avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de)...

44
Thiago Carvalho de Sousa Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipo de retentores, desenho da barra e tempo de ciclagem: estudo piloto Brasília 2016

Upload: others

Post on 23-Jul-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

Thiago Carvalho de Sousa

Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipo de retentores, desenho da barra e

tempo de ciclagem: estudo piloto

Brasília 2016

Page 2: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 3: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

Thiago Carvalho de Sousa

Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipo de retentores, desenho da barra e

tempo de ciclagem: estudo piloto

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Odontologia.

Orientador: Profa. Dra. Aline Úrsula R. Fernandes

Coorientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Elias

Brasília 2016

Page 4: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 5: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, pelo incansável esforço em transformar todos os meus anseios em realidade.

Page 6: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 7: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

AGRADECIMENTOS A Deus, por todas as oportunidades concebidas, pela sabedoria que me foi passada e por me permitir viver esse momento. Aos meus pais, José Soares e Terezinha Carvalho, por abdicarem de seus próprios sonhos para que os meus pudessem ser realizados. Pela educação, por todos os momentos de alegria e por serem os exemplos mais puros de caráter, dedicação e superação que eu, como filho, poderia pedir. Saibam que se aqui cheguei é por vocês. À minha família, por ser minha base e a quem eu sempre recorro nos momentos de tristeza, mas o mais importante, com quem eu sempre divido minhas alegrias. À turma 61, minha turma de coração, com vocês tudo foi mais gratificante. Carrego comigo a certeza de que daqui alguns poucos anos, o nome de cada um de vocês será bastante reconhecido. À turma 64, por me acolher tão bem. Nos momentos mais desafiadores dessa graduação, pude encontrar em vocês amigos dispostos a se doarem um pelo outro. Um agradecimento especial ao Christian Toledo, Kamilla França, Paela Monisa e Thaís Alves. Às minhas duplas, Richard Lima e Leonardo Miranda. Obrigado pelos momentos de conhecimento dividido, pelos desafios superados e pela convivência leve e agradável. Saibam que para me tornar a pessoa que sou hoje, vi em vocês dois grandes os exemplos. Um com um foco e determinação impressionantes, o outro com uma maneira leve de levar a vida, sempre pensando no lado bom das coisas e das pessoas.

Page 8: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

Aos meus amigos, Isadora Campos e Paulo Vitor. Poucas são as pessoas que entram em nossa vida e garantem um espaço enorme nela, mas vocês dois são aqueles que queremos sempre por perto. Definição de amizade no mais puro e sincero sentido da palavra. Aos meus amigos de intercâmbio, por um ano e meio de memórias, experiências, momentos de desespero, choques culturais e descobrimentos. A vocês a minha admiração e saudade diária. Em especial, Raffael Maron, Luma Almeida, Celso Afonso, Tainara Almeida, Matheus Lula, Paulo Fialho, Bruno Freire, Amanda Munhoz, Gustavo Nacif, Gabrielle Tote e Isabela Vardasca. Aos meus professores, por sempre nos incentivarem a sermos melhores pessoas, a olhar o paciente como um todo, a buscar excelência em tudo o que fizermos. Todo os momentos, seja de crítica, apoio ou descontração, foram importantes para tornar-­me o profissional que hoje eu sou. À Professora Aline Úrsula, por ser minha mentora durante esses anos de UnB. Antes mesmo que eu descobrisse do que era capaz, a senhora estava sempre a me incentivar. Inúmeros foram os momentos em que a dúvida tomou de conta, mas a sua paciência, carisma e paixão pela educação sempre contornavam as situações. Não consigo falar de UnB sem relacionar com o seu nome, e o impacto que a senhora tem na formação dos seus alunos é algo a ser admirado. Se eu tiver metade do amor que a senhora tem pela profissão, dou-­me por satisfeito. Ao Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília, em especial ao aluno de doutorado Marcos, por disponibilizar a máquina para realizar a ciclagem mecânica das amostras.

Page 9: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

Ao Professor Doutor Valentim Barão, do departamento de Prótese e Periodontia da UNICAMP, por realizar os ensaios de resistência à tração. Sua ajuda foi imprescindível. Ao Programa de Iniciação Científica da Universidade de Brasília, por permitir que essa pesquisa fosse realizada com ajuda financeira para custear todos os gastos. E permitir que vários alunos descubram a paixão pela pesquisa científica.

Page 10: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 11: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

EPÍGRAFE

“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.”

Arthur Schopenhauer

Page 12: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 13: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

RESUMO DE SOUSA, Thiago Carvalho. Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipo de retentores, desenho da barra e tempo de ciclagem. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília. Este estudo piloto teve como objetivo investigar força de resistência à tração dos sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas: O-­ring, barra-­clipe e magnetos. Em modelos de gesso, representando defeitos maxilofaciais, dois e três implantes foram instalados, simulando o que seria realizado em procedimento cirúrgico. Em seguida, seis possibilidades de associação foram construídas, fundidas sobre barra (1 – 1 barra-­clipe;; 2-­ 2 O'rings;; 3-­ associação barra-­clipe o’ring;; 4-­ 3 barra-­clipe;; 5-­ 3 O'rings;; 6-­ 3 pares de magnetos) e submetidas a ensaio de ciclagem mecânica, em equipamento MTS (Material Test System, EUA), utilizando software Station Manager, com frequência de 1 Hertz, simulando a inserção e remoção por aproximadamente dois anos. Os testes para avaliar a força de resistência à tração foram realizados para cada amostra em três fases: inicial, depois de 1080 e ao final de 2160 ciclos (em equipamento INSTRON Modelo -­ 4411, Brasil, célula de carga de 1 kN e velocidade de 1 mm/min). Como resultado, obteve-­se que todos os sistemas tiveram perda da capacidade retentiva;; a associação de sistemas (amostra 3) apresentou a maior retentividade em todas as fases de testes;; 4 das 6 amostras (1, 4, 5 e 6) tiveram perda de mais de 90% após 1080 ciclos mecânicos. Conclui-­se que o profissional deve conhecer o comportamento, a longo prazo, do sistema mais adequado para ser instalado em uma reabilitação maxilofacial, a fim de solucionar todas as necessidades do paciente.

Page 14: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 15: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

ABSTRACT

DE SOUSA, Thiago Carvalho. Tensile strength evaluation of implant retained maxillofacial prostheses retention systems, varying number, types of retainers, bar design and cycling time, a pilot study. 2016. Undergraduate Course Final Monograph (Undergraduate Course in Dentistry) – Department of Dentistry, School of Health Sciences, University of Brasília. This pilot study aimed to investigate the tensile strength of implant retained maxillofacial prosthetic retention systems: ball O-­ring, clip bar and magnets. In plaster models, representing maxillofacial defects, two and three implants were installed, simulating what would be done in surgery. Then six attachments association possibilities were built, merged on bars (1-­ 1 clip bar;; 2-­ 2 o'rings;; 3-­ association O-­ring clip bar;; 4-­ 3 bar-­clip;; 5-­ 3 o'rings;; 6-­ 3 pairs of magnets) and submitted to mechanical cycling test in MTS equipment (Test Material System, USA), using Station Manager software with frequency of 1 Hertz simulating insertion and removal for approximately 2 years. At all measurements, the samples were submitted to pull-­out test to determine tensile strength. The tests were performed for each sample in three stages: initial, after 1080 and at the end of 2160 cycles (in INSTRON equipment -­ Model 4411, Brazil, cell load of 1 kN and speed of 1 mm per minute). As a result, all systems had decreased the retentive capacity;; the association of systems (sample 3) had the highest retentiveness in all stages of testing;; 4 of the 6 samples (1, 4, 5 and 6) had loss of more than 90% after 1080 mechanical cycles. We conclude that the professional must know the behavior, in the long term, of the most appropriate system to be placed for a maxillofacial rehabilitation, in order to solve all the needs of the patient.

Page 16: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 17: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

SUMÁRIO

ARTIGO CIENTÍFICO ...................................................................... 19 FOLHA DE TÍTULO ..................................................................... 21 Resumo .................................................................................. 22 Abstract .................................................................................. 23 1 Introdução ........................................................................... 24 2 Proposição .......................................................................... 26 3 Material e Método ................................................................ 26 4 Resultados .......................................................................... 31 5 Discussão ............................................................................ 32 6 Conclusão ........................................................................... 35 7 Referências ......................................................................... 35 Anexos ................................................................................... 39 Normas da Revista ........................................................... 39

Page 18: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)
Page 19: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

19

ARTIGO CIENTÍFICO Este trabalho de Conclusão de Curso é baseado no artigo científico: DE Sousa, Thiago Carvalho;; Fernandes, Aline Úrsula Rocha;; Elias, Antonio Carlos;; Mendes de Lima, Walkiria;; Dos Santos, Mateus Veppo;; Lima, João Guilherme de Sena. Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipos de retentores, desenho da barra e tempo de ciclagem: estudo piloto Apresentado sob as normas de publicação do Journal of Orofacial Science

Page 20: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

20

Page 21: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

21

FOLHA DE TÍTULO

Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipos de retentores, desenho da barra e tempo de ciclagem: estudo piloto Tensile strength evaluation of implant retained maxillofacial prostheses retention systems, varying number, types of retainers, bar design and cycling time, a pilot study. Thiago Carvalho de Sousa Aline Úrsula Rocha Fernandes2 Antonio Carlos Elias2 Mateus Veppo dos Santos3 Walikiria Mendes Lima3 João Guilherme de Sena Lima4 1 Aluno de Graduação em Odontologia da Universidade de Brasília. 2 Professor Adjunto de Prótese Dentária da Universidade de Brasília (UnB). 3 Mestre em Ciência da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). 4 Pós-­graduando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial EAP-­GOIÁS/CERFACE

Correspondência: Prof. Dr. Aline Úrsula Rocha Fernandes Campus Universitário Darcy Ribeiro -­ UnB -­ Faculdade de Ciências da Saúde -­ Departamento de Odontologia -­ 70910-­900 -­ Asa Norte -­ Brasília -­ DF E-­mail: [email protected] / Telefone: (61) 31071803

Page 22: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

22

RESUMO Avaliação da força de resistência à tração de sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas variando número, tipos de retentores, desenho da barra e tempo de ciclagem: estudo piloto

Resumo Este estudo piloto teve como objetivo investigar força de resistência à tração dos sistemas de retenção para próteses maxilofaciais implantorretidas: O-­ring, barra-­clipe e magnetos. Em modelos de gesso, representando defeitos maxilofaciais, dois e três implantes foram instalados, simulando o que seria realizado em procedimento cirúrgico. Em seguida, seis possibilidades de associação foram construídas, fundidas sobre barra (1 – 1 barra-­clipe;; 2-­ 2 O'rings;; 3-­ associação barra-­clipe o’ring;; 4-­ 3 barra-­clipe;; 5-­ 3 O'rings;; 6-­ 3 pares de magnetos) e submetidas a ensaio de ciclagem mecânica, em equipamento MTS (Material Test System, EUA), utilizando software Station Manager, com frequência de 1 Hertz, simulando a inserção e remoção por aproximadamente dois anos. Os testes para avaliar a força de resistência à tração foram realizados para cada amostra em três fases: inicial, depois de 1080 e ao final de 2160 ciclos (em equipamento INSTRON Modelo -­ 4411, Brasil, célula de carga de 1 kN e velocidade de 1 mm/min). Como resultado, obteve-­se que todos os sistemas tiveram perda da capacidade retentiva;; a associação de sistemas (amostra 3) apresentou a maior retentividade em todas as fases de testes;; 4 das 6 amostras (1, 4, 5 e 6) tiveram perda de mais de 90% após 1080 ciclos mecânicos. Conclui-­se que o profissional deve conhecer o comportamento, a longo prazo, do sistema mais adequado para ser instalado em uma reabilitação maxilofacial, a fim de solucionar todas as necessidades do paciente. Palavras-­chave Retenção de prótese;; Prótese maxilofacial;; Tração;; Implantes

Page 23: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

23

ABSTRACT Tensile strength evaluation of implant retained maxillofacial prostheses retention systems, varying number, types of retainers, bar design and time cycling, a pilot study. Abstract This pilot study aimed to investigate the tensile strength of implant retained maxillofacial prosthetic retention systems: ball O-­ring, clip bar and magnets. In plaster models, representing maxillofacial defects, two and three implants were installed, simulating what would be done in surgery. Then six attachments association possibilities were built, merged on bars (1-­ 1 clip bar;; 2-­ 2 o'rings;; 3-­ association O-­ring clip bar;; 4-­ 3 bar-­clip;; 5-­ 3 o'rings;; 6-­ 3 pairs of magnets) and submitted to mechanical cycling test in MTS equipment (Test Material System, USA), using Station Manager software with frequency of 1 Hertz simulating insertion and removal for approximately 2 year. At all measurements, the samples were submitted to pull-­out test to determine tensile strength. The tests were performed for each sample in three stages: initial, after 1080 and at the end of 2160 cycles (in INSTRON equipment -­ Model 4411, Brazil, cell load of 1 kN and speed of 1 mm per minute). As a result, all systems had decreased the retentive capacity;; the association of systems (sample 3) had the highest retentiveness in all stages of testing;; 4 of the 6 samples (1, 4, 5 and 6) had loss of more than 90% after 1080 mechanical cycles. We conclude that the professional must know the behavior, in the long term, of the most appropriate system to be placed for a maxillofacial rehabilitation, in order to solve all the needs of the patient. Keywords: Retention of prosthesis, Maxillofacial Prosthesis, Tensile strength, Implants

Page 24: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

24

1 INTRODUÇÃO

Os defeitos maxilofaciais geralmente são provenientes de ressecções cirúrgicas, devido a patologias, em especial os carcinomas, defeitos congênitos ou mesmo traumáticos. A função das próteses maxilofaciais é devolver estética, função, promover a proteção das estruturas expostas remanescentes, e devolver o paciente ao convívio em sociedade. A ressocialização está diretamente relacionada ao grau de satisfação com a reabilitação.[1] A partir da década de 1970, os implantes osseointegráveis se tornaram parte do planejamento para reconstrução facial.[2] Atualmente, a sua utilização para retenção das peças protéticas se tornou o tratamento preferencial, devido a suas vantagens sobre os outros métodos retentivos.[3] São considerados mais seguros por fornecerem maior estabilidade às próteses, consequentemente, elevando a confiança do paciente. Com o advento dos implantes instalados em região extrabucal, os componentes retentivos (barra-­clipe, o’rings, magnetos) foram aperfeiçoados, as próteses ficaram esteticamente mais leves, com bordas afiladas e sem efeitos adversos dos adesivos, cumprindo todos os requisitos estéticos e devolvendo o paciente ao convívio social. Além disso, o paciente possui acesso para inspecionar a região quanto à recidiva de neoplasias e realizar a correta higienização.[4] O problema mecânico mais comum em próteses sobre implante é a perda de retenção, causada pelo uso, deformação e fratura dos componentes retentivos com o passar do tempo.[5] Sendo então, estes, objetos de estudo há vários anos, porém com ênfase no uso intrabucal, para overdentures.[5-­11]

A escolha dos sistemas de retenção para próteses maxilofaciais ainda possui um caráter empírico, com base na experiência de cada cirurgião-­dentista. Determinados sistemas são mais indicados em função da maior retentividade e, consequentemente, maior conforto e segurança do paciente. Um

Page 25: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

25

estudo sobre a qualidade de vida de pacientes portadores de próteses maxilofaciais implantorretidas relatou maior satisfação dos pacientes na utilização dos sistemas barra-­clipe, quando comparados com os magnetos, em virtude de sua maior capacidade retentiva.[12]

O conforto do paciente é o que motiva os pesquisadores a desvendarem quais são os melhores sistemas de retenção para cada situação em que o paciente se encontra.[12] Estudos envolvendo diferentes metodologias, com variados sistemas de retenção, foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os sistemas barra-­clipe e o’ring são frequentemente objeto de análise, comparados entre si, com superioridade de força de retenção pelo primeiro[13,6] ou separadamente, comparados quanto às diferenças de capacidade retentiva devido seu diâmetro[11], quanto às diferentes marcas do mercado[5] e quanto à quantidade de associações.[7] Em determinada situação, aumento da força de retenção pode ser observada em sistemas barra-­clipe, em função de ciclos mecânicos.[10] A ciclagem mecânica também promoveu perda de retenção de magnetos, quando simulação laboratorial foi realizada.[14] É evidente que a constância na inserção e remoção de componentes protéticos implicará, a curto ou longo prazo, em alteração na sua capacidade retentiva, e isso resultará na necessidade de controles periódicos, mais ou menos frequentes.

Apesar da quantidade de estudos presentes na literatura, a maioria está relacionada com a utilização de overdentures. O que revela a necessidade de um maior número de pesquisas sobre os sistemas de retenção de próteses faciais implantorretidas. A hipótese nula testada neste trabalho foi de que não há diferença entre as diversas amostras testadas, no que diz respeito ao desenho da barra, quantidade e tipo de sistema de retenção, independente da quantidade de ciclos mecânicos.

Page 26: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

26

2 PROPOSIÇÃO

O objetivo desse estudo piloto foi investigar a força de resistência à tração dos sistemas de retenção para próteses faciais implantossuportadas, variando tipo, quantidade de retentores e desenho da barra, em função de ciclos mecânicos. 3 MATERIAL E MÉTODO

Para a pesquisa, foram selecionados modelos de gesso, obtidos da moldagem de pacientes atendidos no Projeto de ação contínua de Reabilitação Protética de Pacientes com Defeitos Maxilofaciais da Clínica Odontológica do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Defeitos auricular e nasal proporcionaram a base para a simulação de instalação de implantes osseointegráveis (Conexão Implantes, Brasil), com distância interimplantar de 12mm. O posicionamento dos implantes foi aleatório, tentando simular uma posição possível de ocorrer na prática clínica. Para possibilitar a construção de diferentes arquiteturas de barras, foram utilizados 3 implantes na região nasal e 2 e 3 implantes em região auricular.

Seis possibilidades de associações de retentores sobre barra foram enceradas e fundidas, sendo 3 para cada base de defeito maxilofacial. Aqueles sobre modelo de defeito auricular tiveram arquitetura da barra com extremidades livres (Amostras 1, 2 e 3), diferentemente do formato triangular para as amostras sobre o modelo de defeito nasal (Amostras 4, 5 e 6). As amostras estão representadas na Figura 1. Todos os componentes e sistemas foram fundidos em liga de cromo-­cobalto, após posicionados de forma centralizada entre implantes, buscando o maior paralelismo possível entre si, quando em maior número que

Page 27: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

27

um. Devido à dificuldade de associação dos magnetos às barras da amostra 6, os mesmos foram fixados por solda a frio, à base de níquel-­cromo (Fit Cast, Talmax, Brasil), à temperatura de 950oC, na tentativa de que o magnetismo não fosse perdido. Os materiais empregados para a confecção de cada amostra estão listados no Quadro 1.

Figura 1 – Corpos de prova incluídos em PVC. Amostra: 1-­ sistema barra-­clipe1, 2-­ dois o’rings, 3-­ associação dos sistemas barra-­clipe e o’ring;; 4-­ três sistemas barra-­clipe, 5-­ três o’rings, 6-­ magnetos

Os sistemas de retenção, implantes e todos os componentes utilizados na pesquisa foram cedidos por doação, pela empresa Conexão Implantes (Brasil), com exceção dos magnetos (Magnetos gerais, Brasil). De forma a não representarem quantitativo ou padronização específica. A avaliação de dados deste estudo foi totalmente direcionada para a retenção dos sistemas, não havendo correspondência com o tipo de plataforma ou implante utilizado para cada amostra.

Page 28: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

28

Quadro 1 – Material utilizado na confecção das amostras

Amostra Tipo de plataforma

Sistemas de Retenção (lote) Número de implantes

(lote)

1 Hexágono Interno 4,3

UCLA (144624) Barra-­clipe (143256) (9070619083)

(9011349016)

2

Hexágono Externo 3,5 (9061189074) (9071059085) (9071059085)

UCLA (144999) Parafusos (1443666) Barra (143715) 2 o'rings (145071)

Cápsulas o'ring (143736)

3

Hexágono Externo 3,5 (9061189074) (9071059085) (9071059085)

UCLA (136210) Parafusos (144366)

2 barra-­clipes (145071) 2 o'rings (145071)

Cápsulas o'ring (141905)

4

Hexágono Externo 3,3 (9072049035) (9072609012)

Hexágono Interno 3,75 (9072049035)

2 UCLA (145308) 1 UCLAs (146927) 3 Barras (140599) 3 Clipes (147475)

5

Hexágono Externo 3,3 (9072049035) (9072609012)

Hexágono Interno 3,75 (9072049035)

3 UCLAs(146927/143225) 3 Barras (140599) 3 o'rings (143391) 3 cápsulas o'ring

(143391)

6

Hexágono Externo 3,3 (9072049035) (9072609012)

Hexágono Interno 3,75 (9072049035)

6 Magnetos diâmetro 5x3 (não possui lote) 1 UCLA (146927) 2 UCLAs (143225) 3 Barras (143520)

Page 29: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

29

Para a realização da ciclagem mecânica e os testes de tração, cada sistema de retenção foi incluído em tubo PVC (Tigre -­ tubos e conexões, Brasil) com 2cm de altura e 4 cm de diâmetro. As amostras foram incluídas em resina acrílica autopolimerizável (JET, A.O. Clássico Ltda, Brasil), no interior dos tubos, sendo dois para cada amostra. Após devidamente encaixados, os componentes fêmea dos sistemas foram capturados por resina acrílica, em tubos de PVC previamente justapostos aos primeiros, em que os componentes macho foram incluídos.

Após a inclusão dos sistemas, os ensaios de resistência à tração foram realizados no equipamento INSTRON (Modelo 4411, Brasil), representado pela Figura 2, com célula de carga de 1KN e velocidade de 1mm por minuto, possibilitando a mensuração da força necessária para deslocar os sistemas de retenção, em KgF. Foram realizadas cinco medidas para cada amostra, em três diferentes momentos: antes de ciclagem, após 1080 e ao final dos 2160 ciclos mecânicos.

Figura 2 – Máquina INSTRON ( Modelo 4411, Brasil) utilizada para avaliação dos testes de resitência à tração das amostras

Page 30: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

30

A quantidade de ciclos mecânicos foi determinada pela média de inserções e retiradas das próteses pelos pacientes, diariamente, para procedimentos de higienização, correspondendo a 1 e 2 anos de uso.

Cada amostra foi submetida à ciclagem mecânica utilizando o equipamento MTS 810 (Material Test System, USA), como mostra a Figura 3, com os sistemas de retenção posicionados verticalmente sem angulação entre os componentes macho e fêmea. O software utilizado foi Station Manager (FirePrograms Software, EUA), aplicativo function generator, com frequência de 1 Hertz.

Figura 3 – Máquina MTS 810 (Material Test System, EUA), utilizada para a ciclagem mecânica das amostras

Os dados obtidos pelas leituras da força de resistência à

tração de cada amostra, em cada tempo, foram tabulados e submetidos à análise estatística pela ANOVA e Kruskal-­Wallis em nível de significância de 5%.

Page 31: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

31

4 RESULTADOS Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 1 e no Gráfico 1. Tabela 1 -­ Valores médios da força de resistência à tração das amostras

estudadas, em Kg/F, após submetidos à análise estatística

Letras maiúsculas nas colunas e letras minúsculas nas linhas, diferentes entre si, significam diferença estatisticamente significante entre os valores obtidos, ao nível de significância de 5%

Gráfico 1 – Resultados da perda percentual da força de resistência à

tração em função da ciclagem mecânica, em três diferentes tempos: 0, 1080 e 2160 ciclos de inserção e remoção

71%

35%

10%19%

47%

30%

94%

69%

39%

94%92%

96%98%79%

45%

93%96% 97%

1 2 3 4 5 60 -­‐ 1080 ciclos 1080 -­‐ 2160 ciclos 0 -­‐ 2160 ciclos

Amostras 0 ciclo 1080 ciclos 2160 ciclos 1 2.729Aa 0.766Ab 0.043Ac 2 0.725Ba 0.469Bb 0.145Bc 3 5.431Ca 4.87Cb 2.961Cc 4 4.462Da 3.608Da 0.311Db 5 0.917Ea 0.478Ba 0.035Ab 6 1.525Ea 1.053Ea 0.038Eb

Page 32: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

32

5 DISCUSSÃO

Os defeitos maxilofaciais, provenientes de traumas, excisões cirúrgicas ou por doenças congênitas, resultam em problemas fonéticos, mastigatórios, estéticos e distúrbios psicológicos.[4,15] A reintegração social está diretamente relacionada com o nível de aceitação da peça protética, confiança ao utilizar e o mascaramento e proteção da área acometida.[1] A partir dos resultados expostos na Tabela 1 e no Gráfico 1, a hipótese nula deste trabalho foi rejeitada. Algumas amostras apresentaram diferenças estatisticamente significante entre si, nos tempos 0, 1080 e 2160. Além do número de ciclos mecânicos, a quantidade e posição dos sistemas de retenção foram determinantes para a diferença de valores entres as amostras. Assim como observado em outros estudos[7, 11, 14], ao final da ciclagem mecânica, todas as amostras apresentaram perda da capacidade de retenção. Independente do número de ciclos de inserção e remoção, em valores absolutos, a amostra 3 (associação barra-­clipe e o’ring) apresentou maior retentividade e a menor perda percentual de retenção, 45% (Tabela 1, Gráfico 1).

Na literatura, poucos trabalhos são encontrados relatando os resultados da associação de sistemas, em geral, os estudos utilizam uma mesma estrutura. Esse fato pode ser explicado pela precisão necessária para se fazer a fixação da prótese, o que demanda certa destreza do paciente.[12] Indivíduos com idade mais avançada, mutilações mais extensas no corpo, portadores de doenças mentais, malformações congênitas, e patologias degenerativas do sistema nervoso central teriam maior indicação a utilizarem sistemas que demandem menor precisão em sua fixação. Foi possível observar (Tabela 1, Gráfico 1) que sistemas não associados podem apresentar grande perda de retentividade, pelos procedimentos de inserção e remoção protética, o que demanda maior frequência na troca de componentes deficientes e mantém um controle mais efetivo de possíveis recidivas de patologias. A negligência quanto ao controle periódico seria um fator negativo tanto para a proservação da saúde do paciente quanto da retenção das próteses. O desgaste progressivo de componentes protéticos, portanto, não pode ser visto como ponto negativo absoluto na reabilitação de pacientes com defeitos maxilofaciais advindos de patologias.

Page 33: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

33

Diferentes autores compararam sistemas de retenção, com diferentes números de ciclos de inserção e remoção, e constataram maior resiliência do grupo o’ring.[5, 8, 11] A partir dos resultados (Tabela 1, Gráfico 1), pode-­se observar que as amostras 2 e 5 tiveram resultados inesperados. Ao final da ciclagem mecânica, a amostra com 3 o’rings apresentou um valor inferior ao obtido na amostra com 2 o’rings. A unidade 5, após fundição da barra, apresentou leve convergência dos sistemas de retenção. O processo laboratorial foi realizado em laboratório particular de prótese dentária, não estando sob controle dos pesquisadores. Acreditamos que a inexistência de paralelismo verdadeiro entre os componentes promoveu desgaste prematuro das borrachas de retenção, deformando-­as de forma irregular em seu perímetro e promoveu maior perda retentiva em menor tempo. Um aumento no número de retentores, não necessariamente, implica em um aumento da retentividade da prótese como um todo. A angulação, a distância interimplantar, a direção em que as forças são aplicadas e o material são exemplos de fatores que influenciam a retenção.[7]

Resultados diferentes do presente estudo (Tabela 1) foram obtidos ao imergir os grupos em saliva artificial para avaliar a resistência dos sistemas para overdenture. [6] Os valores naquele artigo, ao final dos ciclos mecânicos, foram superiores aos iniciais. Ao serem testados, ocorreu deformação e expansão térmica do material plástico, o que alterou o padrão comportamental, gerando uma superfície mais rígida e menos flexível, consequentemente, aumentando a retenção tanto para o grupo barra-­clipe quanto o’ring.[6] A comparação com estudos realizados para overdenture sempre encontrará diferenças no comportamento dos sistemas protéticos, uma vez que o meio aquoso promove um componente a mais para a alteração dos sistemas retentivos. Comparações metodológicas e de resultados devem ser ponderadas quanto à realidade a qual os sistemas são indicados.

A amostra de magnetos (6) apresentou manutenção de força retentiva até 1080 ciclos, respondendo com considerável perda percentual da mesma (96%) ao final de 2160 ciclos (Gráfico 1). A perda de retenção está intimamente ligada ao aumento da inserção e remoção da prótese. Um estudo[14] sobre a retentividade de magnetos analisou, por meio de microscopia eletrônica de varredura, as amostras após ciclagem mecânica. Foram constatadas microcavitações nas superfícies das duas

Page 34: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

34

partes que compõem o sistema de magnetos, evidenciando a presença de lacunas, impossibilitando a interação por completo dos polos magnéticos.[14] Nossos resultados sugerem grande alteração estrutural após 2160 ciclos, levando à quase total perda de retenção magnética. A possibilidade de corrosão, degradação em função do processo de fundição e comportamento alterado desse lote específico de magnetos podem ser alguns determinantes para o resultado abaixo do esperado, não podendo ser descartada a possibilidade da presença de microcavitações, como no estudo supracitado.

Apesar de não haver consenso a respeito da periodicidade na literatura consultada, é de conhecimento dos profissionais que trabalham com esses sistemas a necessidade do controle periódico e troca dos componentes retentivos protéticos. Embora os fabricantes não apresentem uma coerência quanto ao tempo de uso ideal dos sistemas de retenção, a troca deve ser realizada a cada seis meses. A utilização de um mesmo dispositivo de retenção ultrapassando um período de 2 anos implica em uma prótese desadaptada, pois a diferença entres pacientes, conectores, condições e tempo de uso comprometem os encaixes de maneira significativa.[16] Além da qualidade dos sistemas de fixação da prótese, o profissional reabilitador deve observar periodicamente o paciente para investigar as condições da derme e para que o sistema imune se adapte à nova situação.[17]

O cirurgião-­dentista, então, deve levar em consideração algumas variáveis no momento da escolha dos sistemas de retenção para próteses faciais implantorretidas. São elas: região do defeito, qualidade do osso e posição dos implantes, destreza, estilo de vida, confiança do paciente ao utilizar a peça protética e a capacidade retentiva dos componentes.[12, 17]

Pacientes que apresentam baixa qualidade óssea para a instalação de implantes são indicados a utilizar os sistemas de magnetos, para evitar o contato dos componentes, diminuindo a força aplicada ao osso.[17] Em pacientes com pouca destreza motora, é preferível que sejam tratados com sistemas que demandam pouca precisão no momento da inserção, como comentado anteriormente. Pacientes mais jovens, em geral acometidos por trauma, que possuem boa saúde geral estão aptos a praticarem exercícios regularmente, então, é necessário que a prótese seja fixada com sistemas mais retentivos. A questão financeira ainda é fator determinante no momento de definir o

Page 35: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

35

plano de tratamento, e implica na escolha do sistema que apresente o melhor custo-­benefício.

O presente estudo foi realizado in vitro, portanto algumas variáveis necessárias não puderam ser analisadas, como a aplicação de forcas oblíquas aos corpos de prova. Outra limitação deste trabalho foi o baixo número de amostras, todavia, o alto valor dos componentes em conjunto com a falta de apoio de empresas impossibilitaram a aquisição do material necessário. Apesar dos resultados em concordância com alguns autores, para a prática clínica, em que o cirurgião-­dentista deve optar por sistemas que se adequem à realidade do paciente, mais estudos são necessários, variando a quantidade de ciclos e utilizando novos sistemas de retenção em diferentes angulações. Desse modo, os resultados in vitro serão transferidos com maior facilidade e precisão para a realidade dos pacientes portadores de defeitos maxilofaciais. 6 CONCLUSÃO

A partir desses resultados, podemos concluir que todos os

sistemas avaliados possuem limitações quanto ao tempo de uso, necessitam trocas e acompanhamento que não ultrapasse 1 ano, associações podem ser feitas para aprimorar a força retentiva, se não houver contraindicação quanto às condições específicas do caso clínico, comparações com estudos para overdenture são limitadas, por fatores inerentes aos meios bucal e extrabucal. Com dois anos de uso, praticamente não podemos considerar que os sistemas possuam retenção suficiente para reter uma prótese em posição. Nenhum dos sistemas pode ser considerado inviável, apesar de que todos poderiam encontrar indicação e contraindicação para casos específicos de reabilitação.

7 REFERÊNCIAS 1. Goiato MC, Pesqueira AA, Silva CR, Filho HG, Santos DM,

Patient satisfaction with maxillofacial prosthesis. Literature review. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2009;; 62:75-­80.

2. Albrektsson T, G Zarb, Worthington P, Erikson AR, The long-­term efficacy of currently used dental implants: a

Page 36: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

36

review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants. 1986;; 1:11-­25.

3. Karakoca S, Aydin C, Yilmaz H, Bal BT, Retrospective study of treatment outcomes with implant-­retained extraoral prostheses: survival rates and prosthetic complications. J Prosthet Dent. 2010;; 103:118-­26.

4. Antunes AA, Carvalho RWF, Neto AL, Loretto NRM, Silva EDO, Utilização de implantes ósseointegrados para retenção de próteses buco-­maxilo-­faciais: revisão da literatura. Revista de cirurgia e traumatologia buco-­maxilo-­facial. 2008;; 8:6.

5. Kim SM, Choi JW, Jeon YC, Jeong CM, Yun MJ, Lee SH, et al., Comparison of changes in retentive force of three stud attachments for implant overdentures. J Adv Prosthodont. 2015;; 7:303-­11.

6. Botega DM, Mesquita MF, Henriques GEP, Vaz LG, Retention force and fatigue strength of overdenture attachment systems. J Oral Rehabil. 2004;; 31:884-­9.

7. Savabi O, Nejatidanesh F, Yordshahian F, Retention of implant-­supported overdenture with bar/clip and stud attachment designs. J Oral Implantol. 2013;; 39:140-­7.

8. Frasca LCF, Mattia PRC, Botega DM, Rivaldo EG, Evaluation of retention forces and resistance to fatigue of attachment systems for overdentures: plastic and metal components. Implant Dent. 2014;; 23:451-­5.

9. Pigozzo MN, Mesquira MF, Henriques GEP, Vaz LG , The service life of implant-­retained overdenture attachment systems. J Prosthet Dent. 2009;; 102:74-­80.

10. Kobayashi M, Srinivasan M, Ammann P, Perriard J, Ohkubo C, Müller F, et al., Effects of in vitro cyclic dislodging on retentive force and removal torque of three overdenture attachment systems. Clin Oral Implants Res. 2014;; 25:426-­34.

11. Alsabeeha N, Atieh M, Swain MV, Payne AGT, Attachment systems for mandibular single-­implant overdentures: an in vitro retention force investigation on different designs. Int J Prosthodont.2010;; 23:160-­6.

12. Nemli SK, Aydin C, Yilmaz H, Bal BT, Quality of life of patients with implant-­retained maxillofacial prostheses: a prospective and retrospective study. J Prosthet Dent. 2013;; 109:44-­52.

Page 37: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

37

13. Sousa AA, Mattos BSC, Magnetic retention and bar-­clip attachment for implant-­retained auricular prostheses: a comparative analysis. Int J Prosthodont. 2008;; 21:233-­6.

14. Hao Z, Chao Y, Meng Y, Yin H, Influence of repeated insertion-­removal cycles on the force and magnetic flux leakage of magnetic attachments: an in vitro study. J Prosthet Dent. 2014;; 112:235-­40.

15. Leonardi A, Buonaccorsi S, Pellacchia V, Moricca LM, Indrizzi E, Fini G, Maxillofacial prosthetic rehabilitation using extraoral implants. J Craniofac Surg. 2008;; 19:398-­405.

16. Bonachela WC, Pedreira APRV, Marins L, Pereira T, Avaliação comparativa da perda de retenção de quatro sistemas de encaixe do tipo ERA e O'ring empregados sob overdentures em função do tempo de uso. J Appl Oral Sci. 2003;; 11: 49-­54.

17. Karakoca S, Aydin C, Yilmaz H, Bal BT, Survival rates and periimplant soft tissue evaluation of extraoral implants over a mean follow-­up period of three years. J Prosthet Dent. 2008;; 100:458-­64.

Page 38: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

38

Page 39: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

39

ANEXOS NORMAS DA REVISTA Submission of Manuscripts All manuscripts must be submitted on-­line through the website http://www.journalonweb.com/jofs. First time users will have to register at this site. Registration is free but mandatory. Registered authors can keep track of their articles after logging into the site using their user name and password. Authors do not have to pay for submission, processing or publication of articles. If you experience any problems, please contact the editorial office by e-­mail at editor [AT] jofs . in The submitted manuscripts that are not as per the “Instructions to Authors” would be returned to the authors for technical correction, before they undergo editorial/ peer-­review. Generally, the manuscript should be submitted in the form of two separate files: [1] Title Page/First Page File/covering letter: This file should provide 1 The type of manuscript (original article, case report, review

article, Letter to editor, Images, etc.) title of the manuscript, running title, names of all authors/ contributors (with their highest academic degrees, designation and affiliations) and name(s) of department(s) and/ or institution(s) to which the work should be credited, . All information which can reveal your identity should be here. Use text/rtf/doc files. Do not zip the files.

2 The total number of pages, total number of photographs and word counts separately for abstract and for the text (excluding the references, tables and abstract), word counts for introduction + discussion in case of an original article;;

3 Source(s) of support in the form of grants, equipment, drugs, or all of these;;

4 Acknowledgement, if any. One or more statements should specify 1) contributions that need acknowledging but do not justify authorship, such as general support by a departmental chair;; 2) acknowledgments of technical help;;

Page 40: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

40

and 3) acknowledgments of financial and material support, which should specify the nature of the support. This should be included in the title page of the manuscript and not in the main article file.

5 If the manuscript was presented as part at a meeting, the organization, place, and exact date on which it was read. A full statement to the editor about all submissions and previous reports that might be regarded as redundant publication of the same or very similar work. Any such work should be referred to specifically, and referenced in the new paper. Copies of such material should be included with the submitted paper, to help the editor decide how to handle the matter.

6 Registration number in case of a clinical trial and where it is registered (name of the registry and its URL)

7 Conflicts of Interest of each author/ contributor. A statement of financial or other relationships that might lead to a conflict of interest, if that information is not included in the manuscript itself or in an authors' form

8 Criteria for inclusion in the authors’/ contributors’ list 9 A statement that the manuscript has been read and approved by

all the authors, that the requirements for authorship as stated earlier in this document have been met, and that each author believes that the manuscript represents honest work, if that information is not provided in another form (see below);; and

10 The name, address, e-­mail, and telephone number of the corresponding author, who is responsible for communicating with the other authors about revisions and final approval of the proofs, if that information is not included on the manuscript itself.

[2] Blinded Article file: The main text of the article, beginning from Abstract till References (including tables) should be in this file. The file must not contain any mention of the authors' names or initials or the institution at which the study was done or acknowledgements. Page headers/running title can include the title but not the authors' names. Manuscripts not in compliance with the Journal's blinding policy will be returned to the corresponding author. Use rtf/doc files. Do not zip the files. Limit the file size to 1 MB. Do not incorporate images in the file. If file size is large, graphs can be submitted as images separately without

Page 41: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

41

incorporating them in the article file to reduce the size of the file. The pages should be numbered consecutively, beginning with the first page of the blinded article file. [3] Images: Submit good quality color images. Each image should be less than 2 MB in size. Size of the image can be reduced by decreasing the actual height and width of the images (keep up to 1600 x 1200 pixels or 5-­6 inches). Images can be submitted as jpeg files. Do not zip the files. Legends for the figures/images should be included at the end of the article file. [4] The contributors' / copyright transfer form (template provided below) has to be submitted in original with the signatures of all the contributors within two weeks of submission via courier, fax or email as a scanned image. Print ready hard copies of the images (one set) or digital images should be sent to the journal office at the time of submitting revised manuscript. High resolution images (up to 5 MB each) can be sent by email. Contributors’ form / copyright transfer form can be submitted online from the authors’ area on http://www.journalonweb.com/jofs. Preparation of Manuscripts Manuscripts must be prepared in accordance with "Uniform requirements for Manuscripts submitted to Biomedical Journals" developed by the International Committee of Medical Journal Editors (October 2008). The uniform requirements and specific requirement of Journal of Orofacial Sciences are summarized below. Before submitting a manuscript, contributors are requested to check for the latest instructions available. Instructions are also available from the website of the journal (http://www.jofs.in) and from the manuscript submission site http://www.journalonweb.com/jofs). Journal of Orofacial Sciences accepts manuscripts written in American English. Other: Editorial, Guest Editorial, Commentary and Opinion are solicited by the editorial board. References References should be numbered consecutively in the order in which they are first mentioned in the text (not in alphabetic order). Identify references in text, tables, and legends by Arabic numerals in superscript with square bracket after the punctuation marks.

Page 42: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

42

References cited only in tables or figure legends should be numbered in accordance with the sequence established by the first identification in the text of the particular table or figure. Use the style of the examples below, which are based on the formats used by the NLM in Index Medicus. The titles of journals should be abbreviated according to the style used in Index Medicus. Use complete name of the journal for non-­indexed journals. Avoid using abstracts as references. Information from manuscripts submitted but not accepted should be cited in the text as "unpublished observations" with written permission from the source. Avoid citing a "personal communication" unless it provides essential information not available from a public source, in which case the name of the person and date of communication should be cited in parentheses in the text. The commonly cited types of references are shown here, for other types of references such as newspaper items please refer to ICMJE Guidelines (http://www.icmje.org or http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html) Articles in Journals 11 1 Standard journal article (for up to six authors): Parija S C,

Ravinder PT, Shariff M. Detection of hydatid antigen in the fluid samples from hydatid cysts by co-­agglutination. Trans. R.Soc. Trop. Med. Hyg.1996;; 90:255–256.

2 Standard journal article (for more than six authors): List the first six contributors followed by et al.

Roddy P, Goiri J, Flevaud L, Palma PP, Morote S, Lima N. et al., Field Evaluation of a Rapid Immunochromatographic Assay for Detection of Trypanosoma cruzi Infection by Use of Whole Blood. J. Clin. Microbiol. 2008;; 46: 2022-­2027. • 3 Volume with supplement: Otranto D, Capelli G, Genchi C:

Changing distribution patterns of canine vector borne diseases in Italy: leishmaniosis vs. dirofilariosis.Parasites & Vectors 2009;; Suppl 1:S2.

Books and Other Monographs 1 Personal author(s): Parija SC. Textbook of Medical Parasitology.

3rd ed. All India Publishers and Distributors. 2008. 2 Editor(s), compiler(s) as author: Garcia LS, Filarial Nematodes

In: Garcia LS (editor) Diagnostic Medical Parasitology ASM

Page 43: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

43

press Washington DC 2007: pp 319-­356. 3 Chapter in a book: Nesheim M C. Ascariasis and human

nutrition. In Ascariasis and its prevention and control, D. W. T. Crompton, M. C. Nesbemi, and Z. S. Pawlowski (eds.). Taylor and Francis,London, U.K.1989, pp. 87–100.

Electronic Sources as reference Journal article on the Internet: Parija SC, Khairnar K. Detection of excretory Entamoeba histolytica DNA in the urine, and detection of E. histolytica DNA and lectin antigen in the liver abscess pus for the diagnosis of amoebic liver abscess .BMC Microbiology 2007, 7:41.doi:10.1186/1471-­2180-­7-­41. http://www.biomedcentral.com/1471-­2180/7/41 Tables • Tables should be self-­explanatory and should not duplicate

textual material. • Tables with more than 10 columns and 25 rows are not

acceptable. • Number tables, in Arabic numerals, consecutively in the order of

their first citation in the text and supply a brief title for each. • Place explanatory matter in footnotes, not in the heading. • Explain in footnotes all non-­standard abbreviations that are used

in each table. • Obtain permission for all fully borrowed, adapted, and modified

tables and provide a credit line in the footnote. • For footnotes use the following symbols, in this sequence: *, †,

‡, §, ||,¶ , **, ††, ‡‡ • Tables with their legends should be provided at the end of the

text after the references. The tables along with their number should be cited at the relevant place in the text

• Illustrations (Figures) • Upload the images in JPEG format. The file size should be within

1024 kb in size while uploading. • Figures should be numbered consecutively according to the

order in which they have been first cited in the text. • Labels, numbers, and symbols should be clear and of uniform

size. The lettering for figures should be large enough to be legible after reduction to fit the width of a printed column.

• Symbols, arrows, or letters used in photomicrographs should

Page 44: Avaliação)da)forçaderesistência)à)tração)de)sistemas)de) …bdm.unb.br/bitstream/10483/17033/1/2016_ThiagoCarvalhoDe... · 2017-05-25 · RESUMO! DE!SOUSA,Thiago!Carvalho.!Avaliação)da)forçaderesistência)

44

contrast with the background and should be marked neatly with transfer type or by tissue overlay and not by pen.

• Titles and detailed explanations belong in the legends for illustrations not on the illustrations themselves.

• When graphs, scatter-­grams or histograms are submitted the numerical data on which they are based should also be supplied.

• The photographs and figures should be trimmed to remove all the unwanted areas.

• If photographs of individuals are used, their pictures must be accompanied by written permission to use the photograph.

• If a figure has been published elsewhere, acknowledge the original source and submit written permission from the copyright holder to reproduce the material. A credit line should appear in the legend for such figures.

• Legends for illustrations: Type or print out legends (maximum 40 words, excluding the credit line) for illustrations using double spacing, with Arabic numerals corresponding to the illustrations. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the illustrations, identify and explain each one in the legend. Explain the internal scale (magnification) and identify the method of staining in photomicrographs.

• Final figures for print production: Send sharp, glossy, un-­mounted, color photographic prints, with height of 4 inches and width of 6 inches at the time of submitting the revised manuscript. Print outs of digital photographs are not acceptable. If digital images are the only source of images, ensure that the image has minimum resolution of 300 dpi or 1800 x 1600 pixels in TIFF format. Send the images on a CD. Each figure should have a label pasted (avoid use of liquid gum for pasting) on its back indicating the number of the figure, the running title, top of the figure and the legends of the figure. Do not write the contributor/s' name/s. Do not write on the back of figures, scratch, or mark them by using paper clips.

• The Journal reserves the right to crop, rotate, reduce, or enlarge the photographs to an acceptable size.