aula microcirculaÇÃo e sistema linfático
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MICROCIRCULAÇÃO E SISTEMA LINFÁTICO
Objetivos: estudar os componentes envolvidos com as trocas de
substâncias do capilar para o espaço intersticial e desse de volta para a
circulação por intermédio do sistema linfático.
Roteiro
• Microcirculação: função e componentes
• Características da parede capilar e o transporte de
substâncias
• Fatores envolvidos na filtração e absorção : forças de
Starling
• Controle local do fluxo sanguíneo
• Sistema Linfático
Questões
1. Quais os vasos fazem parte da microcirculação?
2. A perfusão sanguínea nos capilares é sempre igual?
3. O que predomina no capilar nas suas extremidades, filtração ou absorção? Explique as pressões envolvidas nestes processos.
4. Como se dá o controle do fluxo sanguíneo? Explique
5. O que é hiperemia? Diferencie a hiperemia reativa da ativa.
6. Qual a função do sistema linfático?
7. O que permite o fluxo da linfa?
8. ´Quais as possíveis causas de um edema? Com relação ao conhecimento sobre edema extracelular, explique se há relação com desnutrição proteica e qual motivo.
MICROCIRCULAÇÃO
• ARTERÍOLAS: controle do FLUXO SANGUÍNEO (necessidades dos tecidos).
• CAPILARES: TROCAS
• VENULAS: canais coletores
- FUNÇÃO: realizar as trocas de substâncias entre os capilares e os tecidos
Hemodinâmica capilar
Q= ∆P
R
Lei de Poiseuille:
Q= ∆P r4
8ŋl
A estrutura da PAREDE CAPILAR
Camada única de CÉLULAS ENDOTELIAIS + Membrana basal.
• Fenda Intercelular: os POROS na membrana capilar.
• Vesículas Plasmalêmicas Diminutas.
TROCAS DE SUBSTÂNCIAS ATRAVÉS DA PAREDE CAPILAR
- Difusão
- Filtração
- Endocitose
Como ocorre a troca de substâncias entre os capilares e os tecidos?
Difusão: passagem de substâncias através da membrana do capilar. Exemplo: O2 e CO2
Filtração: passagem de substâncias pelas fendas no sentido do capilar para os tecidos
Absorção: passagem de substâncias pelas fendas no sentido dos tecidos para os capilares
FORÇAS DE STARLING
Forças que determinam o movimento de fluidos através das fendas capilares
Pc
p c
p i P i
Pressão Hidrostática Capilar (Pc):
Pressão do Hidrostática Intersticial (Pli, ou Pi)
Pressão Coloidosmótica do Plasma (pc) Pressão Coloidosmótica Intersticial (pi)
Permeabilidade capilar: Influência do tamanho da molécula e das características capilares
O que predomina no capilar, filtração ou absorção?
VASOMOÇÃO
CONTROLE DO FLUXO SANGUINEO PARA OS CAPILARES
CONTROLE DO FLUXO SANGÜÍNEO controle agudo
controle a longo prazo
Controle agudo:
Variações no calibre dos vasos (arteríolas, metarteríolas, esfíncteres pré-capilares).
Demanda metabólica
Teoria da vasodilatação: quanto maior a intensidade do metabolismo ou menor a
disponibilidade de oxigênio ou de outros nutrientes, maior será a produção de
substâncias vasodilatadoras pelos tecidos (adenosina, CO2, histamina; K+ e H+; ácido
lático)
teoria da falta de oxigênio (e de outros nutrientes): na ausência de O2, as células
musculares da parede vascular não contraem, ocorrendo assim vasodilatação.
OBS.: artérias proximais também sofrem vasodilatação quando há
microcirculação devido a liberação de óxido nítrico
- Exemplos de controle metabólico agudo do fluxo sangüíneo:
Hiperemia reativa
Hiperemia ativa
Auto-regulação do fluxo sangüíneo quando PA é alterada:
- Teroria metabólica
PA fluxo sangüíneo disponibilidade de O2 vasoconstrição
- Teoria miogênica
PA
estiramento da
parede vascular
contração
Função do endotélio vascular –
(Fatores vasodilatadores e vasoconstrictores )
Substância Origem Tipo
Estiramento arteriolar Aumento PA Resposta miogênica
Noradrenalina (receptores alfa, exceto beta-2)
simpático neural
endotelina Endotélio vaso Parácrino
serotonina plaquetas Parácrino
vasopressina Hipófise posterior Endócrino
ANG II Plasma Endócrino
Hipóxia tecidos Metabólitos
CO2, H+, K+ Tecidos
Metabólitos
Óxido nítrico endotélio Parácrino
Peptídio natriurético atrial Átrio miocárdio endócrino
Substância P e Prostaciclina Dano tecidual Parácrino
Adrenalina (recp. Beta 2) Medula adrenal Endócrino
Acetilcolina (muscarínicos)
Parassimpático (tecido erétil do clitoris e pênis)
neural
Adenosina Células em hipoxia Parácrino
Bradicinina
VA
SO
CO
NS
TR
IÇÃ
O
VA
SO
DIL
ATA
ÇÃ
O
Controle a longo prazo
Aumento ou diminuição do tamanho e número dos vasos
Demandas metabólicas do tecido se alteram
O2 - níveis de O2 vascularização (ex.: grandes
altitudes)
Fatores de crescimento (angiogênicos) – fator de
crescimento do endotélio vascular, fator de crescimento de
fibroblastos e angiogenina
Após oclusão de um vaso – crescimento de circulação
colateral.
SISTEMA LINFÁTICO
-Restaurar fluidos e proteínas filtradas para fora dos
capilares para o sistema;
-Absorção de nutrientes do TGI (* gorduras)
-Filtro para auxiliar na captura e destruição de patógenos
externos.
-LINFA possui a mesma constituição do líquido intersticial.
• Fluxo de Linfa = 2 a 3 l/dia.
Capilares linfáticos vasos coletores troncos linfáticos ductos linfáticos
circulação sanguínea
# DUCTO LINFÁTICO DIREITO:
- drena a linfa do quadrante superior
direito do corpo (lado D da cabeça e
pescoço, membro superior D e metade
D da cavidade torácica)
- formado pela união de vasos
linfáticos maiores (troncos linfáticos)
- esvazia-se nas veias da região
torácica superior (veias jugular interna D
e subclávia D)
# DUCTO TORÁCICO:
- drena a linfa do restante do corpo
- formado pela união de vasos
linfáticos maiores (troncos linfáticos)
- começa no abdome como uma bolsa
(cisterna do quilo) e sobre através do
tórax
- esvazia-se nas veias da região
torácica superior (veias jugular interna E
e subclávia E)
DUCTO TORÁCICO
DUCTO TORÁCICO
DUCTO LINFÁTICO DIREITO
cisterna do quilo
linfonodos inguinais profundos
linfonodos poplíteos vasos
linfáticos superficiais
vasos linfáticos profundos
EFEITO DA PRESSÃO DO LÍQUIDO INTERSTICIAL SOBRE
O FLUXO LINFÁTICO:
• Pressão Capilar Aumentada
• Pressão Coloidosmótica Plasmática diminuída
• Proteína do Líquido Intersticial aumentada
• Permeabilidade Capilar aumentada
Fatores determinantes do Fluxo de Linfa
• Pressão do Líquido Intersticial
• Atividade da Bomba Linfática
Participação importante do Sistema Linfático no controle:
• Concentração de PROTEÍNAS nos líquidos intersticiais
• VOLUME do líquido intersticial
• PRESSÃO do líquido intersticial
A BOMBA LINFÁTICA aumenta o Fluxo de Linfa:
• Válvulas Linfáticas
• Contração automática do linfático coletor e do vaso linfático
Bombeamento causado por compressão externa Intermitente dos vasos
linfáticos:
• Contração dos músculos corporais
• Movimento de partes do corpo
• Pulsações arteriais
• Compressão dos tecidos por objetos fora do corpo
EDEMA
EDEMA INTRACELULAR
- Aumento da permeabilidade da membrana celular:
- Diminuição metabolismo nos tecidos (ATPases de transporte);
- Inflamação
EDEMA EXTRACELULAR - Aumento da filtração capilar : Aumento Pressão Capilar
- Insuficiência renal, aumento da aldosterona (retenção de NaCl e H2O)
- Insuficiência cardíaca, Imobilização (aumento da pressão venosa)
- Agentes vasodilatadores
Diminuição proteínas plasmáticas
- Hepatopatia; Síndrome nefrótica (perda de proteínas);
- Queimaduras;
- Desnutrição protéica
Aumento da permeabilidade dos capilares
- Liberação de histamina, Isquemia; Queimaduras
Bloqueio do retorno linfático
-Câncer
-Cirurgia remoção
Refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos do corpo.
1° drenagem linfática inadequada
2° filtração capilar que excede muito a absorção