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   ATLAS SIPA DE P  ATRIMÓNIO  Faróis  v1.0 I 2011 

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Atlas sobre faróis marítimos

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  • ATLAS SIPA DE PATRIMNIO

    Faris v1.0 I 2011

  • Ficha Tcnica

    Tipo de documento Atlas de Patrimnio do Sistema de Informao para o Patrimnio Arquitectnico (SIPA)

    Identificador Atlas02 Ttulo Atlas dos Faris (SIPA)

    Ttulo alternativo

    Tipo Nome Contacto Autor Lus Marques [email protected] Autor Teresa Ferreira [email protected] Autor colectivo IHRU [email protected] Coordenador Joo Vieira [email protected] Colaborador Colaborador

    Responsveis

    Editor IHRU [email protected] Verso 1.0 Estado Definitivo Data(s) de preparao 2011-07-18 a 2011-09-30 Data de emisso 2011 Local de emisso Sacavm Pblico/Destinatrio(s) Tcnicos do SIPA

    Tcnicos, investigadores e gestores de patrimnio arquitectnico e de elaborao/rectificao de Instrumentos de Gesto do Territrio, de entidades parceiras do IHRU/SIPA; Historiadores, Historiadores da Arte, Arquitectos, Gegrafos.

    Idioma Portugus Formato PDF / SQL / ESRI Shapefile Descrio Atlas que comporta elementos tipolgicos e histricos, com base na extraco

    de dados relativos a estruturas arquitectnicas faris do SIPA/IHRU. Descritores Faris; Patrimnio; Sistemas de Informao

    Tipo de relao Documento relacionado Relao documental Complementada por Norma de Inventrio do Patrimnio Arquitectnico

    Monumento: NIPA-M, verso 9.0, 2008

    Copyright Todos os direitos de autor e patrimoniais so detidos pelo IHRU, IP Comunicabilidade Acesso reservado aos destinatrios declarados

    Data de transmisso / publicao

    2011

    Local / endereo de transmisso/publicao

    www.monumentos.pt

    Cdigo de arquivo Data Verso Reviso Responsvel

    Historial de reviso

  • 2011 Copyright IHRU, IP

    O texto deste documento no pode ser adaptado ou reproduzido para uso pessoal ou organizacional sem autorizao especfica e sujeito a citao apropriada. O trabalho no pode ser usado para outros fins, designadamente comerciais, sem a autorizao prvia formal dos seus editores.

    Esta publicao deve ser citada da seguinte forma:

    Instituto da Habitao e Reabilitao Urbana, Atlas SIPA de Patrimnio - Faris, Lisboa, IHRU, 2011 (verso 1.0).

  • Atlas dos Faris

    Visualizao de informao geogrfica

    A informao sobre os faris para Portugal, foi obtida a partir de uma extraco da base de dados SQL do Sistema de Informao para o Patrimnio Arquitectnico (SIPA), tendo sido tratada em software SIG (Sistemas de Informao Geogrfica) para a visualizao grfica das coordenadas obtidas (no sistema de referncia World Geodsic System - WGS84).

    Como cartografia de base, optou-se por representar:

    # 1 - O limite da fronteira entre Portugal e Espanha, retirado do tema de informao geogrfica disponibilizada em DVD-ROM pelo Environmental Systems Research Institute (ESRI);

    # 2 - O Web Map Service com o tema de informao geogrfica dos Ortofotomapas, tambm disponibilizado pelo IGP.

    Para a realizao do Atlas SIPA de Patrimnio Faris, produziram-se nove mapas temticos relativos ao Estabelecimento, Funo, Tipologia do Edificado, Tipologia da Torre, Material da Torre, Funcionamento, Alcance, Altura e Altitude, atribuindo a cada farol (ponto no mapa) uma legenda com base na cor, de acordo com cada campo da base de dados SIPA, pr-estabelecida.

    Ficheiro no formato Adobe Acrobat 9.0 (PDF)

    A converso para o formato Adobe Acrobat, verso 9.0 (PDF) permite a visualizao de diversos mapas temticos com a associao de dados alfanumricos e espaciais, sem qualquer tipo de custos para o utilizador. Para obter o software bastar fazer o download atravs do URL: http://www.adobe.com/downloads/ e instalar no computador, seguindo os procedimentos indicados pelo produtor.

    Para visualizar as diferentes pginas do Atlas, poder utilizar o cursor, o scroll do rato ou seleccionar as pginas pretendidas, funo disponvel no menu pages situado na barra lateral esquerda do software. Nesta barra esto ainda disponveis menus que permitem visualizar as camadas da informao geogrfica (Layers), a estrutura de dados SIPA (Model Tree), entre outras funes deste software.

    Para aceder informao SIPA associada, no Acrobat Reader, verso 9.0 ou superior, dever (consoante a verso) abrir o menu tools ou edit (funo analysis) e colocar um checkmark nas ferramentas: Object Data Tool e/ou Geospatial Location Tool. Com este procedimento, possibilitar a utilizao de duas funes:

    # 1 - Object Data Tool: permite seleccionar um farol (ponto) representado no mapa e obter a informao alfanumrica associada do lado esquerdo do ecr;

  • # 2 - Geospatial Location Tool: permite atravs de uma mira obter as coordenadas da latitude e longitude no canto inferior direito do ecr.

    Anlise

    Desde que o homem comeou a navegar houve a necessidade de assinalar a costa para que, durante a noite, pudesse evitar os seus perigos. As primeiras luzes utilizadas como aviso navegao eram constitudas por fogueiras colocadas em pontos elevados sobre o mar. Pela sua localizao alguns conventos eram utilizados para este fim, tendo dado origem aos Faris do Cabo de So Vicente, de Nossa Senhora da Guia e de Nossa Senhora da Luz, no sculo XVI.

    Primeiro com fogueiras, depois com lamparinas, mais tarde com candeeiros. A necessidade de aumentar o alcance das luzes leva associao entre candeeiros e aparelhos pticos a partir do sculo XVI. No sculo XVIII comeam-se a utilizar mecanismos de relojoaria proporcionando movimento rotativo, originando o caracterstico relmpago.

    Em 1758, por alvar pombalino, os faris passam a ser uma organizao oficial. Em 1761 edificado o Farol da Guia, em 1772 o do Cabo da Roca, em 1775 os de So Julio, Bugio e Serra da Arrbida (mais tarde transferido para o Outo), e em 1790 os do Cabo Carvoeiro e do Cabo Espichel.

    Em 1824 Augustin Fresnel inventa um aparelho ptico lenticular em vidro que actualmente ainda equipa a maior parte dos faris.

    Em 1835, o servio de faris transita para o Ministrio da Fazenda e so construdos mais quatro faris. Em 1852 o servio transita para o Ministrio das Obras Pblicas e em 1866 realizado um projecto geral de alumiamento martimo para a costa de Portugal.

    A partir do sculo XIX vo-se utilizando diversos combustveis at utilizao da electricidade a partir da construo de geradores elctricos em 1853.

    At 1906 so criadas 39 novas luzes e reformadas 13 das existentes. A maior parte dos faris do continente construda at finais da dcada de 50 do sculo XX. Em 1946 apresentada uma proposta para completar o plano nos Aores e na Madeira, faris estes que comeam a ser construdos a partir de 1954 e 1956, respectivamente.

    A partir de 1977, a Direco de Faris (criada em 1924), procede automatizao dos faris. Nos anos 80 do sculo XX, com o desenvolvimento das baterias e de painis solares, a iluminao dos faris passa a ter uma maior autonomia.

    Os faris so essencialmente funcionais, mas tambm pela sua localizao, pelas suas caractersticas construtivas, pela sua histria e demais vicissitudes, so elementos de destaque, suscitando um interesse generalizado ao longo do tempo.

    As suas estruturas de grande porte em locais, por vezes de difcil acesso, mas sempre privilegiados em termos de panormicas, impem-se na paisagem e so referncias para alm da sua funo de controlo de trfego martimo. A sua inventariao torna-se

  • imprescindvel para o seu melhor conhecimento por parte do pblico e dos tcnicos de patrimnio.

    O presente estudo pretende analisar as caractersticas formais e funcionais relativas aos faris actualmente existentes em Portugal continental, na Regio Autnoma dos Aores e na Regio Autnoma da Madeira, procedendo-se, ainda, cartografia dos elementos apurados, em ambiente SIG (Sistema de Informao Geogrfica).

    Foram alvo de estudo 77 faris, tendo sido feito, para cada um deles, um estudo mais ou menos detalhado, que permitiu estabelecer, a partir de documentao oficial (Direco de Faris da Marinha Portuguesa), a poca de construo, as principais caractersticas tipolgicas construtivas, as caractersticas de alcance, altura e altitude das luzes, a funo de cada farol e o seu estado actual de funcionamento. As caractersticas formais resultaram na definio de tipologias arquitectnicas, tendo em considerao a torre que sustenta o farol, bem como os edifcios de acompanhamento. Todos estes elementos so consultveis na base de dados IPA, no site www.monumentos.pt.

    Na sequncia deste, foram elaboradas 9 cartas efectuadas a partir dos dados registados nos campos Utilizao inicial, Utilizao Actual, Cronologia, Tipologia, Caractersticas particulares, Dados tcnicos e Materiais da base de dados do SIPA:

    CARTA n. 1 - Estabelecimento

    O estabelecimento de um farol refere-se data em que uma determinada edificao comea a funcionar como farol. O edifcio pode ser especificamente construdo para esse fim e nesse caso as datas de edificao e estabelecimento podero coincidir. No entanto, h situaes de edifcios pr existentes, em que a data de construo ser necessariamente diferente da de estabelecimento do farol, no sendo relevante para este estudo. Como exemplo temos o Forte de So Loureno da Cabea Seca, em que a primeira referncia a uma construo data de 1578, e em que apenas em 1775 estabelecido o Farol do Bugio.

    Optando por uma anlise em perodos de 50 anos, foram recolhidos os seguintes dados:

    1800 11 continente 1801 a 1850 3 continente

    1851 a 1900 18 continente, 2 ilhas

    1901 a 1950 13 continente, 17 ilhas

    1951 2 continente, 11 ilhas Da anlise destes dados verifica-se que os faris mais antigos foram construdos maioritariamente no continente, sendo que, apenas a partir de meados do sc. XIX comea a construo de faris nas ilhas. O Farol de So Loureno, estabelecido em 1870 o mais antigo no Arquiplago da Madeira e o Farol do Arnel, estabelecido em

  • 1876 na Ilha de So Miguel, o mais antigo do Arquiplago dos Aores. A maior parte dos faris das ilhas foram construdos no sc. XX.

    Em Portugal continental existem vrios equipamentos do sculo XVIII ainda activos, sendo o mais antigo o Farol da Guia. Dos faris j desactivados h registos que datam de 1528 o estabelecimento do Farol de So Miguel-o-Anjo, na foz do rio Douro.

    CARTA n. 2 - Funo

    A funo de um farol est relacionada com o tipo de trfego que ele gere.

    Poder ser trfego martimo, na maior parte da costa de Portugal continental e ilhas, ou ento trfego porturio, em algumas barras de grandes esturios, como o caso do rio Tejo.

    Optou-se ainda por identificar alguns faris interiores que funcionam como complemento de outros na costa, denominados como sendo de enfiamento.

    CARTA n. 3 Tipologia do edifcio

    Os faris, pela sua complexidade tcnica, geralmente necessitam no s de espaos contguos, onde se possam instalar os equipamentos necessrios ao seu funcionamento, como tambm instalaes para acomodao da guarnio (faroleiros) para o seu funcionamento e manuteno. Assim, a maior parte dos faris construdos de origem tem a tipologia de farol com edifcio(s) anexo(s), tanto no continente como nas ilhas.

    Verifica-se que, pelo facto de haver algumas fortalezas na linha de costa, estas foram aproveitadas para a implantao de vrios faris pelo que no foi necessria qualquer construo anexa uma vez que os prprios fortes tinham espaos que puderam ser aproveitados para esse fim. Esta situao verifica-se apenas em Portugal continental, no havendo nos arquiplagos dos Aores e da Madeira qualquer situao de um farol principal implantado num forte.

    Por ltimo, existem os faris isolados. Equipamentos que, ou pelo seu isolamento (geralmente em ilhus no habitados) ou pelas suas caractersticas (equipamentos com pouco alcance, alimentados por painis solares ou controlados distncia) no necessitam de edifcios anexos, nem para instalao de equipamentos, nem para guarnio.

    Nesta listagem destaca-se ainda um caso especfico: o farol da Lapa, inactivo desde 1960 e que se encontra adossado Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Lapa.

    Foram contabilizadas as seguintes tipologias de edifcio:

    Farol isolado - 23

    Farol com edifcio anexo - 43

  • Farol implantado numa fortaleza - 11

    Farol implantado numa igreja - 1

    CARTA n. 4 Tipologia da torre

    A tipologia das torres dos faris est directamente ligada com a sua poca de construo e tambm com o tipo de material utilizado.

    Verifica-se que at finais do sculo XIX a maior parte das torres prismtica (com diversos tipos de seco: quadrangular, hexagonal, octogonal).

    O material mais corrente era a alvenaria de pedra, tcnica construtiva que pelas suas caractersticas se adapta melhor a construes quadrangulares, de embasamento forte, geralmente com pedra aparente, com paredes grossas, estreitando ligeiramente medida que a construo sobe.

    Assim, dos 77 faris analisados, 26 so de seco quadrangular, 6 hexagonal e 4 octogonal, tendo sido maioritariamente construdos at finais do sculo XIX.

    Ainda no sculo XIX tambm utilizado um tipo de torre metlica, de pequenas dimenses, geralmente na instalao de faris em estruturas pr construdas, tais como fortalezas na faixa costeira, denominada tourelle francesa. caracterizada por uma coluna cilndrica em ferro fundido, com nervuras exteriores para uma maior resistncia estrutural, com a lanterna localizada no topo, tendo geralmente uma altura de 13 a 15 metros. Foram identificados 7 exemplos desta tipologia.

    A partir do incio do sculo XX comea-se a utilizar frequentemente o beto armado, tcnica que permite construir torre mais altas, mais esbeltas, de seco circular, pelo que oferecem menor resistncia ao vento. Foi contabilizado um total de 19 torres com estas caractersticas. Destaca-se a torre do farol de Aveiro, com 62 metros de altura (o equivalente a um prdio de 20 andares) e as dos faris de Lea, Santa Maria e Vila Real de Santo Antnio, todas com 46 metros (equivalente a 15 andares). Em algumas destas torres circulares, por questes estruturais de origem ou problemas relacionados com a sua degradao, foram acrescentadas nervuras, criando uma malha de reforo pelo exterior, existindo 8 faris com estas caractersticas.

    As torres cilndricas apresentam vrios tipos. As 10 identificadas englobam desde o farol do Bugio, com uma torre cilndrica do sculo XVIII, em alvenaria de pedra, at s torres do sculo XX do farol da Azeda, em metal, e a do farol da Serreta, em fibra de vidro.

    Como exemplo de uma torre troncnica temos o farol das Formigas, nos Aores, construdo em apenas 36 dias devido dificuldade de acesso e da instabilidade do estado do mar e das condies atmosfricas. Esta torre apresenta um perfil muito caracterstico sendo nica no seu gnero em Portugal.

    A tipologia cabana refere-se a pequenas construes, no propriamente torres, utilizadas para sobrelevar a lanterna do farol e para instalao dos respectivos

  • equipamentos, em situaes em que a prpria altitude do local suficiente para uma boa visibilidade da luz.

    Tambm em situaes de construes pr-existentes, particularmente em fortes, se aplica apenas a lanterna do farol no sendo necessria a qualquer construo adicional.

    CARTA n. 5 Material da torre

    Assim como a tipologia da torre est relacionada com a sua poca de construo, tambm o tipo de material utilizado na construo reflecte este facto.

    Foram contabilizados 43 faris com torres em alvenaria de pedra, maioritariamente construdos antes do sculo XX. Tambm as 15 torres construdas em metal se identificam com esta poca, apesar de algumas serem do sculo XX. A partir dos anos 50 do sculo XX a maior parte das torres construda em beto armado, perfazendo um total de 17. Surge ainda um exemplo em fibra de vidro, j no sculo XXI.

    CARTA n. 6 Funcionamento

    A categoria funcionamento est relacionada com a actividade actual dos faris: se se encontram activos ou inactivos.

    Apenas 11 faris se encontram inactivos. Destes, 9 localizam-se em Portugal continental e a sua inactivao est relacionada sobretudo com a perda de relevncia de alguns locais. Geralmente por alteraes na linha de costa, abertura de marinas, construo de pontes na entrada das barras, fazendo com que os faris existentes sejam substitudos por outros noutras localizaes ou por outro tipo de sinalizao martima.

    No arquiplago dos Aores surgem duas situaes de faris inactivos: o farol dos Capelinhos e o da Ribeirinha. O farol dos Capelinhos foi desactivado devido aos danos sofridos pela entrada em erupo do vulco, em 1957, tendo sido substitudo pelo farol do Vale Formoso, em 1958. O farol da Ribeirinha sofreu danos com o sismo de 1973, tendo sido reparado, mas 1998, um segundo sismo, torna a estrutura completamente inoperativa. Em sua substituio existe actualmente um pequeno farolim sem relevncia em termos arquitectnicos.

    CARTA n. 7 Alcance luminoso

    O alcance luminoso refere-se maior distncia a que a luz pode ser vista, em funo da intensidade luminosa da luz, do coeficiente de transmisso atmosfrica e do limiar de iluminao do olho do observador.

  • Em termos tcnicos a luz a componente mais importante do farol: a sua caracterstica1, o seu alcance, o tipo e cor de luz e o seu perodo2. Em termos de inventrio arquitectnico analismos apenas o seu alcance por estar relacionado com a importncia que o farol tem em termos de utilizao. Por essa razo, foram inclusivamente contabilizados os faris inactivos actualmente.

    Genericamente considerado que, para um alcance inferior a 15 milhas martimas3, o equipamento se designe como farolim, e no farol.

    Foram contabilizados os seguintes faris nos intervalos estabelecidos:

    15 milhas 31 faris 16 a 20 milhas 11 faris

    21 a 25 milhas 15 faris

    26 a 30 milhas 14 faris

    31 milhas 2 faris de destacar o farol de So Vicente, em Sagres que, com as suas 32 milhas martimas de alcance da luz, o farol com maior visibilidade activo actualmente em Portugal.

    CARTA n. 8 Altura da luz

    Este valor refere-se altura a que se localiza a luz, acima do solo.

    Dos dados analisados verifica-se que em Portugal continental localiza-se a maior parte

    dos faris com altura inferior a 10 metros. Trata-se dos faris localizados em

    estruturas pr existentes, como os fortes, e que no necessitam de altura suplementar

    pelo que a sua torre de pequenas dimenses. Tambm no continente se localizam

    maioritariamente os faris de altura superior a 20 metros. Este facto deve-se grande

    quantidade de faris localizados em praias ou barras com pouca altitude pelo que

    necessria a construo de torres de grandes dimenses.

    Pelo contrrio, nos Arquiplagos dos Aores e da Madeira, localizam-se os faris entre

    11 e 20 metros de altura. Pelas caractersticas de ambos os arquiplagos, de relevo

    1CaractersticaCombinaodistintivadosdiversosaspectosdeumsinalluminosoquepermiteidentificaroemissoreamensagememitida.2PerodoDuraodeumciclocompletodasdiferentesfasesdeumsinalluminoso.3Milhamartimaunidadedemedidalinearutilizadaprincipalmentenomar.aproximadamenteigualaumminutodelatitude.Amilhamartimainternacionalequivalea1852metros.

  • acentuado e grandes falsias junto ao mar, a maior parte dos faris constituda por

    torres de mdia altura.

    Analisando a informao recolhida, foram contabilizados os seguintes faris nos

    intervalos estabelecidos:

    10 metros 21 faris

    11 a 20 metros 34 faris

    21 a 30 metros 13 faris

    31 a 40 metros 3 faris

    41 metros 4 faris

    CARTA n. 9 Altitude da luz

    Este valor refere-se altitude a que se localiza a luz, acima do nvel mdio das guas

    do mar. Dos dados analisados verifica-se que em Portugal continental a altitude a que

    a maior parte dos faris se localiza inferior a 100 metros (41 faris) devido s

    caractersticas do relevo da costa. Apenas os faris de Montedor e da Berlenga ficam

    a mais de 100 metros de altitude e os faris do Cabo da Roca e do Cabo Espichel a

    mais de 150 metros.

    Pelo contrrio, nos Arquiplagos dos Aores e da Madeira, os faris localizam-se

    geralmente acima dos 50 metros, havendo dois faris acima dos 250 metros, o dos

    Rosais (Aores) e o de So Jorge (Madeira), e um acima dos 300 metros, o da Ponta

    do Pargo (Madeira).

    Analisando a informao recolhida, foram contabilizados os seguintes faris nos

    intervalos estabelecidos:

    50 metros 23 continente, 6 ilhas

    51 a 100 metros 18 continente, 8 ilhas

    101 a 150 metros 2 continente, 10 ilhas

    151 a 200 metros 2 continente, 2 ilhas

    201 metros 3 ilhas

  • FONTES

    CARTOGRAFIA Instituto Geogrfico Portugus: Temas de Informao Geogrfica da Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP 2009) e o Web Map Service com o tema de informao geogrfica dos Ortofotomapas.

    URL: http://mapas.igeo.pt/ (ltimo acesso em 25 de Novembro de 2010)

    Environmental Systems Research Institute: Tema de Informao Geogrfica Limites nacionais (world countries) in DVD Data & Maps, 2009.

    URL: http://www.esri.com/data/data-maps/data-and-maps-dvd.html

    BIBLIOGRAFIA AGUILAR, J. Teixeira de, NASCIMENTO, J. Carlos, e SANTANDREU, Roberto, Onde a terra acaba, histria dos faris portugueses, Lisboa, 1998.

    Faris de Portugal, Lisboa, Direco de Faris da Marinha Portuguesa, Cincia Viva, 2005.

    Lista de faris, bias luminosas, radiofaris, sinais de nevoeiro e sinais horrios e de mau tempo, estaes radiotelegrficas e de socorros a nufragos, Lisboa, Direco de Faris, 1955.

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    >19501901 a 19501851 a 19001800 a 1850< 1800

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    CabanaCilndricaCilndrica "tourelle"CircularCircular nervuradaHexagonalLanternaOctogonalQuadrangularTroncnicaSem valor

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    Alvenaria de pedraBeto armadoFibra de vidroMetalDesconhecido

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    >4031 a 4021 a 3010 a 20

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    >200151 a 200101 a 15050 a 100