benefÍcios da cinesioterapia associada a gameterapia …s/2018/tcc lorena pronto 1 (1) (1).pdf ·...
TRANSCRIPT
FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia
Lorena Alves Santana Araújo
BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA A GAMETERAPIA NO
TRATAMENTO DO PACIENTE COM MAL DE PARKINSON: estudo de caso
Paracatu - MG 2018
LORENA ALVES SANTANA ARAÚJO
BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA GAMETERAPIA NO
TRATAMENTO DO PACIENTE COM MAL DE PARKINSON: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG.
Orientadora Temática: Prof.ª MSc. Michelle Faria Orientadora Metodológica: Prof.ª MSc. Cecília Nascimento
Paracatu - MG 2018
LORENA ALVES SANTANA ARAÚJO
BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA A GAMETERAPIA NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM MAL DE PARKINSON: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade TECSOMA, Paracatu, MG.
Orientadora Temática: Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima Orientadora Metodológica: Prof.ª MSc. Cecília Nascimento
PARACATU, DE DE 2018.
Banca Examinadora
Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima - Faculdade TECSOMA
Prof.ª MSc. Cecília Nascimento - Faculdade TECSOMA
Dedico este trabalho a Deus e à
toda minha família.
AGRADECIMENTOS
A Deus que me deu força, fé e foco para chegar até aqui.
A toda minha família pelo apoio e ajuda que tive ao longo desta caminhada,
em especial à minha mãe Rosângela, ao meu esposo Anderson, ao meu filho
Samuel, aos tios Rosana, Rubinho e Roselúcia, às minhas primas Laiane, Bruna e
Paula Raiane, à minha avó Zulma, à minha sogra Benedita e à minha irmã Graciele,
que foram meu alicerce. E aos demais familiares que me ajudaram de alguma
maneira, não sei como agradecer a todos vocês, obrigado pelas orações e pela
motivação.
Aos meus colegas e professores que me ajudaram ao longo desta
caminhada. Em especial à Luana Pereira da Silva, muito obrigado pela ajuda e pela
paciência, seus ensinamentos foram fundamentais. À Gisele, Camila, Janara,
Deliane, Larissa, Thainá, Nathalia, Lidiane e Luana que me deram apoio não
somente para confecção deste trabalho, mas durante esses anos de estudo; a
amizade de vocês foi de suma importância para mim. Amo vocês!
Agradeço às professoras-orientadoras Michelle Faria e Cecília Dias, pelas
orientações, que foram de suma importância para realização deste trabalho.
À fisioterapeuta Jaqueline de Jesus Tolentino que me ajudou muito, foi um
ótimo aprendizado. Você foi fundamental para escrita deste trabalho. Obrigado pela
confiança e pela paciência.
Agradeço à Patrícia Rodrigues Costa, pela ajuda e pelo carinho, que foi de
suma importância para mim, somente Deus pode recompensá-la.
Enfim a todos que me ajudaram de maneira direta ou indiretamente:
obrigado! Que Deus abençoe cada um de vocês.
“Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério”.
(1 TIMÓTEO 1:12)
RESUMO
A doença de Parkinson gera alterações na postura, marcha e mobilidade dos pacientes, que apresentarão lentidão dos movimentos, tremor e rigidez, gerando limitações em suas atividades diárias. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da cinesioterapia, juntamente com a gameterapia, no tratamento de um paciente com doença de Parkinson. Foram utilizados como métodos de tratamento: cinesioterapia e gameterapia através do Nintendo Wii e plataforma Balance Board. Após 20 sessões, foi possível notar grandes benefícios quanto á flexibilidade; força muscular; equilíbrio e qualidade da marcha do paciente avaliado antes e após a intervenção. Conclui-se que o uso da cinesioterapia juntamente com a gameterapia, ameniza e retarda os efeitos da doença, promovendo qualidade de vida e bem-estar.
Palavras chave: Doença de Parkinson. Cinesioterapia. Nintendo Wii.
ABSTRACT
Parkinson's disease generates changes in the posture, gait and mobility of the
patients, who will present slow movements, tremor and rigidity, generating limitations
in their daily activities. The objective of this study was to evaluate the effects of
kinesiotherapy, along with game therapy, in the treatment of a patient with
Parkinson's disease. The following treatment methods were used: kinesiotherapy and
game therapy through the Nintendo Wii and Balance Board platform. After 20
sessions, it was possible to notice great benefits regarding flexibility; muscle strength;
balance and gait quality of the patient evaluated before and after the intervention. It is
concluded that the use of kinesiotherapy together with game therapy, attenuates and
delays the effects of the disease, promoting quality of life and well-being.
Keywords: Parkinson's disease. Kinesiotherapy. Nintendo Wii.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Circuito Cerebral do Parkinson ................................................................. 21
Figura 2 - Plataforma do vídeo game Nintendo Wii ................................................. 31
Figura 3 - Representação do comprimento do passo antes e após o tratamento ...... 38
Figura 4 - Representação do Teste de equilíbrio de Berg antes e após o tratamento ................................................................................................................. 40
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Representação da amplitude de movimento por meio da goniometria antes e depois do tratamento .................................................................................... 42
Tabela 2 - Representação dos efeitos do tratamento na força muscular do paciente ..................................................................................................................... 44
LISTA DE SIGLAS
CM: Centímetros
DP: Doença de Parkinson
MG: Minas Gerais
MIID: Membros Inferiores direito
MIIE: Membros Inferiores esquerdo
MMII: Membros Inferiores
MMSS: Membros Superiores
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 16
2.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 16
2.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 16
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 17
4 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 18
4.1 Sistema nervoso central ...................................................................................... 18
4.1.2 Medula Espinhal ............................................................................................... 18
4.1.3 Cérebro ............................................................................................................ 18
4.2. Sistema nervoso periférico ................................................................................. 19
4.2.1 Nervos .............................................................................................................. 19
4.2.2 Gânglios ........................................................................................................... 19
4.2.3 Terminações Nervosas..................................................................................... 20
4.3 Doença de Parkinson .......................................................................................... 20
4.3.1 Fisiopatologia da doença .................................................................................. 21
4.3.2 Características clínicas da DP .......................................................................... 22
4.4 Epidemiologia ...................................................................................................... 24
4.5 Diagnóstico .......................................................................................................... 24
4.6 Fármacos Usados Para Tratar a DP ................................................................... 25
4.7 Cinesioterapia e seus benefícios no tratamento da DP ....................................... 25
4.7.1 Alongamento .................................................................................................... 25
4.7.2 Exercícios de fortalecimento muscular ............................................................. 25
4.7.3 Treino de equilíbrio ........................................................................................... 26
4.7.4 Treino de marcha ............................................................................................. 26
4.7.5 Exercícios de flexibilidade ................................................................................ 27
4.7.6 Benefícios gerais da fisioterapia ....................................................................... 27
4.8. Gameterapia (realidade virtual) e seus benefícios no tratamento da DP ........... 30
4.8.1 Conceito ........................................................................................................... 30
4.8.2 Nintendo wii ...................................................................................................... 30
4.8.3 Plataforma wii ................................................................................................... 31
4.8.4 Jogos ................................................................................................................ 31
4.7.5 Benefícios gerais do método ............................................................................ 32
5 METODOLOGIA ..................................................................................................... 36
5.1 Paciente estudado ............................................................................................... 36
5.2 Materiais e métodos ............................................................................................ 36
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 38
7 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 46
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 47
ANEXOS ................................................................................................................... 53
APÊNDICE ................................................................................................................ 65
14
1 INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) foi descrita por James Parkinson no ano de
1.817, esta surge entre a quarta e sexta década e atinge ambos os sexos,
(prevalência do sexo masculino), no qual o indivíduo terá um envelhecimento
precoce (PINTO, 2010).
É uma doença que atinge o sistema nervoso central de maneira progressiva e
crônica, que irá causar alterações na marcha, postura, e mobilidade, com isto o
paciente apresentará tremor, rigidez e lentidão nos movimentos (SOUZA et al.,
2011).
A incidência de Parkinson no Brasil é de 150 casos para 100.000 habitantes,
depois da doença de Alzheimer a DP é a doença neurodegenerativa mais frequente.
Quanto a idade a prevalência se dá após os 65 anos, sabemos que o
envelhecimento faz com que o indivíduo perca uma certa quantidade de neurônios
na região da substância negra do cérebro, porém isto não seria o suficiente para
explicar o porquê da doença (CAMBIER et al., 2005).
A fisioterapia se torna um item de suma importância no tratamento da doença,
podendo amenizar os efeitos que a mesma causa em seus portadores, pois através
dela pode-se retardar a progressão dos sintomas e minimizá-los, proporcionando ao
indivíduo melhora da mobilidade, qualidade de vida, força, equilíbrio e funcionalidade
(FERREIRA et al., 2014).
De acordo com Bresciani e Conto (2012), nos dias atuais é difícil manter o
interesse do paciente em relação ao tratamento fisioterapêutico, por isto o
fisioterapeuta precisa estimular o paciente para que ele não desista de fazer o
tratamento. Incluir um meio atrativo visual na conduta é muito benéfico, pois permite
que o paciente acompanhe sua evolução no tratamento estimulando-o a executar as
atividades.
Com o passar dos anos tem surgido novas técnicas, afim de se obter bons
resultados durante a reabilitação dos indivíduos com doenças neurológicas. Uma
delas é a realidade virtual também conhecida como gameterapia, atualmente o que
mais se utiliza é o Nintendo Wii, um recurso que possui softwares que simulam os
15
gestos motores semelhantes aos movimentos realizados no esporte (Wii Sports),
atividades de vida diária bem como exercícios físicos (Wii Fit) (JUNIOR et al., 2011).
De acordo com Balista (2013), a gameterapia é a utilização de vídeo game
nos tratamentos da fisioterapia, sendo uma prática que está se tornando cada vez
mais comum nas clínicas de reabilitação.
A tecnologia avançou e fez com que os fisioterapeutas utilizassem a
gameterapia nas suas condutas, pelo fato dos mesmos começarem a ter contato
com os jogos do Nintendo Wii. Com isto os pacientes portadores de Parkinson
obtêm novos estímulos e motivação no tratamento, e o profissional inova e
enriquece a sua terapia, bem como adquire mais um recurso terapêutico
(FERREIRA et al., 2014).
16
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Avaliar os efeitos da cinesioterapia, juntamente com a gameterapia no
tratamento de um paciente com Parkinson.
2.2 Objetivos específicos
▪ Analisar a melhora na qualidade da marcha, antes e depois do
tratamento.
▪ Avaliar a melhora do equilíbrio estático e dinâmico, antes e após o
tratamento.
▪ Analisar a amplitude de movimento, antes do tratamento e após o
mesmo.
▪ Verificar a força muscular, antes e depois do tratamento proposto.
17
3 JUSTIFICATIVA
Por ser uma doença progressiva, o indivíduo portador da DP precisa fazer o
tratamento fisioterapêutico por tempo indeterminado. Ao associar a cinesioterapia
que é de suma importância com a gameterapia através do Nintendo Wii, o paciente
irá ser motivado pela forma divertida de tratar a doença, no qual obterá benefícios
como: melhora do equilíbrio; coordenação motora; atenção; memória; flexibilidade;
força; cognição; amplitude de movimento; funcionalidade e biofeedbak.
Estes benefícios irão amenizar e retardar os sintomas que o Parkinson causa,
pois através destes métodos pode-se tratar o paciente de forma global. Ou seja,
além de receber estímulos positivos para si, ele se diverte durante a conduta e não
percebe mesmo que por um momento que a intervenção seria uma forma de
tratamento, o que seria muito válido, pois o indivíduo será estimulado a realizar o
tratamento fisioterapêutico devido á gameterapia demonstrar em tempo real o seu
desempenho que se tornará cada vez melhor através do uso de ambas as técnicas.
18
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Sistema nervoso central
O sistema nervoso se subdivide em: sistema nervoso central e sistema
nervoso periférico. O sistema nervoso central é constituído por todas as partes que
situam dentro da caixa craniana, bem como a coluna vertebral. O cérebro é
envolvido e protegido pelo crânio, e a medula é envolvida e protegida pela coluna
vertebral (COHEN, 2001).
4.1.2 Medula Espinhal
Segundo Kiernan (2003), a medula é um componente diferenciado do sistema
nervoso central, no qual nervos espinhais se conectam por uma raiz sensitiva
posterior e uma raiz motora e que se situa na parte posterior da coluna do indivíduo.
Esta possui uma substância cinzenta e uma branca, na substância cinzenta
localizam-se os corpos de células nervosas, e a substância branca é constituída por
fibras nervosas dispostas de forma longitudinal na periferia da medula.
Existem fibras nervosas na medula espinhal (eferentes e aferentes), as fibras
eferentes (descendentes), transmitem comandos do cérebro para o corpo, já as
fibras aferentes (ascendentes), transmitem informações do corpo para o cérebro
(COHEN, 2001).
4.1.3 Cérebro
O cérebro possui diversas divisões, são estas: tronco cerebral (medula
oblonga, ponte e mesencéfalo); diencéfalo (tálamo, epitálamo e hipotálamo);
cerebelo; e os hemisférios (COHEN, 2001).
19
De acordo com Kiernan (2003), o encéfalo humano no nascimento possui
uma média de peso em torno de 400g. Geralmente aos 3 anos de idade, o peso do
encéfalo em média é de 1.200g, porém o crescimento vai até os 18 anos de idade.
Depois dos 50 anos, há uma diminuição no tamanho do encéfalo, essa diminuição
não causa danos intelectuais, mas se houver uma atrofia considerável por causa de
alguma doença pode ser que haja.
4.2. Sistema nervoso periférico
Diferente do sistema nervoso central, o sistema nervoso periférico envolve as
partes que situam fora da caixa craniana e coluna vertebral (COHEN, 2001).
De acordo com Dangelo e Fantini (2005), o sistema nervoso periférico é
constituído por: terminações nervosas, gânglios e nervos. As fibras de um nervo se
classifica através das estruturas que as inervam de acordo com a sua função, então
uma fibra que estimula ou ativa um músculo é denominada motora, e a fibra que
leva estímulos para o sistema nervoso central é denominada sensitiva.
4.2.1 Nervos
Os nervos são cordões esbranquiçados que são constituídos por fibras
nervosas unidas, que possuem o papel de conduzir (levar ou trazer) os impulsos, ao
sistema nervoso central do indivíduo. São classificados em nervos cranianos (12
pares), e nervos espinhais (31 pares) (DANGELO; FANTINI, 2005).
4.2.2 Gânglios
Segundo Kiernan (2003), nos gânglios se encontram todos os corpos
neuronais. Nas raízes posteriores dos nervos espinhais e em alguns nervos
20
cranianos existem gânglios sensitivos, nestes contém neurônios com axônios que
adentram o sistema nervoso central.
4.2.3 Terminações Nervosas
Os autores Dangelo e Fantini (2005), descrevem que estas terminações são
existentes nas extremidades das fibras motoras e sensitivas, e possuem a função de
receber estímulos físicos e químicos, no interior ou na superfície do corpo.
4.3 Doença de Parkinson
A DP é uma doença que afeta o sistema nervoso central, e atinge os gânglios
da base gerando alterações de tônus muscular, na postura e nos movimentos. Os
principais sinais que estas alterações causam são: a bradicinesia; o tremor e a
rigidez (CHIARELLO; DRIUSSO, 2007).
Esta doença é caracterizada por ser progressiva e crônica, e estes sinais
aparecem devido a uma deficiência do neurônio neurotransmissor de dopamina, que
ocorre por consequência de uma degeneração de neurônios que se localizam na
substância negra do cérebro (CHIARELLO; DRIUSSO, 2007).
Segundo Silva e colaboradores (2013), este conjunto de alterações que
ocorrem na doença de Parkinson (DP) vão gerar problemas no equilíbrio e na
marcha do indivíduo. E a anormalidade postural irá afetar a funcionalidade do
paciente, bem como aumentará o risco de quedas, gerar dores e resultar em uma
marcha anormal.
De acordo com Carvalho (2016), a depressão, a demência e os problemas
cognitivos também podem estar presentes de maneira associada na DP.
A etiologia da DP é classificada em: parkinsonismo primário ou doença de
Parkinson; parkinsonismo secundário que é relacionado a alguns medicamentos e
21
algumas patologias; parkinsonismo heredogenerativo que apresenta um padrão
incomum de herança; parkinsonismo-plus que se caracteriza por apresentar acinesia
e rigidez sem a presença de tremor, no qual é associada a algum outro tipo de
alteração neurológica que não se encontra na DP (PINTO, 2010).
4.3.1 Fisiopatologia da doença
Na DP ocorre uma perda neuronal da substância negra do cérebro,
diminuindo assim os níveis de dopamina na região do corpo estriado, que resultará
em uma alteração no sistema nervoso central mais precisamente no sistema de
controle motor (CARVALHO, 2016).
A dopamina possui a função de transmitir informações em forma de sinais
elétricos, informações estas passadas de um neurônio para o outro (sinapse). Esta
substância possui um papel importante em mecanismos que produzem dependência
e vícios, bem como o controle de movimentos dos indivíduos. Na DP, a função
motora mostra o quanto a dopamina é afetada devido a diminuição da mesma,
conforme demonstra a figura a seguir (PIVETTA, 2011).
Figura 1 - Circuito Cerebral do Parkinson
FONTE: Pivetta (2011)
22
A degeneração na substância negra faz com que haja alterações bioquímicas
por causa da diminuição de dopamina na região do estriado, esta região possui
inervações da substância negra. A diminuição da dopamina irá alterar a liberação de
alguns neurotransmissores e também a excitabilidade do estriado, que
consequentemente irá produzir uma alteração no sistema extrapiramidal,
ocasionando anormalidades na atividade dos músculos e na coordenação
(FISCHER, 2014).
Com a degeneração dos neurônios e progressão da DP, vão se desenvolver
corpos citoplasmáticos inclusos, que são denominados corpos de Lewys. Além disto,
há perda de células situadas no núcleo pedúnculo – pontino associada com um
aumento de inibição deste núcleo, que consequentemente irá desinibir as vias
vestíbulo espinhal e reticulo espinhal, o qual resultará em uma contração excessiva
dos músculos responsáveis pela manutenção postural relacionados diretamente com
alterações colinérgicas (SOUZA et al., 2011).
A etiologia da degeneração do corpo estriado e substância negra ainda não é
conhecida, mas o que se sabe é que seria um processo progressivo, no qual em
alguns casos graves pode levar a morte em torno de dez a quinze anos (PINTO,
2010).
4.3.2 Características clínicas da DP
4.3.2.1 Tremor
De acordo com Pinto (2010), o tremor que se observa no paciente com
Parkinson é chamado de tremor Parkinsoniano, caracterizado por um tremor de
carácter central, em repouso. Este acontece em resultado de uma disfunção, que
ocorre entre o globo pálido e o núcleo subtalâmico, devido a alteração das
descargas neuronais ou por possuir área termogênica talâmica.
Já Cambier e colaboradores (2005), complementam que o tremor de repouso
ocorre, em determinada parte do corpo sendo caracterizado por uma oscilação
rítmica, o qual não é necessária a atividade muscular, e temporariamente é
23
invalidado por um movimento muscular voluntário. E o mesmo tende a se agravar
com frequência por atividade motora ou cognitiva, quando envolvida outra parte do
corpo. Durante o sono o tremor desaparece, e pode ser aumentado com certas
emoções e ao realizar movimentos voluntários que requerem uma distância.
4.3.2.2 Bradicinesia
De acordo com Fisher (2014), a bradicinesia é o sintoma que mais incapacita
o paciente com DP, no qual gera uma dificuldade de iniciar os movimentos
voluntários com redução da amplitude e lentidão para flexão e extensão dos
membros. Com a evolução da doença a bradicinesia piora, e consequentemente
resultará em uma festinação, diminuição da largura dos passos, velocidade e
assimetria.
4.3.2.3 Rigidez
A rigidez é um aumento de tônus muscular também denominada como
hipertonia do tipo plástica, ocasionando numa alteração na co-contração da
musculatura. Estas alterações vão gerar no paciente com DP uma perda da
flexibilidade, e consequentemente uma diminuição na amplitude de movimento das
articulações bem como alterações posturais (BEDESCHI, 2003 apud DOHERTY et
al., 2011).
4.3.2.4 Instabilidade postural
Um dos sintomas que gera mais incapacidade neste tipo de paciente é a
instabilidade postural, esta ocorre com o progredir da doença comprometendo a
capacidade de manter o equilíbrio de forma adequada nas atividades que requerem
maior estabilidade da postura (FISCHER, 2014).
24
4.3.2.5 Marcha do paciente com DP
Segundo O’ Sullivan e Schimitz (2010), a marcha do paciente com DP,
apresenta distúrbios devido as alterações nos movimentos, no qual é caracterizada
como marcha festinante devido a postura inclinada, aumento da velocidade (de
forma progressiva) e diminuição da largura dos passos.
4.4 Epidemiologia
Segundo Rodrigues (2015), um estudo feito no Brasil mostra que cerca de
3,4% dos brasileiros com idade acima de 40 anos possuem a DP, e a prevalência é
do sexo masculino, mas a doença atinge também o sexo feminino.
A incidência da DP, é de 16 á 19 casos por 100.000 pessoas por ano, sendo
a segunda doença neurodegenerativa mais comum do mundo. Após os 60 anos de
idade esta incidência aumenta, no qual estudos feitos com esta faixa etária aborda
uma incidência de 410 a 529 casos a cada 100.000 pessoas por ano (SANTOS;
MILAGRES, 2015 apud LAU; BRETELER, 2006).
4.5 Diagnóstico
De acordo com Fischer (2014), o diagnóstico da DP é clínico realizado por
médico neurologista, e para auxiliar na definição do diagnóstico utiliza-se
instrumentos na avaliação como: os Critérios do Banco de Cérebro de Londres, este
método proposto identifica se o paciente apresenta bradicinesia e mais um dos
sintomas motores que a DP tem como característica.
Quando a DP está em fase inicial o diagnóstico se torna mais difícil, e por
vezes os sinais e os sintomas não são percebidos. Já aqueles sintomas clássicos da
DP, geralmente são identificados na primeira avaliação (SAITO, 2011 apud
SANFELICE, 2004).
25
4.6 Fármacos Usados Para Tratar a DP
Segundo Cambier e colaboradores (2005), as medicações usadas no
tratamento da DP são: os anticolinérgicos; a L-dopa que é considerado o
medicamento mais eficaz no tratamento da doença; e os agonistas dopaminérgicos.
4.7 Cinesioterapia e seus benefícios no tratamento da DP
4.7.1 Alongamento
O alongamento no paciente com DP, pode ser feito juntamente com técnicas
de mobilização das articulações para que se possa reduzir a compressão dos
ligamentos e cápsulas articulares. Quando se faz o uso de graus de forma
selecionada de movimentos acessórios, pode-se obter a diminuição de dor e
aumento da amplitude de movimento. O fisioterapeuta deve instruir a família e o
paciente sobre os exercícios de alongamento, e o tempo gasto para realização de
cada um que seria em torno de 20 a 30 segundos, bem como o quanto é importante
manter a força no alongamento durante este tempo (O’ SULLIVAN; SCHHIMITZ,
2010).
4.7.2 Exercícios de fortalecimento muscular
Segundo Gonçalves; Leite e Pereira (2011), indivíduos com DP se equivocam
ao dizer que a doença os deixam fracos, pelo fato de que não seria a doença em si
que ocasionaria a fraqueza dos músculos e sim a falta de atividade física, esta
quando não realizada resultará em uma fraqueza muscular.
Estudos demonstram que os exercícios de fortalecimento muscular
contribuem de forma positiva no tratamento de pacientes com DP leve e moderada,
proporcionando um aperfeiçoamento em relação a força muscular e desempenho
26
motor. Este tipo de exercício, deverá ser realizado quando o paciente estiver em seu
melhor tempo (PAULA et al., 2011).
4.7.3 Treino de equilíbrio
Um dos sintomas mais comuns em pacientes com DP é o déficit de equilíbrio,
isto ocorre pelos danos motores que são causados pela degeneração e atrofia dos
núcleos da base que irão gerar um padrão inibitório, no qual resultará em uma
dificuldade de modular o equilíbrio (CHRISTOFOLETTI et al., 2010).
O treino de equilíbrio no paciente com DP, deverá incluir atividades no qual o
paciente experimentará diferentes tipos de tarefas e condições ambientais. O
fisioterapeuta deverá conhecer as limitações do paciente, orientando-o sobre como
aperfeiçoar o alinhamento da postura, e como evitar as possíveis quedas e
alterações posturais. Devendo ser composto por atividades que comessem com uso
de transferências de peso, em posições sentadas e também em pé, auxiliando o
paciente para que o mesmo conheça seus limites de estabilidade (dando comandos
verbais a ele). Além disto, é importante que se aumente aos poucos a complexidade
da atividade proposta, para que se possa melhorar cada vez mais o seu equilíbrio,
pois através disso desafia-se o sistema de controle postural (LEAL et al., 2008).
4.7.4 Treino de marcha
O treino de marcha no paciente com DP, irá ter como objetivo trabalhar a
velocidade lenta, os padrões irregulares, a diminuição do balanço dos braços, o
movimento e a flexão de tronco anormal. Este tipo de treino se baseia em aumentar
o comprimento dos passos, aumentar a base de apoio, melhorar a qualidade dos
passos, o padrão de marcha, o balanço dos braços durante o caminhar, e aumentar
a velocidade da marcha e a qualidade da mesma (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
27
4.7.5 Exercícios de flexibilidade
O objetivo da flexibilidade é melhorar a amplitude de movimento das
articulações, e a manutenção da amplitude de movimento é de suma importância no
tratamento reabilitativo (PRENTICE; VOIGHT, 2003).
Segundo O’Sullivan e Schmitz (2010), exercícios de flexibilidade ou exercícios
de amplitude de movimento irão enfatizar a movimentação ativa, e são usados para
melhorar ou seja aperfeiçoar a flexibilidade do paciente, no qual os exercícios
deverão ser direcionados para o fortalecimento dos músculos extensores, ao mesmo
tempo alongando os músculos flexores que estão encurtados no paciente com DP.
Para que haja manutenção da amplitude, os exercícios passivos devem ser
realizados dentro da amplitude de movimento do paciente.
4.7.6 Benefícios gerais da fisioterapia
Segundo Santos e colaboradores (2010), a fisioterapia é adicionada ao
tratamento da DP, juntamente com os medicamentos ou cirurgia, no qual a
reabilitação deverá ser composta por exercícios motores e respiratórios, treino de
marcha, treino de atividades de vida diária, e exercícios de relaxamento. Com o
objetivo de educar o paciente e também a família do mesmo, informando-os quanto
aos benefícios que a mesma traz.
De acordo com Spinoso e Faganello (2011), o tratamento reabilitativo através
da fisioterapia é de suma importância desde o início da doença, para que se possa
amenizar e retardar a sua evolução, bem como seus sintomas, ou seja, a fisioterapia
visa proporcionar ao indivíduo, uma melhora da funcionalidade e qualidade na
realização de suas atividades.
A fisioterapia busca melhorar e manter a segurança do paciente com DP, e
também evitar a ocorrência de complicações secundárias. Porém, infelizmente
alguns pacientes não são encaminhados a fisioterapia logo que descobrem a
28
doença, sendo esta solicitada somente quando estes apresentam alterações mais
severas (SANTOS et al., 2010).
O objetivo da fisioterapia no tratamento da DP é minimizar os problemas
motores, fazendo com que o paciente melhore sua qualidade de vida e mantenha
sua independência nas atividades de vida diária, isto dentro do possível. Através de
exercícios há aumento da mobilidade, e isso poderá diminuir a progressão da DP,
evitar contraturas e retardar a demência (VARA; MEDREIROS; STRIEBEL, 2012).
Segundo Pinto (2013), os objetivos da fisioterapia na doença de Parkinson
englobam diversos fatores, no qual o fisioterapeuta deverá: estimular o paciente se
tratando de segurança e independência na realização das atividades, realçando as
transferências e a postura, o alcance de objetos e a interação com eles, marcha e
equilíbrio, tentando ao máximo manter e melhorar a capacidade física, impedindo
complicações futuras e minimizando os sintomas da doença.
A fisioterapia tem um papel importante no tratamento da DP, pois ela
promove exercícios ativos que irão preservar a mobilidade do paciente, isto porque o
programa de reabilitação em pacientes com DP, se baseiam em padrões de
movimentos funcionais envolvendo diversos segmentos do corpo, movimentos estes
de extensão abdução e rotação (TAKEICHI; JESUS, 2011).
Assim como o tratamento farmacológico é de suma importância no tratamento
da DP, a fisioterapia também seria, pois por meio dela o paciente é beneficiado com
exercícios que mantém os músculos ativos e preservam a mobilidade. Um programa
de exercícios para um paciente com DP, deve-se basear em movimentos que
promovam funcionalidade, envolvendo diversos segmentos do corpo e a fisioterapia
proporciona isto, o que seria muito benéfico para o tratamento do mesmo (HAASE;
MACHADO; OLIVEIRA, 2008).
Os exercícios melhoram a coordenação motora, a bradicinesia e ainda diminui
o risco de quedas. Se o paciente apresentar limitação de uma ou mais das
atividades como: postura, alcance, transferência, equilíbrio, preensão, marcha, e
aumento do risco de quedas, a fisioterapia deverá ser aplicada. As contraindicações
vão depender do método ou do exercício feito, de acordo com o quadro do paciente
(PINTO, 2013).
29
A doença afeta as funções do corpo do paciente prejudicando suas
estruturas, e consequentemente afetam suas atividades de vida diária causando
limitações, no qual as funcionalidades do portador da DP ficam comprometidas de
maneira que as habilidades motoras são prejudicadas até mesmo as simples.
Também é comprometido a mobilidade; a locomoção; a força muscular e a
amplitude de movimento. Alguns pesquisadores relatam que a fisioterapia deverá ser
iniciada logo quando há estabelecimento do diagnóstico afim de prevenir: a
fraqueza, a atrofia muscular, e a capacidade de exercício diminuída (VARA;
MEDEIROS; STRIEBEL, 2012).
Na DP há comprometimento do equilíbrio, que seria diminuído devido a
diversos fatores como por exemplo: a postura inadequada e a alteração no centro de
gravidade, bem como a diminuição do comprimento dos passos, no qual a
fisioterapia se torna indispensável pois ela trata de forma direta os sinais motores da
doença, e de maneira indireta outros sintomas como: a socialização e a depressão
(SPINOSO; FAGANELLO, 2011).
Vara, Medeiros e Striebel (2012), relatam que um estudo demonstrou que
pacientes fisicamente ativos tem uma menor taxa de mortalidade, uma melhora na
qualidade de vida e um aumento nas suas funções se comparado a indivíduos com
uma atividade menor. O qual diversos benefícios são obtidos através do treinamento
fisioterapêutico como: melhora de tônus e da força de músculos que participam da
marcha bem como o equilíbrio, fazendo com que o indivíduo com DP melhore suas
passadas utilizando os membros superiores durante a mesma; melhora do
alinhamento da postura e biomecânica; tempo de execução das tarefas; aumento da
capacidade respiratória e desempenho respiratório.
De acordo com Santos e colaboradores (2010), os estímulos que a
fisioterapia proporciona ao indivíduo com DP geram uma facilitação dos movimentos
na marcha, aumento dos passos e diminuição do congelamento tanto na intensidade
quanto na frequência. Os exercícios possuem o objetivo de melhorar a função do
indivíduo se tratando de movimento como: o andar, o levantar, o sentar, a
bradicinesia, atividades motoras, diminuindo o número de quedas.
O exercício físico no paciente com DP aumenta tanto os níveis quanto o
metabolismo de dopamina, promovendo uma independência se tratando de
funcionalidade. O aumento desta funcionalidade irá depender do tempo, da
30
intensidade, duração e frequência dos exercícios (RODRIGUES, 2015 apud SASCO
et al., 1992).
Segundo Gonçalves, Leite e Pereira (2011) a fisioterapia se torna uma ótima
aliada para saúde dos pacientes com DP, devido ao fato dela proporcionar uma
melhora do quadro do paciente, se tratando de melhora da mobilidade, desempenho
de força, postura e marcha, e equilíbrio. Os exercícios físicos irão beneficiar os
pacientes retardando os efeitos que a doença causa, mantendo possivelmente
alguma dependência no paciente.
A intervenção fisioterapêutica é restauradora, pois se concentra em melhorar
a amplitude de movimento, força, habilidades funcionais e a resistência, além disto o
paciente obtém benefícios quanto aos programas (fisioterapêuticos) de manutenção
das funções, que são feitos para minimizar e retardar os efeitos da doença (O’
SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
4.8. Gameterapia (realidade virtual) e seus benefícios no tratamento
da DP
4.8.1 Conceito
De acordo com Vieira e colaboradores (2014), a gameterapia também
conhecida como realidade virtual é um método terapêutico, que pode ser utilizado
em diversas populações com diferentes alterações neurológicas (sendo a DP uma
delas), que tem como objetivo permitir ao indivíduo a sensação da realidade.
4.8.2 Nintendo wii
Lançado no ano de 2006 nos Estados Unidos, o Nintendo Wii é o quinto
videogame da Nintendo. Composto por um console; um sensor chamado Sensor
Bar, este transmite sinais infravermelhos para os controles; um controle que é
31
sensível aos movimentos do indivíduo e também aos comandos; um suporte para o
console, e um cabo que o conecta a televisão (ALMEIDA, 2011).
4.8.3 Plataforma wii
O dispositivo Wii Balance Board é uma plataforma (conforme a figura abaixo)
composta por 4 sensores de pressão (cada um em um canto), esses são utilizados
para medir o equilíbrio e o peso através da transferência. O Nintendo Wii Balance
Board, possui baixo custo, fácil acesso e não possui a necessidade de modificação
de projeto. Por causa disso tem-se utilizado este sistema no meio da reabilitação de
pacientes com alterações neurológicas, por meio do jogo Wii Fit (SANTOS et al.,
2010).
Figura 2 - Plataforma do vídeo game Nintendo Wii
FONTE: Carvallho et al (2014)
4.8.4 Jogos
Os jogos do Nintendo Wii são interativos, e reabilitativos, pois estimulam os
pacientes a se esforçarem para realizar uma boa atividade, além disto proporciona
aumento de força muscular; melhora a capacidade de concentração; aumenta o
32
equilíbrio; melhora os movimentos; melhora a coordenação motora e estimula a
atividade do cérebro (ALMEIDA, 2011).
4.8.5 Benefícios gerais do método
A gameterapia (realidade virtual) é um método que vem sendo considerado
um meio de tratamento na área de neuroreabilitação. Porém destaca-se um
pequeno número de estudos em relação a materiais científicos (PIMENTEL et al.,
2015).
De acordo com Junior et al., (2014), este método se origina por meio de
jogos, no qual o Nintendo Wii é o sistema mais utilizado, que permite ao indivíduo
uma melhora da capacidade física, através de jogos como Wii Fit e Wii Sports.
Segundo Almeida (2011), a fisioterapia possui um papel importante na
reabilitação de pacientes com disfunções neurológicas, pelo fato destes terem que
passar por um tratamento longo seria de grande valia acrescentar algo novo no
processo reabilitativo, como por exemplo o Nintendo Wii o qual tornará as condutas
mais interessantes e dinâmicas.
Os fisioterapeutas passaram a utilizar os jogos do Nintendo Wii, adquirindo
mais um tipo de recurso para o tratamento de indivíduos com DP, no qual o paciente
irá ser estimulado de maneira inovadora, obtendo benefícios como: correção
postural, melhora do equilíbrio, aumento da amplitude de movimento e da
capacidade de se locomover, bem como a estimulação em relação ao tratamento
(FERREIRA et al., 2014).
Segundo Soares e colaboradores (2015), a fisioterapia tem utilizado o
Nintendo Wii em tratamentos de indivíduos com DP, pois através deste obtém-se
diversos benefícios juntamente com exercícios corretivos e preventivos, melhorando
o equilíbrio, a postura, a locomoção, e a funcionalidade e também a motivação a
realização do tratamento.
Tem-se aumentado o uso deste vídeo game na reabilitação de pacientes
neurológicos, pelo fato de que através dos jogos interativos e dos acessórios que
fazem parte deste vídeo game (plataforma e controles), proporcionarem aos
33
pacientes vários tipos de treinamentos dentre eles estão: exercícios de
fortalecimento muscular; exercícios anaeróbicos; exercícios aeróbicos; exercícios
isotônicos e treino de equilíbrio estático e dinâmico (ALMEIDA, 2011 apud GRAF et
al., 2010).
Existem três conceitos básicos deste método na reabilitação neurológica, se
tratando de aprendizagem motora, são estes: motivação, repetição e feedbak. Foi
lançado um pacote de jogos denominado Wii Fit Plus, os quais proporciona um
trabalho de todos os grupos musculares do corpo, e juntamente com este pacote
pode-se utilizar o dispositivo Wii Balance Board (SOARES et al., 2015).
Composto por uma rede sem fio o Nintendo Wii permite a interação através
da detecção dos movimentos, os sensores detectam alterações na direção,
velocidade e aceleração, por meio dos movimentos de membros superiores,
resultando numa interação entre o paciente e o jogo. O Nintendo Wii é um meio que
torna o atendimento mais atraente, proporcionando a melhora da aprendizagem
motora e das atividades de vida diária (SOARES et al., 2015).
Segundo Pimentel e colaboradores (2015), estudos abordam que a alteração
de equilíbrio em pacientes com DP estaria relacionada a déficits de atenção. A
gameterapia irá beneficiar o paciente com DP no sentindo de exigir um controle do
equilíbrio, no qual a atenção seria voltada para os requisitos de cognição. Pois os
pacientes com DP, quando submetidos a gameterapia, irão desenvolver estratégias
motoras, facilitando os movimentos e criando meios externos para alcançar os
objetivos almejados.
De acordo com Santana e colaboradores (2015), autores relatam que a
gameterapia é caracterizada por transmitir confiabilidade, rapidez e capacidade de
registro do desempenho do paciente através de pontuações. Além disso, quando o
paciente com DP apresenta medidas de desempenho insatisfatórias, os pacientes
são estimulados a tentar novamente e buscar um desempenho melhor do que o
anterior.
Alguns estudos mostram que a gameterapia, motiva os pacientes quanto ao
tratamento refletindo sobre o bem-estar pelo fato de realizarem movimentos
desejados, superando seus limites por buscar um maior desempenho durante a
realização dos jogos (SANTANA et al., 2015).
34
Segundo Ferreira e colaboradores (2014), a utilização dos jogos da
gameterapia permite ao indivíduo com DP, a interação dos canais sensórios motores
com os componentes computacionais, a utilização deste método é eficaz na
reabilitação de pacientes com problemas neurológicos, pelo fato de promover a
participação do paciente de maneira ativa e corajosa, mesmo que ele tenha alguma
alteração cognitiva ou física, proporcionando um ambiente motivador para o
aprendizado facilitando as capacidades perceptivas, motoras e também as
habilidades do mesmo.
Este método proporciona ao paciente um feedback imediato, pelo fato de que
quando o mesmo interage com o mundo virtual ele obtém respostas em relação a
suas ações e sua eficiência de forma instantânea. Estimulando o paciente a exigir o
melhor de si, no qual automaticamente promoverá um estímulo tanto no cérebro
quanto no cerebelo, e estes realizarão as correções que forem necessárias afim de
promover um desempenho eficaz (FERREIRA et al., 2014).
De acordo com Santos e colaboradores (2010), o paciente com DP precisa
receber estímulos em relação a conscientização visuo-espacial, para que se
amenize os índices de queda, por isso é indicado que o tratamento desse tipo de
paciente seja composto por estímulos externos (auditivos e visuais), porém
geralmente os tratamentos de reabilitação seguem os mesmos padrões, que visam o
treino de marcha, exercícios de equilíbrio, treinos para mobilidade e força muscular,
e treinos do sistema cognitivo, para que haja uma melhora da capacidade do
paciente.
Mesmo assim ainda há presença de falhas neste tipo de recomendação, pelo
fato das atividades acontecerem de maneira repetitiva, o que irá contribuir na falta
de interesse do paciente. Além disto, na maioria das vezes o tratamento
convencional é feito no mesmo ambiente, e isto poderá diminuir a chance do
paciente com DP receber os estímulos visuo-espaciais (SANTOS et al., 2010).
De acordo Bersciani e Conto (2012), com o uso do Nintendo Wii o paciente irá
ter o benefício de acompanhar sua evolução, já que o mesmo guarda todo o
histórico dele e mostra qual foi o desempenho anterior, e ao mesmo tempo que ele
interage com o vídeo game é trabalhado a sua função motora. Além disto, é
importante ressaltar que o paciente continuará suas atividades fisioterapêuticas
convencionais normalmente.
35
Através do Nintendo Wii há a união de recuperação de habilidade motora,
lazer e diversão, já que através do uso do controle pode ser reproduzido na televisão
os movimentos do paciente o que irá motivá-lo, ou seja ele terá um feedback em
tempo real (BERSCIANI; CONTO, 2012 apud GREENFIELD, 1988).
A gameterapia pode oferecer ao paciente uma variedade de atividades, bem
como diferentes cenários que são capazes de proporcionar diferentes estímulos
visuais e de movimentos. Além de permitir um treinamento na parte motora, este
método ainda cria um ambiente de exercícios, que permite uma manipulação
sistemática se tratando de intensidade e feedback sensorial (SANTOS et al., 2010).
36
5 METODOLOGIA
5.1 Paciente estudado
O paciente deste estudo foi um indivíduo do sexo masculino, 63 anos de
idade diagnosticado com a doença de Parkinson há 23 anos. Foram realizadas 20
sessões entre os meses de novembro de 2017 a janeiro de 2018, sendo feitas de
acordo com disponibilidade do paciente quanto ao número de sessões por semana,
cada sessão teve duração de 60 minutos. Foi relatado ao paciente por meio de um
termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO), como o tratamento iria ser
realizado, no qual não haveria benefícios financeiros entre ambas as partes, e os
dados coletados iriam ser utilizados somente para elaboração do trabalho de
conclusão de curso.
Para a seleção do paciente, foram adotados critérios de inclusão e exclusão.
Os critérios de inclusão foram: o paciente ser diagnosticado com a doença de
Parkinson, apresentar desequilíbrio e quedas recorrentes, alteração de marcha e
idade acima de 60 anos. E os critérios de exclusão foram: o paciente não ter
diagnóstico fechado de Parkinson, estágio inicial da doença, idade inferior a 60 anos
e confusão mental.
O presente trabalho foi realizado na cidade de Paracatu, Minas Gerais.
Supervisionado por uma profissional Fisioterapeuta, em uma Clínica de Reabilitação
Privada.
Segundo o último senso feito no ano de 2010, a cidade de Paracatu teria em
torno de 84.718 habitantes, porém no ano de 2017 estima-se em torno de 92.386
pessoas (IBGE, 2017).
5.2 Materiais e métodos
Este estudo é do tipo estudo de caso quantitativo. O estudo de caso é um
método abrangente e planejado, composto por coleta e análise de dados,
37
podendo ser um estudo de apenas um caso ou de casos múltiplos, no qual pode-se
abordar como forma de pesquisa quantitativa e qualitativa (VENTURA, 2007 apud
YIN, 2001).
Como métodos de avaliação foram utilizados a escala de Hoen Yahr
modificada (ANEXO), que determina o estágio em que a doença de Parkinson se
encontra, sendo esta enumerada do estágio 0 a 5. Goniometria, para avaliar a
amplitude de movimento do joelho e tornozelo. Escala de Berg (ANEXO), com
objetivo de avaliar o equilíbrio do paciente. Teste de força Medical Research Council
(ANEXO), utilizado para avaliar a força muscular, por meio de uma escala de 0 a 5.
Fita métrica, para avaliar o comprimento dos passos (realizados durante a marcha).
Foram realizadas duas avaliações, sendo uma no início e a outra no final do
tratamento, a fim de verificar a evolução do paciente.
Utilizou-se na conduta: alongamentos em membros superiores com bastão de
madeira, alongamento de membros inferiores com auxílio da bola suíça (65 cm
Liveup Azul). Exercícios de fortalecimento muscular para MMII, inicialmente usando
2 kg em cada membro, com tornozeleira de peso (RCM ajustável 2 a 5 kg) e bola,
para MMSS utilizou-se o bastão de madeira, aplicando uma resistência manual de
forma gradativa. Faixa elástica (ACTE Fácil) para melhorar a flexibilidade e força de
MMII e MMSS. Exercícios de equilíbrio e coordenação motora com disco flexível azul
(Acte Sports) bola suíça e os jogos: Wii Fit (com a plataforma e vídeo game Nintendo
Wii), Wii Sport, Just Dance 3 (com vídeo game Nintendo Wii), e treino de marcha
com obstáculos (objetos e degraus) em diferentes ambientes da clínica.
Após a realização do trabalho, foram demonstrados os resultados da
evolução do quadro do paciente em forma de gráficos e tabelas, de acordo com as
avaliações feitas antes e após o tratamento.
38
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi realizado no período de novembro de 2017 a janeiro de 2018, um
acompanhamento de 20 sessões de cinesioterapia e gameterapia, em um paciente
de 63 anos do sexo masculino, diagnosticado com Parkinson há 23 anos, com o
intuito de analisar os efeitos adquiridos com os métodos de tratamento. Para
analisar estes efeitos, foram realizadas duas avaliações sendo uma no início e outra
ao final do tratamento.
Realizou-se nas duas avaliações, a medida do comprimento do passo dos
membros inferiores (MMII), realizado durante a marcha do paciente por meio da fita
métrica, no qual foi possível analisar os resultados e compará-los. Através desta
análise foi possível obter efeitos benéficos quanto a melhora na qualidade da
marcha do paciente por meio do treino da mesma (com obstáculos, orientação e
comando verbal), se comparado a primeira avaliação que apresentava comprimento
do passo de MIID 58 cm, e MIIE 68 cm, com a segunda avaliação sendo MIID 86
cm, e MIIE 90 cm, conforme demonstra a figura 3.
Figura 3 - Representação do comprimento do passo antes e após o tratamento.
FONTE: O autor
39
Ao observar a marcha do paciente na primeira sessão, pode-se perceber que o
mesmo apresentava muita dificuldade para tirar o pé do chão durante a realização
dos passos, e após a intervenção foi possível observar e comprovar por meio da
análise do comprimento dos passos uma melhora significativa na qualidade da
marcha.
Estes resultados concordam com o estudo de Almeida e colaboradores (2015),
que aplicaram o treino de marcha com obstáculos em forma de circuito em 9
pacientes com DP, e obtiveram resultados significativos quanto ao comprimento de
passo, passada e velocidade na realização da marcha, demonstrando que através
desse método é possível obter grandes benefícios na qualidade da mesma de
pacientes com DP.
Concordando com os achados de Aurora; Cervaens (2015), que realizaram
treino de marcha com e sem estímulos em 12 indivíduos, o qual foram divididos em
dois grupos (6 idosos sem a DP e 6 com a DP), o grupo de pacientes que receberam
estímulos do fisioterapeuta durante o treino de marcha aumentaram o comprimento
dos passos e passadas de maneira significativa.
Os autores Santos e colaboradores (2015), realizaram um estudo com 5
pacientes diagnosticados com DP, estes foram submetidos ao treino de marcha com
pistas visuais e sem as pistas visuais na mesma sessão, no período de duas
semanas e durante o treino de marcha o fisioterapeuta fornecia biofeedbak verbal e
visual, ao analisarem os resultados os autores verificaram melhora dos passos e
realização da marcha em 4 pacientes, sendo que 1 deles não apresentou melhora.
Em contrapartida o presente estudo demonstra que o treino de marcha somente com
obstáculos, orientações e comando verbal, pode ter efeitos benéficos na qualidade
da marcha do paciente com DP, sendo que na primeira sessão o paciente fazia uso
de bengala, e na segunda sessão o mesmo não a utilizava, além disto o tempo de
tratamento se difere, o que pode ser explicado o resultado negativo de um dos
pacientes do estudo destes autores.
Bedeschi (2013), realizou um estudo no período de 60 dias aplicando treino de
marcha em 25 pacientes com DP, este dividiu os pacientes em dois grupos, o grupo
controle foi tratado com treino de marcha em forma de circuitos, e o grupo
experimental com treino de marcha que envolvia estímulos motivacionais,
transposição de obstáculos, e tomada subida de decisão, após análise dos
40
resultados pode-se observar uma melhora superior do grupo experimental,
confirmando a eficácia do treino de marcha usando demandas cognitivas através de
obstáculos e estímulos, estes resultados confirmam que a intervenção por meio de
treino de marcha para tratar a qualidade dos passos é de suma importância.
Com o avançar da doença e idade, os pacientes com Parkinson podem
apresentar alterações no equilíbrio estático e dinâmico (CHRISTOFOLETTI et al.,
2010). Foi utilizado o vídeo game Nintendo Wii, bola suíça e disco de propriocepção
para trabalhar o equilíbrio do paciente. Além disto, foi utilizado e o teste de Escala
de Berg para avaliá-lo, sendo que na primeira avaliação o paciente demonstrou ter
algumas dificuldades para realizar movimentos de rotação em 360 graus e
insegurança para deambular, o qual resultou em 46 pontos, sendo abaixo do total de
pontos do teste, ao observar a figura 4 se comparado a primeira avaliação com a
segunda, o paciente obteve 56 pontos (total de pontos do teste) demonstrando
benefícios quanto ao tratamento.
Figura 4 - Representação do Teste de equilíbrio de Berg antes e após o tratamento.
FONTE: O autor
Nas primeiras sessões o paciente realizava os exercícios no disco de
propriocepção e bola suíça com apoio, e quanto aos jogos (gameterapia) o mesmo
apresentava um desequilíbrio acentuado para realizá-los, sendo que na sétima
sessão do tratamento ele não necessitava mais de apoio, e apresentava uma
melhora na realização da gameterapia.
41
Estes achados concordam com o estudo de Almeida (2011), o qual realizou
um tratamento fisioterapêutico com o objetivo de trabalhar o equilíbrio de 1 paciente
com DP utilizando o Nintendo Wii através de 19 sessões. Após a aplicação do
método pode-se notar uma melhora significativa no equilíbrio estático e dinâmico do
paciente avaliado por meio da escala de Berg, demonstrando que antes da
intervenção ele apresentava 46 pontos no teste e após a mesma obteve 54 pontos.
Assim como no atual estudo Silva e colaboradores (2013), também obtiveram
grandes benefícios em seu estudo após aplicarem 18 sessões de gameterapia
através do Nintendo Wii para tratar o equilíbrio de 6 pacientes com DP. Os autores
utilizaram a escala de Berg para avaliar os pacientes, e após a intervenção todos
demonstraram um aumento significativo do equilíbrio estático e dinâmico.
Concordando com os autores Pimentel e colaboradores (2015), que fizeram
uso da gameterapia através do vídeo game Xbox-360, com o intuito de trabalhar o
equilíbrio e consequentemente a funcionalidade dos 6 pacientes com DP, através de
12 sessões, após o tratamento o estudo demonstrou grandes benefícios no equilíbrio
dos pacientes mesmo após 30 dias da aplicação do método.
Os autores Takeichi; Jesus (2011), fizeram o uso da fisioterapia utilizando a
cinesioterapia e o Nintendo Wii para tratar 2 pacientes diagnosticados com DP, um
do sexo masculino e outro do sexo feminino, a paciente foi submetida a 10 sessões
e o paciente foi submetido a 7 sessões, ambos foram tratados com 30 minutos de
fisioterapia através de cinesioterapia e 30 minutos de gameterapia para tratar o
equilíbrio. Após a intervenção a paciente manteve a pontuação no teste de Berg, e o
paciente do sexo masculino apresentou aumento no teste, mas apresentou piora
funcional. No presente trabalho o número de sessões e o tempo com que cada
método foi utilizado se difere, sendo a gameterapia para tratar o equilíbrio 10
minutos e a cinesioterapia 50 minutos para tratar as demais alterações, o qual pode-
se verificar que após o tratamento o paciente não demonstrou piora em nenhum
aspecto, o que pode ser explicado devido ao tempo de tratamento e duração de
cada método utilizado.
Neste estudo foi avaliado e observado alterações quanto a amplitude de
movimento das articulações do joelho e tornozelo em ambos os membros, sendo
utilizado alongamento com auxílio da bola suíça e faixa elástica de forma gradual
para tratá-la. Esta avaliação foi feita através da goniometria, o qual foi possível
42
observar uma melhora significativa, exceto no movimento de dorsiflexão (que não
havia alteração). Os movimentos que apresentavam alterações obtiveram resultados
benéficos, quando comparado os valores da primeira avaliação sendo: flexão de
joelho direito 92° e esquerdo 80°; extensão de joelho direito 5° e esquerdo 5°; flexão
plantar de tornozelo direito 9° e esquerdo 10°, com a segunda avaliação o qual os
valores foram: flexão de joelho direito 110° e esquerdo 100°; extensão de joelho
direito 0° e esquerdo 0° (valor normal); e flexão plantar de tornozelo direito 30° e
esquerdo 20°, conforme demonstra a tabela 1.
Tabela 1 - Representação da amplitude de movimento por meio da goniometria antes e depois
do tratamento.
1ª avaliação
2ª avaliação
Movimentos
MIID MIIE MIID MIIE
Flexão de joelho
92º
80º
110º
100º
Extensão de joelho
5º
5º
0º
0º
Flexão plantar de tornozelo
9º
10º
30º
20º
Dorsiflexão de tornozelo
20º
20º
20º
20º
FONTE: O autor
A amplitude de movimento do paciente deste estudo, antes da intervenção
fisioterapêutica estava prejudicada, pois na primeira sessão o mesmo demonstrava
ter limitação e rigidez dos movimentos de joelho e tornozelo, e após o tratamento
pode-se notar grandes benefícios em relação a flexibilidade destas articulações.
Estes resultados entram em concordância com os achados de Haase;
Machado e Oliveira (2008), que ao aplicarem exercícios para ganho de flexibilidade
utilizando alongamento e bola suíça em 1 paciente com DP, obtiveram ganhos
significativos quanto a amplitude de movimento do paciente, o que confirma a
43
importância destes exercícios que também foram aplicados no paciente deste
estudo.
Assim como Almeida, Muhlenn e Almeida (2012), que realizaram um estudo
com 1 paciente com DP que apresentava alterações na amplitude de movimento de
ombro, quadril, joelho e tornozelo, cujo tratamento fisioterapêutico foi constituído por
exercícios de mobilidade tendo o total de 16 sessões, demonstrou através da
goniometria um aumento significativo na amplitude de movimento do paciente. O
que difere do presente trabalho seria apenas as avaliações e tratamento das
articulações de ombro e quadril, pois o paciente deste estudo demonstrava ter
alterações em joelhos e tornozelos, e nestas articulações ambas as pesquisas
demonstraram ganhos satisfatórios.
Concordando com os achados de Barbieri e colaboradores (2014), o qual
aplicaram um programa fisioterapêutico constituído por exercícios que utilizavam
faixa elástica de diferentes densidades em 17 pacientes com a doença de
Parkinson, o qual se avaliou a amplitude de movimento dos MMII através da
goniometria, este estudo foi realizado no período de oito meses totalizando 96
sessões. Os autores obtiveram resultados benéficos quanto a amplitude de
movimento dos pacientes, e expressaram a importância de se trabalhar as
articulações de quadril e tornozelo, pois isto pode levar o paciente a ter um bom
controle de equilíbrio e de movimento, sendo o principal a locomoção durante a
absorção de impacto quando se realiza a marcha e mobilidade regredindo a
progressão da doença, em contrapartida o presente estudo demonstra que quando
se trata as articulações de joelho e tornozelo pode-se também obter efeitos
benéficos na locomoção destes pacientes.
Discordando do estudo de Araújo e colaboradores (2015), o qual realizaram
uma pesquisa em uma paciente com DP, que foi submetida a 10 sessões de
fisioterapia cujo tratamento era composto por exercícios que tinham o objetivo de
aumentar a amplitude de movimento, e como resultado demonstram um aumento da
amplitude de movimento da paciente, porem a mesma não apresentou melhora da
marcha devido ter tido resistência para se posicionar em ortostatismo, comparado ao
presente estudo o paciente apresentou melhora significativa da amplitude de
movimento e consequentemente da marcha, devido ter sido possível realizar a
44
conduta prescrita e o mesmo não apresentava dificuldade de se posicionar em
ortostatismo o que possibilitou os efeitos benéficos.
A fraqueza muscular foi uma das alterações presentes no paciente do
presente estudo, e o mesmo foi avaliado através do teste de força Medical Research
Council, este se queixava de fraqueza na região do quadríceps, bíceps, tríceps e
braquiorradial em todos os membros, o qual foi trabalhado exercícios de
fortalecimento muscular de forma gradativa. Ao final do tratamento pode-se observar
a melhora da força nos músculos que o paciente apresentava fraqueza. Na primeira
avaliação os músculos dos MMSS e MMII apresentaram grau 3 e na segunda
avaliação os músculos de MMSS apresentaram grau 4 e os de MMII grau 5,
conforme demonstra a tabela 2.
Tabela 2 - Representação dos efeitos do tratamento na força muscular do paciente.
Músculos avaliados
1ª avaliação 2ª avaliação
MIID MIIE MIID MIIE
Bíceps 3 3 4 4
Tríceps
3
3
4
4
Braquiorradial
3
3
4
4
Adutores da coxa
3
3
5
5
Abutores da coxa
3
3
5
5
Quadríceps
3
3
5
5
FONTE: O autor
45
Nas primeiras sessões o paciente desta pesquisa demonstrava sentir
fraqueza em MMSS (bíceps, tríceps e braquiorradial) e MMII (adutores e abdutores
da coxa, reto femural e vasto lateral e medial), a partir da sexta sessão, pode-se
evoluir o tratamento aumentando a intensidade e série dos exercícios, e ao final da
intervenção pode-se verificar ganhos satisfatórios principalmente em MMII. Estes
resultados entram em concordância com estudo de Paula e colaboradores (2011),
que ao utilizarem exercícios de fortalecimento muscular com tornozeleira de peso,
bastão e exercícios aeróbicos para tratar o tronco e os MMII de 17 pacientes com
DP, verificaram que pode-se ganhar funcionalidade e melhora da velocidade da
marcha quando se trata a força destes pacientes.
Concordando com os resultados de Lima (2013), que aplicou exercícios de
fortalecimento (em MMII) de forma gradativa quanto a carga imposta, utilizando faixa
elástica e pesos para tratar a força muscular de 13 pacientes com DP, o qual
puderam verificar que através do aumento da força muscular pode-se obter uma
melhora no desempenho e consequentemente na bradiscinesia e marcha destes
indivíduos. Neste estudo foi trabalhado também os músculos de MMSS devido ao
paciente ter demonstrado fraqueza muscular, a através do fortalecimento muscular
pode-se notar grandes benefícios em relação a funcionalidade e bem estar do
mesmo, concordando com os achados de Antonio; Bertoldi; Navega (2013), que
trataram a força muscular de MMSS e MMII de 13 pacientes com DP, durante 12
semanas, e como resultado os autores obtiveram aumento da força de todos os
grupos musculares, e chegaram à conclusão de que quanto maior a força de MMII
melhor será a independência funcional destes indivíduos.
46
7 CONCLUSÃO
Conclui-se que através da utilização de cinesioterapia e gameterapia, é
possível obter efeitos benéficos quanto as manifestações clínicas apresentadas pelo
paciente parkinsoniano, promovendo a ele uma melhora da funcionalidade,
qualidade de vida e bem estar, amenizando e retardando os sintomas que a doença
causa.
47
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Aline; MUHLEN, Pâmela Von; ALMEIDA, Carla Skilhan. O tratamento fisioterapêutico em um paciente com doença de Parkinson: um estudo de caso. Nova fisio. Rio dos Sinos, 2012. Disponível em: <http://www.novafisio.com.br/o- tratamento-fisioterapeutico-em-um-paciente-com-doenca-de-parkinson-um-estudo- de-caso/3/>. Acesso em: 28. Mar. 2018.
ALMEIDA, Isabela Andrelino de; et al. Efeito imediato da fisioterapia na marcha em indivíduos com doença de Parkinson. Saúde e Pesquisa, Maringá, v.8, n.2, p.247- 253, Ago. 2015. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index. php/saudpesq/article/view/4111/2630>. Acesso em: 07. Mar. 2018.
ALMEIDA, Monike Karoliny Silva. A utilização do Nintendo wii na reabilitação de indivíduos com Parkinson: um estudo de caso. Universidade do Sul, Santa Catarina, 2011. Disponível em: <https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/1456 /104375_Monike.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
ANTÔNIO, Ana Márcia dos Santos; BERTOLDI, Flávia Cristina; NAVEGA, Flávia Roberta Faganello. Influência do fortalecimento muscular na independência funcional de indivíduos parkinsonianos. ConScientiae Saúde, São Paulo, v.12, n.3,p.439-446, 2013. Disponível em:<https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11 449/114950/ISSN19839324-2013-12-03-439-446.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 28. Mar. 2018.
ARAÚJO, Taynar J. Lima; et al. Atuação fisioterapêutica no idoso com doença de Parkinson. Paraíba, 24 a 26, setembro, 2015. Universidade de Paraíba. Disponível em: <http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_ MD4_SA5_ID1106_27082015171203.pdf>. Acesso em: 30. Mar.2018.
AURORA, Bruna Raquel Pereira; CERVAENS, Mariana. A influência imediata de estímulos auditivos na marcha de idosos com e sem a doença de Parkinson. Licenciatura em Fisioterapia- Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2015. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/61018347.pdf>. Acesso em: 22. Abr. 2017.
BALISTA, Vania Gabriella. Sistema de realidade virtual para avaliação e reabilitação de déficit motor. Workshop on Virtual, Augmented Reality and Games- Full Papers. XII SBGames. São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.sbgames.org
/sbgames2013/proceedings/workshop/WorkshopVAR-6_Full.pdf>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
BARBIERI, Fabio Augusto; et al. Efeito do exercício físico na amplitude de movimento articular dos membros inferiores de indivíduos com doença de Parkinson. Fisioterapia Pesquisa, São Paulo, v.21, n.2, p.167-173, Mar 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fp/v21n2/pt_1809-2950-fp-21-02-00167.pdf>. Acesso em: 30. Mar. 2018.
48
BEDESCHI, Cynthia. Treino de marcha com demandas motoras e cognitivas integradas em um contexto funcional em pacientes com doença de Parkinson. São Paulo, 2013. Disponível em: <http://www.ip.usp.br/portal/index.php?option
=com_content&view=article&id=4601%3A2013-11-13-17-5547&catid=313%3Ade fesas&Itemid=178&lang=pt>. Acesso em: 04. Ago.2017.
BERSCIANI, Thiago Antônio; CONTO, Samuel Martim. O impacto da tecnologia nintendo wii no tratamento fisioterapêutico e na satisfação de pacientes de uma clínica do vale do taquari. Revista Destaques Acadêmicos, Goiás, v. 4, n. 1, 2012. Disponível em: <http://univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view File/138/136>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
CAMBIER, Jean; MASSON, Maurice; DEHEN, Henri. Neurologia. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2005.
CARVALHO, Miguel Alexandre Lopes. Estudo imagiológico em ressonância magnética de doentes com doenças de Parkinson Late Stage. Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, set, 2016. Disponível em: <https://run.unl.pt/handle/ 10362/20297>. Acesso em: 04. Ago. 2017.
CARVALHO, Tiago Pinheiro Vaz; et al. Efeitos da gameterapia na mielorradiculopatia esquistossomótica: relato de caso. Motricidade. Vol.10, n 2, p. 36-44. Sergipe, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/ v10n2/v10n2a05.pdf>. Acesso em: 11. Set. 2017.
CHIARELLO, Patrícia; DRIUSSO, Berenice. Fisioterapia Gerontológica.1ª ed. São
Paulo: Editora Manole, 2007.
CHRISTOFOLETTI, Gustavo, et.al. Eficácia de tratamento fisioterapêutico no equilíbrio estático e dinâmico de pacientes com doença de Parkinson. Fisioterapia e Pesquisa, v.17, n 3, p.259-63, jul - set. São Paulo, 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/fp/v17n3/13.pdf>. Acesso em: 05. Ago. 2017.
COHEN, Helen. Neurociências para Fisioterapeutas: incluindo correlações clinicas. 2ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2001.
DANGELO, José Geraldo; FANTTINI, Carlo Américo. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos: com a descrição dos ossos, junturas, músculos, vasos e nervos. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.
FERREIRA, Marília Ester; et al. Nintendo wii como recurso fisioterapêutico na reabilitação da doença de Parkinson. Neurociências, v.10, n. 2, abr-jun, 2014. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/282901336_ Nintendo_Wii_como_recurso_fisioterapeutico_na_reabilitacao_da_doenca_de_Parki nson>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
FISCHER, Bruno Leonardo. Efeitos do treinamento de potência na força muscular de indivíduos com doença de Parkinson. Dissertação Mestrado em Educação Física. Universidade de Brasília. Brasília, 2014. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/han dle/10482/16458>. Acesso em: 05. Set. 2017.
49
GONÇALVES, Giovanna Barros; LEITE, Marco Antônio Araújo; PEREIRA, João Santos. Influência das distintas modalidades de reabilitação sobre as disfunções motoras decorrentes da doença de Parkinson. Revista Brasileira de Neurologia, Juiz de Fora, v. 47, n. 2, abr-mai-jun, 2011. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/ handle/10482/16458>. Acesso em: 06. Set. 2017.
HAASE, Deisy Cristina Bem Venutti; MACHADO, Daniele Cruz; OLIVEIRA, Janaisa Gomes Dias. Atuação da fisioterapia no paciente com doença de Parkinson. Revista Fisioterapia Movimento, Paraná, v. 21, n.1, p. 79-85, jan-mar, 2008. Disponível em:
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/viewFile/19033/18381>. Acesso em: 03. Dez. 2017.
IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação da População e Indicadores Sociais, Estimativas da população residente com data de referência 1 de julho de 2017. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 11. Set. 2017.
JUNIOR, Renato Sobral Monteiro. et al. Efeito da reabilitação virtual em diferentes tipos de tratamento. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. v. 9, n. 29, jul/set, 2011.disponível em: <http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/ article/view/1331/1065>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
KIERNAN, John Alan. Neuroanatomia Humana de Barr. 7ª ed. São Paulo: Editora
Manole, 2003.
LEAL, Seânia Santos. et al. A importância da intervenção fisioterapêutica na melhora do equilíbrio em idosos portadores de doença de Parkinson. XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica. Vale do Paraíba, 2008. Disponível em:
<http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00714_02_O.p df>. Acesso em: 03. Dez. 2017.
LIMA, Lidiane Andréia Oliveira. Treinamento de potência muscular na doença de Parkinson: um estudo prova de conceito. 178 f. Tese Doutorado em Educação Física- Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2013. Disponível em: <http://www.eeffto.ufmg.br/eeffto/DATA/defesas/20151009132802.pdf>. Acesso em: 22. Abr. 2017.
MARQUES, Amélia Pasqual. Manual de Goniometria. 2. ed. São Paulo: Manole,
2003.
O’SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ Thomas J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2010.
PAULA, Fátima Rodrigues de. et al. Exercício aeróbio e fortalecimento muscular melhoram o desempenho funcional na doença de Parkinson. Revista Fisioterapia Movimento. Belo Horizonte, v. 24, n. 3, p. 379-388. julh-set, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n3/02.pdf>. Acesso em: 02. Dez. 2017.
PIMENTEL, Marcela Monteiro. et al. Influência da gameterapia sobre o equilíbrio de portadores de doença de Parkinson. Universidade Estadual da Paraíba. Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, Paraíba, set, 2015. Disponível em:
50
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD4_ SA5_ID1275_27082015223613.pdf>. Acesso em: 07. Set. 2017.
PINTO, Luiz Carlos. Neurofisiologia Clínica: princípios básicos e aplicações. 2ª
ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2010.
PIVETTA, Marcos. A fraqueza das células-tronco. Pesquisa Fapesp, mai, 2011. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br/2011/05/24/a-fraqueza-das- c%C3%A9lulas-tronco/>. Acesso em: 13. Set. 2017.
PRENTICE, William E; VOIGHT, Michael L. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. Porto Alegre: Editora Artmed, 2003.
REZENDE, Marcelo Rosa de; et al. Avaliação do ganho funcional do cotovelo com a cirurgia de Steindler na lesão do plexo braquial. Revista Acta Orto. Bras, v.19, n° 3, São Paulo, 2009. Disponível em: <http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522011000300008>. Acesso em: 07. Mar. 2018.
RIBEIRO, Angela dos Santos Bersort; PEREIRA, JOÃO, Santos. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, Rio de Janeiro, v.71, n° 1, Janeiro/Fevereiro, 2005. Disponível em: <http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992005000100008>. Acesso em: 07 Mar. 2018.
RODRIGUES, Diogo Mello. Correlação entre alterações cognitivas e alteração de deglutição nos indivíduos portadores da doença de Parkinson. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pós-Graduação em Medicina. Porto Alegre, 2015. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/117012>. Acesso em: 07. Set. 2017.
RODRIGUES, Maria João Alves. Atividade física e saúde: benefícios de um Programa Combinado de Exercício com Visualização Mental em Doentes com Parkinson. Julho. Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Mestrado em Psicologia, 2015. Disponível em: <https://repositorio.ipsantarem. pt/handle/10400.15/1595>. Acesso em: 05. Set. 2017.
SAITO, Tane Christine. A doença de Parkinson e seus tratamentos: uma revisão bibliográfica. Centro Universitário Filadélfia. Monografia em Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família. Londrina, 2011. Disponível em: <http://fi siterapia.com/wp-content/uploads/2017/08/00000414.pdf>. Acesso em: 06. Ago.2017.
SANTANA, Charleny Mary Ferreira. et al. Efeitos do tratamento com realidade virtual não imersiva na qualidade de vida de indivíduos com Parkinson. Revista Brasileira Geriatria, Gerontologia, Rio de Janeiro, v.18, n. 1, p. 49-58, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v18n1/1809-9823-rbgg-18-01-00049.pdf>. Acesso em: 16. Set. 2017.
51
SANTOS, Eliziária Cardoso dos; et al. Treino de marcha melhora a cinética e cinemática em indivíduos com doença de Parkinson. Arquivos de ciências da saúde, Alfenas, v.22, n. 3, p. 21-26, out. 2015. Disponível em:
<http://www.cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/85>. Acesso em: 07. Mar.2018.
SANTOS, Viviane V. et al. Fisioterapia na doença de Parkinson: uma breve revisão. Revista Brasileira Neurologia, v. 46, n. 2, p. 17-25, abr-mai-jun, 2010. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0101-8469/2010/v46n2/a0002.pdf>. Acesso em: 11. Set. 2017.
SANTOS, Viviani Lara; MILAGRES, Bruno Silva. Perfil epidemiológico da doença de Parkinson no Brasil. Monografia em Biomedicina. Centro Universitário UniCEUB, Brasília, 29 de jul, 2015. Disponível em: <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/ 235/6857/1/21202979.pdf>. Acesso em: 07. Set. 2017.
SANTOS, Whysley Henrique Vieira. et al. Treino de equilíbrio em pacientes com doença de Parkinson por meio do nintendo wii balance board. São Paulo, 2010. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/273575566 _treino_de_equilibrio_em_pacientes_com_doenca_de_Parkinson_por_meio_do_Nint endo_Wii_Balance_Board>. Acesso em: 05. Set. 2017.
SILVA, Andressa et al. Equilíbrio, coordenação e agilidade de idosos submetidos à prática de exercícios físicos resistidos. Revista Brasileira Med Esporte, São Paulo, v.14, n. 2, Mar/Abr, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ rbme/v14n2/01.pdf>. Acesso em: 07 Mar. 2018.
SILVA, Franciele Ditadi. et al. Efeitos da wiireabilitação na mobilidade de tronco de indivíduos com doença de Parkinson: um estudo piloto. Revista Neurociências, Rio Grande do Sul, 2013. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias. com.br/edicoes/2013/RN2103/original/840original.pdf>. Acesso em: 13. Set. 2017.
SOARES, Monalise Dantas. et al. Wii reabilitação e fisioterapia neurológica: uma revisão sistemática. Revista neurociências, Rio Grande do Norte, v. 23, n. 1, p. 81- 88, 2015. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/ ediçoes/2015/2301/original/982original.pdf>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
SOUZA, Cheylla Fabrícia M. et al. A doença de Parkinson e o processo de envelhecimento motor: uma revisão de literatura. Revista Neurociências, Universidade Potiguar, Rio Grande do Norte, v. 19, n. 4, p. 718-723, 2011. Disponível em: <http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/R N1904/revisao%2019%2004/570%20revisao.pdf>. Acesso em: 07. Set. 2017.
SPINOSO, Deborah Hebling; FAGANELLO, Flavia Roberta. Influência do tratamento fisioterapêutico em grupo no equilíbrio, na mobilidade funcional e na qualidade de vida de pacientes com Parkinson. São Paulo, v. 9, n. 45, p. 655-659, 2011.
Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/114949>. Acesso em: 05. Set. 2017.
TAKEICHI, Débora Miyuki; JESUS, Francieli Aparecida Mariotto. Treino de equilíbrio nos pacientes com doença de Parkinson utilizando o console nintendo wii.
52
Universidade de São Francisco. Monografia em Fisioterapia. Bragança Paulista, 2011. Disponível em: <http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/ documentos/2193.pdf>. Acesso em: 06. Ago. 2017.
VARA, Andressa Correa; MEDEIROS, Renata; STRIEBEL, Vera Lúcia Widniczck. O tratamento fisioterapêutico na doença de Parkinson. Revista Neurociências, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 266-272, 2012. Disponível em:<http://www.revistaneurociencias com.br/edicoes/2012/RN2002/revisao%2020%2002/624%20revisao.pdf>. Acesso em: 05. Set.2017.
VENTURA, Magda Maria. O estudo de caso como modalidade de pesquisa. Universidade Estácio de Sá. Revista SOCERJ. Rio de janeiro, v. 20, n. 5, p. 383- 386, set\out, 2007. Disponível em:<http://files.neuroligase.webnode.com/200000397- 00793026d2/o_estudo_de_caso_como_modalidade_de_pesquisa.pdf>. Acesso em: 11. Set. 2017.
VIEIRA, Gisele de Paula. et al. Realidade virtual na reabilitação física com doença de Parkinson. Jornal of Human Growth and Development, Rio de Janeiro, v. 24, n.1, 2014. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/72046>. Acesso em: 06. Ago.2017.
53
ANEXOS
ANEXO A – Termo de consentimento
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu, RG.: ,
abaixo qualificado, DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui
devidamente esclarecido sobre o projeto de Pesquisa intitulado: Benefícios da
cinesioterapia associada a gameterapia no tratamentro do paciente com Mal de
Parkinson: estudo de caso, desenvolvido pela aluna Lorena Alves Santana Araújo,
do curso Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos
seguintes aspectos:
O Parkinson é uma doença que atinge o sistema nervoso central de maneira
progressiva e crônica, no qual o paciente apresentará tremor, rigidez e lentidão nos
movimentos (SOUZA et al., 2011). A fisioterapia associada a gameterapia pode
amenizar os efeitos que a mesma causa em seus portadores, proporcionando ao
indivíduo melhora da mobilidade, qualidade de vida, força, equilíbrio e
funcionalidade, bem como novos estímulos e motivação no tratamento da doença
(FERREIRA et al., 2014).
Será realizado um acompanhamento do tratamento Fisioterapêutico pela
pesquisadora, a qual conquiste na aplicação de técnicas de cinesioterapia e
gameterapia, o número de sessões por semana será de acordo com a
disponibilidade do paciente no período de novembro/2017 a janeiro/2018. Este
estudo tem o intuito de analisar se o tratamento de cinesioterapia juntamente com a
gameterapia, ameniza os sintomas e/ou melhora a qualidade de vida de um
paciente com Parkinson.
54
O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer
fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e
cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na
pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados
para fins de publicação e produção de trabalho de conclusão de curso para grau de
bacharel.
Declaro, outros sim, que depois de esclarecido pela pesquisadora e ter
entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta
pesquisa.
Paracatu, 27 de março de 2018.
55
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da pesquisa
Nome: ...........................................................................................................................
CPF: ............................ Data da Nascimento: ....../....../. ......... Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: ................................................................................................. n° ..............
Bairro:......................................................Cidade:.........................................................
CEP:........................................................ Tel.: .............................................................
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, cumprindo todas as exigências contidas no
Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o
consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização
desta pesquisa.
Paracatu, 27 de março de 2018.
Lorena Alves Santana Araújo
56
ANEXO B – FICHA DE AVALIAÇÃO
FICHA DE AVALIAÇÃO
Data da avaliação: / /
Nome: Sexo:
Idade:
Profissão:
Endereço:
Diagnóstico: ________________________________________________________
História da Moléstia Atual:
Queixa principal:
Medicamentos em uso:
Exame físico
PA ( ) FR ( ) FC ( ) Temperatura ( )
57
Grau da doença ( )
Goniometria
FONTE: Silva et al.,2008.
MOVIMENTOS MEDIDA PARÂMETROS
DIREITA ESQUERDA VALORES NORMAIS
ARTICULAÇÕES
JOELHO
FLEXÃO 140°
EXTENSÃO 0° ou 180°
TORNOZELO
FLEXÃO DO TORNOZELO 45º
DORSIFLEXÃO DO TORNOZELO
20°
FONTE: Marques, 2003.
Marcha
Análise clínica:
58
Comprimento do passo / membro inferior direito ( )
Comprimento do passo / membro inferior esquerdo ( )
Teste de força muscular
Teste de equilíbrio
FONTE: Rezende et al., 2009.
ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG
1. Posição sentada para posição em pé.
Instruções: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar.
( ) 4 capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente.
( ) 3 capaz de levantar-se independentemente e estabilizar -se independentemente.
( ) 2 capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas.
( ) 1 necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se.
( ) 0 necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se.
2. Permanecer em pé sem apoio
59
Instruções: Por favor, fique em pé por 2 minutos sem se apoiar.
( ) 4 capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos.
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 2 minutos com supervisão.
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.
( ) 1 necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30 segundos sem
apoio.
( ) 0 incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio.
Se o paciente for capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, dê o
número total de pontos para o item 3. Continue com o item 4.
3. Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou
num banquinho.
Instruções: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas, com os braços cruzados,
por 2 minutos.
( ) 4 capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2 minutos.
( ) 3 capaz de permanecer sentado por 2 minutos com supervisão.
( ) 2 capaz de permanecer sentado por 30 segundos.
( ) 1 capaz de permanecer sentado por 10 segundos.
( ) 0 incapaz de permanecer sentado sem apoio por 10 segundos.
4. Posição em pé para posição sentada.
Instruções: Por favor, sente-se.
( ) 4 senta-se com segurança, com uso mínimo das mãos.
( ) 3 controla a descida utilizando as mãos.
( ) 2 utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida.
( ) 1 senta-se independentemente, mas tem descida sem controle.
( ) 0 necessita de ajuda para sentar-se.
5. Transferências.
Instruções: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frent e para a outra,
para uma transferência em pivô. Peça ao paciente que se transfira de uma cadeira
60
com apoio de braço para uma cadeira sem apoio de braço, e vice -versa. Você
poderá utilizar duas cadeiras ou uma cama e uma cadeira.
( ) 4 capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos.
( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos.
( ) 2 capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão.
( ) 1 necessita de uma pessoa para ajudar.
( ) 0 necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar a tarefa com
segurança.
6. Permanecer em pé sem apoio com os olhos fechados.
Instruções: Por favor, fique em pé e feche os olhos por 10 segundos.
( ) 4 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança.
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão.
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 3 segundos.
( ) 1 incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos, mas
mantém -se em pé.
( ) 0 necessita de ajuda para não cair.
7. Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos.
Instruções: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar.
( ) 4 capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por 1
minuto com segurança.
( ) 3 capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por
1 minuto com supervisão.
( ) 2 capaz de posicionar os pés juntos, independentemente, e permanecer por 30
segundos.
( ) 1 necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés
juntos durante 15 segundos.
( ) 0 necessita de ajuda para posicionar-se e é incapaz de permanecer nessa
posição por 15 segundos.
8. Alcançar à frente com o braço estendido, permanecendo em pé.
61
Instruções: Levante o braço a 90º. Estique os dedos e tente alcançar à frente o mais
longe possível. O examinador posiciona a régua no fim da ponta dos dedos quando o
braço estiver a 90º. Ao serem esticados para frente, os dedos não devem tocar a
régua. A medida a ser registrada é a distância que os dedos conseguem alcançar
quando o paciente se inclina para frente o máximo que consegue. Quando possível
peça ao paciente que use ambos os braços, para evitar rotação do tronco.
( ) 4 pode avançar à frente mais que 25cm com segurança.
( ) 3 pode avançar à frente mais que 12,5cm com segurança.
( ) 2 pode avançar à frente mais que 5cm com segurança.
( ) 1 pode avançar à frente, mas necessita de supervisão.
( ) 0 perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo.
9. Pegar um objeto do chão a partir de uma posição em pé.
Instruções: Pegue o sapato/chinelo que está na frente dos seus pés.
( ) 4 capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança.
( ) 3 capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão.
( ) 2 incapaz de pegá-lo mas se estica, até ficar a 2 -5cm do chinelo, e mantém o
equilíbrio independentemente.
( ) 1 incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está tentando.
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair.
10. Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquer do enquanto
permanece em pé.
Instruções: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do ombro
esquerdo, sem tirar os pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito. O
examinador poderá pegar um objeto e posicioná-lo diretamente atrás do paciente
para estimular o movimento.
( ) 4 olha para trás de ambos os lados com boa distribuição do peso.
( ) 3 olha para trás somente de um lado; o lado contrário demonstra menor
distribuição do peso.
( ) 2 vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio.
62
( ) 1 necessita de supervisão para virar.
( ) 0 necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair.
11. Girar 360º
Instruções: Gire completamente em torno de si mesmo. Pausa. Gire completamente
em torno de si mesmo para o lado contrário.
( ) 4 capaz de girar 360º com segurança em 4 segundos ou menos.
( ) 3 capaz de girar 360º com segurança somente para um lado em 4 segundos ou
menos.
( ) 2 capaz de girar 360º com segurança, mas lentamente.
( ) 1 necessita de supervisão próxima ou orientações verbais.
( ) 0 necessita de ajuda enquanto gira.
12. Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho enquanto permanece
em pé sem apoio.
Instruções: Toque cada pé alternadamente no degrau/banquinho. Continue até que
cada pé tenha tocado o degrau/banquinho 4 vezes.
( ) 4 capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança,
completando 8 movimentos em 20 segundos.
( ) 3 capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em
mais de 20 segundos.
( ) 2 capaz de completar 4 movimentos sem ajuda.
( ) 1 capaz de completar mais de 2 movimentos com o mínimo de ajuda.
( ) 0 incapaz de tentar ou necessita de ajuda para não cair.
13. Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente.
Instruções: Demonstre para o paciente. Coloque um pé diretamente à frente do outro
na mesma linha; se você achar que não irá conseguir, coloque o pé um pouco mais
à frente do outro pé e levemente para o lado.
( ) 4 capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro, independentemente, e
permanecer por 30 segundos.
( ) 3 capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente para o
lado, independentemente, e permanecer por 30 segundos.
63
( ) 2 capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30
segundos.
( ) 1 necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15 segundos.
( ) 0 perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar em pé.
14. Permanecer em pé sobre uma perna.
Instruções: Fique em pé sobre uma perna o máximo que você puder sem se
segurar.
( ) 4 capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por mais de
10 segundos.
( ) 3 capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por 5 -10
segundos.
( ) 2 capaz de levantar uma perna, independentemente, e permanecer por 3 ou4 seg
undos.
( ) 1 tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3 segundos,
embora permaneça em pé independentemente.
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair.
TOTAL:
FONTE: Ribeiro; Pereira, 2005.
64
ANEXO C – DECLARAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO DAS
SESSÕES
Declaração
Eu,
portadora do crefito
N°106971f, declaro que a aluna Lorena Alves Santana Araújo acompanhou
atendimentos de fisioterapia no período de novembro de 2017 á janeiro de 2018, de
Benefícios da cinesioterapia associada a gameterapia no tratamento do paciente com
Mal de Parkinson: estudo de caso; na Clínica de Fisioterapia Bela Vista, CNPJ:
26.908.112/0001- 39, situada a Rua Boa Vista n° 309, Bairro Bela Vista, nesta cidade
de Paracatu - MG. E autorizo que os dados e resultados obtidos sejam utilizados no
TCC.
A conduta da acadêmica durante todo o estágio foi de extrema pontualidade e
dedicação, sempre carismática e atenciosa, realizou todos os atendimentos com
muito profissionalismo, acompanhou o desenvolvimento do paciente com
entusiasmo, e observava sua evolução para manter e/ou mudar sua conduta.
Paracatu, de de 2018.
Dr.a Jaqueline Jesus Tolentino de Oliveira
Fisioterapeuta
65
APÊNDICE
APÊNDICE A – DESCRIÇÃO DAS SESSÕES
1° sessão: 27/11/2017
Paciente chegou a clínica fazendo uso de bengala, com bastante dificuldade
de realizar a marcha, sendo esta muito lenta e arrastada com tremor exacerbado,
dificuldade de realizar movimentos de rotação e equilíbrio acentuado. Foi realizado a
avaliação do paciente, e explicado como seria feito o tratamento proposto. Em
seguida deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de
bastão de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica grau leve, exercícios de fortalecimento dos
músculos adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento
de quadríceps com tornozeleira de peso 2 kg (2 séries de 10 repetições). Exercícios
de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (leve).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Fit e foi observado a pontuação (29
pontos), para analisar a progressão do paciente. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
2° sessão: 28/11/2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral sem uso de bengala e
pouco tremor, apresentando melhora na realização dos passos e movimentos de
rotação. Conduta mantida, sem intercorrências.
3° sessão: 04/12/2017
Paciente chegou a clínica com tremor exacerbado principalmente em face,
queixando- se de lentidão na realização da marcha, relatando não ter feito uso do
medicamento de forma correta. Conduta mantida, sem intercorrências.
66
4° sessão: 12/12/ 2017
Paciente chegou a clínica, com tremor exacerbado e lentidão dos
movimentos, conduta mantida, sem intercorrências.
5° sessão: 13/12/2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica grau leve, exercícios de fortalecimento dos
músculos adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento
de quadríceps com tornozeleira de peso 2 kg (3 séries de 10 repetições). Exercícios
de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (leve).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Fit. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
6° sessão: 15/12/ 2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica grau leve, exercícios de fortalecimento dos
músculos adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento
de quadríceps com tornozeleira de peso 3 kg (3 séries de 15 repetições). Exercícios
de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (leve).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
67
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Fit. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
7° sessão: 20/12/2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica grau leve, exercícios de fortalecimento dos
músculos adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento
de quadríceps com tornozeleira de peso 3 kg (3 séries de 15 repetições). Exercícios
de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (leve).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Sports e foi observado a pontuação (210
pontos), para analisar a progressão do paciente. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
8° sessão: 21/12/ 2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica médio, exercícios de fortalecimento dos músculos
adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento de
quadríceps com tornozeleira de peso 3 kg (3 séries de 20 repetições) exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (média).
68
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Sports e foi observado a pontuação (210
pontos), para analisar a progressão do paciente. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
9° sessão: 22/12/2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral. Conduta mantida, sem
intercorrências.
10° sessão: 26/12/2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica médio, exercícios de fortalecimento dos músculos
adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento de
quadríceps com tornozeleira de peso 3 kg (3 séries de 20 repetições). Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (média).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii, o qual se
utilizou o jogo Justin Dance e foi observado a pontuação (1400 pontos), para
analisar a progressão do paciente. A sessão teve duração de 60 minutos, e o
paciente foi liberado sem intercorrências.
11° sessão: 28 /12 / 2017
O paciente chegou a clínica em bom estado geral. Conduta mantida, sem
intercorrências.
69
12° sessão: 02/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: foi realizado alongamento de MMSS com auxílio de bastão
de madeira, e alongamento de MMII com auxílio da bola suíça. Exercícios de
fortalecimento e flexibilidade dos músculos abdutores, reto femoral e vasto lateral de
quadril com uso de faixa elástica grau leve, exercícios de fortalecimento dos
músculos adutores e vasto medial com auxílio de bola, exercícios de fortalecimento
de quadríceps com tornozeleira de peso 4 kg (3 séries de 30 repetições). Exercícios
de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e braquiorradial com
auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando resistência manual (média).
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma
Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii Fit. A sessão teve duração de 60
minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
13° sessão: 03/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau leve,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 4 kg (3
séries de 30 repetições).
Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos bíceps, tríceps e
braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira aplicando
resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e
bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e
degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por meio de
comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha.
70
Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual
se utilizou os jogos Wii Sports e Wii Fit. A sessão teve duração de 60 minutos, e o
paciente foi liberado sem intercorrências.
14° sessão: 04/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau leve,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 4 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por
meio de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha. Exercício de
equilíbrio com Nintendo Wii, o qual se utilizou o jogo Wii Sports. A sessão teve
duração de 60 minutos, e o paciente foi liberado sem intercorrências.
15° sessão: 05/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau leve,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 4 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média).
71
Exercício de equilíbrio com disco de propriocepção e bola suíça em frente ao
espelho, treino de marcha com obstáculos (objetos e degraus) dentro e na área
externa da clínica orientando o mesmo por meio de comando verbal quanto a forma
correta de realizar a marcha. Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii, o qual se
utilizou o jogo Justin Dance. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi
liberado sem intercorrências.
16° sessão: 08/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau leve,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 4 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por
meio de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha. Exercício de
equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii
Sports. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi liberado sem
intercorrências.
17° sessão: 09/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau alto,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 5 kg (3
72
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por
meio de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha. Exercício de
equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii
Sports. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi liberado sem
intercorrências.
18° sessão: 15/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau alto,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 5 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por
meio de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha.
Exercício de equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual
se utilizou o jogo Wii Fit e foi observado a pontuação (133 pontos), para analisar a
progressão do paciente. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi
liberado sem intercorrências.
19° sessão: 16/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida
deu-se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como
seria feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
73
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau alto,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 5 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por
meio de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha. Exercício de
equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual se utilizou o jogo Wii
Sports e foi observado a pontuação (210 pontos), para analisar a progressão do
paciente. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi liberado sem
intercorrências.
20° sessão: 18/01/2018
O paciente chegou a clínica em bom estado geral, sem queixas. Em seguida deu-
se início a conduta: Foi realizado a avaliação do paciente, e explicado como seria
feito o tratamento proposto. Em seguida deu-se início a conduta: foi realizado
alongamento de MMSS com auxílio de bastão de madeira, e alongamento de MMII
com auxílio da bola suíça. Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
abdutores, reto femoral e vasto lateral de quadril com uso de faixa elástica grau alto,
exercícios de fortalecimento dos músculos adutores e vasto medial com auxílio de
bola, exercícios de fortalecimento de quadríceps com tornozeleira de peso 5 kg (3
séries de 30 repetições). Exercícios de fortalecimento e flexibilidade dos músculos
bíceps, tríceps e braquiorradial com auxílio de faixa elástica e bastão de madeira
aplicando resistência manual (média). Exercício de equilíbrio com disco de
propriocepção e bola suíça em frente ao espelho, treino de marcha com obstáculos
(objetos e degraus) dentro e na área externa da clínica orientando o mesmo por meio
de comando verbal quanto a forma correta de realizar a marcha. Exercício de
equilíbrio com Nintendo Wii e Plataforma Balance Boad, o qual se utilizou o jogo
Justin Dance e foi observado a pontuação (2.922 pontos), para analisar a progressão
do paciente. A sessão teve duração de 60 minutos, e o paciente foi liberado sem
intercorrências.