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ORATÓRIA

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ORATÓRIA

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ORIENTAÇÕES PARA OS (AS) PARTICIPANTES

Prezado (a) participante,

É com satisfação que oferecemos a você mais um curso da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul (ESCOLAGOV-MS).

A seguir apresentaremos algumas informações básicas a respeito de como

proceder em determinadas situações. Nossa equipe está à disposição para qualquer outro esclarecimento quanto às

ações disponíveis na instituição. Sucesso a todos!

1.1. Quem pode fazer os cursos da Escola de Governo?

Os cursos do catálogo da Escolagov-MS são destinados prioritariamente aos (às) servidores (as) públicos (as) estaduais, podendo, no entanto, caso a atividade esteja prevista em algum programa de parceria, ter suas vagas destinadas também aos(às) servidores (as) municipais e aos (às) federais ou a indicações da sociedade civil. 1.2. Qual é o custo dos cursos do Catálogo da ESCOLAGOV-MS para os (as) servidores (as)? Os cursos geralmente são gratuitos, tanto para servidores (as) efetivos (as) e comissionados (as), podendo, no entanto, ocorrer algum tipo de cobrança caso se verifique a necessidade de complementação de seus custos devido à insuficiência orçamentária. 1.3. Qual é a carga horária dos cursos? A carga horária dos cursos será de acordo com a área (turmas abertas) e a demanda das instituições (turmas fechadas). Os (As) instrutores (as) convocados (as) serão comunicados (as) com antecedência para adequar a carga horária de acordo com a demanda.

1.4. Onde encontrar informações sobre a programação de cursos e inscrições? No site da Escola de Governo www.escolagov.ms.gov.br clique no banner Cursos Escolagov, ao abrir a nova janela aparecerá uma lista com os cursos e respectivas turmas disponíveis. Para ter acesso as informações e inscrição crie um cadastro, caso ainda não possua, preencha com as informações de identificação e dados funcionais, então faça a inscrição no curso pretendido com a devida justificativa.

1.5. Quais são as regras para a participação nos cursos? Para a participação nos cursos, devem ser observadas as seguintes regras:

A frequência mínima exigida para certificação é de 75% da carga horária total dos

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cursos.

Somente as faltas nas disciplinas transversais podem ser justificadas e o (a) servidor (a) será orientado (a) para fazer a disciplina em outro curso. O cumprimento da carga horária destinada aos temas transversais é obrigatório para a certificação.

Caso o (a) servidor (a) já tenha participado da disciplina transversal no ano corrente, deverá informar a coordenação do curso, por escrito, quando e em qual curso cumpriu a carga horária.

Em caso de desistência do curso, o (a) servidor (a) deverá imprimir o Formulário de Justificativa da Desistência, encontrado no site www.escolagov.ms.gov.br,preenchê-lo, solicitar a assinatura da chefia imediata e entregar na Fundação Escola de Governo. Sem esse procedimento o (a) servidor (a) só será selecionado quando houver vagas não preenchidas.

Em caso de desistência em até 03 (três dias) antes do início do curso, o (a) servidor(a) NÃO precisa apresentar uma justificativa formal, MAS deverá entrar em contato com a coordenação do curso para informar a desistência. Caso não faça a comunicação, incidirá as penalidades de desistente sem justificativa.

O certificado será expedido em até 30 dias após a conclusão do curso e o (a) servidor (a) poderá retirá-lo na sede da ESCOLAGOV-MS.

A avaliação da aprendizagem será processual e definida pelo(a) instrutor (a) no plano de curso. Em alguns cursos o aproveitamento dos (as) participantes será avaliado mediante uma média final.

Os dirigentes dos órgãos públicos serão informados a respeito do aproveitamento que seus respectivos servidores obtiverem nos cursos. 1.6. Como obter o material didático (apostilas, livros, textos) utilizados nos cursos? As apostilas e textos ficam disponibilizados no site www.escolagov.ms.gov.br, acessando seu cadastro, clique no banner Cursos Escolagov, faça o login com o seu CPF e senha, na guia Cursos, acesse o link Visualizar Matrícula, onde encontrará o link para baixar o material do curso. Em alguns casos, o instrutor poderá indicar o material didático que deverá ser adquirido pelo aluno.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8 UNIDADE I – COMUNICAÇÃO .................................................................................. 9 1 - Comunicação ......................................................................................................... 9

1.1 - Como se processa a comunicação ........................................... 9 1.2 - As formas de comunicação ..................................................... 10 1.3 - A comunicação em relação aos sentidos ................................. 11 1.3.1 – Os visuais ............................................................................ 11 1.3.2 – Os auditivos ......................................................................... 11

1.3.3 – Os cinestésicos .................................................................... 12 2 - Oratória ................................................................................................................ 13

2.1 - Os benefícios da oratória ......................................................... 13 2.2 - Mas por que temos medo? ...................................................... 13

2.2.1 – Os maiores medos são: ....................................................... 14 UNIDADE II – PREPARAÇÃO TÉCNICA GERAL A VOZ, A APARÊNCIA E A EXPRESSÃO CORPORAL....................................................................................... 14 3 - A Voz.................................................................................................................... 14

3.1 - Projeção da voz ....................................................................... 15 3.2 - A dicção e a pronúncia ............................................................ 15 3.3 - O vocabulário ........................................................................... 16

4 - A Aparência .......................................................................................................... 17 4.1 - Roupas e acessórios ............................................................... 17

5 - A Expressão corporal ........................................................................................... 18 UNIDADE III – GESTOS E POSTURAS ................................................................... 18 6 - Os gestos e as posturas....................................................................................... 18

6.1. O olhar ...................................................................................... 20 6.2. O semblante .............................................................................. 20 6.3. A boca ....................................................................................... 20

UNIDADE IV – ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO E A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS ..................................................................................................... 20 7 – Estrutura da apresentação .................................................................................. 20 8 – Utilização dos recursos ....................................................................................... 21

8.1. Uso do microfone ...................................................................... 21 8.2. Como utilizar bem o slide .......................................................... 22 8.3 Dicas para o uso do quadro de giz ou quadro magnético .......... 22 8.4 Dicas para o dia da apresentação.............................................. 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 24

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INTRODUÇÃO

A cada dia, o ato de comunicar-se ganha mais espaço e importância tanto no meio social como no meio profissional. Comunicar-se bem se tornou ponto fundamental para todos que desejam crescer profissionalmente e politicamente neste mundo competitivo e globalizado, onde as pessoas precisam saber expressar suas ideias e pensamentos com firmeza e coerência.

É comum vermos profissionais tendo que expor um projeto, apresentar uma ideia para um grupo de pessoas, conduzir um debate, uma palestra, uma equipe de trabalho, um grupo social ou mesmo numa conversa informal, e percebemos a enorme dificuldade que ainda possuem para se comunicar com clareza e eficácia.

A comunicação é muito mais que palavras, pois envolve outros aspectos que vão desde expressões, gestos, flexão da voz, até o lado psicológico tanto de quem recebe a mensagem quanto do que a está transmitindo.

Nessa premissa, o referido curso objetiva apresentar técnicas que proporcione o domínio de atitudes e postura, preparando o participante para falar em público com segurança, sabendo se posicionar e ter gestos que caracterizem perfeita sintonia entre expressão verbal e expressão corporal de forma a influenciar positivamente no processo de comunicação.

O programa desenvolvido respeitará o estilo e as características pessoais dos participantes, buscando através de exercícios, dinâmicas e apresentações, desenvolver as competências e habilidades promover atitudes que os levem a aprimorar-se cada vez mais.

Eliane Leão Fernandes

Revisada em maio de 2017 por Mayra Beatriz Cunha Franceschi Pereira

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“Se você for um varredor de ruas, seja o melhor varredor do mundo. Varra as ruas como se fosse Beethoven compondo, Leonardo da Vinci pintando e Shakespeare escrevendo... E as pessoas dirão: por aqui, passou o melhor varredor de ruas do mundo”.

Martin Luter King Jr.

Unidade I – Comunicação

1 - Comunicação

A comunicação é uma ação que ocorre inerente à vontade do ser humano. Acontece em todos os momentos e em qualquer lugar. É um processo de troca de informações, onde se transmitem ideias e saberes sobre assuntos e/ou situações diversas.

A comunicação é um atributo da atividade humana e está diretamente ligada aos sentidos, dessa forma, impossível dizer que vivemos isolados ou em completo silêncio pois de um jeito ou de outro, estamos nos comunicando. Esse processo é decorrente da perfeita sintonia entre emissor e receptor.

Comunicar é o ato de transmitir e receber a mensagem de maneira clara e precisa, e pode ser efetuada através do verbal, que é estabelecido pelo poder da palavra; da escrita, que é feito pela grafia e desenhos; e dos gestos, que se realiza através das ações do corpo.

Uma comunicação hábil e eficaz é a base do sucesso para qualquer atividade, dela depende o entendimento social, familiar e profissional, pois é através dela que se demonstra todo o conhecimento adquirido e a real convicção sobre o assunto em questão. Para isso é importante estar em constante contato com todos os meios de comunicação que tragam maiores informações sobre todos os assuntos.

A comunicação envolve muito mais que palavras. Conforme a referência encontrada no livro de Polito1, de acordo com ALBERT MEHRABIAN, “a transmissão da mensagem do orador para o ouvinte tem a influência de 7% das palavras, 38% da voz e 55% da expressão corporal.” Isto significa que o cuidado com o como se fala deve ser muito maior do que, o que se fala.

1 POLITO, Reinaldo. Como se tornar um bom orador e se relacional bem com a imprensa. 2ª. Ed.São Paulo:

Saraiva, 1995.

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1.1 - Como se processa a comunicação

Fazem parte do processo de comunicação: O emissor, o receptor, a mensagem, o canal e o ambiente.

O Emissor: aquele que transmite a mensagem, dando início ao processo de comunicação.

O Receptor: É aquele a quem se dirige a mensagem. É o alvo do emissor. A Mensagem: É a informação contida na comunicação, o conteúdo a ser

passado. O Canal: é o meio pelo qual o emissor envia a mensagem. Quanto mais

natural for o acesso ao outro e menos formais os canais utilizados, maior possibilidade tem de ser autêntica a comunicação.

O Ambiente: importante frisar que o ambiente é fundamental para que não haja falha na interpretação da mensagem por conta dos ruídos.

O Ruído: é quando se estabelece mal ou não se estabelece a mensagem. Isto pode resultar em bloqueio da mensagem ou filtragens provisórias. Pode acontecer quando uma linguagem não é entendida pelo interlocutor, em decorrência de palavras ambíguas, valores e crenças pessoais, papéis sociais, o estado físico de cansaço...

FEEDBACK

1.2 - As formas de comunicação

A comunicação é sempre irreversível, por isso, lembre-se que os primeiros minutos é que darão o “tom” à relação que se estabelece. Este processo pode ser realizado de duas maneiras: Verbal ou Não Verbal.

Comunicação Verbal: é a comunicação em que a mensagem é feita através da palavra. É classificada em: linguagem oral e linguagem escrita.

MENSAGEM

RUÍDO

RECEPTOR EMISSOR CANAL

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Comunicação Não Verbal: É aquela que utiliza outros recursos ou

instrumentos que possibilite o contato com o outro. Em relação a esta forma de linguagem, cabe ressaltar que ela é transmitida por gestos, postura, expressões faciais, tom de voz, pronúncia, contacto ocular, silêncio, respiração, maneira de se vestir.

1.3 - A comunicação em relação aos sentidos

Importante saber que há três canais pelos quais se processa a comunicação: o visual, o auditivo e o sinestésico.

Assim sendo, temos, em relação aos sentidos, três tipos de pessoas com as quais desenvolvem esses canais. São pessoas que apresentam características de assimilação maior através das informações no campo visual, auditivo e sinestésico.

Cada pessoa tem um canal de preferência pelo qual recebe os estímulos do mundo exterior, desenvolvendo mais um canal do que outro. É importante que saibamos qual desses canais é o que predomina no grupo de pessoas para quem vamos falar e procurar adequar nossa linguagem verbal e não verbal para que haja uma perfeita sintonia e realize uma boa comunicação.

1.3.1 - Os visuais

Algumas pessoas possuem o canal visual mais desenvolvido. Preferem pensar com os olhos da mente. Escolhem palavras que elaborem um quadro mental e nele vejam as coisas.

Apreciam tudo o que veem, portanto, suas percepções estão na beleza, na estética, nos detalhes visuais. Escolhem tudo que estiver relacionado com o belo, são metódicos, detalhistas e por vezes perfeccionistas ao extremo.

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1.3.2 – Os auditivos

São aquelas pessoas que valorizam muito mais a inteligência, o diálogo aprofundado, a boa música. Possuem excelente memória para som e coisas que ouviram há muito tempo. Como possuem o canal auditivo mais desenvolvido não suportam barulho, vozes estridentes, ofensas, palavrões.

O auditivo sente necessidade de ouvir. Com ele funciona muito mais as palavras do que os gestos ou as coisas visuais, como flores, fotos. É o tipo de pessoa que em um relacionamento amoroso adora ouvir constantemente que o amam e no trabalho prefere muito mais um elogio verbal, a certificados de excelência.

1.3.3 - Os cinestésicos

Existem pessoas que imaginam as coisas em termos de movimentos, sensações tácteis e ação. Centram suas experiências nas demonstrações físicas e percebem mais facilmente através do tato, do olfato e do paladar.

Gostam de beijos, abraços, carinhos, aconchegos. São adeptas as grandes manifestações, gostam de extremos e às vezes exageram nas expressões tanto de afeto como de desafeto. Apreciam o conforto, gostam de músicas lentas, românticas, mas, quando ao extremo, não dispensam um funk.

O cinestésico se sente extremamente agredido quando não correspondido em suas manifestações físicas.

Os cinestésicos, na verdade, veem mais quando sentem os movimentos, as formas, o cheiro o sabor.

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2 - Oratória

A oratória é a arte secular e é definida como a arte de falar em público. O que deve ser feito com elegância, eloquência, na dose certa e na hora apropriada, utilizando-se de diferentes recursos de linguagem com o objetivo de alcançar o público e para ele levar a mensagem a que se propôs.

A oratória teve seus princípios fundamentados por Corax e seu discípulo Tísias, na Sicília, no século V a.C. Mas foi em Atenas, na Grécia Antiga, que mais se desenvolveu a arte oratória e foi implantada por Isócrates, discípulo de Górgias, no currículo escolar a disciplina da retórica (ou seja, composição e apresentação de discursos), que era considerada uma importante habilidade na vida pública e privada.

Retórica vem do termo grego retoriké, que une os termos retor (orador) e retoreia (discurso público, eloquência) e significa tanto a arte oratória como a disciplina que versa essa arte.

Aristóteles analisou e sistematizou os recursos da argumentação, Empenhou-se em estudar os fatores psicológicos da persuasão, começando pelo caráter do orador, pois, acreditava que o poder de convencimento do orador sobre o seu público não dependia apenas dos fatos que apresente, dos elementos que utilize, nem da boa argumentação em seu discurso, mas, no poder que seu caráter aparenta quando está frente a este público.

Quintiliano, nascido na Espanha, na metade do primeiro século da nossa era, deixou relevante contribuição quando reuniu em sua obra: “Instituições Oratórias”, todos os conhecimentos desenvolvidos pelos autores que viveram nessa época. É dele a frase: “Os poetas nascem, os oradores se formam”.

2.1 - Os benefícios da oratória

Os benefícios de se fazer um Curso de Oratória, são:

Vencer o medo de falar em público

Desenvolver qualidades, como: liderança, poder de síntese, persuasão, criatividade.

Aperfeiçoar a linguagem não verbal: saber usar a linguagem corporal, usar gestos, postura, expressão facial, a movimentação, o olhar, expressão facial.

Elevar a autoestima.

Desenvolver a autoconfiança.

Controlar a ansiedade.

Cuidar da autoimagem.

Adquirir técnicas que o auxiliem a falar em público. Tenha em mente que todo conhecimento quando transmitidos, utilizando as

técnicas corretas da oratória, produz efeito imediato e possibilita a prática efetiva das ações de maneira clara e correta.

2.2 - Mas por que temos medo?

Porque produzimos quadros mentais negativos, que podem ter sido criados desde a infância, ou diante de algum momento de frustração quando íamos falar fazer uma apresentação, apresentar um teatro... Este sentimento ficou internalizado e quando nos vemos diante de uma “exposição”, seja ela verbal ou não verbal, voltam todas essas sensações que nos inibem na hora de falar ao público.

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2.2.1 - Os maiores medos são:

a) Medo de sair-se mal na apresentação; b) Medo do público; c) Medo do seu material não ser bom.

Algumas dicas:

Preparar a apresentação: Defina os objetivos, o tempo que terá para apresentar, o público com que vai trabalhar os recursos que utilizará e o material que levará.

Pesquise, estude e leia, insira dados importantes, pesquisas, não encha a apresentação com dados e gráficos que não sejam relevantes, isso tornará cansativa a apresentação.

Pratique – Aproveite cada momento para praticar. Fale diante do espelho, faça sua apresentação para a família, grave, filme, analise o resultado, veja onde pode melhorar e continue praticando.

UNIDADE II - PREPARAÇÃO TÉCNICA GERAL A VOZ, A APARÊNCIA E A EXPRESSÃO CORPORAL.

Os três elementos fundamentais da preparação técnica geral são: a voz, a aparência e a expressão corporal.

A voz revela o estado de nossos pensamentos e sentimentos, muito mais do que as palavras.

A aparência deve transmitir discrição e serenidade. Lembre-se que é o que você fala que deverá ficar marcado.

A expressão corporal tem que ser comedida, sem grandes gesticulações, nem afetações.

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3 - A Voz

A voz é um dos instrumentos de persuasão mais utilizado pelo orador e é o ponto de partida para atrair e manter a atenção do público.

Ela expressa emoções, atitudes, estilo e a moral. Revela, de forma sonora, o estado de nossos pensamentos e sentimentos e através dela são conquistados os sentidos e a inteligência da plateia.

Entre os tipos de vozes, as que mais devem chamar a atenção do orador para que ele observe são: voz fraca, monótona, nasalada e voz estridente.

3.1 – Projeção da voz

Para se projetar bem a voz é importante saber que diversos fatores contribuem para o sucesso ou o fracasso nessa hora. Muitas pessoas acreditam que exagerar no volume da voz é o que significa projetar a voz e acabam forçando as cordas vocais, causando a rouquidão e prejudicando-se para a realização dos próximos discursos.

3.2 - A dicção e a pronúncia

A dicção é a “maneira de dizer ou falar com a articulação e modulação correta”2, e não se pode confundir dicção com comunicação.

A boa dicção é muito importante em todas as situações. A pessoa que não articula bem as palavras leva o público a não compreender o que ela está dizendo, o que pode acarretar certo descrédito para o orador.

Observações importantes

Quando não se abre a boca o suficiente para falar, a voz sai anasalada e isso com o passar do tempo se torna irritante podendo levar à evasão das pessoas do local.

Evite falar depressa demais ou lento demais, pois nem todos têm o mesmo poder de audição e/ou raciocínio.

Pronuncie as palavras inteiras e corretamente. Muitas pessoas suprimem o final de algumas palavras, ou não terminam a frase toda.

Sempre respire em consonância com a pontuação, isso auxilia para que a voz saia de forma correta e na entonação certa.

2 FERREIRA, Aurélio B. Holanda. “Novo dicionário Aurélio de Língua Portuguesa”. 31ª ed. São Paulo: Ed.

Nova Fronteira, 1986.

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Alguns cuidados com a voz:

Beba água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as cordas vocais.

Evite cafés, cigarro, bebidas alcoólicas, bebidas gasosas. Elas irritam a laringe e afetam o pulmão.

Evite falar alto demais. Cantar de maneira errada. Gritar. Forçar a voz nos comícios passou a ser um hábito, mas que tem trazido graves consequências a quem não está preparado.

Procure não ficar o tempo todo em locais que tenha ar condicionado, pois o mesmo reduz a umidade do ar o que causa o ressecamento da mucosa nasal e do trato vocal.

Os alimentos cítricos, tais como a laranja e o limão, são bons para eliminar secreções.

Se você permanecer mais de 15 dias com uma rouquidão procure o otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudiologia.

3.3 - O vocabulário

O melhor vocabulário para se usar nos discursos é aquele que normalmente utilizamos composto de palavras simples, de fácil compreensão e que signifiquem exatamente o sentido dos nossos pensamentos.

A comunicação será perfeita se ajustada ao entendimento dos ouvintes, com a utilização de palavras simples, análogas ou afins que permitam dar o mesmo sentido à mensagem que se quer passar.

O vocabulário não necessita ser extremamente rebuscado, pois pode ocorrer que as pessoas que estejam nos ouvindo não compreendam nada do que dissermos; nem precisa ser vulgar, fartando-se de gírias e palavrões que empobrecem a apresentação e podem levar o orador ao descrédito.

Faça do dicionário o seu “melhor amigo”. Evite:

Gírias e palavrões;

Vocabulário rebuscado;

Uso de palavras estrangeiras e termos técnicos (o orador deve sempre adequar seu vocabulário ao nível intelectual da plateia ou das atividades profissionais a que esteja se dirigindo).

O uso incorreto da gramática e o gerundismo;

O uso excessivo da tautologia e do pleonasmo. Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de

linguagem. Conforme o site Wikipedia, o pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.

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O exemplo clássico é o famoso “Subir para cima” ou o “Descer para baixo”. Outro exemplo é “Surpresa inesperada”. Por acaso existe alguma surpresa que seja esperada?

O excesso de gerundismo também tem sido um problema no nosso vocabulário. Além de não embelezar a construção da frase se torna pior na hora de ouvi-la. São tantas pessoas que dizem: “Eu vou estar transferindo a sua ligação”, ou então, “Você vai estar passando esta mensagem e outras pessoas vão estar lendo para que possam estar aprendendo e depois estar repassando, a nível de linguagem o que nós vamos estar comunicando”! (misericórdia!);

Vícios de linguagem deixam a oratória comprometida. Éééé, né... Gíras não devem ser utilizadas: tipo assim, tá ligado, etc, a não ser que seja

para uma plateia com faixa etária específica, para a qual essas gíras trariam aproximação com o público. Isto deve ser previamente estudado.

4 – A Aparência

Por mais que digam que “as aparências enganam”, que “não é o hábito que faz o monge”, a sociedade, movida pelo capital, vem e cobra justamente o contrário, pois, impõem algumas regras posturais e de vestuários que fazem com que o ditado “a primeira impressão é a que fica” seja uma constante dentro de todos os processos de relação humana.

Cabe reforçar que a aparência externa não revela o que somos verdadeiramente por dentro, ou qual é o nosso verdadeiro valor, isso será mostrado no dia-a-dia.

Não permita que sua aparência seja aquela construída sobre a imagem de falsos vencedores. Não permita que sua imagem seja distorcida pelo mundo que o provê. Construa sua própria imagem.

4.1- Roupas e acessórios

As mulheres devem evitar roupas extravagantes, excesso de coloridos, roupas decotadas, minissaia, roupas colantes, transparentes, amassadas ou que estejam em desalinho. Muitos adornos, bijouterias ou joias devem ser evitados também. O excesso de pulseiras fará com que o barulho que elas provoquem seja muito mais ouvido do que o próprio discurso.

A maquiagem deve ser clara e sóbria, feitas com cores que suavizem as expressões do rosto. O cabelo bem penteado e preferencialmente sem adereços que possam prejudicar o todo.

Os homens devem manter a barba bem feita, os cabelos bem penteados e se usar gravata que esta esteja alinhada e em conformidade com o tom do terno e camisa. Se o homem for usar paletó ou colete deve sempre mantê-los fechados. Caso não esteja se sentindo a vontade ou o paletó esteja apertado, então poderá abri-lo ou tirá-lo, mas comporte-se sempre com a maior naturalidade para que ninguém perceba isso.

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Portanto, opte por uma aparência discreta e serena. Lembre-se: é o que você fala que deverá ficar gravado e que a aparência é um complemento para o todo ficar fixado na mente dos ouvintes.

5 - A Expressão Corporal

O Ser humano sempre se comunicou, seja em forma de grunhidos ou de gesticulações. Para BIRDWHISTELL3 (1985), "apenas 35% do significado social de qualquer interação corresponde às palavras pronunciadas, pois o homem é um ser multissensorial que, de vez em quando, verbaliza".

A comunicação não verbal exerce verdadeiro fascínio na humanidade. Ela existe desde seus primórdios e está presente no nosso dia-a-dia embora, na maioria das vezes, não tenhamos consciência de sua ocorrência. Envolvem todas as manifestações de comportamento que não são expressas pelas palavras, como os gestos, posturas, expressões faciais, orientações do corpo, como também, a organização dos objetos no espaço.

Mas cabe lembrar que apenas o movimento do corpo não traduz efetivamente o significado da mensagem, é necessário que esteja inserido num contexto, pois um mesmo gesto, em diversas sociedades, podem ter diferentes significados.

UNIDADE III – GESTOS E POSTURAS

6 - Os Gestos e a Postura

Os gestos são de suma importância para a comunicação. Eles imprimem vida e movimento e desenham no ar a imagem do que se está falando, pensando ou entendendo. Todo o corpo se envolve quando o gesto vira mensagem.

Existem gestos que são universais, como: abraçar, estender a mão para cumprimentar, o sorriso, o rosto triste ou irritado. Os gestos nos acompanham ao longo da vida e dentre os vários tipos de gestos, existem: os gestos inatos, os gestos

3 BIRDWHISTELL, R.L. Kinesics and context: essays on body motion communication. 4.ed. Philadelphia:

UPP (University of Pensylvania Press), 1985.

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que são próprios da sociedade em que nos encontramos, e outros que adotamos por imitação.

Para POLITO (1991, pág. 53), em seu livro, um comentário interessante

chama a atenção e o transcrevemos abaixo: “Como sugestão de ordem geral, sem que constitua uma regra imutável – quanto

maior e mais inculto o auditório, maiores e mais largos deverão ser os gestos; quanto menor o auditório e melhor preparado, menores e mais moderados deverão ser os gestos.”

Ao pronunciar um discurso procure não fazer gestos excessivos, exagerados ou repetitivos, busque fazer gestos naturais, de maneira moderada, de acordo com a necessidade e com a ênfase a ser dada em determinadas frases. Eles devem ser feitos antes e durante a fala, nunca depois. A boa gesticulação depende do esforço contínuo, de autocrítica e aperfeiçoamento.

A postura é um dos aspectos mais importantes da oratória. O público avaliará o orador não só pela sua mensagem, mas também pela forma como a apresentar.

Cuidados a tomar: Cuidado com os gestos contraditórios com o que se está dizendo. Exagerar nos gestos pode servir de efeito contrário ao que se propõe

dizer. Evite repetir o mesmo gesto todo o tempo. Não bata na mesa, nem no púlpito, isso demonstra ira e descontrole. Se quiser demonstrar que seu ponto de vista é aquele, de maneira

contundente, faça um gesto firme e seco, mas faça-o somente uma vez. Ficar apoiando o peso do corpo numa perna e depois na outra, como

se fosse um pêndulo.

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6.1 - O olhar

A comunicação visual serve para que cada pessoa que se encontra no público sinta-se privilegiada por ser “vista” por quem está proferindo o discurso. Todos devem passar pelo ângulo visual do orador.

Evite:

Olhar fixamente para uma única pessoa

Olhar para um ponto fixo

Olhar radar

Olhar perdido

Fugir com o olhar

6.2 - O semblante

O semblante é a tela do nosso corpo, mente e alma. Por isso tente deixá-lo sempre tranquilo para transmitir a mesma sensação. Caso necessite expressar algum sentimento, use-o com moderação e em acordo com as palavras e entonação da voz.

6.3 - A boca

A boca também transmite comunicação, mesmo quando ela está falando ou calada. Evite fazer o famoso “caras e bocas” e busque trazer sempre um sorriso nos lábios. “É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso do que à ponta da espada.”(William Shakespeare – Dramaturgo e poeta inglês).

6.4 – Interlocução

Praticamente todas as experiências de oratória nos dias atuais serão com interlocução, haverá uma troca de perguntas, questionamentos com a plateia. Treine responder a perguntas sobre o assunto, faça um exercício sobre o que poderão perguntar sobre isto.

UNIDADE IV - ESTRUTURA DA APRESENTAÇÃO E A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS

7 - Estrutura da Apresentação

Para realizar uma boa apresentação é necessário, inicialmente, criar uma metodologia que facilite desenvolver o trabalho. Escolhido o tema, trace o objetivo que desejará alcançar com a apresentação. No desenvolvimento procure seguir a ordem cronológica dos fatos.

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Busque usar os recursos que conhece e sabe manusear (caso queira utilizar recursos que ainda não domine, procure aprender, faça testes e treine bastante antes de usá-lo).

Vejamos o quadro abaixo:

Lembre-se que o sucesso de sua apresentação dependerá do conjunto de ações realizadas para que ela aconteça.

Introdução:

A Introdução é a parte fundamental de uma apresentação, discurso ou palestra, pois é neste momento que todas as atenções estão centradas na pessoa do orador e será esta primeira impressão que marcará o público.

O Objetivo deste momento é preparar o público para ouvir com agrado a apresentação que será feita.

O orador pode iniciar sua apresentação, palestra ou discurso fazendo uma apreciação ao público, ao lugar ou a situação em que se encontra. Pode iniciar fazendo uma citação, contando um fato, fazendo uma pergunta ao público, ou, aproveitar alguma circunstância ocorrida antes do discurso.

Desenvolvimento:

Esta etapa constitui o âmago do discurso, o corpo, a parte destinada à explanação do tema, onde será apresentada e debatida a ideia principal. O conteúdo deve estar organizado de maneira lógica e cronológica, situando o público dentro do espaço e do tempo e inserindo-o no contexto da apresentação.

Neste momento são apresentados dados estatísticos, citações, exemplos, vivências, demonstrações, comparações. Deve ser de fácil entendimento e compreensão do público. Nesta hora o orador afirmará ou refutará essa ideia.

Evite ser prolixo (impreciso, difuso, enfadonho, redundante).

Conclusão:

Neste momento o orador pode fazer uma recapitulação do assunto, chamar à ação, deixar uma reflexão, responder aos questionamentos, relatar um fato, fazer uma citação, falar um poema, etc. Todas essas ações devem estar relacionadas ao tema da apresentação ou da palestra.

ESCOLHA O TEMA

TRACE O OBJETIVO

DESENVOLVIMENTO RECURSOS UTILIZADOS

Introdução Desenvolva o conteúdo

Conclusão

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Atenção:

O Orador NUNCA relata seus problemas pessoais, faz APOLOGIA a sua pessoa, conta VANTAGEM, HUMILHA alguém ou CONTA PIADA racista e/ou preconceituosa.

8 - Utilização dos Recursos

Os recursos utilizados na apresentação servem para dar sustentabilidade ao orador. Para isso é importante algumas dicas:

8.1 - Uso do Microfone

Ele permite que a comunicação do orador seja mais natural e espontânea, possibilitando falar a grandes plateias da mesma forma como se conversa com uma ou duas pessoas.

O microfone, muitas vezes, é visto como um terrível inimigo, chegando a provocar pânico em determinados oradores.

Para falar corretamente utilizando o microfone é importante observar os seguintes elementos:

1 – Verifique sempre se o microfone está em condições exatas para uso, antes de usá-lo.

2 – Fale de frente para o microfone. A posição ideal é de 10 cm da boca, podendo variar de acordo com o tom de sua voz e da sensibilidade do aparelho.

3 – Sempre que for arrumar o microfone, desligue-o primeiro e o coloque de acordo com a sua altura.

4 – Quando usar o microfone tenha cuidado para não exagerar no tom da voz, muitos aparelhos são ultrassensíveis e amplificam a voz.

5 – Se o microfone estiver na mão, mantenha o braço que o segura imóvel e faça os gestos necessários com o outro braço.

6 – Quando for ler o discurso, não vire as folhas diante do microfone. 7 – Não fique em frente a caixas de som, pois isso pode causar microfonia. O microfone de lapela por ser um instrumento de alta sensibilidade, capta a

voz com perfeição. Sendo assim, muita atenção, você terá mais liberdade, mas cuidado, ele captará tudo o que você falar, por isso não faça comentários, não emita nenhum som indesejado (bocejo, arroto), pois tudo será ouvido pelas pessoas presentes.

Se utilizar o púlpito, as orientações são as mesmas, com a possibilidade de colocar algum material escrito que tenha trazido e possa olhar de vez em quando, ou mesmo lê-lo. Mas lembre-se, não coloque todo o seu peso sobre o púlpito, não fique recostado nele e nem “deite” sobre ele. Mantenha-se sempre ereto, elegante, demonstrando familiaridade com o objeto.

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8.2 - Como utilizar bem o slide

A utilização de slides serve para sustentar sua apresentação e não para ser a apresentação toda, muito menos para ser lida incansavelmente.

Use o mínimo de textos por slide.

Não coloque no slide todo o conteúdo da apostila. Coloque apenas tópicos.

Procure não exagerar na transição de slides

As cores são fundamentais para prender a atenção. Use cores que contrastem o fundo do slide com a letra usada.

Procure usar a mesma cor de letra para todos os slides.

O tamanho da letra é importantíssimo. Procure usar letras grandes, de formatos retos (preferencialmente arial ou verdana).

Cuidado para não poluir a tela com excesso de cores, letras, figuras.

Use imagens (evite ícones), hoje são facilmente acessíveis pela internet em programas de busca, como Google, Yahoo e semelhantes.

Se for usar animação procure usar o mesmo conceito para toda a apresentação.

Procure não comprometer sua apresentação utilizando muitos slides, o excesso não representa que você tenha feito uma pesquisa imensa, nem às vezes isso interessa aos que estão na audiência.

8.3 - Dicas para o uso do quadro de giz ou quadro magnético

Quando for escrever no quadro, procure não falar enquanto escreve, pois pode não ser ouvido pelo público.

Quando escrever, procure deixar o corpo mais na lateral para que as pessoas consigam ler o que está no quadro.

Procure usar o giz de cores fortes, que chame mais atenção. O giz de cor amarela chama sempre mais atenção.

Quando for utilizar o quadro magnético, verifique com antecedência se todos os pincéis e o apagador estão funcionando.

Quando for indicar as informações que estão no quadro, comece pela informação principal, que deseja que fique marcada, a seguir, os elementos que a compõem.

Ao apagar o quadro o faça iniciando de cima para baixo, deixando sempre as informações que foram escritas ao final para serem apagadas por último.

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8.4 - Dicas para o dia da apresentação

Leve todo o material gravado em pen drive ou CD ROOM (sempre duas cópias para segurança).

Chegue com uma hora de antecedência para checar o equipamento, a sala, as tomadas e conexões, a iluminação.

Se for distribuir materiais verifique se estão em ordem numérica, não faltam folhas e se as páginas estão bem legíveis.

Se for fazer uma apresentação e puder marcar o horário, marque para o período matutino, pois seus interlocutores estarão com a cabeça mais fresca e lhe darão maior atenção.

Se ficar marcado para o período da tarde você poderá correr o risco deles estarem sonolentos ou saturados pelos problemas, neste caso, você terá que ser o mais interessante para chamar-lhes a atenção.

As pessoas buscam compreender o objetivo e verificar se as metas estão de acordo.

Busque ser conciso, garantindo o entendimento dos ouvintes.

O tempo tem sido um grande parceiro e, ao mesmo tempo em que passa a ser um grande desafio no mundo de hoje. Por isso não ultrapasse o tempo determinado.

Lembre-se: Tenha claro o OBJETIVO da sua apresentação.

O TEMPO que utilizará para realizar a apresentação, palestra ou discurso. Cronometre com antecedência o tempo que vai utilizar.

O PÚBLICO que o assistirá.

A ESTRUTURA utilizada para fazer a apresentação, palestra ou discurso.

Revisar o CONTEÚDO.

TREINAR sua apresentação.

SUCESSO E BOA SORTE!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DAVIS, F. A comunicação não verbal. 6ª Ed. São Paulo: Summus, 1979. FERNANDES. Eliane Leão. Agora é minha vez de falar! Do básico à oratória

política. Ed. Life. 2009. GAIARSA, J.A. A estátua e a bailarina. 3ª Ed. São Paulo: Ícone, 1995. GOMES, Neusa Demartini. Formas persuasivas de comunicação política: Propaganda política e publicidade eleitoral. Porto Alegre: EDI PUCRS, 2000. MORAES. Felipe. “A importância da internet no marketing político”. Disponível

em: <www.ifd.com.br> Acesso em: 28 mar. 2008. PITANGA, Roberio. Diretor Geral, Festival Brasil Noar

www.festivalbrasilnoar.com - Supervalorização das aparências. Pleonasmo. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pleonasmo> Acesso em

24 fev. 2008. POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições – 28 ed. – São

Paulo: Saraiva 1991. POLITO, Reinaldo. Como se tornar um bom orador e se relacionar bem com a

imprensa. 2 ed. São Paulo: Saraiva 1995. ROIZ, Miguel. Técnicas modernas de persuasión. Madrid. Eudema. 1994. TRINGALE, D. Introdução à Retórica (a Retórica como Crítica Literária). São

Paulo, Livraria Duas Cidades, 1988.