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Da avaliação institucional à avaliação do desempenho do aluno:
impasses, intervenções e perspectivas
Prof.Dr.José Dujardis da Silva
novembro - 2010
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Sob a perspectiva democrática, a Avaliação Institucional é o processo que busca avaliar a instituição de
forma global, contemplando os vários elementos que a constituem em
função de sua Proposta Pedagógica, a partir da participação e da reflexão
coletiva, a fim de diagnosticar a realidade institucional e orientar a
tomada de decisões.
A avaliação institucional tem como objeto as instituições ou políticas
públicas. No campo das instituições prestadoras de serviços públicos diz
respeito à educação, saúde, assistência social, dentre outros
planos e projetos que fazem parte de um contexto político (BELLONI &
MAGALHÃES & SOUSA, 2003).
BELLONI, Isaura & MAGALHÃES, Heitor de & SOUSA, Luiza C. de. Metodologia da Avaliação em Políticas Públicas. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2003 (Coleção Questões de Nossa Época, v. 75).
O projeto da avaliação institucional deve tomar como ponto de partida a identificação da realidade social na qual a escola está inserida. Nesse sentido, deverá ser considerado o
contexto ambiental, que ultrapassa as próprias fronteiras da instituição, seu papel na comunidade e a imagem que o público tem de sua atuação, pois a escola recebe influências desse meio
nas suas diretrizes, políticas e normas de procedimentos.
A avaliação institucional da escola tem por objetivo:
· rever e aperfeiçoar a Proposta Pedagógica da escola, promover a
melhoria da qualidade, pertinência e relevância das atividades desenvolvidas nas
áreas pedagógica, financeira, de recursos, de pessoas e
administrativa.
A avaliação institucional da escola visa:
· Impulsionar um processo criativo de autocrítica da escola, como
evidência da vontade política de auto-avaliar-se para garantir a qualidade de gestão, bem como prestar contas à sociedade da
consonância dessa ação com as demandas sociais, quer as do
mundo vivido, quer as do mundo do trabalho.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL compreende:
AVALIAÇÃO INTERNA
AVALIAÇÃO EXTERNA
AVALIAÇÃO INTERNA
A escola de ensino fundamental e médio pública tem necessidade de se
auto-avaliar e de ser avaliada externamente devido ao caráter
público de suas ações.
AVALIAÇÃO INTERNA
A avaliação interna consiste em um processo de reflexão e autocrítica das
atividades que vêm sendo desenvolvidas nos diversos eixos do
trabalho escolar. Portanto, a participação dos docentes, alunos, pessoal técnico-administrativo e
dirigentes é fundamental na análise dos resultados alcançados pelo
diagnóstico, de modo que indique novos procedimentos, supere as falhas encontradas e fortaleça os seus pontos
positivos.
É o momento de reflexão da escola sobre suas diversas dimensões; é um
processo de auto-avaliação.
A perspectiva é que, considerando um conjunto de indicadores e inferências,
a escola possa analisar os vários dados e gerar relatórios que reflitam como a escola percebe a si mesma.
Nesta etapa a participação de professores, alunos e funcionários é
fundamental.
A avaliação interna, ou seja, a auto-avaliação da escola é
realizada por meio da construção da proposta pedagógica com os
diferentes atores escolares com o objetivo investigar quais os
problemas da escola nos últimos anos e redirecionar o trabalho
pedagógico e a gestão da escola.
AVALIAÇÃO EXTERNA
A avaliação externa tem o papel complementar à avaliação
interna e geralmente abrange um conjunto ou rede de escolas, permitindo a comparação entre
os resultados obtidos pelas escolas por utilizar instrumentos
comuns.
As avaliações externas passam a constituir-se num mecanismo
regulatório de orientação para o funcionamento-desenvolvimento das
unidades públicas de ensino.
Conforme Dias Sobrinho (2002, p. 20), as políticas de avaliação “justificam admissões e demissões, ascensões e reprovações, premiações e sanções
[...] liberações e cortes de financiamentos”.
DIAS SOBRINHO, José. Campo e caminho da avaliação: a avaliação da educação superior no Brasil. In. FREITAS, Luís Carlos. de (org.) Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular,
2002. 264 p.
Para a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) a avaliação é importante, pois oferece informações sobre a eficácia, a
eficiência e as performances das políticas públicas, visto que interessa identificar
os recursos e custos, produzindo comparações. Dessa forma, as avaliações
objetivam melhorar a tomada de decisões, a destinação de recursos e a
prestação de contas. Assim, a avaliação “aparece como responsabilidade contábil,
medida de educação eficiente e de competitividade no mercado mundial”
(DIAS SOBRINHO, 2002, p. 38).
SÃO EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA
SARESP
SAEB
ENEM
PROVA BRASIL (ANRESC)
PROVINHA BRASIL
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
IDEB (Brasil)
IDESP(São Paulo)
SARESP
Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo,
implantado na 1ª gestão do Governo Covas, nas escolas da rede pública estadual de ensino que, dada a sua
utilização, tem demonstrado na prática, mais eficácia como
instrumento norteador da política educacional do que como instrumento
de função diagnóstica.
SARESP
O SARESP e a reorganização física das Escolas – que tiveram que optar, a
partir do início de 1996, entre o oferecimento de classes de 1ª a 4ª série ou de 5ª a 8ª série do ensino fundamental ou ainda pelo ensino
médio, não mais sendo possível uma mesma escola oferecer todos os níveis de escolaridade –, foram as medidas de
maior repercussão entre os professores.
SARESP
O SARESP é hoje referência para o Sistema Estadual de Educação de São
Paulo pautar o seu Programa de Formação Continuada, na medida em que oferece dados que apontam para os pontos críticos do desempenho da aprendizagem da grande maioria das crianças e jovens que freqüentam a
escola pública.
SAEB
O SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica, foi criado com o
objetivo de monitorar os resultados cognitivos dos alunos da educação
básica brasileira. Iniciou-se 1990 e a partir de 1993 tem sido realizado a cada
dois anos. Desde 1995, o SAEB utiliza uma amostra representativa dos alunos da 4a e 8a série do Ensino Fundamental e do 3o ano do Ensino Médio e a mesma escala para medir as proficiências em
Matemática e Língua Portuguesa.
O SAEB é composto por dois processos:
A Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e a
Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC).
A ANEB é realizada por amostragem das Redes de Ensino, em cada
unidade da Federação e tem foco nas gestões dos sistemas
educacionais.
Por manter as mesmas características, a ANEB recebe o
nome do SAEB em suas divulgações. A ANRESC é mais
extensa e detalhada que a ANEB e tem foco em cada unidade
escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de “Prova Brasil”
em suas divulgações.
O SAEB procura aferir a proficiência do aluno, entendida como um conjunto de
competências e habilidades evidenciadas pelo rendimento apresentado nas
disciplinas avaliadas, abrangendo as três séries tradicionalmente associadas ao final
de cada ciclo de escolaridade: a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Também são aplicados
questionários em uma amostra de professores e diretores, obedecendo ao
mesmo critério estatístico que assegura a representatividade das redes de ensino de
todos os estados e do Distrito Federal (CASTRO, 2000).
CASTRO, Maria Helena Guimarães de.Sistemas nacionais de avaliação e de informações
educacionais. In: São Paulo em Perspectiva. v.14, n.1, São Paulo: jan./mar.2000.
ENEM
O ENEM, iniciativa mais recente entre os três projetos nacionais de
avaliação, procura aferir o desenvolvimento das competências e
habilidades que se espera que o aluno apresente ao final da
escolaridade básica. Oferece assim uma avaliação do desempenho
individual, fornecendo parâmetros para o prosseguimento dos estudos
ou para ingresso no mercado de trabalho (CASTRO, 2000).
Quanto à Prova Brasil (ANRESC), em específico, pressupõe-se que produza informações sobre o ensino oferecido
por município e escola, individualmente, com o objetivo de
auxiliar nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e
financeiros (políticas públicas), e à comunidade escolar, no
estabelecimento de metas e ações pedagógicas para a melhoria da
qualidade de ensino. Sua primeira edição ocorreu em 2005, em parceria
com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
Provinha Brasil
A Provinha Brasil, por meio do MEC pretende verificar se os alunos da rede
pública estão efetivamente alfabetizados aos oito anos e, caso tal
não ocorra, pretende-se criar as condições para corrigir o problema,
com aulas de reforço. A meta do MEC é que nenhuma criança chegue à quarta
série do ensino fundamental, sem domínio da leitura e da escrita.
IDEB
O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), indica aos sistemas
municipais, estaduais e federal de ensino, as metas de qualidade a atingir. Nos
próximos 15 anos, o Brasil terá que alcançar nota seis no IDEB. A educação básica
brasileira tem uma média aproximada de quatro pontos numa escala que vai de zero a dez, com base no rendimento dos alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar. O IDEB foi elaborado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e deverá mostrar as condições de ensino do
Brasil.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador
educacional que relaciona de forma positiva informações de rendimento escolar (aprovação) e desempenho
(proficiências) em exames padronizados, como a Prova Brasil e o
SAEB. Estudos e análises sobre qualidade educacional raramente
combinam rendimento e desempenho, ainda que a complementaridade entre ambos os indicadores seja evidente.
Os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino terão metas de
qualidade para atingir. Nos próximos 15 anos, o Brasil terá que alcançar
nota seis no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). A educação básica brasileira
tem uma média aproximada de quatro pontos numa escala que vai de zero a dez e leva em conta o rendimento dos
alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar.
IDESP
Objetivos: Melhorar o aprendizado nas escolas públicas estaduais de São
Paulo e Premiar as equipes (professores, funcionários, gestores)
que conseguem o melhor desempenho
Estratégia: A partir de resultados escolares, atribuir incentivos
financeiros para todos os funcionários da escola: Bônus coletivo.
As influências de organismos internacionais (FMI, Banco Mundial, principalmente) têm sido visíveis e
apontadas como as principais condutoras das políticas públicas,
resultando em reformas estruturais. A partir dos anos 80, esses organismos
“não só passaram a intervir diretamente na formulação da política econômica interna como a influenciar
recentemente a própria legislação brasileira” (SOARES, 2000, p.17).
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ALUNO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de
diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A avaliação deve ser realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas na Proposta Pedagógica da escola.
[...] avaliar é conhecer, é contrastar, é dialogar, é indagar, é argumentar, é
deliberar, é raciocinar, é aprender. Em termos gerais, realmente comprometido
com a racionalidade prática e crítica, quem avalia quer conhecer, valorizar,
ponderar, discriminar, discernir, contrastar o valor de uma ação humana,
de uma atividade, de um processo, de um resultado. Avaliar é construir o
conhecimento por vias heurísticas de descobrimento (ALVAREZ MENDEZ, 1993,
p.66).ALVAREZ MENDEZ, J. M. (1993) La evaluacion como actividad critica de aprendizaje.
In: Cuadernos de Pedagogia nº 219. pp 28-32.
A avaliação escolar assume um papel muito amplo: sua função deve ser
essencialmente formativa, na medida em que lhe cabe o papel de subsidiar o
trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-aprendizagem para sanar dificuldades encontradas na aquisição de conhecimentos, aperfeiçoando a prática
escolar. A avaliação assim vista, como um diagnóstico contínuo e dinâmico, torna-se
um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os
procedimentos e as estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda
(INDICAÇÃO CEE 12/96).
A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se
aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para
que se continue a aprender.
Avaliar o aluno deixa de significar fazer um julgamento sobre a aprendizagem do aluno, para servir como momento capaz
de revelar o que o aluno já sabe, os caminhos que percorreu para alcançar o
conhecimento demonstrado, seu processo de construção de
conhecimentos, o que o aluno não sabe, o que pode vir a saber, o que é
potencialmente revelado em seu processo, suas possibilidades de avanço
e suas necessidades para que a superação, sempre transitória, do não
saber, possa ocorrer.
A avaliação se constitui em um processo de busca de compreensão da realidade escolar, com o fim de
subsidiar a tomada de decisões quanto ao direcionamento das
intervenções, visando ao aprimoramento do trabalho escolar.
A avaliação compreende a descrição, interpretação e o julgamento das ações desenvolvidas em sala de aula, resultando na definição de
prioridades a serem implementadas e rumos a serem seguidos, tendo
como referência princípios e finalidades estabelecidas na
Proposta Pedagógica, ao mesmo tempo em que subsidia a sua
própria redefinição.
A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e
princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade.
Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas
implica desvelar as ideologias em que se apóiam na perspectiva de sua
superação.
Na avaliação da aprendizagem, os critérios são princípios que servirão
de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos,
compreendidos aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como
mobilização de uma série de atributos que para ela convergem.
Critérios, parâmetros, padrões são termos empregados, neste aspecto, como sinônimos para designar uma
base de referência para um julgamento.
Provas, portfólios, mapas conceituais, análise de casos, entre outros
instrumentos, podem, caso sejam bem elaborados, fornecer aos educadores
informações valiosas sobre o processo de ensino e de aprendizagem.
Diversificar instrumentos permite ao professor a obtenção de um número
maior e mais variado de informações e possibilita ao aluno diferentes formas
de expressão. Afinal, nenhum instrumento de avaliação é completo
em si mesmo.
O instrumento de avaliação não faz milagres; ele fornece elementos para análise e
interpretação dos resultados, mas precisa ser usado em nome de uma avaliação que, além do
julgamento sobre o aluno, interfira na realidade
educacional, transformando-a para melhor.
A “virtude” formativa da avaliação não está no
instrumento, mas no uso que fazemos dele. Essa virtude está
na atitude de colocar a avaliação a serviço da
promoção e da melhoria da aprendizagem, buscando
estratégias que concretizem uma maior qualidade
educacional.
No processo de avaliação escolar deverão ser utilizados variados instrumentos de avaliação por
bimestre ou período previsto na proposta pedagógica elaborados
pelos professores, de comum acordo com a Coordenação Pedagógica e a
Direção, tais como:
a) provas objetivas e subjetivas; b) argüições;
c) trabalhos individuais e em grupos;
d) pesquisas com uso de novas tecnologias;
f) estudo dirigido;g) expedições culturais;h) leitura suplementar;i) seminários;j) círculos de estudos;k) feira de amostras;l) participação ativa às aulas;
em) outros processos que a iniciativa do professor sugerir.
Portanto, avaliação do processo ensino-aprendizagem pautar-se-á em:
I - Possibilitar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
II - Aferir o desempenho do aluno quanto à apropriação de competências
e conhecimentos em cada área de estudos e atividades escolares.
III - Aferir o desempenho docente previsto na Proposta Pedagógica do
estabelecimento de ensino.
IV - Aferir as condições físicas e materiais que substanciam o
processo ensino-aprendizagem.
A avaliação do aproveitamento do aluno deverá contínua e levar em consideração o desempenho global do aluno, mediante informações
coletadas em atividades de classe e extra-classe, incluídos os
procedimentos próprios de recuperação paralela.
Avaliação do aproveitamento do aluno será atribuída pelo professor da série ou disciplina e analisada em Conselho
de Classe/Série.
Na avaliação do aproveitamento a ser expresso em notas ou conceito descritivo, levar-se-ão em conta
fundamentalmente, aspectos qualitativos e os resultados obtidos durante o ano letivo preponderarão sobre os de provas finais, caso estas
sejam exigidas.
Na apreciação dos aspectos qualitativos deverão ser
consideradas a compreensão e o discernimento dos fatos e a
percepção de suas relações; a aplicabilidade dos conhecimentos; a capacidade de análise e de síntese,
além de outras habilidades intelectivas que advierem do
processo em atitudes demonstradas.
Nos aspectos qualitativos da avaliação observar-se-á o desenvolvimento do
aluno quanto à(s) :
a) liberdade de ação, de expressão e de criação;
b) às interações que estabelece no espaço social;
c) compreensão e ao discernimento de fatos e à percepção de suas relações;
d) capacidade de análise e de síntese.
Na Educação Infantil, a avaliação não tem caráter de promoção e
visa diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento da criança em seus aspectos cognitivo, afetivo, social e psicomotor, respeitando
seus interesses e suas necessidades, com a finalidade de
cumprir as funções de educar e cuidar.
IMPASSES
1.resgate da real função do Conselho de Classe/Série como ação coletiva da
equipe gestora na busca de alternativas para a resolução dos problemas
pedagógicos, dentre eles o desempenho escolar;
2.superação da avaliação da culpa observada nas falas dos professores. As
notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos,
onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir;
3.a descontinuidade freqüente de planos e projetos e a falta de avaliação da
efetividade dos mesmos;
4.despreparo de alguns profissionais de educação e desvalorização desse segmento social, que resulta em desmotivação, baixa auto-estima e má qualidade dos serviços
prestados;
5.Redução das taxas de abandono e de retenção;
6.Recuperação dos alunos com dificuldade de aprendizagem;
7.desenvolvimento de atividades/projetos infanto/juvenis;
redimensionamento do trabalho das HTPCs;
8.integração no trabalho da equipe docente;
9.aperfeiçoamento do trabalho da equipe de gestão;
10.dificuldade em se trabalhar com a diversidade e ritmos de aprendizagem
dos alunos;
qualidade do currículo e sua relevância científico-tecnológica e social, no
desenvolvimento das habilidades e competências;
utilização da recuperação como punição, não priorizando a qualidade do ensino e
a permanência do aluno;
diagnóstico da real dificuldade do aluno;
diversificação de atividades e metodologias;
ampliação dos canais de participação dos alunos.
INTERVENÇÕES
1. construir o processo da espiral auto-reflexiva por meio da metodologia de pesquisa;
2. estudar e compreender o erro construtivo numa perspectiva
transformadora;
3. construir propostas de transformação da prática dos
professores sobre o processo de construção de conhecimento dos
alunos;
3.
4. conhecer as estratégias usadas pelos professores para provocar, no
aluno, o conflito cognitivo;
5. produzir materiais de divulgação da pesquisa socializando o
conhecimento construído;
6. oferecer cursos de formação aos docentes da rede;
7. propiciar ao professor momentos de reflexão sobre a sua prática
pedagógica e a reformulação se necessária;
8. motivar o aluno no seu aprendizado informando e analisando o resultado dos
trabalhos realizados;
9. diagnosticar as dificuldades dos alunos no momento em que elas
ocorrem por meio da recuperação contínua;
10. utilizar os momentos de avaliação nos colegiados para
propor as novas alternativas para a aprendizagem dos alunos;
11. adoção de medidas de preventivas como:
a. projeto de estudo orientado;
b. atividades diversificadas;
c. monitores;
d. revisão de provas;
e. simulados com retorno e análise dos resultados (feedback);
f. utilização de agenda de trabalho;
g. elaboração de planos de recuperação com diagnósticos
fidedignos;
h. parcerias com as famílias no acompanhamento do desempenho
dos filhos;
i. implantação de um sistema de auto-avaliação periódica dos
professores e alunos;
A avaliação como ato preventivo implica tomar medidas antecipadas para que o resultado esperado, ou seja,o sucesso do aluno ocorra.
12. redirecionar a prática de avaliação exige a assunção de um
posicionamento pedagógico explícito, com um redimensionamento global
das práticas pedagógicas de modo a orientá-la, no planejamento, na
execução e na avaliação.
13. Recorrer as parcerias com: escolas mais próximas; associações,
centros ou clubes existentes na comunidade; agentes econômicos,
associações comerciais e industriais; dentre outras.
PERSPECTIVAS
1. redimensionamento dos espaços institucionais (HTPCs, formação continuada,
orientações técnicas, videoconferências etc..) como espaços orientadores,
dinamizadores e sistematizadores do processo educativo;
2. o registro exercício permanente de investigação e reflexão do professor sobre
sua própria prática;
3. a compreensão do aluno-problema como um porta-voz das relações estabelecidas em
sala de aula;
4. des-idealização do perfil de aluno, ou seja, abandono da imagem do aluno
ideal, de como ele deveria ser, quais hábitos deveria ter, e conjuguemos nosso material humano concreto, os
recursos humanos disponíveis;
5. a fidelidade ao contrato pedagógico. É primordial que não abramos mão, sob hipótese alguma, do escopo de
nossa ação, do objeto de nosso trabalho, que é apenas um: o
conhecimento;
6.
6. experimentação de novas estratégias de trabalho. [...] é preciso tomar o nosso ofício como um campo
privilegiado de aprendizagem, de investigação de novas possibilidades
de atuação profissional, tendo em vista que a sala de aula é laboratório
pedagógico;
7. Quando conseguimos exercer esse ofício extraordinário que é a docência
com competência e prazer - e, por extensão, com generosidade -, isso se traduz também na maneira com que o
aluno exercite o seu lugar.
8.
8. Enfim, implementar e executar as políticas públicas de educação, assegurando a qualidade e a
responsabilidade social de todos os envolvidos é atribuição de todos os profissionais de educação. Esse é o
compromisso que deve ser assumido por todos;
9. Precisamos, então, reinventar os métodos, precisamos reinventar os
conteúdos em certa medida, precisamos reinventar nossa relação com eles, para que se possa, enfim, preservar o escopo ético do trabalho
pedagógico.
Para finalizar é preciso destacar que
[...] ao adotarmos um projeto pedagógico novo não podemos
subestimar as seqüelas do velho, mas sim reconhecer a importância
de seu impacto no perfil do profissional a ser formado.
Um abraço a todos.