becu | cultura e design
DESCRIPTION
BECU é uma publicação cultural que aborda temas relacionados a design e cultura.O seu universo está totalmente ligado com tudo que faz parte da gráfica urbana como pichação lambe-lambe, grafite, letreiros luminosos, etc. Toda essa forma de expressão trás mais cor e vida para cidades de todo mundo e é sobre essa interação urbana que a publicacão irá abordar.TRANSCRIPT
9 7
7095
1 6
8109
2
Ana N
arciso
Flávia Gonto
w
Marcela Mario
to
Projeto
Interd
isciplin
ar
Design e Cultu
ra
Design G
rá�co
2010/2
46
1012
1618
o amor é importante PORRA!
na calada do tipo NEON
a arte do gra�tti ARRASTÃO
o mundo do LAMBE-LAMBE
PARADA CULTURAL
nos muros do BECO
BECU é uma publicação cultural que aborda temas relacionados a design e cultura.O seu universo está totalmente ligado com tudo que faz parte da gráfica urbana como pichação lambe-lambe, grafite, letreiros luminosos, etc. Toda essa forma de expressão trás mais cor e vida para cidades de todo mundo e é sobre essa interação urbana
que a publicacão irá abordar.
O mistério por tras da fraseEra um dos dias chuvosos de São Paulo, quando eu caminhava pela
Augusta e pelas ruas adjacentes quando me deparei com a frase
“O AMOR É IMPORTANTE PORRA!” Me desculpem pelo palavrão, mas foi
a mensagem, assim mesmo, nua e crua, que eu encontrei nas ruas da
cidade de São Paulo.
Já tinha visto essa mensagem em outros lugares como na Vila Madalena,
Francisco Matarazzo e até mesmo em Jundiaí, parece que ela persegue os
paulistas por todo canto. a frase também se espalha pelos muros em forma
de pixação e colados em forma de lambe-lambe.; quase como um viral ela
vai se espalhando por todo canto nas ruas e também na internet sendo
tema de vários posts em blogger e como #Trends no Twitter.
Mas em volta de tudo isso rola um certo mistério sobre quem seria
o autor da tão polemica frase, a publicação BECU saiu viajando pelas
ruas e navegando pela internet para desvendar esse tal mistério, buscamos
em diversos blogger e infelizmente não conseguimos chegar ao fim dessa
investigação com uma resposta certa; Apenas diversas suspeitas.
Mas essa investigação continua nas próximas edições da BECU
e aqui deixamos o nosso apelo se você puder nós ajudar envie uma
mensagem para @BECUDESIGN.
BECU | 04
O mistério por tras da fraseEra um dos dias chuvosos de São Paulo, quando eu caminhava pela
Augusta e pelas ruas adjacentes quando me deparei com a frase
“O AMOR É IMPORTANTE PORRA!” Me desculpem pelo palavrão, mas foi
a mensagem, assim mesmo, nua e crua, que eu encontrei nas ruas da
cidade de São Paulo.
Já tinha visto essa mensagem em outros lugares como na Vila Madalena,
Francisco Matarazzo e até mesmo em Jundiaí, parece que ela persegue os
paulistas por todo canto. a frase também se espalha pelos muros em forma
de pixação e colados em forma de lambe-lambe.; quase como um viral ela
vai se espalhando por todo canto nas ruas e também na internet sendo
tema de vários posts em blogger e como #Trends no Twitter.
Mas em volta de tudo isso rola um certo mistério sobre quem seria
o autor da tão polemica frase, a publicação BECU saiu viajando pelas
ruas e navegando pela internet para desvendar esse tal mistério, buscamos
em diversos blogger e infelizmente não conseguimos chegar ao fim dessa
investigação com uma resposta certa; Apenas diversas suspeitas.
Mas essa investigação continua nas próximas edições da BECU
e aqui deixamos o nosso apelo se você puder nós ajudar envie uma
mensagem para @BECUDESIGN.
BECU | 05
NOS MUROS DA VILA
O grafite (ao contrário da pixação)
é uma manifestação artística
consagrada mundialmente. Em
São Paulo, é possível encontrar
alguns belos grafites em locais
públicos, como na Avenida 23 de
Maio ou no túnel sob a Avenida
da Consolação, mas é na Vila
Madalena que se encontra a
principal referência da cidade.
A Vila Madalena é uma das
grandes referências nas artes de
rua, passear pelas ruas do bairro
por si só já é interessante, mas ao
chegar ao chamado Beco Batman ou
também conhecido como Beco do
Grafite, localizado na Rua Gonçalo
Afonso, é que realmente se é possível
entender o fascínio que se esconde
nos muros da Vila.
O Beco antes era um local
ocupado por traficantes de drogas
que como saída para este problema
foi apropriado pela comunidade
e transformado em uma grande
galeria a céu aberto, uma viela com
uma ruazinha estreita de curvas
fechadas, com as paredes das casas,
muros, calçadas e qualquer espaço
nela encontrada coberta de grafites,
reunindo trabalhos de diversos
artistas. Os desenhos são trocados
esporadicamente, ou modificados, e é
impossível achar um pedaço de parede
virgem ali no meio. Passar pelo beco
dá uma sensação de “entrar em uma
história em quadrinhos”.
Os temas dos grafites são os mais
variados abordando desde letras
estilizadas até personagens humanos.
Uma das saídas encontradas para diminuir a enorme quantidade de pichações em São Paulo foi o incentivo ao que se é considerada uma forma alternativa de arte.
BECU | 06
NOS MUROS DA VILA
O grafite (ao contrário da pixação)
é uma manifestação artística
consagrada mundialmente. Em
São Paulo, é possível encontrar
alguns belos grafites em locais
públicos, como na Avenida 23 de
Maio ou no túnel sob a Avenida
da Consolação, mas é na Vila
Madalena que se encontra a
principal referência da cidade.
A Vila Madalena é uma das
grandes referências nas artes de
rua, passear pelas ruas do bairro
por si só já é interessante, mas ao
chegar ao chamado Beco Batman ou
também conhecido como Beco do
Grafite, localizado na Rua Gonçalo
Afonso, é que realmente se é possível
entender o fascínio que se esconde
nos muros da Vila.
O Beco antes era um local
ocupado por traficantes de drogas
que como saída para este problema
foi apropriado pela comunidade
e transformado em uma grande
galeria a céu aberto, uma viela com
uma ruazinha estreita de curvas
fechadas, com as paredes das casas,
muros, calçadas e qualquer espaço
nela encontrada coberta de grafites,
reunindo trabalhos de diversos
artistas. Os desenhos são trocados
esporadicamente, ou modificados, e é
impossível achar um pedaço de parede
virgem ali no meio. Passar pelo beco
dá uma sensação de “entrar em uma
história em quadrinhos”.
Os temas dos grafites são os mais
variados abordando desde letras
estilizadas até personagens humanos.
Uma das saídas encontradas para diminuir a enorme quantidade de pichações em São Paulo foi o incentivo ao que se é considerada uma forma alternativa de arte.
BECU | 07
Sua história é remonta desde a
década de 80, quando um desenho
do homem-morcego apareceu
naquele canto do bairro. A partir
daí, estudantes de artes plásticas
passaram a cobrir o cinza dos
muros com regularidade. “Quando
chegamos, em 1985, o lugar estava
sujo, deteriorado e sem vida.
Passamos a pintar sistematicamente,
todas as semanas”, relembra Rui
Amaral, autor de algumas das
primeiras pinceladas por lá, ao lado
do americano John Howard.
Em quase três décadas, a viela
passou a servir de cenário para
fotos de publicidade, festas e
passeios turísticos. O colorido
chamou a atenção da rede de TV e
rádio inglesa BBC, que em seu site
descreveu o local como cheio de
“energia criativa”.
As ruas apertadas do beco fazem
parte de um dos principais hot
spots de grafites do mundo, os
grafites são lindos, e uma volta a
pé por ali rende ótimas fotos. Cena
comum é você chegar aos sábados
e encontrar turmas fotografando
aproveitando o visual bem diferente
do local! Verdadeiras excursões são
montadas para visitar o beco, o
movimento de pessoas a pé ou de
carro a passar pelo local é grande
a todo o momento. O passeio é
simples, mas que vale a pena, com
certeza você sai do Beco, com um
novo olhar o movimento e bastante
admirado com a dimensão e beleza
da arte.
BECU | 08
Sua história é remonta desde a
década de 80, quando um desenho
do homem-morcego apareceu
naquele canto do bairro. A partir
daí, estudantes de artes plásticas
passaram a cobrir o cinza dos
muros com regularidade. “Quando
chegamos, em 1985, o lugar estava
sujo, deteriorado e sem vida.
Passamos a pintar sistematicamente,
todas as semanas”, relembra Rui
Amaral, autor de algumas das
primeiras pinceladas por lá, ao lado
do americano John Howard.
Em quase três décadas, a viela
passou a servir de cenário para
fotos de publicidade, festas e
passeios turísticos. O colorido
chamou a atenção da rede de TV e
rádio inglesa BBC, que em seu site
descreveu o local como cheio de
“energia criativa”.
As ruas apertadas do beco fazem
parte de um dos principais hot
spots de grafites do mundo, os
grafites são lindos, e uma volta a
pé por ali rende ótimas fotos. Cena
comum é você chegar aos sábados
e encontrar turmas fotografando
aproveitando o visual bem diferente
do local! Verdadeiras excursões são
montadas para visitar o beco, o
movimento de pessoas a pé ou de
carro a passar pelo local é grande
a todo o momento. O passeio é
simples, mas que vale a pena, com
certeza você sai do Beco, com um
novo olhar o movimento e bastante
admirado com a dimensão e beleza
da arte.
BECU | 09
Na calada da noite o que rola como gráfica urbana são os letreiros
luminosos, geralmente utilizados como arte de Comunicação.
Este modo surgiu para adequar a comunicação aos avanços e
necessidades do novo século, que além de tecnológica, é a geração
24h; esta comunicação é formada por um objeto encontrado
justamente nesse ambiente, as chamadas Luzes de Neon são sucesso
em eventos noturnos.
As Luzes de Neon oferece uma alternativa mais atraente de meio
publicitário. Neon é a mais nova moda, além de estar espalhado pelas
ruas, pode ser encontrado em esmaltes, pulseiras, colares, roupas que
dificilmente passam despercebidosBECU | 10
Na calada da noite o que rola como gráfica urbana são os letreiros
luminosos, geralmente utilizados como arte de Comunicação.
Este modo surgiu para adequar a comunicação aos avanços e
necessidades do novo século, que além de tecnológica, é a geração
24h; esta comunicação é formada por um objeto encontrado
justamente nesse ambiente, as chamadas Luzes de Neon são sucesso
em eventos noturnos.
As Luzes de Neon oferece uma alternativa mais atraente de meio
publicitário. Neon é a mais nova moda, além de estar espalhado pelas
ruas, pode ser encontrado em esmaltes, pulseiras, colares, roupas que
dificilmente passam despercebidosBECU | 11
Um jeito diferente de retirar crianças e jovens das ruas e inseri-las na vida cultural
BECU | 12
Um jeito diferente de retirar crianças e jovens das ruas e inseri-las na vida cultural
BECU | 13
Fundado a 42 anos, em 1968, por um grupo de voluntárias, o Projeto Arrastão é uma organização sem fins lucrativos que trabalha o desenvolvimento comunitário por meio de ações de promoção social, educacional e cultural, na região de Campo Limpo. Atualmente realiza cerca 1.300 atendimentos diários para crianças, adolescentes, jovens e adultos, somando cerca de cinco mil atendimentos indiretos por mês, onde seus ensinamentos são transmitidos a crianças de faixa etaria de 02-10 anos e a jovens de 11-18 anos, atraves da Arte do Grafitti, Gastronomia, Meio Ambiente e aos adultos e mães das crianças participantes do projeto são oferecidos trabalhos auxilio as necessidades da comunidade e em costumização de roupas e bolsas de lona que são revendidas atraves do projeto Design Possivel.
A ong possui parceria com entidades reconhecidas mundialmente como a Unicef, Prefeitura do Estado de São Paulo, Universidade Mackenzie e Industria de Plasticos Risana.Em visita ao Projeto, fomos guiados por Gamão, um dos grandes simbolos da comunidade, garfitteito e Mc de 25 anos, que grafita a 11 anos, onde ha 7 participa do Projeto Arrastão com intervenções no campo de Arte e Educação, através de aulas Grafitti, Hip hop, oferecimento de Oficinas e Work Shop, voluntariamente. Durante a visita a comunidade e ao projeto, Gamão nos sedeu entrevista, esclarecendo o modo pelo qual o projeto e a arte com a qual trabalha é vista.
A integração das ciranças e jovens com o mundo da arte e do grafitti, foi um modo pelo qual o projeto encontrou, para tira-los das ruas e as inserirem no mundo da cultura, ampliando suas visões. Gamão tenta repassar a seus alunos, sua paixão e a responsabilidade que possue nas mãos atraves do Grafitti, segundo ele, o Grafitti é “Olhar, gostar, nem pensar, fazer!”, tentando assim mostra-los como atraves da arte podem atingir grandes proporções e podem transforma-la em suas armas de expressão, modo de serem observados.
Porem o termo Grafitti, acabou sendo utilizado, por um grande numero de pessoas para denominar todos os tipos de artes realizadas pelos muros da cidade, principalmente porque ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pixação, que é bem mais controverso. Questionado Gamão sobre essa associação, ele relata que esta generalização incomoda bastante, não apenas a ele, mas a todos envolvidos na arte, pois, acaba sendo uma forma de desvalorização da indevidualidade e importancia de cada segmento.
Conforme informaçoes de Gamão,
ha quatro tipos de artes realizadas pelos muros da cidade, são elas:
Pixação - escrever ou rabiscar, usando tinta em spray aerosol. No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos – às vezes gangues rivais.
Bomb - a mistura do grafitti com a pixação. Geralmente são realizadas assinaturas, palavras, de maneira rapida e legalizada.
Grafitti - desenho considerado como forma de expressão incluída nas artes visuais, da street art ou arte urbana – onde o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Pintando com rolo, spray aerosol. AeroGrafia – A aerografia é uma técnica de pintura e ilustração semelhante ao grafite, mas que utiliza compressor de ar para sua execução. Equipamento que possibilita maior precisão nos traços. Esta tecnica é ao contrario do grafiti em sua maior parte como profissão. Segundo Gamão ha leis basicas dentro do universo do grafitti que devem ser respeitadas por todos os artistas envolvidos nos movimentos, por exemplo, ao contrario da população, eles não podem nomear suas artes de forma incorreta, pois cada tecnica tem sua dificuldade e nomea-la de forma incorreta, é considerado forma de insulto, porem erro gravissimo e “imperdoavel” se faz quando uma nova arte é criada passando por cima de outra, mesmo que em pequeno espaço.
Mas os projetos do Arrastão vão bem mais longe e começam a alcançar maiores dimensões e reconhecimento.
“Sua missão é formar cidadãos capazes de transformar a realidade e o meio em que vivem sempre considerando o espírito coletivo de não dar o peixe, mas ensinar a pescar.”
Em 1997 Gamão, seu irmão Chambs e um grupo de amigos, cria O “Da Vila” foi um projeto criado que se originou de um grupo de Break que se apos seu termino, os integrantes decidiram unir a arte da dança do break, o grafitti e o lowrider (arte em carros).
Em 10 de Agosto de 2008, criam o “o dia do Projeto Da Villa”, onde desde então, anualmente, em data definida de acordo com a disponibilidade da comunidade e dos integrante, é realizado durante todo o dia um encontro entre grafiteiros, apaixonados por lowrider e hip hop da região e convidados, para se unirem escutarem musica, dançar enquanto pintam e observam as apresentaçãoes de lowrider. Tanto o Projeto quanto a festa são abertos ao publico, os integrantes fazem deste evento um trabalho cultural , sem grandes publicidades. Relatam que ja receberam propostas de
“Responsabilidade. Cada um sabe o que faz, mas ganhar responsabilidade é se tornar referencia pelo seu trabalho e com ele acaba por mudar a ideia das pessoas. A maioria das pessoas acredita na mudança e por isso apoia o projeto. As vezes somos confundidos com bandidos devido ao local onde moramos e a arte que realizamos. Estamos parando de fazer grafittis que de certa forma possa realizar apologia as drogas, pois estamos percebendo que não podemos apenas apensar em como nos vivemos, sem pensar no reflexo que estamos dando as crianças e jovens que admiram nosso trabalho” (Gamão)
canais de TV para que o evento fosse transmitido e recebesse maior proporção e divulgação, porem não aceitaram, pois o sentido deste movimento não é chamar a atenção e sim disponibilizar a comunidade e aos interessados um dia de alegria e contato cultural.
O mascote do projeto é o macaco, pois este simbolo possuia bastante interferencia na região devido ao clube de futebol Ponte Preta e ha uma marca de roupad da comunidades, unindo estas interferencias e a paixão de Chambs por pintar macacos, chegaram a conclusão que este seria o mascote que melhor os representaria e a ideia deu certo, hoje ao questinar a comunidade sobre o significado do macaco, eles lhe darão tres respostas, Ponte Preta, Marca de Roupas e “Da Vila”.
Desde 2006 o “Da vila” foi incluso no circuito “Fora de Eixo” que se trata de um projeto com o intuito de gerar
integração entre eventos culturais de todo o Brasil. Os organizadores do projeto solicitam dois representantes de cada evento espalhado pelo pais e os leva para eventos, realizados em outros estados, custeando todos os gastos.
O Arrastão é a prova de que mesmo que com pouco recurso, mas com muita força de vontade e perceverança é possivel sim, a transformação de uma realidade até então pré-impostas as pessoas que devido ao local onde vive acabam por receber descriminações e a exclusão, ele vem mostrar que o bem, a união e o acreditar são instrumentos capazes de impulsionar e motivar.
O projeto é o bom exemplo de que podemos sim realizar o bem, mesmo que em condições controversas, que nossas realidades já não nasce formadas, tudo é questão de força de mudança e acreditar.
BECU | 14
Fundado a 42 anos, em 1968, por um grupo de voluntárias, o Projeto Arrastão é uma organização sem fins lucrativos que trabalha o desenvolvimento comunitário por meio de ações de promoção social, educacional e cultural, na região de Campo Limpo. Atualmente realiza cerca 1.300 atendimentos diários para crianças, adolescentes, jovens e adultos, somando cerca de cinco mil atendimentos indiretos por mês, onde seus ensinamentos são transmitidos a crianças de faixa etaria de 02-10 anos e a jovens de 11-18 anos, atraves da Arte do Grafitti, Gastronomia, Meio Ambiente e aos adultos e mães das crianças participantes do projeto são oferecidos trabalhos auxilio as necessidades da comunidade e em costumização de roupas e bolsas de lona que são revendidas atraves do projeto Design Possivel.
A ong possui parceria com entidades reconhecidas mundialmente como a Unicef, Prefeitura do Estado de São Paulo, Universidade Mackenzie e Industria de Plasticos Risana.Em visita ao Projeto, fomos guiados por Gamão, um dos grandes simbolos da comunidade, garfitteito e Mc de 25 anos, que grafita a 11 anos, onde ha 7 participa do Projeto Arrastão com intervenções no campo de Arte e Educação, através de aulas Grafitti, Hip hop, oferecimento de Oficinas e Work Shop, voluntariamente. Durante a visita a comunidade e ao projeto, Gamão nos sedeu entrevista, esclarecendo o modo pelo qual o projeto e a arte com a qual trabalha é vista.
A integração das ciranças e jovens com o mundo da arte e do grafitti, foi um modo pelo qual o projeto encontrou, para tira-los das ruas e as inserirem no mundo da cultura, ampliando suas visões. Gamão tenta repassar a seus alunos, sua paixão e a responsabilidade que possue nas mãos atraves do Grafitti, segundo ele, o Grafitti é “Olhar, gostar, nem pensar, fazer!”, tentando assim mostra-los como atraves da arte podem atingir grandes proporções e podem transforma-la em suas armas de expressão, modo de serem observados.
Porem o termo Grafitti, acabou sendo utilizado, por um grande numero de pessoas para denominar todos os tipos de artes realizadas pelos muros da cidade, principalmente porque ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pixação, que é bem mais controverso. Questionado Gamão sobre essa associação, ele relata que esta generalização incomoda bastante, não apenas a ele, mas a todos envolvidos na arte, pois, acaba sendo uma forma de desvalorização da indevidualidade e importancia de cada segmento.
Conforme informaçoes de Gamão,
ha quatro tipos de artes realizadas pelos muros da cidade, são elas:
Pixação - escrever ou rabiscar, usando tinta em spray aerosol. No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a pichação seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos – às vezes gangues rivais.
Bomb - a mistura do grafitti com a pixação. Geralmente são realizadas assinaturas, palavras, de maneira rapida e legalizada.
Grafitti - desenho considerado como forma de expressão incluída nas artes visuais, da street art ou arte urbana – onde o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Pintando com rolo, spray aerosol. AeroGrafia – A aerografia é uma técnica de pintura e ilustração semelhante ao grafite, mas que utiliza compressor de ar para sua execução. Equipamento que possibilita maior precisão nos traços. Esta tecnica é ao contrario do grafiti em sua maior parte como profissão. Segundo Gamão ha leis basicas dentro do universo do grafitti que devem ser respeitadas por todos os artistas envolvidos nos movimentos, por exemplo, ao contrario da população, eles não podem nomear suas artes de forma incorreta, pois cada tecnica tem sua dificuldade e nomea-la de forma incorreta, é considerado forma de insulto, porem erro gravissimo e “imperdoavel” se faz quando uma nova arte é criada passando por cima de outra, mesmo que em pequeno espaço.
Mas os projetos do Arrastão vão bem mais longe e começam a alcançar maiores dimensões e reconhecimento.
“Sua missão é formar cidadãos capazes de transformar a realidade e o meio em que vivem sempre considerando o espírito coletivo de não dar o peixe, mas ensinar a pescar.”
Em 1997 Gamão, seu irmão Chambs e um grupo de amigos, cria O “Da Vila” foi um projeto criado que se originou de um grupo de Break que se apos seu termino, os integrantes decidiram unir a arte da dança do break, o grafitti e o lowrider (arte em carros).
Em 10 de Agosto de 2008, criam o “o dia do Projeto Da Villa”, onde desde então, anualmente, em data definida de acordo com a disponibilidade da comunidade e dos integrante, é realizado durante todo o dia um encontro entre grafiteiros, apaixonados por lowrider e hip hop da região e convidados, para se unirem escutarem musica, dançar enquanto pintam e observam as apresentaçãoes de lowrider. Tanto o Projeto quanto a festa são abertos ao publico, os integrantes fazem deste evento um trabalho cultural , sem grandes publicidades. Relatam que ja receberam propostas de
“Responsabilidade. Cada um sabe o que faz, mas ganhar responsabilidade é se tornar referencia pelo seu trabalho e com ele acaba por mudar a ideia das pessoas. A maioria das pessoas acredita na mudança e por isso apoia o projeto. As vezes somos confundidos com bandidos devido ao local onde moramos e a arte que realizamos. Estamos parando de fazer grafittis que de certa forma possa realizar apologia as drogas, pois estamos percebendo que não podemos apenas apensar em como nos vivemos, sem pensar no reflexo que estamos dando as crianças e jovens que admiram nosso trabalho” (Gamão)
canais de TV para que o evento fosse transmitido e recebesse maior proporção e divulgação, porem não aceitaram, pois o sentido deste movimento não é chamar a atenção e sim disponibilizar a comunidade e aos interessados um dia de alegria e contato cultural.
O mascote do projeto é o macaco, pois este simbolo possuia bastante interferencia na região devido ao clube de futebol Ponte Preta e ha uma marca de roupad da comunidades, unindo estas interferencias e a paixão de Chambs por pintar macacos, chegaram a conclusão que este seria o mascote que melhor os representaria e a ideia deu certo, hoje ao questinar a comunidade sobre o significado do macaco, eles lhe darão tres respostas, Ponte Preta, Marca de Roupas e “Da Vila”.
Desde 2006 o “Da vila” foi incluso no circuito “Fora de Eixo” que se trata de um projeto com o intuito de gerar
integração entre eventos culturais de todo o Brasil. Os organizadores do projeto solicitam dois representantes de cada evento espalhado pelo pais e os leva para eventos, realizados em outros estados, custeando todos os gastos.
O Arrastão é a prova de que mesmo que com pouco recurso, mas com muita força de vontade e perceverança é possivel sim, a transformação de uma realidade até então pré-impostas as pessoas que devido ao local onde vive acabam por receber descriminações e a exclusão, ele vem mostrar que o bem, a união e o acreditar são instrumentos capazes de impulsionar e motivar.
O projeto é o bom exemplo de que podemos sim realizar o bem, mesmo que em condições controversas, que nossas realidades já não nasce formadas, tudo é questão de força de mudança e acreditar.
BECU | 15
O fotógrafo francês de 54 anos anos roda o mundo por grafiteiros como
Magrela, Paulo Ito, Speedy Graphito, Larry, Gouny sendo essa a sua
turma. Sua obsessão pela arte de rua começou durante uma viagem a
Chicago em 1985, diante de uma parede de 2 quilómetros de extensão,
na Hubbard Street deixando o espirito de Marechal impressionado.
Eric Marechal começou a fotografar com 10 anos mais nunca
fotografou profissionalmente exerceu outras profissões como gerente de
sistema profissão na qual levou ele a fazer viagens pelo mundo. Em 2001
numa visita ao Mexico e Brasil resolveu aderir de vez o movimento nova
urbe e começou a colar lambe-lambe nos muros de Paris.
Sua intervenção urbana é seguida de uma foto e de um post no
seu site www.urbanhearts.com e acabou dando certo. Hoje em dia os
próprios artistas passaram a enviar suas ilustrações e a estampa nos
muros de diversos países. Eric Marechal já acumulou 35 mil fotos de
murais que sua urbe preferida é São Paulo pela variedade da sua criação
artística e pela atmosfera informal ele a caracterizou como “a Capital do
Grafite”.
Diante de tamanho acervo fotográfico optou por dividir suas
experiências, com quem se interessasse para isso realizou uma trajetória
de exposições, que se iniciou no México, onde realizou duas exposições
no México e publicou o livro Murographismos. De lá para cá, expôs na
França, Coréia, Japão e em São Paulo.
O MUNDO DO LAMBE- LAMBE
Os passeios voluntários do fotógrafo Eric Marechal para espalhar lambe-lambe por
todo o mundo.
BECU | 16
O fotógrafo francês de 54 anos anos roda o mundo por grafiteiros como
Magrela, Paulo Ito, Speedy Graphito, Larry, Gouny sendo essa a sua
turma. Sua obsessão pela arte de rua começou durante uma viagem a
Chicago em 1985, diante de uma parede de 2 quilómetros de extensão,
na Hubbard Street deixando o espirito de Marechal impressionado.
Eric Marechal começou a fotografar com 10 anos mais nunca
fotografou profissionalmente exerceu outras profissões como gerente de
sistema profissão na qual levou ele a fazer viagens pelo mundo. Em 2001
numa visita ao Mexico e Brasil resolveu aderir de vez o movimento nova
urbe e começou a colar lambe-lambe nos muros de Paris.
Sua intervenção urbana é seguida de uma foto e de um post no
seu site www.urbanhearts.com e acabou dando certo. Hoje em dia os
próprios artistas passaram a enviar suas ilustrações e a estampa nos
muros de diversos países. Eric Marechal já acumulou 35 mil fotos de
murais que sua urbe preferida é São Paulo pela variedade da sua criação
artística e pela atmosfera informal ele a caracterizou como “a Capital do
Grafite”.
Diante de tamanho acervo fotográfico optou por dividir suas
experiências, com quem se interessasse para isso realizou uma trajetória
de exposições, que se iniciou no México, onde realizou duas exposições
no México e publicou o livro Murographismos. De lá para cá, expôs na
França, Coréia, Japão e em São Paulo.
O MUNDO DO LAMBE- LAMBE
Os passeios voluntários do fotógrafo Eric Marechal para espalhar lambe-lambe por
todo o mundo.
BECU | 17
CHOQUE CULTURALgaleria alternativa que recebe exposições de artistas focados no undergraud, street art e arte contemporanea.
Na busca de arte jovem e
comtemporanea, não baseada em
nenhum modelo pré existente, parada
certa se encontra na Galeria Choque
Cultural, criada em 2004 com o intuito de
estimular as novas gerações, investindo
na produção de baixo custo, focada
na apresentação de arte para um novo
público, sempre procurando criar diálogos
entre artistas de diferentes gerações,
estilos e propostas; colocando lado a
lado artista revelações e já consagrados,
investindo desde seu principio no
intercambio da Street Art mundial.
A Galeria valoriza as linguagens cotidianas
usadas pelos mais jovens e propõe-se
a apresentá-las de modo verdadeiro e
original. Assim, desde que foi fundada,
transformou-se numa potente plataforma
para artistas vindos do graffiti, da tattoo,
do design gráfico, da ilustração e outras
procedências paralelas do Street. Ficando
conhecida pela arte impressa nas paredes
das suas ruas e originalidade dos trabalhos
que surgem a cada dia.
O espaço expositivo é mutante e cuidado
nos mínimos detalhes pelos próprios
artistas, que transformam suas exposições
em autênticas instalações. A Choque
Cultural tem tido papel importantíssimo
na valorização das novas formas e seu
segredo é o respeito pelos artistas, mesmo
que esses não tenham uma formação
profissional convencional.
As obras apresentadas anteriormente faz
parte do acervo de Titi Freak que esteve
em exposição na Galeria entre agosto e
setembro deste ano.
Atualmente a galeria recebe a exposição
de Carlos dias, com suas obras
multicoloridas, em pituras de acrilico,
canetão e spray, junta mente com obras
assinadas por Albertinho dos Reis, seu
pseudonimo musical.
A choque cultural esta localizada na Rua João Moura, 997 – Pinheiros – SP.
foto
s: e
xpos
ição
de
TITI
FRE
AK
BECU | 18
9 7
7095
1 6
8109
2
Ana N
arciso
Flávia Gonto
w
Marcela Mario
to
Projeto
Interd
isciplin
ar
Design e Cultu
ra
Design G
rá�co
2010/2