aula depressao cícero mais médicos
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DEPRESSÃODr. Cicero Gomes de Figueiredo
Estimativas de prevalência na população em 12 meses é de 6,6% e na vida de 16,2%.
Afeta 340 milhões de pessoas em todo o mundo.
mulheres/ homens = 2:1 (diferença tem início na adolescência).
Início em qualquer idade, mas o período de maior incidência é dos 25 aos 30 anos e de prevalência dos 30 aos 44 anos.
0,4 a 2,5% das crianças e adolescentes.
Impacto da depressão
CONCEITO
Transtorno mental caracterizado por alteração do
humor, da psicomotricidade, e do pensamento.
DEPRESSÃO X TRISTEZA
Depressão x TristezaDepressãoMais intensaMais duradouraNão reage aos estímulos positivosPrejuízo funcionalPiora com o tempoSem fator causal necessariamenteLentificação psicomotora
Tristeza normalMenos intensaMenos duradouraReage a estímulos positivosPrejuízo funcional limitadoMelhora com o tempoTem fator causalSem lentificação psicomotora
Ambientais? Genéticas?
Causas da depressão
Genéticas A herança genética pode ser responsável por 40% da
susceptibilidade para o surgimento do Transtorno Depressivo
População geral: risco estimado de 5%
Familiares em primeiro grau, de deprimidos o de bipolares: risco estimado é 3 vezes maior
Gêmeos• Concordância: MZ 64% - DZ 24%
Adotados• Risco 8 vezes maior para filhos de deprimidos• Risco 15 vezes maior para filhos de deprimidos suicidas
Genéticas
SINTOMAS
• Humor triste• Retardo psicomotor• Pensamento lentificado• Apatia / falta de emoção, motivação ou entusiasmo. • Hipobulia / Diminuição e/ou abolição da volição, da energia,
do sentimento de força, do vigor• Hipoprosexia / Redução da concentração• Diminuição da libido• Variação circadiana – piora matinal• Alteração de sono – insonia terminal• Alteração de apetite• Perda de interesse e prazer – anedonia• Perda de energia / fadiga fácil
Sintomas da depressão
Presença de psicose Ideação suicida Gravidade dos sintomas Cronicidade dos sintomas Presença de comorbidades Ausência de resposta a tratamentos prévios
Fatores agravantes
Depressão Maior Depressão Bipolar Transtorno de Ansiedade Esquizofrenia Transtorno Esquizoafetivo Alcoolismo e outras Dependências Químicas Demência Infecções (Mononucleose) Doenças crônicas osteoarticulares Alterações endocrinológicas - Hipotireoidismo Diabetes, Moléstia de Addison, Síndrome de Sheehan Síndrome da Fadiga Crônica Anemias Medicamentosas – antibióticos, anti-hipertensivos (reserpina)
Diagnósticos diferenciais
TRATAMENTO
1. Investigar e tratar co-morbidades Observando o risco de suicídio;
2. Estabelecer vínculo e aliança terapêutica;
3. Avaliar a possibilidade de tratamento psicoterápico;
4. Escolher o antidepressivo mais apropriado;
5. Manter o tratamento por tempo adequado;
6. Informar ao paciente, enfaticamente, sobre os objetivos do tratamento, evolução e prognóstico da doença, manutenção do tratamento, risco de recaídas e o que mais for necessário para sua cooperação
Tratamento
Intervenções psicoterápicas
Eletroconvulsoterapia
Fototerapia
Estimulação magnética intracraniana
Estimulação vagal
Farmacoterapia
Formas de tratamento
Terapia cognitivo-comportamental/TCC
É uma linha de psicoterapia breve, que envolve um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas com a finalidade de mudança de padrões de pensamento.
O paciente é encorajado a entender seus problemas para em seguida identificar novas formas de enfrentá-los.
Tem como princípio básico à proposição de que não é uma situação que determina as emoções e comportamentos de um indivíduo, mas sim suas cognições ou interpretações a respeito dessa situação, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação.
INTERVENÇÕES PSICOTERÁPICAS
Terapia Interpessoal – TIP
É uma terapia de formato breve que foi desenvolvida para o tratamento de pacientes ambulatoriais adultos, com depressão. Tem como foco as relações sociais do indivíduo e a condição atual destes relacionamentos. Os objetivos principais são o alívio da sintomatologia e a melhora das relações interpessoais. A sua eficácia já foi estabelecida em vários estudos clínicos controlados e parece ser uma forma de terapia simples, breve e eficaz.
INTERVENÇÕES PSICOTERÁPICAS
ELETROCONVULSOTERAPIA – ECT
Tratamento de primeira linha para Episódios depressivos graves :
com sintomas psicóticos.
com ideação suicida.
resistentes aos Psicofármacos.
Alternativa importante para casos sem boa resposta a tratamentos anteriores.
INTERVENÇÕES BIOLÓGICAS
ELETROCONVULSOTERAPIA
Contraindicações:
processos expansivos intracerebrais Coagulopatias AVC ou IAM recentes ICC ou HAS descompensada Descolamento de retina, glaucoma
PSICOFARMACOLOGIA
• Avaliar a eficácia Evidência clínica Resolução de sintomas emocionais e somáticos
• Mecanismo de ação• Tolerabilidade• Segurança• Facilidade de admnistração• Custo (direto e indireto)• História pessoal e familiar de tratamento• Comorbidades
Antidepressivos – Qual escolher?
AMITRIPTILINA tryptanol 25mg/75mg IMIPRAMINA tofranil 10mg/25mg pamoato
75mg/150mg NORTRIPTILINA pamelor 10mg/25mg/50mg/75mg CLOMIPRAMINA anafranil 10mg/25mg/75mg
Antidepressivos Tricíclicos
Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina FLUOXETINA Prozac 20mg/gotas CITALOPRAM Cipramil 20mg ESCITALOPRAM Lexapro 10mg/20mg/gotas FLUVOXAMINA Luvox 100mg PAROXETINA Aropax 20mg SERTRALINA Zoloft 50mg/100mg TRAZODONA * Donarem 50/100mg - Retard Doses usuais Efeitos colaterais
Sedação, confusão mental, dificuldade de coordenação
motora, náuseas, redução do apetite, insônia, diminuição da
libido,
ANTIDEPRESSIVOS ISRS
Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Serotonina
VENLAFAXINA Efexor XR 37,5mg/75mg/150mg DESVENLAFAXINA Pristiq 50mg/100mg MILNACIPRANO Ixel 25mg/50mg DULOXETINA Cymbalta 30mg/60mg
Doses usuais
Efeitos colaterais Náuseas, tonturas, sonolência, hipertensão arterial, sudorese abundante,
tremores, diminuição da libido.
ANTIDEPRESSIVOS IRNS
Inibidores da Recaptação de Noradrenalina e Dopamina
BUPROPIONA Wellbutrin 150mg/300mg Wellbutrin XL 150mg/300mg
Doses usuais
Efeitos colaterais
Insónia, tremor, ansiedade, enxaqueca, hipertensão arterial,
perda de peso, irritabilidade, hipersudação, ondas de calor,
sensação de calor no corpo.
ANTIDEPRESSIVOS IRND
CARBONATO DE LÍTIO HORMÔNIO TIREÓIDIANO NEUROLÉPTICO PLAMIPEXOLE (AGONISTA DOPAMINÉRGICO - SIFROL)
OUTROS FÁRMACOS
Psicoterapia
Relacionamento médico-paciente
Mudanças comportamentais
◦ Controle do álcool◦ Exercícios físicos◦ Administrar o estresse◦ Convívio social
Tratamento psicossocial
RECOMENDAÇÕES
O tratamento deve continuar por pelo menos seis meses após a remissão total dos sintomas, no primeiro episódio.
Manter por pelo menos dois anos se: episódio severo, resistente ao tratamento, recorrente, idade acima de 65 anos.
Dose de manutenção igual a dose da fase aguda.
Gradual suspensão do antidepressivo, se for o caso.
Continuar observação do paciente, treinar para perceber recaídas.
Ficar atento as co-morbidades.
OBRIGADO...