atividades lÚdicas no ensino da geografia na 5ª sÉrie ... · inúmeras publicações do...
TRANSCRIPT
ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DA GEOGRAFIA NA 5ª SÉRIE
* DOMINIAK, Darlei João
**AGUIAR, Waldiney Gomes
Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados das atividades
de intervenção pedagógica desenvolvida com os alunos do Colégio Estadual
José Bonifácio – Ensino Fundamental e Médio a partir de metodologia lúdica
sem perder o rigor cientifico dos conteúdos. Foi necessário muito empenho, e
acima de tudo saber ouvir os educandos para posteriormente desenvolver a
atividade, pois nesse processo ao contrário do que se acredita, também surge
dificuldades na aprendizagem. Durante a elaboração do projeto nos
deparamos com as várias possibilidades de atividades que fossem realmente
de encontro com os anseios aos quais nos propomos, buscamos propostas e
trabalhos nos meios de comunicação, observamos os interesses dos alunos
nos diferentes tipos de atividades nas séries em que trabalhamos, após este
trabalho e sentindo que a brincadeira aliada ao jogo seria a melhor forma de
juntar o interesse pelo aprendizado versus o interesse pelo jogo / brincadeira,
diante de tal fato constatado elaboramos a roleta do saber, a qual despertou
nos educandos o interesse e ao mesmo tempo a disputa para ver quem sabe
responder mais as questões para assim poder estar movimentando e
marcando ponto para si e sua equipe ao responder corretamente aos
conteúdos até então estudados e trabalhados.
Palavras chaves: Lúdico, educação, atividades, jogos, brincadeiras.
Summary
This article aims to present the results of activities of educational intervention
developed with the students of Jose Bonifacio State College - Primary and
secondary education from playful approach without losing the rigor of scientific
content. It took much effort, and above all the students to listen to further
develop the activity, therefore in this case contrary to popular belief, also
appears in learning difficulties. During the preparation of project we are faced
with various opportunities for activities that were really against the wishes of
which we propose, we seek proposals and work in the media, we see the
interests of students in different types of activities in series where we work after
this work and feel that playing the game combined would be the best way to
add interest in learning versus interest in the game / play, before such an
established fact designed the wheel of knowledge, which sparked interest in
students and while the race to see who can answer more questions so that he
could be moving and scoring point for you and your staff to properly respond to
the content previously studied and worked.
Keywords: Playful, education, activities, games, games.
_______________________________________________________________
* Professor QPM do Estado do Paraná, na disciplina de Geografia, participante
do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) do Núcleo Regional de
Educação (NRE) de Cascavel PR e atuante nas Escolas: Colégio Estadual
José Bonifácio – EFM e Nossa Senhora da Salete – EF em Campo Bonito – Pr.
** Professor do Curso de Geografia – Licenciatura do Campus de Francisco
Beltrão PR.
1. Introdução
No decorrer de nossa caminhada como professor na escola pública do
Ensino Fundamental e Médio verificamos por várias vezes em nossa prática
pedagógica que as dificuldades são muitas por parte dos alunos em entender
os conteúdos de Geografia. Essa questão pode estar relacionada não apenas
ao desinteresse dos alunos, mas também na formação do professor, o qual
deve e precisa ter consigo que o aprender é um processo de troca com todos
os envolvidos na educação e para que isso aconteça temos que compartilhar e
imaginar uma educação interativa que faz o educador e o educando a
aprender, brincar e viver todos os momentos da sala de aula. Acreditamos que
é na integração e nas interações existentes nas atividades lúdicas a chave
para proporcionar um conhecimento através de uma ação prática entre os
educandos e o professor.
Concordamos com o que nos diz Haetinger:
O lazer dentro da escola tem dupla função. Primeiramente, oferece para
o homem mais qualidade de vida, proporcionando um bom uso de seu
tempo livre, assim gerando mais prazer, deixando-o mais feliz. A
segunda função refere-se à formação do senso crítico, com o
desenvolvimento da criatividade e as experiências recreativas escolares,
para que o sujeito possa ter melhores condições de usufruir o seu tempo
livre e de tomar decisões. (Max Gunther Haetinger, 2008, p. 19).
Ao desenvolver o projeto com os alunos, observamos que o
comportamento e a participação do mesmo em sala de aula difere muito no
antes e no depois das atividades lúdicas, a quais proporcionam a interação, e o
envolvimento colaborativo e justo entre os alunos, mediados pelo professor a
partir do uso de recursos didáticos integrados aos conteúdos programáticos à
metodologia da geografia, como diz Marta Kohl de Oliveira (1997), “no
brinquedo a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas
atividades da vida real e também aprende a separar objeto e significado”. Em
sua afirmação podemos observar que muitas vezes o educador está presente
em sala de aula, porém, sua prática pedagógica está muito distante dos alunos
ali presente e isso dificulta e muito o aprendizado escolar, pois ele não está
preso a um tempo definido e sim na forma pela qual o educador transmite seus
conhecimentos específicos ou gerais, como cita (Nelson Carvalho Marcellino
(org.), 2003): “O lúdico é fim em si mesmo, ou seja, ele não é um meio através
do qual alcançamos outro objetivo: seu objetivo é a vivência prazerosa de sua
atividade”. Essa citação mostra claramente a relação fundamental no
aprendizado dos educandos entre o ato do aprender escolar juntamente com o
ato de participar de atividades lúdicas, sendo ambos de uma enorme
cumplicidade na formação sadia e prazerosa do saber escolar, pois “O lúdico é
espontâneo; difere, assim de toda atividade imposta, obrigatória; é aqui que o
prazer e dever não se encontram, nem no infinito, nem na eternidade” (Nelson
Carvalho Marcellino (org.), 2003). E é neste sentido que foi desenvolvido o
trabalho de pesquisa com os alunos da quinta série (sexto ano), pesquisa esta
que se fez necessária para descobrir atividades que oportunize ao aluno
aprender de forma prazerosa sem perder a qualidade científica dos conteúdos.
1.1. Breve histórico da Geografia
A história do pensamento geográfico se inicia com os gregos, os quais
foram a primeira cultura conhecida a explorar ativamente a Geografia como
ciência e filosofia, sendo os maiores contribuintes Tales de Mileto, Heródoto,
Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão e Ptolomeu. A cartografia feita
pelos romanos, à medida que exploravam novas terras, incluía novas técnicas.
O périplo era uma delas, uma descrição dos portos e escalas que um
marinheiro experimentado poderia encontrar ao longo da costa. Dois exemplos
que sobreviveram até hoje são o périplo do cartaginês Hanão o Navegador e
um périplo do mar Eritreu, que descreve as costas do Mar Vermelho e do Golfo
Pérsico.
Durante a Idade Média, Árabes como Edrisi, Ibn Battuta e Ibn Khaldun
aprofundaram e mantiveram os antigos conhecimentos gregos. As viagens de
Marco Polo espalharam pela Europa o interesse pela Geografia. Durante a
Renascença e ao longo dos séculos XVI e XVII, as grandes viagens de
exploração reavivaram o desejo de bases teóricas mais sólidas e de
informação mais detalhada. A Geographia Generalis de Bernardo Varenius e o
mapa-mundo de Gerardo Mercator são exemplos importantes.
Durante o século XVIII, a Geografia foi sendo discretamente
reconhecida como disciplina e tornou-se parte dos currículos universitários. Ao
longo dos últimos dois séculos a quantidade de conhecimento e o número de
instrumentos aumentou enormemente. Há fortes laços entre a Geografia, a
Geologia e a Botânica. No Ocidente, durante os séculos XIX e século XX, a
disciplina geográfica passou por quatro fases importantes: determinismo
geográfico, geografia regional, revolução quantitativa e geografia radical.
Quanto ao conhecimento geográfico no Brasil, não se pode deixar de
observar a grande importância e influência do Geógrafo mais reconhecido do
país seguido de Aziz Ab'Saber e seu pioneirismo, não por profissão, mas por
méritos, Milton Santos. Com várias publicações, Milton Santos, tornou-se o pai
da Geografia Crítica que faz análises e fenomenológicas dos fatos e
incidências de casos. Isso é importante, visto que a Geografia é uma ciência
global e abrangente, e somente o olhar geográfico aguçado consegue
identificar determinados processos, sejam naturais ou sócio-espaciais. Vale
ressaltar também os importantes estudos do professor Jurandyr Ross, que se
dedicou a mapear, de forma bastante detalhada, o relevo brasileiro além das
inúmeras publicações do professor doutor José William Vesentini que se
tornaram referência no estudo da Geografia no Brasil. (Wikipédia – a
enciclopédia livre - www.wikipedia.org).
1.2 O lúdico no Ensino
Lúdico é a forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, e o
raciocínio de uma criança através de jogos, música, dança, mímica. Nosso
intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros. Isso,
verificamos que o meu ver é fantástico pois torna qualquer aprendizado leve e
descontraído.
Ao trabalhar o lúdico na educação fundamental, acreditamos que é uma
proposta para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino-
aprendizagem entre professor e aluno. Segundo Schiller (2001) "o homem só é
completo quando brinca". A criança é um ser ativo e traz consigo a
necessidade de se movimentar, de se comunicar, seja através da linguagem,
ou através do lúdico. Assim contemplando a interdisciplinaridade está
intrínseca na educação, onde professor e aluno devem buscar meios que
entrelacem o conhecimento. Portanto é valorizando as atividades lúdicas que
se proporciona ao educando facilidades de interagir diversos meios de
conhecimento.
A história e o desenvolvimento da alfabetização do conhecimento
geográfico nos mostraram a importância de sempre estarmos atentos às novas
formas de transmitirmos os conhecimentos elaborados aos nossos educandos.
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do
conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da
brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade
construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar
cada vez mais as vivências da criança com o ambiente físico, com brinquedos,
brincadeiras e com outras crianças, pois acreditamos que a criança brinca por
natureza.
Como nos relata Haetinger:
Na educação, estas discussões sempre estiveram ligadas às atividades
lúdicas, fundamentais na formação dos jovens e crianças e verdadeiras
facilitadoras dos relacionamentos e das vivências dentro da sala de
aula. Atividades lúdicas são aquelas que promovem a imaginação e,
principalmente, as transformações do sujeito ao seu objeto de
aprendizagem. O caráter de integração e interação contido nas
atividades lúdicas fez com que a Educação Infantil e Fundamental
utilizassem constantemente estas atividades para integrar o
conhecimento com uma ação prática dos nossos alunos. (Max Gunther
Haetinger, 2008, p. 05).
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e
não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto
lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural,
colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil,
facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do
conhecimento. Acreditamos também que o lúdico não é o único método para a
melhoria da Educação, mas pode ser uma ponte que ira auxiliar na melhoria
dos resultados por parte dos professores em promover mudanças na didática e
na pedagogia.
Nesta abordagem do processo educativo a afetividade ganha destaque,
pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar
as pessoas do que um raciocínio brilhante repassado mecanicamente. No
entanto em um método de aprendizagem lúdica e cooperativa é necessário
ficar claro para os participantes o objetivo, o critério, a recompensa, o tipo de
atividade.
Para ser um mediador da atividade lúdica, o professor deverá se
preparar previamente, ou seja, conhecer os fundamentos das atividades
lúdicas como um todo, cultura lúdica, gestão dos espaços lúdicos.
desenvolvendo estas funções e metodologias o lúdico poderá ajudar na
compreensão dos conteúdos propostos pelo professor de forma prazerosa,
pois assim poderá utilizar diversas atividades para enriquecer o aprendizado
do educando, ao realizar atividades lúdicas a partir dos conteúdos propostos
na 5ª série do ensino fundamental, elaborando com os educandos e colegas
professores recursos didáticos para o ensino da geografia, adequando os
conteúdos à metodologia, proporciona melhor interação entre os alunos na
elaboração das atividades, mediados pelo professor.
2. Intervenção Pedagógica
Sendo a educação lúdica via de regra dada em sala de aula através de
trabalhos em grupo, apesar da competitividade que algumas atividades trazem
no seu meio, elas estimulam a agregação, o pensar compartilhado, o que vai
plenamente ao encontro que diz Neil Postman em seu livro:
O Fim da Educação: nada supera a velha e boa escola. Se pública,
tanto melhor. Só na escola que os indivíduos aprendem, entre outras
coisas, que as necessidades individuais estão subordinadas a
interesses do grupo. A escola civiliza e socializa. “A sala de aula destina-
se a domar o ego, a ligar os indivíduos a outros, a demonstrar o valor e
a necessidade da coesão do grupo”.
Sabemos que os jogos e as brincadeiras sempre estiveram presentes na
vida do homem, pois o jogo é um fator importante para conhecermos as
pessoas e seus costumes e na educação os jogos e brincadeiras do passado
ainda são importantes para o universo infantil, pois na verdade encaramos
estas brincadeiras como folclore, pois elas nos ajudam a entender de maneira
divertida algumas regras da sociedade a qual estamos inseridos, o lúdico
sempre esteve presente na vida escolar e cotidiana, apenas não estávamos
dando a importância necessária para tal atividade, hoje estas atividades estão
presentes em quase todos os meios de comunicação e transmissão de
conhecimento.
É interessante a elucidação de Morin quando diz:
A criança também é educada pela mídia, principalmente pela televisão.
Aprender a informar-se, a conhecer – os outros, o mundo, a si mesma, a
sentir, a fantasiar, a relaxar, vendo, ouvindo, “tocando” as pessoas na
tela, pessoas estas que lhe mostram como viver, ser feliz e infeliz, amar
e odiar. A relação com a mídia eletrônica é prazerosa – ninguém obriga
que ela ocorra; é uma relação feita através da sedução, da emoção, da
exploração sensorial, da narrativa – aprendemos vendo as histórias dos
outros e as histórias que os outros nos contam. Mesmo durante o
período escolar a mídia mostra o mundo de outra forma – mais fácil,
agradável, compacto – sem precisar fazer esforço. Ela fala do cotidiano,
dos sentimentos, das novidades. A mídia continua educando como
contraponto à educação convencional, educa enquanto estamos
entretidos. (MORIN, 2000, p. 30).
Analisando a citação de Morin, ressaltamos a importância de estarmos
sempre atentos e em busca de novas idéias e atividades lúdicas que venham
ao encontro das expectativas dos educandos na participação das mesmas, em
nosso trabalho pesquisamos várias idéias e sugestões em nosso trabalho de
pesquisa, assistimos programas de televisão, trocamos idéias com nossos
colegas de área (geografia), filtramos nossas pesquisas e conseguimos
intercalar atividades da mídia com as atividades da escola através do jogo, o
qual tem um fator mágico em sua relação com os alunos, pois observamos que
os educandos estão sempre dispostos a participar de um jogo, de uma
brincadeira, e a partir destas observações elaboramos o seguinte trabalho:
ROLETA DO SABER
Foto do Autor: Roleta do Saber (roleta do Saber Geográfico) 2009.
É uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e
realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de
expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir
relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos.
Na visão sócia - histórica de Vygotsky, a brincadeira, o jogo, é uma
atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando
sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social, com contexto cultural e
social.
Assim, o jogo passa a ter o caráter de material de ensino quando
considerado promotor de aprendizagem. A criança, colocada diante de
situações lúdicas, apreende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo,
apreende também as diversas estruturas presentes.
PIAGET (1998) comenta que os jogos tornam-se mais significativos à
medida que a criança se desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de
materiais variados, ela passa a reconstruir objetos, reinventar coisas, o que já
exige uma adaptação mais completa, numa síntese progressiva da assimilação
com a acomodação. E conclui que os métodos de educação das crianças
exigem que se forneça às mesmas um material conveniente, a fim de que,
jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso,
permanecem exteriores à inteligência infantil. Os jogos não são apenas uma
forma de entretenimento para gastar energias das crianças, mas meios que
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Objetivo
* Despertar no educando o espírito de grupo;
* Desenvolver o aprendizado dos conteúdos trabalhados em sala de aula;
* Estimular a procura do saber sistematizado através dos questionamentos que
o jogo oferece.
Desenvolvimento do jogo
* Os alunos formaram equipes de igual número de participantes e
movimentaram de igual forma a roleta.
* jogo inicia-se por um sorteio entre as equipes.
* Cada participante movimenta a roleta uma vez, acertando ou não a questão a
responder, caso pare em um dos dizeres da roleta, cumpre-se o que se diz.
* Um representante da equipe movimenta a roleta a qual vai parar em um dos
espaços com funções e pontuações diferentes.
* As cores possuem uma pontuação e um número, o qual corresponde a uma
questão a ser respondida.
* Acertando a resposta um novo componente da equipe roda novamente a
roleta e registra a pontuação. *Caso não saiba a resposta, passa a pergunta à
outra equipe no sentido da direita, a qual responderá ou não, respondendo
obtém a pontuação, roda a roleta e assim sucessivamente até o final das
questões elaboradas pelo professor da disciplina de acordo com o conteúdo
estudado na série.
* Será considerada vencedora a equipe que obtiver ao final das questões
elaboradas e ou do tempo estipulado a maior pontuação.
OBS: Para cada cor existente na roleta, será estipulada uma pontuação
específica, sendo que em alguma das cores com os dizeres: perde tudo, passa
a vez, dobra a pontuação existente. Neste processo procura-se criar nos
participante a expectativa de obter um bom resultado tanto no ato de fazer
rodar a roleta bem como no ato de responder corretamente as atividades
propostas para aquele momento, podendo ser atribuído ao conhecimento
individual e ou coletivo (grupo), com isso todos os educando devem estar
preparados para participar, pois a falha de um pode deixar o grupo em boas ou
em condições não desejáveis perante aos demais grupos e ou participantes.
Avaliação
Espera-se que através desta atividade o educando possa assimilar e
desenvolver as diferentes formas de relacionamento e aprendizado dos
saberes intelectuais que permanecem exteriores as normas formais do
aprendizado escolar.
E que desenvolva em si e em grupo a convivência e atitudes e o espírito
de equipe que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Considerações
Para a aplicação e ou intervenção em sala de aula o professor deverá
propor com base nos conteúdos e atividades curriculares propostas para
determinada série do ensino fundamental, desenvolver atividades práticas e
lúdicas visando à compreensão dos conceitos, assimilação do conteúdo e ao
mesmo tempo o gosto pela leitura e aprendizado da disciplina de geografia.
Foi nos sugerido trabalhar a compreensão e confecção da rosa-dos-
ventos (rosa dos rumos), nesta atividade podemos trabalhar com conceitos
diversos nas diversas disciplinas: Geografia, Artes, Educação Física,
matemática, exemplo: divisão das partes através dos ângulos, medições
diversas, divisão dos espaçamentos (matemática); direção e posicionamento
dos atletas em uma quadra de esportes (ed. Física); o colorido, o acabamento,
a pintura (artes); localização, os rumos (geografia), outro exemplo de
intervenção em sala de aula através da ludicidade no aprendizado é fazer uma
espécie de cruzadinha (coquetel) onde formaríamos o aprendizado de
conceitos e palavras utilizadas no meio geográfico; pode-se também fazer uma
maquete das formas superficiais do relevo de uma área qualquer envolvendo
vários aprendizados, esperamos no desenvolver do trabalho surjam várias
atividades que venham enriquecer e contribuir para a melhoria do projeto,
porém, constatamos que essa atividade por vários profissionais vem sendo
desenvolvida e achamos melhor desenvolver outra de forma inédita.
Com relação a nossa apresentação da proposta no ambiente escolar, a
mesma ocorreu da seguinte forma: Durante o ano de dois mil e oito, dezenas
de professores estiveram afastados de suas atividades de sala de aula, e
nosso colégio também se fez presente nesta atividade, vários professores
prestaram as devidas provas para acesso ao programa de desenvolvimento
educacional (PDE), destes dois professores obtiveram média e foram
aprovados, sendo uma professora da língua portuguesa e a minha pessoa na
disciplina de geografia. O início das atividades do PDE a nosso ver ocorreu de
forma tumultuada devido ao fato de ser o segundo ano destas atividades no
Estado e o mesmo estar em fase de experiências, o curso obteve um
alinhamento sistemático e menos contundente após o mês de abril, porém, o
sistema de computação ainda precisava de ajustes na sua capacidade de
trabalho coletivo, este fato prejudicou o desenvolver de alguns cursos de
preparação para nós. Senti dificuldades em operacionalizar o sistema (GTR)
grupo de trabalho em rede e ainda hoje sinto minhas dificuldades com o curso.
Quando ao retorno das atividades na Escola de origem, e após pleitear
o cargo de diretor do colégio, passar conjuntamente ao pleito municipal, fazer
diversos cursos oferecidos pelo sistema em questão e cursar pedagogia,
sentindo o peso da responsabilidade em fazer dar certo os trabalhos que até o
momento estava cursando para o âmbito escolar e acima de tudo, ansioso
para falar aos colegas na semana pedagógica dos meus anseios e
expectativas perante o projeto ao qual me propus a desenvolver, frustrei-me
diante dessa expectativa, pois não foi possível compartilhar com os colegas os
objetivos de meu projeto, apenas a direção do colégio fez um breve comentário
da volta dos professores PDEs para a escola e que os mesmos estariam
desenvolvendo seu projeto em sala de aula. Com isso deparei-me com uma
situação até certo modo constrangedora, pois as informações da coordenação
estadual eram uma e a recepção Escolar foi outra, culpo-me em deixar ocorrer
desta forma e também acredito que esse fato deu-se por uma falha de
comunicação entre equipe de coordenação estadual do PDE, o Núcleo
Regional de Educação (NRE) e a Direção Escolar, este fato deixou-me a
principio abalado, porém, ordenei as idéias, recuperei o entusiasmo e comecei
a desenvolver o projeto em sala de aula com os alunos, no desenvolver do
projeto conversamos e entregamos a direção escolar e equipe pedagógica o
trabalho a ser desenvolvido através do sistema PDE. Outro fator que nos
deixou preocupado para com o trabalho a ser desenvolvido era o início das
reformas de nosso colégio fato este que atrapalhou e muito a aplicação do
projeto, pois foi uma troca de sala e de horário de aula para ajustar as
necessidades da reforma, achamos melhor parar por um breve período com
as atividades e depois retornar aos objetivos do projeto. Superadas essas
dificuldades e agora com calma retornamos a desenvolver do projeto,
reapresentamos o projeto da roleta do saber aos alunos, elaboramos
conjuntamente as atividades a serem desenvolvidas, confeccionei a roleta com
diversos materiais, sendo parte dos mesmos materiais do colégio reutilizados
(chapa de compensado – mesa reciclada, pregos, parafusos e outros
materiais), elaboramos conjuntamente com os alunos as regras de participação
as quais podem ser alteradas conforme os conteúdos que se está sendo
trabalhado, em seguida fomos fazer os devidos testes com os alunos para
aperfeiçoar as regras e os demais detalhes que se fizeram necessário, com
isso chegamos a roleta do saber e que os alunos chamam carinhosamente de:
roda - roda da geografia, roleta da geografia, roleta do professor Darlei, dentre
outros dizeres que aparecem na hora da atividade e empolgação. O importante
de todo esse trabalho é saber que nossos alunos gostaram e gostam de
participar, sendo uma atividade que pode ser desenvolvida em qualquer série e
nível de ensino da educação, seja o fundamental, o médio e poderia ser
utilizado nas práticas pedagógicas a nível superior, pois, registramos a
aplicação desta atividade na primeira série do ensino médio onde os alunos
gostaram e pediram para retornar com a atividade em outro dia de aula.
Observamos que em nossa proposta inicial citamos a Escola Estadual Nossa
Senhora da Salete como uma das escolas a ser desenvolvido esse projeto,
porém, não foi possível este ano dar aulas na Escola, o que impossibilitou a
aplicação do projeto, acredito eu que no futuro poderá ser desenvolvida está
atividades com os alunos deste estabelecimento de ensino e ou em qualquer
outro estabelecimento de ensino. Quanto ao Colégio Estadual José Bonifácio
os trabalhos transcorreram na medida do possível muito bem, não tivemos
problemas com a aplicação das atividades em sala de aula, fatos isolados
ocorreram, mas os alunos participaram dentro das expectativas previstas e ou
esperadas, na questão pedagógica tivemos um bom relacionamento e
entendimento, não houve um acompanhamento efetivo do projeto em sala de
aula, deu-se apenas através de observações rápidas nas salas de aula, o
acompanhamento maior ocorreu através das conversas que tivemos na
apresentação do mesmo para a equipe e em relatos feitos no decorrer e
posteriormente na aplicação em sala, com relação a parte administrativa o
interesse demonstrado foi mínimo e podemos dizer que não nos ajudou e
também não nos atrapalhou ou dificultou o trabalho. Desenvolvemos o projeto
nas turmas e séries que nos propomos, fomos além devido ao interesse dos
alunos das sextas séries, os quais após ouvir seus colegas e os comentários
dos alunos nas turmas em que trabalhamos o projeto, pediram que fosse
trabalhado com eles também o projeto, após a aplicação da atividade proposta,
colhemos e registramos com os educandos alguns de seus depoimentos, dos
quais apresentamos a seguir, fotos, testemunhos e ou relatos quanto ao
projeto atividades lúdicas no ensino da geografia na quinta série com a
atividade Roleta do Saber.
Transcrevemos na integra dois relatos de alunos de cada uma das
quintas séries:
M. G. S. (5ª A). “Essa brincadeira é dividida em grupos. A cada
pergunta feita pelo professor um do grupo deve responder, se souber
ganha ponto, se não souber passa para o outro grupo. Há! Antes que eu
esqueça, essa brincadeira é sensacional, a gente ri, discute, se diverte, é
muito legal, agora tenho que ir, pois essa brincadeira já vai começar”.
N. J. A. (5ª A). “A roleta do saber proporciona ao aluno uma noção
de alguns aspectos, ela é como uma prova oral onde se destacam os
grupos mais unidos (trabalham em grupo) e que pensam mais rápido”.
P. C. G. (5ª B). “Eu gostei por que os alunos vão brincando e
aprendendo e isso faz que os alunos gostem mais das aulas e também
aprendam. E assim todo mundo aprende brincando, e isso tudo faz uma
brincadeira envolvendo a matéria e o estudo do jovem. E isso é muito legal
e divertido e o mais importante é que os alunos podem aprender até mais”.
A. R. T. B. (5ª B). “Foi muito divertido, tinha horas que a gente dava
risada, tinha hora que a gente ficava bravo e tinha o grupo A e o grupo B, o
grupo A estava ganhando e o B estava perdendo, e uma hora uma colega
do grupo A foi rodar a roleta e caiu no perde tudo e o time B ganhou”.
E. T. S. (5ª C). “Eu achei muito interessante por que assim os alunos
podem se expressar falando as respostas brincando e se divertindo, e
quem que não sabiam as respostas depois disso ficaram sabendo e todos
nós nos divertimos muito e também demos muitas risadas de algumas
respostas, mas era só uma forma de divertimento que foi muito legal,
outras respostas também foram bem inteligentes e também é uma forma
de o professor ver a inteligência dos alunos, e a maioria se saiu bem”.
P. S. M. (5ª C). “Gostei muito, aprendi mais e me ajudou a me
desenvolver. Como ela funciona: a sala se divide em três grupos, um
desses grupos começa a jogada, uma pessoa do grupo vai a frente e roda
a roda, o professor faz uma pergunta para ele responder, se acertar o
grupo ganha uma quantia de pontos e se não acertar vai para o outro
grupo e assim em diante, no final o grupo vencedor pode ganhar um
premio e essa é a roleta do saber de geografia”.
Podemos observar nestas turmas – série que os educandos estão
aceitando com alegria, e muito entusiasmo o projeto, são crianças de uma
idade entre dez a onze anos e as mesmas ainda estão na fase da brincadeira e
como eles mesmos relatam e nos acreditamos neste fato: brincando também
se aprende e ao mesmo tempo se ensina, constatamos que a forma de
repasse dos ensinamentos escolares utilizando-se de uma atividade lúdica
melhora e muito o aprender e o assimilar dos conteúdos, o respeito por si e
pelo outro, trabalhamos em sala de aula um determinado tema utilizando-se
primeiramente o transmitir conhecimento através das explicações onde o
professor expõe o conteúdo verbalmente, em outro momento fizemos a
exposição do tema através da nossa atividade lúdica (roleta do saber), a
disparidade no entendimento é muito grande, pois na segunda o aluno tem a
oportunidade dele mesmo estar tirando suas conclusões através da
observação e o mesmo procura saber os conteúdos para mostrar aos colegas
que está aprendendo, ou seja, se indagado ele demonstra a todos e não
somente ao professor na hora da avaliação.
O projeto não previa a aplicação em outras séries, contudo, fizemos um
esforço e estendemos essa atividade nas sextas séries do ensino fundamental,
constatamos no desenvolver das atividades que estaríamos perdendo espaço
e oportunidade de contribuir com os alunos da turma em questão, relatamos
dois depoimentos por turma dos alunos da sexta série a seguir:
Transcrevemos na integra dois relatos de alunos de cada uma das
sextas séries:
N. K. D. (6ª A). “A roleta do saber, eu achei um modo divertido e bom
de se aprender, pois todo mundo diz que devemos aprender brincando. A
roleta é legal, pois ela chama a atenção e usa o espírito de competitividade
para estimular os alunos a aprenderem mais para poderem ganhar, usando
perguntas sobre as matérias”.
S. B. (6ª A). “A roleta do saber foi bem planejada, ela desperta
curiosidade, vibração com a equipe, o professor Darlei é legal, desperta
brincadeira, gosto da matéria de geografia e a roleta fez com que nós saber
mais. O professor é um dos que não só da conteúdo, mas tem sempre
descontraindo a gente e com a roleta do saber continuou sendo legal as
aulas. Ele traz perguntas relacionadas com a roleta, outra coisa pode se
anotar quem presta atenção na aula, e o conhecimento dos alunos”.
G. A. S. (6ª B). “A roda do saber é muito importante para nossa
aprendizagem, pois ajuda-nos a melhorar. É muito interessante pois
jogando a roda do saber desfrutamos muitas qualidades, por exemplo o
companheirismo, pois nos tornamos companheiro e ajudamos uns aos
outros. Isso ajudou muito no meu aprendizado e na minha nota no final do
bimestre e eu acho que isso deve continuar, pois está ajudando muito na
nota de todos”.
S. A. (6ª B). “Achei que foi muito bom porque sempre na brincadeira
aprendemos mais. Eu por exemplo, aprendi mais na brincadeira do que o
professor explicando. Sempre dizem que na brincadeira aprende-se mais.
O professor fez bem a começar no lugar de ficar falando, falando. Ele pois
a brincadeira da roleta para utilizar a inteligência na brincadeira, porque
sempre brincando se aprende mais”.
J. T. Z. (6ª C). “A roleta do saber foi uma criação do professor Darlei
para melhorar o ensino da turma e da escola. Eu achei uma ótima idéia, é
como se fosse uma prova oral, todos adoraram. Além de ajudar a
memorizar, também ajuda no espírito coletivo onde todos ajudam todos e
as equipes vão juntando informações. Todos adoraram por que eles
aprenderam e se divertiram muito, o que é bom para o professor para o
aluno e para toda a escola. Todos os professores deveriam usar essa
técnica, me ajudou, ajudou meus amigos e ajudou toda a escola a se
desenvolver e melhorar o ensino em geografia”.
M. A. B. (6ª C). “A roleta foi um bom incentivo para nós, para que
nós entendêssemos que a gente aprende não só na aula, mas também
brincando. Eu aprendi muito com isso, para mim foi muito bom, gostei por
que em uma certa hora todos nós de um grupo conversamos sobre a
pergunta que saiu até sair uma decisão. Na roleta tinha dobra o valor,
perde tudo, além de vários valores”.
Ao analisarmos estes relatos podemos sentir no modo de expressar e
escrever de nossos alunos e o mesmo tempo constatar o quanto deixamos a
desejar no aprendizado ao qual nos propomos, os educandos esperam dos
educadores não somente o conteúdo, mas o compartilhar, o dividir e ao mesmo
tempo a cumplicidade no saber ensinar e aprender. Verificamos que a
brincadeira, o jogo e outras atividades lúdicas e em especial a roleta do saber
faz do aprendizado um momento prazeroso de troca de conhecimento, formas
diferentes de transmitir e receber conhecimentos entre o educador e o
educando e entre os próprios educandos, o trabalho desenvolvido resgatou o
espírito de grupo, foi aguçando o sentimento coletivo do aprendizado, de troca
de saberes de maneira em que os alunos fossem aderindo à idéia do aprender
sistematizado por eles mesmos, neste sentido trabalhamos direcionando as
questões em que o grupo apresentasse a resposta coletiva e para isso tinham
que discutir e chegar a um consenso. Faz-se necessário registrar o parecer da
equipe pedagógica em concordância com a direção do colégio, o qual
transcrevemos a seguir:
“Observando o trabalho desenvolvido pelo professor Darlei João
Dominiak a implantação do projeto de intervenção pedagógica na Escola –
PDE – 2008, o mesmo obteve desempenho relevante frente às atividades
propostas. Percebeu-se que os alunos de maneira bastante participativa e
colaborativa participaram com entusiasmo, propondo atividades junto ao
professor, demonstrando interesse individual e coletivo, aspecto este de
importância fundamental do projeto. Essas atividades contribuíram e muito
ao aprendizado dos educandos quanto ao conhecimento e o domínio dos
conteúdos, bem como da participação coletiva nas atividades como um
todo. Outro fator que podemos observar neste trabalho, o educando
preocupou-se em sistematizar a idéia principal do tema a ser trabalhado,
com isso ele pode apresentar o seu entendimento utilizando-se da síntese
para fazer suas conclusões e respostas referentes ao tema”.
Sentimos no parecer da equipe pedagógica e administrativa um
reconhecimento pelo esforço conjunto dos alunos, professor PDE e professor
orientador, ao relatar a preocupação pelo nosso desempenho em conformidade
com as expectativas pedagógicas ao qual nosso trabalho se propunha a
desenvolver. Conseguimos com muito esforço fazer de uma simples proposta
lúdica e com materiais recicláveis tornar-se um instrumento colaborador no
aprendizado escolar.
No decorrer de nosso trabalho de educador (professor), observamos
que ao trabalhar com os educandos em metodologias que visam despertar a
curiosidade e ao mesmo tempo a praticidade, obtêm-se resultados que na
maioria das vezes não o que teríamos caso adotasse uma metodologia
conteúdista, ou seja, obtemos resultados significativos na praticidade, deixando
que os educandos demonstrem o que aprenderam e descobriram com a
atividade. Neste sentido trabalhamos com a equipe pedagógica e os seguintes
objetivos: Despertar no educando o espírito de grupo; desenvolver o
aprendizado dos conteúdos trabalhados em sala de aula; estimular a procura
do saber sistematizado através dos questionamentos que o jogo oferece.
Acreditamos que estes objetivos foram alcançados na aplicação das
atividades que realmente despertaram em nossos alunos à vontade e o
respeito de participar das aulas geografia e, consequentemente fazendo do
ensino um aprendizado prazeroso ao educador, educando e a comunidade
escolar. Sentimos que a intervenção do educador no momento certo é muito
importante, pois através dela ele poderá estimular no aluno a reflexão,
possibilitando a expressão de suas idéias e, conseqüentemente, a estruturação
do conhecimento. Cabe ao professor propiciar a utilização das atividades de tal
forma que possibilite aos alunos descobrir, vivenciar, modificar e recriar regras.
Na finalização do projeto descrito, fizemos a atividade envolvendo uma
disputa do saber geográfico entre as turmas da mesma série, ou seja,
competiu turma contra turma numa brincadeira do conhecimento e onde todos
os educandos se consagram campeões por saberem compreender e respeitar-
se na disputa entre os colegas das séries. Sentimos a emoção de todos os
alunos em querer participar para que os demais o vejam e o mesmo demonstre
seu conhecimento na disciplina, nas regras, no respeitar e saber articular com
o grupo a resposta a qual foi indago, a pontuação tornou-se um mero fator
irrelevante para com o acontecimento lúdico.
O presente trabalho Atividades lúdicas no ensino da geografia, realizado
no Colégio Estadual José Bonifácio, com um total de noventa e nove alunos na
quinta série, dos quais todos participaram de igual forma, relatando suas
opiniões quando solicitado, e oitenta e oito alunos na sexta série, sendo na sua
totalidade apreciadores de nossa atividade. De ambas as séries foram citados
relatos no corpo do texto referente ao projeto que nos propomos a desenvolver,
como em qualquer atividade desenvolvida com um grande grupo de pessoas,
ocorrem fatos que estão fora do previsto, e nosso trabalho não fugiu a regra,
obtivemos transtornos no decorrer da aplicação do projeto-atividade, as quais
conseguimos superar através de um diálogo aberto entre os envolvidos
diretamente a atividade, ou seja, Professor PDE, Alunos, Equipe Pedagógica e
Direção do Colégio, sempre deixamos aberta à possibilidade aos demais
professores expressar suas opiniões e inteirasse ao projeto como um todo,
bem como a aplicação do mesmo nas diversas disciplinas que fazem parte da
grade curricular da escola.
Algumas propostas de trabalho contidas no corpo de nosso projeto
perderam a importância no desenvolver as atividades lúdicas, optamos em
desenvolver uma atividade que até o momento não tivesse sido trabalhada no
meio escolar e pedagógico, pois, a forma inicial proposta relata trabalhar a
rosa-dos-ventos e a cruzadinha (coquetel), atividades estas vem sendo
exploradas por diversos professores de diversas áreas de conhecimento,
chegamos a conclusão que a inovação era a melhor forma de despertar a
curiosidade dos educandos e optamos pela atividade da roleta do saber por ser
a nosso ver uma novidade, e sendo assim, a mesma pode e poderá ser
explorada e melhorada no desenvolver e com outras turmas, séries e
professores das diversas disciplinas do currículo escolar.
Referências
CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A geografia na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 1999.
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al (orgs.). Geografia em sala de aula:
práticas e reflexões. Porto Alegre: Associação dos Geógrafos Brasileiros –
Seção Porto Alegre, 1998.
MORAES, Antonio C. R., Geografia – Pequena história crítica. Ed.
HUCITEC, ed. 5ª, São Paulo, 1980.
MOREIRA, Ruy, Para onde vai o Pensamento Geográfico? Por uma
apistemologia crítica. São Paulo, Ed. Contexto, 2006.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. VYGOTSKI Aprendizado e desenvolvimento um
processo sócio-histórico. Ed. SCIPIOME. São Paulo, 4ª ed. 1997.
MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lúdico, educação e educação física.
Ed. UNIJUI. Rio Grande do Sul, 2ª ed 2003.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: geografia 5ª a 8ª séries –
Brasil – Secretaria de Ensino Fundamental, Brasília: MEC/SEF, 1998.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica – 20ª
edição, São Paulo, Annablune, 2005.
PEREIRA, Raquel Maria Fontes do Amaral. Da geografia que se ensina à
gênese da geografia. Editora Moderna, Florianópolis, 1993.
SANTOS, Milton. Por uma geografia nova. Editora Hucitec, São Paulo, 1980.
RAMOS, José Ricardo da Silva. Dinâmicas, brincadeiras e jogos
educativos. Editora DP&A, 2ª ed, Rio de Janeiro, 2005.
ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Atividades Lúdicas – jogos para
animação de grupos. Editora Vozes, Petrópolis – Rj, 2007.
GARRIDO, Dulce; COSTA, Rui. Dicionário breve de Geografia. Editorial
Presença, Barcarena, 2006.
HAETINGER, Max Gunther; Haetinger, Daniela. / Jogos, recreação e Lazer.
2.ed., Curitiba: IESDE Brasil S>A>, 2008.