asylum - madeleine roux
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Asylum - Madeleine RouxTRANSCRIPT
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"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e no mais lutando pordinheiro e poder, ento nossa sociedade poder enfim evoluir a um novo nvel."
Edio: Marcia AlvesAssistente editorial: Natlia Chagas MximoTraduo: Alexandre BoidePreparao: Luciana ArajoReviso: Laila GuilhermeDiagramao: Marcel VotreEPUB: Pamella Destefi
Capa: Cara E. Petrus e Sammy YeunArte da capa: Girl 2013 by Carmen Gonzalez/T rwillion ImagesTexture 2013 by Naoki Okamoto / Getty ImagesPhoto Borders 2013 by iStock PhotoKeys 2013 by Dougal Waters / Getty ImagesDoctors Library of Congress, G. Eric and Edith MatsonPhotograph CollectionROOM INTERIOR Library of Congress, Prints & Photographs Division,HABS PA, 51-PHILA, 354-106FORCEPS 2013 Vadim Kozlovsky / Shutterstock.com
Ttulo original: Asylum
2013 HarperCollins Publishers. Publicado com a autorizao da HarperCollins ChildrensBooks, uma diviso da HarperCollins Publishers. 2014 Vergara & Riba Editoras S/Avreditoras.com.br
Todos os direitos reservados. Proibidos, dentro dos limites estabelecidos pela lei, a reproduo total ou parcial desta obra, oarmazenamento ou a transmisso por meios eletrnicos ou mecnicos, fotocpias ou qualquer outra forma de cesso da mesma,sem prvia autorizao escrita das editoras.
Rua Cel. Lisboa, 989 Vila MarianaCEP 04020-041 So Paulo SPTel./ Fax: (+55 11) 4612-2866editoras@vreditoras.com.br
e-ISBN 978-85-7683-745-9
Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Roux, MadeleineAsylum [livro eletrnico] / Madeleine Roux; [traduo Alexandre Boide]. 1. ed. So
Paulo: Vergara & Riba Editoras, 2014. (Coleo Asylum)16,2 Mb; e-PUB Ttulo original: AsylumISBN 978-85-7683-745-9 1. Fico juvenil 2. Suspense Fico I. Ttulo. II. Srie.
14-05416 CDD-028.5
ndices para catlogo sistemtico:1. Fico: Literatura juvenil 028.5
A construo era de pedra pedras de um tom cinza escuro retiradas das montanhasimpiedosas. Era uma casa destinada aos que no sabiam se cuidar sozinhos, aos que ouviamvozes, tinham pensamentos estranhos e tomavam atitudes estranhas. A funo da casa eramant-los l dentro. Os que ali entravam jamais saam.
Dan pensou que fosse passar mal.O txi j estava sacudindo pela estrada estreita de cascalho por quase dez quilmetros, e
alm de tudo ainda havia o nervosismo do primeiro dia em um lugar desconhecido. O taxistapassou o tempo todo reclamando do risco de amassados e pneus furados. Dan s esperava queno fosse obrigado a pagar por algum eventual dano no veculo a corrida do aeroporto atali j custaria uma fortuna.
Apesar de ser apenas comeo de tarde, a luminosidade no local era reduzida por causa damata fechada que cercava a estrada dos dois lados. No seria nada difcil se perder no meiodeste bosque, pensou Dan.
Ainda est vivo a atrs? Hein? Ah, sim, est tudo bem respondeu Dan, e se deu conta de que no tinha aberto a
boca desde que entrara no carro. O nico problema este balano todo.Por fim, o txi saiu do meio das rvores, e a paisagem ao redor se tornou plana e
verdejante, banhada por um sol de vero.L estava ele: o New Hampshire College. O lugar onde Dan passaria as cinco semanas
seguintes.Aquele curso preparatrio de vero a tbua de salvao de Dan tinha sido sua luz no
fim do tnel durante todo o ano escolar. Ali ele poderia conhecer pessoas que gostavam deaprender, que faziam a lio de casa com antecedncia e no s pressas, com o cadernoapoiado no armrio poucos minutos antes de bater o sinal. Ele estava ansioso para que aqueledia chegasse logo.
Da janela do carro, Dan reconheceu os prdios que tinha visto no site da faculdade. Eramconstrues coloniais belssimas, adornadas com tijolos aparentes e cercadas por um gramadoverdinho e bem aparado. Ali ficavam as salas de aula, pelo que Dan sabia, onde ele iriaestudar. J havia alguns recm-chegados espalhados pelos gramados, jogando frisbee. Comoaquele pessoal conseguia fazer amizade to depressa? Talvez ali isso fosse mais fcil.
O motorista do txi hesitou ao chegar a uma interseco de quatro vias. direita, haviauma igrejinha simples e bonita com uma torre alta e branca, ladeada por uma fileira de casas.Inclinando-se para a frente no assento, Dan viu que o taxista deu seta para a direita.
para a esquerda, na verdade ele falou, encostando-se de novo no assento.O taxista encolheu os ombros. Se voc est dizendo... Essa porcaria de aparelho no consegue se decidir.Para enfatizar o que dizia, o motorista bateu com a mo no GPS instalado no painel
central. Segundo o mapa na tela, o caminho indicado terminava ali. para a esquerda! repetiu Dan, menos confiante dessa vez. Ele no estava muito certo
quanto ao caminho, pois no tinha feito nenhuma pesquisa a respeito, mas algo naquelaigrejinha despertara uma lembrana dentro dele. Talvez no exatamente uma lembrana, massim um instinto visceral.
Dan comeou a batucar com os dedos no assento, ansioso para ver o lugar onde iria morar.Os alojamentos estavam sendo reformados, e os alunos do curso preparatrio de vero seriaminstalados em um prdio mais antigo, chamado Brookline, que, segundo a papelada que elerecebera ao se matricular, era um edifcio histrico, uma instituio de sade mentaldesativada. Em outras palavras, um manicmio.
Na ocasio, Dan achou estranho no ter encontrado nenhuma foto do Brookline no site. Noentanto, quando o txi fez uma curva e o edifcio surgiu no horizonte, ele entendeu exatamenteo por qu.
A pintura nova que o pessoal da faculdade havia feito nas paredes externas e os arbustosque algum jardineiro esforado plantara ao longo da via de acesso no faziam muita diferena o Brookline se erguia no fim do caminho de maneira nada acolhedora. Dan jamais poderiaimaginar que uma construo pudesse ser to ameaadora, mas o Brookline transmitia essaimpresso e muito mais. Na verdade, era como se o prdio o estivesse observando.
D o fora daqui agora mesmo, murmurou uma voz em sua cabea.Dan estremeceu, e s conseguia pensar na maneira como os antigos pacientes deviam se
sentir quando chegavam ao manicmio. Eles saberiam onde estavam entrando? Algum delesteria experimentado aquela sensao estranha de pnico ou j estariam perturbados demaispara entender o que estava acontecendo?
Ele sacudiu a cabea. Aqueles pensamentos eram absurdos... Ele era um estudante, no umpaciente. Alm disso, Paul e Sandy tinham garantido que o Brookline no era mais ummanicmio. O local havia sido fechado em 1972, quando foi adquirido pela faculdade para serusado como alojamento, com quartos e banheiros compartilhados.
Certo, chegamos disse o taxista, e Dan percebeu que o carro estava parado a quase dezmetros da entrada. Talvez Dan no fosse o nico em quem aquele lugar provocava calafrios.Ele sacou a carteira e tirou de l trs notas de vinte que tinha ganhado de seus pais.
Pode ficar com o troco disse antes de descer.Quando arregaou as mangas e pegou suas coisas no porta-malas, finalmente seu dia
comeou a parecer menos surreal. Um sujeito de bon azul passava por perto, carregando umapilha de gibis velhos nos braos. Dan sorriu. Essa minha turma, ele pensou, e foi
caminhando at a entrada do alojamento. Durante as cinco semanas seguintes, aquele seria seular.
Se na escola onde Dan estudava o smbolo de status era um BMW novinho noestacionamento, no CPNH o que tornava as pessoas populares eram aparelhos eletrnicos daApple e pilhas e mais pilhas de livros.
Era por isso que estavam ali para fazer aquele curso, Dan logo se deu conta. Quementregava a chave dos quartos para os que chegavam eram monitores voluntrios, alunos dafaculdade, que os recebiam dizendo Bem-vindos ao CPNH!. Quando Dan mencionou o nomecompleto, Curso Preparatrio New Hampshire, recebeu olhares carregados de um certodesdm.
Dan subiu o primeiro lance de escada e chegou a um hall de entrada espaoso, com umlustre enorme pendurado no teto, mas que no era capaz de impedir que o ambiente parecesseescuro, por causa do revestimento de madeira nas paredes e do excesso de moblia. Logodepois de uma arcada ampla e alta, Dan viu uma escadaria larga e corredores de ambos oslados. Apesar da movimentao dos estudantes perambulando para l e para c, a atmosferaera pesada.
Ele comeou a subir a escada, carregando as malas. Trs longos lances de degraus depois,chegou a seu quarto, o de nmero 3808. Dan ps a bagagem no cho e abriu a porta, e foiquando descobriu que seu colega de quarto j tinha se instalado por l. Ou talvez seorganizado por l fosse uma expresso mais adequada. Havia livros, mangs e almanaques detodos os formatos e tamanhos (a maior parte de biologia) em pilhas bem arranjadas, separadaspor cores, alinhadas nas prateleiras. Exatamente metade do quarto estava ocupada, e as malastinham sido ordeiramente fechadas e empilhadas sob a cama mais prxima da porta. Noarmrio, metade do espao disponvel estava preenchida por camisas, calas e casacospendurados em cabides as camisas e jaquetas nos brancos e as calas nos azuis.
Par