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AUTOPERCEPÇÃO EM SAÚDE BUCAL DE
IDOSOS EM USF DO DISTRITO SANITÁRIO III
DE JOÃO PESSOA-PBDE JOÃO PESSOA-PB
AILMA DE SOUZA BARBOSAMARIA BETÂNIA MORAISFAGNER BOSON SANTOS FÁBIO CORREIA SAMPAIO
FRANKLIN DELANO SOARES FORTE
O envelhecimento da população e a mudança noperfil sócio-demográfico:
No BrasilNa ParaíbaEm João Pessoa;(IBGE, 2000)Em João Pessoa;(IBGE, 2000)
O aumento da expectativa de vida e o impacto nademanda dos serviços de saúde;
O envelhecimento e a Saúde Bucal;
Conseqüências para a Saúde Bucal
“A perda parcial ou total dos dentes, um processo“A perda parcial ou total dos dentes, um processoirreversível e acumulativo, é um dos principais problemasneste grupo etário, pelo grande número de pessoasatingidas e pelas conseqüências que este fato pode ter navida da pessoa, não só em relação a sua saúde bucal mastambém a sua saúde geral.”
SILVA (1998)
OBJETIVOS
Geral
Avaliar a auto-percepção em saúde bucal de idosos
de 65-74 anos, não institucionalizados participantes dosde 65-74 anos, não institucionalizados participantes dos
grupos de idosos das USFs Mangabeira IV por dentro e
Timbó I, Distrito Sanitário III de João Pessoa – PB,
associando aos critérios normativos da OMS (1997).
Específicos
- Avaliar o acesso ao atendimento odontológico e osfatores sócio-econômicos dos idosos;
- Estimar a prevalência de cárie dentária;
- Estimar a necessidade e uso de prótese;
METODOLOGIA
Encaminhamento: aos Comitês:
-Comissão de Avaliação de Projetos DCOS/CCS
- CEP do CCS/UFPB
- Direção do Distrito Sanitário III- Direção do Distrito Sanitário III
Aspectos éticos da pesquisa envolvendo sereshumanos, preconizados na resolução 196/96 doConselho Nacional de Saúde – CNS
Tipo de estudo
Local de estudo
Trata-se de um estudo com abordagem transversal,descritiva, com eixo temporal contemporâneo equantitativo (Pereira, 1995).
USF Timbó I
USF Mangabeira IV por dentro
População do estudo
- Dos 65 idosos participantes dos grupos destasUnidades, 29 idosos de 65-74 anos foram convidadosa participar do estudo;
Coleta de dados
- Os exames e entrevista foram realizados nosconsultórios das USF;
- Foram usados critérios de diagnóstico de cárie dentáriapreconizados pela OMS (1997) Brasil (2001).
- O uso e a necessidade de próteses:
próteses totais, próteses fixas, parciais removíveis
maxila e mandíbula
combinação de próteses
- Entrevista estruturada:
Dados de identificação;
Dados sócio-econômicos;
Acesso aos serviços odontológicos e questõesrelacionadas à saúde bucal;
Índice GOHAI (Geriatric Oral Health Assessment Index)
- O voluntário da pesquisa pôde responder às questões doGOHAI mencionando três possibilidades: sempre, àsvezes ou nunca, que receberam valores numa escala de3 pontos (sempre=1, às vezes=2, nunca=3); com exceçãodas questões 3, 5 e 7, em que estes valores serão de 3 a 1
KRESSIN et al., 1997; MASCARENHAS, 1999;
GOHAI
KRESSIN et al., 1997; MASCARENHAS, 1999; SILVA e FERNANDES, 2001; SILVA, 2003;
Classificação do GOHAI:Grupo 01 - ≤ 30 baixo.Grupo 02 - 31 a 33 moderadoGrupo 03 - 34 a 36 alto
Tabela 01: Distribuição da amostra conforme variáveis sócio-econômicas. João Pessoa-PB, 2006.
RESULTADOS
Tabela 03: Distribuição do CPO-D médio da amostra porcomponente. João Pessoa, 2006.
Observou-se alto índice de experiência cárie dentária,superior aos dados nacionais (27,79% SB Brasil 2003),embora em mesma distribuição dos componentessendo observado maior prevalência dos extraídos.
65%
35%edêntulo
dentado
Figura 01. Distribuição dos idosos segundo o edentulismo. JoãoPessoa, 2006.Pessoa, 2006.
Observou-se alta porcentagem de edêntulos dadossemelhantes aos de Silva (1998), Colussi et al. (2004),Gaião, Almeida e Heukelbach (2005). Oliveira (2006)destacou a associação dos modelos de oferta deserviços as extrações dentárias.
A meta da OMS e FDI para o ano 2000( 50% dosidosos teriam que ter 20 ou mais dentes presentes nacavidade bucal).
Tabela 04: Distribuição do uso de próteses dentárias poridosos das USF Mangabeira IV por dentro e USF Timbó I. JoãoPessoa-PB, 2006.
Tabela 05: Distribuição da necessidade de próteses dentárias poridosos da USF Mangabeira IV por dentro e USF Timbó I. JoãoPessoa.
Tabela 06. Classificação da amostra de acordo com o GOHAI.João Pessoa, 2006.
Diferentemente dos estudos de Silva, Fernandes(2001), Cabral, Martelli (2003) em que os participantesda pesquisa apresentaram precária percepção dosproblemas bucais;
Tabela 07: Associação entre o GOHAI e uso de próteses dentáriaspor idosos das USF Mangabeira IV por dentro e USF Timbó I. JoãoPessoa-PB, 2006.
Teste Exato de Fisher p=0,126 (NS) Teste Exato de Fisher p=0,126 (NS)
Não se observou diferenças entre os grupos formadosa partir do uso de próteses e o GOHAI em suasdimensões.
73,70%
26,30%
30%
70%
20%
40%
60%
80%
100%
Não necessita
Necessita
30%
0%
20%
GOHAI ≤ 30 GOHAI de 31 a 33
Figura 03: Necessidade de prótese associada ao GOHAI. João Pessoa,2006.
Teste Exato de Fisher p=0,046 (S)
Grupo 01 Grupo 02
A percepcão do idoso e do profissional: Nem sempre o
que o Cirurgião Dentista percebe como necessidade é
sentida pelo paciênte.
48,3% dos idosos relataram não necessitar de
tratamento.tratamento.
Ao se comparar com os critérios normativos adotados
nesse estudo observamos que 58,6% da amostra total,
necessitavam de algum tipo de prótese inferior e 37,9%
de superior.
Tabela 09: Associação entre satisfação com a mastigação e o usoe necessidade de próteses dentárias por idosos das USFMangabeira IV por dentro e USF Timbó I. João Pessoa-PB, 2006.
Teste Exato de Fisher
Tabela 10: Associação entre satisfação com a aparência dosdentes e o uso e necessidade de próteses dentárias por idososdas USF Mangabeira IV por dentro e USF Timbó I. Joao Pessoa-PB, 2006.
Teste Exato de Fisher
Tabela 11: Média do GOHAI segundo as dimensões e uso depróteses. João Pessoa-PB, 2006.
Teste de Mann-Whitney U
CONCLUSÃO
A maioria dos idosos mora com suas famílias em casasmultigeracionais, já tinha ido ao cirurgião-dentista;
e afirmou não ter recebido informações sobre comoevitar problemas de saúde bucal;evitar problemas de saúde bucal;
Observou-se alto número de indivíduos edêntulos, altaprevalência de cárie, com maior representatividade docomponente “P”;
Algum tipo de prótese era usada pela maioria, sendo aprótese total superior a mais utilizada.
Verificou-se a necessidade de próteses na maioria,principalmente a prótese inferior.
Através da análise do GOHAI observou-se que osidosos apresentam de baixa a média percepção dasaúde bucal;saúde bucal;
A maioria dos idosos que usava prótese relatousatisfação com a mastigação e com a aparência dosdentes ou próteses;
Sugere-se a implementação de medidas de promoção à
saúde direcionadas à esse grupo de idosos, no intuito de
disseminar informações sobre saúde bucal, focando em
indicadores subjetivos( autopercepção) mais abrangentes
para promover bem-estar e qualidade de vida, não só em
relação a saúde bucal, levando em conta o que eles
percebem e sentem.
Referências1- Instituto Brasileiro de geografia e estatística. Censo 2000.2- SILVA, SRC, FERNANDES, RAC. Autopercepção das condiçõesde saúde bucal por idosos. Ver. Saúde Píbllica. 2001; 35(4): 349-355.3- BRASIL, Ministério da Saúde – Coordenação Nacional de saúdeBucal. Condições de saúde bucal da população brasileira- Prejeto SBBrasil 2003.Brasil 2003.4- COLUSSI CF, FREITAS SFT, CALVO MC. Perfil Epidemiólogico decárie e do uso e necessidade de prótese. Ver. Bras. Epidemiol. 2004;7(1): 88-97.5- OLIVEIRA AGRC. Edentulismo. In: ANTUNES, JLF, PERES, MA.Epidemiologia da saúde bucal. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro,2006. Cap. 166- ARAÚJO SSC, FREIRE DBL, PADILHA DMP, BALDISSEROTTOJ. Suporte social, promoção de saúde e saúde bucal na populaçãoidosa no Brasil. Interface-Comunic., Saúde, Educ 2006; 10(19): 203-16.