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Da avaliação institucional à avaliação do desempenho do aluno: impasses, intervenções e perspectivas Prof.Dr.José Dujardis da Silva novembro - 2010

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Page 1: Avaliação duja

Da avaliação institucional à avaliação do desempenho do aluno:

impasses, intervenções e perspectivas

Prof.Dr.José Dujardis da Silva

novembro - 2010

Page 2: Avaliação duja

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

Sob a perspectiva democrática, a Avaliação Institucional é o processo que busca avaliar a instituição de

forma global, contemplando os vários elementos que a constituem em

função de sua Proposta Pedagógica, a partir da participação e da reflexão

coletiva, a fim de diagnosticar a realidade institucional e orientar a

tomada de decisões.

Page 3: Avaliação duja

A avaliação institucional tem como objeto as instituições ou políticas

públicas. No campo das instituições prestadoras de serviços públicos diz

respeito à educação, saúde, assistência social, dentre outros

planos e projetos que fazem parte de um contexto político (BELLONI &

MAGALHÃES & SOUSA, 2003).

BELLONI, Isaura & MAGALHÃES, Heitor de & SOUSA, Luiza C. de. Metodologia da Avaliação em Políticas Públicas. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2003 (Coleção Questões de Nossa Época, v. 75).

Page 4: Avaliação duja

O projeto da avaliação institucional deve tomar como ponto de partida a identificação da realidade social na qual a escola está inserida. Nesse sentido, deverá ser considerado o

contexto ambiental, que ultrapassa as próprias fronteiras da instituição, seu papel na comunidade e a imagem que o público tem de sua atuação, pois a escola recebe influências desse meio

nas suas diretrizes, políticas e normas de procedimentos.

Page 5: Avaliação duja

A avaliação institucional da escola tem por objetivo:

· rever e aperfeiçoar a Proposta Pedagógica da escola, promover a

melhoria da qualidade, pertinência e relevância das atividades desenvolvidas nas

áreas pedagógica, financeira, de recursos, de pessoas e

administrativa.

Page 6: Avaliação duja

A avaliação institucional da escola visa:

·  Impulsionar um processo criativo de autocrítica da escola, como

evidência da vontade política de auto-avaliar-se para garantir a qualidade de gestão, bem como prestar contas à sociedade da

consonância dessa ação com as demandas sociais, quer as do

mundo vivido, quer as do mundo do trabalho.

Page 7: Avaliação duja

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL compreende:

AVALIAÇÃO INTERNA

AVALIAÇÃO EXTERNA

Page 8: Avaliação duja

AVALIAÇÃO INTERNA

A escola de ensino fundamental e médio pública tem necessidade de se

auto-avaliar e de ser avaliada externamente devido ao caráter

público de suas ações.

Page 9: Avaliação duja

AVALIAÇÃO INTERNA

A avaliação interna consiste em um processo de reflexão e autocrítica das

atividades que vêm sendo desenvolvidas nos diversos eixos do

trabalho escolar. Portanto, a participação dos docentes, alunos, pessoal técnico-administrativo e

dirigentes é fundamental na análise dos resultados alcançados pelo

diagnóstico, de modo que indique novos procedimentos, supere as falhas encontradas e fortaleça os seus pontos

positivos.

Page 10: Avaliação duja

É o momento de reflexão da escola sobre suas diversas dimensões; é um

processo de auto-avaliação.

A perspectiva é que, considerando um conjunto de indicadores e inferências,

a escola possa analisar os vários dados e gerar relatórios que reflitam como a escola percebe a si mesma.

Nesta etapa a participação de professores, alunos e funcionários é

fundamental.

Page 11: Avaliação duja

A avaliação interna, ou seja, a auto-avaliação da escola é

realizada por meio da construção da proposta pedagógica com os

diferentes atores escolares com o objetivo investigar quais os

problemas da escola nos últimos anos e redirecionar o trabalho

pedagógico e a gestão da escola.

Page 12: Avaliação duja

AVALIAÇÃO EXTERNA

A avaliação externa tem o papel complementar à avaliação

interna e geralmente abrange um conjunto ou rede de escolas, permitindo a comparação entre

os resultados obtidos pelas escolas por utilizar instrumentos

comuns.

Page 13: Avaliação duja

As avaliações externas passam a constituir-se num mecanismo

regulatório de orientação para o funcionamento-desenvolvimento das

unidades públicas de ensino.

Conforme Dias Sobrinho (2002, p. 20), as políticas de avaliação “justificam admissões e demissões, ascensões e reprovações, premiações e sanções

[...] liberações e cortes de financiamentos”.

DIAS SOBRINHO, José. Campo e caminho da avaliação: a avaliação da educação superior no Brasil. In. FREITAS, Luís Carlos. de (org.) Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Insular,

2002. 264 p.

 

Page 14: Avaliação duja

Para a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento

Econômico) a avaliação é importante, pois oferece informações sobre a eficácia, a

eficiência e as performances das políticas públicas, visto que interessa identificar

os recursos e custos, produzindo comparações. Dessa forma, as avaliações

objetivam melhorar a tomada de decisões, a destinação de recursos e a

prestação de contas. Assim, a avaliação “aparece como responsabilidade contábil,

medida de educação eficiente e de competitividade no mercado mundial”

(DIAS SOBRINHO, 2002, p. 38).

Page 15: Avaliação duja

SÃO EXEMPLOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA

 SARESP

SAEB

ENEM

PROVA BRASIL (ANRESC)

PROVINHA BRASIL

INDICADORES DE AVALIAÇÃO

IDEB (Brasil)

IDESP(São Paulo)

Page 16: Avaliação duja

 SARESP

Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo,

implantado na 1ª gestão do Governo Covas, nas escolas da rede pública estadual de ensino que, dada a sua

utilização, tem demonstrado na prática, mais eficácia como

instrumento norteador da política educacional do que como instrumento

de função diagnóstica.

Page 17: Avaliação duja

SARESP

O SARESP e a reorganização física das Escolas – que tiveram que optar, a

partir do início de 1996, entre o oferecimento de classes de 1ª a 4ª série ou de 5ª a 8ª série do ensino fundamental ou ainda pelo ensino

médio, não mais sendo possível uma mesma escola oferecer todos os níveis de escolaridade –, foram as medidas de

maior repercussão entre os professores.

Page 18: Avaliação duja

SARESP

O SARESP é hoje referência para o Sistema Estadual de Educação de São

Paulo pautar o seu Programa de Formação Continuada, na medida em que oferece dados que apontam para os pontos críticos do desempenho da aprendizagem da grande maioria das crianças e jovens que freqüentam a

escola pública.

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SAEB

O SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica, foi criado com o

objetivo de monitorar os resultados cognitivos dos alunos da educação

básica brasileira. Iniciou-se 1990 e a partir de 1993 tem sido realizado a cada

dois anos. Desde 1995, o SAEB utiliza uma amostra representativa dos alunos da 4a e 8a série do Ensino Fundamental e do 3o ano do Ensino Médio e a mesma escala para medir as proficiências em

Matemática e Língua Portuguesa.

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O SAEB é composto por dois processos:

A Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e a

Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC).

A ANEB é realizada por amostragem das Redes de Ensino, em cada

unidade da Federação e tem foco nas gestões dos sistemas

educacionais.

Page 21: Avaliação duja

Por manter as mesmas características, a ANEB recebe o

nome do SAEB em suas divulgações. A ANRESC é mais

extensa e detalhada que a ANEB e tem foco em cada unidade

escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de “Prova Brasil”

em suas divulgações.

Page 22: Avaliação duja

O SAEB procura aferir a proficiência do aluno, entendida como um conjunto de

competências e habilidades evidenciadas pelo rendimento apresentado nas

disciplinas avaliadas, abrangendo as três séries tradicionalmente associadas ao final

de cada ciclo de escolaridade: a 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e a 3ª série do Ensino Médio. Também são aplicados

questionários em uma amostra de professores e diretores, obedecendo ao

mesmo critério estatístico que assegura a representatividade das redes de ensino de

todos os estados e do Distrito Federal (CASTRO, 2000).

CASTRO, Maria Helena Guimarães de.Sistemas nacionais de avaliação e de informações

educacionais. In: São Paulo em Perspectiva. v.14, n.1, São Paulo: jan./mar.2000.

 

Page 23: Avaliação duja

ENEM

O ENEM, iniciativa mais recente entre os três projetos nacionais de

avaliação, procura aferir o desenvolvimento das competências e

habilidades que se espera que o aluno apresente ao final da

escolaridade básica. Oferece assim uma avaliação do desempenho

individual, fornecendo parâmetros para o prosseguimento dos estudos

ou para ingresso no mercado de trabalho (CASTRO, 2000).

Page 24: Avaliação duja

Quanto à Prova Brasil (ANRESC), em específico, pressupõe-se que produza informações sobre o ensino oferecido

por município e escola, individualmente, com o objetivo de

auxiliar nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e

financeiros (políticas públicas), e à comunidade escolar, no

estabelecimento de metas e ações pedagógicas para a melhoria da

qualidade de ensino. Sua primeira edição ocorreu em 2005, em parceria

com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.

Page 25: Avaliação duja

Provinha Brasil

A Provinha Brasil, por meio do MEC pretende verificar se os alunos da rede

pública estão efetivamente alfabetizados aos oito anos e, caso tal

não ocorra, pretende-se criar as condições para corrigir o problema,

com aulas de reforço. A meta do MEC é que nenhuma criança chegue à quarta

série do ensino fundamental, sem domínio da leitura e da escrita.

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IDEB

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), indica aos sistemas

municipais, estaduais e federal de ensino, as metas de qualidade a atingir. Nos

próximos 15 anos, o Brasil terá que alcançar nota seis no IDEB. A educação básica

brasileira tem uma média aproximada de quatro pontos numa escala que vai de zero a dez, com base no rendimento dos alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar. O IDEB foi elaborado pelo Instituto Nacional

de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e deverá mostrar as condições de ensino do

Brasil.

Page 27: Avaliação duja

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador

educacional que relaciona de forma positiva informações de rendimento escolar (aprovação) e desempenho

(proficiências) em exames padronizados, como a Prova Brasil e o

SAEB. Estudos e análises sobre qualidade educacional raramente

combinam rendimento e desempenho, ainda que a complementaridade entre ambos os indicadores seja evidente.

Page 28: Avaliação duja

Os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino terão metas de

qualidade para atingir. Nos próximos 15 anos, o Brasil terá que alcançar

nota seis no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). A educação básica brasileira

tem uma média aproximada de quatro pontos numa escala que vai de zero a dez e leva em conta o rendimento dos

alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar.

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IDESP

Objetivos: Melhorar o aprendizado nas escolas públicas estaduais de São

Paulo e Premiar as equipes (professores, funcionários, gestores)

que conseguem o melhor desempenho

Estratégia: A partir de resultados escolares, atribuir incentivos

financeiros para todos os funcionários da escola: Bônus coletivo.

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As influências de organismos internacionais (FMI, Banco Mundial, principalmente) têm sido visíveis e

apontadas como as principais condutoras das políticas públicas,

resultando em reformas estruturais. A partir dos anos 80, esses organismos

“não só passaram a intervir diretamente na formulação da política econômica interna como a influenciar

recentemente a própria legislação brasileira” (SOARES, 2000, p.17).

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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO ALUNO

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de

diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.

A avaliação deve ser realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas na Proposta Pedagógica da escola.

Page 32: Avaliação duja

[...] avaliar é conhecer, é contrastar, é dialogar, é indagar, é argumentar, é

deliberar, é raciocinar, é aprender. Em termos gerais, realmente comprometido

com a racionalidade prática e crítica, quem avalia quer conhecer, valorizar,

ponderar, discriminar, discernir, contrastar o valor de uma ação humana,

de uma atividade, de um processo, de um resultado. Avaliar é construir o

conhecimento por vias heurísticas de descobrimento (ALVAREZ MENDEZ, 1993,

p.66).ALVAREZ MENDEZ, J. M. (1993) La evaluacion como actividad critica de aprendizaje.

In: Cuadernos de Pedagogia nº 219. pp 28-32.

Page 33: Avaliação duja

A avaliação escolar assume um papel muito amplo: sua função deve ser

essencialmente formativa, na medida em que lhe cabe o papel de subsidiar o

trabalho pedagógico, redirecionando o processo ensino-aprendizagem para sanar dificuldades encontradas na aquisição de conhecimentos, aperfeiçoando a prática

escolar. A avaliação assim vista, como um diagnóstico contínuo e dinâmico, torna-se

um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos, os

procedimentos e as estratégias de ensino para que realmente o aluno aprenda

(INDICAÇÃO CEE 12/96).

Page 34: Avaliação duja

A avaliação formativa não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais; fundamenta-se em aprendizagens significativas e funcionais que se

aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para

que se continue a aprender.

Page 35: Avaliação duja

Avaliar o aluno deixa de significar fazer um julgamento sobre a aprendizagem do aluno, para servir como momento capaz

de revelar o que o aluno já sabe, os caminhos que percorreu para alcançar o

conhecimento demonstrado, seu processo de construção de

conhecimentos, o que o aluno não sabe, o que pode vir a saber, o que é

potencialmente revelado em seu processo, suas possibilidades de avanço

e suas necessidades para que a superação, sempre transitória, do não

saber, possa ocorrer.

Page 36: Avaliação duja

A avaliação se constitui em um processo de busca de compreensão da realidade escolar, com o fim de

subsidiar a tomada de decisões quanto ao direcionamento das

intervenções, visando ao aprimoramento do trabalho escolar.

Page 37: Avaliação duja

A avaliação compreende a descrição, interpretação e o julgamento das ações desenvolvidas em sala de aula, resultando na definição de

prioridades a serem implementadas e rumos a serem seguidos, tendo

como referência princípios e finalidades estabelecidas na

Proposta Pedagógica, ao mesmo tempo em que subsidia a sua

própria redefinição.

Page 38: Avaliação duja

A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui valores e

princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade.

Repensar os fundamentos que norteiam as teorias avaliativas

implica desvelar as ideologias em que se apóiam na perspectiva de sua

superação.

Page 39: Avaliação duja

Na avaliação da aprendizagem, os critérios são princípios que servirão

de base para o julgamento da qualidade dos desempenhos,

compreendidos aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como

mobilização de uma série de atributos que para ela convergem.

Critérios, parâmetros, padrões são termos empregados, neste aspecto, como sinônimos para designar uma

base de referência para um julgamento.

Page 40: Avaliação duja

Provas, portfólios, mapas conceituais, análise de casos, entre outros

instrumentos, podem, caso sejam bem elaborados, fornecer aos educadores

informações valiosas sobre o processo de ensino e de aprendizagem.

Diversificar instrumentos permite ao professor a obtenção de um número

maior e mais variado de informações e possibilita ao aluno diferentes formas

de expressão. Afinal, nenhum instrumento de avaliação é completo

em si mesmo.

Page 41: Avaliação duja

O instrumento de avaliação não faz milagres; ele fornece elementos para análise e

interpretação dos resultados, mas precisa ser usado em nome de uma avaliação que, além do

julgamento sobre o aluno, interfira na realidade

educacional, transformando-a para melhor.

Page 42: Avaliação duja

A “virtude” formativa da avaliação não está no

instrumento, mas no uso que fazemos dele. Essa virtude está

na atitude de colocar a avaliação a serviço da

promoção e da melhoria da aprendizagem, buscando

estratégias que concretizem uma maior qualidade

educacional.

Page 43: Avaliação duja

No processo de avaliação escolar deverão ser utilizados variados instrumentos de avaliação por

bimestre ou período previsto na proposta pedagógica elaborados

pelos professores, de comum acordo com a Coordenação Pedagógica e a

Direção, tais como:

a) provas objetivas e subjetivas;            b) argüições;

            c) trabalhos individuais e em grupos;

            d) pesquisas com uso de novas tecnologias;

           

Page 44: Avaliação duja

f) estudo dirigido;g) expedições culturais;h) leitura suplementar;i) seminários;j) círculos de estudos;k) feira de amostras;l) participação ativa às aulas;

em) outros processos que a iniciativa do professor sugerir.

Page 45: Avaliação duja

Portanto, avaliação do processo ensino-aprendizagem pautar-se-á em:

I - Possibilitar o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.

II - Aferir o desempenho do aluno quanto à apropriação de competências

e conhecimentos em cada área de estudos e atividades escolares.

III - Aferir o desempenho docente previsto na Proposta Pedagógica do

estabelecimento de ensino.

Page 46: Avaliação duja

IV - Aferir as condições físicas e materiais que substanciam o

processo ensino-aprendizagem.

A avaliação do aproveitamento do aluno deverá contínua e levar em consideração o desempenho global do aluno, mediante informações

coletadas em atividades de classe e extra-classe, incluídos os

procedimentos próprios de recuperação paralela.

Page 47: Avaliação duja

Avaliação do aproveitamento do aluno será atribuída pelo professor da série ou disciplina e analisada em Conselho

de Classe/Série.

Na avaliação do aproveitamento a ser expresso em notas ou conceito descritivo, levar-se-ão em conta

fundamentalmente, aspectos qualitativos e os resultados obtidos durante o ano letivo preponderarão sobre os de provas finais, caso estas

sejam exigidas.

Page 48: Avaliação duja

Na apreciação dos aspectos qualitativos deverão ser

consideradas a compreensão e o discernimento dos fatos e a

percepção de suas relações; a aplicabilidade dos conhecimentos; a capacidade de análise e de síntese,

além de outras habilidades intelectivas que advierem do

processo em atitudes demonstradas.

Page 49: Avaliação duja

Nos aspectos qualitativos da avaliação observar-se-á o desenvolvimento do

aluno quanto à(s) :

a) liberdade de ação, de expressão e de criação;

b) às interações que estabelece no espaço social;

c) compreensão e ao discernimento de fatos e à percepção de suas relações;

d) capacidade de análise e de síntese.

Page 50: Avaliação duja

Na Educação Infantil, a avaliação não tem caráter de promoção e

visa diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento da criança em seus aspectos cognitivo, afetivo, social e psicomotor, respeitando

seus interesses e suas necessidades, com a finalidade de

cumprir as funções de educar e cuidar.

Page 51: Avaliação duja

IMPASSES

1.resgate da real função do Conselho de Classe/Série como ação coletiva da

equipe gestora na busca de alternativas para a resolução dos problemas

pedagógicos, dentre eles o desempenho escolar;

2.superação da avaliação da culpa observada nas falas dos professores. As

notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos,

onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir;

Page 52: Avaliação duja

  3.a descontinuidade freqüente de planos e projetos e a falta de avaliação da

efetividade dos mesmos;

  4.despreparo de alguns profissionais de educação e desvalorização desse segmento social, que resulta em desmotivação, baixa auto-estima e má qualidade dos serviços

prestados;

5.Redução das taxas de abandono e de retenção;

6.Recuperação dos alunos com dificuldade de aprendizagem;

Page 53: Avaliação duja

7.desenvolvimento de atividades/projetos infanto/juvenis;

redimensionamento do trabalho das HTPCs;

8.integração no trabalho da equipe docente;

9.aperfeiçoamento do trabalho da equipe de gestão;

10.dificuldade em se trabalhar com a diversidade e ritmos de aprendizagem

dos alunos;

Page 54: Avaliação duja

qualidade do currículo e sua relevância científico-tecnológica e social, no

desenvolvimento das habilidades e competências;

utilização da recuperação como punição, não priorizando a qualidade do ensino e

a permanência do aluno;

diagnóstico da real dificuldade do aluno;

diversificação de atividades e metodologias;

ampliação dos canais de participação dos alunos.

Page 55: Avaliação duja

INTERVENÇÕES

1. construir o processo da espiral auto-reflexiva por meio da metodologia de pesquisa;

2. estudar e compreender o erro construtivo numa perspectiva

transformadora;

3. construir propostas de transformação da prática dos

professores sobre o processo de construção de conhecimento dos

alunos;

3.

Page 56: Avaliação duja

4. conhecer as estratégias usadas pelos professores para provocar, no

aluno, o conflito cognitivo;

5. produzir materiais de divulgação da pesquisa socializando o

conhecimento construído;

6. oferecer cursos de formação aos docentes da rede;

7. propiciar ao professor momentos de reflexão sobre a sua prática

pedagógica e a reformulação se necessária;

Page 57: Avaliação duja

8. motivar o aluno no seu aprendizado informando e analisando o resultado dos

trabalhos realizados;

9. diagnosticar as dificuldades dos alunos no momento em que elas

ocorrem por meio da recuperação contínua;

10. utilizar os momentos de avaliação nos colegiados para

propor as novas alternativas para a aprendizagem dos alunos;

Page 58: Avaliação duja

11. adoção de medidas de preventivas como:

a. projeto de estudo orientado;

b. atividades diversificadas;

c. monitores;

d. revisão de provas;

e. simulados com retorno e análise dos resultados (feedback);

f. utilização de agenda de trabalho;

g. elaboração de planos de recuperação com diagnósticos

fidedignos;

Page 59: Avaliação duja

h. parcerias com as famílias no acompanhamento do desempenho

dos filhos;

i. implantação de um sistema de auto-avaliação periódica dos

professores e alunos;

A avaliação como ato preventivo implica tomar medidas antecipadas para que o resultado esperado, ou seja,o sucesso do aluno ocorra.

Page 60: Avaliação duja

12. redirecionar a prática de avaliação exige a assunção de um

posicionamento pedagógico explícito, com um redimensionamento global

das práticas pedagógicas de modo a orientá-la, no planejamento, na

execução e na avaliação.

13. Recorrer as parcerias com: escolas mais próximas; associações,

centros ou clubes existentes na comunidade; agentes econômicos,

associações comerciais e industriais; dentre outras.

Page 61: Avaliação duja

PERSPECTIVAS

1. redimensionamento dos espaços institucionais (HTPCs, formação continuada,

orientações técnicas, videoconferências etc..) como espaços orientadores,

dinamizadores e sistematizadores do processo educativo;

2.  o registro exercício permanente de investigação e reflexão do professor sobre

sua própria prática;

3. a compreensão do aluno-problema como um porta-voz das relações estabelecidas em

sala de aula;

Page 62: Avaliação duja

4. des-idealização do perfil de aluno, ou seja, abandono da imagem do aluno

ideal, de como ele deveria ser, quais hábitos deveria ter, e conjuguemos nosso material humano concreto, os

recursos humanos disponíveis;

5. a fidelidade ao contrato pedagógico. É primordial que não abramos mão, sob hipótese alguma, do escopo de

nossa ação, do objeto de nosso trabalho, que é apenas um: o

conhecimento;

6.

Page 63: Avaliação duja

6. experimentação de novas estratégias de trabalho. [...] é preciso tomar o nosso ofício como um campo

privilegiado de aprendizagem, de investigação de novas possibilidades

de atuação profissional, tendo em vista que a sala de aula é laboratório

pedagógico;

7. Quando conseguimos exercer esse ofício extraordinário que é a docência

com competência e prazer - e, por extensão, com generosidade -, isso se traduz também na maneira com que o

aluno exercite o seu lugar.

8.

Page 64: Avaliação duja

8. Enfim, implementar e executar as políticas públicas de educação, assegurando a qualidade e a

responsabilidade social de todos os envolvidos é atribuição de todos os profissionais de educação. Esse é o

compromisso que deve ser assumido por todos;

9. Precisamos, então, reinventar os métodos, precisamos reinventar os

conteúdos em certa medida, precisamos reinventar nossa relação com eles, para que se possa, enfim, preservar o escopo ético do trabalho

pedagógico.

Page 65: Avaliação duja

Para finalizar é preciso destacar que

[...] ao adotarmos um projeto pedagógico novo não podemos

subestimar as seqüelas do velho, mas sim reconhecer a importância

de seu impacto no perfil do profissional a ser formado.

Um abraço a todos.