b.forest-a-revista-eletrônica-do-setor-florestal-edição-07-ano-02-n°-04-2015
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revista do setor florestalTRANSCRIPT
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1EXPEDIENTE B. FOREST
Est chEgando uma Evoluo na florEsta.
Em junho, aguardE.Novas sries de equipamentos John Deere de esteiras e pneus vo inovar o trabalho na floresta. Voc vai se surpreender com estes lanamentos.
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4 EXPEDIENTEB. FOREST 5EXPEDIENTE B. FOREST
Sempre gostei muito dos meus trabalhos juntos as Instituies de classe, de fazer parte do elo entre
empresas e o setor como um todo
Indce06
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EDITORIAL
ENTREVISTA
PRINCIPAL
ESPECIAL
TRANSPORTE
MOMENTO EMPRESARIAL
NOTAS
FOTOS
VDEOS
AGENDA
Diretor Florestal da Eldorado Brasil
Germano Aguiar Vieira
Foto: Divulgao
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6 EXPEDIENTEB. FOREST 7EXPEDIENTE B. FOREST
Expediente:Diretor Geral: Dr. Jorge R. Malinovski
Diretor de Negcios: Dr. Rafael A. Malinovski
Executiva Comercial: Josiana Camargo
Editora: Giovana Massetto
Jornalista: Amanda Scandelari
Designer Responsvel: Vincius Vilela
Financeiro: Jaqueline Mulik
Conselho Tcnico:Aires Galhardo (Diretor Florestal da Fibria), Antonio Solano Junior (Gerente de vendas para Amrica do Norte e do Sul da Caterpillar), Csar
Augusto Graeser (Diretor de Operaes Florestais da Suzano), Edson Tadeu Iede (Chefe Geral da Embrapa Florestas), Germano Aguiar
(Diretor Florestal da Eldorado Brasil), Jos Totti (Diretor Florestal da Klabin), Lonard dos Santos (Diretor de Vendas da Komatsu Forest),
Mrio SantAnna Junior (Diretor Executivo Floretal da Gerdau), Rodrigo Junqueira (Gerente de Vendas da John Deere Florestal), Sergio da
Silveira Borenstain (Diretor Florestal da Veracel), Teemu Raitis (Diretor da Ponsse Latin America).
B.Forest - A Revista Eletrnica do Setor Florestal
Edio 07 - Ano 02 - N 04 - Abril 2015
Foto de Capa: John Deere
Malinovski Florestal
+55(41)3049-7888
Rua Itupava, 1541, Sobreloja - Alto da XV - Curitiba (PR) CEP:80040-455
www.malinovski.com.br / [email protected]
Que o pas vive um momento econmico turbulento, no novidade. O interessante a soluo que as
empresas dos mais diversos ramos encontram para superar as dificuldades. No setor florestal, no diferente.
Quando o valor de um investimento gera custos elevados, como a aquisio das mquinas de colheita, uma
das solues a ser estudada a extenso da vida til das mquinas por meio da manuteno. Na reportagem
de capa, conhea a opinio dos especialistas sobre o assunto.
Outro tema discutido, o futuro da cultura do pinus no Brasil. Afinal, a produo est estagnada? Quais
so as alternativas que esto sendo praticadas pelo mercado para fortalecer o gnero no pas? Saiba quais so
as solues encontradas.
A infraestrutura tambm foi tema de destaque nesta edio. Conhea as diferenas tcnicas de aplicao
entre: ponte tradicional, ponte mvel e passagens molhadas.
Para fechar com chave de ouro, confira a entrevista exclusiva com um dos executivos florestais mais in-
fluentes da atualidade, o diretor florestal da Eldorado Brasil, Germano Aguiar Vieira.
Saudaes Florestais!
Decises florestais!
8 EDITORIALB. FOREST
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FloRestal, Falecom a tRacbel!
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8 ENTREVISTAB. FOREST 9ENTREVISTA B. FOREST
Foto
: Div
ulga
o
9ENTREVISTA B. FOREST
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10 ENTREVISTAB. FOREST 11ENTREVISTA B. FOREST
Desafios promissoresGermano Aguiar Vieira Diretor Florestal da Eldorado Brasil
O entrevistado desta edio, responde
pela produo florestal da maior fbrica de
celulose em linha do mundo, a Eldorado
Brasil. Com mais de 30 anos de experincia,
Germano Aguiar Vieira, acredita no cresci-
mento do setor florestal aliado a tecnolo-
gia e ao apoio das instituies de pesquisa
e empresrios. Na entrevista exclusiva, ele
conta como a empresa est se preparando
para a ampliao produtiva e tambm quais
so as tcnicas utilizadas para driblar a falta
de mo de obra. Confira!
Como comeou sua ligao com o setor
florestal?
Sempre quis ser engenheiro. Ainda jovem
ouvi falar sobre ecologia e florestas. Foi
nesta poca que decidi seguir um cami-
nho diferente das engenharias eltrica ou
civil, um caminho que unisse a engenharia
com a ecologia. Hoje, tenho quase 30 anos
de experincia como engenheiro florestal.
Comecei trabalhando por muitos anos em
uma empresa de energia, depois trabalhei
em empresas produtoras de celulose e MDF.
Tive experincias por todo o Brasil, no Sul
com o plantio de pinus e agora no Centro-
-Oeste com o eucalipto, na Eldorado Brasil.
Quais as experincias mais marcantes
na sua carreira?
Tive a oportunidade de vivenciar
momentos importantes do setor. Quando
entrei na rea, a produo nacional era
de cerca de 10 a 12 m de madeira por
ha/ano, hoje a mdia de 40 chegando a
60m em algumas regies. Nessa trajetria,
pude vivenciar o avano do melhoramento
gentico, do manejo silvicultural. Hoje,
vejo um setor com tecnologia de ponta,
que investe em biotecnologia. Vivi tambm
a substituio do trabalho rstico do
campo pelos empregos seguros, assim
como a especializao de todas as etapas
de produo nas empresas. O aspecto
administrativo tambm passou por
mudanas, nesse quesito tive que aprender
a lidar com contingentes muito grandes de
pessoas e fazer com que a empresa seja
aceita na comunidade na qual est inserida.
Outra experincia bastante importante
foi a participao em associaes. Fui
presidente da AMS (Associao Mineira
de Silvicultura), vice-presidente da SBS
11ENTREVISTA B. FOREST10 ENTREVISTAB. FOREST
Foto: Divulgao
Mecanizamos 85% das atividades silviculturais, contando o preparo de
solo, o plantio, a irrigao e a adubao
Germano Aguiar Vieira
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12 ENTREVISTAB. FOREST 13ENTREVISTA B. FOREST
J estamos plantando a mais para abastecer uma
nova linha de produo. Para as duas, teremos
que plantar aproximadamente 350 mil ha
so os resultados e desafios nesse pionei-
rismo?
Esta iniciativa vem de encontro com
a carncia de mo de obra da regio
onde a empresa est instalada, por isto,
mecanizamos o mximo possvel s
operaes. Outra foi tornar a empresa
atraente para os trabalhadores. Para
isso, foi preciso investir em maquinrios
e qualificao de mo de obra. Outro
fator importante para a mecanizao
foi a reduo de custos. A colheita j
100% mecanizada, mas na silvicultura
tivemos que trabalhar muito para criar
um modelo prprio. Hoje, temos quatro
engenheiros trabalhando unicamente no
desenvolvimento de solues. Em parceria
com pequenas e mdias empresas estamos
fazendo adaptaes de equipamentos
vindos da agricultura na atividade de
silvicultura, graas a isso, j temos 85%
da silvicultura mecanizada, contando o
preparo de solo, o plantio, a irrigao e a
adubao. No caso da adubao, temos
uma tcnica chamada de adubao de
cobertura, na qual usamos aeronaves
especficas para fazer essa atividade cerca
de seis meses aps o plantio.
O tema mais discutido no momento a
terceirizao. De que forma ela impactaria
nas operaes da empresa?
Desde 2013, a Eldorado primarizou todas
as suas atividades. Entendemos que desta
forma, h um domnio maior das operaes
internas e temos muito cuidado com todos
os nossos colaboradores. Seguiremos
neste caminho, independente das decises
polticas.
Qual a sua avaliao do setor florestal bra-
sileiro? Que entraves ainda teremos que
superar?
O setor tem um futuro excelente pela
frente. As perspectivas so muito boas
porque temos a maior competncia
mundial para produzir biomassa e madeira.
Contamos com condio ambiental
favorvel, solo, clima e rea para plantar.
Acredito tambm que o uso de energia
renovvel o caminho do mundo. O
Brasil tem hoje o maior banco gentico
de eucalipto do mundo. Temos condies
de produzir eucalipto de alta qualidade.
Obviamente exitem alguns entraves que
devem ser superados, o maior deles a
infraestrutura. Precisamos ter mais estradas
e modais eficientes. Outro fator de extrema
importncia para o desenvolvimento
do setor so as entidades de pesquisa,
que so bastante fortes. O setor florestal
cresce e vai continuar crescendo graas ao
aporte institucional e aos empresrios que
acreditam no desenvolvimento.
(Associao Brasileira de Silvicultura) e da
Ageflor (Associao Gacha de Empresas
Florestais), tambm presidi a SIF (Sociedade
de investigao Florestal) e, atualmente, sou
presidente do Ipef (Instituto de Pesquisas e
Estudos Florestais). Sempre gostei muito
desse outro lado, de ser o elo de ligao
entre empresas e setor como um todo.
E a experincia com a Eldorado? Como
est sendo participar do processo de im-
plantao e crescimento da maior fbrica
em linha do mundo?
A empresa j nasceu com objetivo de
ser grande. O projeto comeou em 2008
com apoio de acionistas que acreditaram
no setor e implantaram a fbrica sem que
ela tivesse um suporte florestal completo.
Meu principal desafio ao assumir o cargo
foi suprir a demanda por madeira da fbrica
por alguns anos, enquanto a floresta
prpria no estava pronta. Em 2012, ela foi
inaugurada, tornando-se a maior fbrica de
celulose em linha do mundo. Ela se props
a produzir 1,5 milho de toneladas por ano,
este ano chegaremos a 1,650 milho de
toneladas.
A Eldorado tem um projeto de expanso
para uma segunda linha de produo. Qual
a meta de plantio anual para atingir a ca-
pacidade produtiva?
A demanda para a primeira linha girava
em torno de 160 mil hectares, hoje temos
200 mil plantadas. J estamos plantando a
mais para abastecer uma nova linha. Para as
duas, sero necessrios aproximadamente
350 mil ha, ou seja, ainda faltam 150 mil.
Como ns plantamos 50 mil ha por ano,
em 3 anos completaremos toda a demanda
florestal para atend-las, tendo assim
em um total de produo de 4 milhes
de toneladas. Esse o planejamento,
obviamente isso est em anlise. O
licenciamento ambiental para a duplicao
da rea j foi obtido. Esse um projeto que
est muito vivo dentro da organizao.
A Eldorado vem se destacando em adotar
prticas modernas na silvicultura. Quais
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14 PRINCIPALB. FOREST 15PRINCIPAL B. FOREST
Em pocas de instabilidade econmica qualquer tipo de investimento pensado mais
de uma vez. A manuteno das mquinas j adquiridas pela empresa pode ser uma solu-
o. Mas at que ponto elas podem ser estendidas sem prejudicar a produo?
Manuteno de mquinas florestais: produtividade por mais tempo
Foto: Divulgao
15PRINCIPAL B. FOREST
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16 PRINCIPALB. FOREST 17PRINCIPAL B. FOREST
possvel estender algumas atividades antes feitas com base
em intervalos de tempo pr-definidos (base horas) sem risco de destruio de componentes, o que geraria altos custos e perda
de disponibilidade
A mecanizao das operaes flo-
restais fez com que o trabalho se
tornasse mais rpido e produtivo.
Algumas mquinas realizam mais de uma
funo e hoje as grandes empresas de base
florestal no podem sequer pensar em no
utiliz-las no processo produtivo. Mas ter o
equipamento necessrio e de qualidade no
barato. E em momentos de instabilidade
econmica os investimentos em novos ma-
quinrios acabam ficando em segundo pla-
no e a manuteno se torna a principal alia-
da dos produtores.
Jos Eduardo Paccola, consultor na ZDP
Consultoria em gesto e manuteno de
frotas e autor do livro Manuteno e Ope-
rao de Equipamentos Mveis, explica que
em mdia a vida til econmica de uma m-
quina florestal gira em torno de 25 mil ho-
ras. O que dependendo do turno trabalhado,
equivale a 5 ou 6 anos de operao. Mas ele
acrescenta que, se a mquina for bem cui-
dada e a manuteno feita primorosamente,
a vida til pode ser estendida entre 20% e
30%. Existem empresas no Brasil que atingi-
ram esse estgio e conseguem esticar para
mais de 30 mil horas a utilizao dos equi-
pamentos.
Mas como elas chegam a isso? Paccola
explica que existem trs nveis de manuten-
o de mquinas florestais: manuteno de
servio, manuteno preventiva e manuten-
o de emergncia ou corretiva.
Manuteno de servio - deve ser reali-
zada diariamente, ou a cada turno, e consis-
te em verificar nveis, abastecer, lubrificar e
reapertar. O planejamento destas atividades
deve constar do programa de trabalho da
equipe e ser realizado rotineiramente e ser
acompanhado pelos supervisores do cam-
po.
Manuteno preventiva - o planeja-
mento da manuteno preventiva normal-
mente realizado baseado no funciona-
mento das mquinas. A medida que elas
vo trabalhando deve haver um registro e
somatrio destas horas trabalhadas que, no
momento oportuno, disparada uma infor-
mao para que determinadas tarefas cons-
tantes nos Planos de Manuteno sejam
realizadas. Conforme o tamanho da frota
necessrio que se utilize de um software de
gerenciamento destas informaes.
Manuteno de emergncia - rea-
lizada conforme necessidade, quando h
ocorrncia de quebra ou reduo da funo.
Para que as mquinas cheguem a ex- Foto: Divulgao
-
18 PRINCIPALB. FOREST 19PRINCIPAL B. FORESTcelncia e durem mais que o esperado o
consultor indica que o correto em uma boa
gesto fazer todo um planejamento, o que
significa fazer mais manutenes de servi-
o e preventivas do que as de emergncia.
Para isso necessrio ter uma equipe ca-
pacitada para antecipar os problemas, me-
diante inspees no equipamento.
Indicao do fabricante
A grande maioria das mquinas vendida
acompanhada de um manual, no qual fica
indicado o momento em que elas devem
passar pela manuteno preventiva. Marcio
Kirchmeyer Vieira, gerente geral de con-
tratos de manuteno da Komatsu Forest,
explica que as aes das mquinas da em-
presa so planejadas conforme o Plano de
Manuteno pr-estabelecido por modelo
de equipamentos. Elas seguem orientao
de nossa engenharia de produtos, o qual
continuamente analisado e readequado
quando necessrio com base em estudos de
nossa engenharia de manuteno e confia-
bilidade. O planejamento ocorre com base
em hormetros e realizado em ciclos por
complexidade e MTBF (sigla em ingls para
Mean Time Between Failures), acrescenta.
A John Deere tambm oferece uma
gama de solues para a manuteno de
suas mquinas florestais. De acordo com
Alexandre Chaves, gerente de ps-venda da
empresa no Brasil, o objetivo sempre cus-
tomiz-las para cada demanda e necessida-
de do cliente. Atualmente, existem trs tipos
principais de prestao de servio de ma-
nuteno: atendimento aos equipamentos
para diagnsticos - servio mais comum,
no qual o cliente entra em contato com o
departamento de ps-venda para solicitar
um atendimento atravs de um mecnico;
contratos customizados com durao pr-
-determinada no qual so moldados con-
tratos de acordo com a demanda do cliente
e, assim, definida uma agenda que ser se-
guida ao longo do ano; e contratos full-ser-
vice realizada toda a manuteno nos
equipamentos dos clientes e a empresa fica
responsvel pela aplicao das peas.
Em 2015, a Ponsse adotou uma nova es-
tratgia em relao s atividades de manu-
teno. Janne Loponen, gerente tcnico da
Ponsse Latin Amrica, conta que com base
no feedback dos clientes foram feitas algu-
mas alteraes que facilitam o trabalho di-
rio da equipe. Entre elas esto a facilidade
de acesso aos principais componentes de
checagem diria, como baterias, nveis de
leos por meio de varetas, central eltrica,
sistemas de lubrificao; abertura do cap
-
20 PRINCIPALB. FOREST 21PRINCIPAL B. FORESTdiferenciada e levantamento eltrico padro, grade de proteo frontal opcional que pode
ser utilizada como escada de servios; e bomba de ar comprimido padro em alguns mo-
delos, podendo ser utilizada para higienizao da cabine, utilizao de ferramentas pneu-
mticas, etc, esclarece.
A Pesa, dealer da Caterpillar, oferece aos
clientes basicamente dois tipos de manu-
teno. A preventiva, que envolve a subs-
tituio dos leos, filtros, etc. em perodo
pr-determinados. E a preditivas/corretivas,
aquelas de maior custo, como por exemplo,
o reparo do motor diesel que so executa-
das ou por tempo de trabalho da mquina
ou quando o componente mostra sinais de
problemas e isso varia conforme a estratgia
de cada empresa.
Momento certo
Especialistas afirmam que existe uma in-
dicao para o momento em que a manu-
teno deve ser feita, mas como cada m-
quina trabalha com materiais diferentes, em
terrenos, ambientes e intensidades diferen-
tes, cada caso deve ser observado para ver
se os servios que as mantm funcionando
no precisam ser feitos antes do previsto.
MQUINAS FLORESTAIS
MAIS MODERNAS E EFICIENTES
O desenvolvimento dos novos modelos uma clara demonstrao da importante relao com os nossos clientes: foi atendendo aos pedidos dos nossos clientes que os novos modelos Ponsse apresentam solues que permitem uma colheita mais produtiva, confivel e ergonmica.
O ponto inicial para o desenvolvimento da srie de modelos foi a ideia de uma mquina florestal mais moderna e eficiente em termos de capacidade de uso, produtividade e facilidades de manuteno da mquina. A estrutura do chassi da mquina ainda mais durvel e fizemos modificaes nos modelos de grua para melhorar a durabilidade e a facilidade na operao.
A atualizao dos modelos PONSSE ir continuar por toda sua linha de produtos.
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Ponsse Brasil Rua Joaquim Nabuco, 115 Mogi das Cruzes/ SP Tel: (11) 4795-4600
Ponsse Bahia Rodovia BA 275, S/n - KM 24 Fazenda Brasilndia - Eunpolis / BA Brasil - 45820-970Tel.:+55 (73) 3291-1767
Ponsse Minas Gerais Rodovia MG 758, S/n - KM 3 Perpetuo Socorro - Belo Oriente / MGBrasil - 35195-000Tel.: +55 (31) 3829-5992
Ponsse Paran Rua Cavina,06 - Centro Lagoa Residencial da Klabin Florestal Telmaco Borba / PR Brasil - 84279-000
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23EXPEDIENTE B. FOREST22 PRINCIPALB. FORESTEduardo Paccola explica que identificar o
momento ideal de troca ou reparo de algu-
ma pea tarefa do gestor de frotas. Essa
atividade fundamental para que seja poss-
vel estender as atividades de manuteno e
aumentar a vida til do equipamento.
O consultor acredita que para que isso
acontea dois fatores so determinantes:
a qualidade da operao e da manuteno
que se dedica a ele, e no somente s tare-
fas de manuteno. A funo manuteno
no a nica responsvel pelo desempenho
de um equipamento. Primeiramente temos
a operao do mesmo, que precisa fazer o
seu papel corretamente. Afinal, a boa ma-
nuteno comea com uma boa operao,
destaca.
Para ele, preciso que os operadores
obedeam s especificaes dos equipa-
mentos, no as ultrapassando. As velocida-
des tm que ser respeitadas (velocidade de
deslocamento, de movimentos dos braos,
de acelerao e desacelerao); as capaci-
dades e cargas no devem exceder o permi-
tido; deve-se evitar batidas bruscas contra
elementos slidos como rvores, carroce-
rias, mesas; e deve-se amenizar, o quanto
possvel, os impactos e solavancos ao ven-
cer obstculos tipo buracos, barrancos e
pedras.
Para que tudo isso seja feito, Paccola ressal-
ta que importante ter uma equipe de me-
cnicos altamente capacitada. Estes devem
executar os servios bsicos corretamente
limpeza, lubrificao, fixao e evitar trincas
e folgas , alm de efetuar as revises pre-
ventivas conforme planejamento, sempre
com cuidados redobrados para evitar a con-
taminao dos componentes trabalhados.
Importante ressaltar que no fcil montar
uma equipe de operao e manuteno que
tenha os cuidados j citados. Isto depende
de muita capacitao e acompanhamento,
alm de ferramentas e tcnicas de gesto
diferenciadas. Uma equipe de alto desem-
penho no se forma apenas atravs do de-
sejo. preciso trabalho, salienta.
Todo equipamento tem itens que somen-
te so substitudos em caso de rupturas e fa-
lhas e so descartados. No entanto, mesmo
que essas operaes sejam realizadas con-
forme o indicado, algumas peas tm vida
til determinada e precisam ser trocadas.
Podemos citar motores e bombas hidruli-
cos, cilindros, material rodante, componen-
tes mveis e que tm contato direto com os
produtos, quer seja madeira ou solo, esteiras
e vlvulas. Itens como filtros e lubrificantes
em hiptese algum devem ser postergados
alerta Janne Loponen da Ponsse.
Itens como filtros e lubrificantes em
hiptese algum devem ser postergados
Foto: Divulgao
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25EXPEDIENTE B. FOREST24 PRINCIPALB. FORESTA Klabin desenvolveu um plano de ma-
nuteno preventiva especfico para as m-
quinas florestais. Esse acompanhamento
constante e quando necessrio trocar pe-
as do maquinrio, o procedimento feito
sem afetar a rotina dos trabalhadores. As
manutenes preventivas seguem rigorosa-
mente o manual do fabricante e so realiza-
das semanalmente, quinzenalmente e men-
salmente, conta Jos Totti, diretor florestal
da empresa. Para a manuteno corretiva,
a companhia baseia-se no histrico da m-
quina, na troca de experincias com outras
empresas que possuem a mesma marca e
modelo ou com o prprio fabricante. Alm
disso, a Klabin mantm um estoque prprio
de peas ou em lojas in company, para oti-
mizar o tempo em uma eventual parada do
equipamento, completa.
Manuteno mal feita
Mas o que acontece se as orientaes
dos fabricantes no forem seguidas corre-
tamente? A Eldorado Brasil explica os efei-
tos que uma manuteno mal executada ou
mal planejada podem causar. Geralmente
acontecem perdas de tempo na interven-
o corretiva, custos elevados, tanto na
produo quanto nas atividades corretivas,
e grande possibilidade de retrabalhos, uma
vez que a falta de planejamento, geralmen-
te, leva a improvisaes ou servios incom-
pletos, esclarece Fbio Costa Millei, geren-
te de controle de ativos e mecanizao da
O ponto timo de troca uma definio de cada empresa, em funo de critrios tcnicos e
financeiros utilizados
Foto: DivulgaoFoto: Divulgao
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27EXPEDIENTE B. FOREST26 PRINCIPALB. FORESTempresa. Para ele, a manuteno pode ser estendida desde que sejam usadas ferramentas
de monitoramento de condio, que indicam o momento certo da interveno. Desta ma-
neira, possvel estender algumas atividades antes feitas com base em intervalos de tempo
pr-definidos (base horas) sem risco de destruio de componentes, o que geraria altos
custos e perda de disponibilidade, acrescenta.
Mas ento qual o momento ideal para substituir uma mquina? O ponto timo de troca
uma definio de cada empresa, em funo de critrios tcnicos e financeiros utilizados,
defende Paccola. Mas, em linhas gerais, ele acredita que o momento ideal de substituio
quando houver queda na disponibilidade mecnica de mais de 10 pontos percentuais ou
quando houver aumento de mais de 20% (descontada a inflao) no custo de manuteno
quando comparado com o ano anterior, desde que as prticas de manuteno e operao
sejam adequadamente estabelecidas e aplicadas.
Em resumo, um correto planejamento de manuteno contribui para menor tempo de
parada de mquina; aumento da produtividade; melhor aquisio de peas de reposio,
pois se houver planejamento possvel negociar, se for emergncia preciso pagar o preo
do balco; e gera menor nmero de acidentes, visto que se pode programar outros recur-
sos necessrios e realizar o servio em tempo adequado. Estes aspectos juntos aumentam
o tempo de uso da mquina, fazendo com que a empresa tenha lucros e no precise fazer
outro investimento na compra de novas mquinas. Se no houver um bom planejamento
perde-se produo, paga-se caro e podem ocorrer mais acidentes.
Foto: Divulgao
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29PRINCIPAL B. FOREST28 ESPECIALB. FOREST
Ao mesmo tempo em que o plantio do pinus tem sido substitudo pelo do eucalipto,
sua madeira vem sendo valorizada a cada dia e aplicada na construo civil. Especialistas
indicam que pequenos e mdios produtores invistam na produo de toras grandes, as
quais devem ficar escassas no mercado em um futuro prximo.
Pinus: qual o futuro do gnero no Brasil?
Foto: Divulgao
29ESPECIAL B. FOREST
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30 ESPECIALB. FOREST 31ESPECIAL B. FOREST
O pinus uma espcie tolerante a
baixas temperaturas e seu plantio
pode ser feito em solos rasos e
considerados pouco produtivos para agri-
cultura. Dele se origina a celulose de fibra
longa, resistente e ideal para a fabricao
de alguns tipos de papis. Sua aplicao
tambm indicada para a construo civil,
serraria e produo de mveis. No entan-
to, mesmo sendo uma madeira verstil, o
cultivo do pinus est sofrendo um declnio
bastante perceptvel. Ento, surgem dvi-
das na mente do produtor no momento de
decidir se ele inicia a plantao de pinus
ou opta por outro gnero. Afinal, qual
o futuro do pinus no Brasil? Como est o
mercado e para onde a madeira pode ser
destinada?
De acordo com Marcelo Leoni Schmid,
gerente florestal da Forest2Market do Brasil
e diretor da Index Florestal, depois da cri-
se mundial de 2008, o mercado de pinus
no Brasil estava mal e foi gradativamente
se recuperando. Aps atravessar um pe-
rodo de incertezas ps-crise econmica
houve uma tmida recuperao, entre 2010
e 2012, um processo liderado por condi-
es internas favorveis decorrentes do
aquecimento da construo civil brasileira
e da taxa de cmbio favorvel, esclarece.
Mas no final de 2014, a partir da mudana
na taxa de cmbio e com a recuperao
de importantes players mundiais, o merca-
do externo passou a liderar a recuperao
econmica e deixar o Brasil para trs.
Como consequncia disso, o setor flo-
restal entrou em uma fase de estabilizao.
Diria que o mercado de pinus est equili-
brado. At esse momento a crise no nos
atingiu, mas bem provvel que venha
atingir em um futuro prximo, isso devido
ao segmento da construo civil que j est
sofrendo os impactos econmicos, alerta
Edson Balloni, diretor da Valor Florestal.
No entanto, a construo civil no foi
a nica responsvel pela reduo do plan-
tio do pinus. Balloni destaca que para que
exista mercado para a madeira provenien-
te desse gnero preciso primeiro ter de-
manda. No Sul e no Sudeste quase no
temos procura. Para ter uma ideia, tem
madeira saindo daqui da regio Sul e indo
para Manaus, Belm, para o Norte em ge-
ral, comenta. Ele explica que quase toda a
madeira de floresta plantada que abastece
o Norte e o Nordeste proveniente do Sul.
Assim, percebe-se que o mercado est l.
No entanto, naquela regio no existe o
plantio.
Outro fator que influenciou diretamente
as reas plantadas de pinus foi o eucalipto,
que com ciclos mais curtos despertou o in-
teresse dos produtores florestais. Enquanto
o eucalipto j pode ser cortado com apro-
ximadamente 7 anos, o pinus precisa de 12
a 15 anos. O eucalipto tem sido preferido,
Como os grandes produtores esto focados em plantar o
mximo de rvores por m vai acabar diminuindo a oferta de
madeira grossa. Abrindo, assim, oportunidade para os pequenos
e mdios empresrios.
Foto: Divulgao
-
32 ESPECIALB. FOREST 33ESPECIAL B. FORESTmas a grande maioria dos produtores no
tem viso de futuro, eles no tem conhe-
cimento de mercado, alerta o diretor da
Valor Florestal, que acredita que preciso
difundir mais informaes sobre as carac-
tersticas e as aplicaes das espcies ma-
deireiras.
Madeira aplicada
unnime a avaliao de que a madeira
de pinus tem como maior destino a cons-
truo civil. Carlos Mendes, diretor execu-
tivo da Apre (Associao Paranaense das
Empresas de Base Florestal), explica que
houve uma valorizao do gnero. Antiga-
mente, o uso era somente em tbuas para
caixaria de concreto. Agora j existem sis-
temas construtivos, como o Wood Frame,
o que fez o mercado melhorar, esclarece.
Paulo Pupo, superintendente executivo
da Abimci (Associao Brasileira da Inds-
tria da Madeira Processada Mecanicamen-
te) concorda a respeito da construo civil,
mas destaca que o mercado brasileiro de
produtos madeireiros de pinus processado
mecanicamente pode ser dividido em al-
guns setores levando em conta o volume da
produo. Para ele, a produo macro bra-
sileira envolvendo os principais segmentos
madeireiros de pinus, como compensados,
compensado plastificado, madeira serrada
(de uso estrutural ou no), pisos, portas, kit
porta pronta, molduras, forros, etc. esto
dando uma pequena mostra de recupera-
o nos ltimos anos, mas ainda de forma
tmida e conservadora. Alguns segmen-
tos possuem um desempenho melhor no
quesito comercial, principalmente, aqueles
produtos que possuem um mix importante
de sua produo voltado para as exporta-
es, explica.
Molduras e compensados so exemplos
de produtos que possuem um percentual
de exportao bem desenvolvido e conso-
lidado junto aos principais mercados com-
pradores e consumidores do mundo. O que
em poca de baixa demanda da economia
nacional, como a que estamos presencian-
do atualmente, vem ajudando e regulando
o escoamento da produo nacional.
Por outro lado, ele acredita que os pro-
dutos madeireiros que possuem caracte-
rsticas voltadas ao consumo no mercado
interno esto sofrendo com o marasmo da
economia brasileira e a falta de polticas
claras do governo de incentivo indstria
nacional e ao consumo em setores estra-
tgicos para o setor madeireiro, como a
construo civil. Temos o setor de mveis
e de embalagens industriais, apenas para
citar alguns exemplos, analisa.
Essas so aplicaes que tm crescido
ao longo dos anos. Mas em contrapartida,
Carlos Mendes alerta que o pinus perdeu a
utilizao na fabricao de mveis, sendo
substitudo por chapas, MDP e MDF.
-
34 ESPECIALB. FOREST 35ESPECIAL B. FORESTIncentivo necessrio
Tambm de concordncia geral que
para o Brasil superar o difcil momento
econmico e voltar a crescer necessrio
investimento do governo. O mercado de
pinus faz parte da mesma situao. Balloni
acredita que falta incentivo ao pequeno e
mdio produtor florestal. O pinus uma
espcie muito barata para plantar. Pode ser
instalado em reas marginais, em que o
solo no to produtivo. Porm o produtor
deve ter, pelo menos, um pequeno custeio
florestal, assim como existe na agricultura,
defende. Esse subsdio seria utilizado para
a realizao do desbaste, que segundo
Balloni uma operao muito cara. Carlos-
Mendes concorda e completa dizendo que
os programas j existentes, como o Pronaf
(Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar) e o Proflora, precisam
ser adaptados realidade florestal. Porque,
segundo ele, mesmo tendo juros adequa-
dos, o tempo de pagamento muito curto.
So oito anos de carncia somados a mais
quatro para o trmino do pagamento. Com
o pinus no possvel realizar o pagamen-
to com 12 anos, o manejo leva mais tempo
que isso, explica.
Seguindo o processo, outro ponto im-
portante que os especialistas destacam
o incentivo indstria que utiliza a ma-
deira de pinus. Eles acreditam que o uso
da madeira na construo civil deve ser
estimulado pelo governo. Certamente a
Foto: Divulgao
-
36 ESPECIALB. FOREST 37ESPECIAL B. FORESToficializao e o desenvolvimento do sis-
tema construtivo em casas de madeira no
Brasil uma das principais vertentes e op-
es para o aumento do consumo e uso
de madeira, principalmente para as esp-
cies provenientes de florestas plantadas,
argumenta Paulo Pupo. Ele acredita que
so necessrias vrias aes para que isso
se torne realidade, a confeco e estrutu-
rao de uma norma tcnica brasileira para
esse sistema a primeira delas, para que
assim se possa gerar escala de produo
em nvel nacional. A incluso de casas de
madeira no escopo de financiamento pe-
los bancos oficiais, os de varejo e os de fo-
mento e, principalmente, uma poltica go-
vernamental clara e objetiva de habitao
para atender a enorme demanda nacional
com aes focadas e financiamento pbli-
co, tambm so importantes.
O superintendente da Abimci destaca
que outra ferramenta fundamental para a
competitividade do setor so as desone-
raes fiscais para produtos de madeira,
como a incluso do setor no Plano Brasil
Maior que desonera a folha de pagamento
das empresas, a incluso de mais produtos
madeireiros na cesta bsica da construo
civil, a eliminao de alguns tributos em
cascata que oneram o custo das expor-
taes, o investimento em infraestrutura
para um melhor escoamento da produo
destinada exportao e programas de
incentivo fiscais pelo governo para o au-
mento da rea plantada no pas. Esses so
mecanismos que iro contribuir para a sus-
tentabilidade e perenidade das empresas
e do setor madeireiro no Brasil e, conse-
quentemente, o aumento do consumo de
madeira pela populao, acredita.
Outra vertente importante o avano
dos programas de qualidade e de certifi-
cao tcnica no pas, que possibilitam s
empresas produtoras ofertar ao mercado
consumidor produtos certificados e con-
formes, atendendo e contemplando as
exigncias tcnicas e legais do mercado,
garantindo assim a execuo de obras de
forma mais constante e atualizada, acres-
centa Pupo.
Futuro quase incerto
Tendo como base as aes atuais, di-
fcil fazer previses sobre o mercado para
os prximos anos. Paulo Pupo explica, que
para uma grande parcela das indstrias
madeireiras, principalmente composta por
pequenas e mdias empresas, tendncias
futuras e perspectivas comerciais e de
consumo passam pela necessria recupe-
rao da economia nacional e do poder de
compra do consumidor que, como sabe-
mos, esto em baixa e com uma sensao
de insegurana pela maioria, constata.
Outro fator importante para definirmos
qualquer tendncia o nvel de oferta de Foto: Divulgao
A oficializao e o desenvolvimento do sistema construtivo em casas de madeira no Brasil uma das principais vertentes e opes para o
aumento do consumo e uso de madeira.
-
38 ESPECIALB. FOREST 39ESPECIAL B. FORESTcrdito oficial no Brasil, tanto para as em-
presas conseguirem melhorar o seu parque
fabril, quanto para pessoas fsicas poderem
adquirir casas, mveis, etc. O acesso ao
crdito hoje est escasso e muito caro, tor-
nando quase que impraticvel essas prti-
cas pelas empresas. Basicamente esse o
cenrio atual para o mercado interno, ava-
lia.
Mas, de acordo com Edson Balloni, o
que se pode supor que, levando em con-
siderao o atual cenrio marcadolgico,
vai haver uma valorizao da madeira de
pinus e devido a pouca produo nacional
ser necessrio importar madeira da Ar-
gentina e Uruguai para abastecer o mer-
cado interno.
O que ele sugere para os pequenos e
mdios produtores que invistam em plan-
tios com ciclos mais longos, que produ-
zam toras de grandes dimenses. Como
os grandes produtores esto focados em
plantar o mximo de rvores por m, des-
tinando seu produto para papeleiras e ge-
radores de energia, vai acabar diminuindo
a oferta de madeira grossa. Abrindo, assim,
oportunidade para os pequenos e mdios
empresrios, afirma Balloni.
Ao analisar o mercado com uma viso
econmica possvel perceber que essa
uma linha que deve ser rentvel para quem
escolher segui-la. De acordo com Marce-
lo Schmid, a madeira grossa est bastante
valorizada e deve continuar pelos prximos
anos. Como ela est cada vez mais escas-
sa o valor sobe cada vez mais, justifica.
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40 ESPECIALB. FOREST 41ESPECIAL B. FOREST
A forma da travessia de rios, vales e outros obstculos uma parte importante das obras
de infraestrutura de uma empresa. Por ser uma operao que requer investimento, deve
ser bem pensada. Entre as opes a serem escolhidas esto as pontes, pontes mveis e
passagens molhadas, basta um estudo de viabilidade para decidir qual a mais indicada.
Ultrapassando obstculos
Foto: Divulgao
41TRANSPORTE B. FOREST
Foto: Divulgao
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43TECNOLOGIA B. FOREST42 TRANSPORTEB. FOREST
A construo de pontes sempre foi
um importante indicativo do pro-
gresso de uma sociedade. Sua prin-
cipal funo transpor obstculos e ligar
regies, mas elas tambm ajudam no de-
senvolvimento social e estreitam relaes
comerciais. Conceitualmente, pontes so
estruturas construdas para interligar dois la-
dos separados por rios, vales, ou outros obs-
tculos naturais ou artificiais.
No processo de transporte florestal elas
so de grande valia, porque muitas vezes a
floresta plantada fica em regies mais afas-
tadas e com transposio de rios no cami-
nho.
Mas no so somente essas estruturas
que podem ser construdas para possibilitar
a passagem de carga. Alm das pontes am-
plamente conhecidas, existem as passagens
molhadas e pontes mveis. A escolha da es-
trutura ideal deve ser bem pensada, pois sua
construo requer grande investimento em
infraestrutura. Para saber qual a mais indi-
cada para cada caso necessrio conhecer
todas.
Pontes
Basicamente, a utilizao de pontes est
diretamente relacionada com a vazo de um
curso da gua, ou seja, para a construo
das mesmas deve-se levar em considerao
o fluxo constante de gua e a rea de con-
tribuio da bacia hidrogrfica. As tcnicas
para construo de pontes devem sempre
levar em considerao o tipo de veculo que
trafegar sobre as mesmas (peso bruto to-
tal com carga). O comprimento da ponte e,
consequentemente, o material utilizado na
construo esto diretamente relacionados
com a vazo do local da construo. O en-
genheiro civil Marco Antnio Camargo ex-
plica que as pontes convencionais so indi-
cadas para situaes em que haver um alto
fluxo de transporte. Em casos nos quais
necessrio fazer o acompanhamento da flo-
resta plantada, realizar visitas peridicas
rea e alto volume de escoamento de ma-
deira, a construo de pontes o mais indi-
cado, afirma. Ele salienta que a viabilidade
da construo de pontes est diretamen-
te ligada ao retorno que ela proporcionar.
Muitas vezes esse retorno no financeiro,
mas social. Levando em conta o bem que
a estrutura acarretar para as comunidades
prximas, completa.
Passagens molhadas
Outra alternativa para transpor um rio ou
crrego so as passagens molhadas, que
consistem em pequenos barramentos cons-
inconcebvel para todas as empresas srias que investem alto na segurana de seus
colaboradores, no investirem em projetos para suas pontes e em programas de manuteno.
Foto: Divulgao
-
45TECNOLOGIA B. FOREST44 TRANSPORTEB. FORESTtrudos com a finalidade de proporcionar tra-
vessias. Marcos De Brito Bezerra, especialista
em anlise geoambiental, destaca que uma
das principais diferenas entre as pontes co-
muns e as passagens molhadas, que nesta
ltima a gua passa por cima da estrutura de
concreto, no sendo, portanto, suspensa do
cho como as pontes que so sustentadas
por colunas.
Para que no barre o rio totalmente, per-
mitindo assim, escoamento, as passagens
molhadas possuem canalizaes na parte
inferior, variando quanto s caractersticas
fsicas hidrulicas, quantidade e distribuio
espacial ao longo das mesmas. Esses fato-
res associados aos tipos existentes iro in-
fluenciar com maior ou menor intensidade
na dinmica dos processos desenvolvidos no
trecho do rio ocupado pela construo da
passagem molhada. Isso faz com que elas
sejam uma soluo que reduz significativa-
mente o impacto ambiental.
Elas no tm como caracterstica o barra-
mento completo do curso da gua. Contu-
do, inevitvel a formao de um pequeno
represamento da gua do rio, uma vez que
sua base encontra-se assentada no leito do
canal e no possui canalizaes suficientes
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47TECNOLOGIA B. FOREST46 TRANSPORTEB. FORESTque atendam vazo do rio.
Marco Antnio ressalta que o uso de pas-
sagens molhadas indicado quando no
existe a necessidade de fazer a travessia em
dias de chuva ou quando a vaso do rio es-
tiver alta. Nesse caso o transporte deve ser
adiado ou realizado pelo outro lado da rea,
completa.
Pontes mveis
O engenheiro civil acredita que essas es-
truturas no so muito utilizadas. So pontes
que no tem toda a estrutura e fundao das
convencionais, ento o uso mais pontu-
al e com menor custo. indicado para um
transporte nico, no qual feita a travessia
e no tem mais a necessidade de retorno
quela rea. Mas se for preciso acompanhar
o crescimento do plantio e fazer visitas cons-
tantes essa estrutura no indicada, analisa.
Manuteno
Para decidir qual a melhor opo, Marco
Antnio comenta, que preciso fazer um
estudo de viabilidade tcnico-econmica. A
viabilidade compara o custo com o retorno.
Guilherme Corra Stamato, scio da Stama-
de Projeto e Consultoria em Madeira LTDA,
ressalta que o custo que deve ser levado em
considerao no somente o da constru-
o, mas tambm o da manuteno, o que
varia de acordo com o material que usado.
A estrutura que tem maior variedade de ma-
teriais para construo a ponte, que pode
ser de madeira, concreto ou ao.
Guilherme esclarece que a periodicidade
e o tipo de manuteno variam de acordo
com a matria-prima da ponte. Um bom
projeto de uma estrutura, seja de madei-
ra, de concreto ou de ao, prev patologias
que podem acontecer e tentam minimizar
os custos de manuteno e os riscos de ru-
na. Cada material tem suas patologias es-
pecficas, mas ntido que a exposio s
intempries acelera a degradao de todos
os materiais. Sendo assim, ele afirma, que
a proteo da estrutura primordial para a
durabilidade. Deve ser evitado o acmulo
de gua, permitindo a ventilao das peas e
mantendo os cobrimentos das armaduras no
caso do concreto, a proteo contra a corro-
so para o ao e o revestimento qumico ou
mecnico para a madeira, completa.
Guilherme ainda salienta que um bom
projeto pode aumentar o intervalo entre as
manutenes, enquanto projetos mal feitos
ou ausncia de projetos levam manuten-
o constante e cara.
E se a manuteno ou o projeto no fo-
rem feitos corretamente? Nesse caso, Mar-
-
49EXPEDIENTE B. FOREST48 TRANSPORTEB. FORESTco Antnio e Guilherme concordam que as
consequncias podem ser srias. O princi-
pal e mais preocupante o dano vida, o
colapso de uma ponte durante a passagem
de um veculo pode ferir ou at matar. in-
concebvel para todas as empresas srias
que investem alto na segurana de seus
colaboradores, no investirem em projetos
para suas pontes e em programas de manu-
teno, defende o scio da Stamade. Alm
do risco do motorista se machucar, Marco
Antnio frisa que a carga pode ser prejudi-
cada e cria dificuldades na logstica da em-
presa, sendo necessrio fazer desvios, o que
diminui a produtividade.
A manuteno de qualquer tipo de ponte
to necessria quanto dos outros equipa-
mentos da indstria, e deve ser includa no
programa de manuteno preventiva. Essa
manuteno preventiva certamente muito
mais econmica do que a substituio peri-
dica de pontes.
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50 TECNOLOGIAB. FOREST 51TECNOLOGIA B. FOREST
Presente no Brasil, Estados Unidos e Europa, Tyri utiliza a experincia de mais de 30
anos para oferecer solues personalizadas de iluminao.
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50 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST
Foto: John Deere
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52 MOMENTO EMPRESARIALB. FOREST 53MOMENTO EMPRESARIAL B. FOREST
As mquinas e equipamentos flo-
restais tm se mostrado cada
vez mais tecnolgicos. A cada
lanamento novas funes e dispositi-
vos so apresentados. Muitos deles, in-
clusive, tem capacidade para trabalhar
24 horas por dia. Mas de nada adianta
proporcionar horas seguidas de traba-
lho se a iluminao utilizada no for de
qualidade e no atender s necessidades
da operao. Fabiano Lima, gerente co-
mercial da Tyri Brasil, explica que cada
trabalho composto de muitas variveis,
como terreno, clima, ambiente, etc. Por
este motivo, cada um tem uma neces-
sidade diferente e no pode existir um
padro de iluminao para todas as m-
quinas.
Foi pensando dessa forma que nas-
ceu a Tyri Lights. Ela resultado de uma
iniciativa de trs empresas parceiras e
com ampla experincia em iluminao.
Estas empresas globais, DMK (USA) KLE
(Sucia) e PA Throrpe (UK), se uniram
para desenvolver e produzir uma varie-
dade de luzes para diversas aplicaes,
entre elas, a florestal. As trs empresas
so responsveis pelo desenvolvimento
tcnico e comercial da marca Tyri pelo
mundo. Para elas o conceito principal de
trabalho da nova empresa a ser formada
era, e continua sendo, oferecer solues
em iluminao, no apenas faris.
Solues inteligentes
Para Fabiano, como a misso da Tyri
Lights oferecer solues inteligentes
em iluminao, o servio prestado deve
aplicar a quantidade exata e necessria
de luz, capacitando a realizao de tra-
balhos at mesmo nas piores condies.
Dessa forma, para conseguir estabelecer
qual a melhor opo de iluminao para
cada cliente, a Tyri precisa saber qual
a real necessidade das mquinas. Para
isso, fazemos uma simulao de ilumi-
nao utilizando um modelo em 3D do
equipamento que receber os faris,
conta o gerente comercial. No projeto
feita uma renderizao utilizando as in-
formaes tcnicas e exatas da mquina
e do ambiente no qual ela funcionar.
Com isso, possvel definir os locais em
que os faris sero instalados, a intensi-
dade, o alcance, a cor e direo da luz.
Empresa global
Com mais de 30 anos de experincia,
a Tyri ainda nova no Brasil. Mas tam-
bm se faz presente em outros pases:
Simulao de reas iluminadas pelo sistema de iluminao da Tyri Lights em um Feller Buncher Simulao de intensidade de luz em um Feller Buncher
-
55TECNOLOGIA B. FOREST54 MOMENTO EMPRESARIALB. FORESTSucia, Finlndia, Estados Unidos, Ca-
nad e Inglaterra so exemplos de mer-
cados exigentes, nos quais a empresa
j disponibiliza produtos e servios. A
presena em vrios pases permite que
nos adaptemos s necessidades locais e
assim saibamos o que nosso cliente pre-
cisa, afirma Fabiano. Ele estima que, ao
todo, a empresa tenha mais de 200 tra-
balhadores diretos. O que nos possibili-
ta garantir entregas rpidas de produtos
de qualidade, completa.
Como resultado, a Tyri tem clien-
tes de renome nas reas da construo,
agricultura, minerao, florestal, entre
outros, por todo o mundo. Entre os que
se destacam esto: John Deere, Komat-
su, AGCO, Nacco e Unicarriers.
Mais informaes:
http://www.tyrilights.com
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56 NOTASB. FOREST 57NOTAS B. FOREST
A New Holland apresentou, durante a 55 Expolondrina 2015, a nova escavadeira
hidrulica E215C. A mquina tem boa estabilidade para que o operador consiga utilizar a
mxima capacidade. Alm disso, ela possui maior potncia que as verses anteriores e faci-
lidades de manuteno. A E215C faz parte dos lanamentos da marca para 2015.
Essa escavadeira indicada na execuo de curva de nvel e obras de drenagem em
estradas e grandes plantaes. Com o equipamento de construo adequado, mais fcil
padronizar o tamanho dos talhes, a largura dos carreadores, as reas de carregamento e
os modelos de curva de nvel a serem adotados, afirma Marcos Rocha, gerente de marke-
ting de produto da New Holland Construction.
Mais informaes: http://www.newholland.com.br/
Nova escavadeira hidrulica
Foto: Divulgao New Holland
O senador paranaense lvaro Dias protocolou um Projeto de Lei do Senado em 2015
pedindo a retirada da silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras. O pro-
jeto Modifica o Cdigo 20 do Anexo VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, acres-
cido pela Lei no 10.165, de 27 de dezembro de 2000, para excluir a silvicultura do rol de
atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais.
O Projeto de Lei afirma que o setor florestal trata-se, portanto, de um setor pujante da
agricultura brasileira, que contribui com gerao de emprego e renda, produo de diver-
sos benefcios ambientais, que no deveria ser mantida como com o rtulo de atividade
poluidora e submetida a licenciamento ambiental burocrtico e dispendioso.
Projeto de Lei quer tirar a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras
Foto: Divulgao
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58 NOTASB. FOREST 59NOTAS B. FOREST
O prazo para fazer o CAR (Cadastro Ambiental Rural) vai at o dia 06 de maio de 2015.
Os produtores que no se cadastrarem at esta data perdero o benefcio de converso
de multas. Alm disto, as atividades realizadas por eles podem ser embargadas, o proprie-
trio pode ser processado por crime ambiental, sendo condenado a pagar multa de R$ 5
mil por hectare. Os produtores irregulares no tero acesso ao crdito agrcola concedido
por bancos.
O CAR um registro eletrnico, obrigatrio para todos os imveis rurais, que tem por
finalidade integrar informaes ambientais, criando assim, um banco de dados nacional
para planejamento ambiental e econmico. Ao realizar o CAR, o produtor rural consegue
identificar os remanescentes de vegetao nativa, as reas de uso restrito e as reas con-
solidadas das propriedades e posses rurais.
Prazo final para o CAR
A dcima terceira edio da DEMO International, um dos principais eventos flores-
tais do mundo, ser realizada em Maple Ridge, British Columbia, no Canad, entre os
dias 22 e 24 de setembro de 2016. A expectativa dos organizadores contar com mais
de 150 expositores, apresentando as ltimas tecnologias em equipamentos, produtos e
servios que cobrem todos os aspectos das operaes de florestais. Mostras passadas
receberam cerca de 16 mil profissionais de todo o mundo.
Mais informaes: http://www.demointernational.com
DEMO International
Foto: Divulgao /Demo Intenational
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60 NOTASB. FOREST 61NOTAS B. FOREST
A Suzano Papel e Celulose informou que a CTNBio (Comisso Tcnica Nacional de
Biossegurana) aprovou, por meio da FuturaGene Brasil, o uso comercial do eucalipto
geneticamente modificado H421, com foco no aumento da produtividade. De acordo
com a empresa, a deciso ainda est sujeita a eventuais recursos, na forma da legislao
pertinente.
No dia 05 de maro, a rea de pesquisa da FuturaGene, em Itapetininga (SP), foi inva-
dida pelo MST (Movimento dos Sem-Terra), que era contrrio liberao por alegarem
que as novas mudas causariam males ao meio ambiente. Os integrantes do movimento
vandalizaram e destruram as mudas de eucalipto. No mesmo dia, o MST tambm invadiu
a reunio da CTNBio em Braslia, que tinha na pauta a aprovao do uso da pesquisa.
No dia da invaso, o presidente da Suzano, Walter Schalka, ressaltou que a pesquisa re-
duz reas necessrias para o plantio do eucalipto, liberando reas para outras atividades,
alm de reduzir a emisso de CO2 no transporte e o raio mdio da colheita.
Modificao gentica aprovada
Foto: Divulgao
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62 NOTASB. FOREST 63NOTAS B. FOREST
A aprovao da terceirizao para atividades-fim est sendo discutida no Congresso
Nacional. O Projeto de Lei 4330/2004 uma proposta para regulamentar a terceirizao
de trabalhadores nas empresas brasileiras. Polmico, ele j corre na Cmara dos Deputa-
dos desde 2004 e vem sendo debatido e modificado desde ento.
Um dos pontos que mais gera discusso a liberao de terceirizados para executar
atividades-fim nas empresas brasileiras. At ento, s era permitido terceirizar atividades-
-meio, como limpeza, segurana e alimentao dos funcionrios.
Os empresrios alegam que complexo definir o que atividade-fim e o que ativi-
dade-meio, assim como modernizar a atividade econmica sem facilitar a terceirizao.
Depois de longas negociaes que envolveram o ministro da Fazenda, o secretrio
da Receita Federal e o presidente da Cmara dos Deputados -, o projeto foi aprovado em
votao simblica na Cmara em 08 de abril. Contudo, as emendas ao projeto comea-
ram a ser discutidas na semana seguinte. Ainda no est nada definido, a votao marcada
para o dia 15 de abril foi adiada para o dia 22.
Terceirizao em anlise Entenda as mudanas no Projeto de Lei:
Como :
- No h uma lei que regulamente a
contratao de terceirizados no Brasil;
- Por falta de legislao, empresrios se
baseiam na smula 331 do TST, que veda
a contratao de terceirizados para ativida-
des-fim;
- As empresas contratantes de terceiri-
zados no recolhem impostos e contribui-
es federais dos funcionrios;
- Os trabalhadores terceirizados so re-
presentados pelos sindicatos de funcion-
rios terceirizados.
Como fica:
- O Projeto de Lei 4330 considerado
por empresrios como marco regulatrio
da terceirizao;
- O Projeto de Lei permite a atuao de
terceirizados para atividades-fim e no so-
mente para atividades-meio;
- Apenas as empresas especializadas
podero prestar servio terceirizado;
- Familiares de empresas contratantes
no podero criar empresa para oferecer
servio terceirizado;
- As companhias contratantes devero
recolher uma parte do que for devido pela
empresa terceirizada em impostos e con-
tribuies, como PIS/Cofins e CSLL. Em
relao ao FGTS, as empresas contratantes
devero apenas fiscalizar que o valor pela
contratada;
- Os trabalhadores terceirizados so-
mente podero cobrar os seus direitos da
empresa tomadora de servios depois de
esgotados os bens das empresas que ter-
ceirizam;
- As empresas contratadas devem pagar
4% do valor do contrato para um seguro
que ir abastecer um fundo para pagamen-
to de indenizaes trabalhistas.
Implicaes florestais
A terceirizao de servios j acontece
h algum tempo no setor, mas foi s par-
tir da dcada de 90 que ganhou relevncia
nacional. Os benefcios bsicos podem ser
considerados como especializao da ca-
pacidade tcnica, gerenciamento focado
nas competncias e estratgias, na reduo
de custos e maior agilidade no processo.
Atualmente, o MPF (Ministrio Pblico
Federal) aplica a lei vigente. Dessa forma,
j autuou e multou empresas florestais, fa-
zendo com que muitas delas assinassem o
TAC (Termo de Ajuste de Conduta), no qual
elas se comprometem a regularizar a situa-
o, por meio da primarizao, at um pra-Foto: TMO
-
64 NOTASB. FOREST 65NOTAS B. FORESTzo estabelecido.
A discusso sobre o tema vlida. Alguns agentes do setor enxergam a terceirizao
como uma maneira moderna de gerenciamento, uma ferramenta til que permite s em-
presas dedicarem-se aos produtos finais. Os empresrios tm recorrido a essa estratgia
para atender alguns quesitos: produtividade, qualidade e competitividade no mercado,
frente ao cenrio das incertezas e constantes mudanas econmicas.
Por outro lado, os sindicatos sustentam a argumentao de que a terceirizao preca-
riza as condies de trabalho, pois abriria a possibilidade de contratao de funcionrios
terceirizados para prestao de servios sem a cobertura da CLT (Consolidao das Leis
Trabalhistas).
O importante, a livre escolha. As empresas devem optar pela gesto mais adequada,
levando em considerao seus princpios e os valores disponveis para o investimento
nas atividades operacionais. E principalmente, atuar dentro da legalidade do pas. Vrios
pases usam a terceirizao de forma bastante atuante, onde se pode citar o Chile, pases
da Europa e Escandinvia.
Foto: Divulgao
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67NOTAS B. FOREST66 EXPEDIENTEB. FOREST 66 FOTOSB. FOREST 67VDEOS B. FOREST
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68 NOTASB. FOREST 69NOTAS B. FOREST
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70 AGENDAB. FOREST 71AGENDA B. FOREST2015
2015
ABR
MAI
21
11
MAIO
Ligna
Quando: 11 a 15 de Maio de 2015
Onde: Hannover (Alemanha).
Informaes: www.ligna.de
ABRIL
Forest Machine Technology Conference
Quando: 21 a 23 de Abril de 2015
Onde: Montreal (Canad).
Informaes: http://fmtc.fpinnovations.ca/
2015
MAI
12MAIO
5 Feira da Floresta
Quando: 12 a 14 de Maio de 2015
Onde: Nova Prata (RS)
Informaes: www.feiradafloresta.com.br
2015
2015
MAI
MAI
21
26
MAIO
1 Encontro Brasileiro de Segurana Florestal
Quando: 21 e 22 de Maio de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
MAIO
7th ICEP International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Quando: 26 a 29 de Maio de 2015
Onde: Vitria (ES).
Informaes: www.7thicep.com.br
2015
MAI
28
MAIO
IV Workshop sobre Restaurao Florestal
Quando: 28 a 30 de Maio de 2015
Onde: Piracicaba (SP)
Informaes: http:fealq.org.br/informacoes-do-evento/?id=187
2015
JUN
02JUNHO
2 Trs Lagoas Florestal
Quando: 02 a 04 de Junho de 2015
Onde: Trs Lagoas (MS).
Informaes: www.painelflorestal.com.br
2015
JUN
01
JUNHO
23rd European Biomass Conference and Exhibition
Quando: 01 a 04 de Junho de 2015
Onde: Viena (ustria).
Informaes: www.eubce.com
2015
JUN
11
JUNHO
1 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Manejo Florestal para Produtos
Slidos e Qualidade da Madeira
Quando: 11 e 12 de Junho de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
2015
JUN
18
JUNHO
2 Curso de Aperfeioamento Tcnico de Gesto Socioeconmica e
Ambiental em Atividades Florestais
Quando: 18 e 19 de Junho de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
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72 AGENDAB. FOREST 73AGENDA B. FOREST2015
2015
2015
JUL
AGO
SET
06
20
07
AGOSTO
4 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Custos Florestais
Quando: 20 e 21 de Agosto de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
SETEMBRO
XIV Congresso Florestal Mundial
Quando: 07 a 11 de Setembro de 2015
Onde: Durban (frica do Sul).
Informaes: www.fao.org/forestry/wfc
JULHO
4th International Conference on Forests and Water in a
Changing Environment
Quando: 06 a 09 de Julho de 2015
Onde: Kelowna (Canad).
Informaes: www.forestandwater2015.com
2015
SET
21
SETEMBRO
2 Encontro Brasileiro de Infraestrutura Florestal
Quando: 21 a 23 de Setembro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
2015
OUT
04
OUTUBRO
48th International Symposium on Forestry Mechanization
Quando: 04 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Linz (ustria).
Informaes: www.formec.org
2015
2015
OUT
OUT
06
06
OUTUBRO
V Congresso Florestal Paranaense
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.apreflorestas.com.br
OUTUBRO
Austrofoma
Quando: 06 a 08 de Outubro de 2015
Onde: Hochficht (ustria).
Informaes: www.austrofoma.at
2015
OUT
22
OUTUBRO
5 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Gesto de Manuteno de Mqui-
nas Florestais
Quando: 22 e 23 de Outubro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
2015
NOV
06
NOVEMBRO
Expocorma 2015
Quando: 06 a 08 de Novembro de 2015
Onde: Concepcin (Chile).
Informaes: www.expocorma.cl
2015
NOV
19
NOVEMBRO
3 Curso de Aperfeioamento Tcnico em Silvicultura de
Florestas Plantadas
Quando: 19 e 20 de Novembro de 2015
Onde: Curitiba (PR).
Informaes: www.malinovski.com.br
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74 AGENDAB. FOREST