurso na redução da dependência da importação de combustíveis fósseis no nosso país?

JPL - Naturalmente que a exploração da energia eólica irá ter um impacto muito signifi cativo na redução das importações de combustíveis fósseis, quando utilizados para a produção de electricidade.

BiFEUP - O concurso internacional que vai presidir contempla uma fatia de potência eólica que será aplicada no desenvolvimento regional. Como tem vindo a ser feita a aposta em energia eólica a este nível?

JPL - A exploração da energia eólica tem um impacto muito positivo no desenvolvimento regional. Em primeiro lugar, o pagamento de compensações aos proprietários rurais de terrenos onde fi cam instalados os parques eólicos conduz, em geral, a uma interessante distribuição de riqueza. Acresce que as autarquias recebem uma percentagem dos resultados de exploração dos parques eólicos o que permite o desenvolvimento local.Espera-se ainda que, com este concurso, os investimentos no cluster industrial sejam feitos em regiões economicamente deprimidas, o que poderá contribuir para a redução das assimetrias de desenvolvimento regional em Portugal.

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12 . Boletim informativo12 . Boletim informativo

“Terá pois que haver futuramente um aumento da colaboração entre a indústria e as instituições do sistema científi co e tecnológico… esperando--se que a Universidade do Porto e a Faculdade de Engenharia em particular possam aqui ter um papel relevante”.

BiFEUP - O Professor salientou a importância deste concurso estar ligado ao desenvolvimento de um cluster industrial em Portugal. Gostaríamos que caracterizasse do seu ponto de vista o panorama português no que respeita à criação deste

investimento. JPL - A indústria portuguesa tem tido uma reduzida contribuição para o investimento na produção de electricidade a partir de energia eólica. Para os parques eólicos construídos sua contribuição tem andado, em valores médios, em torno dos 40% do total de investimento.O desenvolvimento do cluster industrial associado a este concurso constitui uma oportunidade única para aumentar a incorporação nacional no volume deste investimento.Existem nichos tecnológicos, em domínios inovadores, onde é ainda possível desenvolver e explorar novos produtos e onde a indústria portuguesa tem capacidade para se afi rmar (incluindo a exportação de tecnologia).Existindo em Portugal universidades e institutos de investigação que detêm conhecimento de excelência nos domínios científi cos associados, as componentes para a inovação estão presentes. Terá pois que haver futuramente um aumento da colaboração entre a indústria e as instituições do sistema científi co e tecnológico para que tal seja possível, esperando-se que a Universidade do Porto e a Faculdade de Engenharia em particular possam aqui ter um papel relevante.Esta é uma oportunidade para se sair da resignação portuguesa “de esperar e depois comprar chave-na-mão”.

sic IEA Wind 2004, Annual Report

Tabela – Capacidade total instalada e número de turbinas eólicas em Portugal

JOÃO ABEL PEÇAS LOPES

Áreas de interesse:Análise de comportamento dinâmico de sistemas eléctricos de energia (SEE), avaliação de operação de SEE usando técnicas baseadas em aprendizagem automática, avaliação de segurança de operação de SEE usando técnicas baseadas em aprendizagem automática, qualidade de serviço, integração de produção distribuída e microgeração em redes eléctri-cas de distribuição, reestruturação do sector eléctrico envolvendo regulação e definição de modelos de mercado.

Notas Curriculares: Grau AcadémicoLicenciado em Engenharia Electrotécnica pela FEUP, em Julho de 1981.Doutorado em Engenharia Electrotécnica pela FEUP, em Outubro de 1988. Realizou provas de Agregação em Novembro de 1996.

: Experiência profissional- Professor associado com Agregação no DEEC da FEUP (desde Maio de 2000);- Professor colaborador da Iowa State University nos EUA (Janeiro 1996 a Dezembro de 2000);- Coordenador dos perfis de Sistemas de Energia e Energias Renováveis no Mestrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores da FEUP;- É actualmente coordenador da Unidade de Sistemas de Energia do INESC Porto;- Foi responsável pela realização de vários trabalhos de consultoria para várias instituições // empresas, entre as quais: ERSE, REN, EDP Distribuição, Gamesa Energia, EEM, EDA, ARENA, AREAM, Petrogal, Electra (Cabo Verde), Enernova, Finerge, Scottish Hydro, Empreen-dimentos Eólicos do Vale do Minho, ENGIL, ENERSIS, APREN;- É consultor do Operador Nacional do Sistema do Brasil para questões técnicas ligadas com a integração da produção eólica em redes eléctricas;- Membro do executive board do consórcio Europeu EES/UETP – Electric Energy Systems / University – Enterprise Training Partnership. É presidente do Chapter Português da Power Engineering Society do IEEE. É membro do Conselho Director da COGEN Portugal;- Presidente do júri do Concurso Internacional para Atribuição de Capacidade de Injecção de Potência na rede do SEP e Pontos de Recepção Associados para Energia Eléctrica Produzida em Centrais Eólicas. É membro do conselho consultivo do Plano Tecnológico;- Participou, como responsável da equipa do INESC Porto, em vários projectos Europeus ligados à integração de microgeração em redes eléctricas de BT e de integração de energias renováveis em redes eléctricas isoladas;- Consultor da ERSE para a definição do modelo do MIBEL em 2002;- João Peças Lopes é autor de mais de 170 comunicações científicas.

Energia Eólica. Em Portugal, o primeiro parque eólico foi criado em 1988 em Santa Maria (Açores), mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacio-nal com aproximadamente 708 MW de potência instalada até Maio 2005, 81 parques eólicos e 521 turbinas eólicas. . Existem turbinas eólicas no mercado com mais de 3MW de potência.

sic IEA Wind 2004, Annual Report

Figura – Crescimento da capacidade de energia eólica considerando os objectivos nacionais até 2010

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Total installed capacity (Dec. 2004) [MW]

Total installed WT (Dec. 2004) [nº]

Continent 547 448

Azores 5 22

Madeira 10 43

TOTAL 562 513

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{ FEUP por Dentro }

5ª Jornadas de QuímicaDepartamento de Química da FEUP promove Engenharia

Numa sociedade cada vez mais complexa e dinâmica, para além da competência profi ssional, torna-se da maior relevância a capaci-dade de intervir, de forma inteligente e objectiva, em diversas áreas sociais, económicas e culturais, para o cumprimento em plenitude do papel de cada um enquanto cidadão.

Ciente desta realidade, o Departamento de Química da FEUP realizou no passado dia 7 de Novembro a 5ª edição das Jornadasdo DEQ, este ano subordinadas ao tema: “Engenharia: um caminho, vários futuros”. A iniciativa, que reuniu um conjunto de personalidades ligadas à Engenharia com percursos de vida muito diferentes, visou promover um debate sobre os diferentes papéis que o engenheiro pode ter na sociedade, não só como profi ssional da Engenharia, mas também como profi ssional de outras áreas ou, simplesmente, enquanto cidadão empenhado e comprometido.

No passado dia 7 de Novembro de 2005 a FEUP recebeu as 5ªs

Jornadas do Departamento de Engenharia Química (DEQ). Este evento, organizado anualmente por uma comissão de alunos dos 4º e 5º anos da Licenciatura em Engenharia Química, teve este ano como tema: “Engenharia, um caminho vários futuros” e contou com cerca de 250 participantes.

Como tem sido habitual, estas jornadas contaram com um notável leque de oradores das mais diversas áreas de trabalho e pretenderam dar a conhecer aos futuros Engenheiros possibilidades de alargar os seus campos de visão não apenas em Engenharia mas também nas mais diversas áreas em que o Engenheiro pode ser útil para a sociedade.

A abertura destas jornadas fi cou a cargo do Prof. Doutor Carlos Costa, director da FEUP e professor catedrático do DEQ, seguindo-se uma breve introdu-ção do Prof. Doutor Sebastião Feyo de Azevedo, professor catedrático e director do DEQ e

vice-presidente da ordem dos Engenheiros. Durante o dia muitos foram os temas discutidos e muitas as

opiniões levantadas. Do percurso de vida de um engenheiro em áreas tão diferentes como a política, a docência, numa das intervenções mais importantes da iniciativa pelo Engº Carlos Borrego, até ao papel de um engenheiro na política e na participação activa nos problemas da sociedade, pelas intervenções da Eng. Lubélia Penedo (Presidente da Associação Nacional de Empresas Químicas) e do Eng. Ângelo Correia, as 5ªs Jornadas de Química trouxeram-nos o exemplo da capacidade que um licenciado em Engenharia Química tem em exercer as funções típicas ao nível do “projecto e/ou condução em indústrias do processo ou indústrias transformadoras” mas também “nos serviços, na gestão empresarial e/ou na actividade política”, como salientou o orador Engº Romão de Sousa.

Os muitos alunos presentes contaram ainda com a vivência industrial do Engº Manuel Leão numa grande empresa nacional e toda a responsabilidade inerente ao cargo que desempenha como consultor da Galp Energia.

No fi nal da iniciativa, já depois do dever cumprido, na mente de todos fi cou a frase que marcou a iniciativa “um engenheiro não é (nem nunca terá sido), como tradicionalmente é reconhecido, aquele cujo caminho profi ssional passa indubitavelmente pela indústria, pelas obras ou pela ofi cina” (Engº Carlos Borrego).

Fórum Emprego 2005 FEUP junta estudantes, empresas e instituiçõesNo âmbito das relações Universidade-Empresa, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) promoveu, entre 23 e 25 de Novembro, o Fórum Emprego. A iniciativa possibilitou aos finalistas da FEUP, recém-licenciados e pós-graduados, um contacto directo com mais de uma dezena de empresas e organismos ligados à formação e emprego.

Com o objectivo de aproximar os universitários aos recursos e estratégias necessários à procura de emprego, tanto a nível nacional, como internacional; permitir uma forma de contacto privilegiada entre empresas e universidade, que visem criar oportunidades de contacto entre as entidades, potencialmente empregadoras, e os (futuros) profissionais de Engenharia; e, oferecer oportunidades de emprego aos licenciados da FEUP, a Faculdade acolheu durante três dias o Fórum Emprego. A iniciativa, destinada aos finalistas, recém-licenciados e pós-gra-duados da FEUP, foi para Carlos Oliveira, director do Serviço de Comunicação, Imagem e Cooperação, mais além de uma feira de emprego. “Às empresas e organismos juntámos os debates. De manhã, aborda-se a questão da empregabilidade dos alunos (ensinando-os por exemplo, a elaborar um currículo). À tarde, são as empresas a indicar o que procuram num candidato”, afirmou.

A possibilidade de os alunos contactarem com mais de cerca de quatro dezenas de empresas (entre as quais a Metro do Porto e a Sonae.com) e organismos ligados à formação e emprego foram mais-valias que os destinatários admitiram. Além do contacto com as diversas empresas ficaram ainda a conhecer a Bolsa de Emprego on-line da FEUP.

FEUP dá a conhecer nova empresa tecnológicaNo último dia do Fórum Emprego, dia 25 de Novembro, a

FEUP apresentou, pela primeira vez, a empresa FluidInova – Engenharia dos Fluidos. Trata-se do mais recente spin-off constituído pela faculdade, que foi dado a conhecer no âmbito da apresentação dos resultados da Iniciativa NEOTEC, por parte da Agência de Inovação.

Este projecto visa superar uma lacuna de financiamento no processo de criação de novas empresas de base tecnológica e com elevado potencial de crescimento.

Durante a sessão foram divulgados os primeiros 19 projectos homologados e apresentados e três empresas NEOTEC, entre as quais a FluidInova. Esta empresa foi criada em Outubro de 2005 e visa prestar serviços de consultoria, formação, projecto e desenvolvimento de novos processos e tecnologias industriais nas áreas de engenharia, ambiente, águas, química, farmacêu-tica e energias alternativas.

Com uma aposta clara na inovação, a empresa arrancará com três produtos pioneiros.

A apresentação dos primeiros resultados NEOTEC, decorreu no auditório da FEUP, e contou com a presença do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino, Manuel Heitor.

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A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto recebeu nos passados dias 23 e 24 de Dezembro o I Seminário Português sobre Geossintéticos. O evento, organizado pela Sociedade Portuguesa de Geotecnia e pela Comissão Portuguesa de Geossintéticos, em colaboração com a FEUP, teve lugar no auditório da Faculdade e pretendeu dar lugar a uma troca de informações e de experiências enriquecedora para todos os intervenientes.

Numa altura em que se regista um crescente incremento na aplicação de geossintéticos em obras de engenharia em Portugal verifi ca-se a necessidade de melhor conhecer o comportamento dos materiais promovendo a evolução nas suas utilizações.

Com o objectivo de potenciar um debate alargado sobre os geossintéticos e as suas aplicações em obras de engenharia, a Sociedade Portuguesa de Geotecnia (SPG) e a Comissão Portuguesa de Geossintéticos (Capítulo Português da IGS), em colaboração com Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, promoveram o 1º Seminário Português Geossintéticos.

I Seminário Português sobre GeossintéticosFEUP é palco de discussão sobre geossintéticos em Portugal

Portugal na Arkad 2005FEUP visita emblemática Feira de Emprego na Suécia

A iniciativa, realizada nos dias 23 e 24 de Novembro no Auditório da FEUP, revelou-se uma refl exão frutífera sobre o estado da arte e sobre o modo de intervir de forma sustentada numa perspectiva de futuro.

A troca enriquecedora de informações e experiências incidiu, entre outros assuntos, sobre os riscos advindos de funcionamento inadequado dos geossintéticos e, logicamente, das consequências para o ambiente e as populações.

Além das sessões especializadas, decorreu ainda em paralelo, durante este Seminário, uma exposição técnica que exibiu algumas matérias associadas aos geossintéticos.

Microsoft recruta jovens na FEUPDois responsáveis do Centro de Desen-

volvimento de Copenhaga da Microsoft, a maior empresa fora dos Estados Unidos, estiveram recentemente no Porto para recru-tar jovens talentos.

A visita foi feita à FEUP com o objectivo de entrevistar finalistas do curso de Informá-tica e recrutar jovens talentos em Portugal. Depois de 11 alunos se terem sujeitado a 45 minutos de uma entrevista técnica, três foram convidados para um estágio de 18 meses na Dinamarca.

Esta foi a primeira vez que responsáveis do Centro de Desenvolvimento da Microsoft em Copenhaga vieram a Portugal recrutar

informáticos, ficando a promessa de cá vol-tarem.

A oportunidade surgiu depois do grupo da AlumniLEIC ter visitado uma feira de emprego, no Sul da América, a Arkad, onde contactaram com um responsável do centro de Copenhaga da Microsoft.

Lund é uma cidade no sul da Suécia que goza de um clima mais moderado e que cresceu e desenvolveu-se em grande parte devido à Lund University e ao parque tecnológico, Ideon, criado há praticamente 30 anos.

Este é o cenário para uma das feiras de emprego mais proemi-nentes dos países nórdicos, a Arkad. Neste evento, organizado pela TLTH da Universidade de Lund, encontram-se todos os anos aproximadamente uma centena de empresas nórdicas e interna-cionais com os alunos da universidade e muitos outros visitantes. Esta é uma clara aposta no fortalecimento das relações entre o mundo académico e a realidade empresarial na qual o Ideon, um dos maiores parques tecnológicos da Escandinávia, instalado literalmente ao lado do campus universitário, é o expoente máximo.

Ciente da importância e dimensão da iniciativa a FEUP fez questão de estar presente conhecendo e dando a conhecer-se. Numa missão portuguesa organizada pela Alumni LEIC FEUP (associação recém formada para representar os ex-alunos da Licenciatura em Engenharia Informática e Computadores) uma comitiva constituída por elementos da associação (finalistas e ex-alunos) e da FEUP - o Director da FEUP, o Director da LEIC, o

Director do Serviço de Imagem, Comunicação e Cooperação, e ainda uma jornalista do Público, partiu rumo à Suécia de visita à Arkad.

A viagem, que visou acima de tudo o estabelecimento de pontes nomeadamente para a Internacionalização da LEIC, dá assim força à constante aposta da Alumni no conceito de que “um curso, uma faculdade, uma universidade não são meramente pontos de passagem na vida profissional de uma pessoa, podem e devem ser pontos de retorno, de encontro e de nova aprendizagem pessoal e profissional”. Nesse sentido FEUP, LEIC e Alumni foram em conjunto fazer uma “viagem ao futuro”. Durante os dias de realização da Arkad, a associação portuguesa apresentou o seu projecto e as suas intenções a dezenas das empresas, e foi com bastante receptividade, dado a recente recuperação da economia Sueca nas áreas das novas tecnologias, que empresas e instituições ficaram a saber que existem aproximadamente trezentos engenheiros informáticos em Portugal, com uma forte formação e com grandes competências, que aguardam oportunidade de internacionalização.

Algumas dessas empresas, é o exemplo da Microsoft, SonyEricsson, ABB, Seavus, Teknoseed, Apptus, Procter & Gamble, tiveram a oportunidade de falar directamente com os representantes da FEUP e a ponte foi lançada. Resultado: os engenheiros da LEIC FEUP foram colocados no mapa de algu-mas dessas entidades e a associação assumiu o papel de canal de ligação.

Paralelamente, foram agendadas várias actividades como visitas a empresas, ao parque tecnológico – Ideon, encontros com representantes da universidade, do instituto, ou seja, a oportunidade excepcional de ver como este modelo de coopera-ção e conjugação de esforços entre as várias partes (Empresas - Ensino – Alunos) está a funcionar e como as Alumni são um importante instrumento dinamizador.

No passado mês de Novembro Lund, na Suécia, recebeu uma comitiva portuguesa constituída por elementos da FEUP - finalistas e ex-alunos da associação AlumniLEIC, o Director da FEUP, o Director da LEIC, o Director do SICC e uma jornalista do jornal “Público”. De visita a uma das feiras de emprego mais proeminentes dos países nórdicos - a Arkad -, foram fortalecidas as relações entre o mundo académico e a realidade empresarial.

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Projectos PESCFEUP apresenta projectos de construção de clássicos de competição

No âmbito dos Projectos PESC – Projectar Empreender e Saber Concretizar da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, estão em curso dois projectos de construção de automóveis clássicos de competição.

Com o objectivo fundamental de aproximar os alunos de Engenharia, em especial os de Engenharia Mecânica à prática da Engenharia Automóvel, a FEUP apresentou recentemente dois projectos desenvolvidos por alunos na área de construção de clássicos de competição.

O “Cortina GT MKII” e o “Alfeta GTV”, projectos que se revelaram de excelente quali-dade, foram avaliados por uma comissão e só a um deles, devido à escassez dos recursos fi nan-ceiros, foi decidido dar continuidade. O orientador dos projectos e docente da FEUP, José Ferreira Duarte, lamenta as limitações fi nanceiras e salienta a qualidade dos dois projectos.“Ambos os trabalhos mereciam passar à fase de concretização, no entanto os recursos fi nan-ceiros disponíveis apenas permitem que um dos projectos seja concretizado... e esse será o “ALFETA GTV”, garante.

O projecto “Cortina GT MKII” apresentou-se com uma índole mais purista de restauro de um automóvel Clássico Popular perfeitamente adaptado ao objectivo inicial do projecto, con-

tos, como a borracha reciclada de pneus usados), a utilização de técnicas de reci-clagem ou de re-utilização, na concepção, construção e beneficiação dos pavimen-tos, bem como o desenvolvimento de sis-

“Pretendendo criar uma plataforma Luso-Brasileira de conhecimento na lógica de partilha e crescimento recíproco”, a FEUP realizou, nos passados dias 14 e 15 de Novembro, a 4ª edição das jornadas de pavimentos, este ano com a nova designação de Jornadas Luso-Brasileiras de Pavimentos.

Presente desde a segunda edição, a co-laboração entre Portugal e Brasil denuncia uma abrangência que vai para além dos produtos rodoviários. Pretendendo discu-tir tanto os assuntos ambientais como os económicos e sociais numa perspectiva tripartida, como aliás deve, segundo os especialistas presentes, o desenvolvi-mento sustentável ser entendido, esta 4ª edição trouxe à discussão temáticas que primaram pela inovação e actualidade.

A valorização dos recursos naturais, dos detritos industriais (ou de outros depósi-

IV Jornadas Luso-Brasileiras de PavimentosPavimentos sustentáveis justificam relação íntima entre Portugal e Brasil

A FEUP realizou nos passados dias 14 e 15 de Novembro a 4ª edição das jornadas de pavimentos. Este ano com a nova designação de Jornadas Luso-Brasileiras de Pavimentos, nome que reflecte a relação íntima que existe entre Portugal e Brasil na temática dos pavimentos, pretendeu-se discutir tanto os assuntos ambientais como os económicos e sociais.

temas de gestão integrados do património rodoviário, foram temas abordados com vista a “contribuir de uma forma decisiva para uma construção mais comprometida ambientalmente e sustentável”.

Na continuação do sucesso alcançado nas edições anteriores, estas jornadas foram primordialmente, um encontro de técnicos cuja actividade se prende com os pavimentos, nas suas vertentes rodoviá-rias, aeroportuárias, industriais e portu-árias, cobrindo uma área de actuação, ao nível da infra-estrutura, considerada fundamental para o desenvolvimento sustentado da sociedade actual.

A iniciativa contou com o apoio do Con-selho Empresarial para o Desenvolvimen-to sustentável – BCSD Portugal (membro do World Business Council for Sustainable Development).

tudo, o “ALFETA GTV”, de vertente mais desportiva, será concerteza digno de grande visibilidade e por isso uma aposta ganha, como explica Ferreira Duarte. “A construção deste automóvel clássico de competição com fi nanciamento do INEGI destina-se também a exibições que pretendem promover não só a imagem do INEGI como a da FEUP, por este motivo foi identifi cado que o projecto do “ALFETA GTV” permitirá alcançar uma maior notoriedade e visibilidade do projecto”.

Todos os avaliadores externos à FEUP (Engº Luís Miguel Cunha – Secretário Geral do ACP-Clássicos; Engº José Miguel Peres – Responsável pela Peres Competições; Dr. José Gonçalves – Editor do Jornal MOTOR; Prof. Barata da Rocha – Presidente do INEGI) elogiaram e enalteceram o trabalho de excelência desenvolvido pelos alunos pois apesar das diferenças dos modelos é inques-tionável a qualidade.

O projecto PESC “Construção de um Automóvel Clássico de Competição” teveinício após a palestra “O mundo dos Automóveis Clássicos”, realizada no dia 20 de Outubro pelo Engº Luís Miguel Cunha (Secretário geral do ACP-Clássico).

Durante o evento foi proposto aos alunos a realização de um projecto de restauro, fi cando desde logo decidido que um dos dois projectos seria concretizado com o apoio do INEGI viabilizando-se, deste modo, um orçamento de 6000 euros.

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No passado dia 9 de Novembro o Departamento de Física da FEUP promoveu mais uma palestra no âmbito das Comemorações do Ano Internacional da Física que, desta vez, discutiu a temática “Clássico ou quântico? Naturalidade e paradoxos” proferida pelo professor doutor Rui Vilela Mendes (GFMUL e DEEC-IST/UTL).

Rui Vilela Mendes, investigador coordenador da Universi-dade Técnica de Lisboa e membro do Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais da Universidade de Lisboa, também um «expert» no controlo quântico, em física da complexidade, em métodos não perturbativos em teoria de campo, foi convidado a proferir a palestra “Clássico ou quântico? Naturalidade e para-doxos”. Durante a sua explicação salientou os paradoxos que separam o clássico do quântico numa tentativa de decifrar qual das duas “modalidades do conhecimento”, como fez questão de designar, é mais natural.

No final da sua intervenção o investigador, também membro correspondente da Academia de Ciência de Lisboa, justificou a importância de discutir esta temática com a fiabilidade das suas precisões. “A mecânica quântica é uma teoria de sucesso.

FEUP conclui comemorações do Ano Internacional da FísicaPalestras temáticas e visitas laboratoriais mostram o lado funcional da Física

As suas previsões são de uma precisão incrível. As suas equa-ções são a chave para a compreensão da estrutura da matéria”, afirmou.

”A Física dos Instrumentos Musicais”Depois de um conjunto alargado de palestras que envereda-

ram pelos caminhos da Física, a FEUP abordou a temática “A Física dos Instrumentos Musicais”.

Num conversa informal, para uma anfiteatro cheio, os dou-tores José Vieira Antunes, director do Laboratório de Dinâmica Aplicada do Instituto Tecnológico e Nuclear de Sacavém (ITN), e Octávio Inácio, membro do Laboratório de Acústica Musical da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto (ESMAE), falaram da “excitação” nos ins-trumentos musicais convidando-nos a um passeio musical pela física dos instrumentos e suas diferenças. Entre as notas deli-cadas do violino, a força melódica da trompa harmonia e o som agudo do clarinete, ficamos a saber que afinal esta área da física dos instrumentos está para além da própria física envolvendo a acústica e o fenómeno musical em si.

Como se produz um som ? O que é um decibel ? O que é a impedância acústica ? Como é o espectro das ondas estacioná-rias nas cordas de um violoncelo ?

Esta foi a sétima e última palestra do ciclo organizado pelo DF da FEUP destinado a comemorar o Ano Internacional da Física.

“Ondas no Laboratório” com mais de 600 alunosO Departamento de Física da FEUP promoveu ainda, até 14 de

Dezembro, a realização de um ciclo experimental, denominado “Ondas no Laboratório”, aberto a alunos do ensino secundário. A iniciativa incluiu três sessões rotativas consecutivas de demonstrações laboratoriais, de cerca de 40 minutos cada alusi-vas às temáticas: pêndulos e ondas; ii) tina de ondas, interferên-cia e difração e iii) efeito Doppler.

“FEUP SEM FUMO” desde 17 de NovembroDirecção e AEFEUP empenhadas em garantir ambiente mais saudável

A FEUP assinalou o Dia Nacional do Não Fumador com a adopção da medida “FEUP sem Fumo”. A decisão, que partiu da Direcção da FEUP e que contou com o apoio da Associação de Estudantes, interditou o consumo de tabaco em todos os espa-ços interiores da faculdade, com o intuito de criar um ambiente mais saudável e aprazível.

Numa altura em que se calcula que 20 a 26 por cento dos portu-gueses sejam viciados em tabaco, a FEUP assinalou o Dia Nacional do Não Fumador adoptando a proibição de fumar em todos os espaços edifi cados de utilização colectiva. Implementada pela Direc-ção da FEUP a partir do dia 17 de Novembro, esta medida contou com o apoio da Associação de Estudantes da FEUP, que se aliou à necessidade de contribuir para um ambiente saudável e agradável na faculdade.

A FEUP não fi cou alheia às várias iniciativas que decorreram no Dia Nacional do Não Fumador, e organizou uma palestra aberta a toda a comunidade, que pretendeu abordar questões relacionadas com o tabagismo. Esta sessão, promovida pelo NaFEUP – Núcleo Ambiental da FEUP -, abriu espaço a esclarecimentos e dúvidas sobre o tema, contando com a presença de especialistas de diferentes áreas como “Qualidade do Ar”, “Sistemas de Ventilação em espaços interio-res” e “Impactos do Tabaco na Saúde”. Para melhor pôr em prática a medida, foram colocados cinzeiros, em número e locais adequados nos espaços exteriores, retirando os que se encontravam no interior dos edifícios e assinalando nas portas de acesso a proibição de fumar.

Desde 17 de Novembro, e com o empenho de toda a comunidade académica, os espaços interiores da FEUP tornaram-se ainda mais saudáveis e aprazíveis.

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DIA DO ESTUDANTE DE INTERCÂMBIOPromover a mobilidade de alunos «in» e «out» e desta forma a troca

de saberes e a oportunidade de experiências, foi o objectivo da FEUP ao dedicar o passado dia 19 de Outubro ao estudante de intercâmbio.Inserido na Semana da FEUP, o evento recebeu no auditório alguns alunos que pertencem a instituições internacionais com quem a Universidade do Porto mantém protocolos de cooperação. Lituânia, Finlândia, Bulgária, Polónia, Alemanha e Itália representaram assim o Programa Erasmus; Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, o Programa Mobile. As 200 pessoas que participaram na iniciativa tiveram ainda a oportunidade de conhecer um novo programa de Cooperação com os E.U.A - Maryland, sob a voz de um aluno FEUP.

Com esta iniciativa a Faculdade pretendeu por um lado reunir em convívio todos os alunos dos programas de intercâmbio, e por outro dar a conhecer aos alunos da FEUP as universidades estrangeiras que os podem receber.

DIA DAS LICENCIATURASAinda no âmbito da Semana da FEUP, foi dedicado um dia para

aprofundar e debater a realidade das licenciaturas. O Dia das Licen-ciaturas teve lugar a 20 de Outubro e uma incidência mais ao nível dos departamentos, procurando assim impulsionar uma discussão frutífera sobre as várias vertentes dos cursos, especializações, saídas profi ssionais e outros temas.

CORRIDA DA ASPRELAA FEUP com o apoio da Faculdade de Ciências do Desporto e

Educação Física (FCDEF) realizou no último dia da Semana da FEUP (dia 21 de Outubro) a 4ª edição da Corrida da Asprela. Esta prova pedestre dirigiu-se à comunidade académica da Universidade do Porto. O percurso foi de aproximadamente 7 mil metros, com partida da FEUP e chegada no FCDEF.

MOSTRA DE ACTIVIDADES EXTRA-CURRICULARESDado o avultado fl uxo de actividades e projectos realizados pelos

estudantes da FEUP em paralelo com o percurso académico, foi criada pela primeira vez, uma exposição que pretendeu dar a conhecer o que os alunos desenvolvem para além das aulas. Os vários núcleos eassociações estudantis marcaram presença com os mais variados pro-jectos e iniciativas na Mostra de Actividades Extra-Curriculares, patente no corredor do edifício B entre os dias 17 e 19 de Outubro.

PROVA DE PERÍCIA DE MINI-ESCAVADORARealizou-se no dia 20 de Outubro, às 11 horas, no parque de estacionamento à entrada da FEUP, a 3ª Prova de Perícia em Mini--Escavadora. A prova foi realizada no âmbito da disciplina de TAI1 Tecnologias de Accionamento Industrial 1, do 4º ano do curso de Engenharia Mecânica.

Durante o evento foi realizado um sorteio de camisolas pelos elementos do público.

1º Congresso Nacional de Júnior Empresas JuniFEUP protagonizou o evento O “Empreendedorismo” esteve em debate na FEUP. Numa iniciativa promovida pela JuniFEUP que se realizou nos dias 11, 12 e 13 de Novembro, teve lugar o 1º Congresso Nacional de Júnior Empresas, que pretendeu apresentar a Federação Nacional de Júnior Empresas (JADE-Portugal) e, ao mesmo tempo, fomentar junto dos participantes o concei-to de júnior empresa no país.

Numa altura em que se impõe aos estudantes académicos e recém-licenciados não só conhecimentos técnicos da sua área, mas também capacidades interventivas e de empreendedorismo, reuniram-se no Porto as seis empresas juniores portuguesas no 1º Congresso de Empresas Juniores, organizado pela Federação Nacional de Júnior Empresas (JADE Portugal), estrutura criada em Abril deste ano.

A iniciativa, que pretendeu preparar o relançamento do con-ceito de empresas juniores em Portugal, como forma de encurtar distâncias entre o ensino e a vida profissional, mas também incentivar o empreendedorismo em Portugal, permitiu a troca de experiências e conhecimentos entre as empresas júnior e estas e as empresas seniores do país.

No âmbito deste grande evento, a júnior empresa da Facul-dade de Engenharia - JuniFEUP -, promoveu uma conferência, no dia 12 de Novembro, subordinada ao tema “Empreendedo-rismo”.

Numa conferência que contou com mais de 150 pessoas, foi assim discutido o tema do Empreendedorismo por alguns profis-sionais ligados à criação de empresas, tais como, o empresário Manuel Serrão, o director do Mestrado em Inovação e Empreen-dedorismo Tecnológico da FEUP, João José Ferreira, e ainda o Treasurer da JADE, Leo Tantone.

“Conceito Júnior”, “Diagnóstico prévio à criação de uma em-presa”, “Bases para um espírito empreendedor” foram alguns dos temas discutidos.

O 1º Congresso Nacional de Júnior Empresas pretendeu ainda assinalar a criação da JADE-Portugal, datada de Fevereiro de 2006, e a sua integração na Confederação Europeia de Júnior Empresas (JADE).

SEMANA DA FEUP 2005Actividades extra-curriculares promovem conhecimento científico

A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) organizou, entre os dias 17 e 21 de Outubro, a Semana da FEUP – uma iniciativa que pretendeu dar a conhecer as várias actividades extra-curriculares desenvolvidas pelos alunos da Faculdade, mas também incutir na comunidade académica o gosto pelo conhecimento científico. A iniciativa contou com um programa de actividades diversifi-cado que apelou à participação de toda a comunidade académica da U. Porto.

Pelo segundo ano consecutivo, a FEUP realizou o 2º Fórum Ciência, um evento que pretendeu reflectir sobre a cultura científica nacional. Os dias 17 e 18 de Outubro ficaram marcados pela presença de vários oradores convidados, que traçaram cenários de futuro no que diz respeito a “Cultura Científica no Ensino” e “Conhecimento Científico e Desenvolvimento”, os dois grandes temas deste Fórum.

Na sessão de encerramento esteve presente o primeiro--ministro José Sócrates, que sublinhou a importância de reiterar a mentalidade científica portuguesa.

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A saber…As empresas juniores são uma realidade ainda recente em Portugal. O conceito surgiu nos

anos 60 em França, tendo chegado a Portugal apenas nos anos 90. Uma júnior empresa é uma organização sem fi ns lucrativos, integrada em instituições de

ensino superior ou entidades académicas, criada ou gerida por estudantes.O objectivo de organizações deste tipo é diminuir a distância entre o meio estudantil e o

meio empresarial, contribuindo para que os seus membros apliquem na prática os conhecimen-tos teóricos adquiridos.

2º FÓRUMCIÊNCIA

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Prémio SECIL Universidades Alunos da FEUP concebem superestrutura de pavilhão temporário no Hyde ParkAndré Resende, Ivo Couto, Luís Silva e Luís Meireles, finalistas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, vencem Prémio SECIL/Universidades 2005 na cate-goria Engenharia Civil.O prémio foi entregue no passado dia 11 de Janeiro, em Lisboa, numa cerimónia formal que contou com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio.

O Prémio Secil/Universidades de 2005, na variante de Engenharia Civil, foi atribuído a quatro fi nalistas da FEUP que conceberam a superestrutura de um pavilhão temporário – da autoria de Siza Vieira e de Souto Moura - para a Serpentine Gallery, de Londres.

A distinção (no valor de cinco mil euros) conferida a André Resende, Ivo Couto, Luís Silva e Luís Meireles tem o objectivo de incentivar a qualidade do trabalho académico e promover o reco-nhecimento público de jovens provenientes das várias Escolas de Engenharia Civil Portuguesas.

O projecto vencedor elaborado no âmbito da cadeira de Projecto de Estruturas do ano lectivo 2004/2005, sob orientação do professor Adão da Fonseca, consistiu num desafi o a que os quatro alunos não fi caram indiferentes. A ideia de concepção e montagem do pavilhão em apenas meio ano, a liberdade na criação de uma arquitectura base-ada em espaços curvos (realidade com a qual não estavam habituados

a lidar), e o desafi o de trabalhar com um material novo facilmente lhes captou a atenção. Depois disso, como explicaram ao Bi FEUP os quatro premiados, “foram as reuniões periódicas com o orientador do trabalho e o esforço de cada um de nós em dar o seu melhor”.

O orientador do projecto, Prof. Adão da Fonseca, que com eles partilhou a “ideia de arquitectura” e com eles viabilizou o edifício, acompanhou todo o crescimento do trabalho e não lhes poupou elogios. Para o docente e investigador da FEUP este prémio foi atribuído a quem realmente trabalhou para o merecer. “Os excelentes alunos mostraram ser excelentes futuros Engenheiros de Estruturas. Portanto, o prémio SECIL é o corolário do seu desempenho. E assim estamos certos de dispor no futuro de magnífi cos Engenheiros para construir a Civilização”.

Os alunos tiveram acesso a alguns esquissos dos arquitectos referen-tes a uma fase inicial da obra, mas que estabeleciam a ideia formal do edifício e dos materiais a utilizar – madeira lamelada e colada. O desconhecimento do comportamento dos materiais bem como das suas características foram difi culdades acrescidas na execução que os alunos reconhecem. “Tivemos que procurar bibliografi a e estudar o comportamento do material, bem como as suas características, para assim adaptarmos os conhecimentos de concepção e dimensio-namento estrutural que possuíamos noutros materiais… Ao longo do tronco comum do curso (primeiros quatro anos) não nos foi ministrada qualquer cadeira que abordasse o dimensionamento de estruturas de madeira”, explicou André Resende.

A Serpentine Gallery impôs que os pavilhões deveriam ser projec-tados e construídos no curto período de seis meses (três meses para a concepção e três meses para a execução), sendo que cada pavilhão permaneceu apenas os três meses de Verão no Hyde Park.

O prémio é atribuído anualmente nas categorias de Arquitectura e Engenharia Civil. A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto vê assim, mais uma vez, o trabalho dos seus alunos reconhecido ao mais alto nível.

Estudantes da FEUP concretizam missão espacial Satélite SSETI Express posto em órbita

Às 7h51 do dia 27 de Outubro, alguns membros da comu-nidade FEUP agrupavam-se na sala I -105, onde estiveram durante cerca de duas horas, com os olhos pregados num ecrã que projectava imagens em directo da ESA - Agência Espacial Europeia. O Lançamento do Satélite SSETI Express foi o motivo de tal expectativa, uma iniciativa que contou com a colaboração de três estudantes da FEUP e que mere-ceu a realização de um evento especial nas instalações da Faculdade.

Após um ano de trabalho o SSETI Express, projecto coorde-nado pela Agência Espacial Europeia (ESA), foi posto em órbita no passado dia 27 de Outubro e cumpriu com a sua missão: incutir nos jovens o gosto pela ciência e tecnologia em geral, e pelo espaço em particular. Inteiramente criado por estudantes, entre os quais uma equipa da FEUP coordenada pelo professor assistente do DEMEGI, António Melro, o engenho visou: testar a propulsão de um gás frio que, a ter uma reacção positiva, orientaria o próprio SSETI; captar imagens do hemisfério norte do nosso Planeta; e colocar em funcionamento um receptor de transmissão de voz capaz de ser utilizado por rádios amadores de todo o mundo. Lançado na Rússia, às 7h51 hora portuguesa, o SSETI Express

foi lançado com sucesso e às 08h27 separou-se do foguetão entrando em órbita. Eram cerca das 9h31 quando o seu compu-tador de bordo transmitiu os primeiros sinais de telemetria, desig-nadamente os valores dos sensores de pressão, de temperatura e do campo magnético da terra, ou seja, os primeiros sinais de vida do aparelho. Depois deste primeiro contacto, que causou euforia total na Sala I -105 da FEUP, o satélite foi emitindo mais sinais ao longo da manhã, permitindo concluir que todos os seus subsistemas – como o computador de bordo, a câmara fotográ-fica, o sistema de energia e o sistema de propulsão – estavam vivos e operacionais. Depois de 24 horas em órbita, e devido a uma falha no sistema eléctrico que tornou incapaz a alimentação do engenho, o satélite ficou mudo. Contudo, apesar das dificuldades os representantes da ESA e os grupos de investigadores envolvidos foram unâni-mes em afirmar que o mais importante desta experiência foi a própria concepção do engenho e a mobilização de centenas de estudantes de diferentes universidades da Europa, em suma, - missão cumprida. O lançamento foi o culminar de um ano de trabalho dos estu-dantes portuenses no programa Student Space Exploration and Technology Iniciative (SSETI). Tendo integrando uma equipa de cerca de 100 estudantes distribuídos por 23 universidades de nove países da Europa, a equipa portuguesa teve como incumbência o desenho, cálculo estrutural e configuração do satélite. Com a preciosa ajuda dos colegas Pedro Bandeira e Pedro Portela, António Melro represen-tou Portugal num projecto europeu em que a FEUP foi a única faculdade portuguesa envolvida. Neste momento os alunos da FEUP estão também a colaborar no desenvolvimento de outros dois satélites: European Students Earth Orbiter (ESEO) e European Students Moon Orbiter (ESMO).

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Comissariado Cultural da FEUPEventos Passados

Com o novo ano académico, o Comissariado Cultural da FEUP prosseguiu o plano de actividades traçado para 2005. Um Ciclo de Música iniciou este programa, apresentando um conjunto de concertos comentados que exploraram diversas abordagens à temática (compositores, instrumentos e estilos musicais).

A experiência do corpo em movimento constituiu o tema para a realização de mais um workshop, dando continuidade, desta forma, à pontual organização de acções de formação destinadas à comunidade da FEUP.

Com a comunidade e para a comunidade, o Comissariado Cultural desenvolve, desde de Setembro, um projecto teatral dirigido pelo encenador José Carretas, cuja estreia acontecerá em Fevereiro próximo.

A segunda edição do projecto FEUP CRIATIVA concluiu a programação de 2005 do Comissariado Cultural, resultando este numa mostra que estará patente até 18 de Janeiro de 2006.

{ Breves }

Projecto FEUPAposta inovadora da FEUP termina com Congressos SOAP

Sabia que ter más notas pode ser da inteligibilidade da sala?Sabia que os cursos mais assíduos na FEUP são o curso de Enge-

nharia Química e Engenharia Informática e Computação?Sabia ainda que as principais causas do copianço são a falta de

estudo e a insegurança dos alunos?Durante os Congressos SOAP estes temas e muitos outros foram

apresentados, discutidos e interessadamente assimilados. E a muitas conclusões se chegou: aquilo que para os alunos “é um recurso face ao excesso de matéria para estudar” é para os docentes “uma fraude que demonstra uma enorme falta de civismo e que pode pôr em causa o bom profi ssionalismo” (falamos claro da famosa prática de “copiar”); o Ambiente Social e a Biblioteca são os principais motivos de satisfação na Faculdade; a qualidade das instalações, o prestígio da instituição, os bons recursos informáticos alguns dos elementos apontados como satisfatórios.

Concluída a disciplina Projecto FEUP com a realização dos Con-gressos SOAP é já possível afi rmar com exactidão: o SOAP consti-tuiu, sem sombra de dúvida, uma aposta certeira no que respeita à integração plena na vida da FEUP. O desenvolvimento de projectos em grupo, em todas as fases do seu ciclo de vida, desde a defi ni-ção detalhada dos seus objectivos e planeamento, até à execução, elaboração do relatório fi nal e apresentação em formatos distintos (poster, apresentação oral, suporte multimédia, etc.) fomentou entre os grupos as componentes de socialização e de aprendizagem a que o SOAP se comprometeu.

Durante o 14º Salão de Criatividade e Inovação do ENDIEL, que decorreu de 11 a 15 de Outubro de 2005 na Exponor, a FEUP viu distinguido com o 1º Prémio ANIMEE o trabalho “Arma-zém Automático Virtual Controlado por P.L.C” da autoria dos investigadores da FEUP Francisco Teixeira de Freitas, António Pessoa Magalhães e Bruno Teixeira Vigário.

O trabalho apresentado corresponde a uma Simulação Gráfica Interactiva de um Sistema típico de ambiente de produção indus-trial que pode ser controlado em tempo-real por um P.L.C. como se de um armazém automático real se tratasse.

A simulação recorre à utilização de um “motor gráfico” para a realização da simulação gráfica interactiva e à demonstração das capacidades de um “motor físico” para dotar a simulação de maior realismo comportamental.

1º Prémio ANIMEETrabalho da FEUP premiado pela inovação e criatividade

A exposição do trabalho durante o ENDIEL permitiu uma maior projecção do trabalho realizado na FEUP, do que resultaram algumas manifestações de interesse por parte de sectores da actividade industrial.

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20 . Boletim informativo

“Novo Aeroporto de Lisboa”Necessidade ou “capricho”?

O “Novo Aeroporto de Lisboa” esteve em discussão na FEUP no passado dia 2 de Novembro.

No âmbito da disciplina de Impactes Ambientais e Sociais, do 2º ano da Licenciatura em Engenharia Civil, os professores da Secção de Planeamento do Território e Ambiente da FEUP, Álvaro Costa e Paulo Pinho, abordaram a temática e proporcionaram momentos de grande entusiasmo e debate.

Os dois oradores abordaram o tema segundo perspectivas diferentes salientando por um lado, a problemática do ponto de vista da neces-sidade (ou não) de um novo aeroporto (Prof. Álvaro Costa), e por outro, o Estudo de Impacte Ambiental elaborado para as opções da OTA e Rio Frio (Prof. Paulo Pinho).

A primeira intervenção esteve dividida em três partes: na primeira foi abordada a importância do aeroporto da Portela na estruturação da rede da TAP; na segunda foram revistas estratégias de expansão da capacidade aeroportuária nas cidades de Madrid, Paris, Bruxelas, Zurique e Londres e respectivas consequências; na terceira foi abor-dado o planeamento aeroportuário em Portugal.

Álvaro Costa revelou a perspectiva segundo a qual deve ser enca-rado o Planeamento Aeroportuário em Portugal e acusou a falta de qualidade de operação do aeroporto de Lisboa. “Tendo a rede da TAP a forma de uma estrela com centro no aeroporto da Portela, a quali-dade de operação do aeroporto de Lisboa afecta fortemente o funcio-namento da rede da TAP e por consequência a sua rentabilidade. O aeroporto da Portela é o centro nevrálgico da TAP e o nível médio de atrasos devido à operação aeroportuária é elevado, especialmente para um aeroporto localizado numa área descongestionada sob o ponto de vista de espaço aéreo como é Lisboa”, concluiu.

No fi nal da sua intervenção Álvaro Costa deixou bem clara a sua posição: “O planeamento aeroportuário em Portugal deve ser pers-pectivado neste contexto: olhando para os diferentes tráfegos e para as suas hipóteses de evolução, e na forma como o novo aeroporto da OTA foi concebido faltam muitos destes elementos”, reiterou.

Paulo Pinho, o último dos oradores, focou ainda algumas questões pertinentes sobre os impactes gerados por um projecto desta enverga-dura apontando as questões de segurança e poluição atmosférica e sonora como passíveis de questionar o projecto. “Não questionando a necessidade de se construir um novo aeroporto fora da zona urbana de Lisboa, vejo com muita apreensão a sua deslocalização para fora da área metropolitana. O impacto desta deslocalização será certamente enorme e difi cilmente reparável na economia da cidade. E os custos para Lisboa não são equivalentes aos benefícios para a Ota. No balanço fi nal fi caremos, enquanto país, sempre a perder”, salientou.

Dia Mundial da Usabilidade comemorado pela primeira vez na FEUP“Investigação Académica em Usabilidade” foi o tema

O Dia Mundial da Usabilidade - World Usability Day -,foi comemorado pela primeira vez na FEUP no passado dia 3 de Novembro. Este evento contou com a realização de mais de 80 eventos, distribuídos por cerca de 30 países, e foi criado para que todos possam saber mais acerca de formas que permitam uma melhor experiência do Mundo pelo utilizador.

Um evento local no Porto, organizado pela Associação Portuguesa de Profissionais de Usabilidade (APPU), adaptou a comemoração deste dia ao cariz tecnológico e de grande importância nacional que é a FEUP, elegendo como tema desta

No passado dia 16 de Novembro, a Biblioteca da FEUP foi palco do lançamento oficial de três obras publicadas pela FEUP Edições: “Noções sobre Matrizes e Sistemas de Equações Lineares”, do Pro-fessor José Trigo Barbosa “Melhoria da Durabilidade dos Betões por Tratamento da Cofragem”, da Professora Joana Sousa Coutinho eBook “Segurança na Construção”, do Professor Alfredo Soeiro.

O Professor José César de Sá foi o orador convidado para apresen-tar o livro “Noções sobre Matrizes e Sistemas de Equações Lineares”. De acordo com o Professor José César de Sá, a obra é de particular interesse para os alunos do primeiro ano dos cursos de engenharia, na medida em que permite a aquisição de conhecimentos básicos sobre matrizes e sistemas de equações lineares, instrumentos matemáticos indispensáveis para o tratamento de diversos problemas relacionados com a Engenharia.

O Professor Joaquim Figueiras foi o orador escolhido para fazer a apresentação da obra “Melhoria da Durabilidade dos Betões por Trata-mento da Cofragem”, aproveitando para destacar o estudo e pesquisa

realizados pela autora ao longo de todo o processo de realização do livro.

A obra da Professora Joana de Sousa Coutinho apresenta uma reflexão sobre a durabilidade do betão através de um tipo inovador de cofragem - o CPF (Cofragem de Permeabilidade Controlada).

Em relação ao mais recente lançamento da FEUP Edições, o eBook “Segurança na Construção”, o orador convidado foi o Engenheiro Fernando de Almeida Santos que realçou o formato no qual esta obra é publicada, o suporte electrónico, e as vantagens que daí advêm.

Por sua vez, o Professor Alfredo Soeiro acentuou a permanente actu-alização dos conteúdos da obra, permitindo desta forma ultrapassar o conceito de livro como depósito de informação estático e retirar o maior proveito das potencialidades do suporte electrónico. O objectivo será o de criar uma comunidade de aprendizagem sustentada neste eBook.

Recorda-se que as publicações da FEUP Edições podem ser enco-mendadas através do Website da editora (http://feupedicoes.fe.up.pt) bem como por via fax ou por e-mail.

FEUP Edições lança mais três obrasBiblioteca aposta na aprendizagem sustentada em eBooks

sessão “A Investigação Académica em Usabilidade”.Esta promoção da usabilidade atraiu um grande número de

interessados, que participaram activamente nesta sessão. O Dia Mundial da Usabilidade é dedicado a todos aqueles quejá usaram qualquer tecnologia e se questionaram: “Porque

não funciona isto correctamente? O que é suposto fazer agora?” Procurando esclarecer estas questões, a APPU e a Humaneasy Consulting organizaram vários eventos gratuitos em Portugal espalhados por várias cidades, de norte a sul.

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O reconhecimento do vento como fonte de energia remonta aos tempos antigos. Exemplos da sua utilização abundam nas civilizações da Antiguidade e na história Portuguesa dos Des-cobrimentos, como a principal fonte de energia na arte de bem navegar. Muitos séculos mais tarde, e muitas décadas depois da nossa entrada no mundo moderno da electricidade, o vento foi redescoberto como fonte de energia primária para a produção de electricidade - a energia - tal o seu impacto na sociedade actual.

Esta redescoberta do vento só foi possível devido aos avan-ços tecnológicos e à impossibilidade do desenvolvimento baseado no consumo crescente dos combustíveis fósseis e seus derivados, conforme reconhecido no Protocolo de Kyoto1 (1997) e o efeito cascata por ele provocado, que se traduziu em orientações de políticas de âmbito Europeu2 e muitas outras de âmbito nacional.

A INDÚSTRIA DO VENTO

UMA INDÚSTRIA EUROPEIAA Indústria do Vento é a mais Europeia de todas as indústrias.

Usando dados relativos a 2004, as companhias europeias detêm 85% do mercado mundial de aerogeradores e 75% (em capacidade) dos parques eólicos estão instalados na Europa. A taxa de crescimento3 desta indústria europeia foi 28%, no período de 1999 a 2004, i.e. superior à indústria de computadores, normalmente con-siderada como aquela de maior taxa de crescimento.

A era moderna da Indústria do Vento tem origem na Dinamarca, o único País que após a crise petrolífera de 1973, manteve a energia eólica como uma das suas áreas de I&D. Foi este facto e o apoio dos programas europeus nas décadas de 80 e 90, que deram a esta indústria a sua dimensão Europeia. Este cenário, que foi marcado por empresas de pequena e média dimensão de origem dinamarquesa e alemã, foi recentemente alterado com a entrada no sector da GE e da Siemens, os grandes grupos multinacionais da área da energia, que muito provavelmente irão dominar o sector, à semelhança do que já acontece noutras áreas de produção de electricidade.

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTOA importância da Indústria do Vento é inquestionável, sendo ela

também uma vítima do seu próprio sucesso ao, por exemplo, ter sido (quase) excluída como uma das áreas passível de fi nanciamento no âmbito do 6º Programa Quadro, no pressuposto de que já teria atin-gido a maturidade e a capacidade sufi ciente para auto-fi nanciar a sua própria I&D. Um erro, com consequências que pode pôr em risco a liderança da Europa como produtora de conhecimento e de tecnolo-gia, na Indústria do Vento, e que acções prioritárias recentes ainda no âmbito do 6º, e o 7º Programa Quadro pretendem corrigir.

O grande crescimento da Indústria do Vento, só foi possível devido a muitos outros factores, como por exemplo, o aumento da capa-cidade de produção e consequente redução dos custos de produção dos aerogeradores, a redução do custo do kWh de electricidade de origem eólica4, por fi m, e porventura a mais importante, os desenvol-vimentos da tecnologia que permitem com que um único aerogerador produza uma quantidade de electricidade superior a 200 aerogerado-res da década de 805 .

Os desenvolvimentos da Indústria do Vento tocam às mais diversas áreas e sectores da engenharia, e ocorreram através de um processo de migração de muitas das técnicas e metodologias de outras indústrias, nomeadamente a Aeronáutica. A manutenção da sua taxa de cresci-mento depende da capacidade desta Indústria gerar as suas próprias tecnologias, em resposta à solução de problemas que lhe são especí-fi cos e desafi os que se avizinham. Para referir apenas dois, saliente-se a compatibilização da produção de electricidade de origem eólica com todo o sistema electroprodutor, colocando novas exigências nas características dos geradores e seus sistemas de controlo. Esta com-patibilização exige novas estratégias e procedimentos para o sistema eléctrico de energia, que passa pelo aumento da capacidade de previ-são da disponibilidade do vento como fonte de energia primária; i.e. melhoria dos sistemas de previsão meteorológica, fazendo da previsão da velocidade e direcção do vento o seu objectivo principal.

A Indústria do Vento, estabelecendo a analogia com o ser humano, entrou agora na sua adolescência. O caminho para a idade adulta está marcado por novas experiências e desenvolvimentos que contribuirão para a sua forma fi nal, ao lado de outras fontes de energia primária (hidro, carvão, nuclear) que são hoje a fonte principal de produção de electricidade.

1 O Protocolo de Kyoto é actualmente um acréscimo ao United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), e estabelece o compromisso dos Países signatários reduzir as

emissões de dióxido de carbono e outros 5 gases contribuintes para o efeito de estufa. O Protocolo de Kyoto foi redigido em 11 de Dezembro de 1997 e entrou em vigor em 16 de Fevereiro

de 2005.2 Directiva Comunitária 2001/77/EC (de 27 de Setembro de 2001), sobre a promoção da electricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis no mercado interno da electricidade.

(21 de Setembro de 2001)3 Wind Force12: a blueprint to achieve 12% of the World’s electricity from wind power by 2020 (June 2005). GWEC-Global Wind Energy Council5 Aerogerador Enercon E120 rotor de 114 m de diâmetro e potência igual a 6 MW, e aerogerador Bonus de 30 kW e 20 m de diâmetro, do início dos anos 80.

{ Opinião: José Laginha Palma }

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Boletim informativo . 23

O CASO PORTUGUÊS.AINDA VAMOS A TEMPO?

Apesar da indústria europeia do vento ter as suas origens na Dinamarca, outros países como a Alemanha e mais recentemente a Espanha, se lhe seguiram. Políticas dos governos desses Países fi zeram da Espanha o País no Mundo com mais capacidade instalada em 2004, atingindo nesse ano uma capacidade acumulada equivalente a 20% da capacidade mundial e 50% da instalada na Alemanha.

As formas como isto foi implementado foram diversas, mas porventura a mais importante, foi a criação de mecanismos que “obrigaram” as empresas fabricantes de aerogeradores a criar unidades industriais nos Países onde se propunham instalar novos Parques Eólicos. Trata-se de um procedimento adoptado pelo Governo Por-tuguês no concurso para atribuição de mais 1200 MW de potência para a produção de energia eléctrica em centrais eólicas, a que podem acrescer mais 600 MW, em caso de mérito excepcional das propos-tas concorrentes6. Um esforço de tamanha dimensão só poderá ter sucesso, se for acompanhado pelos grupos que constituem a rede de investigação nacional. É a estes grupos e às entidades gestoras do sistema de nacional de Ciência e Tecnologia, juntamente com os concorrentes, que cabe encontrar o melhor destino aos prováveis 70 milhões de Euros, que poderá atingir a contribuição dos consórcios concorrentes para o designado fundo de inovação, conforme as regras deste concurso.

A FACULDADE DE ENGENHARIAQuis o acaso (e a necessidade!) que se reunisse na Faculdade de

Engenharia um conjunto alargado de grupos de investigação em áreas de conhecimento que têm vindo a contribuir para a implan-tação de competências nacionais no âmbito da Indústria do Vento. Alguns destes grupos estão retratados no presente Boletim; outros grupos ainda sem o saber poderão vir também a contribuir para essa bolsa de competências, caso decidam tirar partido das oportu-nidades e direccionar os seus interesses e conhecimentos científi cos de forma a dar resposta aos muitos desafi os que a Indústria do Vento nos coloca.

País Capacidade total (MW)

Alemanha 16649

Espanha 8263

EUA 6750

Dinamarca 3083

Índia 3000

Itália 1261

Holanda 1081

Japão 991

Reino Unido 889

China 769

Total 42735

6 Para mais pormenores sobre este mesmo assunto, remete-se para a entrevista neste boletim.

Nota fi nal: apesar da nossa preocupação em utilizar os números mais actuais, refi ra-se a difi culdade em fazê-lo. A taxa de crescimento da indústria é muito elevada e excede as previsões mais optimistas e a instalação de novos parques é uma realidade diária. Por exemplo, a capacidade instalada em Portugal ultrapassou há poucos dias a barreira dos 1000 MW, quando a informação mais recente relativa a Portugal, no GWEC – Global Wind Energy Council diz respeito ao fi m do ano de 2004, com 274 MW.

José Laginha Palma Dezembro de 2005

Para saber mais:http://telosnet.com/wind/http://www.windpower.org/en/

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24 . Boletim informativo24 . Boletim informativo

{ Investigação e Desenvolvimento }

Dado o pontapé de saída em Julho de 2004, a FEUP dispõe, desde Outubro passado, de uma infra-estrutura Grid Computing, sinónimo de um elevado desempenho. Ainda em processo de avaliação e testagem, este novo equipamento, da marca IBM, coloca ao dispor da comuni-dade académica da Faculdade um total de cálculo na ordem de 200 GFlops, 133 GByte de memória RAM e 3,5 TByte de espaço em disco.Conheça mais de perto o equipamento NxPy , em que N e P são as letras iniciais das palavras nó e processador.

Algumas áreas de investigação existentes na FEUP requerem a utilização de infra-estruturas de grande capacidade computacional, conforme reconhecido pela FCT ao atribuir a algumas Unidades de Investigação fi nanciamento para esse efeito. Das diversas áreas cientí-fi cas identifi cadas como utilizadores destas infra-estruturas destacam--se a dinâmica dos fl uidos, simulação em mecânica estrutural, data mining, computação paralela, multimédia e computação gráfi ca, entre outras. A utilização efectiva de recursos computacionais de grande dimensão não é possível se tiver que ser assegurada por uma unidade, Institutos de Interface ou Departamento de forma individual, e por esta razão, com o patrocínio da Direcção da FEUP foi possível juntar fi nanciamentos de origem diversa, e a boa-vontade dos intervenientes para poder levar a afeito a aquisição de recursos computacionais de grande dimensão à escala nacional.

Tratou-se de um processo longo, em que se procurou envol-ver aqueles mais directamente interessados na utilização de uma infra-estrutura desta natureza, com objectivo não só de viabilizar a aquisição do equipamento da maior dimensão possível, mas também a equipa de técnicos para o necessário apoio ao utilizadores e até a constituição de um fundo para renovação do equipamento e retardar a rápida obsolescência típica de qualquer equipamento informático.

O processo de aquisição da infra-estruturaO CICA pela sua natureza de Serviço central e experiência de

apoio à comunidade FEUP nas suas actividades de ensino era quem se encontrava na melhor condição para coordenar este processo, e foi quem passou a fazê-lo, depois do “pontapé de saída” inicial, em Julho de 2004, (que exigiu muita refl exão e tempo).

Com a identifi cação dos interessados avançou-se para o desenho da arquitectura apropriada tendo o processo culminado com a aquisição em Maio de 2005 duma infra-estrutura de 32 servidores com 64 processadores.

Identifi cados os vários actores e compreendidas as necessidades avançou-se, então, para a preparação do caderno de encargos que mais tarde foi submetido a um conjunto de empresas no sentido de recolher propostas para a infra-estrutura que havia sido desenhada. Na mesma altura foi constituído o júri para apreciação das propostas que veio a integrar técnicos do CICA, e professores com conhecimen-tos e interesses nas áreas científi cas ligadas a computação e informá-tica. Esta fase do projecto obrigou a um estudo detalhado de diversas tecnologias e documentação ocupando intensamente a equipa

durante vários meses, apresentações públicas seguida de conversações e sucessivos pedidos de esclarecimento e reformulação das propostas com as empresas concorrentes atingindo-se a fase fi nal da negociação em Maio de 2005.

A infra-estrutura, que veio a ser adquirida à empresa IBM, tem como principais características:

Com a chegada do equipamento, em fi nais de Julho, seguiu-se a fase de instalação que fi cou concluída em Outubro. A infra-estrutura foi colocada em funcionamento, para testes, desde esta data até fi nal do ano de 2005, momento em que passou para produção.

Paralelamente foram sendo estudadas as questões relevantes no âmbito das regras de utilização e de gestão da infra-estrutura que depois de consolidadas foram reunidas num documento específi co intitulado “Princípios orientadores de utilização e gestão”, em vigor desde Outubro de 2005, após aprovação pelos elementos do consór-cio e pela Direcção da FEUP.

Composição do consórcioO consórcio constituído para a aquisição desta infra-estrutura e

as respectivas percentagens de computação mínimas asseguradas, proporcionais ao investimento efectuado, apresentam-se na tabela seguinte.

FEUP ADQUIRE INFRA-ESTRUTURA COMPUTACIONAL DE GRANDE DIMENSÃO

Número de nós 32, 64 processadores

Características principais dos nós

Servidor x336 Rack 2x Intel Xeon EM64T 3GHz / 2MB L2, 4GB RAM, disco 80GB 7.2K SATA, 2x Lan 10/100/1000Tx, (1U)

Características principais do nó de gestão

Servidor x346 Rack 2x Intel Xeon EM64T 3GHz / 2MB L2, 4GB RAM, 6x 146GB RAID5 com 256MB Cache, DVD, fonte e ventoinhas redundantes, placa de gestão remota, 3x Lan 10/100/1000Tx, (2Us)

Infra-estrutura de comunicação 2x Switch de rede com gestão de 48 portas

Rack Rack 42Us com porta frontal, traseira e painéis laterais, 6x tomada de 16A com 7 saídas, monitor LCD 15” com rato e teclado (1U), 1x console Switch IP Local 32 portas exp a 64

Software de Gestão do Cluster Software CSM (Cluster System Management)

Software Middleware SCALI MPI Connect

Membros do Consórcio% de computação mínima garantida

Direcção FEUP / Centro de Informática Professor Correia de Araújo (CICA) 10,5%

LSRE, Laboratório de Processos de Separação e Reacção 39,2%

CEsA, Centro de Estudos de Energia Eólica e Escoamentos Atmosféricos 22,4%

IDMEC, Instituto de Engenharia Mecânica - Pólo FEUP 2,8%

CEHRA, Centro de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente 2,8%

MEI, Mestrado em Engenharia Informática 2,8%

MTM, Mestrado em Tecnologia Multimédia 2,8%

MEEC, Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores 2,8%

MMCCE, Mestrado de Métodos Computacionais em Ciências e Engenharia 8,4%

DEEC, Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores 2,8%

DEC, Departamento de Engenharia Civil 2,8%

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Em resumo, a constituição do consórcio, que culminou na aqui-sição deste equipamento constituiu motivo de satisfação para todos os envolvidos no processo e um exemplo de como juntando esforços se conseguem viabilizar a aquisição de infra-estrutura e recursos que seria impossível de uma forma individual. Isto também permitirá a todos (incluindo as membros que não participam directamente) no consórcio aceder a um equipamento até agora inexistente, abrindo o caminho para a resolução de novos problemas de todas as áreas da engenharia.

Outros projectos em curso no CICA nesta área Os principais projectos em curso no CICA na área de

grid computing são:1. RNCA (Rede Nacional de Computação Avançada) – No âmbito

deste projecto, que visa a construção duma infra-estrutura de compu-tação de nível nacional com pólos na FEUP, IST, LNEC e Departa-mento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho, o CICA colabora com o IDMEC/FEUP.

2. GridUP – No âmbito deste projecto está a ser construída uma infra-estrutura que visa interligar, com tecnologia grid computing, três nós de computação existentes na Universidade do Porto, nomeada-mente na FEUP, FCUP e IRICUP.

3. Interligação recorrendo a tecnologias de grid computing das infra-estruturas NxPy e gridUP.

4. Interligação com outras infra-estruturas nacionais e internacio-nais de grid computing.

5. Workshop sobre computação de elevado desempenho e grid computing – Está previsto para o próximo dia 17-Jan-2006, na FEUP, e será organizado conjuntamente pela FEUP e IBM.

Em 30 de Novembro de 2005, numa sessão organizada pela Direc-ção da FEUP, foi formalizado este consórcio, com a assinatura dos respectivos documentos.

ConclusõesNeste processo há vários aspectos que merecem ser destacados. Uns

relacionados com a metodologia seguida e as vicissitudes do processo; outros com os resultados já existentes obtidos a partir da infra-estru-tura. Concretamente:

1. A infra-estrutura NxPy surgiu da colaboração estreita e empe-nhada de diversos membros da comunidade académica, reunindo docentes, investigadores e técnicos que, em conjunto, desenharam uma solução adequada às necessidades dos diversos intervenientes.

2. Outro aspecto em que este processo se pode também considerar exemplar relaciona-se com o facto dos diversos intervenientes junta-rem os recursos fi nanceiros e adquirirem uma infra-estrutura comum de dimensão signifi cativa, por oposição a modelos mais sectoriais onde cada grupo teria tendência para adquirir a sua (pequena) infra-estrutura.

3. Os membros do consórcio manifestaram a vontade de manter esta infra-estrutura actualizada, procurando obter fi nanciamento que a permitam manter e renovar.

4. A garantia de protecção do investimento dada a cada membro do consórcio e que assegura uma disponibilidade mínima da infra--estrutura proporcional ao seu investimento; isto é, cada membro do consórcio sempre que necessite tem a infra-estrutura disponível, pelo menos, no equivalente ao seu investimento.

5. Qualquer membro da comunidade académica pode usar a infra--estrutura, mesmo que não tenha contribuído para o investimento inicial, ao abrigo do investimento efectuado pelos Órgãos Centrais da FEUP.

6. A constituição no CICA duma equipa técnica especializada para apoio aos utilizadores, que assegurará o adequado funcionamento da infra-estrutura e zelará pela sua gestão de acordo com os princípios defi nidos;

7. A existência de um interface simples, fácil de usar e de aceder (acessos a partir de um browser), que permite o uso da infra-estrutura sem a necessidade de qualquer confi guração nos equipamentos locais dos utilizadores e sem que estes precisem de conhecer a complexidade de confi gurações existente.

O acesso à infra-estrutura está disponível a partir do endereço: http://grid.fe.up.pt.

A utilização do NxPy no período de testes já permitiu a obtenção de alguns resultados, de que é exemplo a imagem abaixo, relativa à simulação da obtenção de um componente em chapa.

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{ Agenda }

{ Biblioteca }

: Projecto Teatral “Perdi a minha PEN DRIVE”1 e 2 de Fevereiro de 2006Auditório da FEUPOrganização: Comissariado Cultural da FEUPMais informações: [email protected]

: Colóquio Internacional sobre Segurança e Higiene Ocupacionais9 e 10 de Fevereiro de 2006Auditório da FEUPOrganização: Sociedade Portuguesa de Segurança e Higiene Ocupacionais (SPSHO) Universidade do Minho; FEUP-DECMais informações: http://sposho.no.sapo.pt/sho2006

: 6º Congresso sobre Higiene e Segurança no Trabalho23 e 24 de Fevereiro de 2006Auditório da FEUPOrganização: Ordem dos Engenheiros; FEUP-DECMais informações: http://www.fe.up.pt/si/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=5078

: Semana Aberta FEUP6 a 10 de Março de 2006Auditório da FEUPOrganização: Serviço de Imagem, Comunicação e CooperaçãoMais informações: [email protected]

: PATORREB 200620 e 21 de Março de 2006Auditório da FEUPOrganização: FEUP-DECMais informações: http://www.fe.up.pt/patorreb2006

: Guitararmagedon27, 28 e 29 de Março de 2006Auditório da FEUPOrganização: AEFEUPMais informações: [email protected]

Novo Serviço de Pesquisa de Normas disponível na FEUPSpecs & Standards

“Uma norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece regras, linhas directrizes ou características, para actividades ou seus resultados, garantindo um nível de ordem óptimo num dado contexto.” (IPQ)

O uso de normas estabelecidas pelas instituições normalizado-ras de referência faz parte das actividades correntes de qualquer engenheiro. No entanto, a pesquisa das normas vigentes apli-cáveis a uma actividade esbarra com a necessidade de ter que pesquisar em múltiplos organismos para identificar as normas pretendidas.

Para fazer face a esta dificuldade, o SDI adquiriu o acesso à IHS Specs & Santards. Esta é uma base de dados que permite a pesquisa integrada dos documentos normativos aprovados pela quase totalidade de instituições normalizadoras de todo o mundo.

A partir desta base de referências bibliográficas é possível aceder rapidamente a informações técnicas de grande parte das normas internacionais e filtrar os documentos por organização reguladora e tipologia do documento (industrial, militar, ANSI, comercial, entre outras).

As normas existentes no SDI foram digitalizadas e disponi-bilizadas em formato electrónico dentro do campus a partir do Catálogo da Biblioteca. A pesquisa poderá ser efectuada por título, autor (instituição normalizadora), assunto e código da norma (usar o campo título) e a ligação ao texto integral electró-nico pode ser obtido no respectivo registo bibliográfico.

A aquisição de normas não disponíveis no SDI poderá ser solicitada usando a opção ‘pedido de documentos’ > ‘norma’, disponível no catálogo da Biblioteca após validação.

A base da Specs & Standards está disponível na FEUP, podendo ser consultada a partir da página principal do Website da Biblioteca, secção de documentos técnicos, área de normas.

Para mais informações entre em contacto com o Serviço de Referência da Biblioteca da FEUP através do e-mail [email protected] ou da extensão 1890.

: Semana Cultural AEFEUP3 a 6 de Abril de 2006Auditório da FEUPOrganização: Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do PortoMais informações: [email protected]

: Conferência “Composites Testing and Model Identification”10, 11 e 12 de Abril de 2006Auditório da FEUPOrganização: INEGIMais informações: http://www.fe.up.pt/comptest2006

: Council Meeting ESTIEM18 a 22 de Abril de 2006Auditório da FEUPOrganização: AGE-i-FEUPMais informações: www.porto2006.cm.estiem.org

Mais informações: [email protected]

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: Agile Project ManagementResponsável: Prof. Ademar Aguiarhttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0607Data: 7, 8 e 9 de Fevereiro

: Prototipagem Rápida e Fabrico Rápido de FerramentasResponsável: Prof. Jorge Linohttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0616Data: 10, 17, 24 de Fevereiro 3, 10, 17, 24 e 31 de Março

: Projecto de Condicionamento Acústico de Edifícios - IniciaçãoResponsável: Prof. A. P. Oliveira de Carvalhohttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0601Data: 11 de Fevereiro a 17 de Março

: Gestão de Operações em Transporte Ferroviário Responsável: Prof. Álvaro Costahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0617Data: 13 a 17 de Março

: Curso de Especialização em Segurança no Trabalho de ConstruçãoResponsável: Prof. Alfredo Soeirohttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0602Data: 17 de Março e 29 Julho

: Gestão de Operações em Transporte Público Rodoviário de Passageiros Responsável: Prof. Jorge Freire de Sousahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0618Data: 3 a 7 de Abril

: Tomar melhores decisões usando métodos quantitativos e folhas de cálculoResponsável: Prof. Maria Antónia Carravilla

http://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0620Data: 3, 4, 10 e 11 de Abril

: Gestão de Operações em Transporte AéreoResponsável: Prof. Álvaro Costahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0619Data: 8 a 12 de Maio

: Iniciação ao Estudo da Térmica de Edifícios e Sistemas de AVACMódulo I – Física geral e geradores térmicosResponsável: Prof. Eduardo de Oliveira Fernandes e Prof. José Luís Alexandrehttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0614Data: 10, 11, 12 e 19 de Maio

: Iniciação ao Estudo da Térmica de Edifícios e Sistemas de AVACMódulo II – Edifícios, Sistemas AVAC e Eficiência EnergéticaResponsável: Prof. Eduardo de Oliveira Fernandes e Prof. José Luís Alexandre

http://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0615Data: 6, 7, 8, 9 e 19 de Junho

: Especificação Geométrica de ProdutosResponsável: Prof. José A. S. Almacinhahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0612Data: 21 a 28 de Junho

: Desenvolvimento Ágil de Software em C#visualstudio.netResponsável: Prof. João Pascoal Fariahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0608Data: 22, 23, 29 e 30 de Junho

: Desenvolvimento Ágil de Software em Java/EclipseResponsável: Prof. Ademar Aguiarhttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0609Data: 22, 23, 29 e 30 de Junho

: Segurança em Redes Locais e na InternetResponsável: Prof. José Magalhães Cruzhttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0610Data: 3 a 7 de Julho

: Documentação de Software: Uma Abordagem Ágil e ColaborativaResponsável: Prof. Ademar Aguiarhttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0611Data: 13 e 14 de Julho

: Visualização CientificaResponsável: Prof. João Manuel R. S. Tavareshttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0621Data: 18 a 22 de Setembro

: Curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene do Trabalho (Homologado pelo ISHST)Responsável: Prof. João Santos Baptistahttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0622Data: 18 de Setembro de 2006 a 31 de Julho de 2007

: Projecto e Simulação Hidráulica de Redes Públicas de Abastecimento de ÁguaResponsável: Prof. Mário Valente Neveshttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0603Data: 28 e 29 de Setembro

: Concepção Assistida por ComputadorResponsável: Prof. João Manuel R. S. Tavareshttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0613Data: 9 a 13 de Outubro

: As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Construção Responsável: Prof. Alfredo Soeirohttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0604Data: 23 a 27 de Outubro

: Execução de Plano de Segurança na ConstruçãoResponsável: Prof. Alfredo Soeirohttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0605Data: 8 a 10 de Novembro

: Dimensionamento de Estruturas Metálicas segundo o EC3Responsável: Prof. Mota Freitashttp://www.fe.up.pt/si/f_continua.acc_FormView?P_CODIGO=EE0606Data: 16, 17, 23 e 24 de Novembro

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÃO:Faculdade de Engenharia da Universidade do PortoServiços AcadémicosRua Dr. Roberto Frias, 4200-465 PortoTel:: (+351) 225 081 412/1533/1414Fax: (+351) 225 081 409Email: [email protected]/formacao

“ESTUDO DA HIDRODINÂMICA DO PROCESSO DE OZONIZAÇÃO DA ETA DE LEVER”Tese de Mestrado em Engenharia do AmbienteCatarina Ferreira das Neves CavalheiroOrientador: Prof. Doutor José Carlos Brito Lopes15 de Novembro de 2005

Esta tese tratou principalmente do estudo da hidrodinâmica dos tanques de ozonização da ETA de Lever, pertencente à empresa Águas do Douro e Paiva (AdDP), recorrendo ao CFD (Computational Fluid Dynamics). Após este estudo, que foi efectuado com o software Fluent, foi proposto o uso de deflectores para alterar o padrão de escoamento no tanque de modo a melhorar a sua eficiência.

“TECNOLOGIAS MULTIMÉDIA NA AUTO-APRENDIZAGEM DE LÓGICA E LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO. ESTUDO DE CASO”Tese de Mestrado em Tecnologias MultimédiaAntónio Vieira CastroOrientador: Prof. Doutor Eurico Carrapatoso 6 de Setembro de 2005

Face ao crescente interesse pelos sistemas de e-learning e à maior velocidade de acesso a conteúdos multimédia via Web, pretendemos avaliar se o desenvolvimento e utilização de conteúdos de ensino multimédia serão um factor de eficácia em auto-aprendizagem, o que foi comprovado na sua aplicação a uma disciplina de programação.

“STUDY OF NEW ADSORBENTS AND OPERATION CYCLES FOR MEDICAL PSA UNITS”Tese de Doutoramento em Engenharia QuímicaJoão Carlos Godinho de Faria dos SantosOrientador: Prof. Doutor Adélio Miguel Magalhães Mendes Prof. Doutor Fernão Domingos de Montenegro Baptista12 de Dezembro de 2005

A tese diz respeito ao estudo e optimização de unidades que concentram o oxigénio do ar, por um processo denominado adsorção por modulação da pressão. Estas unidades podem ser usadas, por exemplo, em casa de pessoas com dificuldades respiratórias. Estas pessoas, em vez de recorrerem a garrafas de oxigénio, que de tempos a tempos precisam de ser substituídas, podem usar estas máquinas que precisam apenas de ser ligadas à corrente.

“MAQUINAGEM DE COMPÓSITOS HÍBRIDOS”Tese de Doutoramento em Engenharia QuímicaLuís Miguel Pereira DurãoOrientador: Prof. Doutor António Torres Marques4 de Outubro de 2005

Estudo e optimização de diversas estratégias de furação, baseado em modelos de dano conhecidos. Apresentação de um proposta de desenho de ferramenta de furação que considere a especificidade deste tipo de materiais (plásticos reforçados com fibras de vidro/ carbono).Desenvolvimento de um Modelo de Elementos Finitos que auxilie o estudo da furação destes materiais.Com o desenvolvimento posterior da tese pretende-se obter um novo conceito de ferramenta adequado à furação destes materiais.

Mais informações: http://www.fe.up.pt/si/notícias

{ Provas Académicas }

{ Educação Contínua }

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