aula 7 – primeira visita ao masp 1a. parte 1- estátua da

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AULA 7 – PRIMEIRA VISITA AO MASP 1a. PARTE Análise das seguintes obras: 1- Estátua da deusa Higeia, séc. IV a.C. (Grécia, período helenístico), mármore OBS: no catálogo de 1998, e a partir da consulta a um especialista na França, acredita-se que esta seja uma cópia romana do século I d.C., de um original grego do séc. IV a.C. está no acervo do MASP desde 1950 – parte da coleção arqueológica do museu filha de Asclépio, deus da cura e da higiene – Higeia está associada à saúde: símbolos da serpente e do cálice são os símbolos da medicina aqui representada carregando uma figura de Eros – assimilação de sua imagem à imagem de Vênus ainda há certo mistério em torno da presença da figura de Eros, já que em geral, a deusa Higeia não é representada com essa figura como atributo 2- Par de guardiões chineses, China – Dinastia Tang (618-907 d.C.), terracota policromada entrada mais recente no acervo do MASP esculturas da chamada Era de Ouro da China imperial – unificação dos territórios, expansão do imperio chinês, formação de governo centralizado e organização altamente complexa dos sistemas de administração expansão do Budismo na China criação da primeira escola de formação de artistas (arte da pintura sobre seda, caligrafia, desenvolvimento de técnicas de escultura e cerâmica)- - ver Academia de Hanlin também primeira história da arte chinesa escrita – ver Zhang Yayuan (847 d.C.) guardiões aqui representados seriam figura colocadas na frente de templos, para afastar maus espíritos (gestos das duas figuras) – aqui faz-se referência às ideias de Confúcio (etiqueta MASP, filosofia adotada durante a Dinastia HAN – ver Guerreiros de Xian, são do mesmo período, séc. IV - II a.C.) período de produção desses guardiões – ainda que a China esteja sob influência do sistema ideológico de Confúcio – disseminação do Budismo (rotas da seda) ver exemplo dos templos nas cavernas de Dunhuang – deserto de Mogao na China – conjunto de quase 1000 templos ao longo da rota da seda (província de Gansu – noroeste da China) que começaram a ser construído no séc. III a.C. Exemplo abaixo – figuras da ponta são estes guardiões dos templos budistas – comparar com o que temos no MASP

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Page 1: AULA 7 – PRIMEIRA VISITA AO MASP 1a. PARTE 1- Estátua da

AULA 7 – PRIMEIRA VISITA AO MASP

1a. PARTE

Análise das seguintes obras:

1- Estátua da deusa Higeia, séc. IV a.C. (Grécia, período helenístico), mármoreOBS: no catálogo de 1998, e a partir da consulta a um especialista na França, acredita-se que esta seja uma cópia romana do século I d.C., de um original grego do séc. IV a.C.

está no acervo do MASP desde 1950 – parte da coleção arqueológica do museu

filha de Asclépio, deus da cura e da higiene – Higeia está associada à saúde: símbolos da serpente e do cálice são os símbolos da medicina

aqui representada carregando uma figura de Eros – assimilação de sua imagem à imagem de Vênus

ainda há certo mistério em torno da presença da figura de Eros, já que em geral, a deusa Higeia não é representada com essa figura como atributo

2- Par de guardiões chineses, China – Dinastia Tang (618-907 d.C.), terracota policromada

entrada mais recente no acervo do MASP

esculturas da chamada Era de Ouro da China imperial – unificação dos territórios, expansão do imperio chinês, formação de governo centralizado e organização altamente complexa dos sistemas de administração

expansão do Budismo na China

criação da primeira escola de formação de artistas (arte da pintura sobre seda, caligrafia, desenvolvimento de técnicas de escultura e cerâmica)- - ver Academia de Hanlin

também primeira história da arte chinesa escrita – ver Zhang Yayuan (847 d.C.)

guardiões aqui representados seriam figura colocadas na frente de templos, para afastar maus espíritos (gestos das duas figuras) – aqui faz-se referência às ideias de Confúcio (etiqueta MASP, filosofia adotada durante a Dinastia HAN – ver Guerreiros de Xian, são do mesmo período, séc. IV - II a.C.)

período de produção desses guardiões – ainda que a China esteja sob influência do sistema ideológico de Confúcio – disseminação do Budismo (rotas da seda)

ver exemplo dos templos nas cavernas de Dunhuang – deserto de Mogao na China – conjunto de quase 1000 templos ao longo da rota da seda (província de Gansu – noroeste da China) que começaram a ser construído no séc. III a.C.

Exemplo abaixo – figuras da ponta são estes guardiões dos templos budistas – comparar com o que temos no MASP

Page 2: AULA 7 – PRIMEIRA VISITA AO MASP 1a. PARTE 1- Estátua da

3- Conjunto de peças em cerâmica, arte marajoara, 400 a 1350 a.C., terracota

Temos um conjunto variado de objetos, todos provenientes de uma coleção privada (Landmann) e identificados como urnas funerárias

Pesquisas dos arqueólogos Betty Meggers (1921) e Clifford Evans (1920-1981), entre as décadas de1940 e 1960 - distintas tradições cerâmicas amazônicas pelos tipos de decoração empregados.

A hachurada, que remonta às primeiras ocupações da ilha, pelos ananatubas, ceramistas mais antigos da região (primeiro milênio a.C.)

a borda-incisa, característica da região do Solimões

a inciso-ponteada, do baixo e médio Amazonas

a de Santarém, atribuída aos índios tapajós

a policrômica – fase marajoara dos povos que se instalam na Ilha de Marajó, notável pela riqueza dadecoração, complexidade de motivos, uso de cores (vermelha, branca e preta) e técnicas variadas, como modelagem, incisão e excisão.

Tudo indica que estamos diante desta última – mas aqui temos padrões variados e técnicas variadas – atentar para a distinção entre os padrões gráficos e modos de incisão do primeiro grupo e do segundo grupo de objetos

ver motivos atropomórficos e zoomórficos

Page 3: AULA 7 – PRIMEIRA VISITA AO MASP 1a. PARTE 1- Estátua da

2a. PARTE

30 a 40 min para os alunos identificarem, na Pinacoteca, obras de outros períodos da história da arte que façam referência à tradição greco-romana, ou por via da narrativa (tema da representação) ou pelo uso de padrões formais clássicos (contraposto, por exemplo, observadona figura de Higeia, ideia de simetria, equilíbrio da figura, e noção de modelo natural).