battlestar galactica - fanfic net

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    Nota:Isto uma obra de fico, escrita puramente por divertimento.

    No existe inteno alguma de violar qualquer direito de autor.No recebi qualquer dinheiro por esta obra.----------------------------------------------------------------

    Baseado em: Battlestar GalacticaCriado por: Glen A. Larson

    Histria por: R.V. ([email protected])

    ----------------------------------------------------------------

    Do dirio de Adama:

    A destruio das Doze Colnias originou no s a perdade grande parte da nossa cultura, como tambm a perda de muitada informao que tnhamos em relao aos Cylons. Antes daGuerra Milenar, os nosso socilogos estavam imensamente

    interessados em conhecer esta raa de mquinas. Quando as nossascivilizaes se encontraram pela primeira vez, os Cylons haviamj exterminado os seus criadores e adoptado o seu nome. O seuimprio - a Aliana Cylon - era j imenso e continuava aexpandir-se cada vez mais. Embora no se quisesse admitir naaltura, mais tarde ou mais cedo teria de surgir um confrontoentre ns. A raa humana no se podia resignar a ver os Cylonsa exterminar e a escravizar raas inteiras. Tal actuao iacontra todos os nosso princpios civilizacionais e foi por issoque nos pusemos do lado dos Hasaris, quando estes comearam aser atacados pelos Cylons.

    Ser que esta atitude foi a correcta? A verdade que osnossos antepassados, sem o saberem, estavam a condenar a nossacivilizao a uma morte quase certa. As Doze Colnias j no

    passam de meras recordaes, tendo sido totalmente destrudasnum traioeiro ataque dos Cylons. O que resta delas est aquireunido, nesta frota que vagueia no espao mais de seteyahrens. Acho no entanto que, apesar de tudo o que nos aconteceu,a atitude dos nosso antepassados foi correcta e temos de nosorgulhar dela.

    Aparentemente h alguns que no pensam assim. De facto,nos ltimos sectares tm surgido vozes que defendem que a culpa

    de todo este infortnio nossa. Dizem que os Humanos queforam os agressores e que perdermos toda a nossa inocnciaquando lanamos a Estrela-de-Batalha Zeus contra as forasCylons em rbita de Hasari. Defendem que as Doze Colnias nuncadeviam ter interferido em assuntos de outras raas e que aconvivncia com a Aliana Cylon era possvel.

    Tal como j disse, acho que tal coisa era impossvel emesmo impensvel. Algum tinha que tentar deter os Cylons eesse "algum" s podia ser a raa humana. Perdemos tudo o quetinhamos por termos tomado essa atitude, mas acho que

    perdiramos muito mais, especialmente no que diz respeito

    nossa identidade como raa, se no o tivssemos feito. Seramoscomo muitas outras raas que se deixaram escravizar pelos Cylons,no querendo tomar nenhuma atitude, querendo apenas ser deixadasem paz.

    A nossa vida, desde que abandonamos as runas das Doze

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    Colnias, tem sido tudo menos fcil e os Senhores de Kobol sotestemunhas da quantidade de vezes em que estivemos beira dadestruio.

    A maior parte das pessoas da Frota vive em condiesmiserveis, enfiadas em naves que no foram pensadas paratransporte de passageiros e com poucos mantimentos, sem pisaremum planeta a vrios yahrens. Logo aps o incio da viagem, houveaqueles que defenderam que ns nos devamos estabelecer num

    planeta e a partir da reconstruir a nossa civilizao. Paratodos esses, Carillon foi uma lio inesquecvel, provando que,para j, a nossa nica salvao est em mantermo-nos emmovimento, atravs do espao.

    Com esse tipo de descontentes eu posso, at certo ponto,simpatizar, mas com estes novos descontentes tal j no contece.O facto de dizerem que a culpa de tudo nossa e no dos Cylons algo que, aos meus olhos, se aproxima muito de traio.Infelizmente no posso fazer nada contra eles, pois a nossacivilizao sempre se orgulhou de dar o direito da palavra atodos. Tenho, no entanto, o pressentimento de que os problemas

    por eles criados vo aumentar. Mais tarde ou mais cedo, cada vezmais pessoas vo comear a ouvir os seus discursos e a segu-lose nessa altura ser preciso tomar uma atitude. S rezo para queos Senhores de Kobol me guiem se essa altura chegar.

    Captulo 1

    Os dois Vipers da Esquadrilha Azul avanavam rapidamente,lado a lado, pelo espao. No caa da direita, o Tenente Starbuck

    foi subitamente acordado do seu sono pelo barulho insistenteque lhe enchia o capacete. Sacudindo a cabea, baixou o volumede som do seu aparelho de comunicao, falando de seguida parao seu companheiro de patrulha, atravs do microfone imbutido noseu capacete de vo.- Podes parar com a esttica, Apollo!! J estou acordado!Ouvindo a voz roufenha do seu amigo, o Capito Apollo sorriu

    para si mesmo. Desde da primeira patrulha de longa durao queele e Starbuck haviam efectuado juntos que havia descoberto queo segundo tinha o hbito de dormitar durante grande parte do vo, apenas acordando quando os seus sensores indicavam alguma

    coisa ou algum tentava falar com ele.- Desculpa se te interrompi algum sonho, mas a verdade quevoar sem ningum com quem falar, no tem piada nenhuma.- Para a prxima podes puxar das insgnias e pedir ao Ncleo deComando que te d um Viper equipado com a C.O.R.A.- retorquiuStarbuck, - Assim j podes conversar com algum e deixar-medormir.Esta resposta arrancou sonoras gargalhadas de Apollo. A C.O.R.A.era o pesadelo pessoal de qualquer piloto da Galactica. Essecomputador, apesar de ter a voz de uma jovem mulher tinha,segundo Starbuck, a personalidade de uma "velha bruxa" e o ego

    do tamanho de uma Estrela-de-Batalha. Todos os pilotos quetinham voado em Vipers equipados com esse sistema se tinhamqueixado dele, nomeadamente por estar sempre a pedir paraassumir o comando da nave pois "executava as manobras maisrpidas do que qualquer piloto humano".

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    para a sua velha maneira de ser.Sheba, a filha do lendrio Comandante Cain, tinha

    trazido uma nova luz vida de Apollo e, aos poucos, a suamaneira de ser estava a modificar-se. Starbuck sabia tambm quehavia outro facto que animava o seu amigo. As transmisses deorigem desconhecida que haviam captado na consola da cpulacelestial no topo da Galactica, tinham sido como um sinal para

    Apollo. A mtica Terra comeava a tomar forma. Algures existia

    outra colnia humana que talvez fosse a salvao de todos eles....As divagaes de Starbuck foram subitamenteinterrompidas pelo sinal que surgiu num dos ecrs do seu Viper.- Ests a detectar a mesma coisa que eu? - perguntou ele ao seucompanheiro de vo.- Espera um momento..- respondeu Apollo enquanto tentava ajustara definio dos sensores de longo alcance do seu Viper - J est.Estou a detectar uma srie de objectos nossa frente, noquadrante Alfa.- Eu tambm, mas a esta distncia os meus sensores no conseguemidentificar o que so. Que fazemos?

    - Para j informamos a Galactica....e esperamos.- Sero Cylons?- perguntou Starbuck, dizendo exactamente aquiloque passava pela cabea de Apollo. Ao fim de dois yahrens,teriam os Cylons voltado?

    A bordo da ponte da Estrela-de-Batalha Galactica, oambiente tornou-se subitamente pesado quando a comunicao da

    patrulha de longo alcance foi conhecida. No cimo da plataformaque existia sobre a ponte de comando, o Coronel Tigh, Oficial

    Executivo da Galactica, relia novamente a dita mensagem.- Presumo que seja o Capito Apollo a comandar a misso?- disseele para Athena.- Sim, senhor.- respondeu a oficial da ponte, que era tambmfilha do Comandante Adama.- Ele e o Tenente Starbuck.- J seria de esperar.- disse Tigh, quase que para si mesmo,levantando-se de seguida.- Muito bem, eu vou avisar o Comandante

    Adama da situao. Entretanto, mande parar toda a frota e mandelanar o resto da Esquadrilha Azul. Mande lanar tambm aEsquadrilha Vermelha, que dever assumir posies de patrulha frente e atrs da Frota

    - Sim, senhor!- retorquiu Athena, regressando ao seu posto.Todos os membros da tripulao que estavam de servio na ponteesperavam ansiosamente por mais notcias. medida que a frotade 220 naves se ia imobilizando essa mesma ansiedadeespalhava-se a todos os tripulantes e passageiros.

    Mal as ordens do Coronel Tigh foram transmitidas, umaintensa azfama surgiu na sala dos pilotos. Como era costume,

    mesmo em situaes em que no se estava em alerta, um grupo depilotos encontrava-se sempre de preveno numa salarelativamente perto da baas de lanamento dos Vipers. Visto que

    a patrulha de longo alcance era constituda por elementos daEsquadrilha Azul, os seus restantes membros encontravam-se depreveno.- Qual das naves que avariou desta vez?- perguntou em voz altao Sargento Jolly, enquanto tentava enfiar o seu rotundo corpo no

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    uniforme de vo. - Foi outra vez uma das Naves-Agrrias?- No, foi mesmo a Rising Star.- respondeu-lhe o Cabo Greenbean,enquanto tambm se equipava.- Ouvi dizer que ouve uma ruptura nocasco, mesmo por cima de uma sala de jogos e esto a sairquantidades enormes de cbitos de l.- Finalmente, vamos enriquecer.- gritou um outro piloto ao ouvira conversa.- verdade!! E assim vamos deixar de estar dependentes dos

    esquemas do Starbuck.- acrescentou Jolly, acabando de apertar oseu fato e pegando no seu capacete.- Vamos l!!! Deixem-se de brincadeiras e despachem-se!!- berroude repente o Tenente Boomer que tinha sido o primeiro aequipar-se e dirigia-se j para a porta.De repente, Jolly cortou-lhe o caminho e, falando em voz baixade modo a que os outros pilotos, que agora se afadigavam aequipar, no ouvissem, perguntou:- Que se passa? Ests bastante tenso....- O Apollo e o Starbuck encontraram algo durante a patrulha....Eu estava na ponte quando receberam a comunicao.

    Com esta notcia Jolly ficou nitidamente nervoso, perdendo todoo seu caracterstico -vontade.- So os Cylons de novo?- perguntou ele, de repente.- Ainda no sabem.....- Muito bem e....obrigado.- disse Jolly, dando uma pequena

    palmada no ombro no seu colega. Sem mais demoras ambosdirigiram-se para o pequeno carro que rapidamente se encheu comos restantes membros do Esquadro Azul, arrancando depois a todaa velocidade na direco das baas de lanamento.

    Enquanto isto se passava, o Coronel Tigh dirigia-se para

    os aposentos do Comandante Adama, o seu velho amigo de longadata. Ao contrrio do que tinha acontecido durante os primeirosyahrens da viagem, o comandante Adama passava grande parte doseu tempo nos aposentos. As suas viagens at ponte de comandoeram quase que mnimas, sendo quase todos os assuntos de rotinatratados por Tigh. Este ltimo sabia perfeitamente que oComandante precisava de descansar bastante. Tinha sido a forade vontade de Adama que tinha conseguido manter toda aquelafrota de maltrapilhos unida. Tambm fora a sua astcia, bemcomo toda a dedicao dos guerreiros da Frota, que lhes

    permitira escapar a inmeras armadilhas e ataques dos Cylons.

    Os 2 ltimos yahrens, sem qualquer problema de maior, tinhamsido um autntico perodo de descanso para o velho guerreiro.Por todas estas razes, Tigh sentiu um enorme peso no seucorao ao postar-se em frente da porta dos aposentos doComandante Adama. Ele sabia, no entanto, que o dever estavaacima de qualquer amizade e no hesitou em bater.- Entre!- ouviu-se atravs do intercomunicador presente na

    parede, junto da porta.Enquanto a porta deslizava para o lado, o Coronel Tigh

    pensava na melhor maneira de dar a notcia. Ao ver o seu amigo,sentado secretria e debruado sobre um pequeno aparelho de

    gravao, Tigh decidiu que o melhor era ser o mais directopossvel.- Desculpe incomod-lo Comandante, mas surgiu uma situao querequer a sua ateno.- Tigh, sabes muito bem que comigo no so precisos esse

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    formalismos.- disse Adama, enquanto retirava um cristal degravao do aparelho imbutido na secretria, guardando-o numagaveta. De seguida, levantou-se, alisando o seu uniforme azulescuro e dirigiu-se para uma pequena janela de observao,contemplando o espao.- Se tiveste de vir at aqui, deve seralgo grave....- Para ser honesto, ainda no sabemos se ou no.- Tighrespondeu.

    - Como assim?- A patrulha de longo alcance detectou nossa frente uma sriede objectos no identificados.- Presumo que no tentaram ver o que eles eram.- Exactamente. O Capito Apollo achou que era melhor esperar porreforos....- disse Tigh, hesitando em continuar a frase.- ..... pois esses objectos podiam ser caas Cylons. - acabou

    por dizer Adama, afastando-se da janela e dirigindo-se para oseu amigo. - Se tal se confirmar, no era nada de que eu noestivesse espera. Mais tarde os mais cedo eles iriam acabar

    por encontrar-nos.

    - Ou iro acabar por encontrar-nos.....- disse Tigh. - Pode serque os Senhores de Kobol ainda no se tenham esquecido de ns.- Sim , tens toda a razo.- respondeu o Comandante, sorrindo.-J me tinha esquecido do teu sempre presente optimismo....- Apesar desse meu optimismo, mandei parar a Frota e lanar asEsquadrilhas Azul e Vermelha. A primeira vai dar apoio a Apolloe Starbuck e a segunda vai manter a segurana da Frota.- Muito bem....- disse Adama.- Por acaso j avisaste o Conselhosdos Doze?- Ainda no. H certos "privilgios" do Comandante que eu nogosto de usurpar. Falar com o Conselho dos Doze um deles.-

    respondeu Tigh, sorrindo.Este seu comentrio arrancou uma estrondosa gargalhada de Adama.Nenhum deles acalentava grandes simpatias em relao ao Conselhodos Doze.- Tens toda a razo! H certos fardos que eu tenho de suportar eeste um deles.

    Ambos sabiam que aqueles dois ltimos yahrens tinham servidopara reforar a convico do Conselho dos Doze de que o pior jtinha passado. A maior parte dos seus membros achava que j eraa altura daquele orgo de soberania recuperar todo o seu poder.

    Adama achava que os polticos eram como as flores. Estas

    murchavam rapidamente se no estivessem expostas luz, tal comoos polticos pareciam "murchar" se no tivessem protagonismo. Aslutas que tinha que travar com o Conselho dos Doze eram mais um

    problema a acrescentar lista de tantos outros que surgiamtodos os dias.- Bem, vamos at Ponte!- disse finalmente Adama.- Antes deinformar o Conselho, acho que devo informar o resto da Frota doque se passa.- Realmente melhor.- respondeu Tigh, consultando o pequenocomputador pessoal que tinha nas mos.- Segundo as ltimasinformaes, as linhas de comunicao da Frota esto a ficar

    sobrecarregadas com pedidos de esclarecimento.- Ao trabalho ento!!Com estas palavras, o Comandante Adama dirigiu-se para a porta e,seguido pelo Coronel Tigh, dirigiu-se para a Ponte de Comando.Durante o curto percurso Adama ponderava sobre o que iria dizer

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    ao resto da Frota.

    Vrios nveis abaixo, na baa de lanamento Alfa, opessoal de terra preparava os Vipers da Esquadrilha Azul. Numalerta como este, utilizavam-se todos os tubos de lanamento.Desta maneira, podia-se lanar cinco Vipers ao mesmo tempo. Umaesquadrilha completa que, como no caso da Esquadrilha Azul ,era constituda por vinte e cinco caas podia ser assim lanada

    em pouco menos de dez centons.Um dos primeiro Vipers que estava a ser preparado parapartir era o de Boomer, que na ausncia de Apollo e de Strabuckcomandava a patrulha. Apesar de j ser um piloto veterano, elecontinuava a sentir a mesma ansiedade que tinha sentido ao serlanado pela primeira vez. Os seus olhos percorriam velozmenteos instrumentos, procurando a mnima falha, ao mesmo tempo queo seu corpo parecia debater-se contra os cintos que o mantinhamcolado ao seu assento.

    "Boomer, meu velho, tens de ultrapassar isto!!!", diziaele para si mesmo, enquanto verificava novamente os instrumentos.

    Isto era algo que lhe passava pela cabea sempre que se lanava.Olhando rapidamente para o lado, viu que o tcnico nomeado parao seu Viper estava a fazer as ltimas verificaes debaixo dasasas.

    Passados alguns microns, Boomer sentiu o seu Vipermover-se, sinal de que estava tudo bem. O processo detransferncia para os tubos de lanamento era feito por umasrie de pequenas plataformas que primeiro levantavam e depoisempurravam os caas do hangar para os ditos tubos. Logo deseguida os tubos eram hermeticamente fechados e as plataformasdesciam, sendo ocupadas pelos cinco Vipers da segunda vaga.

    Logo aps o estrondo feito pela comporta a selar o tubode lanamento, Boomer ouviu a familiar voz de Rigel, a oficialde vo na Ponte.

    - Ncleo de Comando a transferir comando para os Vipers.Lanem quando prontos!

    Com estas palavras, Rigel informava os pilotos de que ocomputador central da Galactica acabava de transferir toda ainformao de vo ao computador do caa. Boomer viu o seu ecrcentral iluminar-se, surgindo a um grelha com as coordenadas da

    patrulha de longo alcance e a posio da Frota. Logo a seguir,carregou no boto do turbo presente na sua alavanca de comando e

    sentiu-se pressionado contra o assento, ao mesmo tempo que ostrs motores do seu Viper o impulsionavam a toda a velocidadepara fora da baa de lanamento Alfa. Todo o seu anteriornervosismo tinha agora desaparecido.

    Ao mesmo tempo que a primeira vaga de caas daEsquadrilha Azul saa da baa de lanamento Alfa, os pilotos daEsquadrilha Vermelha chegavam baa de lanamento Beta. frente dessa recm organizada Esquadrilha encontrava-se Sheba, aquem tinha sido dado o posto de Capito, equiparando-se assimaos comandantes das outras trs Esquadrilhas. O Comandante Adama

    tinha-lhe dado como principal misso tornar a segundaEsquadrilha da Galactica numa fora de combate igual ou mesmosuperior Esquadrilha Azul. Sheba tinha aceite tal pedido e, em

    pouco menos de um yahren, a sua Esquadrilha tinha atingido onvel que tinha antes da destruio das Doze Colnias, altura em

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    que tinha tambm sido quase destruda pela emboscada Cylon.Para ela, todo aquele trabalho era uma forma de se

    manter ocupada e evitar outros problemas. Pouco tempo depois deApollo e Starbuck terem feito a misso suicida contra aNave-Base Cylon, ela havia tido uma longa conversa com oprimeiro. Ambos tinham finalmente aceite o que sentiam, emboranenhum deles tivesse querido avanar para o passo seguinte queera a unio. Por alguma razo que nenhum deles sabia explicar,

    sentiam que aquela no era ainda a ocasio para tal."Vamos l rapariga, agora no altura para estares apensar nisso...", disse ela para si mesmo, ao mesmo tempo quesubia para o "cockpit" do seu Viper. No entanto, durante toda asequncia de lanamento, os seus pensamento continuavam adirigir-se para Apollo. Toda aquela situao estava a mexer-lhecom os nervos. Enervava-a o facto de Apollo estar to longe eapenas a voar com um parceiro. E se os objectos detectadosfossem caas Cylons? Pela sua cabea passara-lhe imagens doscaas de Apollo e Starbuck a serem perseguidos por uma falangeinteira de Cylons. Afastando essa imagem da cabea, Sheba

    preparou-se para ser lanada. "Que os Senhores de Kobol teprotejam, meu amor!", murmurou ela, no entanto, na altura emque o seu caa era impulsionado para fora do tubo de lanamento.

    Boomer descreveu um arco com o seu caa, de modo a ficarvirado para as sadas da baa de lanamento Alfa. Quando viu osltimos cinco Vipers sob seu comando sair dos respectivos tubos,escolheu a frequncia interna da Esquadrilha e disse:- Daqui Lder Azul, vamo-nos dividir em duas formaes. Jolly,tu tomas o comando da segunda. Compreendido?- Sim, senhor!- respondeu Jolly, contactando de seguida os

    outros membros da sua formao. Esta era uma manobra estudada erepetida inmeras vez. Os dez Vipers sob o comando do TenenteJolly separaram-se do resto dos seus companheiros, tomando

    posies atrs e ligeiramente acima da formao comandada peloTenente Boomer. De seguida as duas formaes espalharam-se atformarem dois "V" e accionaram os seus turbos. Rapidamente osvinte e trs caas comearam a ganhar distncia da FrotaColonial, dirigindo-se para as coordenadas que tinham sidotransmitidas pelo Capito Apollo.

    Na altura em que os Vipers da Esquadrilha Azul comeavama acelerar, os ltimos caas da Esquadrilha Vermelha saiam da

    baa de lanamento Beta e rapidamente tomavam posies de formaa defender a Frota se tal fosse necessrio.

    O Comandante Adama fechou os olhos e comeou a respirarlentamente, enquanto se preparava para falar a toda a Frota.Quando chegara ponte, na altura em que os ltimos caas daEsquadrilha Azul eram lanados, informara de imediato o Conselhodos Doze. Tal como seria de esperar a reaco desses havia sidode medo e o Adama tinha que admitir para si mesmo que gostara de

    ver isso. Talvez toda esta situao mostrasse aos membros doConselho que o perigo estava sempre presente. O facto de osCylons no aparecerem no queria dizer que eles no andassem pora. Eles no descansariam enquanto no exterminassem todos ossobreviventes humanos.

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    Depois de acabar a sua comunicao com a promessa de queinformaria de imediato o Conselho caso os objectos detectadosfossem Cylons, Adama comeou a pensar no que iria dizer ao restoda populao. Sabia perfeitamente que por esta altura os rumoresestariam a espalhar-se a grande velocidade. Com esses rumoresespalhar-se-ia tambm o desespero e o medo. E era exactamenteesses ltimos sentimentos que o Comandante Adama queria evitar.

    Abrindo os olhos, ele fez sinal ao Coronel Tigh para que

    este ligasse o sistema de comunicao principal da Galactica, oque faria com que a sua mensagem fosse transmitida a todas asoutras naves da Frota.- Saudaes a todos!... - comeou ele a dizer, parando um pouco

    para ordenar os seus pensamentos.- Como j devem saber, umapatrulha de longo alcance comandada pelo meu filho, o CapitoApollo, fez contacto com uma srie de objectos no-identificados,que se encontram no caminho directo da nossa Frota. At agorano h nenhuma identificao positiva desses mesmos objectos.

    No se pode dizer se eles so Cylons ou no. Na altura em quesoubermos mais alguma coisa, a Frota ser imediatamente

    informada....Com estas palavras, Adama pousou o microfone erecostou-se na sua cadeira. Da sua posio na plataforma decomando podia ver toda a Ponte de Comando, que se encontrava umnvel abaixo do seu. Podia tambm sentir todo o nervosismo dostripulantes que a estavam, medida que o tempo ia passando.Os poderosos sensores da Galactica no captavam j nenhum sinalda Esquadrilha Azul.

    Subitamente, o Comandante Adama virou-se para Tigh edisse:- Manda lanar a Esquadrilha Lana Prateada. Informa o Capito

    Bojay de que dever tomar posies entre a Galactica e ascoordenadas dadas por Apollo.- No limite dos nossos sensores dianteiros?- perguntou o coronel,

    percebendo imediatamente a ideia.- Exactamente! E pe tambm a Esquadrilha Verde em alerta.- Sim senhor!- disse Tigh, com um sorriso nos lbios. Desta

    maneira, o alcance dos sensores da Galactica duplicava sem sernecessrio que a Frota se deslocasse. Os sensores dos Vipers daEsquadrilha Lana Prateada, usados no seu alcance mximo, eramcapazes de atingir as coordenadas da patrulha de longo alcance.Depois, era s ligar os computadores da Galactica aos sensores

    dos caas criando-se uma "corrente" entre os dois locais. Almdo mais, se surgisse algum problema, essa Esquadrilha, estando ameio caminho entre a Estrela-de-Batalha e a patrulha, poderiaacudir muito mais rapidamente.

    Enquanto Tigh dava as instrues necessria para que asordens do Comandante Adama fossem cumpridas, este ltimorecostava-se novamente na sua cadeira, cruzando os braos sobreo peito. Os seus olhos fixaram-se no ecr da sua consola decomando, para onde eram retransmitidos os dados dos sensores daGalactica. Agora era apenas uma questo de esperar.....

    Captulo 2

    Os Vipers de Apollo e de Starbuck encontravam-se

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    imobilizados no espao, lado a lado. Nos velhos tempos, Starbuckprovavelmente teria carregado nos turbos e feito uma srie depassagens de forma a identificar os objectos. No entanto, devidoaos problemas por que tinha passado e tambm devido ao prpriocasamento, ele havia mudado em muitos aspectos. A suaimpetuosidade em combate havia desaparecido, sendo substituda

    por uma calma quase glida. Apollo tinha agora a certeza de queo seu amigo era muito mais eficiente em combate. Os ltimos

    testes feitos no simulador de voo tinham provado isso. Starbuckapenas fora derrotado numa simulao em que tinha comoopositores cerca de quinze Raiders Cylons e, mesmo assim,conseguira destruir oito at que finalmente fora abatido pelofogo cruzado dos outros.

    Apesar dessa mudana, e para espanto de Apollo, Starbuckfoi o primeiro a quebrar o silncio que se havia instalado desdeque haviam enviado a mensagem para a Galactica.

    - E se fossemos dar uma vista de olhos?- Hei, pensei que j te tinha passado essa mania!-

    respondeu Apollo.- J pareces o "antigo" Starbuck a falar.

    - Vamos ou no?- insistiu Starbuck.- D-me uma boa razo para no esperarmos pelo resto daEsquadrilha.

    - Muito bem...Se pedires ao teu computador para fazeruma estimativa de trajectria dos objectos nos ltimos dezcentons, vais ver que eles esto imobilizados.

    - Sabes bem que isso no quer dizer nada....- respondeuApollo, sentindo um certo nervosismo. Pela sua cabea passavam asimagens das naves-cisternas Cylon que ele e Zac haviamencontrado no dia em que as Doze Colnias haviam desaparecido.

    - Acho que no custa nada. Segundo os meus clculos, a

    Esquadrilha est para a a uns vinte centons. Se houverproblemas s darmos meia-volta.- Por acaso ests a ter um dos teus "pressentimentos"?Dando uma pequena risada, Starbuck respondeu:

    - Por acaso at estou. E um dos bons....O que quer queaquilo seja, no so Cylons!

    Apollo ponderou sobre o assunto uns momentos e, tal comotinha feito inmeras vezes, decidiu alinhar com o seu amigo.

    - Vamos l!!!

    Os dois Vipers comearam rapidamente a ganhar velocidade,

    medida que os seus turbos os impulsionavam. A distncia emrelao aos objectos ia diminuindo e as informaes acerca destescomeavam a chegar aos computadores de bordo.

    - Para j no h sinais de vida, quer orgnica querinorgnica.- disse Apollo.

    - Tambm no detecto qualquer tipo de emisso de energia.- disse por sua vez Starbuck.

    Ambos os pilotos ajustaram os seus sensores, tentandoobter mais informaes. medida que os centons iam passando atenso ia aumentando. Os sensores indicavam que atrs daquelasrie de objectos detectava-se qualquer coisa.

    - Apollo, ests a detectar o mesmo que eu?- perguntou,repentinamente Starbuck.- Sim!!- respondeu o capito, tentando esconder o seu

    espanto perante o que estava a ver no seu visor. No limite doalcance do sensores dos Vipers surgia a imagem de algo macio.

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    - No pode ser....- comeou Starbuck a dizer.- como se fosse uma parede....- murmurou o seu amigo.De facto, os sensores dianteiros indicavam que os Vipers

    se estavam a dirigir para algo enorme. Algo que no podia existirem pleno espao.

    - No sei o que aquilo , mas ocupa todo o espao nossafrente.- disse Apollo, tentando imaginar o que seria.

    - Espera a, estou a obter uma identificao dos objectos

    de bocado....- interrompeu Starbuck, que tinha tomado adianteira.- So rochas.....- Todo este trabalho por causa de uns simples

    pedregulhos?- interrogou-se o capito enquanto via surgir no seucomputador de bordo a mesma informao.

    Os caas atingiram nesse momento o primeiro dos objectose ambos os pilotos puderam confirmar visualmente aquilo que lhestinha sido dito.

    - um maldito campo de asterides!!!- praguejou Starbuckenquanto desligava os turbos e manobrava o seu Viper pelo meio dasrochas.

    A seu lado Apollo fazia a mesma coisa, continuando noentanto a verificar o visor que lhe transmitia as informaes dossensores.

    - Vamos continuar mais um bocado.- disse ele.- Quero vero que que est para alm disto.

    Com estas palavras, arrancaram de novo. Logo aps algunscentons, o computador comeou a debitar informaes.

    - a mesma coisa que l atrs...- disse finalmenteStarbuck.

    - Pode ser, mas o maior campo de asterides que eu j

    vi!!! Estende-se nossa frente em todas as direces.- O que que lhe ter dado origem?- Talvez um planeta gigante que tenha explodido?- No consigo imaginar um planeta de tal tamanho.....

    Talvez se fossem vrios....- O melhor deixarmos isso para os cientistas da

    Galactica.- disse finalmente Apollo.- Vamos mas voltar paratrs. Temos que informar a Frota.

    - Muito bem...- respondeu Starbuck, comeando a virar oseu caa.

    Boomer, que se encontrava na dianteira da patrulha foi oprimeiro a avistar os dois Vipers. A Esquadrilha Azul acabava dese aproximar do primeiro campo de asterides quando nos seussensores surgiram os ditos caas. Vendo que os seus amigos no seencontravam em dificuldades, Boomer soltou um suspiro de alvio.

    - Finalmente conseguiram juntar-se a ns.- ouviu-se, derepente, nos comunicadores dos elementos da Esquadrilha. Todos os

    pilotos reconheceram a voz de Starbuck e o tom de gozo deste.- As nossas humildes desculpas.- respondeu Jolly, num

    tom igualmente jocoso.- Estvamos todos a dormir em servio.- Eu ouvi isso.- disse Apollo, entrando tambm na

    brincadeira.- Lembrem-se que eu sou o Comandante destaEsquadrilha e no posso aceitar desleixo em servio!!!- Ups!! Posso retirar o que disse?Este ltimo comentrio de Jolly fez com que toda a gente

    se risse. A tenso havia practicamente desaparecido. Quando os

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    caas de Apollo e Starbuck se juntaram ao resto da Esquadrilha,todos eles deram meia-volta, dirigindo-se para a Galactica. Todosesperaram at que o Capito, agora que j podia estabelecer

    contacto, desse as novidades Frota. Quando finalmente este ofez, Boomer foi o primeiro a quebrar o silncio:

    - Ainda me custa a acreditar que toda esta excitao foiprovocada por um monte de pedras!- disse Boomer.

    - Boomer, meu velho, tu nem imaginas o que est por trs

    daquele campo.- respondeu Starbuck, enquanto se afadigava aacender um dos seus famosos fumarillos. Apesar de ser contratodas as regras, este era um dos seus velhos hbitos. A situao

    melhorara muito a partir da altura em que Starbuck tinhaconseguido que lhe instalassem um novo sistema de reciclagem deatmosfera, Com a "ajuda" de um tcnico de vo, ele tinhainstalado, depois de fazer algumas modificaes, o sistema dereciclagem de um vaivm fora de servio. Como a capacidade desteera maior, no ficavam os menores vestgios de fumo dentro dacabine. Sabendo tal facto, Starbuk recostou-se no seu assento elanou algumas baforadas de fumo, enquanto continuava a conversa

    com o seu amigo.- outro campo, mas enorme. Nunca vi nada assim!!- J estou a ver que a Galactica vai ter problemas.-afirmou Boomer.

    - Porqu?- perguntou Jolly.- Eu no tenho a certeza, mas parece-me que no h

    combustvel suficiente na Frota para andarmos a fazer grandesdesvios.

    - Tens razo.- disse ento Apollo. - O meu pai e oCoronel Tigh estiveram a discutir isso pouco tempo. Mesmoracionando o tyllium como temos vindo a fazer, s temos osuficiente para mais um sectar. A partir da, temos de acabar

    com todos os vos de Vipers e dos vaivns interfrota e, mesmoassim, s podemos aguentar mais um secton.- No sabia que a situao estava assim to m. -

    desabafou Jolly. Muitos dos outros pilotos concordaram com ele.A verdade que a maior parte deles no costumava ligar apequenos pormenores como a logstica necessria para manter todaaquela frota em movimento. Como Guerreiros que eram, queriamapenas que os seus Vipers estivessem em perfeita forma para que

    pudessem dar o seu melhor quando a situao o exigisse. Sem queningum o ordenasse, cortaram os turbos e continuaram a suaviagem a uma velocidade mais moderada.

    Na altura em que a mensagem de Apollo tinha chegado Galactica, inmeros gritos de alegria haviam ecoado na Ponte.Tanto o Coronel Tigh como o Comandante Adama sentiam que umenorme peso lhes tinha sido tirado de cima.

    - Ainda no foi desta....- murmurou Adama, aps algunsmomentos

    - Achas que os Cylons vo voltar?- inquiriu o seu amigo.Adama sentiu-se relutante em responder, algo que

    raramente lhe acontecia, especialmente com Tigh. Sentia que o

    perigo ainda no tinha passado, que havia algo que estava errado.Eram esses seus palpites que o tinham tornado no grandecomandante que era.

    - Sim, acho que sim.- acabou finalmente por responder.-Mais tarde ou mais cedo, eles iro voltar.....

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    O Coronel assentiu com a cabea, no dizendo nada. Eletambm pensava assim. Ambos combatiam inmeros yahrens contraos Cylons e sabiam que estes no desistiam com facilidade.Talvez toda esta situao fosse como que um aviso em relao aos

    perigos que se aproximavam.Com um abanar da mo, Adama disse:- Mas no vamos pensar mais nisso. O que h a fazer de

    imediato informar a Frota de que no h perigo e que podemos

    prosseguir a viagem.- Muito bem, vou j tratar disso...- respondeu Tigh,comeando a dar as ordens necessrias para tal. De repente, um

    pequeno sinal informou-o de que acabavam de chegar novasinformaes ao seu computador pessoal. Depois de ver o princpioda mensagem, virou-se para Adama dizendo:- Mas antes..... achoque h algo que deves ver....

    Adama pegou no cristal que o Coronel estendia na suadireco e inserindo-o de seguida no seu computador. Passadosalguns momentos, comearam a surgir-lhe uma srie de dados. Arealidade que eles mostravam era bastante preocupante. Uma das

    naves cisternas que abastecia a frota havia descoberto uma falhanos seus computadores de bordo. Isso por si s no era nada demal, s que neste caso a falha tinha-se dado exactamente nosubsistema que controlava a sada do combustvel. Aparentemente,a nave tinha perdido a maior parte da sua carga durante a ltimasecton. Aproveitando o facto da Frota estar parada, a tripulaotinha feito uma vistoria aos tanques de combustvel, vistoriaessa que revelara que os valores mostrados pelos computadores danave eram falsos.

    - J calculaste os novos valores?- perguntou ele, apsler o relatrio do que havia sido descoberto.

    - Sim.- respondeu Tigh, levantando o olhar do computadorque tinha na mo.- Temos agora Tyllium para mais trs sectons deviagem.

    - To pouco?- Sim....

    Adama levantou-se da sua cadeira e dirigiu-se para abalaustrada existente sobre a Ponte de Comando. Tigh seguiu-o,postando-se ao seu lado.

    - S h uma soluo.- acabou por dizer o comandante,aps alguns momentos de silncio.- Temos de continuar em frente...

    A nossa nica esperana est no campo de asterides nossa

    frente. Talvez l haja Tyllium.....- Espero bem que sim. Odiava ter viajado todos estesyahrens para acabar aqui, parado no meio do espao...- disseTigh com toda a sinceridade.

    - Eu tambm, eu tambm.....- concordou Adama, acenandocom a cabea. Para eles os dois, a alegria trazida pelas notciasde Apollo havia desaparecido completamente.

    Assim que aterraram, Apollo e Starbuck dirigiram-se paraa Ponte de forma a apresentarem pessoalmente os resultados da

    patrulha ao Comandante Adama. Apollo apercebeu-se logo que haviaalgum problema ao ver o semblante carregado do seu pai.- Que se passa?- perguntou.- S temos Tyllium para mais trs sectons.- respondeu

    Adama.- Aparentemente os valores nos quais nos basevamos estavam

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    errados, devido a um problema num computador.- E agora, o que fazemos?- interveio Starbuck.- Estou aberto a sugestes....- retorquiu o Comandante.-

    O mximo que podemos fazer por enquanto ficar onde estamos.- No acredito que isto acabe assim.....- comeou Apollo

    a dizer.- .....Ou melhor, no admito que isto acabe assim....Temde haver uma soluo....

    O Comandante Adama virou-se para o seu filho e, colocando

    -lhe uma mo no ombro, disse:- Compreendo que penses assim, mas a verdade que nadapodemos fazer.... As circunstncias esto contra ns.

    - No aceito essa afirmao, especialmente vinda de ti,pai.- disse subitamente Apollo.- No podemos acabar assim. Serque lutamos e passamos por tudo aquilo que passamos para isto?

    Adama estava surpreendido com a sbita agressividade doseu filho, no conseguindo arranjar maneira de exprimir o quesentia. Sabia que Apollo estava certo pois ele prprio tambm

    pensava daquela maneira.- Apollo, o melhor irmos embora.- interveio de repente

    Starbuck, tentando assim quebrar a tenso que se havia criadoentre pai e filho.- Tenho a certeza que podemos fazer o relatrioda patrulha noutra altura....

    - No, no vou deixar esta discusso assim a meio...-respondeu o capito bruscamente.- Tem de haver uma soluo...No

    podemos ficar de braos cruzados....O seu discurso foi subitamente interrompido pelo

    aparecimento do Coronel Tigh, que se havia deslocado at juntodos tcnicos que estavam a tratar do processamento dos dadosrecolhidos pelos sensores dos Vipers de Apollo e Starbuck.

    - Tenho boas notcias...- comeou ele a dizer,

    apercebendo-se nessa altura que tinha interrompido algo.- Podes continuar...- disse Adama, evitando assimdiscutir com o seu filho.

    - Muito bem. O que acontece que uma primeira anlisedaquele campo de asterides mostra vestgios de Tyllium.

    - Como que isso possvel? Durante o vo, os nossossensores no acusaram nada.- disse Apollo.

    - E ns estvamos bem atentos a eles.- acrescentouStarbuck.

    - Acredito que sim, mas a verdade que os sensores dosvossos Vipers no estavam calibrados para reconhecerem vestgios

    to pequenos. S quando os computadores da Galactica analisaramos vossos dados que surgiu essa informao.- Mas, pelo que disse, presumo que no haja Tyllium em

    grande quantidade.- disse o Capito.- A que vocs se enganam....- Como assim?- perguntou Adama.- Naquela passagem que fizeram pelo segundo campo de

    asterides.... tambm detectaram vestgios de Tyllium, mas houvenovamente problemas de calibrao dos sensores.

    - Quantidades nfimas outra vez?- sugeriu Starbuck.- No....- disse Tigh, com um sorriso a formar-se.- Em

    quantidades to grandes que os sensores dos vossos Viperspensaram tratar-se de um erro e nem sequer acusaram nada.- Estamos salvos!!- exclamou Adama.- Os Senhores de

    Kobol no se esqueceram de ns..... Quando que podemos comearas operaes de extraco?

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    - Dentro de dois centares. A Navegao j escolheu amelhor rota atravs do primeiro campo de asterides.

    - Muito bem. Informa o resto da Frota se faz favor.-ordenou Adama, virando-se de seguida para Apollo e dizendo, numtom quase paternal.- Como podes ver, a soluo surgiu por si

    mesma. Escusavas de estar to preocupado....- Desta vez......- retorquiu Apollo, despedindo-se de

    seguida e saindo da Ponte.

    - Eu peo imensas desculpas, mas tambm vou embora.-disse Starbuck, apanhado de surpresa pela sbita sada do seuamigo.- No sei o que se passa com ele, mas vou ver se descubro...

    - Sim, obrigado....- respondeu Adama. - J algunsyahrens que no acontecia nada de to preocupante. Todo istodeve t-lo posto tenso.....

    - De certeza que foi isso....- murmurou Starbuck,dirigindo-se depois para a sada da Ponte de Comando.

    - Posso saber o que se passou?- perguntou o Coronel Tigha Adama.

    - Com o passar dos yahrens, o Apollo est a ficar cada

    vez mais distante de mim. E para alm disso, o seu feitio igualao meu....- Vocs sempre tiveram os vossos desentendimentos....- Mas agora esto a ficar cada vez mais frequentes.....

    No sei bem porqu.....- Vais ver que isso passa...- afirmou Tigh.- Espero bem que sim....- murmurou Adama, antes de

    continuar.- Mas, mudando de assunto, quanto Tyllium que podemosarmazenar?

    Tigh respondeu embora soubesse perfeitamente que o seu

    amigo continuava a pensar no filho e que aquela pergunta eraapenas uma forma de fugir ao problema. Quando pudesse, havia dearranjar tempo para falar com Apollo....

    Aps sair da Ponte, Starbuck deu uma pequena corrida pelocorredor at alcanar o seu amigo. Este, ao ouvi-lo aproximar-se,abrandou o passo, o que era um sinal claro de que queria falar.

    - O que que se passou l atrs?- perguntou o tenente,colocando-se ao lado de Apollo.- At parece que foi o Comandanteque teve culpa por termos perdido Tyllium...

    - Sabes muito bem que no foi isso....- Ento, teve que haver uma boa razo para te enervarestanto...

    - Eu enervei-me foi com a maneira como o meu pai encarouas coisas..... Acho que estava a ser demasiado complacente com asituao.....

    - As circunstncias eram bastantes difceis! Tens queadmitir isso.- disse Starbuck.

    - Eu no digo que no....- Ento qual o problema..., no percebo.

    Apollo parou de repente e, virando-se para o seu amigo,

    disse:- Sabes qual o meu problema? O meu problema que achoque o meu pai est a ficar velho. E ningum se apercebe disso....Se alguma vez nos depararmos com uma situao de perigo, no seise ele ter capacidade para nos salvar como fez tantas outras

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    vezes...Esta afirmao deixou Starbuck estupefacto. Ele nunca

    esperara ouvir alguma coisa deste gnero vinda da boca do seuamigo. Para ele e para quase todos os membros da Galactica e daFrota, Adama era uma verdadeira lenda viva, o salvador do querestava das Doze Colnias.

    - No acredito no que acabaste de dizer!!!! Qual o teuproblema? Queres ser tu o Comandante?

    Apollo ficou furioso com tal pergunta e por momentosesteve a prestes a bater em Starbuck. Controlando-se perguntou:- Achas que sim? Achas que o meu problema esse? No vs

    que o verdadeiro problema que as pessoas continuam a ter umaadorao quase cega por um homem que j tem quase oitenta yahrens?O meu pai humano, no um deus qualquer.... e aquela situaode a pouco provou-o.

    De repente, Starbuck percebeu o quanto estava enganado.Apollo no cobiava o lugar do pai. Apollo estava era preocupadocom Adam e com a posio que ele ocupava na Frota e no coraodas pessoas. Ele prprio sabia que era Adama que mantinha todos

    unidos em busca da mtica Terra. Se comeasse a denotar sinais defraqueza de certeza que toda a Frota se comearia a desagregar...- Vejo nos teus olhos que j percebeste a minha

    preocupao...- afirmou o capito.- Sim.....-murmurou Starbuck.- Peo imensas desculpas por

    ter dito o que disse.....- No faz mal, Starbuck. A culpa disto toda minha, eu

    no devia ter reagido como reagi l na Ponte.... Anda l, vamosat ao Clube dos Oficiais que eu ofereo-te um copo de ambrsia.

    - Est bem, mas eu depois ofereo-te outro...- retorquiuStarbuck com a sua habitual jovialidade.

    Aps o seu turno de trabalho no Centro Mdico ter acabado,Cassiopeia dirigiu-se para o Clube de Oficiais. Ela sabia queesse era o local onde encontraria Starbuck, especialmente apsuma misso. Como de costume, a Clube estava cheio de Guerreirose o barulho das conversas enchia o ar. Rapidamente descobriu a

    mesa onde o seu marido e Apollo se encontravam, encaminhado-separa l.

    - Ol, amor.- disse Starbuck, levantando-se e beijando-a.- Tudo bem?

    - Sim...- respondeu ela, cumprimentando de seguida Apolloe sentando-se junto deles.- Muito trabalho?- perguntou Apollo.- Nem por isso....Houve alguns casos de pessoas de idade

    que se sentiram mal com toda esta excitao, mas no foi nada degrave...

    - Pensaram que eram os Cylons?- perguntou o seu marido.- Exactamente....Mas, tal como disse, no foi nada de

    grave.- E como que se esto a portar os teus ajudantes? -

    interveio de novo Apollo.

    Cassiopeia comeou a rir-se baixinho:- Ainda bem que eu no era como eles, seno o Dr. Saliktinha-me logo mandado embora.

    - Por falar nisso, como que est ele?- disse Starbuck,bebericando um pouco da sua bebida.

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    - Est a gozar a sua reforma sossegadamente. Ele sabeque o Centro Mdico ficou em boas mos. E eu estava a brincar

    bocado, os meus ajudantes so bastante competentes, s precisamde ter mais calma.

    - Isso como quando se pilota....- afirmou Apollo.- Coma experincia vem a calma.

    - Pois ....- disse Starbuck, antes de continuar, com umsorriso.- Ns somos o exemplo disso....

    Este comentrio arrancou gargalhadas dos outros doisocupantes da mesa.- Mudando de assunto, como est o Boxey, Apollo? -

    perguntou Cassiopeia.- Est ptimo. Ainda pouco falei com ele e disse-me que

    estava a adorar a viagem.- Mas ele no devia voltar hoje?- Devia, mas devido ao facto da Frota estar em alerta, a

    professora achou melhor eles ficarem l mais algum tempo.- Onde que ele est?- perguntou ento Starbuck.- Na Nave-Agrria Nove. o nico stio onde as crianas

    podem ver plantas a srio.- respondeu Apollo, apontando depoispara as imitaes que adornavam aquela sala, antes de continuar.- A maior parte delas s conhece estas cpias sintticas...

    - Ou ento s tm uma vaga lembrana de como que elaseram nos seus planetas de origem.- completou Cassiopeia

    - Por falar nisso.- disse Apollo.- Vocs j ouviram falarnuma seita que se chama Filhos do Espao?

    - Eu acho que sim, mas no me lembro bem.... foi umadaquelas conversas breves aqui no Clube... acho que algumreferiu esse nome...- respondeu Starbuck

    - Pessoalmente, nunca ouvi falar nela.- confessou a

    mulher do Tenente.- Mas porqu?- O Coronel Tigh que me falou neles. Aparentemente um movimento semi-religioso que defende que o destinoda nossa civilizao vaguear para sempre no espao.

    - Pois !!!- murmurou Starbuck, batendo com a palma damo na cabea.- Agora me lembro. Eu estava a falar com um cadeteda Esquadrilha Verde quando se falou disso. Aparentemente, eleveio de um dos cargueiros onde essa seita est muito implantada.

    - Como que possvel haver pessoas que defendam isso? -perguntou Cassiopeia.- Eu acho horrvel viver dentro de uma navee acho que no sou a nica a pensar assim....

    - claro que no...- respondeu Apollo.- Acho que toda agente tem saudades de pisar terra firme, de um planeta.- Pelos vistos, o que acontece que a seita se est a

    espalhar muito entre todos aqueles que eram crianas na altura dadestruio das Colnias.- disse Starbuck. - Pessoas como aquelecadete, que s se lembram dos seus planetas atravs de gravaesdidcticas e recordaes dos seus pais.

    - O Coronel Tigh tem medo dessa seita, por causa disso. -disse o Capito aos seus dois companheiros de mesa. Se algumavez dermos com a Terra, podemos ter problemas. Podemos ter nas

    mos um grande grupo de pessoas que quer continuar a viajar no

    espao.- No acredito nisso.- disse Cassiopeia.- Quando a nossaviagem chegar ao fim, aposto como no vai haver descontentes.....

    Esta afirmao optimista arrancou sorriso dos doisGuerreiros Coloniais e serviu tambm para encerrar a conversa.

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    Despedindo-se, Cassiopeia e Starbuck dirigiram-se para os seusaposentos. Apollo terminou rapidamente a sua bebida, fazendodepois o mesmo que os seus amigos.Ao chegar aos seus aposentos, reparou de imediato numa pequenaluz que piscava no computar inserido na parede, assinalando quehavia uma mensagem. Sheba tinha-a mandado, dizendo que s podiaestar com ele no prximo senton, pois a sua Esquadrilha tinhasido posta de preveno. Ele sabia que tal acontecia porque a

    Frota se estava a preparar para avanar em direco ao campo deasterides e todo o cuidado era pouco.Consultando as ordens de servio no computador, viu que a suaEsquadrilha s entrava em preveno aps dois sentons, o quelhe dava tempo para estar com Sheba e tambm com Boxey. E tambmlhe dava tempo para falar com o seu pai, para lhe apresentar um

    pedido de desculpas pela maneira como tinha actuado na Ponte. Sao conversar com Starbuck que tinha reflectido na maneira comotratara Adama. Ele pensara em falar com ele logo aps ter sadodo Clube dos Oficiais, mas a verdade que estava demasiadocansado e, para alm disso, de certeza que o seu pai estava

    ocupado com a travessia do campo de asterides.Sendo assim programou o computador para o acordar e, tirando ouniforme de vo, dirigiu-se para o chuveiro, lavando-serapidamente. Depois de se secar, enfiou-se na cama e rapidamenteadormeceu, deixando para trs todo aquele dia e mergulhando numsono repousante e, felizmente, livre de pesadelos.

    Captulo 3

    Enquanto Apollo dormia, a Frota comeava a sua movimentao emdireco aos campos de asterides. Em pouco mais de um centar oprimeiro campo foi alcanado e facilmente ultrapassado,especialmente pelo facto da Galactica utilizar os seus canheslasers para destruir os asterides de maior porte e por issocapazes de provocar mais perigo para as naves da Frota Colonial.

    Assim que o segundo campo foi alcanado, comeou-se coma extraco do Tyllium. A Frota possua duas naves capazes de

    minerar e tratar aquele combustvel. Por um incrvel acaso, logoaps a destruio das Colnias, na altura em que a Frota estavaa formar-se, uma das patrulhas de Vipers da Galactica tinha

    deparado com essas duas naves. Ambas estavam de servio numa dasrefinarias automticas espaciais que serviam as Doze Colnias eas suas tripulaes haviam assistido ao Holocausto atravs dastransmisses vindas de Caprica. Perante tal facto, e sabendo quede certeza que seriam um alvo de futuros ataques dos Cylons,decidiram abandonar a dita refinaria e fugir para o espao

    profundo.Os Vipers , que se dirigiam para a refinaria em busca de

    Tyllium, haviam encontrado as duas naves no preciso momento emque estas iniciavam a sua viagem. Contentes por saberem que noeram os nicos sobreviventes do Holocausto, as tripulaes

    haviam-se juntado aos outros Humanos. Visto que a Frota tinhaagora uma certa capacidade para se reabastecer de Tyllium etambm devido ao facto de os Cylons se estarem a aproximar cadavez mais do local onde as naves coloniais se estavam a reunir, oComandante Adama decidira no procurar mais combustvel e iniciar

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    a viagem.As naves-mineiras eram um dos bens mais bem guardados da

    Frota, logo a seguir s naves agrcolas, pois sem elas nohaveria Tyllium. A maneira como elas extraiam o dito mineral era

    bastante curiosa. Numa primeira fase, as naves aterravam, oumelhor agarravam-se a um asteride, pois os seus trens deaterragem eram constitudos por uma srie de "garras" de ferroque se cravavam no solo. Numa segunda fase, da parte dianteira da

    nave estendiam-se duas enormes pinas de metal que rapidamentecomeavam a escavar. Essa pinas ladeavam uma enorme aberturapara onde projectavam o material que iam retirando do solo. Portodas estas razes, as naves-mineiras eram conhecidas como os"Insectos", pois era esse aspecto que davam quando estavam afuncionar.

    Aps ter sido "engolido", o material recolhido erasubmetido a uma srie de processos de filtragem e de purificao.

    Normalmente, uma nave-mineira demorava quatro centares a encheros seus depsitos, mas neste caso a situao era diferente.Devido falta de matria-prima que afectava a Frota Colonial, as

    naves tinham sido modificadas para separar no s o Tyllium mastambm para separar todos os outros materiais que pudessem servitais, armazenando-os nos seus depsitos antes de os distribuir

    pelas naves-industriais. Ainda para mais no caso especfico doTyllium havia certos problemas pois um dos subprodutos que surgiada sua refinagem era a Solenite, um material altamente explosivo.Tal acontecia visto que o Tyllium s era encontrado juntamentecom outro mineral, o Solium. Isto fazia com que todo o processode purificao e posterior armazenamento tivesse de ser feito de

    maneira segura ou seja, lenta. Assim uma nave-mineira demoravacerca de sete centares para estar cheia. Enquanto tudo todo este

    processo decorria, a Frota tinha que aguardar pacientemente.

    Apollo levantou-se e vestiu-se rapidamente. O sinal sonorodo computador j o tinha apanhado acordado. O seu relgio internono o deixava dormir mais de seis centares e isto era em alturasem que no havia alertas, pois nesse caso no conseguia dormir

    mais de trs centares. Dirigindo-se para o computador, verificouque a Esquadrilha Vermelha iria chegar baa Beta dentro de dezcentons. Sem mais demoras, saiu dos seus aposentos eencaminhou-se para l.

    Como era costume sempre que havia aterragens, a baa estava

    cheia de elementos dos servios de emergncia que estavam depreveno caso houvesse algum acidente. Aos poucos, o Vipers daEsquadrilha Vermelha foram aterrando, no havendo qualquer tipode problema. Apollo sabia que o ltimo Viper seria o de Sheba,

    pois ela sentia a obrigao de se certificar de que todos osGuerreiros sobre o seu comando regressavam.

    Assim que o seu Viper aterrou, Apollo dirigiu-se para l.Com um pequeno gesto, ele mandou afastar o tcnico de voo queacabara de encostar uma escada fuselagem do veculo. O tcnicofez o que lhe era ordenado com um sorriso, pois j no era

    primeira vez que assistia a tal, e de certeza que no seria a

    ltima. O Viper estava quase que gelado ao toque, depois de terpassado vrios centares no espao e portanto Apollo subiu asescadas com cuidado, procurando no tocar em nenhuma parte

    metlica do caa.Na precisa altura em que chegava ao ltimo degrau, a

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    escotilha comeou-se a levantar com um ligeiro silvo, acabandopor se imobilizar quase que na vertical. Sheba, que estava aindaa certificar-se de que todos os instrumento estavam em ordem, nose tinha apercebido da presena de Apollo, pois era normal que ostcnicos estivessem ali enquanto os Guerreiros Coloniaisabandonavam os seus Vipers. Vendo isso, ele estendeu uma das suas

    mos e disse, disfarando a voz:- Capito, se quiser pode dar-me o capacete!

    Sheba , ainda ocupada, retirou o pesado capacete de voo e,sem sequer olhar, deu-o mo que lhe surgia frente. Com umsorriso estampado no rosto, Apollo disse ento:

    - Tambm me pode dar um beijo, que eu no me importo!!- Como?.......- comeou ela a dizer, virando-se na sua

    direco, surgindo-lhe depois um sorriso ao ver quem era.- Apollo!!!O Capito baixou-se e beijou-a na boca. Ela abraou-o,

    retribuindo o beijo e, no processo, quase que o fazendo cair paradentro do cockpit.

    - Cuidado!!- disse ele endireitando-se.- No queres que eufaa um voo picado, pois no?

    - claro que no!- respondeu Sheba, enquanto desapertavaos cintos que a seguravam ao banco e se levantava, preparando-separa abandonar o cockpit. Apollo desceu rapidamente da escadaonde estava, dando assim espao para que a ela descesse.

    Mal tocou no cho, Sheba comeou a espreguiar-se.- Estes cockpits parecem estar cada vez mais pequenas e

    desconfortveis....- disse ela apontando na direco do seu Viper,que se encontrava agora rodeado pelo pessoal de terra.

    - Olha que isso no impede o Starbuck de dormir durante aspatrulhas....

    - Mas tu sabes perfeitamente que ele consegue dormir em

    qualquer ocasio.- Sim... e por vezes isso d-lhe muito jeito, especialmentequando h alguma cerimnia oficial a que temos de assistir. -retorquiu Apollo sorrindo, enquanto se encaminhavam para a sadada baa de lanamento. - Mas, mudando de assunto, que tal quecorreu a patrulha?

    - No foi nada de especial.....- respondeu Sheba,encolhendo os ombros.- Aparentemente h uma passagem atravs dosegundo campo de asterides, mas s agora que iam investigar.

    - Uma passagem?- Sim, aparentemente os sensores da Galactica detectaram

    uma zona em que o campo de asterides no to denso como oresto e portanto a Frota no deve ter muito problemas em passarpor l.

    - Ainda bem, assim no nos desviamos muito da rota queestamos a seguir....

    - Quadrante Alpha, dezanove milhes de sectars pelo vectorEpsilon vinte e dois, num rumo calculado de 0000 ponto nove. -recitou de memria Sheba. Esta informao, desde que foraconhecida por ela, Apollo e Starbuck durante a estadia deles nas

    misteriosas Naves das Luzes, havia-se tornado numa espcie deorao para todos os tripulantes da Frota. No final dessa rota

    estaria a Terra, o local onde vivia a mtica Dcima TerceiraTribo de Kobol.- s uma pena no sabermos a quantos yahrens de viagem

    que a Terra est...- disse Apollo.- Passaram-se 7 yahrens desde a destruio das Colnias e

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    ns j viajamos muito para alm das fronteiras conhecidas naaltura... Tenho esperana que a Terra no esteja muito mais longe....

    - Tambm eu...- respondeu Apollo. Nenhum deles tocou numassunto sobre o qual tinham chegado a um acordo. S quandochegassem Terra que ambos se iriam unir. At l muita coisa

    poderia acontecer e ambos sabiam que no conseguiriam viver umsem o outro. Sendo ambos Guerreiros, as hipteses de qualquer umdeles morrer em combate eram grandes e, portanto, s quando

    chegassem a um local seguro que se iriam unir.J nas proximidades da Ponte de Comando, Apollo virou-separa Sheba e disse:

    - Se quiseres podes ir descansar, porque eu fao orelatrio da tua patrulha. No deve haver problema.....

    - Achas que no?- perguntou ela, hesitante.- Acho....e ainda para mais, eu tenho que falar com o meu

    pai e assim aproveito a ocasio.- Muito bem.... sendo assim acho que vou aceitar a proposta

    e vou dormir.- No te esqueas de que hoje temos um jantar na Rising

    Star.....- Sempre conseguiste arranjar uma mesa?- perguntou Sheba.- Consegui, mas apenas porque houve uma desistncia. Seno

    fosse por isso, s no prximo sectar que tinha vaga.- A Rising Star a nica forma de distraco que as

    pessoas tem aqui na Frota, por isso no de admirar que estejasempre lotada.....

    - Se alguma vez lhe acontecer alguma coisa, nem quero ver areaco das pessoas!!!

    Este comentrio arrancou um sorriso de Sheba que,espreguiando-se novamente, disse:

    - Bem vou dormir um bocado....- Eu depois passo pela tua cabine para te ir buscar.- disseApollo.

    - E o Boxey?- Vou ter com ele quando chegar.- respondeu Apollo,

    consultando de seguida o seu relgio.- E por falar nisso, eledeve chegar dentro de quinze centons, isto se o voo no seatrasar.

    - Ento, o melhor despachares-te.- disse Sheba,despedindo-se com um beijo rpido e dirigindo-se depois para oseu quarto.

    Apollo acompanhou-a, por uns momentos, com o olhar e deseguida dirigiu-se para a Ponte de Comando que ficava perto.

    Como de costume havia uma grande azfama dentro da Ponte.Aquele local era um dos pontos vitais de toda a Frota,coordenando a actividade de todas as naves. Apollo estava espera de encontrar o seu pai no seu posto de comando, mas averdade que quem estava l era o Coronel Tigh. Aps o saudar eaps fazer um resumo da patrulha de Sheba e explicar porque estaltima no se tinha dirigido at ali, Apollo perguntou:

    - Onde est o meu pai, Coronel Tigh?- Tu sabes muito bem como ele , Apollo.- comeou Tigh adizer, sem deixar de observar as diferentes estaes queconstituam a Ponte de Comando e os respectivos tcnicos que atrabalhavam.- Insistiu em verificar pessoalmente como que

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    estava a decorrer a operao de minerao.....- Quem que foi com ele?- A tua irm Athena. Ela aproveita todas as oportunidades

    que tem para pilotar....Este ltimo comentrio arrancou um sorriso de Apollo que

    sabia que essa afirmao era verdade. Por momentos ele deixoudivagar a sua memria para o passado, para a altura em que

    Athena, Deitra, Brie e muitas outras, incluindo a sua mulher

    Serina haviam combatido e salvo a Frota na altura em que estahavia descoberto o lendrio planeta de Kobol. claro que as suaslembranas rapidamente se tornaram amargas ao recordar o quehavia acontecido na superfcie de Kobol, ao recordar a maneira

    brutal como tinha perdido Serina para sempre num ataque Cylon.Abanando a cabea como se assim conseguisse afastar essa memrias,Apollo continuou a sua conversa:

    - Eu queria-lhe pedir desculpas pelo comportamento de ontem...e, j agora, aproveito para lhe pedir desculpas a si, Coronel.

    Tigh desviou o olhar da Ponte, virando-se para o filho doseu melhor amigo. Aquela parecia-lhe a altura ideal para ter uma

    conversa com Apollo.- Apollo, tu sabes bem que eu conheo a tua famlia vriosyahrens, desde do tempo em que o teu pai e eu andvamos na

    Academia Colonial..... Para te ser sincero, gostava de saber oque se passa contigo. Ns ltimos tempos tens mudado bastante eisso nota-se.....

    - Nota-se assim tanto?- perguntou o Capito, um poucoenvergonhado.

    - Nota-se.- disse o Coronel Tigh - Aquela tua discussoontem aqui na Ponte foi bastante elucidativa. O que que se

    passa?

    Pela primeira vez em muitos yahrens, Apollo hesitou emfalar. Embora tivesse uma enorme confiana com o Coronel Tigh,no sabia se lhe havia de contar o que o preocupava. Era algo quenem a Sheba havia contado. Mas ele sentiu que aquela era uma boaaltura para desabafar.

    - Eu tenho tido.....como que hei-de explicar.....certossonhos.....

    - Como os do Starbuck?- perguntou Tigh.- Mais ao menos....o que eu vejo nunca a minha morte

    especificamente, mas a sensao sempre como se fosse.- No estou a perceber......Afinal, com que sonhas?

    - Eu no tenho bem a certeza, pois raramente me lembro detodos os pormenores, mas sei que h sempre uma srie de explosesgigantescas......eu acho que ando a sonhar com a destruio daFrota e todos ns!!

    Por momentos, o silncio instalou-se. Ambos sabiam quesonhos como aqueles eram normais entre todos os tripulantes,tendo quase todos assistido destruio das Colnias.

    - Tem que haver outra razo para te sentires to afectadopor isso, Apollo.- disse o Coronel.- Estou certo?

    - Est.....- comeou Apollo a dizer, hesitando novamenteantes de continuar.- Acontece que eu no sou o nico a ter esses

    sonhos....- Como assim?- O Boxey tambm os anda a ter......Ele no me queria

    contar o que o andava a preocupar e eu at pensei que fosse algona escola, mas certo dia voltei um pouco mais tarde e ele j se

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    tinha deitado. Eu fui espreit-lo e vi que ele estava a ter umpesadelo qualquer, pela maneira como se debatia na cama. Foinessa altura que acordou a gritar e eu fui falar com ele....

    - E o sonho era o mesmo?- Quase....a nica diferena que o Boxey "via-se" sempre

    a morrer....- Ele sonhava com a sua prpria morte?- perguntou Tigh,

    espantado.

    - Sim, ele dizia que sonhava sempre com uma nave a explodire que tinha a certeza de que ia l.- Tendo em conta o que ele passou em Caprica, penso que

    sonhos como esses no so assim to esquisitos....- Eu tambm achava isso, at ele me dizer que o estava a

    ter bastante tempo e sempre igual......- Tal como tu?- Exactamente.....- disse Apollo, abanando afirmativamente

    a cabea.- Foi nessa altura que achei melhor autorizar aquelaviagem dele at s Naves-Agrrias. Para descontrair...

    - E funcionou?

    - Na ltima vez que falei com ele, disse que j no haviasonhado com nada. Mas isso que estranho, porque eu ontem,aps a patrulha e aquela discusso fui-me deitar e, pela primeiravez neste sectar, no tive nenhum pesadelo.

    - Toda esta situao muito estranha....Tenho queconfessar que estou intrigado!

    - por isso que eu me tenho andado a comportar de de umamaneira esquisita e mesmo agressiva. Andar com sonhos destes e,para alm disso, no ser o nico a t-los bastante desgastante.

    - E nunca pensaste em discutir isso com o teu pai, elepodia....- comeou Tigh a dizer, antes de um sinal o interromper.

    O Coronel dirigiu-se para a secretaria do Comandante e carregouno boto que accionava um dos comunicadores a presentes.- Que se passa, Omega?- disse ele para o monitor, onde o

    oficial da Ponte se apresentava com um ar preocupado- Temos um problema bastante grave numa das Naves-Cisternas...- Eu vou j para a!- disse o Coronel, desligando depois a

    comunicao e virando-se para Apollo.- A conversa vai ter deficar para outra altura.....o melhor vires comigo....

    - Muito bem!!- assentiu o Capito e assim ambos desceram doPosto de Comando para a Ponte, dirigindo-se para junto da consolade Omega.

    Abafando um grito, o Comandante Adama acordou. Por momentosficou confuso, no sabendo onde se encontrava, at que lentamentese comeou a lembrar que estava num vaivm.

    - Ests bem, pai?- perguntou Athena, virando-se na direcodo assento do Comandante Adama.

    - Estou, filha. Foi apenas um pesadelo....- disse oComandante, tentando afastar da sua mente aquilo com que tinhasonhado.- J passou......

    - Tenho que confessar que me assustou.- disse Athena,

    virando novamente a sua ateno para os instrumentos do aparelhoque pilotava.- Deve ter sido da comida da nave-mineira.- gracejou Adama,

    tentando aliviar um pouco a tenso.- A comida de Piscon faz-mesempre ficar mal.... muito pesada para uma pessoa da minha idade.

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    - Para pessoas de qualquer idade....- acrescentou Athena,sorrindo. Ela prpria havia-se sentido mal aps a refeio quetinham partilhado com a tripulao de uma das naves-mineiras queestava a trabalhar nos asterides. Os molhos usados eramextremamente picantes, numa tentativa de disfarar o sabor normaldos vegetais criados em estufa e que eram o principal alimento daFrota, pois a carne era extremamente racionada e usada apenas emocasies especiais.

    O Comandante da nave-mineira ainda tentara fazer um jantarespecial para comemorar a presena de Adama, mas este ltimorecusara terminantemente tal coisa, dizendo que a carne era paraconsumo dos tripulantes da nave e que ele apenas aceitaria comeras raes normais que eles costumavam comer. Aps teremabandonado a nave-mineira, o Comandante Adama haviaaproveitado para repousar um pouco e assim fizera at serarrancado do seu sono pelo horrvel pesadelo que tivera.- Ainda falta muito tempo para a Galactica?- perguntou ele suafilha.- Cerca de cinco centons.- respondeu esta, enquanto manobrava o

    vaivm pelo meio das naves da Frota que se estendiam sua frente.Nessa altura, o circuito de comunicao interfrota activou-se e aface do Coronel Tigh apareceu num monitor junto de Athena.- Comandante Adama, acabou de surgir uma situao bastante

    preocupante.- O que se passa?- Uma das naves-cisterna est em dificuldades devido a um

    problema de computadores.- disse Tigh com um ar extremamentepreocupado. Atrs dele podia-se ver Apollo que estava debruadosobre uma consola da Ponte de Comando falando com um oficial.- Por acaso foi aquela que teve o vazamento de Tyllium? -

    perguntou Adama.- Foi exactamente essa!! O computador est completamente louco ea sua tripulao est a ver se descobre o problema.- Quais foram as medida que tomaste?- Para j, mandei todas as naves que estavam nas suas imediaesafastarem-se pois o sistema de navegao est a falhar e podehaver perigo de coliso. Para alm disso, mandei para l umaequipe de tcnicos sob o comando do Tenente Kommas para tentaremarranjar o computador central.

    Nessa altura, Athena fez um pequeno sinal para chamar a atenodo seu pai, dizendo depois.

    - Estamos quase a passar pela tal nave.Adama olhou pelo cockpit do vaivm, na direco geral que o radarindicava e rapidamente encontrou a nave-cisterna. Esta ltimaquase que nem podia ser chamada de nave, pois na realidade no

    passava de uma srie de oito globos de metal ligados a umaestrutura central horizontal que tinha atrs uma srie de motorese frente um mdulo de comando que albergava a tripulao que a

    comandava.- Algo ali est mal....- murmurou Adama, enquanto esforava a suavista. S de repente que se apercebeu que a nave estava asofrer um ligeiro desvio para a esquerda. A nave no estava a

    conseguir manter o seu rumo, pois os seus motores de manobra dolado direito estavam a funcionar a toda a fora, empurrando anave no sentido contrrio.

    Athena apercebeu-se tambm de tal situao e, antecipando-se aoseu pai, disse:

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    - Coronel Tigh!!! Avise a nave-cisterna que o computador delesest a disparar os motores de manobra e que eles esto adesviar-se para o lado esquerdo!!Tanto Athena como o Comandante Adama viram, atravs do monitor,o Coronel Tigh a "disparar" uma srie de rpidas ordens para o

    pessoal da Ponte de Comando, mandando que se entrasse em contactocom a dita nave-cisterna. No entanto, nem os dois passageiros dovaivm Alpha nem a Ponte de Comando se aperceberam de um pequeno

    ponto nos seus radares, ponto esse que se aproximava da nave emdificuldades.

    Amaldioando a sua sorte, Skint deu mais um soco no painel deinstrumentos, numa tentativa v de conseguir pr o sistema decomunicaes do seu vaivm a funcionar. Desde do Holocausto que oazar o perseguia e, pensando bem, j antes dessa data. Filho deum rico comerciante de Gemoni, tinha visto a sua entrada recusadana Academia por causa de um problema fsico e desde dessa alturaque investira parte da fortuna da sua famlia numa companhia de

    transportes de passageiros. Essa era a nica maneira que tinha depilotar e fora por causa disso que havia escapado ao ataque Cylonque destrura as Colnias. Quando este se dera, ele encontrava-sea caminho da Galactica com alguns diplomatas que queriamaproveitar a ocasio para a visitar. Ele havia sido recolhido

    pela Estrela-de-Batalha e o seu vaivm, o nico que restava dos20 que outrora possura, havia sido posto ao servio da Frota.O seu vaivm, que fazia sobretudo transportes interfrota, sofria,como quase todas as outras naves da Frota, de uma m manuteno,o que lhe provocava problemas regulares. A falha das comunicaesera vulgar e era o que estava a acontecer naquela altura.

    Enquanto os seus passageiros entravam, ele ainda tinha tentadoremediar o problema mas no conseguira fazer nada. Apesar disso,havia decido partir em direco Galctica, pois sabia que sechegasse l na altura prevista, receberia um bnus pelo seu bomtrabalho e esse crditos serviriam para arranjar a sua nave.

    Numa tentativa de cortar ainda mais no tempo, Skint havia feitoum pequeno desvio em relao sua rota normal. O Controle deTrfego da Galactica tinha atribudo uma srie de corredores paraos voos civis dentro da Frota, mas o que acontecia que essasrotas demoravam mais tempo pois evitavam o centro da Frota, olocal onde se concentravam as naves mais importantes, como era o

    caso das naves-mineiras, cisternas, agrcolas e de transporte deanimais. Skint fazia algo que era normal entre os pilotos civis,metendo a sua nave pelo centro da Frota, quase que se colando aoscascos das naves a presentes evitando assim a deteco pelosradares da Galactica e economizando cinco centons.Encolhendo os ombros num gesto de resignao, desistiu de mexernos controles e ligou o sistema de comunicao interno quefelizmente ainda funcionava. Quando viu aproximar-se a terceira eltima das naves-cisternas, aquela que estava mais prxima daGalactica, comunicou para a cabine de passageiros.- Caros passageiros, chegaremos Galactica dentro de

    aproximadamente 3 centons. Espero que tenham gostado do voo!!Desligando o aparelho, Skint deitou um ltimo olhar ao seu radar,antes de fazer a aproximao nave-cisterna e Galactica.Detectou de imediato que havia dois outros vaivns a aproximar-sedessa mesma nave, um vindo de fora da Frota e outro que vinha da

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    Galactica, mas isso no o preocupou pois j havia cortado caminhoe mesmo que o vissem o mal j tinha sido feito e ele pagaria a

    multa que certamente lhe seria aplicada de boa vontade. Skint nemreparou que todas as outras naves se estavam a afastar da naveque lhe surgia frente e que isso podia ser um sinal de que algocorria mal.Com insulto murmurado contra o piloto da nave-cisterna que aestava deixar descair na sua direco, Skint acelerou o seu

    vaivm e f-lo subir, para passar por cima dos grande depsito decombustvel.

    A bordo da ponte de comando da nave-cisterna Colossus o ambienteera de pnico. O aviso que tinha vindo da Galactica sobre oaccionar dos motores de manobra tinha contribudo ainda mais paraesse clima.- Imediato, o que que podemos fazer para evitar isto? -

    perguntou o Capito Pirrus, sentado no seu posto na Ponte.- De momento nada!!!- respondeu o Imediato Cyprus, com um ar de

    desespero.- O computador continua a recusar-se a responder aosnosso comandos!!!- Malditas mquinas!!!- berrou o Capito.- Ainda falta muito parao vaivm com os tcnicos da Galactica chegar?- Devem chegar dentro de dois centons.- disse outro oficial da

    ponte.- O pior vai ser para atracarem pois para alm de nosestarmos a mexer, o computador no deixa abrir as portas dohangar.- Por Hades!!! O que podemos fazer!- disse Pirrus, segurando asua cabea com as mos. Nunca na sua longa carreira de Capitoalgo assim havia acontecido.

    De repente, as luzes da ponte enfraqueceram assim como osmonitores. As ventoinhas do sistema de suporte de vida comearama desligar-se e os tripulantes comearam a sentir-se cada vez

    mais leves.- Os sistemas internos esto a falhar.- berrou Cyprus. -Dentro de aproximadamente 5 microns devemos perder a gravidadeartificial!!!!!- Amarrem-se bem aos vossos lugares!!!!- ordenou o Capito,enquanto fazia isso mesmo, pondo os cintos que o segurariam aoassento.- Comunique a situao Galactica e d-me uma previsode quanto tempo que nos resta de ar aps a perda do suporte de

    vida!!!!Enquanto Pirrus comunicava com a Estrela-de-Batalha e com ovaivm do Tenente Kommas, outro oficial informava o Capito queaps a paragem total do sistema de suporte de via, teriam apenas

    mais 10 centons de ar. Foi nessa altura que um enorme barulhometlico se vez ouvir atravs de toda a nave, sendo acompanhadopor um enorme tremor. Imediatamente ouviram-se inmeras sirenes euma voz mecnica surgiu nos altifalantes da ponte, comeando afazer uma contagem decrescente a partir do dez.- Pelos Senhores de Kobol!!!! - gritou o Capito.- O computadorvai ejectar os depsitos de combustvel!!!!! Avisem todas as

    naves para se afastarem, depressa!!!- Ateno a todas as naves!!! Ateno a todas as naves!!! Daqui a Colossus!!!! Perigo de coliso iminente!!! Perigo de colisoiminente!!!!- avisou Cyprus atravs do aparelho de comunicao.

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    O vaivm Alpha ouviu esta mensagem exactamente na altura em queultrapassava a cauda da Colossus voando por cima da suasuperestrutura.- Tira-nos daqui!!- disse de imediato o Comandante Adama quandoouviu o aviso.

    Athena assim fez, acelerando e fazendo o aparelho desviar-se paraa direita, afastando-se da nave. Os depsitos da Colossus estavam

    agora iluminados por uma srie de luzes vermelhas que indicavamque a operao de separao estava a efectuar-se.Ambos estavam to empenhados na manobra que no repararam

    de imediato no vaivm que surgia do lado esquerdo danave-cisterna, vinda de baixo desta ltima. No dito vaivm, Skints se tinha apercebido de que algo estava mal na altura em queviu as luzes de aviso nos depsitos. Tambm ele acelerou,tentando passar por cima da Colossus.

    "Tenho que avisar o piloto daquele vaivm"- pensou Athenaao aperceber-se dele. Infelizmente na altura em que pensou nisso,o computador da Colossus terminou a operao e ejectou todos os

    oito depsitos de combustvel. Visto que eles continham umcombustvel altamente voltil, estavam equipados com pequenosmotores prprios que lhe permitiam afastar-se rapidamente danave-cisterna, minimizando assim os perigos de uma exploso que

    pudesse destruir essa mesma.O que os criadores desse mesmo sistema no previam que

    durante essa operao houvesse outras naves no caminho dosdepsitos, tal como os programadores do computador da Colossusno esperavam que este se avariasse. Mas, a verdade que issotinha acontecido e assim, dois dos depsitos de combustveltinham apanhado os dois vaivns na altura em que estes ltimos se

    estavam a tentar afastar. A velocidade dos ditos depsitos tinhaapanhado de surpresa tanto Athena como Skint que nada podiamfazer.

    A enorme exploso que se seguiu foi rapidamente detectada pelossensores da Galactica. A Ponte de Comando foi quase de imediatoinundada por relatrios de danos e por pedidos de informao deoutras naves da Frota. Todos na Ponte haviam assistido espantadosao aparecimento de um terceiro vaivm junto da Colossus, mas notinham podido fazer nada pois a exploso tinha-se dado logo a

    seguir.- Quais foram os danos?- berrou o Coronel Tigh, quebrando oambiente que se tinha instalado. A seu lado Apollo olhavaaterrado, pois tinha-se apercebido que o seu pai e a sua irmestavam no local onde se dera a exploso.

    medida que as informaes iam chegado Ponte, comeou aestabelecer-se uma imagem mais clara de toda a situao. O vaivmcomandado pelo Tenente Kommas havia escapado da exploso e estavaa aproximar-se rapidamente da Colossus.- A nave encontra-se bastante danificada!!- ouviu-se a voz do

    piloto do dito vaivm a dizer. Estou a contar 6 depsitos a

    afastarem-se, podem confirmar isso, Galactica?- Sim, podemos! Seis esto a afastar-se rapidamente da Frota. -respondeu Rigel- Os outros dois parece que explodiram com o embate..... -ouviu-se novamente o piloto a dizer.- Os nosso sensores ainda no

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    conseguem ter uma imagem definida da rea....h muitos destroos......- H algum com o tamanho suficiente para ser um vaivm? -

    perguntou de repente Apollo.- No conseguimos ver nada....- Concentrem os vossos sensores nessa zona!!!- disse o CoronelTigh para o oficial da Ponte da Galactica que estava de servionesse posto.Por momentos, instalou-se o silncio enquanto tanto o oficial da

    Galactica como o piloto do vaivm tentavam descobrir algo no meiodos destroos. Foi nessa altura que Apollo se lembrou de algo quemais ningum se tinha lembrado at ento.- J identificaram o segundo vaivm?- perguntou ele, alto paraque todos na Ponte o ouvissem.- Ainda no, Capito.- respondeu um oficial.- Estamos a verificartodos os horrios de vaivns civis.- Galactica, acho que descobrimos algo.... - disse de repente o

    piloto do vaivm.- Na zona dos motores da Colossus, parece-me queh uns destroos que podem ser de um vaivm.....- Estou a concentrar l os nossos sensores......- disse quase de

    imediato o tripulante de servio nessa consola. Rapidamente ossensores da Galactica conseguiram descobrir os destroos a que opiloto se referia.- O computador d 90% de hipteses de ser umvaivm.- Quais so os danos?- perguntou Apollo.- A superestrutura est praticamente intacta. Os danosconcentram-se sobretudo na parte esquerda da nave e na parte dos

    motores!!- E a nvel da cabine de pilotagem?- perguntou por sua vez Tigh.O oficial demorou um pouco a responder, verificando novamente osdados, at que respondeu:

    - A estrutura da cabine parece estar intacta.Virando-se para o monitor onde aparecia a imagem do piloto dovaivm com os tcnicos, o Coronel Tigh disse ento:- Se no houver perigo aproxime-se dos destroos e faa uma buscade sinais de vida!!- Muito bem, Coronel.

    Os centons foram passando lentamente enquanto o vaivm navegavaentre os destroos em direco aquilo que podia ser um outrovaivm. Enquanto isso, os sensores da Galactica haviam descoberto

    aquilo que certamente eram os restos de outro aparelho, mas esteseram um indcio seguro de que ningum podia ter sobrevivido aoacidente. Os maiores destroos eram incapazes de albergar mais doque uma pessoa. Este aparelho, fosse ele qual fosse, tinhaapanhado com o depsito e com a subsequente exploso em cheio.- J estou a detectar formas de vida nos destroos do vaivm.... -disse de repente o piloto.- Os sinais esto muito baixos,

    provavelmente as pessoas esto inconscientes.....- J tem uma identificao positiva?- perguntou Apollo,impaciente.- o vaivm Alpha?

    Nessa altura ouviu-se na Ponte de Comando um barulho. Todos se

    viraram nessa direco e depararam com a Oficial de Voo Rigel quetinha deixado cair o computador pessoal que tinha nas mos,tapando a cara com elas.- No pode ser verdade!!! No pode ser verdade!!!!- murmurava elae toda a gente se apercebeu que chorava.

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    - Que se passa?- interrogou o Coronel Tigh, aproximando-se dela epondo-lhe uma mo no ombro, enquanto que outro oficial apanhava ocomputador.Ela pareceu recompor-se um pouco e, levantando a cabea, disse:- Acabou de chegar a lista dos voos!!! O nico voo que falta aquele que vinha da nave-agrria!!!- O das crianas?- perguntou Tigh, incrdulo.- No houve nenhumengano?

    - No, no houve!!!- disse Rigel, lutando para conter as lgrimas. -Todos os outros aterraram antes da exploso....aquele era o nicoque estava a voar......- No pode ser.....- comeou a murmurar Apollo que tinhaassistido troca de palavras.- No pode ser, o Boxey vinha nessevoo!!!Foi nesse instante que o piloto do vaivm da Galactica disse:- O vaivm que est nossa frente o Alpha!!! o vaivm doComandante Adama........ e estamos a detectar dois sinais de vida!!!!Perante tal relatrio, Tigh disse:- Ento o outro o das crianas!!!!

    O silncio instalou-se na Ponte por momentos, at que foiquebrado por um grito lancinante.- NOOOOOO!!!!! BOXEY!!!!!!- berrou o Capito Apollo enquantocaa de joelhos no cho e enterrava a sua cabea no meio das mos,chorando convulsivamente.- NOOOOO!!!!!

    Num local para alm do espao e o tempo, algum assistia a toda acena que se passava no Ponte da Galactica como se estivesse l.- E assim tudo comea......- disse esse algum, soltando umasonora gargalhada. - E assim tudo comea!!!!!

    Captulo 4

    A primeira coisa que Athena viu quando recuperou aconscincia foi a cara de Starbuck, que a fitava com um ar

    preocupado. Ela tentou falar, mas s o conseguiu fazer apsvrias tentativas, pois a sua garganta doa-lhe imenso.

    - Morri e fui parar ao Hades?- acabou por murmurar- Como?- perguntou Starbuck, debruando-se sobre ela com

    um ar de espanto.- O que que disseste?- Perguntei se morri e se fui parar ao Hades? Para tu

    estares aqui, devo estar no meu Hades pessoal......- disseAthena, lanando uma gargalhada fraca e fechando de novo osolhos. Aquela pequena troca de palavra tinha-lhe tirado quasetodas as foras.

    Starbuck ouviu a piada, sorrindo tambm embora com poucaconvico. Pegando na mo de Athena e apertando-a suavemente,disse:

    - J no sou a tua ideia de Olimpo?Sem abrir os olhos, Athena respondeu:- J foste.........O guerreiro ainda esperou que ela continuasse a falar,

    mas a verdade que Athena tinha voltado a perder a conscincia.Soltando a sua mo da dela, Starbuck debruou-se e deu-lhe umbeijo de leve na testa, afastando-se de seguida da cama. Antesde sair do quarto, lanou ainda um ltimo olhar sobre ela. Antesde se unir com Cassiopeia, Starbuck tinha tido uma relao

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    tempestuosa com Athena, relao essa que nunca fora muitodefinida. Embora fosse feliz com Cassiopeia, no conseguia dedeixar de sentir "algo" pela irm do seu melhor amigo e ao v-laali, numa das divises do Centro Mdico, to indefesa, todiferente daquela Athena que ele conhecia e admirava, noconseguia deixar de sentir esse "algo".

    Afastando esses pensamentos da cabea, Starbuck abriu aporta do quarto e dirigiu-se para o corredor do Centro Mdico.

    A uma curta distncia do quarto de Athena, encontrava-se oquarto do Comandante Adama. porta do dito quarto estava oCoronel Tigh, com um ar extremamente preocupado, passeando de umlado para o outro.

    - Que se passa, Coronel?- perguntou Starbuck, depois desaudar o seu superior.

    - O Doutor Salik est l dentro com a Cassiopeia.-respondeu Tigh, parando de andar.- Assim que soube de toda asituao, decidiu vir ver se podia ajudar.

    - E ento?- Ele confirmou aquilo que os exames feitos aps o

    acidente mostravam......- Sempre verdade?- inquiriu o guerreiro, sabendoantecipadamente a resposta.

    - ......- respondeu o Coronel.- O Comandante Adamadificilmente poder recuperar a conscincia. Ele tem umfragmento de metal inserido no crnio, provavelmente um pedaodo painel de controle que explodiu........

    - E no se pode fazer nada.......- No!- disse uma nova voz. Os dois homens viraram-se

    para a porta do quarto do Comandante, de onde saam Cassiopeia eo Doutor Salik. Este ltimo fechou a porta do aposento e

    continuou a falar. - No podemos fazer nada pelo Comandante.- Porqu?- insistiu, de novo, Starbuck com ar que erauma mistura de desespero e de resignao.

    Cassiopeia, pondo uma das mos no brao do seu marido, einterrompendo o que Salik ia comear a dizer, disse:

    - Starbuck, todos ns da Frota temos uma enorme dvidapara com o Comandante Adama e sabemos o quanto lhe devemos. Noentanto, neste caso nada podemos fazer.......Podes ter a certezaque se houvesse algo ao nosso alcance..........

    - A verdade que no temos o equipamento para o operar!-disse Salik, fitando Tigh e Starbuck.- Este Centro Mdico,

    embora esteja maravilhosamente equipado, no passa de um simplesCentro Mdico de uma nave de guerra..... No temos os meios quehavia nas Colnias.......

    - Compreendo....- murmurou Tigh.- Ns sempre tememos quealgo assim viesse a acontecer......

    - Mas h mesmo a certeza de que no se pode operar oComandante?- perguntou Starbuck.

    - Sim, h essa certeza!- afirmou Salik, peremptoriamente.-Uma pequena parte do fragmento est inserida no crebro e nsno podemos retir-la de l com o equipamento que temos.

    - Que podemos ento fazer?- perguntou o Coronel.

    - De momento, a melhor hiptese que temos pr oComandante em animao suspensa.......- respondeu Cassiopeia.- Com os nossos meios actuais, podemos mant-lo nesse

    estado durante 10 yahrens......Pode ser que at l encontremosuma civilizao que nos possa ajudar.- continuou Salik.

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    - Ou mesmo a Terra.....- disse Starbuck.- Exactamente.- afirmou a sua mulher.- a nica

    soluo......- Muito bem!- disse Tigh, tomando uma deciso.- Preparem

    tudo.....Assim que eu falar com o Apollo ou com a Athena podemcomear com o processo.

    - Esqueci-me de dizer que h bocado a Athena recuperou aconscincia por momentos......- disse o Tenente.

    - Ela disse alguma coisa?- perguntou Cassiopeia.Starbuck hesitou por alguns momentos, acabando porresponder:

    - No, no disse nada. Abriu os olhos e balbuciou algumascoisas.

    - Mas reconheceu-o?- perguntou Salik.- Reconheceu........- Isso bom sinal. A memria no parece ter sido

    afectada.- disse o Doutor.- J que estou aqui, acho que posso irl v-la.....

    - Muito bem, eu acompanho-o.- afirmou Cassiopeia.

    - Eu vou ver se falo com Apollo.....- disse o CoronelTigh.- Vou-lhe explicar a situao.....- J agora, eu vou consigo, Coronel.- disse Starbuck.-

    Ainda tenho tempo antes da Esquadrilha sair em patrulha.Assim, aps as despedidas, cada grupo se afastou para

    seu lado.

    Mal saram do Centro Mdico, na direco dos aposentosde Apollo, Starbuck virou-se para o Coronel Tigh e, aps alguns

    momento de hesitao, perguntou:

    - Desculpe se estou a ser intrometido, mas agora quem que vai comandar a Frota?- Eu prprio tenho pensado nisso.....- respondeu o outro,

    abrandando o passo.- Como deves saber, na Frota Colonial nuncahouve nenhum critrio de sucesso rigoroso. Para j sou eu queestou frente de tudo, mas assim que o Apollo recuperar vou-lhe

    passar o comando. Acho que isso o mais correcto a fazer.- E o Conselho dos Doze no tem nada a dizer sobre o

    assunto?- No sei dizer......- respondeu Tigh, no conseguindo

    esconder o desprezo que tinha em relao a todos os polticos.-

    O corpo poltico sempre quis dominar os militares e talvez agoraseja a altura de o tentarem fazer. Por acaso vamos ter umareunio em breve e estou espera que a questo do comando venhaa surgir.

    - Acontea o que acontea, o Coronel pode ter a certezade que estamos do seu lado. Ns s queremos o que melhor paraa Frota.

    - Eu sei....- disse Tigh, com um sorriso.- Mas de certezaque no vai haver problemas......

    - Esperemos que sim.............- disse Starbuck,encerrando desta maneira aquela breve conversa.

    Sheba estava ainda em estado de choque com o que tinhaacontecido. Ela tinha sido acordada por Boomer e por Jolly.

    Assim que lhes abrira a porta, ainda meia ensonada, eles

  • 7/27/2019 Battle