avaliaÇÃo da capacidade funcional inerente a dor … · gislaine aparecida pinheiro do nascimento...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Fisioterapia
Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento
Karina Rodrigues Pinto
Vanessa Magalhães de Sousa
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL
INERENTE A DOR DE GESTANTES EM
ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA
ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE SANTA PAULINA
DE LINS.
Lins-SP
LINS-SP
2017
GISLAINE APARECIDA PINHEIRO DO NASCIMENTO
KARINA RODRIGUES PINTO
VANESSA MAGALHÃES DE SOUSA
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR DE
GESTANTES EM ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA ASSOCIAÇÃO
BENEFICENTE SANTA PAULINA DE LINS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação da Profª Me. Ana Claudia de Souza Costa e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS-SP
2017
N195a
CDU 615.8
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium– UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2017.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Ana Claudia de Souza Costa
1.Gestação. 2. Dor. 3. Fisioterapia. I Título.
Nascimento, Gislaine Aparecida Pinheiro; Pinto, Karina Rodrigues; Sousa, Vanessa Magalhães.
Avaliação da capacidade funcional inerente a dor de gestantes em atendimento fisioterapêutico na Associação Beneficente Santa Paulina de Lins / Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento; Karina Rodrigues Pinto; Vanessa Magalhães de Sousa. – – Lins, 2017.
72p. il. 31cm.
95a
GISLAINE APARECIDA PINHEIRO DO NASCIMENTO
KARINA RODRIGUES PINTO
VANESSA MAGALHÃES DE SOUSA
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL INERENTE A DOR DE
GESTANTES EM ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA ASSOCIAÇÃO
BENEFICENTE SANTA PAULINA DE LINS.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título do título de Bacharel em Fisioterapia.
Aprovada em: / /
Banca Examinadora:
Prof.ª Orientadora: Prof.ª Ma. Ana Cláudia de Souza Costa
Titulação: Mestre em Fisioterapia pela Unimep - Piracicaba
Assinatura: _________________________________________
Prof.ª Orientadora: _____________________________________________
Titulação: _____________________________________________________
Assinatura: ___________________________________
Prof.ª Orientadora: ______________________________________________
Titulação: _____________________________________________________
Assinatura: _________________________________________
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por ter me dando força para
prosseguir e concluir meus objetivos durante esta fase da minha vida, aos
meus pais João Pinheiro do Nascimento e Maria Aparecida Pinheiro do
Nascimento que em meios a tantas lutas sempre estiveram do meu lado, me
apoiando e incentivando. Sei o quanto estão felizes e orgulhosos por esta
vitória.
Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento
Dedico este trabalho a Deus que sempre me ajudou em todos os momentos
me dando força para superar as dificuldades, a minha família que sempre me
apoiou e sei que todos estão orgulhosos por minha conquista.
Karina Rodrigues Pinto
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele eu não teria
conseguido concluir mais essa etapa da minha vida, a minha família que
sempre me apoiou e me incentivou a não desistir mesmo diante das
dificuldades. A minha vitória vem de Deus tudo é dele e para Ele.
Vanessa Magalhães de Sousa
A Deus
Quero agradecer a Deus, por ser essencial em minha vida, criador do meu
destino, meu guia, auxílio presente na hora da angústia, foi ele quem amparou
e me deu coragem para escolher um novo mundo de possibilidades e assim
vencer todos os obstáculos.
Aos meus pais.
A minha família, pela confiabilidade de crer e investir em mim, sempre com
muito carinho, estímulo e apoio constante, não mediram esforços pra que eu
realizasse o meu sonho. Mãe, seu cuidado e dedicação, foi o que me deu em
todos os momentos a esperança para seguir. Pai, sua presença significou
segurança e certeza de que não estava sozinha nessa caminhada.
Minhas Irmãs Gabrieli e Fernanda.
A minha irmã Gabrieli que sempre esteve lutando comigo durante todos esses,
minha modelo preferida das provas práticas, o que seria de mim sem você,
para dividirmos os longos dias de estudo, me aguentando, ouvindo minhas
reclamações, dúvidas e choros. Obrigada por sempre acreditar em mim.
E o que dizer a de você Fernanda minha parceira cinco anos de faculdades
juntas, cada uma com suas dificuldades. Agradeço de coração pela força,
paciência, apoio e principalmente, por todo carinho. Quantos choros, noites
sem dormi, obstáculos encontrados no nosso caminho, só eu e você sabemos
o que enfrentamos nesses anos todos, não foi fácil. Mas valeu a pena os
sacrifícios, sofrimentos e renúncias. Valeu a pena esperar. Hoje estamos
colhendo, juntas, os frutos do nosso desempenho. Está vitória é nossa.
Ao meu Noivo.
Ao meu noivo que sempre esteve do meu lado me incentivando e apoiando e
acima de tudo sempre entendeu minha ausência, minha falta de tempo nos
finais de semana, quando eu deixava de fazer algo do seu lado e ficava focada
nos estudos. Obrigada meu amor, o seu por companheirismo e dedicação, foi
essencial para que eu conseguisse atravessar todos os obstáculos que
estiveram presentes nesta fase. Agradeço de coração a sua família que
também me apoiou e me incentivou em todos os momentos de alegrias e
dificuldades
Ao meu Vô Antônio Alves (Cantão).
Ao meu grande incentivador, meu avô Antônio Alves (Cantão) por toda força,
aprendizado e pela vontade de viver, pois foi através dele que tudo começou a
se tornar realidade. Hoje infelizmente aos olhos humanos não esta mais entre
nós, mas onde estiver, sei que esta torcendo por mim. Obrigada Vô por tudo
sei que está radiante de felicidade por eu ter conseguido realizar o meu sonho.
Minhas Amigas Karina e Vanessa.
Sei que vou sentir muita falta de vocês, pois nesses cinco anos de convivência,
fomos mais do que simples colegas: fomos amigas, irmãs e companheiras.
Aprendi muito com as nossas diferenças, cada uma com seu jeito de ser, falar,
de se expressar e pensar. Por meio da ajuda recebida nos momentos de
dificuldade, aprendi a me doar; com as brincadeiras, aprendi a sorrir mais e ser
menos séria; e com a dedicação de cada uma, aprendemos a estudar mais.
Guardo em meu coração as lembranças dos nossos trabalhos em grupo,
nossos seminários, grupos de estudos, reuniões, reclamações, convivência nas
aulas, intervalos, brincadeiras, conversas e muitas risadas, enfim, da nossa
amizade. Só tenho a agradecer por tudo que fizeram por mim nesses anos
todos e por sempre terem me ajudado tanto. Obrigada.
Orientadoras Ana Claudia e Jovira.
A professora e amiga Ana Cláudia uma pessoa incrível, um ser humano
verdadeiro, uma mulher de garra que no momento em que mais precisei me
estendeu a mão, me ajudou, me passou tranquilidade, confiança e fez com que
eu acreditasse na minha capacidade. Obrigada por ter aceitado ser nossa
orientadora, por ter disponibilizado o seu tempo e acima de tudo por ter
acreditado que a realização desse projeto era possível.
A professora Jovira por toda dedicação, paciência e competência que teve
conosco durante todo o processo de construção do nosso projeto. Suas
orientações e correções fez com que nosso projeto fosse desenvolvido da
melhor maneira.
Professores.
O meu carinho e gratidão a vocês que transmitiram seus conhecimentos,
experiências e me ensinaram muito mais que teorias, me prepararam para a
vida profissional. Obrigada vocês foram essenciais para a minha contribuição
acadêmica.
Aos funcionários.
Por todo carinho, dedicação e amizade, em especial as meninas da biblioteca:
Sandra, Raquel, Vera e Valéria. E os meninos da portaria Marquinhos e
Fernando. Obrigada.
Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento
AOS PAIS
Ao meu pai: Carlos Rodrigues Pinto Sobrinho que me ajudou sempre nos
afazeres de casa, para que eu pudesse me ausentar e me dedicar aos estudos
e por me esperar todas as noites no sofá, mesmo com sono, mas com sua
preocupação, pois eu estava na estrada sempre sozinha. Como esse simples
gesto me deu força para enfrentar tamanha missão.
A minha querida mãe: Valdilene Aparecida Mussato, que com seus conselhos
sempre me dando forças para continuar e acreditar, que mesmo diante de
todas as dificuldades, eu iria vencer... Obrigada mãe!
AO MEU AMADO FILHO
Meu filho: Gabriel Rodrigues Simões, minha maior inspiração e força para
todos os momentos. Como é difícil ser exemplo, e mostrar que o exemplo vale
muito mais do que palavras... mas acho que consegui mostrar. Filho, obrigada
por tudo, por me fazer ser forte e capaz. Agradeço a Deus por você existir, e
mudar minha vida sempre! Te amo!
AO MARIDO
Ao marido: João da Mata Santos Filho, que, com grande esforço me permitiu
concluir meus estudos. Entendeu sempre minhas ausências, e quando chorei
por alguma dificuldade estava La me aconselhando sempre. Obrigada por me
permitir realizar meu sonho! Agradecimento eterno!!!
AO MEU SOBRINHO
Ao meu sobrinho: João Pedro Cajal Rodrigues Pinto, que me ajudou com
alguns artigos e a tão temida internet. Meu querido sobrinho, obrigada por tudo!
AS AMIGAS
Gislaine Aparecida Pinheiro do Nascimento, você que me ensinou a mais doce
forma de amar, me deu forças nos momentos mais difíceis, me incentivou, com
muita paciência e amor, minha confidente... Obrigada por tudo! Amizade que
Deus me deu para toda a vida!!
Vanessa Magalhães de Sousa, que com suas dificuldades prosseguiu, dando
exemplo de superação e que tudo é possível quando temos a Deus. Aluna
dedicada e com um gênio forte, mas sabemos que por trás disso existe um
grande coração. Obrigada por tudo!!
AOS ACADÊMICOS
Aos amigos conquistados durante cinco anos, agradeço a cada um que de sua
forma valiosa, pode acrescentar mais em minha vida, me fazendo sorrir, dando
forças, me aconselhando nos momentos difíceis. Só agradeço!
AOS PROFESSORES
Que tarefa mais linda de vocês! Nos ensinar tudo o que precisamos, com amor
e paciência, compreensão sempre! O trabalho de vocês é essencial para que
possamos ser alguém e brilhar com nosso profissionalismo! Obrigada por
acreditar em nós sempre!
A MINHA ORIENTADORA
Ana Claudia de Souza Costa, que com seu coração imenso nos tratou como
filhas, nos acolhendo nos momentos mais difíceis e nos acalmando diante de
tamanha dificuldade. Jamais me esquecerei de suas grandiosas palavras.
Obrigada por tudo!! Minha eterna admiração!
AS MULHERES QUE TRABALHAM NA BIBLIOTECA
Quantas noites passamos estudando e com nossas imensas dificuldades, e
vocês, com todo amor e cuidado conosco, nos ajudando sempre! E como
esquecer dos nossos chás, que era oferecido pois muitas vezes cansadas, nos
despertava para irmos embora. Obrigada por tudo! Vocês foram essenciais
para o nosso sonho ser alcançado!
AO PORTEIRO
Ao nosso querido amigo do coração Marquinhos da portaria da faculdade,
como foi importante seus conselhos, sua amizade e brincadeiras para nos
descontrair. Você fez nossos cinco anos mais doces e suaves. Obrigada pelo
carinho de sempre, foram muito importantes!
AOS NOSSOS QUERIDOS PACIENTES
Quantas amizades fizemos, quantos amigos ganhamos para a vida toda, vocês
nos ensinaram tantas coisas com suas experiências de vida, com suas
dificuldades e limitações. Muitas vezes achei que iríamos ensinar algo a vocês,
mas diante da grandeza de cada um, podemos aprender mais do que ensinar.
Agradeço sempre vocês, confiaram em nosso trabalho, sempre com um sorriso
no rosto e depositando em nós todas suas expectativas, só agradeço.
A COORDENADORA DO CURSO DE FISIOTERAPIA
Gislaine Ogatakomatsu, com sua simplicidade e dedicação, nos atendendo
sempre com respeito e amor, você foi um grande exemplo de ser humano,
obrigada por tudo!
A ORIENTADORA DO NOSSO TCC
Jovira Maria Sarraceni, que com sua paciência nos ensinou cada passo para
que hoje, pudéssemos realizar nosso sonho! Obrigada por sua amizade!
DEUS
Agradeço a Deus, por proporcionar este agradecimento a todos que tornaram
minha vida mais afetuosa, alem de ter me dado uma família maravilhosa e
amigos sinceros. Deus, que a mim retribuiu alma e missões pelas quais já
sabia que eu iria batalhar e vencer, e o principal, viver é o meu modo de
agradecer sempre....
Karina Rodrigues Pinto
Há Deus toda honra gloria e louvor.
Dedico toda essa etapa da minha vida primeiramente a Deus, pois foi Ele que
me deu forças e preparou todas as coisas para que eu pudesse chegar até
aqui. Foram inúmeras as dificuldades, mas em todo tempo, por mais difícil que
parecesse, eu sabia que Ele estava no controle de tudo. Nos dias de tristeza,
angustia e ansiedade o amor dEle sempre me alcançou e me fez enxergar
além das circunstâncias e eu me lembrava que o Deus que eu sirvo faz o
impossível por aqueles que nEle crê. Eu te amo Senhor e sou grata a ti pelo
teu sacrifício na cruz do calvário e por tudo aquilo que tem me proporcionado
nessa terra as dificuldades vem, mas eu sei que o Senhor sempre estará
comigo em todos os momentos.
Ao meu Painho e Mainha
O que eu seria se não tivesse vocês ao meu lado, tudo o que sou hoje eu devo
a vocês como pessoa. Foram tantas as dificuldades, mas vocês sempre me
encorajaram a não desistir, me ensinaram a priorizar o que realmente valia a
pena e a não desperdiçar o meu tempo com coisas banais. Eu espero
conseguir retribuir toda essa dedicação como filha e como profissional trazendo
há vocês muito orgulho e uma vida com maior conforto. Eu amo muito vocês
Laurita Magalhães de Sousa e Raimundo José de Souza que são a minha base
aqui nesta terra.
Minha Irmãs
Vocês são demais Marcia Magalhães de Sousa e Fábia Magalhães de Sousa
tudo o que fizeram por mim em toda essa etapa da minha vida e em inúmeros
outros momentos. Espero um dia poder retribuir toda a dedicação, paciência e
investimentos kkkkk na minha vida acadêmica, tantas vezes quis desistir de
tudo, tantos medos e incertezas e vocês sempre me ajudaram, eu amo muito
vocês. I LOVE YOU.
Aos meus amigos
Nossa meus amigos são tantos que acompanharam toda essa trajetória
Pamella, Romulo, Iana, Talita, Daniel, Jonathas, Diego, João, Késia, Alexandre,
Gabriel Hiibner, Gabriel Hernrique, Rafaela, Monika, Tais, Maria, a cada um
que me ajudou em oração, cuidaram de mim nos meus dias em que nem
comer eu queria, nos investimentos que só Deus poderá recompensar, no
carinho, dedicação. O que seria de mim sem vocês. Essa vitória eu divido com
vocês porque estiveram comigo e me ajudaram a cada dia caminhar em
direção aos meus sonhos.
As minhas amigas Gislaine e Karina
Me lembro como se fosse hoje o primeiro dia de aula, me lembro quando orei a
Deus para que Ele colocasse em meu caminho verdadeiras amizades que
pudessem me ajudar em tudo e assim Ele fez. Bom vocês me conhecem né
sou meio durona na carcaça, mas o meu coração é gigantesco e acolheu vocês
duas com todo amor, sou grata a cada uma por toda paciência em todo esse
período, tivemos dias tão alegres e outros tão tristes, mas sempre juntas uma
amparando a outra, é obvio que vou sentir muita saudades de vocês cada uma
com seu jeito, sua experiência de vida e mesmo com tantas lutas estamos
quase finalizando a nossa faculdade o que parecia estar tão distante hoje se
revela diante de nós. Desejo há vocês muito sucesso e que as bênçãos do
Senhor sejam abundantes na vida de vocês. #K.G.V #GrupodeOração
Galera do Núcleo de Apoio Integrado ao AEE
Que oportunidade única que Deus me proporcionou de fazer parte desta
família. Em especial agradeço a Jana minha querida coordenadora da
Fisioterapia que tanto me ensinou com dedicação a crescer como profissional e
como ser humano. Foi um ano de muito aprendizado em todos os sentidos e
quero um dia poder contribuir com este trabalho tão lindo que é realizado neste
local.
Turma XXXIII de Fisioterapia
Essa turma é do barulho kkkk agradeço a cada um dos meus colegas de sala
por tantos momentos que passamos juntos, trabalhos, provas, seminários e
muita risada. Cada um com seu jeitinho, eu quieta, mas aprendi um pouquinho
com cada um. Sei que todos serão excelentes profissionais e fará tudo com
muito amor, desejo a cada um muito sucesso, saúde e muito AMOR em tudo o
que forem realizar.
Orientadoras Ana Claudia e Jovira
Muito obrigada a vocês por toda a paciência e dedicação com a gente. Vocês
são excelentes profissionais e exemplos a serem seguidos.
Obrigada Ana Claudia por sempre nos ajudar e encorajar diante das
dificuldades que foram surgindo no decorrer da vida acadêmica e na realização
do nosso projeto de conclusão. Sou e sempre serei grata por tudo que fez por
cada uma de nós. Deus te abençoe e te capacite a cada dia mais.
Jovira obrigada por toda paciência em cada orientação em cada aula somente
Deus poderá te recompensar de maneira completa, que Deus te abençoe em
tudo.
Meus Professores
O que seria de nos sem vocês kkkkk tanta dedicação, amor, experienciais,
conhecimento, paciência são inúmeros os elogios á vocês que sempre
estiverem prontos a nos ajudar. Sou grata a Deus pela vida de cada um, alguns
mais próximos outros nem tanto, mas todos ali presentes e constantes mesmo
com cansaço a correria, sempre nos impulsionando a seguir em frente, vencer
a canseira, sono, fome e buscar sempre o alvo que hoje está tão próximo. Que
Deus abençoe e recompense a cada um de vocês que se dedicam a formar
profissionais qualificados para atender a cada paciente com excelência e muito
amor. Muito obrigada por tudo.
Marquinho, Raquel, Sandra, Valeria e Vera (Portaria e Biblioteca)
Pessoas maravilhosas que tive o prazer de conhecer foram tantos os
momentos em que pude compartilhar com vocês. Muito obrigada por tudo,
cada palavra de incentivo e cada puxão de orelha. Que Deus abençoe a cada
dia mais a cada um de vocês que fazem parte da minha historia.
Jorci e Mateus ( Recepção da Clinica)
Muito obrigada por tudo que fizeram por mim nessa reta final da faculdade,
vocês são pessoas maravilhosas que se dedicam de coração naquilo que
fazem.
Galera da BsB
Eita que foi nesta empresa que aprendi a valorizar muitas coisas, conheci
pessoas maravilhosas que me ajudaram, apoiaram estudaram um pouco
comigo kkkkkk trabalhando e estudando, e assim fui vencendo cada dia.
Agradeço em especial a Rosa, Eduardo, Renato, Suzy, Rafael, Eliana, Marcelo,
Tharsyo, Solange, Dora, Aline que sempre me acompanharam em cada passo
em cada decisão, não era fácil, mas eu venci. Muito obrigada a todos.
Hoje passa um filme na minha cabeça, cada passo, lagrima tudo o que eu
passei para chegar até aqui. Gratidão a Deus, meu Pai e meu melhor amigo
que colocou pessoas maravilhosas em minha vida. Muito obrigada a cada um
que de maneira direta ou indireta contribuiu para a realização deste sonho.
Vanessa Magalhães de Sousa
RESUMO
No presente estudo foi realizada a avaliação da capacidade funcional e acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação. Trata-se de uma pesquisa experimental do tipo transversal com abordagem quantitativa, que tem como objetivo analisar se o acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na função e na incapacidade causada pela dor neste período. O acompanhamento fisioterapêutico na gestação vem sendo cada vez mais reconhecido devido aos benefícios que proporciona no pré- natal e pós-natal, por meio de exercícios cinesioterapêuticos que previnem e diminuem as dores, melhorando a condição gestacional da paciente. Participaram da pesquisa 20 gestantes que receberam acompanhamento na Associação Beneficente Santa Paulina – Lins SP e que concordaram em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. As informações foram colhidas por aplicação do questionário de incapacidade ROLAND-MORRIS – (QIRM)10 e a realização do teste Timed Up & GO (TUG), realizadas no início de cada grupo e em seu encerramento, em um período de 3 meses, enquanto as gestantes estavam recebendo o acompanhamento fisioterapêutico. Após esse período as pesquisadoras realizaram a comparação entre os dados coletados na primeira e segunda coleta. Diante disto, concluiu-se que através do acompanhamento fisioterapêutico no período gestacional é possível proporcionar às gestantes a diminuição na incapacidade gerada pela dor. Palavras-chave: Gestação. Dor. Fisioterapia.
ABSTRACT
In the present study, were evaluated the functional capacity and physiotherapeutic monitoring during gestation. This is an experimental cross- sectional study with a quantitative approach that aims to analyze whether physical therapy during pregnancy improves the function and disability caused by pain in this period. Physical therapy follow-up in pregnancy has been increasingly recognized through the benefits it provides in prenatal and postnatal care through kinesiotherapeutic exercises, preventing and reducing pain and improving the pregnant women’s condition. Twenty pregnant women participated in the study, who will be followed up at Associação Beneficente Santa Paulina - Lins SP, who agreed to sign the free and informed consent form. The information was collected through the application of the ROLAND-MORRIS (QIRM) 10 disability questionnaire and the Timed Up & GO (Tug) test were performed at the beginning of each group and at the end of the study, of 3 months, where the pregnant women were receiving the physiotherapeutic follow-up. After this period the researchers performed the comparison between the data collected in the first and second collection. In view of this, it was concluded that through physical therapy in the gestational period it is possible to provide pregnant women with a decrease in the disability generated by pain. Keywords: Gestation. Pain. Physiotherapy.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Primeira fase do desenvolvimento gestacional. ................................. 26
Figura 2: Segunda fase do desenvolvimento gestacional ................................. 27
Figura 3: Terceira fase do desenvolvimento gestacional .................................. 29
Figura 4: Alterações anatômicas durante a gestação. ...................................... 31
Figura 5: Sistema gastrointestinal durante a gestação ..................................... 33
Figura 6: Alterações no centro de gravidade das gestantes. ............................ 39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Comparação pré e pós através da aplicação do questionário de
Incapacidade Rolland e Morris (QIRM) ............................................................. 55
Tabela 2: Comparação pré e pós através da realização do teste Timed Up &
GO (TUG) ......................................................................................................... 55
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Kg: Quilos
%: Porcentagem
MAP: Musculatura do Assoalho Pélvico
TENS: Eletroestimulação Nervosa Transcutânea
Hz:Frequência
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 21
1 CONCEITOS PRELIMINARES .............................................................. 24
1.1 Gravidez ................................................................................................. 24
1.1.1 Primeiro trimestre ................................................................................... 25
1.1.2 Segundo trimestre .................................................................................. 26
1.1.3 Terceiro trimestre ................................................................................... 28
1.1.4 Adaptações fisiológicas maternas .......................................................... 30
1.2 Sistema Respiratório .............................................................................. 31
1.2.1 Sistema gastrointestinal ......................................................................... 33
1.2.2 Sistema Nervoso .................................................................................... 34
1.2.3 Sistema Urinário ..................................................................................... 35
1.2.4 Sistema circulatório ................................................................................ 37
1.2.5 Sistema Endócrino ................................................................................. 37
1.2.6 Sistema Músculo esquelético ................................................................. 39
1.3 Dor .............................................................................................40
1.3.1 Dor no período gestacional .................................................................... 41
1.3.2 Incapacidades decorrentes da dor gestacional ...................................... 42
1.3.3 Incapacidade funcional decorrentes da Dor Gestacional ....................... 43
1.4 Fisioterapia na gestação ........................................................................ 44
1.4.1 Benefícios da fisioterapia na gestação ................................................... 45
1.4.2 Técnicas fisioterapêuticas na gestação .................................................. 46
1.4.2.1 Cinesioterapia ....................................................................................... 46
1.4.2.2 Terapia Aquática ................................................................................... 47
1.4.2.3 Massoterapia ........................................................................................ 48
1.4.2.4 Eletroterapia .......................................................................................... 49
2 O EXPERIMENTO ................................................................................. 50
2.1 Procedimentos metodológicos ............................................................... 50
2.1.1 Condições ambientais ............................................................................ 50
2.2 Casuística e métodos ............................................................................. 51
2.2.1 Casuísticas ............................................................................................. 51
2.2.2 Métodos.................................................................................................. 52
2.2.2.1 Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris
(QIRM)10 ........... ................................................................................................52
2.2.2.2 Teste Timed Up & GO (TUG) ................................................................ 53
2.2.3 Materiais ................................................................................................. 53
2.3 Procedimento ......................................................................................... 54
2.4 Análises Estatísticas .............................................................................. 54
2.5 Resultado ............................................................................................... 54
2.6 Discussão ............................................................................................... 55
2.7 Conclusão .............................................................................................. 57
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59
APÊNDICE ....................................................................................................... 63
ANEXOS ........................................................................................................... 66
21
INTRODUÇÃO
O presente estudo elaborado para a conclusão do curso de fisioterapia
do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. O estudo foi elaborado
para Avaliação da incapacidade causada pela dor em mulheres que realizam
acompanhamento durante a gestação.
Segundo Baracho (2002), a fisioterapia não se restringe às sessões
ambulatoriais; seu campo de atuação é mais amplo, abrangendo as atividades
cotidianas das gestantes, que necessitam ser adaptadas às circunstâncias da
gestação.
De acordo com De Conti et al. (2003), a cinesioterapia tem como
objetivo promover o alívio dos sintomas musculoesqueléticos no período
gestacional. Os exercícios realizados em grupos musculares estressados
aumentam a capacidade funcional e facilitam a compensação muscular,
reduzindo os sintomas de dores pélvicas e no puerpério.
As alterações fisiológicas que ocorrem no corpo materno durante a
gravidez envolvem todos os sistemas. A gestação é dividida em três períodos
conhecidos como trimestrais, sendo que possuem características específicas.
O primeiro trimestre é a fase quando ocorre uma das alterações mais
comuns, com sentimento de ambivalência, caracterizado pelas preocupações e
dúvidas da gestante sobre sua capacidade de exercer a maternidade e, ao
mesmo tempo, de lidar com as mudanças que ocorrerão em sua rotina. O
mesmo acontece para o homem em relação à paternidade. Esse fenômeno é
absolutamente natural e caracteriza todos os relacionamentos interpessoais
significativos. Também são frequentes as oscilações de humor, geralmente
sem causas aparentes. Além disso, são comuns queixas relacionadas à
hipersonia e à hiperatividade, embora em um grupo menor de mulheres.
Normalmente o segundo trimestre é considerado o mais estável do
ponto de vista emocional. Conhece-se o sexo, escolhe-se o nome, sente-se o
alívio com os movimentos do bebê, aumenta-se a curtição do pai e aumenta-se
a percepção da presença do bebê de forma mais concreta por outras pessoas.
No terceiro e último trimestre a maior preocupação é com o parto. Trata-
se uma “ansiedade antecipatória”, frente ao que poderá acontecer. Aumentam-
22
se as preocupações relacionadas à chegada do bebê e às mudanças na rotina
familiar. Além disso, estão mais presentes as queixas físicas, aumentando as
fontes de estresse.
O pré-natal é o período que se estende desde a concepção até o
momento do parto, constituindo-se em um momento de intensas mudanças
físicas e psicológicas na mulher e é neste período que as gestantes são
encaminhadas para o acompanhamento fisioterapêutico para alívio de dores e
desconfortos, prevenção de disfunções, como as musculoesqueléticas e
uroginecológicas, ou com o objetivo de realizar uma atividade física orientada.
Por meio do contato direto com as gestantes, durante os atendimentos
realizados em uma frequência de duas vezes por semana é possível esclarecer
suas dúvidas e anseios e orientá-las, favorecendo assim uma definição segura
da conduta de atendimento adequado a cada caso específico.
De acordo com Baracho (2007), além das orientações é importante que
a gestante se prepare fisicamente para que tenha uma gravidez, parto e
puerpério bem-sucedidos. O trabalho do fisioterapeuta durante o período pré-
natal deve ser desenvolvido no sentido de conscientizar a gestante de sua
postura e de desenvolver a potencialidade dos seus músculos para que se
tornem aptos a conviver com as exigências extras que a gravidez e o parto
solicitarão.
Ao contrário dos exercícios e atividades físicas, não há contraindicação
quanto à realização de fisioterapia durante o período gestacional, pois a
fisioterapia atua adicionalmente com o objetivo de aliviar e prevenir as dores e
os desconfortos resultantes de mudanças ocasionadas pela gravidez.
(BARACHO, 2012)
A metodologia é baseada em um estudo experimental do tipo
transversal, com abordagem quantitativa. As técnicas utilizadas foram a
Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10 e
realização do teste Timed Up & GO (Tug).
O objetivo deste trabalho é analisar se o acompanhamento
fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na função e redução
da incapacidade causada pela dor neste período.
O estudo baseia-se no seguinte questionamento: é possível através do
acompanhamento fisioterapêutico melhorar a função e reduzir a incapacidade
23
gerada pela dor na gestação?
Em resposta a este questionamento a hipótese levantada é que a
fisioterapia no período gestacional é desenvolvida de maneira a promover
melhores condições à manutenção do bem-estar físico da gestante. Esse
acompanhamento no pré-natal deve promover a conscientização de como uma
postura adequada e o desenvolvimento da musculatura em algumas regiões
são indispensáveis para que a gestante possa conviver melhor com as novas
exigências geradas pela gravidez e pelo parto e assim corrigir e tratar
alterações posturais que causam dor.
O trabalho foi estruturado da seguinte forma: conceito preliminar, que
descreve o período da Gravidez, sistema respiratório, dor e fisioterapia na
gestação, seguido do experimento, resultados, discussão e conclusão.
24
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Gravidez
A gravidez ocorre por meio de um processo fisiológico que acarreta
mudanças corporais na mulher através da fertilização. É um período que difere
tanto do ponto de vista biológico como social, preparando o corpo da mulher
para o parto. (KISNER; COLBY, 1998 apud COSTA; ASSIS, 2009)
As alterações ocorridas no corpo feminino são decorrentes da reação
entre o feto e os hormônios excessivos da gravidez; as variações do organismo
estão ligadas à nova condição, afetando principalmente os sistemas
cardiorrespiratório, musculoesqueléticos e metabólicos, em contexto geral. As
mudanças não se limitam apenas aos órgãos, mas abrangem a mecânica do
corpo feminino, como mudanças no centro da gravidade, postura e equilíbrio.
(KISNER; COLBY, 1998 apud COSTA; ASSIS, 2009)
Após a relação sexual, os espermatozóides que foram depositados na vagina são transportados, em aproximadamente cinco minutos, através do útero para as trompas uterina, em cuja região ampular ocorre a fecundação, quando o espermatozóide encontra o óvulo maduro. Após três dias de fertilização o ovo é transportado da trompa para a cavidade uterina, através de movimentos peristálticos, já tendo sofrido varias divisões celulares. Só após quatro ou cinco dias é que esse ovo se implantará no endométrio, o que significa que sua implantação ocorre quase sempre no sétimo ou oitavo dia após a fecundação. (BARACHO, 2007, p.6)
Os hormônios estrogênio e progesterona liberam glândulas
endometriais, deixando o endométrio pronto para a implantação do ovo. Depois
de ocorrida a fertilização do óvulo, o corpo lúteo aumenta seu tamanho,
passando a formar o corpo lúteo gravídico, através da produção hormonal.
Caso não ocorra a fertilização o corpo lúteo é eliminado após 10 dias da
ovulação. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
De acordo com Baracho (2002), a primeira gestação é uma experiência
cheia de expectativas, medos e incertezas, pois a gravidez, além de gerar um
lindo bebê, traz consigo sonhos e desequilíbrio emocional.
Durante o período gestacional, a mulher, na maioria das vezes, passa
por vários transtornos, como aumento do sono, náuseas, vômitos, desejos,
diminuição ou aumento de apetite, mudança de humor e sensibilidade, com
25
sentimentos de solidão em meio à multidão e dificuldade de adaptação à nova
fase, interferindo no relacionamento social. (BARACHO, 2002)
1.1.1 Primeiro trimestre
A gravidez é dividida por três fases especiais conhecidas como
trimestrais, em que ocorrem várias alterações fisiológicas.
No primeiro trimestre já começam a ocorrer algumas alterações: as
mamas já aumentam rapidamente de tamanho, tornando-se mais sensíveis, e
as aréolas escurecem. Estas possuem glândulas sudoríparas e sebáceas que
aumentam de tamanho com o papel de lubrificar e proteger o mamilo durante a
amamentação. (BARACHO, 2007)
As mamas passam por modificações hormonais que possibilitam seu
desenvolvimento, preparando para a lactação. A inervação do mamilo realiza
uma ação importante durante a amamentação, sendo o reflexo neuro-humoral
responsável pela retirada de leite e a prolactina, sendo efetiva para a
conservação do mesmo. (BARACHO, 2007)
O sistema cardiovascular tem a função de promover um alto nível de
oxigênio para os órgãos com velocidade aumentada; assim, seu desempenho
aumenta, sendo indispensável na elevação do gasto de oxigênio. (ARTAL;
WISWELL; DRINKWATER, 1999)
Chesley, depois de extensa revisão da literatura,1944, conclui que o ganho médio de peso deve ser, aproximadamente, de 11 kg. Hytten, em seu turno, relata um ganho médio de peso de 12,5 kg em primigestas sadias alimentadas sem restrições. Desse total, 9 kg dizem respeito a feto, placenta, liquido amniótico, hipertrofia uterina, aumento do volume do sangue materno, aumento das mamas e dos líquidos extracelular e extravascular; o restante parece depender principalmente do armazenamento materno de gordura. Habitualmente, há um ganho mínimo (1 a 2 kg) durante o primeiro trimestre, seguindo- se o aumento progressivo até o termino. (BRIQUET, 2011, p. 288)
O útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que durante a
gravidez expande-se para que o feto se desenvolva em seu interior, sendo
composto por camadas endometriais ligadas diretamente ao miométrio.
26
Figura 1: Primeira fase do desenvolvimento gestacional.
Fonte: Onodera (2014)
As principais funções do útero são acomodar e nutrir o feto, aumentando
seu tamanho no período da gravidez e na expulsão do feto, através das
contrações no momento do parto e sua diminuição no puerpério. (BARACHO,
2002)
Na gravidez o apetite aumenta devido a necessidade de nutrientes para
a mãe e o feto, quando ocorrem também náuseas e vômitos, persistindo,
muitas vezes, durante toda a gravidez. (BRIQUET, 2011)
1.1.2 Segundo trimestre
No segundo trimestre observa-se um avanço na produção de urina, até o
final da gestação, uma vez que nos rins do feto ocorre um aumento maior de
liquido, que entra no saco amniótico. (MONTENEGRO e REZENDE, 2014)
Ocorre um aumento da elasticidade da pele, que apresenta modificação
constante durante a gravidez. O fluxo sanguíneo aumenta pela elevação da
27
temperatura da pele, com dilatação capilar dérmica deixando as mãos úmidas.
Com o aumento do fluxo periférico pode ser observadas as membranas
mucosas das fossas nasais, ocasionando a congestão nasal comum durante o
período gestacional. (BRIQUET, 2011)
Há uma grande incidência de estrias gravídicas adquiridas a partir da
22ª à 26ª semanas de gestação, com mais evidências nas regiões do
abdomem, das coxas e das mamas. As estrias gravídicas podem ser de
aspectos esbranquiçados ou avermelhados e perpendiculares às linhas de
tensão da pele. Envolvem diversos elementos em sua etiologia: sobredistensão
do tecido, mais frequentes em gestação múltipla, obesidade, tendência familiar,
e ruptura de fibras elásticas e colágenas. Também se recorre à participação do
hormônio estrogênio e da relaxina. (BRINQUET, 2011)
Figura 2: Segunda fase do desenvolvimento gestacional
Fonte: Onodera (2014)
A pigmentação é uma das aparições mais frequentes em 90% das
gestações, sendo mais comuns em mulheres morenas, ocasionada por
deposição de melanina. São localizadas na face (melasma ou cloasma),
mamas (aréolas primária e secundária) e abdômen (linha nigra). Assim, 70%
28
das mulheres grávidas apresenta melasma, podendo clarear ou não após o
parto, devido ao excesso de hormônios como o estrogênio e a progesterona,
que tem ação sobre a melanina. Também pode estar relacionado ao uso de
anticoncepcionais e exposição solar. (MONTENEGRO; REZENDE,2014)
Segundo Montenegro e Rezende (2014), por volta da 20ª semana de
gravidez ocorre uma limitação do fluxo sanguíneo do útero para o coração na
posição de decúbito dorsal (de barriga para cima). Através das trocas
posturais, principalmente em decúbito lateral esquerdo (deitada de lado),
obtém-se uma melhora no retorno venoso devido à descompressão da aorta e
da veia cava.
1.1.3 Terceiro trimestre
Durante a gestação ocorre o aumento do abdômen, pois este se desvia
para o centro da gravidade, e ao mesmo tempo a mulher, por um mecanismo
compensatório, direciona o corpo para trás, tentando manter o equilíbrio e a
posição ereta.
Com esta postura há uma alteração, levando à hiperlordose e à
hipercifose da coluna vertebral, modificando a base de sustentação, separando
os pés e diminuindo os passos ao andar (marcha anserina). Por tais mudanças
a coluna cervical vai para frente, acarretando em comprometimento cervical,
fadigando os músculos e induzindo às dores lombares, cervicais e parestesias
de extremidades. (ZUGAIB, 2012)
A gestante tem dificuldade de movimentar as articulações de tornozelos
e punhos, pois há uma frouxidão ligamentar que acontece pela retenção
hídrica, causando edema no tornozelo e dormência nas mãos, levando à
fraqueza muscular. (ARTAL; WISWELL; DRINKWATER, 1999)
A transformação das glândulas mamárias são evidentes desde o início da gravidez, pois as queixas são frequentes pela dor e aumento da sensibilidade da mama. A produção de hormônio como o estrógeno e a progesterona pela placenta e a prolactina sendo responsável pelo desenvolvimento da mama na lactação. É por meio de mecanismos de hiperplasia e diferenciação celular que essas moléculas modificarão por completo a mama, único órgão que não retorna as suas características pré-gravídicas depois de terminado o período puerperal. (ZUGAIB, 2012, p.187)
29
Figura 3: Terceira fase do desenvolvimento gestacional
Fonte: Onodera (2014)
De acordo com Baracho (2012), normalmente há aumento do tamanho e
peso dos rins. Aproximadamente em 80% das gestantes acarreta-se dilatação
dos ureteres e pelve renais, apresentando um volume maior à direita, podendo
estar acompanhado ao crescimento do útero gravídico.
Com o aumento do útero, a bexiga é empurrada pelos órgãos; seu
crescimento é mais avançado nos dois últimos trimestres do período
gestacional e torna-se um órgão intra-abdominal, sendo comprimido para cima.
Os resultados são ângulo uretrovesical modificado e pressão intra-abdominal
alterada. No inicio da gestação, o útero gravídico em conjunto com a bexiga e
as existências do polo cefálico no terceiro trimestre integram a vontade
miccional e a incontinência. Por isso a necessidade urinária torna-se cada vez
mais frequentes no final da gravidez. (BARACHO, 2012)
Há grande maioria das mulheres no período gestacional apresentam
uma quantidade excessiva de edema na parte inferior da perna. Geralmente
isso induz à dor na face ântero-lateral da perna, ocorrendo de forma suscetível
após realizar atividades excessivas, podendo com o repouso ser a dor aliviada
ou desaparecer. Na maioria das vezes, pode ser tratada com a redução da
quantidade de atividades durante o dia. Também podem ser indicadas meias
de compressão elásticas, elevação dos membros, drenagem linfática e, às
30
vezes, diuréticos adequados podem auxiliar na redução dos sinais no edema.
(ARTAL; WISWELL; DRINKWATER, 1999)
1.1.4 Adaptações fisiológicas maternas
As alterações e adaptações fisiológicas envolvem todos os sistemas
durante o período gestacional, levando a mudanças físicas, mentais, espirituais
e sociais, diferenciando assim o normal do patológico que devem ser tratados
durante a gravidez. (COSTA et al; 2010)
A contribuição fetal é determinante para o acontecimento da gravidez. A
comunicação entre mãe-feto invade organismos semelhantes, levando a
alterações fisiológicas na mãe. Esse conjunto recebe o nome de adaptações do
organismo materno à gravidez. Embora ocorram diversas adaptações no
organismo, duas delas são importantes durante a gravidez: as adaptações
circulatórias e as metabólico-nutricionais, que são notadas em diversos órgãos
e sistemas maternos. (NEME, 2006)
Possivelmente não exista mudança maior na fase do ciclo vital, pois o
corpo humano se modifica muito, em tão pouco tempo. Algumas dessas
mudanças começam no momento da nidação, fases da gestação e
estendendo-se até o final da lactação. (BARACHO, 2007)
As mudanças impostas a determinados fatores e hormônios alteram o
colágeno e músculos involuntários, o volume e o fluxo de sangue são
aumentados para o útero e rins e o embrião e seu desenvolvimento ocasionam
um aumento do útero e transformações na postura para o centro da gravidade.
(POLDEN; MANTLE, 1993)
No período da gravidez, as células aumentam devido ao acumulo de
liquido, sal e outras substâncias. O crescimento do tecido e vasos linfáticos
levam à dilatação das paredes venosas; o tecido subcutâneo se distende,
modificando a estrutura do quadril. Na musculatura há expansão dos tendões e
ligamentos, dificultando a sustentabilidade à medida que a gravidez avança.
Tecidos cartilaginosos e ossos se modificam, gerando importante mudança na
cartilagem da sínfise, nas articulações sacro ilíacas e dos discos
intervertebrais, ocasionando alterações estáticas no período da gravidez.
(GUNTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1988)
31
Figura 4: Alterações anatômicas durante a gestação.
Fonte: Conceito (2013)
À medida que o feto se desenvolve, são exigidos do organismo materno
cada vez mais sais minerais, sendo necessário evitar a desmineralização com
alimentação apropriada e medicamentos até depois da lactação, sobretudo
indispensável para o cálcio. (GUNTHER; KOHLRAUSCH; LEUBE, 1988)
As alterações fisiológicas sucedidas no período gravídico, sejam elas
leves ou marcantes, são as maiores que o corpo humano pode sofrer,
atribuindo medos, dúvidas, angústias, fantasias ou apenas curiosidades em
toda essa transformação (COSTA; ASSIS, 2010). Com a influência do peso do
feto sobre o suprimento sanguíneo, o coração passa a assumir uma pequena
rotação, ocasionando um aumento de tamanho, elevação e deslocamento para
a esquerda, devido à pressão desempenhada pelo útero. A resposta do
sistema nervoso à dor e à ansiedade diante o trabalho de parto ocasiona um
aumento maior na frequência cardíaca e na pressão arterial. (MONTENEGRO;
REZENDE, 2014)
1.2 Sistema Respiratório
32
Na gestação algumas alterações tanto anatômicas quanto funcionais são
observadas. O tórax da gestante sofre um aumento no ângulo de abertura
entre as costelas (ângulo subcostal) e elevação de cerca de 4 cm, ampliação
de 2 cm no diâmetro transverso do diafragma, aumento de 1 a 2cm na
excursão diafragmática e aumento de 5 a 7cm na circunferência do tórax.
(MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
De acordo com Baracho (2012), o hormônio progesterona estimula o
centro respiratório, fazendo com que a frequência e a amplitude aumentem.
Alterações anatômicas do pulmão promovem algumas modificações, como o
aumento da capacidade inspiratória, que leva à diminuição do volume residual
funcional.
A complacência pulmonar não sofre alterações enquanto que a condutância das vias aéreas aumenta e a resistência pulmonar total diminui, possivelmente devido à ação da progesterona. Em termos de alterações funcionais, acresce um ligeiro aumento da frequência respiratória e um aumento progressivo do consumo de oxigénio que poderá atingir os 15-20% na gravidez de termo e que é devido ao aumento das necessidades metabólicas da mãe e feto (SOARES, 2002, p.18).
Segundo Montenegro e Rezende (2014), através da hiperventilação
facilitam-se as trocas gasosas no período gestacional, levando em
consideração que o consumo de oxigênio aumenta de 15 a 20% nesse período.
Com o aumento do consumo de oxigênio materno e a diminuição do volume
residual, as gestantes que apresentam doenças respiratórias como asma,
pneumonia e outras, no momento do parto podem estar mais aptas a terem
uma descompensação rápida. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
Durante a gestação cerca de 60 a 70% das gestantes apresentam
dispneia, sendo estas mulheres que não sofrem de nenhuma doença
respiratória específica. Essa alteração tem início logo no 1º e 2º trimestre e se
consolida até o 3º trimestre. Uma vez que esta alteração se inicia logo no
princípio da gestação, foi descartada a possibilidade de o aumento do útero
estar relacionada à dispneia, que ocorre devido à percepção da gestante à
hiperventilação. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
De acordo com Bortoletti (2007), a progesterona é a responsável pela
estimulação do centro respiratório, o que leva à hiperventilação.
33
A média respiratória em repouso aumenta um pouco, de 15 para 18 respirações por minuto, com decréscimo de 20 a 25% da tensão de dióxido de carbono. Esse acréscimo da capacidade respiratória que ocorre no período gestacional é acompanhado pela diminuição da capacidade residual. (BARACHO, 2012, p. 19).
No momento do parto ocorre uma descompressão abrupta do diafragma,
devido ao esvaziamento uterino, fazendo com que a gestante pare com a
respiração costal, que ocorre durante todo o período gravídico, e volte à
respiração costoabdominal. (NEME, 2005)
1.2.1 Sistema gastrointestinal
O sistema gastrointestinal é formado pelas seguintes estruturas:
cavidade oral, faringe, tubo digestório e seus anexos. O funcionamento
adequado dessas estruturas proporciona a degradação dos alimentos ingeridos
em partículas menores, facilitando assim a absorção dos nutrientes que são
utilizados no desenvolvimento e manutenção do organismo. (MONTANARI,
2016)
Figura 5: Sistema gastrointestinal durante a gestação
Fonte: Medeiros (2016)
No primeiro trimestre de gestação são comuns a sintomatologia de
34
náuseas e vômitos, principalmente no período matinal; fatores emocionais
podem contribuir para essa incidência. Este mal-estar tende a parar da décima
terceira à décima quarta semana de gestação. Quando a mulher ingere
determinados tipos de alimentos ou sente algum cheiro que provoque esse mal
estar é necessária uma atenção maior, pois, quando se torna frequente, leva à
desidratação e perda de peso da gestante, podendo assim prejudicar o
crescimento do feto. (POLDEN; MANTLE, 1997; REZENDE, 2005; FREITAS et
al., 2010)
As gestantes apresentem aumento de apetite e sede. Esse aumento
ocorre pois o desenvolvimento do feto depende exclusivamente da ingestão
alimentar materna e, devido às mudanças fisiológicas causadas no organismo
materno, a alimentação desta deve ser rica em nutrientes, proteínas,
carboidratos e lipídeos, possibilitando assim suprir as necessidades
demandadas pela gestação. (REZENDE, 2005)
Segundo Briquet (2011), por meio da aplicação de contraste que do
terceiro ao quinto mês o estômago tem uma maior mobilidade. Após esse
período, o estômago e intestino começam a sofrer uma pressão e se deslocam
pelo crescimento do útero gravídico. Devido a essa pressão, a motilidade do
intestino e do trato gastrointestinal ficam diminuídas, levando à constipação e
ao refluxo gastresofágico.
A musculatura do intestino se torna hipotônica, ocorrendo a ação do
hormônio progesterona, e a diminuição da motilidade. O aumento do peso do
útero também interfere na mecânica normal do intestino, sobretudo nas últimas
semanas de gestação. (REZENDE, 2005)
1.2.2 Sistema Nervoso
Segundo Briquet (2011), durante a gestação a mulher apresenta reações
neuropsíquicas, dentre os quais o vômito se destaca. Características
frequentes nesse período são a irritabilidade, ansiedade, insônia, medo e
aversões de comida.
Sabe-se que a progesterona é depressora do sistema nervoso central, promovendo sonolência, fadiga e certo embotamento psicomotor, manifestações, aliás, comuns no primeiro trimestre.
35
(BORTOLETTI et al., 2007, p.174)
De acordo com Calheiros et al. (2013), durante o início da gestação a
mulher apresenta hipersonia, que no decorrer da gravidez evolui para insônia,
intensificando-se no período final gravídico. Devido a essa privação de sono
outras manifestações acabam ocorrendo. A gestante se irrita com facilidade,
não consegue realizar atividades cotidianas, fica inquieta e fadigada com maior
intensidade.
Segundo Camacho et al.(2006), a depressão na gestação e a ansiedade
podem surgir no período gravídico e estão diretamente ligados à sintomas
depressivos no puerpério. O aumento na produção dos hormônios
progesterona e estrogênio estão também relacionados às alterações de humor
nesse período.
1.2.3 Sistema Urinário
Durante a gravidez tanto o sistema urinário superior como o inferior
sofrem diversas modificações anatômicas e fisiológicas. Em toda a região
pélvica ocorrem muitas alterações; os rins, por exemplo, deslocam-se devido
ao aumento do volume uterino. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
A presença de gonadotrofina coriônica humana na urina no começo da gravidez forma a base da gravidez; o nível cai depois de 12 semanas de gestação. Do começo ao fim da gravidez há o aumento no suprimento de sangue para o trato urinário a fim de enfrentar as necessidades adicionais do feto para perda de disposição. (POLDEN e MANTLE, 1997, p. 37).
Umas das alterações anatômicas mais significativas do sistema urinário
no período gestacional é a dilatação da sua porção superior. Essa dilatação
pode aumentar a estase urinária, o que acarreta em uma predisposição da
gestante a infecções urinárias, pielonefrite e nefrolitiase. Na parte inferior do
sistema urinário, a anatomia da bexiga fica distorcida pela compressão do útero
gravídico, que leva a um deslocamento da bexiga. Além disso, o aumento dos
níveis circulantes de estrogênios gera hiperemia e cogestão da mucosa uretral
e vesical. Ocorre também uma redução da resposta contrátil do colo vesical a
estímulos alfa-adrenérgicos e diminuição do suporte pélvico da parede vaginal
e da uretra, o que contribui para a incidência da incontinência urinária durante a
36
gravidez. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
As modificações fisiológicas ficam por conta do aumento do débito
cardíaco e a diminuição da resistência vascular sistêmica. Há uma elevação
concomitante do fluxo plasmático renal e da taxa de filtração glomerular, que
resulta em uma diminuição da creatina plasmática, que por sua vez causa
repercussão na excreção renal de determinados medicamentos, levando a uma
diminuição dos níveis de creatina, o que indica insuficiência renal. A
hipercalciúria também é comum na gravidez devido ao aumento da absorção
do cálcio intestinal, contudo a taxa de formação de cálculos renais não se
altera, uma vez que os fatores que inibem sua produção, como citrato,
magnésio e glicoproteínas, aumentam. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
Outra fisiologia da gravidez é a glicosúria, que é decorrente do aumento
da TFG. Ela excede o limite de reabsorção tubular da glicose, o que não quer
dizer que é indicativa de diabetes na gestação. A proteinúria também é uma
fisiologia na gravidez, sendo normais valores de proteína na urina que sejam
de até 300mg/dia. Apesar do aparente grande trabalho urinário durante a
gestação, isso não significa que o volume de urina aumente, pois a frequência
urinária se dá devido à compressão do útero contra a bexiga. (MONTENEGRO
e REZENDE,2014)
As grávidas em geral, filtram, maiores quantidades de sódio e água no glomérulo, que são compensadas por maior reabsorção tubular desses elementos, resultantes da ação da aldosterona e do ADH. (ZUGAIB, 2012, p. 415)
No período da gestação as taxas de fluxo plasmático glomerular e seu
ritmo de filtração sofrem influencia da posição materna, o que ocorre também
com a pressão arterial. A excreção urinária é maior à noite, devido ao repouso
em decúbito e em razão da maior mobilização dos fluidos extravasculares.
(ZUGAIB, 2012)
Nota-se que todas essas modificações alteram a função renal, o que
exige que no período gestacional os exames laboratoriais sejam feitos de forma
a ter novos parâmetros de avaliação. As interpretações devem ser cuidadosas,
uma vez que valores que geralmente são considerados normais podem ser
interpretados como anormais em gestantes. (ZUGAIB, 2012)
37
1.2.4 Sistema circulatório
Segundo Gayton (2011), a circulação tem como objetivo o transporte do
sangue até tecidos e órgãos. No sangue são carregados nutrientes e
hormônios e ocorre também a eliminação de partículas do metabolismo; desta
forma, é possível manter o funcionamento adequado do organismo fazendo
com que as células sobrevivam.
De acordo com Baracho (2002), no período gestacional ocorre a
ampliação do volume sanguíneo de até 40%, podendo ultrapassar este valor.
Esse aumento se dá às necessidades crescentes da parede uterina, servindo a
placenta e outras necessidades do corpo. O coração sofre também um
aumento para conseguir suprir o acréscimo do debito cardíaco nesse período.
A atividade cardiovascular é maior em comparação ao período não
gravídico, devido às condições que o organismo requer para o
desenvolvimento do feto, permitindo a sobrevivência materna ao processo
reprodutivo e oferendo segurança para ambos. (ZUGAIB, 2012)
Apesar do aumento do débito cardíaco, a pressão sistólica não sofre
alterações; contudo a pressão diastólica, que tem uma queda de maneira
acentuada no decorrer da gestação (PA), pode se elevar um pouco, sobretudo
no momento do parto, quando a pressão sistólica se eleva de 15 a 25 mmHg e
a diastólica de 10 a 15 mmHg, voltando posteriormente aos valores normais do
período não gravídico. (BRIQUET, 2011)
A elevação da frequência cardíaca materna por volta da vigésima oitava
a trigésima segunda semanas é na faixa de 10 a 15 bpm por minuto; esse
acréscimo dá-se pelo aumento do débito cardíaco, que antes da gestação é de
cinco litros, e durante este período pode chegar até sete litros, estabilizados
posteriormente até o momento do parto. (MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
Por volta da vigésima semana de gestação o aumento do volume do
útero gravídico impede o retorno, quando a gestante se posiciona na posição
supina. O aumento da pressão venosa leva à retenção de água e sódio,
causando edemas nos membros inferiores, que atingem cerca de 25 a 50%
das grávidas. (BRIQUET, 2011; REZENDE,2014)
1.2.5 Sistema Endócrino
38
De acordo com Sthephenson e Coonor (2004), durante a gestação a
produção de hormônio cresce de maneira significativa, sendo produzidos pelas
glândulas adrenais, tireóide, paratireóide e adenoipófise, ovários e placenta.
Os principais hormônios secretados no período gestacional são
progesterona, estrogênio e relaxina, responsáveis pelas alterações que
ocorrem no organismo e estrutura materna (POLDEN; MANTLE1997).
A progesterona é produzida pelo corpo lúteo até a decima semana de
gestação, após esse período a placenta se torna o principal produtor desse
hormônio, utilizando o colesterol materno como sua fonte primária. Este
hormônio é responsável por algumas alterações específicas que ocorrem
durante a gestação, tais como: redução do tônus do músculo liso, aumento de
temperatura, redução da tensão alveolar e arterial, hiperventilação e aumento
do depósito de gordura. (POLDEN; MANTLE 1997; BARACHO, 2012)
De acordo com Briquet (2011) o corpo lúteo sofre queda considerável na
produção de progesterona, chegando a produzir apenas 10% no final da
gravidez.
O estrogênio é o principal hormônio feminino, responsável por
características femininas tanto estruturais quanto de comportamento. Sua
produção aumenta em até mil vezes durante a gravidez. No início da gestação
ele se deriva da corrente sanguínea materna e na vigésima semana 90% da
sua produção é realizada pela glândula suprarrenal fetal. A sua ação no
organismo materno leva a algumas alterações, como: crescimento do útero e
glândulas mamárias; aumento na produção de prolactina, preparando as
mamas para a lactação; acúmulo de relaxina nas articulações; retenção de
água e sódio. Níveis altos deste hormônio geram acúmulo de glicogênio
vaginal, levando à predisposição para aftas. (POLDEN; MANTLE, 1997;
VIEIRA et al., 2007; BARACHO, 2012; REZENDE,2014)
A relaxina é produzida pelo corpo lúteo, placenta e pela decídua. Ao
contrário do estrogênio e progesterona, aquela passa a ser produzida por
outras estruturas. Presente em toda a gestação, tem origem do corpo lúteo,
induzindo a alterações necessárias, liberando fibras de colágeno no colo
uterino, inibindo contrações uterinas e relaxando a sísfise púbica e a
articulação sacra (BRIQUET, 2011; BARACHO,2012)
39
1.2.6 Sistema Músculo esquelético
Segundo Briquet (2011), o aumento das mamas e útero na segunda
metade do período gestacional fazem com que a gestante adapte uma postura
fora do seu centro de gravidade normal, para poder suportar o peso causado
pela proximidade ao parto.
Figura 6: Alterações no centro de gravidade das gestantes.
Fonte: Severo (2012)
Baracho (2012) nos mostra que essa modificação do centro de
gravidade da gestante ocorre devido ao seu deslocamento para frente, e para
manter o equilíbrio o corpo se projeta para trás, permanecendo até o final da
gestação.
Segundo Bortoletti (2007), as alterações de equilíbrio que ocorrem com
a gestante farão com que esta apresente algumas sintomatologias, como
fadiga, dores e parestesias.
De acordo com Briquet (2011), com a evolução da gestação e a
proximidade do parto, os ligamentos da sínfise púbica e articulações sacrilíacas
afrouxam-se o que facilita no momento do parto. A sínfise púbica já começa a
sofrer alterações ainda na primeira metade da gestação e, após o parto, volta
às condições normais.
Montenegro e Rezende (2014) nos mostram que o hormônio relaxina,
que é secretado na placenta, é o responsável por esse relaxamento dos
40
ligamentos, que no caso da sínfise púbica pode chegar em até 4mm em
primíparas e 4,5 em multíparas.
Devido a todas essas alterações a gestante tem que se adequar em
vários aspectos. A marcha se destaca, uma vez que a grávida anda mais
lentamente e com passos curtos, o que lembra a marcha anserina.
(MONTENEGRO; REZENDE, 2014)
1.3 Dor
A dor é descrita como uma sensação subjetiva desagradável e ruim. Ela
surge de uma experiência sensorial e emocional que vem associada a danos
reais ou potenciais para uma ou mais partes do corpo, podendo se manifestar
de forma aguda ou crônica. Cientificamente a dor é definida como uma
experiência multidimensional desagradável que envolve não somente
componentes sensoriais, mas também emocionais, associada a uma lesão
tecidual concreta ou potencial, descrita em função dessa lesão. (LOPES, 2003)
O Sistema nervoso central é o ativador da dor. Este recebe a cada
minuto milhões de bits de informações oriundas de diferentes órgãos e nervos
sensoriais. Ele contém mais de 100 bilhões de neurônios que recebem sinais
aferentes por meio de sinapses localizadas nos detritos neuronais. (GAYTON,
2011)
Para cada tipo de neurônio podem existir desde poucas centenas até
cerca de 200.000 conexões sinápticas aferentes. No entanto, o sinal aferente
desse neurônio trafega por um único axônio, que por sua vez tem muitas
ramificações distintas que vão para outras regiões do sistema nervoso ou para
a periferia do corpo. (GAYTON, 2011)
Segundo Gayton (2011), as atividades do sistema nervoso se iniciam
pelas experiências sensoriais que exercitam os receptores sensoriais, sejam os
receptores visuais, os auditivos, os táteis na superfície do corpo, entre outros.
As experiências sensoriais podem provocar reações cerebrais imediatas ou
podem ser armazenadas no cérebro, sob a forma de memória, por minutos,
semanas ou anos e determinar reações do organismo em data futura.
Na grande maioria dos casos, a dor resulta da ativação de neurônios
aferentes primários específicos, nos nocicepitores da lesão ou disfunção
41
desses nociceptores, ou do sistema nervoso central. Existe também a dor
causada por um excessivo estímulo dos nociceptores localizados na pele,
vísceras e outros órgãos, denominada dor nociceptiva, enquanto a que surge
de uma disfunção ou lesão do sistema nervoso central é chamada de dor
neuropática. (LOPES, 2003)
Os nociceptores são neurônios do sistema nervoso responsáveis pela
detecção e transmissão dos estímulos dolorosos. Assim como qualquer outro
neurônio aferente primário, possui um pericárdio ou corpo celular que fica
localizado nos gânglios das raízes dorsais da medula espinhal. (LOPES, 2003)
Todo esse sistema parte de um prolongamento que se bifurca e origina
um processo central que se dirige e termina no corno dorsal da medula
espinhal. Esse prolongamento periférico percorre os nervos sensitivos e
termina nos diversos órgãos periféricos, constituindo a fibra sensitiva. As fibras
responsáveis pela transmissão dos impulsos dolorosos terminam sem qualquer
tipo de especialização aparente, sendo chamadas de terminações nervosas
livres. Os estímulos responsáveis pela ativação dos nociceptores são
denominados de nociceptivos ou nóxicos e podem ser classificados em
térmicos ou químicos. Sua principal função é transformar a energia encontrada
nos nociceptores em impulsos nervosos e com isso torná-los potenciais de
ação, sendo conduzidos até a medula espinhal (LOPES, 2003).
1.3.1 Dor no período gestacional
As dores musculoesqueléticas são queixas frequentes durante o período
gestacional. Essa fase que é sem dúvida um sonho da maioria das mulheres,
promove mudanças orgânicas profundas devido às alterações dos níveis
hormonais, que afetam a anatomia, a fisiologia e o metabolismo materno.
(AYRES, 2016)
As dores musculoesqueléticas ocorrem devido à frouxidão ligamentar,
inchaço das partes moles, ganho de peso e mudanças no centro de gravidade
da coluna vertebral que alteram a posição postural. A frouxidão ligamentar é
um processo importante, pois ele permite a remodelação da arquitetura pélvica
e o alargamento da sínfise púbica com o intuito de permitir o parto transvaginal.
O inchaço nos tecidos moles é observado principalmente nas últimas 8
42
semanas de gravidez, o que contribui para sintomas relacionados aos tendões
e compressão de nervos periféricos, em especial no nervo mediano da região
palmar dos punhos, com sintomas de formigamento. O ganho de peso é outro
fator que contribui para o sintoma de dor, pois com o aumento do peso há
carga sobre as articulações. A posição do útero gravídico leva a uma alteração
do centro da gravidade da coluna vertebral, causando hiperlordose, que causa
uma tensão mecânica nas costas e nas articulações sacro-ilíaca, gerando a dor
lombar e pélvica. Alguns sintomas de dor relacionados à retenção de liquido
também são observados, como inflamação do tendão abdutor longo do polegar
e do extensor pollicis brevis, presentes no compartimento dorsal do punho.
(AYRES, 2016).
Segundo Polden e Mantle (1997), no terceiro trimestre da gestação há
uma maior retenção de água que pode resultar em um grau variante de edema
dos tornozelos e pés na maioria das mulheres, reduzindo a extensão da
articulação. O edema também pode causar pressão nos nervos, como na
síndrome de túnel carpal, em que o edema nos braços e nas mãos causa
parestesia e fraqueza muscular, afetando as porções terminais das
distribuições nervosas medianas eulnar.
Além destas, dores nas mamas também são um sintoma comum, uma
vez que não crescem somente durante a amamentação. No primeiro trimestre
de gravidez ela ficam doloridas devido à maior liberação do hormônio
prolactina. O peso também é um fator importante para essa dor, pois o
aumento do tamanho e densidade causam desconfortos. A dor na lombar é um
incômodo que também está associada à sobrecarga de peso, o que gera
mudança na postura da grávida, sendo que quanto maior o peso maior será a
intensidade da dor. A dor na pélvis é oriunda do ganho de peso nessa região,
uma vez nem todo o peso que a gestante adquire é somente do bebê, pois há
também o peso da placenta e do líquido amniótico. A gestante também poderá
ter dor de cabeça e cólica, principalmente no início da gestação, devido ao
aumento do útero e produção de gases intestinais, dores nas pernas e
câimbras. (AYRES, 2016)
1.3.2 Incapacidades decorrentes da dor gestacional
43
Transformações morfológicas e fisiológicas marcam a fase gestacional.
As mudanças envolvem adaptações hemodinâmicas, hormonais e
biomecânicas, que, não tendo um acompanhamento apropriado, podem
contribuir para o surgimento de desordens musculoesqueléticas e o
comprometimento do equilíbrio postural da mulher na gestação. (MOREIRA et
al., 2011)
A gravidez sem dúvida é um momento de importante reestruturação na
vida da mulher, pois é um período em que ela passa por intensas modificações
físicas e psicológicas. Algumas limitações surgem nessa fase e geram
incapacidades temporárias, que estão basicamente relacionadas à diminuição
de amplitude de certos movimentos. A coluna é uma das partes do corpo que
mais sofre com transformações biomecânicas, isso por que esse seguimento
passa por perturbações em suas curvas fisiológicas, que são evidenciadas pelo
aumento dos seios, aumento do útero gravídico, ganho de peso, acumulo de
liquido e aumento da circunferência abdominal, acompanhada de uma maior
inclinação da pelve. (MOREIRA et al., 2011)
As alterações musculoesqueléticas geram dores quase que constantes.
Com a evolução da gravidez, a gestante passará a ter uma redução da marcha,
dificuldade para permanecer em uma postura estática e redução da amplitude
de movimentos da coluna lombar. Os sintomas de dor com intensidade e
duração variáveis ocasionam diversas interferências nas atividades de sua vida
diária, como: carregar objetos, limpar a casa, sentar e caminhar, que geram
absenteísmo, distúrbios de sono, incapacidade motora e, em alguns casos,
depressão. (MOREIRA et al., 2011)
1.3.3 Incapacidade funcional decorrentes da Dor Gestacional
Ao longo de todo o período gestacional é fato que o corpo da gestante
passa por uma grande transformação.Toda a funcionalidade do corpo vai se
adequando para um pleno desenvolvimento do feto no útero materno ao longo
das 40 semanas. (OBSERVADOR, 2017)
No primeiro trimestre, os níveis de estrogênio tornam-se maiores que o
normal, o organismo cria condições para que o oxigênio e outros nutrientes
cheguem até o feto, fazendo com que os batimentos cardíacos aumentem.
44
Mais tarde, por volta da vigésima sétima semana de gravidez, os órgãos
internos se adaptam para criar espaço para o bebê; como consequência os
órgãos da gestante entram em uma configuração em que são espremidos para
dar lugar ao útero.O bebê cresce mais e começa a mexer-se, então os
músculos tornam-se mais frouxos para facilitar os movimentos do feto.
(OBSERVADOR, 2017)
Quando a mulher esta grávida, o fluxo sanguíneo aumenta e a
frequência de circulação fica mais lenta, o que ocasionam problemas de má
circulação. A capacidade pulmonar também é diminuída e os pulmões e o
diafragma ficam comprimidos, com isso a gestante passa a se sentir um pouco
sem ar. A frequência cardíaca também é aumentada, uma vez que o coração
precisa bombear sangue mais depressa e os batimentos ficam mais fortes para
gerar mais impulsos elétricos. O útero cresce e faz mais pressão na bexiga, no
intestino, no estômago e, enfim, em toda a área abdominal. (PERFEITO, 2017)
1.4 Fisioterapia na gestação
A gravidez é uma etapa de transformações, quando a mulher vivencia
novos conhecimentos, novos hábitos para o bem-estar da mãe e da criança faz
com que a gestação seja um momento propício para a atuação fisioterapêutica.
(BARACHO, 2007).
De acordo com Baracho (2007), o contato permanente durante o
atendimento com a gestante facilita a investigação sobre dúvidas e anseios,
podendo orientá-las com mais convicção. Diante das orientações preparamos a
gestante fisicamente para que no período gestacional, parto e puerpério sejam
concretizados com sucesso. O atendimento do fisioterapeuta no período pré-
natal é de conscientizar a gestante quanto à postura adequada e trabalhar seus
músculos para que se tornem capazes de suportar as exigências impostas
durante a gravidez e o parto.
Nas avaliações fisioterapêuticas no pré-natal, realiza-se no primeiro
instante uma anamnese e logo em seguida uma avaliação física e, por meio
dos dados colhidos, planeja-se uma conduta e atendimento apropriado para
cada gestante. (BARACHO, 2007)
Constantemente a fisioterapia vem sendo utilizada como um recurso
45
para tratar pacientes de obstetrícia, atuando e ajudando durante o trabalho de
parto, instruindo exercícios terapêuticos na fase do pré-natal, pós-parto,
gravidez de risco e após cesariana. (STEPHENSON; O’CONNOR, 2004)
Com o desenvolvimento do feto, a gestante apresenta uma série de
alterações posturais e a fisioterapia atua como forma de prevenir e minimizar
os processos álgicos devido a essas transformações. (MORON; CAMANO;
KULAY, 2011)
Uma das principais queixas álgicas relacionada à gestação são
lombalgias e dor lombo pélvica, atingindo um grande número de gestantes. A
dor lombo pélvica causa uma limitação das atividades funcionais, atrapalhando
seu desenvolvimento no trabalho e dificultando a qualidade do sono,
aumentando sua irritabilidade e diminuindo a tolerância a dor (MORON;
CAMANO; KULAY, 2011).
Segundo Moron, Camano eKulay (2011) durante um determinando
período acreditou-se que a lombalgia era considerada uma dor normal no
decorrer das fases gestacionais, sendo esperada pelas mulheres. Hoje em dia,
com uma preocupação maior com a qualidade de vida, sobretudo na gravidez,
essa dor não faz parte das alterações fisiológicas, por isso não pode ser
considerada normal. A fisioterapia vem sendo indicada para amenizar a dor
sem causar quaisquer efeitos colaterais.
1.4.1 Benefícios da fisioterapia na gestação
A atuação fisioterapêutica em obstetrícia vem sendo cada vez mais
reconhecida através dos benefícios que ela proporciona no pré-natal,
realizando exercícios exclusivos prevenindo e diminuindo as dores e
melhorando a condição de vida das gestantes. A falta de informações corretas
agregada ao medo do desconforto aumenta o estado de tensão durante a
internação da parturiente, normalmente, acaba prolongando e tornando mais
doloroso o momento do trabalho de parto. (BORTOLETTI et al, 2007)
As técnicas terapêuticas empregadas na fisioterapia beneficiam a
parturiente, eliminando com precaução os estímulos dolorosos e as sensações
angustiantes de medo, tensão e dor no período do parto. (BORTOLETTI et al,
2007).
46
Na fisioterapia intraparto, o objetivo é diminuir o tempo de dilatação
preparando o períneo para a expulsão do feto. Através das técnicas utilizadas,
o tempo de trabalho de parto pode ter uma diminuição de até três horas de
diferença de um parto em que não houve a intervenção fisioterapêutica.
(BORTOLETTI et al., 2007)
1.4.2 Técnicas fisioterapêuticas na gestação
As técnicas fisioterapêuticas são utilizadas durante a gravidez para
diminuir os sinais de desconforto, dominar a ansiedade e depressão e assim
controlando esses sintomas, a dor do parto diminui. (DE CONTI et al., 2003)
Segundo Baracho (2012), para que se tenha segurança e confiança na
hora do parto é preciso ter uma percepção do próprio corpo e uma boa
preparação física. Por isso, o fisioterapeuta faz a orientação de exercícios de
percepção corporal, ensina a gestante o alongamento e fortalecimento, explica
também sobre a respiração adequada e exercícios aeróbicos, preparando seu
corpo para o parto, uma vez que nesse momento os grupos musculares
precisam estar prontos para a fase expulsiva e com muita flexibilidade. Os
exercícios, além de benéficos, aumentam a autoestima da gestante, diminuindo
o estresse e, desta maneira, melhoram a qualidade do sono e ajudam a
controlar a ansiedade.
1.4.2.1 Cinesioterapia
A cinesioterapia é a prática dos exercícios realizados através dos
movimentos e baseia-se na importância dos movimentos voluntários repetidos
causarem força muscular. Tem por sua vez a finalidade de movimentar o corpo
e abranger tanto o aspecto articular, como prevenção da rigidez, e no aspecto
muscular, a estimulação do músculo, diminuindo assim as contraturas e
mantendo ou readquirindo as forças musculares. No aspecto nervoso, a
importância motora impede a perda do esquema corporal; no aspecto
circulatório, ajuda a nutrir os tecidos, e; no aspecto psíquico, auxilia no
crescimento da autoestima. (OLIVEIRA, 2006)
A técnica da cinesioterapia é importante para a musculatura do assoalho
47
pélvico (MAP), porque durante a gravidez acontecem diversas modificações
hormonais e anatômicas que exercem efeitos sobre essa musculatura. Sendo
assim, a cinesioterapia é uma das aliadas para auxiliar no alívio das alterações
musculoesqueléticas sucedidas no ciclo gravídico puerperal. (OLIVEIRA, 2006)
Consiste em um método simples e de baixo custo, fácil adesão, boa
eficácia e, sobretudo, por não oferecer nenhum tipo de risco ou desconforto as
gestantes. (OLIVEIRA, 2006)
Cada vez mais vem crescendo a procura por auxílio fisioterapêutico
durante a gestação. Os programas multidisciplinares preparam a gestante para
o parto e ajudam tanto na questão física como psicológica e estão tornando-se
comuns entre as mulheres grávidas, garantindo o equilíbrio físico e o controle
emocional. (DE CONTI et al, 2003)
O método fisioterapêutico instrui as gestantes a contrair e relaxar a
musculatura de forma correta, promovendo com facilidade a saída do feto
durante o parto normal. Uma das dificuldades encontrada pelas mulheres é
aprender a controlar o tônus muscular dos músculos do assoalho pélvico
(MAP) durante as contrações. (OLIVEIRA, 2006).
São utilizados na pratica dos exercícios cinesioterapêuticos: bola suíça,
bastão, exercícios com halter ou caneleira, exercícios de retroversão e
anteroversão da pelve, exercícios respiratórios, exercício ativos de membro
superior e inferior, exercício de alongamento, entre outros. (CASTRO;
CASTRO; MENDONÇA, 2012).
Vale ressaltar que os exercícios auxiliam para uma melhora na condição
de força e manutenção da musculatura do assoalho pélvico (MAP) durante a
gestação e, também, os músculos bem preparados ajudam no momento do
período expulsivo do parto. (CASTRO; CASTRO; MENDONÇA, 2012)
1.4.2.2 Terapia Aquática
A hidroterapia é uma técnica que emprega a água como sendo um
recurso terapêutico, utilizando meios como piscina de água quente, banho de
chuveiro, banheiras, bolsas ou compressas quentes. Utilizando-se a água
quente ocorre a vasodilatação e o relaxamento muscular das estruturas.
(BORTOLETTI et al., 2007)
48
É recomendada com frequência, pois atinge baixo impacto articular,
melhorando o retorno venoso através da pressão hidrostática. Desta maneira,
beneficia com atividades de imersão e contribui para a melhora do edema,
diurese e diminuição da dor musculoesquelética relacionada à gravidez.
(ALVES, 2015)
Os resultados encontrados durante a prática de exercícios físicos são
recomendados no período do pré-natal através do profissional que realiza seu
acompanhamento. Embora tenha alguma reação diante da água, a imersão
tem suas finalidades que provocam intensas alterações fisiológicas. (ALVES,
2015)
Ao se inserir no meio aquático, o organismo é submetido a diversas
forças físicas, gerando alterações fisiológicas que comprometem alguns
princípios do organismo. Desta maneira, as informações sobre as propriedades
físicas da água e suas repercussões obtidas na capacidade respiratórias são
muito importantes para o tratamento fisioterapêutico. (ALVES, 2015)
O retorno cardiovascular por meio da imersão acontece através da
pressão hidrostática. Com isso os parâmetros respiratórios passam ainda por
uma compressão, aumentando o volume central e pressionado a caixa torácica
e abdômen. (ALVES, 2015)
Além disso, pode ser utilizada durante o trabalho de parto promovendo à
parturiente o relaxamento, aliviando a dor e diminuindo a precipitação de riscos
no parto e em algumas medidas farmacológicas. Dentre os efeitos, pode ser
notado um aumento na dilatação do colo uterino, redução da pressão arterial,
minimização da dor, diminuição do edema e, assim,a redução da necessidade
de serem utilizadas medidas farmacológicas e anestesias (MAZONI; FARIA;
MANFREDO, 2009).
1.4.2.3 Massoterapia
A massoterapia é um tipo de massagem que estimula a vasodilatação
local, libera opióides endógenos e alivia dor, por meio de estímulos mecânicos.
A massagem é muito importante no período da contração, pois auxilia na
diminuição da dor durante o trabalho de parto. (BORTOLETTI et al.,2007)
No momento do parto, o lugar em que as parturientes mais relatam dor é
49
na região lombo sacra abdominal e pernas, deste modo, é executada a
massagem no local através de pressões leves e circulatórias (MAZALLI;
GONÇALVES, 2008)
A respiração precisa ser lenta com pausas prolongadas entre a
inspiração e expiração, pois se efetuada com rapidez a parturiente sentirá mais
dor ao invés de ser reduzida. (ASLANI, 1998)
Nos primeiros meses da gravidez pode se massagear o abdômen
suavemente; durante os próximos meses sua posição modifica, tendo que
deitar de lado para receber a massagem e a mesma continuara sendo suave.
Os benefícios da massagem são regular os processos fisiológicos como o
controle da digestão, condicionando a melhora do tônus muscular, aumento da
circulação do sangue e da linfa e promover o equilíbrio dos sistemas hormonal
e nervoso. Além disso, o toque da massagem estimula a energia vital
restaurando o equilíbrio interno, e não apenas benefícios físicos, mas também
psicológicos. (ASLANI,1998)
É importante ressaltar que a massagem realizada na região perineal é
muito útil, uma vez que, ajuda a relaxar os músculos do períneo, reduzindo a
tensão no local e impedindo lacerações e até uma episiotomia. (MAZALLI;
GONÇALVES, 2008)
O método utilizado por meio de manobras como toques leves,
circulatórios e fricção ajuda a suavizar a dor. O foco principal da massagem é
proporcionará parturiente um relaxamento, aliviando a tensão nos músculos e
assim diminuindo a dor durante o trabalho de parto. (MAZALLI; GONÇALVES,
2008)
1.4.2.4 Eletroterapia
A eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) é um recurso
terapêutico não farmacológico frequentemente usado no alívio da dor em
gestantes. Para isso, é indicada uma corrente de baixa frequência, uma vez
que não gera qualquer tipo de ionização, ficando apenas restrito a pacientes
que possuem marca-passo. (PEREIRA, 2013)
Consiste em um método simples, de fácil aplicação e baixo custo e que
durante o trabalho de parto não proporciona qualquer risco à parturiente e
50
muito menos à criança. (PEREIRA, 2013)
De acordo com Castro, Castro e Mendonça (2012), esse é um recurso
que se aplicam eletrodos de forma tetra polar cruzada na região lombo sacra,
que é o local que elas referem a mais dor. Utiliza os parâmetros para dor
aguda, com frequência de (150 HZ), largura de pulso (75 microssegundos) e
ação por no mínimo 30 minutos.
Embora a aplicação do TENS seja utilizada para analgesia durante o
trabalho de parto, ele não elimina a dor, mas ajuda a reduzir a intensidade,
diminuindo o uso drogas analgésicas e anestésicas. (PEREIRA, 2013)
O TENS pode ser utilizado tanto no pré-parto como no pós-parto, pois
ele ajuda no alívio da dor, dos espasmos musculares e diminui a dor durante o
ciclo dor/espasmo/dor. Também é importante que a ansiedade seja controlada
durante o parto para que a dor seja amenizada, uma vez que, caso não seja,
ocorrerá o aumento da dor durante o trabalho de parto. (CASTRO; CASTRO;
MENDONÇA, 2012)
2 O EXPERIMENTO
2.1 Procedimentos metodológicos
O projeto foi submetido na Plataforma Brasil, atendendo a Resolução
466 do Ministério da Saúde e aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa do
Centro Universitário Católico Auxilium: número do parecer: 2.279.051, data da
relatoria 15 de Setembro de 2017 (ANEXO B) e assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO C) pelas voluntárias. A pesquisa
foi realizada com o intuito de analisar se o acompanhamento fisioterapêutico
durante a gestação proporciona melhora na incapacidade causada pela dor
neste período.
2.1.1 Condições ambientais
O presente estudo foi realizado na Associação Beneficente Santa
Paulina de Lins, após a apresentação da carta de informação as voluntárias,
sendo este trabalho realizado por uma extensão do setor de Fisioterapia na
51
Saúde da Mulher, no período de maio a outubro de 2017, nos horários das
14h00min as 15h00min, com frequência de duas vezes semanais.
2.2 Casuística e métodos
2.2.1 Casuísticas
O estudo foi realizado na Associação Beneficente Santa Paulina, onde é
realizado um programa com gestantes, chamado “maternidade pró-ativa”.
Neste programa uma equipe multiprofissional, com o objetivo de desenvolver
um trabalho voltado à gestação, parto e puerpério, dá suporte às gestantes da
cidade de Lins e região.
As alunas foram até a Associação, onde explicaram o projeto de maneira
detalhada e sua finalidade às gestantes através da carta de informação
(APENDICE A), deixando claro a todos os benefícios e riscos do projeto
proposto. Após todos os esclarecimentos, foi explicado o Termo de
Consentimento Livre Esclarecido e a importância de que todas as assinassem,
caso estivessem de acordo com os procedimentos que seriam realizados.
Participaram do estudo 46 gestantes com idades entre 18 a 40 anos que
apresentavam incapacidade devido à dor.
Como critérios de inclusão, as gestantes deveriam apresentar
incapacidade por dor e assinar o termo de consentimento livre esclarecido.
Foram excluídas gestantes que não apresentavam incapacidade por dor e que
não aceitaram participar da pesquisa e ou se recusaram a assinar o termo de
consentimento livre esclarecido.
Na Associação Beneficente Santa Paulina o encontro com as gestantes
ocorre duas vezes na semana, sendo de segunda-feira e quarta-feira,
constituindo em dois grupos, o grupo das primigestas e o grupo das
multigestas. Os atendimentos fisioterapêuticos são realizados pelo setor de
Fisioterapia na Saúde da Mulher do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco,
no horário das 14:00 às 15:00h.
Os atendimentos realizados com as gestantes são baseados na
cinesioterapia, que atua por meio de treinamento planejado e sistêmico de
movimentos corporais, posturas ou atividades físicas, com finalidades
52
preventivas e curativas.
São realizados exercícios para membros superiores e inferiores, core e
assoalho pélvico. Todos eles são exercícios livres, resistidos e com a utilização
de alguns materiais, como: bastão, bola suíça, caneleira, halter, theraband,
overboll, colchonete. Os exercícios são ativos, como: exercícios respiratórios,
aquecimento, fortalecimento do core e assoalho pélvico, trocas posturais
alongamento e relaxamento.
O trabalho realizado através da fisioterapia tem como objetivo melhorar
a qualidade de vida das gestantes preparando a musculatura do assoalho
pélvico associado à respiração controlada para auxiliar na diminuição da
tensão, medo e sensação dolorosa causada no momento do parto; ainda estas
recebem orientação e realizam exercícios voltados para postura adequada
facilitando a realização das atividades do dia a dia, pois devido ao excesso de
peso adquirido no período gestacional, é comum o relato de dores na região
lombar.
2.2.2 Métodos
2.2.2.1 Aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10
A tradução do QIRM foi baseada no método de retraduzir, o que
envolveu revisão, tradução e adaptação das medidas do inglês para o
português e novamente para o inglês. Uma adaptação cultural preliminar foi
necessária, pois algumas palavras usadas para expressar sentimentos ou
situações não fariam sentido em uma tradução literal. Apesar das mudanças, a
versão em português do QIRM foi mantida muito próxima da versão original em
inglês, sem comprometer seu entendimento e sendo adequada para o leitor
brasileiro. A única grande mudança que ocorreu, quando comparado com a
versão original, foi substituir a palavra dor nas costas pela palavra dor.
(JUNIOR et al.,2010, p.30)
É um questionário composto por 24 perguntas que avaliam a
incapacidade funcional que as gestantes apresentam ou não ao realizarem
tarefas simples do dia a dia.
Trata-se de um questionário com perguntas simples que descrevem
53
várias alterações de dor, ao realizarem coisas que normalmente realizavam e
hoje já não realizam mais devido as dores que sentem.
Através da pontuação total apresentada que será de 0 – 24, iremos
classificar da seguinte maneira: em bom, moderado, regular e ruim. Através
dessa classificação iremos mensurar o grau de incapacidade apresentada pelo
individuo. Essa classificação seguirá o seguinte padrão: de 0 -6 será
classificado como “bom”, de 7- 12 será classificado “moderado”, de 13 – 18
será classificado como “regular” e de 19 – 24 será classificado como “ruim”.
2.2.2.2 Teste Timed Up & GO (TUG)
O teste consiste em levantar-se de uma cadeira, sem ajuda dos braços,
andar a uma distância de três metros, darem a volta e retornar. No início do
teste, o paciente deve estar com o dorso apoiado no encosto da cadeira e, ao
final, deve encostar novamente. O paciente deve receber a instrução “vá” para
realizar o teste e o tempo será cronometrado com a partir da voz de comando
até o momento em que ele apóie novamente o dorso no encosto da cadeira. O
teste deve ser realizado uma vez para familiarização e uma segunda vez para
tomada do tempo. Um tempo mais rápido indica um melhor desempenho
funcional, enquanto que um tempo mais baixo indica maior risco de quedas em
ambiente comunitário.
Tem como objetivo avaliar a mobilidade e o equilíbrio funcional. O teste
quantifica em segundos a mobilidade funcional por meio do tempo que o
indivíduo realiza a tarefa de levantar de uma cadeira, caminhar 3 metros, virar,
voltar rumo à cadeira e sentar novamente.
a) Até 10 segundos para a realização, corresponde a um desempenho
normal com baixo índice de quedas.
b) De 10,1 “-20” corresponde a um baixo índice de quedas.
c) De 21 “-29” corresponde a um risco moderado de quedas.
d) 30 segundos ou mais, alto risco de quedas.
2.2.3 Materiais
54
a) Papel Sulfite
b) Tinta Preta
c) Impressão
d) Questionário de Incapacidade Rolland e Morris(QIRM)10.
e) Teste Timed Up & GO (TUG).
f) Cadeira
g) Cronômetro
2.3 Procedimento
A aplicação do Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10
e do Teste Timed Up & GO (TUG) foi realizado no início de cada grupo de
gestantes e também no encerramento, com um intervalo de cerca de 3 meses
entre a avaliação e reavaliação. As gestantes eram orientadas a assinalarem
somente as perguntas que descrevessem o que elas sentiam no momento da
aplicação do questionário, logo após a aplicação era realizado o teste com
cada participante para avaliar a sua mobilidade e equilíbrio.
Dentre as 46 participantes, 20 gestantes (47,43%) foram frequentes
durante todos os encontros realizados, assim a avaliação inicial e a reavaliação
se completaram; as outras 26 gestantes (56,52%) realizaram apenas a
avaliação inicial e, devido à intercorrências na gestação ou por motivos
pessoais, interromperam a sua participação no projeto.
2.4 Análises Estatísticas
A análise dos dados será realizada com os procedimentos estatísticos,
admitindo-se a média e o desvio padrão, foi realizada uma análise descritiva
através do programa Excel.
2.5 Resultado
55
Tabela 1: Comparação pré e pós através da aplicação do questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)
Pré Pós
P
Média 8,60 6,70 0,15
DP/ ± 4,22 ± 6,67
Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.
O Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10 tem a
função de avaliar a incapacidade funcional que as gestantes apresentam
durante a gestação. Comparando os resultados pré e pós acompanhamento
fisioterapêutico, pode ver que há uma redução na sua classificação, sendo que
pré acompanhamento as avaliadas obtiveram uma média de 8,6 classificada
como incapacidade moderada e pós 6,7 que foi classificado como bom.
Tabela 2: Comparação pré e pós através da realização do teste Timed Up & GO (TUG)
Pré Pós P
Média 9,10 9,55 0,33
DP ± 1,41 ± 2,22
Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.
Após a apreciação dos dados coletados, pode-se observar que não
houve resultados significativos para o teste de TUG. Apresentado uma média
pré acompanhamento fisioterapêutico de 9,10 e pós de 9,55.
2.6 Discussão
De Conti et al. (2003) realizaram um estudo com 71 gestantes nuliparas,
de baixo risco, em um programa de preparo para o parto e maternidade, em
que realizavam atividades educativas, fisioterápicas e de interação. Foi
aplicado um questionário específico no início e no final do estudo para se
observar a ausência, presença ou evolução de desconfortos
musculoesqueléticos que são comuns nesse período. No final do estudo
56
através dos dados coletados do GC e GE, não apresentaram alterações
significativas quanto à duração do desconforto músculoesquelético. No
presente estudo, após realizar as atividades fisioterapêuticas e coletar as
informações sobre as incapacidades geradas nas gestantes, pode-se constatar
uma melhora significativa, classificada como boa, na incapacidade funcional
dessas pacientes; já no teste de TUG não houve alteração positiva.
Um estudo feito por Moura et al. (2007) teve como objetivo verificar o
efeito protocolo de fisioterapia em mulheres que apresentam lombalgia
gestacional. O estudo foi realizado com 14 gestantes, divididas em grupo
controle e tratado. Ambos os grupos foram submetidos ao questionário de
qualidade de vida SF-36 e o de dor McGill. O grupo de tratamento foi
submetido a um protocolo de fisioterapia em que foram realizados exercícios
de cinesioterapia de modo geral. No término da pesquisa, foi possível observar
através da comparação dos dados coletados pelos questionários que ocorreu
uma diminuição da dor lombar no grupo de tratamento e no grupo controle
ocorreu uma elevação nos valores com o decorrer da gestação. O atual estudo
contou com a participação efetiva de 20 gestantes de um total de 46. Essas 20
gestantes realizaram a pré e a pós avaliação. O questionário aplicado avaliou a
incapacidade das mesmas no período pré e pós acompanhamento
fisioterapêutico, que apresentou um resultado positivo referente à diminuição
dos efeitos dessa incapacidade. Já com o teste de TUG, que tem o intuito de
avaliar a funcionalidade das gestantes, não houve resultado positivo na
apreciação dos resultados.
Landi, Bertolini e Guimarães (2004) formularam um protocolo de
exercícios para gestantes com o objetivo de verificar se a prática de atividades
físicas durante a gestação proporciona à mãe menor dificuldade no trabalho de
parto e no nascimento do bebê. O estudo e coleta foram realizados com
voluntarias do próprio campus da CESUMAR, Centro Universitário de Maringá.
As gestantes passaram por uma avaliação e deram início à prática das
atividades físicas por cerca de 3 meses. No término do estudo, mesmo sendo
com uma amostra pequena de 2 voluntárias, os resultados foram significativos,
pois ambas apresentaram diminuição nas queixas de dor e obtiveram melhora
na qualidade de vida. Por um período de seis meses, o presente estudo foi
aplicado na Associação Beneficente Santa Paulina de Lins no setor de
57
fisioterapia na área de saúde da mulher. Com a avaliação feita no período pré e
pós atividades fisioterapêuticas, já foi possível notar uma melhora nas
incapacidades geradas no período gestacional; já no teste de TUG, que avalia
a funcionalidade destas, não ocorreu alteração.
Beleza e Carvalho (2009) realizaram uma revisão de literatura sobre a
Atuação Fisioterapêutica no Puerpério e através desta foi possível ressaltar a
importância do acompanhamento fisioterapêutico em todo o período
gestacional, que vem acompanhado de várias modificações estruturais e
metabólicas, pois com a intervenção fisioterapêutica, a gestante alcança
benefícios no pré e pós-natal e evita problemas futuros.
Dalvi et al. (2010) realizaram um estudo sobre os benefícios da
cinesioterapia a partir do segundo trimestre gestacional, cujo objetivo era
demonstrar a eficácia dos exercícios cinesioterapêutico no alívio e na
prevenção de desconfortos decorrentes da gestação. Foram recrutadas onze
voluntárias, porém o estudo finalizou com apenas cinco voluntarias, devido à
desistência, aborto e indisponibilidade de horário. Os benefícios foram
avaliados pré e pós-intervenção, por meio da aplicação de um questionário de
qualidade de vida WHOQOL - ABREVIADO (Programa de Saúde Mental –
Organização Mundial da Saúde em Genebra). Através da análise dos
resultados ficou evidente a melhora no estado físico das gestantes em um
modo global.
2.7 Conclusão
Diante dos resultados obtidos pode-se observar que, através do
acompanhamento fisioterapêutico no período gestacional, é possível
proporcionar às gestantes uma diminuição na incapacidade gerada pela dor.
Mesmo com todas as alterações estruturais e metabólicas que ocorrem
neste período, a intervenção fisioterapêutica melhora a qualidade de vida da
gestante em vários segmentos, como qualidade de sono, respiração,
locomoção e pré-parto.
Os recursos utilizados pela fisioterapia são exercícios simples de
cinesioterapia e que podem ser realizados em casa pelas gestantes, o que
intensifica mais ainda a diminuição das incapacidades que ocorrem neste
58
período.
59
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62
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63
APÊNDICE
64
CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA
Titulo do projeto: Avaliação da capacidade funcional e acompanhamento
fisioterapêutico durante a gestação.
Objetivo Primário: O projeto tem como objetivo, analisar se o
acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação proporciona melhora na
incapacidade causada pela dor. E como objetivos secundários irão avaliar o
nível de incapacidade que a dor pode causar nas gestantes e observar através
da comparação dos dados coletados quais as limitações mais frequentes
geradas pela dor nas gestantes.
Descrição dos procedimentos: Para a realização do projeto é necessário o
preencher do Questionário de Incapacidade ROLAND-MORRIS – QIRM e a
realização do teste Timed Up & GO (TUG). O questionário é composto por 24
frases que as pessoas usam para se descreverem quando tem dor, o teste tem
a finalidade de avaliar a mobilidade e o equilíbrio funcional, tanto o
preenchimento do questionário quanto a realização do teste será feito apenas
por gestantes que apresente incapacidade por dor e tenha entre 18 – 40 anos.
Os procedimentos serão realizados no início de cada grupo e no seu
encerramento, durante esse período as gestantes estarão recebendo o
tratamento fisioterapêutico realizado pelos estagiários do último ano do curso
de Fisioterapia do Unisalesiano - Lins. No encerramento de cada grupo será
aplicado novamente o questionário e realizado o teste.
Riscos de pesquisa: As participantes da pesquisa podem se sentir
constrangidas com as perguntas apresentadas pelo questionário por expor os
sintomas apresentados por elas. Esses riscos podem ser amenizados
realizando a sua aplicação de forma individual, evitando assim o possível
constrangimento.
Benefícios da pesquisa: Através dessa pesquisa iremos verificar o nível de
incapacidade que as mulheres apresentam na gestação e apresentar
condições para melhorar estes sintomas, proporcionando assim uma gestação
65
tranquila e segura.
Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe
e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentados,
uma vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino
(respeitando sempre sua identidade), você ou seu representante legal deve
assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de
Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que você tem total
liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem
ônus ou prejuízo algum.
Por estarem entendidos, assinam o presente termo.
Lins, 21 de Março de 2017
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Pesquisador Responsável
66
ANEXOS
67
ANEXO A – Questionário de Incapacidade Rolland e Morris (QIRM)10.
Quando você tem dor, você pode ter dificuldade em fazer algumas
coisas que normalmente faz. Esta lista possui algumas frases que as pessoas
usam para se descreverem quando tem dor. Quando você ler estas frases
poderá notar que algumas descrevem sua condição atual. Ao ler ou ouvir estas
frases pense em você hoje. Assinale com um x apenas as frases que
descrevem sua situação hoje, se a frase não descrever sua situação deixe-a
em branco e siga para a próxima sentença. Lembre-se assinale apenas a frase
que você tiver certeza que descreve você hoje.
1. Fico em casa a maior parte do tempo por causa da minha dor. ( )
2. Mudo de posição frequentemente tentando ficar mais confortável com a dor.
( )
3. Ando mais devagar que o habitual por causa da dor. ( )
4. Por causa da dor eu não estou fazendo alguns dos trabalhos que geralmente
faço em casa. ( )
5. Por causa da dor eu uso o corrimão para subir escadas. ( )
6. Por causa da dor eu deito para descansar mais frequentemente. ( )
7. Por causa da dor eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar
de uma poltrona. ( )
8. Por causa da dor tento com que outras pessoas façam as coisas para mim( )
9. Eu me visto mais devagar do que o habitual por causa das minhas dores. ( )
10. Eu somente fico em pé por pouco tempo por causa da dor. ( )
68
11. Por causa da dor tento não me abaixar ou me ajoelhar. ( )
12. Tenho dificuldade em me levantar de uma cadeira por causa da dor. ( )
13. Sinto dor quase todo o tempo. ( )
14. Tenho dificuldade em me virar na cama por causa da dor. ( )
15. Meu apetite não é muito bom por causa das minhas dores. ( )
16. Tenho dificuldade para colocar minhas meias por causa da dor. ( )
17. Caminho apenas curta distâncias por causa das minhas dores. ( )
18. Não durmo tão bem por causa das dores. ( )
19. Por causa da dor me visto com ajuda de outras pessoas. ( )
20. Fico sentado a maior parte do dia por causa da minha dor. ( )
21. Evito trabalhos pesados em casa por causa da minha dor. ( )
22. Por causa da dor estou mais irritado e mal humorado com as pessoas do
que em geral. ( )
23. Por causa da dor subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. ( )
24. Fico na cama (deitado ou sentado) a maior parte do tempo por causa das
minhas dores. ( )
69
ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP
70
71
72
ANEXO C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Eu..................................................................................................................
,portador do RG n°. ..........................................................., atualmente
com...........anos,residindo na ................................................................................
........., após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA
PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Amanda de
Andrade Macedo, Juliana da Silva Santos e Samara Bertoni, apresento meu
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa
proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar
os objetivos da pesquisa.
Concordo também com o uso científico e didático dos dados,
preservando a minha identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou
ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial
guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso
solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
Lins, ............. de ............... de 20.....
............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Ana Claudia de Souza Costa
Endereço: Avenida Emesto Monte, Nº: 06
Telefone:(14)3541-1802