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Curso de Enfermagem Artigo Original
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS NO IDOSO EM DOMICILIO NURSES´ BEST PRACTICES IN PREVENTING FALLS OF THE ELDERLY AT HOME Gercília Máximo Alves1 , Josiane Lima Placido1 , Marcinha Ribeiro1,Elias Rocha A Filho2
1 Aluna do Curso de Enfermagem 2 Professor Mestrando em Gerontologia .
Resumo
Introdução: O envelhecimento da população é um processo cada vez mais evidente e se deve ao aumento da expectativa de vida em quase todos os países. A motivação desta pesquisa baseou-se no fato de as residências brasileiras não estarem adaptadas ao
processo de envelhecimento do idoso. A maior incidência das internações clínicas e hospitalares se deve às quedas dos idosos em domicílio. Durante o envelhecimento a capacidade funcional do organismo diminui em um processo natural e f isiológico. Isso tr az riscos à saúde e torna freqüente a ocorrência de quedas que podem provocar lesões sérias. Objetivo: Levantar os fatores de risco associados às quedas dos idosos; evidenciar formas de prevenção e mostrar a importância da participação familiar na identif ic ação
de cuidados que os idosos necessitam e de como eles podem viver com mobilidade segura. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de fontes de pesquisa como: livros, revistas e artigos científ icos indexados em bases eletrônicas de dados. Resultados : Foram encontrados dados estatísticos publicados na literatura que comprovam o crescimento da população idosa e sua projeção para
o futuro, histogramas dos fatores intrínsecos de queda relacionados à mudança de idade e tabelas dos fatores extrínsecos associados ao ambiente que comprovam a necessidade das propostas apresentadas neste trabalho. Conclusão: Identif icaram-se fatores de risco de quedas dos idosos que proporcionaram a construção de métodos educacionais preventivos a f im de manter a independência da população idosa e a melhoria de sua qualidade de vida.
Palavras-Chave: idosos; queda; prevenção; domicílio.
Abstract
Introduction: The aging population is increasingly evident process and is due to the increase in life expectancy in almost all countries.
The motivation of this research was based on the fact that Brazilian homes are not adapted to the aging process of the elderly. The highest incidence of clinical and hospital admissions are due to falls in the elderly at home. During aging, the functional c apacity of the body decreases in a natural and physiological process. This carries health risks and makes frequent occurrence of falls that can cause serious injury. Objectives : Raise the risk factors associated with falls among the elderly; show the ways of preventing and the
importance of family involvement in the identif ication of care that older people need and how they can live w ith safe mobilit y. Methodology: It w as performed a literature review of research sources as books, journals and scientif ic artic les indexed in electronic databases. Results : Were found statistical data published in the literature that demonstrate the growth of the elderly population and its projection to the future, histograms of intrinsic factors related to the age changes and extrinsic factors associated with the environment
that prove the necessity of the proposals submitted in this w ork. Conclusion: Were identif ied some risks of falls among the elderly that provided a construction of educational and preventive methods in order to maintain the independence of older people and improve their quality of life.
Keywords: elderly; fall; prevention; household.
Contato: [email protected]
Introdução
Segundo a OMS de 1984 (FIBGE, 1991), no Brasil, existem dois documentos oficiais: a Lei 8.842/94 que dispõe sobre Política Nacional de
Saúde do Idoso (PNI) que no seu artigo 2° diz: “considera-se idoso, para todos os efeitos desta lei, a pessoa maior de 60 anos de idade”. A Política
Nacional de Saúde do Idoso, sancionada pelo Ministério da Saúde e publicada no Diário oficial em 13 de dezembro 1999, define a idade a partir dos 60
anos para designar idosos. Em 1° de outubro de 2003 foi aprovado o estatuto do idoso (lei N° 10.741) que entrou em vigor em 2004 (Brasil
Política Nacional do Idoso 1994).
O presente artigo trata da atuação do
enfermeiro na prevenção de quedas no idoso em domicílio. Esse é um tema de grande importância na atualidade, tendo em vista o aumento crescente na
expectativa de vida e o consequentemente aumento na população de idosos na sociedade brasileira.
Segundo Carvalho Maite (2011), o
crescimento da população idosa no Brasil tem estimulado o interesse em termos de saúde pública, fazendo-se mais frequente e necessária o
desenvolvimento de pesquisas que abordem a saúde do idoso. Nesta perspectiva, são necessárias intervenções adequadas por parte dos profissionais
de saúde para que atendam estes cidadãos, no sentido de propiciar melhores condições para uma melhor qualidade de vida e evitar o crescimento das
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incapacidades, que são as causas mais comuns de institucionalização.
O envelhecimento é um processo fisiológico,
irreversível e contínuo durante o qual ocorre um declínio progressivo de todos os processos fisiológicos, caracterizado por modificações nos
sistemas cardiovasculares, neurológicos, músculo esquelético, porém, podem ser retardados de acordo com a qualidade de vida do indivíduo
(FONTELE, 2007). Durante o envelhecimento, fatores
biológicos, doenças e causas externas podem
acometer aos idosos, a queda é uma delas. O tema é de grande importância para os geriontologistas e pesquisadores dessa área, devido às pessoas
verem esse evento como normal e próprio do envelhecimento (FABRICIO, 2004).
Segundo Buksman (2008) queda é o
deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por
circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. Os programas de prevenção têm a vantagem de, paralelamente, melhorar a saúde
como um todo,bem como a qualidade de vida, sendo sua prática especialmente importante para a faixa etária mais idosa.
“A perda do equilíbrio e subsequente queda em adultos idosos é um acontecimento comum que pode levar a consequências graves e, muitas vezes
irreversíveis” (BRASILEIRO, 2008). Como lembra Brasileiro (2008 apud
ANDRADE; MARANHÃO et al, 2004) para ajudar o
individuo da melhor idade a recuperar sua autoconfiança no que diz respeito a sua capacidade postura é uma medida extremamente importante. É
necessário evitar a imobilização desnecessária e suas consequências, para diminuir os efeitos de fraturas e quedas. Deste modo, realizar um impacto
sobre a autoconfiança. Melhorar a capacidade do indivíduo para resistir às ameaças ao seu equilíbrio;
aumentar a segurança deste indivíduo em seu ambiente; recuperar a confiança do paciente e das pessoas que cuidam deste, no que diz respeito a
sua capacidade de se locomover da maneira mais segura e eficaz em seu ambiente. Para evitar o risco de quedas em idosos estes cuidados descrito acima
são necessários. Conforme Brasileiro (2008 apud
CHAIMOW ICZ, 1997) o papel do exercício físico e
sua prática regular, mesmo se iniciada após os 65 anos, pode levar maior longevidade, redução das taxas gerais de mortalidade, melhora da capacidade
fisiológica, redução da frequência de quedas e incidência de fraturas.
“As intervenções de enfermagem para os
idosos reduzem o risco de queda e de outros acidentes e compensam as alterações fisiológicas do envelhecimento”. (POTTER, 2009).
Este trabalho tem por objetivo a atuação do enfermeiro na prevenção de quedas de idoso em domicílio, este tema foi escolhido devido a alta
incidência de queda de idosos em suas residências, devido as mesmas não estarem adaptadas para estes indivíduos e que hoje a taxa de
institucionalização é muito alta ocasionada pelas quedas de idosos em seu ambiente domiciliar.
A enfermeira desempenha um papel
importante ao encorajar os idosos a participar em um programa de exercícios regulares. O exercício regular aumenta a força e eficiência das contrações
cardíacas melhora a captação de oxigênio pelos músculos cardíacos e esqueléticos, reduz a fadiga e aumenta a energia e diminui os fatores de riscos
cardiovasculares. A resistência, força e flexibilidade dos músculos, todos resultados de exercícios regulares também ajudam a promover a
independência e o bem estar psicológico. Os exercícios aeróbicos constituem a base do condicionamento da resistência cardiovascular
(BRUNNER, 2011).
Metodologia
O trabalho de pesquisa utilizou a metodologia
sugerida por Lakatos (2003). Ele consistiu em uma
pesquisa bibliográfica da literatura, por meio de fontes secundárias, onde foi utilizado partes da bibliografia já publicada sobre o tema em estudo.
O trabalho foi dividido em 03 etapas: 1ª etapa: Catalogação dos artigos onde foram
previamente selecionados 34 artigos. Utilizou-se como fontes de pesquisa alguns livros; uma série de
artigos pesquisados em algumas das principais bases on-line de dados científicos publicados desde os anos 2003 a 2013.
2ª etapa: Os critérios de inclusão dos artigos foram aqueles que tinham no seu contexto a
utilização dos termos ou palavras chave:
Envelhecimento; Idoso; Queda; Qualidade de vida; que trabalharam sobre o tema (Medline; Lilacs e Scielo, BVS), livros selecionados na Faculdade
Alvorada, UNICESP, e UNB, portanto foram utilizados 36 artigos para a revisão de literatura.
3ª etapa: A leitura e analise dos artigos onde foi possível extrair os resultados que se apresentam na seqüência. Por meio deles tivemos base para formulação de idéias durante a construção da
presente pesquisa com o objetivo de conhecer os princ ípios que levam aos acidentes, para poder identificar de que forma a enfermagem poderá
intervir para amenizar o risco de quedas de idosos em domic ílio.
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Resultados
A pesquisa bibliográfica textual realizada na literatura forneceu como resultado os dados sobre o aumento crescente na população idoso no mundo e
no Brasil. A Figura 1 apresenta a evolução da
população no mundo, e figura 2 apresenta a nova
pirâmide etária brasileira. Observando nessa segunda figura a faixa etária acima de 60 anos, e de
acordo com a definição de uma pessoa idosa pela Política Nacional de Saúde do Idoso (PNI) no seu artigo 2° onde se considera idosa a pessoa a partir
dessa faixa etária, podemos estimar a preocupação e o interesse em termos de saúde pública e a necessidade do desenvolvimento de pesquisas que
abordem a saúde do idoso.
Como resultado da pesquisa dos fatores
intrínsecos (relacionados as mudanças associadas à idade) obteve-se os dados de queda mostrado na Tabela II figura 3.
Como resultado da pesquisa dos fatores extrínsecos (devido aos riscos no ambiente e nas
atividades) estão mostrados nas Tabelas II, figura 4.
A Tabela– II figura 4,apresenta a distribuição dos fatores de risco para queda no domicílio, segundo idosos entrevistados de acordo com
Marília (2002).
Tabela II. Distribuição dos fatores de risco para queda no domicílio
Figura 3. Fonte :Novaes<http://www.efdeportes.com>
Intrínsecos
Figura 4 . Fonte: Marin<http:// www.scielo.br/scielo>
Extrínsecos
Figura 2 – Evolução da população idosa no mundo
Fonte:<http://www.saudeemmovimento.com.br>
Figura 2 – Dados demográficos percentual das faixas
etárias brasileiras Fonte: <http://www.clickescolar.com.br>
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Discussão
Segundo Rebelatto e Morelli (2007)
conceitua-se senescência as alterações próprias de envelhecimento natural.
A senilidade pode ser definida com o estágio
final da vida ou o processo de avanço do envelhecimento. Teoricamente, a velhice começa ao nascimento e progride com uma variedade de
velocidade durante toda a senilidade. A senilidade traz á tona essas alteraçãoes relacionadas à idade, porque é o momento em que ocorrem a mudanças
mais visíveis associadas ao envelhecimento (ROACH, 2009).
Segundo Carvalho (2011) O processo de
transição demográfica é uma realidade que tem modificado o perfil da população e de morbimortalidade, resultando, entre outras coisas,
no envelhecimento da população, atingindo tanto os países em desenvolvimento quanto os desenvolvidos. Tal processo pode causar um grande
impacto na economia e no sistema de saúde dos países que não estiveram preparados para essa nova realidade, pois com o aumento da população
de idosos, aumenta a probabilidade à vulnerabilidade e ao desenvolvimento de incapacidades associadas ao envelhecimento.
De acordo Cruz (2012) as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística ( IBGE) confirmam que em 1960, o número de idosos era
de 3 milhões no Brasil, 7 milhões em 1975 e em, 2008, 21 milhões. Nesse ano havia 9,4 milhões de pessoas com 70 anos ou mais no País (4,9% da
população total). Conforme a síntese de indicadores sociais de 2009, apresentada pelo mesmo, a proporção de idoso aumentou de 8,8% para 11,1%
entre 1998 a 2008. O crescimento relativo dessa população em grupos de idade também foi expressivo. O grupo etário de 80 anos ou mais
superou os demais, alcançando quase 70% cerca de 3 milhões de pessoas.
O envelhecimento, antes considerado um
fenômeno, hoje faz parte da realidade da maioria da sociedade. Tanto isso é verdade que estima-se para o ano de 2050 que existam cerca de dois bilhões de
pessoas com sessenta anos a mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento.(BRASIL 2007).
Alguns estudos brasileiros indicam ascendência nos dados internacionais. Em pesquisas realizadas por Perracini e Ramos, cerca
de 31% residentes na região metropolitana de São Paulo mencionaram a ocorrencia de queda no ano anterior a investigação
( STREIT, 2011).
A ocorrência de quedas tem sido considerada um problema de saúde pública, devido sua alta incidência, as consequentes complicações para a
saúde e os custos assistenciais que provoca. O número desses eventos aumenta progressivamente com a idade em ambos os sexos, conforme nota-se
estudo norte americano em que 30% das pessoas com mais de 65 anos caem pelo menos uma vez
por ano e que 40% delas tem idades acima de 80 anos (STREIT, 2011).
Conforme SILVA T.M, et al (2007). O processo
natural de envelhecimento e a diversas patologias podem levar a quedas e afetar a capacidade
funcional por estar associada a modificações anatômicas. As principais alterações anatômicas e funcionais, relacionadas com o processo de
envelhecimento ligadas à ocorrência de quedas são as alterações na composição e forma do corpo, como a diminuição da estatura, a distribuição
centrípeta da gordura corporal, perda de massa muscular, a redução da massa óssea e o declínio nas aptidões psicomotoras, que, em conjunto,
podem provocar a instabilidade postural ou a incapacidade de manutenção do equilíbrio, em situações de sobrecarga funcional.
Mesmo uma queda relativamente sem importância sofrida por uma pessoa idosa pode causar grave dano, principalmente se a pessoa tiver
osteoporose ou outras doenças relacionadas à idade. As quedas podem levar a população mais idosa à hospitalização (ROACH, 2009).
Segundo Guatério (2012).Os fatores de risco são apresentados intrínseco e extrínsecos: Riscos ambientais: ambiente com móveis e objetos em
excesso, ausência de material antiderrapante na banheira, ausência de material antiderrapante no piso do local do chuveiro, condições climáticas,
imobilização, pouca iluminação, quarto não familiar, tapetes espalhados pelo chão. Riscos cognitivos: estado mental rebaixado. Riscos em adultos:
história de quedas, idade acima de 65 anos, morar sozinho, prótese de membro inferior, uso de cadeiras de rodas, uso de dispositivos auxiliares
(andador, bengala). Riscos fisiológicos: anemias, artrite, condições pós-operatórias, déficits proprioceptivos, diarréia, dificuldades na marcha,
dificuldades auditivas, dificuldades visuais, doença vascular, equilíbrio prejudicado, falta de sono, força diminuída nas extremidades, hipotensão ortostática,
incontinência, mobilidade física prejudicada, uso de álcool.
A maioria das quedas acidentais ocorre
dentro de casa ou em seus arredores geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro.
Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas sendo que descê-las apresenta maior risco que subi-las (BRASIL, 2007).
A influência dos fatores ambientais no risco
de quedas associa-se ao estado funcional e
mobilidade da pessoa idosa. Quantos mais frágeis mais suscetíveis. Manobras posturais e obstáculos ambientais que não são problemas para pessoas
idosas mais saudáveis podem transforma-se em séria ameaça à segurança e mobilidade daquelas com alterações em equilíbrio e marcha (BRASIL,
2007).
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Regiões do corpo mais cometidos Segundo Zinni (2003) “Quedas são a causa
mais comum de fraturas. A freqüência de quedas entre idoso é devido, em parte, a uma incidência elevada de condições clinicas. Fratura do úmero
proximal, ocorre comumente com uma queda a mão estendida.”
A fratura de fêmur é comum entre indivíduos.
Possui elevados índices de mortalidade e morbidade, e grande custo financeiro. Quando sua incidência, a fratura do fêmur aumenta com a idade,
a partir dos 50 anos; é duas vezes mais freqüente nas mulheres. Estas fraturas da extremidade superior são menos frequentes do que as fraturas
vertebrais, no entanto trazem maior morbidade e mortalidade (ZINNI, 2003).
Conforme Zinni (2003) A fratura do quadril é a
lesão por consequência da queda que mais comumente leva a hospitalização e, a duração da internação é quase o dobro daquela para todas as
outras causas de internação hospitalar no idoso. A ocorrência de quedas é mais prevalente
entre as mulheres. São mais vulneráveis às fraturas,
principalmente, do fêmur e pé.(NAKATANI, 2007)
Processo de enfermagem para prevenção
Segundo Saldanha (2004) O sistema músculo
esquelético inclui osso articulação, músculos,
tendões, ligamentos do corpo. A ocorrência de problemas associados com essas estruturas é muito comum e afeta todos os grupos etários
principalmente os idosos. As funções deste sistema são proteção apoio, locomoção armazenamento de minerais e produção de calor. As alterações
esqueléticas, tanto do osso quanto das articulações, podem ser prevenidos com hábitos com atividade física regular, ingesta de alimentos rico em cálcio e
banhos de sol diários. As atividades exercidas ao ar livre, com a força da gravidade, como caminhadas, são excelentes para a manutenção da massa
óssea: já as atividades na água, por serem de menor impacto, são recomendados para tratamento e prevenção dos problemas articulares.
Ao avaliar um maior risco de queda, três aéras são importantes: mobilidade, deficiência sensorial e cognição. Avalie a mobilidade
observando o andar, a firmeza durante a deambulação e a estalabilidade no ambiente. Deficits sensoriais, como dificuladade de enxegar ou
ouvir aumentam o risco de queda. Avalie se há diminuição na cognição verificando o nível de consciência, a orientação quanto à pessoa, lugar e
tempo, e se o idoso tem capaciadade de tomar decisões acertadas. Se for encontrado um déficit em qualquer uma dessas áreas, a pessoa corre o risco
de queda, e então intevenções são planejadas para corrigir esse déficit especifico. Se a pessoa tiver deficiência em duas ou mais áreas, tem de ser
implementadas precauções para prevenir as quedas. (ROACH, 2009).
Conforme (SALDANHA, 2004) A avaliação do sistema osteomuscular, além de incluir o equilíbrio, força muscular a marcha busca a identificação e
correção de fontes de dor como artrite e calosidade que, não só podem alterar a própria percepção, como também prejudicar a
deambulação. A reabilitação do sistema osteomuscular compõe-se sessões especificas de fisioterapia ou educação física visando o aumento
da força muscular, a correção do equil íbrio estático e dinâmico, o aumento da flexibilidade articular e da capacidade aeróbica (condicionamento físico).
É importante também incluir treinamentos específicos, como ultrapassagem de obstáculos, e o aprendizado de tecnicas para levantar-se do chão
no caso de queda. Participar de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho
deforça do quadríceps e mobilidade do tornozelo (BVS, 2013).
Orientação Para o Grupo Familiar Segundo SILVA et al (2007) A população
idosa passa a maior parte do seu tempo em suas casas. Este ambiente que pode parecer o mais seguro possível, pela familiaridade, pode tornar-se
muitas vezes um lugar de risco. O idoso tem sua prontidão reduzida devido à autoconfiança trazida pelo conhecimento do ambiente em que vive. A
atenção também fica reduzida, porque as atividades que desempenha, em seu lar, são costumeiras, desta forma, acidentes que poderiam facilmente ser
evitados são causadores da diminuição da mobilidade ou da capacidade funcional. Muitas situações que eram corriqueiras, em sua juventude,
passam a serem perigos iminentes. Segundo SANTOS et al (2012). Dentre as
atividades realizadas pelos enfermeiros, o
cumprimento do Processo de E nfermagem surge como papel fundamental, pois permite o conhecimento das respostas humanas alteradas,
contribuindo assim para o cuidado individual para idoso. É preciso que o enfermeiro identifique e levante os fatores de risco de quedas em idosos,
para à identificação da situação e possível prevenção, que deve ser foco dos cuidados de enfermagem.
De acordo com RONALDO et al (2011). Assim, torna-se fundamental que o enfermeiro e sua equipe iniciem e intensifiquem o estabelecimento de
técnicas voltadas à prevenção de quedas de pessoas idosas, que estejam hospitalizadas, institucionalizadas ou domiciliadas.
Como lembra CHANG et al (2004). O tratamento de um paciente com risco ou com histórico de quedas exige, geralmente, uma ação
multidisciplinar envolvendo enfermagem, terapia física ou ocupacional, serviço social e especialidades médicas. Simples cuidados e
adaptações poderão diminuir o risco de quedas dentro de sua casa.
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De acordo a BVS (2013). Na atuação da enfermagem propôe-se que para melhor segurança do cliente que seja modificado suas vestimentas
como: usar sapatos com sola antiderrapante; Amarar o cadarço do seu calçado; Substituir os chinelos que estão deformados ou estão muito
frouxos.. A prática de exerc ícios físicos regularmente reduz acentuadamente o percental de quedas em idosos, como: Tai Chi Chuan (um
exercício de equilíbrio), dança e caminhada, juntamente com uma alimentação adequada rica em suplementos orais de vitamina D.
Retire de sua casa tudo aquilo que possa causar escorregões e instale suportes corrimão e outros acessórios de segurança, simples cuidados e
adaptações poderão reduzir o risco de quedas dentro de sua casa; basta analisar algumas orientações abaixo:
Em seu quarto: Durma em uma cama na qual você consiga subir e descer facilmente, instale algum tipo de iluminação ao longo do caminho da
sua cama ao banheiro;
No banheiro:- Coloque um tapete antiderrapante ao lado do box para sua segurança na entrada e saída, instale barras de apoio nas
paredes, ao tomar banho, utilize uma cadeira de plástico para melhor segurança.
Na sala e corredor: Organize os móveis de
maneira que você tenha um caminho livre de obstáculos, ande somente em corredores, escadas e salas bem iluminadas;
Na cozinha:- Retire os tapetes que promovem escorregões, limpe imediatamente qualquer líquido, gordura ou comida que tenham
sido derrubados no chão, não utilize ceras que deixem seu piso escorregadio.
Reorganize a distribuição dos móveis e demais áreas; - Coloque nas áreas livres tapetes com as duas faces adesivas ou com a parte de
baixo não deslizante, utilize corrimão e iluminação adequada nas escadas, que permita a visualização desde o princ ípio da escada até o fim, evite mudar
os móveis de lugar.
A Figura 4 apresenta uma sugestão da disposição da mobília no ambiente familiar.
Figura 4 – Projeto de uma casa segura.
Fonte: <htpp www.homeangels.com.br.> <casaseguras.arq.br>
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Como lembra (ALMEIDA et al 2012). É importante identificar os fatores de risco para quedas em idosos para que se possam planejar
estratégias de prevenção, reorganização ambiental e de reabilitação funcional. Para conquistar uma maior eficácia das estratégias
sugeridas é necessária uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar, como intuito de decrescer o risco de quedas, evitar a
dependência e diminuir a morbidade e a mortalidade dos idosos.
Segundo (GUATÉRIO et al 2012). Dentre
as ações realizadas pelos enfermeiros, o cumprimento do Processo de Enfermagem surge como importante instrumento, pois permite o
conhecimento das respostas humanas alteradas, comtribuindo assim para o cuidado individualizado. É necessário que o enfermeiro
conheça os fatores de risco de quedas em idosos, para à compreensão da situação e possível prevenção, que deve ser foco dos cuidados de
enfermagem. O processo de cuidar, em enfermagem
gerontogeriátrica, consiste em observar para a
pessoa idosa, considerando os aspectos biopsicossociais espirituais vivenciados pelo idoso e pela família, como clientes da
enfermagem. Esse processo se dá em ações consecutivas de modo interativo, dialogal, entre quem provê o cuidado e quem o recebe ( SILVA,
et al 2009 apud GONÇALVES 2006). No cuidado à saúde de pessoas idosas,
convencionam-se agrupar algumas metas
principais, dentre elas: promoção de um viver saudável; compensação de limitações e incapacidades; provisão de apoio e controle no
curso de envelhecimento; tratamento e cuidado específicos; facilitação do processo de cuidar. (SILVA, et al 2009 apud GONÇALVES 2006).
A Política Nacional do Idoso e a Política Nacional da Saúde do Idoso determinam que a assistência a essa população deva ter como
preocupação básica a sua permanência na comunidade, no seu domicílio, de forma autônoma pelo maior tempo possível. Dessa
forma, a família e a assistência primária são os pilares desse cuidado sendo que a família é a figura em que se concentra toda a assistência
informa.(RODRIGUES, 2006).
Considerações Finais
Para que as estratégias preventivas de
quedas em idosos tenham sucesso, é necessário
identificar populações com risco aumentado, instituir intervenções padronizadas para múltiplos fatores de risco e moldar tais intervenções a cada
indivíduo ou situação particular. As intervenções deverão ajudar os usuários idosos dos serviços de saúde e seus cuidadores a compreender a
forma de reduzir a probabilidade de queda, como por exemplo: desenvolver sua habilidade de
enfrentar desafios e ganhar equilíbrio, melhorar a segurança de seu meio ambiente e adquirir a autoconfiança e a confiança de seus familiares,
para que ele possa continuar ativo e independente em seu próprio meio, para realizar o que deseja.
Devemos manter uma vigilância domiciliar periódica e sistemática para promover as modificações de riscos ambientais. Identificar
quaisquer consequências psicológicas de uma queda, como o medo de cair, que possam levar a uma auto-retrição de atividades e,
secundariamente, o desuso, imobilidade, atrofia muscular e novas quedas. Modificar os comportamentos de risco, de forma a garantir
movimentos sem restringir a possibilidade de uma vida ativa. Instituir estratégias, enfim, que previnam uma lesão séria, de maneira que,
mesmo ocorrendo uma queda, esta não resulte em graves consequências.
Fazem-se as necessárias medidas de
intervenção por parte dos profissionais de saúde, visando a mudanças de atitude a redução de danos ocasionados por esse agravo, cuidados
específicos relacionados as estruturas físicas do domicílio, principalmente no quarto dos idosos, estimulando assim o poder dos familiares a tal
mudanças, tornando indispensável a fim de melhorar a qualidade de vida dessa população, diminuindo a quedas como fator crucial.
Outro fator para ocasionar a queda, é que se observa atualmente que a maioria das residências ainda não está adaptada para os
idosos, necessitando assim de uma reorganização para a melhoria na disposição correta dos móveis no ambiente de convívio
familiar. O enfermeiro deverá orientar os familiares
dos idosos a contribuir para prevenção de
quedas, visando à qualidade da assistência ao idoso em ambiente domiciliar. Espera-se que haja uma interação entre os familiares, que juntos
desenvolvam mecanismos para minimizar os acidentes, como por exemplo: não trocar os móveis de lugar frequentemente, pois os idosos
podem procurar a mobília, cuja localização se lembra para se apoiar, colocar corrimão nas escadas e nos banheiros, utilizar adaptações de
elevações de assentos: as cadeiras, camas e poltronas, devem ser mais altas que o comum para facilitar o acesso, o banho pode ser mais
seguro utilizando uma cadeira plástica dentro do box ou na área do chuveiro.
Para uma boa locomoção poderá ser
utilizados utensílios de apoio como a bengala, porque aumenta a sua área de sustentação, havendo um equilíbrio entre a identificação dos
fatores de risco e a sustentação da mobilidade e atividade funcional, buscando a autonomia com qualidade de vida. Realizar atividades físicas
como a caminhada, pois com a ação da gravidade muda de lugar e de intensidade
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durante todo o tempo, por isso temos que nos ajustar a cada passo. Isso é um excelente exercício de equilíbrio, que ajudam no
desenvolvimento da agilidade, coordenação e força muscular e ossos.
Portanto, a importância de atividades ajuda
na estruturação física, fazendo com que o idoso obtenha mais segurança e estabilidade dos movimentos. Com a prática de exercícios leves
como: natação, danças, hidroginástica, musculação, trazem benefícios que revigoram os ossos, os músculos e as articulações, previnem a
osteoporose, reduzem o peso, melhoram a circulação, o coração, o equilíbrio, o humor, a atividade sexual, a autoestima e o sono,
aumentam a oxigenação cerebral, ajudam a controlar o diabetes, a hipertensão e o colesterol alto, melhorando a qualidade de vida dos idosos,
com a vivência do envelhecimento bem-sucedido. A atuação do enfermeiro na assistência de
um idoso é fundamental. Pois é ele quem vai
orientar os familiares na prevenção das quedas em domicilio, identificando as estratégias relacionadas às mudanças internas de mobília,
garantindo então, não só a satisfação do idoso e como também a melhoria na sua qualidade de vida. Deverá também informar o comparecimento
em sua consulta regularmente , uma vez por ano no oftalmologista e geriatria assim que necessário.
A orientação do idoso na identificação do seu potencial para atingir a independência fará este se sentir incluído socialmente na via
cotidiana da família, garantindo o seu desenvolvimento psicomotor e aumentando sua independência na vida diária, e no
relacionamento interpessoal com todos aqueles que ocupam um lugar na família, para que ele se sinta integrado e valorizado no seu meio.
Agradecimentos Agradecemos a Deus por nos permitir a
chegarmos a esta etapa final com saúde e humildade e perseverança.
Aos nossos amigos Janaina França Elias e
Felipe Gonçalo, que estudamos juntos desde inicio em sala e que hoje não puderam estar no final deste evento, que no momento de ansiedade
mantiveram calmos e seguros, transmitindo com sua dedicação a fazer uma etapa do trabalho escrito
Aos Irmãos Lincoln Maximo Alves, Lucas Maximo Alves e Lauriberto Maximo Alves com sua experiência em trabalhos científicos, sua ajuda foi
perpetuando a cada dia, para a conclusão deste trabalho em perfeita competência, e sabedoria.
E nossos mestres; Professor / Orientador,
Mestrando em Gerontologia Elias Rocha Azevedo Filho e Doutoranda em Educação,especialista em UTI pela São Camilo,Mestre em Gestão de
Saúde , Enfermeira UNIFERSN Santa Maria Judith Aparecida Trevisan de conhecimento em educação , nos apoiando a cada passo deste
trabalho com seu conhecimento e capacitação a tudo que faz , sempre com amor.
A Glenda Rany Máximo de Souza e aos
nossos esposos Francisco Jacob de Souza, Carlos Augusto Nascimento Rosa e José Tarc ísio Vieira Rufino sempre apoiaram e nos
incentivaram em todas as nossas decisões, cuidando de nossos lares em nossa ausência.
Aos nossos professores, amigos e familiares que de forma indireta colaboraram para a conclusão deste sonho.
Referências:
1. ALMEIDA,Tamanini et al. Análise de Fatores Extrínsecos e Intrínsecos que Predispõem a Quedas em idosos.<http://www.scielo.br/scielo. acesso em 12/01/2013.
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ANEXO
Fonte: http://www.leidireto.com.br/lei-8842.html 1 de 4 26/02/2013 14:46
Presidência da República Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994. Regulamento
Mensagem de veto Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
CAPÍTULO I Da Finalidade
Art. 1º A política nacional do idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.
Art. 2º Considera-se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
CAPÍTULO II Dos Princ ípios e das Diretrizes SEÇÃO I
Dos Princ ípios Art. 3° A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios: I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da
cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;
II - o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de
conhecimento e informação para todos; III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas
através desta política; V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio
rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na
aplicação desta lei. SEÇÃO II
Das Diretrizes Art. 4º Constituem diretrizes da política nacional do idoso: I - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que
proporcionem sua integração às demais gerações; II - participação do idoso, através de suas organizações representativas, na formulação,
implementação e avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos;
III - priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência;
IV - descentralização político-administrativa; V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
prestação de serviços;
VI - implementação de sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada nível de governo;
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento; VIII - priorização do atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços,
quando desabrigados e sem família;
IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento. Parágrafo único. É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência
médica ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social.
13
CAPÍTULO III Da Organização e Gestão Art. 5º Competirá ao órgão ministerial responsável pela assistência e promoção social a
coordenação geral da política nacional do idoso, com a participação dos conselhos nacionais, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso.
Art. 6º Os conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso serão órgãos
permanentes, paritários e deliberativos, compostos por igual número de representantes dos órgãos e entidades públicas e de organizações representativas da sociedade civil ligadas à área.
Art. 7º Compete aos conselhos de que trata o artigo anterior a formulação, coordenação, supervisão
e avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas. (Vide Lei 10.741, de 2003)
Art. 8º À União, por intermédio do ministério responsável pela assistência e promoção social,
compete: I - coordenar as ações relativas à política nacional do idoso; II - participar na formulação, acompanhamento e avaliação da política nacional do idoso;
III - promover as articulações intraministeriais e interministeriais necessárias à implementação da política nacional do idoso;
IV - (Vetado;)
V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito da promoção e assistênc ia social e submetê-la ao Conselho Nacional do Idoso.
Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saúde, educação, trabalho, previdência social, cultura, esporte e lazer devem elaborar proposta orçamentária, no âmbito de suas competências, visando ao financiamento de programas nacionais compatíveis com a política nacional do idoso.
Art. 9º (Vetado.)
Parágrafo único. (Vetado.)
CAPÍTULO IV Das Ações Governamentais Art. 10. Na implementação da política nacional do idoso, são competências dos órgãos e entidades
públicos: I - na área de promoção e assistência social: a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do
idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não -governamentais.
b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como centros de
convivência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares e outros;
c) promover simpósios, seminários e encontros específicos;
d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso;
e) promover a capacitação de recursos para atendimento ao idoso;
II - na área de saúde: a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de
Saúde;
b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e medidas profiláticas;
c) adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriát ricas e similares, com fiscalização
pelos gestores do Sistema Único de Saúde; d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares; e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito
Federal, e dos Munic ípios e entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologia para treinamento de equipes interprofissionais;
f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais,
estaduais, do Distrito Federal e municipais; g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico de determinadas doenças do idoso, com
vistas a prevenção, tratamento e reabilitação; e
h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso;
14
III - na área de educação:
a) adequar currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais destinados ao idoso;
b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o
processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o assunto;
c) incluir a Gerontologia e a Geriat ria como disciplinas curriculares nos cursos superiores;
d) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, a fim de informar a população sobre o processo de envelhecimento;
e) desenvolver programas que adotem modalidades de ensino à distância, adequados às condições
do idoso; f) apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, como meio de universalizar o acesso
às diferentes formas do saber;
IV - na área de trabalho e previdência social: a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua participação no
mercado de trabalho, no setor público e privado;
b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previdenciários; c) criar e estimular a manutenção de programas de preparação para aposentadoria nos setores
público e privado com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento;
V - na área de habitação e urbanismo: a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade
de casaslares;
b) incluir nos programas de assistência ao idoso formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção;
c) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular;
d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas; VI - na área de justiça: a) promover e defender os direitos da pessoa idosa;
b) zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determinand o ações para evitar abusos e lesões a seus direitos;
VII - na área de cultura, esporte e lazer:
a) garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;
b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, em âmbito
nacional; c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver atividades culturais; d) valorizar o registro da memória e a transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais
jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade cultural; e) incentivar e criar programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da
qualidade de vida do idoso e estimulem sua participação na comunidade.
§ 1º É assegurado ao idoso o direito de dispor de seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade judicialmente comprovada.
§ 2º Nos casos de comprovada incapacidade do idoso para gerir seus bens, ser -lhe-á nomeado
Curador especial em juízo. § 3º Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência
ou desrespeito ao idoso. CAPÍTULO V Do Conselho Nacional
Art. 11. (Vetado.) Art. 12. (Vetado.) Art. 13. (Vetado.)
Art. 14. (Vetado.) Art. 15. (Vetado.) Art. 16. (Vetado.)
Art. 17. (Vetado.) Art. 18. (Vetado.)
CAPÍTULO VI Das Disposições Gerais Art. 19. Os recursos financeiros necessários à implantação das ações afetas às áreas de
competência dos governos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais serão consignados em seus
15
respectivos orçamentos.
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua publicação.
Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 4 de janeiro de 1994, 173º da Independência e 106º da República. ITAMAR FRANCO Leonor Barreto Franco
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 5.1.1994