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Ministério da Educação Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento
AS TECNOLOGIAS
DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UTILIZAÇÃO PELOS PROFESSORES
JACINTA PAIVA
Lisboa, 2002
Ministério da Educaçao
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UTILIZAÇÃO PELOS PROFESSORES Documento elaborado por: - Jacinta Paiva Biblioteca Nacional - Catalogação na Publicação
Paiva, Jacinta As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores ISBN CDU
AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: UTILIZAÇÃO PELOS PROFESSORES Colecção: Tecnologias da Informação e da Comunicação 1.ª Edição: de 2002 Tiragem: 2500 exemplares ISBN Depósito legal n.º Capa: Francisco V. da Silva Arranjo gráfico: Agostinho Lima Execução Gráfica:
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Índice
1 NOTA PRÉVIA...................................................................................................... 5 2 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6 3 VANTAGENS DO USO DAS TIC NO ENSINO...................................................... 7
3.1 USO DAS TIC NAS ESCOLAS PORTUGUESAS: ALGUNS NÚMEROS......9
3.2 NECESSIDADE DE UM ESTUDO ..............................................................12 4 ESTUDO REALIZADO ......................................................................................... 13
4.1 DESCRIÇÃO DO ESTUDO.......................................................................13
4.2 RESULTADOS............................................................................................16 5 CONCLUSÕES MAIS IMPORTANTES ................................................................. 21 6 MUDANÇAS E PERSPECTIVAS PARA O USO DAS TIC NA ESCOLA................. 47 7 ANEXO – QUESTIONÁRIO USADO NO ESTUDO............................................... 51 8 BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 58
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
1 Nota prévia
A presente publicação é da responsabilidade do Programa Nónio Século XXI, sedeado no Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento (DAPP) do Ministério da Educação (ME), e surge na sequência de anteriores publicações, resultantes de outros levantamentos estatísticos sobre as tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas básicas e secundárias e em estabelecimentos de ensino superior que formam para a docência.
Todas estas publicações têm em comum um objectivo de base: conhecer a realidade das TIC em Portugal e as respectivas envolvências, para melhor implementar estratégias e planos de acção que conduzam a uma Escola cada vez mais em sintonia com as realidades do nosso tempo. As referidas publicações estão disponíveis em:
http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/docum/document.htm
O presente trabalho só foi possível graças ao apoio institucional e logístico do Programa Nónio Século XXI – DAPP, em particular do seu director, Dr. António Fazendeiro e da coordenadora da equipa Nónio, Dra. Ida Brandão. Fundamental foi, também, a colaboração da Direcção de Serviços de Estatística e da Direcção de Estudos e Planeamento do DAPP. Igualmente importante foi o apoio do Centro de Competência Softciências e do Grupo de Ensino e História das Ciências do Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, nas pessoas dos Professores Doutores Jaime Carvalho e Silva, João Paiva e Carlos Fiolhais. A todas estas instituições e pessoas o nosso agradecimento.
Este estudo só deu frutos devido à colaboração dos 19337 professores que, a nível nacional, responderam ao nosso repto e preencheram o questionário, que lhe serviu de base. A todos esses professores o nosso obrigado também. Com o seu contributo poderemos construir uma Escola cada vez melhor e mais adaptada às novas realidades do processo de ensino e aprendizagem, que se prendem com a necessidade de incremento do uso das TIC.
A coordenadora do estudo
Jacinta Paiva
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2 Introdução
Em Portugal, muitos passos foram dados, nos últimos anos, quer no apetrechamento das escolas em hardware, quer na formação em TIC dos nossos professores. Temos, porém, a noção do longo caminho que há ainda a percorrer para que a integração das TIC seja verdadeiramente transversal nos currículos e feita de forma sistemática e planeada, em vez de pontual e espontânea.
Partimos do princípio que o uso das TIC em contexto educativo
é hoje uma mais valia para os professores delas entusiastas, em comparação com aqueles que ainda lhes resistem. É, por isso, necessário conhecer o que sentem e praticam os professores relativamente às TIC no ensino. Este é o grande objectivo deste trabalho. Pretendemos conhecer de forma quantificada como os professores portugueses usam (ou não usam) as TIC em benefício próprio e, principalmente, dos seus alunos.
Abordaremos, de forma sucinta, as vantagens do uso das TIC
no ensino em geral. Apresentamos os procedimentos que tivemos em conta para
lançar o estudo de campo baseado num questionário preenchido por professores. A descrição do estudo será breve, deixando lugar privilegiado aos resultados e às principais conclusões.
As análises e conclusões aqui apresentadas referem-se ao ano
lectivo de 2001/2002 e correspondem às respostas de 19337 professores de uma amostra de 26707 professores de 2499 escolas de todas as tipologias e de todos os níveis de ensino à excepção do superior, das redes pública e privada, de Portugal Continental. Note-se a excelente taxa de resposta obtida neste estudo: 72,4% para os professores e 74,2% para as escolas. Estes números revelam, sem dúvida, o empenho dos professores na resposta ao questionário que lhes foi apresentado.
Para esta publicação seleccionámos as tabelas e gráficos
mais representativos dos resultados e das principais conclusões. Visámos permitir, à comunidade educativa em geral, uma leitura acessível deste documento, centrada no essencial.
A descrição e os resultados pormenorizados de todo o trabalho desenvolvido, podem ser consultados em:
http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/docum/document.htm
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Relativamente às TIC e à sua implementação nas escolas, deixamos uma nota final. Não basta achar que algo é bom: é preciso teorizar, passar à prática e, mais ainda, é necessário medir, avaliar. Só avaliando podemos seleccionar as melhores ferramentas e metodologias e promover o progresso. (PERRATON, 2000).
Estamos convictos de que este trabalho, ao revelar de forma
objectiva o panorama actual da utilização das TIC por parte dos professores, poderá contribuir para uma mais eficaz e abrangente utilização da “nova máquina” ao serviço do Homem. É de notar, a este propósito, a pertinência extrema da anterior publicação (NÓNIO, 2002), que revela um exaustivo e cuidado trabalho de pensar o ensino e as TIC de uma forma integrada, envolvendo todos os intervenientes no processo educativo.
3 Vantagens do uso das TIC no ensino
O objectivo desta secção não é o de fazer uma reflexão aprofundada do uso das TIC nas escolas. Esta problemática, aliás, tende, em certo sentido, a esgotar-se, porquanto o computador e as TIC estão inexoravelmente presentes no nosso quotidiano e nas nossas actividades e são, regra geral, sinónimo de qualidade de vida.
Uma escola que não recorra, ou melhor, que não integre os
novos meios informáticos, corre o risco de se tornar obsoleta. Como diz Adell (ADELL,1997): “As tecnologias de informação e comunicação não são mais uma ferramenta didáctica ao serviço dos professores e alunos... elas são e estão no mundo onde crescem os jovens que ensinamos...”.
Neste estudo, ao falarmos de TIC no ensino, estamos a
considerar duas vertentes: – O contexto pessoal, isto é, a forma como professores e
alunos usam o computador como pessoas individuais e não ligadas pela relação pedagógica.
– O contexto educativo, disciplinar ou não, em que há
interacção directa do professor com os alunos e com a “máquina”. Aqui se inclui, igualmente, a relação pedagógica professor/aluno fora da sala de aula, que
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pode ocorrer nos mais variados contextos, incluindo comunicação electrónica com a família dos alunos.
No contexto pessoal, as vantagens dos computadores prendem-se com o ganho de tempo na execução de tarefas rotineiras (tais como preparar testes, elaborar fichas, realizar trabalhos de casa, fazer pesquisas, tratar dados, fotografia digital e imagem, trocar informação via e-mail, etc.), bem como com a possibilidade de formação a distância, participação em trabalhos e experiências conjuntas à escala nacional e internacional, etc.
No contexto educativo, são de referir, entre outras vantagens,
a interacção diferenciada que o professor pode estabelecer com os seus alunos quando recorre a software específico, a pesquisa on-line dirigida, a possibilidade de comunicação por e-mail para tirar dúvidas, enviar ficheiros, conversar com os encarregados de educação, etc.
Enumeramos na Tabela I algumas aplicações das TIC no ensino
e algumas actividades que, com elas, os alunos podem realizar. Na Tabela II apresentamos possíveis contextos educativos de utilização das aplicações TIC e respectivas actividades, a desenvolver na escola.
Aplicações das TIC Actividades realizadas Processador de texto (Word, Publisher, etc.)
Produção e edição de informação
Programas gráficos / de desenho Produção de informação em forma gráfica / Actividades artísticas
Folha de cálculo (Excel, SPSS, etc.)
Organização e gestão de informação
Multimédia / CD-ROM Consulta e pesquisa de informação E-mail Comunicação e intercâmbio em rede Internet (www) Consulta e pesquisa de informação Software pedagógico Simulações / Jogos Software de aquisição de dados Recolha e tratamento de dados em
ciências Tabela I – Algumas aplicações das TIC e respectivas actividades a desenvolver com os alunos.
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Contextos de utilização das TIC Disciplinar Trabalho de projecto / Área-escola Apoio pedagógico Apoio a alunos com necessidades educativas especiais Clubes / Núcleos Trabalhos de casa Aulas laboratoriais
Tabela II – Alguns contextos educativos do uso das aplicações TIC na escola.
É indiscutível a quantidade e diversidade de outras aplicações,
actividades e contextos do uso das TIC em situação escolar. Não obstante o entusiasmo que é geralmente depositado no uso pedagógico das TIC, convém dizer que elas não são, por si só, o elixir para a construção da “nova escola”, mas apenas uma importante variável entre as múltiplas envolvidas.
3.1 Uso das TIC nas escolas portuguesas: alguns números
Do parecer nº 2/98 do Conselho Nacional de Educação, sobre a Sociedade de Informação na Escola, transcrevemos “A longo prazo, as tecnologias da informação modificarão o papel do pedagogo sem, contudo, atingir a sua centralidade e essencialidade como conceptualizador de mensagens ou tutor de pessoas. Será pelos professores e em torno dos professores, que lenta e seguramente as TIC irão modificar, de forma visível e sensível, os métodos de ensino praticados na escola...”. Ressalta que seria ingénuo pensar que o uso em massa das TIC, nas nossas escolas, era óbvio, imediato e de frutos espectaculares.
De facto, todos conhecemos, ou pelo menos intuímos, os benefícios da sociedade de informação. Mas as barreiras para o uso das TIC em contexto educativo são ainda muitas. Podemos agrupá-las em duas classes: uma que se prende com o parque informático das escolas e outra que tem a ver com os constrangimentos do(s) agente(s) educativo(s). Ambas são passíveis de constituir álibis perfeitos para tudo continuar “como dantes”, não obstante assistirmos a um substancial apetrechamento em equipamento informático das nossas escolas (NÓNIO, 2001).
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Em relação à primeira dificuldade, centrada no hardware, a maioria das escolas do país tem um razoável número de computadores e periféricos ou está em vias disso, excepção feita aos jardins-de-infância. No caso das escolas do 1º ciclo, que dependem das autarquias, em termos de instalações e manutenção dos equipamentos, o processo está em marcha, pois a maior parte dos protocolos (por exemplo com: o Ministério da Ciência e Tecnologia, as autarquias, os estabelecimentos do ensino superior), foi executada no sentido do apetrechamento das escolas com pelo menos um computador e ligação à Internet. Os jardins-de-infância não estão cobertos, de momento, por nenhuma medida sistemática e generalizada de apetrechamento em hardware, não se prevendo quando tal acontecerá.
Mas a quantidade de meios nada nos diz sobre o que se faz com eles, do que está a mudar na Escola e nas práticas lectivas. É então preciso ir acompanhando o processo para que ele não seja só burocrático, ficando pelos números, mas chegue àqueles que urge beneficiar: os alunos, pela promoção dos professores.
Passemos em revista alguns dados sobre recursos informáticos nas escolas de ensino não superior de Portugal Continental (Tabela III, abaixo)
Natureza Público Privado
Total
Valor % Valor % Alunos 1.710.036 1.400.86
1 81,9 309.175 18,1
Docentes 173.421 147.502 85,1 25.919 14,9 Pessoal não docente 80.863 56.032 69,3 24.831 30,7 Estabelecimentos de educação e ensino
16.355 13.849 84,7 2.506 15,3
Computadores 77.083 59.684 77,4 17.399 22,6 Computadores com ligação à Internet
40.956 30.676 74,9 10.280 25,1
Tabela III - Número e distribuição percentual de alunos, docentes, pessoal não docente, estabelecimentos de ensino (do pré-escolar ao secundário), computadores e computadores com ligação à Internet, segundo a natureza dos estabelecimentos de ensino (DAPP, Ano Escolar 2001/2002, valores provisórios).
Saliente-se que o acesso à Internet cresceu exponencialmente nos últimos anos. Excluindo o ensino pré-escolar metade dos computadores existentes nas escolas estão ligados à Internet.
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As redes locais também funcionam em mais de metade das
escolas portuguesas. Quanto ao número total de computadores por aluno, com e
sem ligação à Internet veja-se a Tabela IV e o Gráfico 1.
Número de alunos por computador por computador
( c/ Internet ) Total 22 42
Público 23 46 Pré-escolar 100 442 1.º Ciclo 33 59 2-º, 3.º Ciclos e secundário 19 38 Escolas profissionais 5 8 Privado 18 30 2.º, 3.º Ciclos e secundário (público e privado)
19 38
Tabela IV - Número de alunos por computador e por computador com ligação à Internet em estabelecimentos de ensino de Portugal Continental (DAPP, Ano Escolar 2001/2002, valores provisórios).
2 24 2
2 34 6
10 0
4 4 2
3 35 9
193 8
5 818 3 0
93 8
0
100
200
300
400
500
Total Públ ico (Total ) Pr é-escolar(Públ ico)
1.º Ciclo(Públ ico)
2º, 3.º Ciclos esecundár io(Públ ico)
Escolaspr of issionais
(Públ ico)
Pr ivado (Total ) 2.º, 3.º Ciclos esecundár io(Públ ico ePr ivado)
por computador por computador ( c/ Internet )
,
Gráfico 1 – Número de alunos por computador em estabelecimentos de ensino não superior (DAPP, dados provisórios de 2001/2002).
O rácio de computadores por aluno (Gráfico 1) tem vindo a aumentar (em 2000 o rácio no 1º ciclo estimava-se em cerca de 56 alunos por computador e em 2001 de 33 alunos por computador; em 2000, o rácio no 2º, 3º ciclos e ensino secundário, estimava-se
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em cerca de 23 alunos por computador contra 19 alunos por computador em 2001) e prevê-se que atinja valores de padrão europeu (1 computador por 10 alunos), de forma generalizada, nos próximos anos. Também outro tipo de periféricos se começa a radicar em definitivo nas escolas.
É certo que os jardins-de-infância estão ainda longe deste
objectivo mas, por outro lado, há já um número razoável de escolas com um excelente parque informático.
Um bom apetrechamento informático é inequivocamente
importante. Os valores apresentados são, pois, interessantes e encorajadores. No entanto, como sabem os que estão no terreno, ter não significa usar ou usar da melhor maneira. Exploraremos mais esta ideia ao longo deste estudo. 3.2 Necessidade de um estudo
Para definir estratégias e estabelecer metas, é, portanto, imprescindível conhecer o que fazemos com os equipamentos existentes.
Independentemente de quaisquer enquadramentos sobre
teorias educativas, modelos sócio-políticos ou visões da escola, nunca é de mais enfatizar a inevitabilidade do uso das TIC em contexto educativo.
Usar as TIC na escola coloca em jogo dois intervenientes principais, para além da “máquina”: o professor e o aluno (não esquecendo os encarregados de educação e toda a envolvência social). É de todos que depende o sucesso da missão educativa!
O que pensam, como fazem e que expectativas têm os nossos
professores e alunos são realidades não estudadas em larga escala em Portugal. É uma dessas vertentes que este trabalho faz emergir, a dos professores. A realidade dos alunos pretende-se que seja objecto de um estudo a levar a cabo no próximo ano lectivo.
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4 Estudo realizado 4.1 Descrição do estudo
O presente estudo tem por base um instrumento de notação que visou conhecer a realidade subjacente à utilização das TIC nos contextos pessoal e educativo pelo universo dos professores portugueses de todos os níveis de ensino à excepção do superior. O estudo foi feito por amostragem, uma vez que se trata de uma população numerosa. Os dados foram recolhidos no decorrer do ano lectivo de 2001/2002.
Descrevem-se seguidamente os principais objectivos tidos em
conta na estruturação e implementação do estudo: – Conhecer qualitativa e quantitativamente o equipamento informático de que os professores dispõem a título pessoal. – Conhecer, de forma quantitativa, o uso do computador
pessoal feito pelo professor para realizar variadas tarefas, especialmente as que se relacionam, de perto, com a sua actividade docente.
– Inferir o modo como é feita a formação de professores
para o uso das TIC.
– Relacionar os objectivos anteriores com variáveis como: sexo, idade, situação profissional, formação inicial, níveis leccionados.
– Quantificar e tipificar os professores que usam as TIC na sua
prática lectiva. – Qualificar e quantificar o uso e os formatos das TIC em
contexto educativo quer disciplinar quer transdisciplinar. – Inferir das razões que levam à eventual não utilização das
TIC em contexto educativo. – Inferir da qualidade do uso das TIC em contexto educativo.
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– Reconhecer os aspectos das TIC nos quais os professores sentem maiores necessidades de formação.
– Inferir as possibilidades de incrementar o uso dessas
tecnologias em contexto educativo. – Generalizar os resultados à totalidade do universo. – Definir ou redefinir outros objectivos para estudos
complementares a este.
Definidos que foram os objectivos passámos à formulação das
questões a incluir no questionário (ver anexo, pág. 51). Este começa com um conjunto de questões de carácter geral tais como: sexo, idade, situação profissional, formação inicial, níveis leccionados e grupo disciplinar. Seguem-se as questões de carácter específico.
A explicitação dos conceitos subjacentes à formulação das
questões e suas modalidades de resposta, pode consultar-se em http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/docum/document.htm, (Anexo 2). De referir que o questionário foi impresso em papel verde com o objectivo de ser facilmente identificável pelos professores.
O universo donde partimos e para o qual pretendemos
generalizar conclusões é o conjunto de todos os professores de Portugal Continental, de todos os níveis de ensino, à excepção do superior, colocados em estabelecimentos das redes pública e privada, no ano lectivo de 2001/2002.
Ao universo das escolas em Portugal Continental associámos o
Índice de Desenvolvimento Social (IDS)1 respeitante ao concelho de localização de cada escola de forma a tornar a amostra representativa do país. O universo dos professores fica então definido por tipologia de escola e por IDS como consta da Tabela V.
1 IDS é um índice de desenvolvimento composto pelos seguintes índices: esperança
de vida à nascença, nível educacional e conforto e saneamento. É definido por concelho e apresenta quatro graus. Os diferentes graus de IDS para Portugal continental encontram-se representados no cartograma 1 (Anexo 3), em: http://www.dapp.minedu.pt/nonio/docum/document.htm,
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Tipologia
Nº de escolas/ tipologia do universo
Nº de docentes/ tipologia do universo
IDS1 % no universo
IDS2 % no universo
IDS3 % no universo
IDS4 % no universo
JI 5683 11920 477 4 2622 22 5126 43 3814 32
EB1 8343 31963 1598 5 7671 24 13424 42 9589 30
EB1,2 7 259 0 0 80 31 114 44 65 25
EB1/JI 32 440 0 0 0 0 334 76 106 24
EB2 30 1310 92 7 314 24 590 45 328 25
EB2,3 596 45108 1353 3 7668 17 19396 43 17141 38
EB23/ES 82 6396 1023 16 2686 42 1727 27 895 14
EB3 4 160 0 0 0 0 62 39 98 61
EBI 48 2506 200 8 551 22 1253 50 476 19
EBI/JI 20 1125 34 3 281 25 191 17 630 56
EBM 365 800 112 14 352 44 328 41 16 2
EP 203 6486 389 6 1686 26 2140 33 2335 36
ES 66 8171 163 2 1307 16 2370 29 4331 53
ES/EB3 324 38434 769 2 6149 16 14989 39 16527 43
ESA 3 412 0 0 0 0 0 0 412 100 OUTRO 357 14267 285 2 1712 12 4137 29 8132 57
Total 16463 169757 6496 4 33083 19 66183 39 64894 38
Tabela V – Distribuição do universo dos professores/tipologia de escola/IDS (dados do DAPP relativos a 2001/2002). As referências da coluna da esquerda, na Tabela V, correspondem a designações de escolas conforme o(s) nível(eis) de ensino nelas leccionados e, usam em associação as seguintes letras que significam, respectivamente: E – Escola; B – Básica; JI – Jardim-de-infância; S – Secundária; I – Integrada; M – Mediatizada; P – Profissional; A – Artística. Os números 1, 2 e 3 correspondem respectivamente a: 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico.
Daqui extraímos a amostra com que trabalhámos: 26707 professores, distribuídos por 2499 escolas das diferentes tipologias e dos diferentes níveis de IDS. O desenho final da amostra consta da Tabela VI, a seguir.
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Tipologia Nº de escolas
da amostra Nº de docentes a inquirir
IDS1
% IDS2
% IDS3
% IDS4
%
JI 863 1788 73 4 385 22 761 43 569 32
EB1 1251 4794 226 5 1127 24 2016 42 1426 30
EB1,2 4 39 0 0 12 31 17 44 10 25
EB1/JI 5 66 0 0 0 0 50 76 16 24
EB2 5 197 13 7 47 24 88 45 48 25
EB2,3 92 6766 180 3 1143 17 2883 43 2559 38
EB2,3/ES 13 959 153 16 404 42 263 27 139 14
EB3 2 24 0 0 0 0 9 39 15 61
EBI 7 376 30 8 84 22 190 50 72 19
EBI/JI 5 169 5 3 42 25 28 17 94 56
EBM 53 120 16 14 53 44 49 41 2 2
EP 35 973 55 6 251 26 317 33 351 36
ES 13 1226 18 2 196 16 361 29 650 53
ES/EB3 52 5765 113 2 908 16 2238 39 2507 43
ESA 1 62 0 0 0 0 0 0 62 100
OUTRO 98 2140 37 2 258 12 628 29 1217 57
Total 2499 25464** 919 4 4910 19 9898 39 9737 38 Tabela VI – Amostra final: distribuição do número de professores a inquirir por tipologia de escola / IDS.
** Número corrigido para 26707 professores
Enviou-se, pelo correio, um pacote postal dirigido ao órgão de gestão de cada uma das escolas ou sedes de agrupamento de escolas da amostra. Cada envelope postal continha: questionários numerados em número suficiente para os docentes da(s) escola(s) a quem se dirigia, uma carta de apresentação onde constavam os objectivos e os fundamentos do questionário bem como o prazo limite de devolução dos mesmos depois de preenchidos pelos professores da escola e/ou escola-sede e um envelope RSF endereçado.
A recolha de informação decorreu formalmente no período
decorrido entre o dia 6 de Novembro de 2001 (data de expedição dos questionários) e o dia 14 de Abril de 2002. 4.2 Resultados
Dos 26707 questionários enviados aos professores de 2499 escolas de todos os graus de ensino à excepção do ensino superior,
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recebemos 19337 questionários - 72,4% da amostra, provenientes de 1855 escolas - 74,2% da amostra de escolas.
A partir dos resultados por questão2 caracterizámos a nossa
amostra como segue: 1. A amostra revelou-se maioritariamente do sexo feminino,
com 76,3% das respostas. 2. A faixa etária mais representada é a dos 36-45 anos (34%),
seguida de perto da dos 26-35 anos (31,5%), pelo que 65,5% dos inquiridos estão entre os 26 e 45 anos. Com 18-25 anos temos 7,7% e com mais de 56 anos 4%.
3. Os professores são em grande maioria profissionalizados –
89%. 4. Mais de metade adquiriu a sua formação inicial no ensino
superior universitário – 58%. 5. A distribuição dos professores por níveis de ensino é a
seguinte:
Pré-escolar – 7%
1º ciclo – 22%
2º ciclo – 18%
3ºciclo/Sec – 53%.
Para a parte da amostra relativa ao 2º ciclo (18% do total) a área disciplinar mais representada é a das Línguas/Humanidades (35%) seguida quase em paralelo (22%) das áreas Educação Visual/Educação Tecnológica (EV/ET), Ciências e Outros. Na parte da amostra correspondente ao 3º ciclo/Sec (53% do total da amostra), a maior representatividade vai para as Ciências (41%), seguida das Línguas (28%). As Humanidades e a Informática contribuem com 10% e 4% respectivamente.
2 Todos os gráficos e tabelas de frequência por questão que geraram a
caracterização aqui apresentada podem ser consultados mais pormenorizada-mente em: http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/docum/document.htm - item 2.3.2, “Resultados por questão”.
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6. A maioria dos professores tem equipamento informático em casa:
Computador 3 – 88%
Impressora – 83%
Equipamento de ligação à Internet4 – 57%
Scanner – 43%
Gravador CD – 27%
DVD – 14%.
7. A iniciação à informática fez-se, para 49% dos inquiridos, por auto-formação seguindo-se a ajuda de amigo ou familiar (38%) e só em 3º lugar referem a frequência de acções de formação ligadas ao Ministério da Educação (32%). Para acções de formação não ligadas ao ME obteve-se 18%.
8. No total, cerca de metade dos professores (50%)
frequentou acções de formação contínua em informática (ligadas ou não ao ME). Destes a maioria afirma terem sido positivas (62%), ou mesmo muito positivas (19,6%). As acções frequentadas foram maioritariamente de âmbito generalista (83%) e apenas 10% foram de âmbito específico disciplinar e só 6% realizaram acções de âmbito generalista e específico da sua disciplina.
9. 91% dos professores usam computador. Destes 11,6% usam-
no raramente, 34,5% só processam texto e 52,7% usam-no para realizar múltiplas tarefas.
10. Cerca de metade dos professores (48%) diz que passa
entre 0 a 3 h por semana ao computador, 23% passam 3 a 5 h, 16% passam entre 5 a 10h e apenas 13% passam mais de 10h por semana5.
3 A percentagem de computadores na população portuguesa em geral era de 27%
em 2000 (INE, 2001) e em 2001 esta percentagem subiu para 39% (MATA, 2002). 4 A percentagem de equipamentos de ligação à Internet na população portuguesa
em geral era de 22% em 2000 (INE, 2001) e em 2001 subiu para 30% (MATA, 2002). 5 Dos 27% de portugueses que tinham computador em 2000, 58% faziam dele uma
utilização média diária inferior a uma hora (INE, 2001).
18
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
11. Mais de metade dos professores usa a Internet (65%).
Destes a maioria (74%) fá-lo em casa e 45% na escola. 12. 44% dos inquiridos utilizam o e-mail. Destes 81% usam-no
para comunicar com amigos, 40% com colegas/professores, 10% com alunos e 8% com a escola (órgãos de gestão e serviços administrativos, etc.).
13. A maioria usa o computador para preparar aulas (81%).
94% destes usam-no para preparar fichas/testes, 54% para pesquisar na Internet sobre a sua disciplina e, 20% para fazer apresentações.
14. A maioria (74%) não utiliza o computador com os seus
alunos em sala de aula, em clubes ou em aulas de apoio. 15. Apenas 19% dos professores dizem ter utilizado o
computador com os seus alunos mais de quatro vezes, no ano de 2001.
16. As aplicações das TIC mais usadas com alunos são:
Processador de texto – 32%
Internet – 23%
CD-ROM – 18% .
17. As actividades mais realizadas pelos alunos quando usam as aplicações TIC são:
Consulta e pesquisa de informação – 28%
Produção e edição de informação – 26%
Actividades recreativas/jogos – 17%
Organização e gestão da informação – 10%.
18. Os contextos de utilização das aplicações TIC mais representados são:
Disciplinar – 32%
Trabalho de Projecto/Área-Escola – 22,2%
Clubes/Núcleos – 8,6%.
19
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
19. Atitude dos professores face ao uso das TIC em contexto educativo:
78% consideram que as TIC os ajudam a encontrar mais e melhor informação para a sua prática lectiva.
65% consideram que as TIC tornam mais fáceis as suas rotinas de professor.
Cerca de metade (51%) diz ter recebido formação em TIC e conhece as suas potencialidades, mas por outro lado 68% consideram que estas lhes exigem novas competências na sala de aula.
47% dizem que encontram informação na Internet para a sua disciplina.
62% reconhecem que as TIC tornam as aulas mais motivadoras para os alunos, 52% que as TIC encorajam os alunos a trabalhar em colaboração e 72% que ajudam os alunos a adquirir conhecimentos novos e efectivos.
49% dos professores consideram que, em muitos casos, os alunos dominam melhor o computador do que eles.
As opiniões dividem-se no que respeita ao facto de não conhecerem a fundo as vantagens pedagógicas do uso das TIC nas suas aulas: 40% dizem não conhecer e 38% dizem conhecer. Mas mais de metade (55%) diz estar motivado para usar as TIC com os alunos.
As opiniões voltam a dividir-se no que respeita às condições disponíveis na escola para usar os computadores: 42% acham que existem e 37% acham que não existem. Contudo, a maioria (64%) considera que a escola tem uma atitude positiva quanto ao uso das TIC.
20. Dos inquiridos apenas 14% dizem nada saber sobre as TIC e
98% consideram que necessitam de mais formação, nomeadamente em:
Software pedagógico – 46%
Programas Gráficos/Desenho – 40%
Internet – 36%
20
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Folha de cálculo – 32%
Processador de texto – 18%.
21. Os maiores obstáculos, na escola, para a integração das TIC são:
Falta de meios técnicos (computadores/sala, etc.) – 43%
Falta de recursos humanos – 29%
Falta de formação específica para a integração das TIC junto dos alunos – 20%
Falta de motivação dos professores – 10%
Falta de software e recursos digitais apropriados – 7%. 5 Conclusões mais importantes
Muitas ilações podem ser retiradas deste estudo. As questões em relação às quais procurámos conclusões foram as seguintes:
– Como utiliza o professor as TIC, a nível pessoal?
– Como utiliza o professor as TIC na preparação da sua actividade docente?
– Como utiliza o professor as TIC directamente com os alunos?
– Que dificuldades, constrangimentos e expectativas têm os professores no contexto da utilização pedagógica das TIC.
Estabelecemos 12 conclusões principais, remetendo para a
versão integral deste trabalho as análises mais pormenorizadas6. Seguem-se as referidas conclusões:
6 Remetemos em particular para os itens 2.3.4 e 2.3.5 do documento, já referido e
disponível em: http://www.dapp.min-edu.pt/nonio/docum/document.htm
21
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
1. A amostra estudada apresenta as seguintes características:
1.1. É maioritariamente feminina (Gráfico 2).
FemininoMasculino
% 100
80
60
40
20
0
76
24
Gráfico 2 – Distribuição dos professores da amostra pela variável sexo.
1.2. A faixa etária dos 18 aos 35 anos está mais representada no terceiro ciclo e secundário do que nos outros níveis de ensino. No primeiro ciclo a população docente está mais concentrada na faixa etária dos 46 aos 55 anos (Gráfico 3)
%
Gráfico 3 – Distribuição dos professores da amostra por idade e por níveis de ensino.
22
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
1.3. Os professores são na sua grande maioria profissionalizados (89%) (Gráfico 4) e mais de metade fez a sua formação inicial no ensino superior universitário (58%) (Gráfico 5).
100
% 100
80
60
40
20
%
Em estágioN. profissionalizado
Profissionalizado
80
60
40
20
0 57
89
Gráfico 4 – Distribuição dos professores da amostra por situação profissional.
Outra situação
I.Politécnico-ESE
E.Sup.Universitário
0
2220
58
Gráfico 5 – Distribuição dos professores da amostra pela formação inicial.
23
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
2. A grande maioria dos professores (88%) possui computador
pessoal e bastantes periféricos, sendo residual a percentagem de professores que têm computador e dele não fazem uso (Gráficos 6 e 7).
Gravador CD´sDVD
ScannerEquip.lig.Net
Impressora Computador
Não tem comp.
% 100
80
60
40
20
0
27
14
43
57
83 88
12
NãoSim
% 100
80
60
40
20
0
Horas / Semana
+ de 10 h
5-10 h
3-5 h
0-3 h
0 h
23
23
23
16
21
75
11
Gráfico 6 – Equipamento informático pessoal dos professores da amostra.
Gráfico 7 – Questão “Tem computador pessoal?” em função do número de horas/semana de trabalho com computador.
3. 91% dos professores usam o computador como ferramenta
pessoal de trabalho e, destes, 53% usam-no bastante para realizar múltiplas tarefas. 16% dos professores despendem entre 5 a 10 h de trabalho semanal com o computador, 13% mais de 10 h semanais de utilização e os restantes menos de 3 horas semanais (Gráfico 8). É curioso comparar estes dados com os dados do INE (2001) referidos na página 18 (nota 5) que sugerem que dos 27% de portugueses que tinham computador (um em cada
24
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
quatro), 58% faziam dele uma utilização média diária inferior a uma hora.
FemininoMasculino
% 100
80
60
40
20
0
Uso bastante o
computador
Uso computadorapenas para
nom
Raramente uso
o computador
Não trabalho com
4270
36
19 12
6 10
processar texto
o computador
nom
nom
+ de 10 h 5-10 h
3-5 h0-3 h
0 h
%
80
60
40
20
0 13
1623
35
13
100
Gráfico 8 – Distribuição dos professores da amostra pelo número de horas semanais de utilização do computador para tarefas pessoais.
4. A utilização do computador para fins pessoais depende da idade, do sexo e dos níveis leccionados.
4.1. Os homens usam mais o computador para realizar
múltiplas tarefas (Gráfico 9).
Gráfico 9 – Distribuição da forma como os professores da amostra usam o computador por género.
25
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
4.2. São os professores mais jovens que usam o computador pessoal para realizar múltiplas tarefas (Gráfico 10).
100 Uso bastante o
%
+ de 5646-5536-4526-35 18-25
80
0
computador
Uso comp. só par
processar texto
Raramente uso
computador
Não trabalho
253245 61 78
33
33
37
30
17
18
18
11 6
25
17
7
com o computado
.
60
40
20
Gráfico 10 – Distribuição da forma como os professores da amostra usam o computador por idade.
4.3. São os professores do terceiro ciclo e secundário que mais usam o computador para fins pessoais (Gráfico 11).
100
%3º ciclo+Sec2º ciclo
1º cicloPré-escolar
80
60
40
20
0
Uso bastante o
computador
Uso comp. só par
processar texto
Raramente uso
computador
Não trabalho
594732 27
32
32
31 33
12
19 22
917 19
Com o computador
Gráfico 11 – Distribuição da forma como os professores da amostra usam o computador por níveis de ensino.
26
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
4.4. São os professores estagiários que mais utilizam o computador para realizar múltiplas tarefas (Gráfico 12).
Em estágio N. profissionalizado Profissionalizado
% 100
80
60
40
20
0
Uso bastante o
computador
Uso o computador só
para processar texto
Raramente uso o
computador
Não trabalho com o
computador
46 82
15
34
67
21
7 12
9
Gráfico 12 – Distribuição da forma como os professores da amostra usam o computador por situação profissional.
4.5. São os professores com formação universitária que
mais usam o computador para fins pessoais e para realizar múltiplas tarefas (Gráfico 13).
Outra situação I.Politécnico E. Sup. Univ.
% 100
0
Uso bastante o
computador
Uso o computador só para processar texto
Raramente uso o
computador
Não trabalho com
computador
56
33
6
31
30
20
19
48
30
13
8
80
60
40
20
Gráfico 13 – Distribuição da forma como os professores da amostra usam o computador por formação inicial.
27
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
5. A Internet e o e-mail são bastante usados pelos professores
(65% a Internet e 44% o e-mail) (Gráficos 14 e 15).
Sim, noutros locais Sim, na Escola Sim, em casa Não usa Internet
% 0
80
60
40
20
0 8
29
48
35
10
Gráfico 14 – Modo como os professores da amostra usam a Internet .
Outras situações
Com a escola
Com colegas
Com amigos
Com alunos
ão usa e-mail
%
80
60
40
20
0 15
18
36
56
100
N
Gráfico 15 – Modo como os professores da amostra usam o e-mail.
28
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
29
5.1. A Internet é mais usada por professores do sexo masculino (Gráfico 16).
42,5%
57,5%
Feminino
Masculino
Gráfico 16 – Utilização da Internet pelos professores da amostra, em função do género.
3º ciclo+Sec 2º ciclo 1º ciclo ré-escolar
% 100
80
40
20
0
Ou ituação
Po r Point
Pe isas na Net
Elaboração de
fichas e/ou testes
Não uso computador para preparar aulas
19
814
612
30
4820
68
26
48
11
8
19
44
24
40
5.2. A Internet é usada com frequência para preparar aulas, principalmente no 3º ciclo e no ensino secundário (Gráfico 17).
tra s
we
squ
60
P
Gráfico 17 – Distribuição da utilização do computador para preparar aulas por níveis de ensino.
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
5.3. Há uma forte utilização doméstica da Internet: dos 65% de professores que a usa, 74% fá-lo em casa e 45% na escola.
5.4. O e-mail é usado por 44% dos professores da
amostra e destes com grande prevalência por professores do sexo masculino (Gráfico 18).
FemininoMasculino
% 100
80
60
40
20
0
Outras situações
Com a escola
Com colegas
Com amigos
Com alunos
Não usa email
918
12
18 25
32
50
23
Gráfico 18 – Distribuição da forma como os professores da amostra comunicam por e-mail pelo género.
5.5. Os professores usam muitíssimo pouco o e-mail com os alunos (apenas 9,7% dos 44% dos professores que usa e-mail o faz) sendo de 40% a percentagem de utilizadores de e-mail entre colegas e só de 8% para comunicação com a escola.
6. Os professores usam bastante o computador na
preparação de aulas (81%), excepção feita aos do ensino pré-escolar. Esta utilização incide, em particular, na elaboração de fichas ou testes e na pesquisa na Internet de assuntos relacionados com a disciplina.
30
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
6.1. A utilização de programas de apresentação como o Power Point é escassa (16%). Este valor inclui os professores de informática (Gráfico 19).
Gráfico 19 – Distribuição das finalidades com que os professores da amostra usam o computador para preparar aulas.
7. A auto-formação ainda é a maior fatia do modo como é
feita a iniciação ao uso das TIC (49%) (Gráfico 20).
Gráfico 20 – Distribuição da forma como os professores da amostra fizeram a sua iniciação na informática.
31
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
7.1. A auto-formação está relacionada com utilizações, em quantidade e qualidade, do computador, no ensino (Gráficos 21, 22, 23 e 24).
Utiliz
ação
do
com
puta
dor p
ara
reali
zar
múlt
iplas
tare
fas
Gráfico 21- Utilização do computador para realizar múltiplas tarefas versus auto-formação.
%simnão
100
80
60
40
20
0
60
40
Uso
da In
tern
et
Gráfico 22 – Uso da Internet versus auto-formação.
32
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
100
%
simnão
80
40
20
0
64
36
60
Uso
do e
Gráfico 23 – Uso do e-mail versus auto-formação.
100
%simnão
80
20
0
57
60
40
Utiliz
ação
de
com
puta
dore
s na
prep
araç
ão d
e fic
has e
/ou
teste
s
43
Gráfico 24 - Uso do computador na preparação de fichas e/ou testes versus auto-formação.
33
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
34
7.2. Quem mais recorre às acções de formação do ME
são os professores do 1º ciclo (Gráfico 25).
25,7%
24,5%29,8%
20,1% 3º ciclo+Sec
2º ciclo1º ciclo
Pré-escolar
Gráfico 25 – Distribuição, por níveis de ensino, dos professores da amostra que fizeram acções de formação ligadas ao Ministério da Educação.
7.3. Regra geral, os professores que frequentaram acções de formação sobre computadores fazem delas um balanço positivo. Destes, a maioria afirma terem sido positivas (62%), ou mesmo muito positivas (19,6%).
7.4. Parece haver poucas acções de formação em
âmbitos específicos das respectivas disciplinas. De facto e para os 52% dos professores da amostra que realizaram acções de formação, as acções frequentadas foram maioritariamente de âmbito generalista (83%): apenas 10% foram de âmbito específico disciplinar e 6% de âmbito generalista e específico da sua disciplina.
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
35
8. 26% dos professores usam o computador com os seus alunos, dentro e fora da sala de aula.
8.1. Destes 26%, são os professores do 1º ciclo (42%) os
que mais utilizam o computador em contexto educativo, seguidos dos do 3º ciclo/secundário com 24% (Gráfico 26).
%
3º ciclo+Sec2º ciclo1º cicloPré-escolar
100
80
60
40
20
0
24
17
42
15
%
Gráfico 26 – Distribuição dos professores da amostra que utilizam o computador em contexto educativo por níveis leccionados.
8.2. O Gráfico 27, adiante, resulta de uma análise multivariada (análise factorial) entre diferentes questões. Este tipo de análise produz gráficos de natureza qualitativa que permitem estabelecer relações entre variáveis. Tais relações são particularmente interessantes num estudo deste género, no qual, para além da quantificação, é importante também a relação das variáveis entre si.
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Quando associamos as respostas dadas às questões: “Utiliza o computador com alunos em actividades lectivas?”, “Quantas horas por semana trabalha pessoalmente com o computador?” e “Usa bastante o computador para realizar múltiplas tarefas?”, com os níveis leccionados, podemos estabelecer algumas relações entre estas variáveis7. Inferimos, por exemplo, que um baixo número de horas de trabalho com o computador está relacionado com a não realização de múltiplas tarefas. Também o sim a “Usa bastante o computador para realizar múltiplas tarefas?” está mais relacionado com os professores que leccionam 3º ciclo e ensino secundário (3/S) do que com os de qualquer outro nível de ensino (Gráfico 27).
“Utiliza o
computador com alunos em actividades lectivas?”
“Quantas horas por semana trabalha pessoalmente com o computador?”
“Usa bastante o computador para realizar múltiplas tarefas?” e
“Níveis de ensino leccionados”.
Gráfico 27 – Relação entra as variáveis:
36
7 Estes gráficos têm uma interpretação baseada na relação de proximidade entre
marcas (marcas coloridas relativas às diferentes variáveis em jogo).
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
8.3. Os professores do sexo masculino utilizam
ligeiramente mais o computador em contexto educativo (Gráfico 28).
FemininoMasculino
100
80
60
40
20
0
24
32
%
Gráfico 28 – Distribuição do uso do computador, em interacção directa com os alunos em função do género.
8.4. A idade parece não ser factor determinante na utilização do computador em contexto educativo, excepção feita aos professores com idades superiores a 56 anos.
8.5. Há uma ligeira predominância do uso do
computador em contexto educativo por professores estagiários e não profissionalizados (Gráfico 29).
Em estágio N. profissionalizado Profissionalizado
100
80
60
40
20
0
3133
25
% Gráfico 29 – Distribuição da uso do computador, em interacção directa com os alunos em função da variável situação profissional.
37
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
8.6. Os professores que mais usam o computador em contexto educativo são os que tiveram auto-formação ou frequentaram acções de formação (Gráfico 30).
Utiliz
e o
com
put
ador
em
inte
racç
ão
dire
cta
com
os a
luno
s
Gráfico 30 – Distribuição do uso do computador, em interacção directa com os alunos em função do modo de iniciação à informática. 9. As aplicações, actividades e contextos do uso das TIC
podem dizer muito sobre a qualidade da utilização em contexto educativo e a preparação do professor para essa utilização.
3º ciclo+Sec2º ciclo1º ciclo Pré-escolar
% 100
80
60
40
20
0
Outra aplicação
Software aquisição dados laboratoriais
Software pedagógico
Internet
Multimédia/CD-ROM
Folha de cálculo
Prog.gráficos/desenho
Processador de texto
6 25
20
25
13
21
14
9
9
23
13
22
16
10
30
14
14
16
15
35
18
9.1. As aplicações TIC mais utilizadas em todos os níveis de ensino (menos no pré-escolar, onde prepondera o software de processamento de imagem) são o processador de texto e a Internet, seguidas do software pedagógico (Gráfico 31).
Gráfico 31 – Distribuição dos tipos de aplicações informáticas usadas pelos alunos em contexto educativo por níveis de ensino.
38
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
3º Ciclo+Sec2º Ciclo1º CicloPré-esc.
% 100
80
60
40
20
0
Outra actividade
Recreativa/jogos
Recolha/Trat. dados
Organiz. informação
Consulta / Pesquisa
Comunicação em rede
Prod. de informação
13
62
7
610
8
13
32
625
16
9
33
28
31
621
31
13
9.2. Os tipos de actividades realizadas relacionam-se com as aplicações TIC e são a consulta e pesquisa de informação, a produção e edição de informação e as actividades recreativas/jogos (Gráfico 32).
Gráfico 32 – Distribuição dos tipos de actividades realizadas pelos alunos quando usam TIC em contexto educativo por níveis de ensino.
9.3. Os contextos onde mais se utilizam as aplicações TIC referidas são, o disciplinar e o trabalho de projecto seguidos dos clubes e núcleos (Gráfico 33).
3º ciclo+Sec 2º ciclo 1º ciclo Pré-escolar
% 0
80
60
40
20
0
Outro contexto
Clubes/Núcleos
Apoio a alunos com NEE
APA
Trabalho de projecto/Área-escola
Disciplinar
16
16
36
20
613
26
45
15
8731
33
18
16
25
33
10
10
Gráfico 33 – Distribuição dos contextos escolares de utilização das TIC pelos alunos por níveis de ensino.
39
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
10. Os professores, quase sem excepção, manifestam vontades e necessidades de formação, mais ou menos distribuídas por todas as aplicações informáticas, para todos os níveis de ensino e para todas as idades, de uma forma equitativa (Gráficos 34 e 35).
Pré-esc.
Internet
3º Ciclo+Sec 2º Ciclo 1º Ciclo
%
Gráfico 34 – Distribuição das necessidades de formação em TIC por níveis de ensino.
%
Internet
Gráfico 35 - Distribuição das necessidades de formação em TIC pela idade.
40
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
11. Os professores referem, em geral, atitudes mais positivas do
que negativas face às TIC (Gráficos 36 e 37).
11.1. 94% dos professores da amostra gostariam de saber mais sobre o uso das TIC em contexto educativo.
11.2. 78% acham que as TIC os ajudam na sua prática
lectiva.
Gráfico 36 – Atitudes positivas face às TIC.
11.3. 68% dos professores sentem que o uso das TIC lhes exige novas competências e, muitos deles, revelam conhecer mal as vantagens das TIC em contexto educativo.
41
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
11.4. 49% dos professores entendem que os alunos
dominam melhor os computadores do que eles próprios.
Gráfico 37 - Atitudes negativas face às TIC.
11.5. Os professores do sexo feminino tendem a ter mais atitudes negativas face às TIC (Gráfico 38).
%
Gráfico 38 – Distribuição das atitudes negativas face às TIC pelo género.
42
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
11.6. Para a maioria dos professores (43%), o obstáculo mais forte à implementação das TIC no contexto educativo é a falta de meios técnicos. 29% dos professores apontam a falta de recursos humanos como obstáculo maior para a implementação das TIC.
12. Qualidade da utilização.
12.1. Este estudo possui a virtude de ter inquirido muitos professores e, como tal, obtido números generalizáveis e fiáveis. Mas, ficam por avaliar muitas nuances sobre a qualidade da utilização das TIC em contexto educativo, por parte dos professores.
12.2. Como vimos atrás, os professores do primeiro ciclo
(nível de ensino que mais usa o computador em contexto educativo) e pré-escolar apresentam baixas utilizações do computador a nível pessoal e para preparação de aulas. Estas relações não se podem no entanto deduzir do gráfico 39, abaixo. Porém, dele se infere, a relação dos professores do 3º C/S com as múltiplas utilizações pessoais do computador, a elaboração de fichas e testes e a posse de computador pessoal.
Usa computador com alunos em actividades lectivas?
Elabora fichas e testes no computador?
Usa bastante o computador?
Tem computador?
Níveis de ensino leccionados.
Gráfico 39 - Análise multivariada das variáveis:
43
As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Estas 12 conclusões expressam alguns aspectos importantes,
sendo de realçar, no nosso ponto de vista, algumas preocupações mas, também, algumas notas de optimismo. Assim:
É verdade que se utiliza pouco o computador em contexto
educativo e que há indícios de que a sua utilização não seja a mais sistemática, planificada e pedagogicamente cuidada.
– No ensino pré-escolar utiliza-se muito pouco as TIC em
contexto educativo podendo tal facto dever-se à limitação do parque informático.
– Nos 2º e 3º ciclos e ensino secundário era desejável que o
uso do computador, em contexto educativo, fosse mais frequente. Se descontarmos os professores de informática, a percentagem de professores destes níveis rondará os 20%.
– Poderá dizer-se que um esforço de formação significativo
faria inflectir a situação. Atente-se no facto dos professores do primeiro ciclo serem os que mais acções de formação do ME realizam (gráfico 25) e, em simultâneo, os que mais utilizam o computador em contexto educativo. Porém, essa formação não leva estes professores a uma maior utilização pessoal, a um maior número de horas de utilização e à franca utilização do computador para preparar aulas. Por outro lado, os professores que se iniciaram na informática por auto-formação, tipicamente mais jovens, utilizam o computador com mais frequência e qualidade.
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Desconhece tudo que se relaciona com as TIC?
Teve auto-formação? Frequentou acções
de formação do Ministério da Educação?
Usa o computador com os alunos em contexto educativo?
Níveis de ensino leccionados?.
Gráfico 40 - Análise multivariada das variáveis:
Do gráfico 40 infere-se que a auto-formação em informática se
aplica mais ao terceiro ciclo e ao secundário, cujos professores são, como vimos, quem mais usa o computador para preparar as suas actividades lectivas, quem faz dele um uso pessoal diversificado e quem mais horas trabalha, com ele, por semana. De salientar que a relação entre a frequência de acções de formação em TIC promovidas pelo Ministério da Educação e a leccionação do primeiro ciclo, não é evidente a partir da análise do gráfico 40.
– A não realização de acções de formação do ME, em TIC,
está relacionada preferencialmente com os professores do 2º ciclo. Era importante, a este propósito, reflectir sobre as modalidades de formação existentes para os diferentes níveis de ensino, nesta área. Igualmente de ponderar seriam as motivações para a realização destas acções por parte dos professores, o seu âmbito e cobertura.
– A relação entre o “sim” ao desconhecimento das TIC e os
diferentes níveis de ensino é difícil de concluir a partir deste gráfico, havendo uma aparente proximidade desta variável, com o ensino pré-escolar.
– Embora os professores usem, com alguma frequência, os
computadores e, em particular a Internet, é muito fraco o
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
uso de e-mail com alunos (apenas 10% em 44% da amostra). Ou seja, pode adivinhar-se uma utilização do computador ainda descentrada do aluno e da sua família.
– Como notas positivas, enaltecemos, em particular, a
excelente taxa de resposta a este questionário. Com efeito, mais de 70% dos professores responderam o que, de alguma forma, revela interesse pelo assunto. O grande uso das TIC por parte dos professores mais novos e, em particular, dos professores estagiários é, também, um sinal de confiança. A utilização quase generalizada, pelos professores, das modernas ferramentas de comunicação, Internet e e-mail é, também, um bom indicador. A utilização intensa de computadores no primeiro ciclo é, também, uma nota positiva, em consonância com o razoável parque informático naquele nível de ensino. São igualmente encorajadoras as atitudes dos professores em relação a alguns aspectos das TIC no ensino: a maioria dos professores enfrenta positivamente estes desafios (Gráfico 26) e reconhece a necessidade de formação e apoio para a sua promoção na utilização das TIC. Esta predisposição positiva face às novas tecnologias é condição fundamental de aquisição de competências básicas em TIC e de mudanças reais no terreno escolar.
Muitas destas conclusões poderão ser reforçadas com
questionários mais pormenorizados e/ou entrevistas para uma amostra mais reduzida de professores.
Percebemos que a utilização das TIC não se limita às questões
de natureza educativa, mas ultrapassa-as na dinâmica da sociedade e na organização do Estado. Trata-se de uma problemática transversal que não se limita a números, seja de computadores, de utilização ou mesmo de acções de formação. A mudança da situação é um imperativo nacional e europeu.
Sabemos que a existência de um bom parque informático na
escola não implica a sua utilização discernida e sistemática. Verificamos que uma formação acrescida não implica obrigatoriamente muita qualidade na utilização das TIC. Estas ideias são corroboradas por outros estudos e documentos, particularmente o manual “Estratégias para a Acção – As TIC na Educação” (NÓNIO, 2002).
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
6. Mudanças e perspectivas para o uso das TIC
na Escola
Pensamos que se devem manter alguns “padrões clássicos” de educação, que passam pela manutenção de aulas com questões, pela elaboração de testes, de trabalhos de casa, pelo uso de manuais escolares, mas tudo isso conjugado com o uso sistemático do computador.
Não se trata de criar tudo de novo à custa das TIC, mas de
inovar as formas de concretizar os objectivos estabelecidos. As aulas continuarão a ser de pergunta/resposta mas quem responde às dúvidas é o aluno com a ajuda da Internet, os trabalhos de casa poderão ser reforçados individualmente quando enviados e corrigidos por e-mail, as dúvidas poderão ser “tiradas” à hora marcada com apoio complementar à distância: a relação professor/aluno pode ser reforçada quando a família do aluno comunica com o professor por e-mail.
Abrem-se portas à concretização de um manancial de
procedimentos que um professor “clássico” conhecia mas que, sem recurso às TIC, dificilmente conseguiria gerir e rentabilizar com proveito próprio e dos seus alunos. A formação dos professores no domínio das TIC, como é notório, revela-se como uma autêntica urgência. Ainda que não seja certo que mais oportunidades de formação correspondam a maior entusiasmo dos professores, há que oferecer um vasto e variado conjunto de acções de formação de qualidade no domínio das TIC a toda a comunidade de professores. Como sugere Atinkson, para termos professores empenhados e despertos, devemos incluir, no seu programa de formação, as novas tecnologias, em dois sentidos: no sentido de valorizar as pedagogias clássicas e no sentido de os fazer entender que as TIC não são antagonistas dos métodos tradicionais, mas antes os dois se interpotenciam (ATINKSON, 1997).
Poderemos ser acusados de centrar quase em exclusivo no
professor a melhor ou pior implementação das TIC na Escola. Seria simplista fazê-lo e, a este propósito, citamos Lawson e Comber que consideram o problema da inclusão das TIC nos currículos dependente, para além do professor, de três factores: da existência
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
de coordenadores de TIC na Escola e do seu papel; da atitude da gestão das escolas face à prioridade dada às TIC em detrimento de outras áreas e, finalmente, da infra-estrutura informática da própria escola (LAWSON & COMBER, 1999).
Resumimos também, segundo Wild um conjunto de
dificuldades que podem levar ao não uso das TIC em contexto educativo e que nos parece, no caso da escola portuguesa, aplicável e actual (WILD, 1996).
1 – Falta de oportunidades para usar os computadores
regularmente, criando uma continuidade pedagogicamente benéfica.
2 – O facto de muitos alunos de estratos sócio-económicos
baixos não possuírem computador. Este dado é relevante em Portugal pois, se repararmos nos números (citados em 3, página 19) sobre a percentagem de computadores na população portuguesa em geral, esta era de 39% em 2001 (MATA, 2002).
3 – Recursos informáticos escassos na escola (em Portugal, é o
caso do ensino pré-escolar). 4 – Stress do professor. 5 – Falta de segurança e confiança para usar as TIC. 6 – Falta de conhecimento sobre o verdadeiro impacto do uso
das TIC em contexto educativo. 7 – Poucas experiências com TIC na formação de professores
quer inicial quer durante a actividade (WILD, 1996). A formação de professores é uma área muito sensível e
“cúmplice” da problemática deste estudo. São os próprios propósitos do Estado português, em coerência com as políticas europeias, que enfatizam este aspecto. De novo do parecer nº2 /98 do Conselho Nacional de Educação, sobre a Sociedade de Informação, afirma, a este propósito: “...A preparação dos professores para o uso apropriado das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) no processo pedagógico assume assim a maior importância e urgência. Importa eliminar o paradoxo de o grupo profissional responsável pela preparação da juventude
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
de hoje para o século XXI resistir à tecnologia do século XXI. Tal resulta, em grande parte, de não terem os professores recebido o treino adequado para integrar estas tecnologias no ensino.”
A International Society for Technology in Education (ISTE)
recomendava em 1992 que todos os professores deveriam estar ou ser preparados nas seguintes áreas:
a) Conceitos e operações básicas em informática. Os
professores deveriam usar o computador e periféricos, saber gerar e manipular dados, etc.
b) Uso de tecnologia aos níveis pessoal e profissional. Os
professores deveriam usar as novas tecnologias para comunicar, colaborar, fazer pesquisas e resolver problemas.
c) Aplicação das novas tecnologias em contexto educativo.
Os professores deveriam usar computadores e TIC para apoiar a instrução na sua área e no seu nível (CZERNIAK, C. et al. 1999).
Para atingir metas como estas, ou similares, são necessárias
reformas que nem sempre surtem os resultados desejados. Estas situações acontecem porque, regra geral, as reformas são realizadas de cima para baixo, não tendo em conta, na maior parte dos casos, determinados factores tais como o que esperam e em que acreditam os professores acerca do uso das TIC nas escolas. Se partirmos do ponto de vista do sujeito em quem se vai operar a mudança então, esta, tornar-se-á efectiva (CZERNIAK, C. et al. 1999).
Estamos absolutamente em sintonia com esta forma de
encarar a formação de professores e talvez a devamos pensar mais na perspectiva de “um bolo de necessidades específicas”: da escola, dos alunos e dos professores. Teremos, com certeza, maiores probabilidades de sucesso, pois partimos de baixo para cima, do aluno concreto, do professor concreto, da escola concreta, para introduzir as mudanças possíveis nessa matéria-prima específica.
Cornu e Marzin vão mais longe e preconizam uma mudança
mais radical: que as TIC sejam incluídas verdadeiramente no ensino dos alunos universitários (e não apenas na componente didáctica dos cursos) para se tornarem ainda mais efectivas. Desta forma os
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
futuros professores reproduziriam, na sua maneira de ensinar, a forma como foram ensinados (CORNU e MARZIN, 1999).
Este aspecto revela-se importante pois, se os professores não
são informados, não contactam e não experimentam as potencialidades das TIC, dificilmente se irão sentir atraídos por este mundo. Este aspecto leva-nos a preconizar uma formação em TIC conjugada uma formação científica na área disciplinar, ou seja um “dois em um”. Nada melhor do que aprender a tecnologia com exemplos de situações conhecidas da prática lectiva de cada professor.
É hoje um facto que noções como continuidade, estabilidade, estratégia de longo prazo e abrangência das medidas, são essenciais a projectos que envolvam a introdução das TIC na Escola. A realidade das TIC assim pensada já está presente no novo ensino e na aprendizagem. A prová-lo referimos novamente o documento “Estratégias para a acção - As TIC na educação” (NÓNIO, 2002) que deve, a este propósito, merecer uma leitura atenta.
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
7. Anexo – Questionário usado no estudo
QUESTIONÁRIO
As questões que se seguem são de resposta confidencial. Destinam-se a um estudo a nível nacional sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no ensino. Este estudo é realizado pelo Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento do Ministério da Educação, em colaboração com o Centro de Competência Nónio - Softciências, numa perspectiva de prestar melhor apoio às escolas. A informação recolhida visa igualmente responder a uma necessidade de dados desta natureza para a União Europeia. Agradecemos desde já a sua colaboração! (tempo típico de preenchimento: ± 7 minutos)
A - Sexo:
1 : Masculino 2 : Feminino
B - Idade:
1 : 18-25 2 : 26-35 3 : 36-45 4 : 46-55 5 : + de 56
C - Situação profissional:
1 : Profissionalizado 2 : Não profissionalizado 3 : Em profissionalização
D - A sua formação inicial foi feita:
1 : No Ensino Superior Universitário
2 : Num Instituto Politécnico (Escola Superior de Educação)
3 : Outra situação
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
Nesta como noutras questões pode escolher mais do que uma opção
E - No presente ano lectivo lecciona níveis de:
1 : Não tenho componente lectiva (continue a responder a partir daqui reportando-se ao último ano em que deu aulas e preencha, inclusive, na linha abaixo, os níveis que então leccionou)
2 : Pré-escolar 3 : 1º ciclo
4 : 2º ciclo 5 : 3º ciclo ou equivalente 6 : Secundário ou equivalente
F - Código do Grupo disciplinar que lecciona (use um número da tabela abaixo, por favor): __________
42 Pré-escolar 3º ciclo + secundário 24 Filosofia 38 Educação
Física
43 1º ciclo 11 Matemática 25 Geografia 39 Informática
44 Outro (escolas profissionais, etc.)
12 Mecanotecnia 26 Biologia e Geologia
40 Música
2º ciclo 13 Electrotecnia 27 Mecanotecnia 41 Espanhol
1 Português e Estudos Sociais-História
14 Construção Civil 28 Electrotecnia
2 Português e Francês 15 Física-Química 29 Secretariado
3 Português, Inglês e Alemão
16 Química-Física 30 Artes dos Tecidos
4 Matemática e Ciências da Natureza
17 Artes Visuais 31 Const. Civil e Madeiras
5 Educação Visual 18 Contabilidade e Administração
32 Artes Gráficas
6 Educação Musical 19 Economia 33 Equipamento
7 Trabalhos Manuais masculinos
20 Português, Latim e Grego 34 Têxtil
8 Trabalhos Manuais femininos
21 Francês e Português 35 Horto-floricultura
9 Educação Física 22 Inglês e Alemão 36 Produção Vegetal
10 Educação Moral e Religiosa
23 História 37 Ind. Al. Zoo
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
G - Características do seu equipamento informático pessoal:
1 : Não tenho computador 4 : Equipamento de ligação à Internet
2 : Computador 5 : Scanner
3 : Impressora 6 : DVD 7 : Gravador de CD’s
H - Como se fez a sua iniciação no mundo da informática?
1 : Ainda não se fez 5 : Tenho formação superior em informática ou afim
2 : Auto-formação 6 : Acções de formação ligadas ao Ministério da Educação
3 : Apoio de familiar/amigo(a) 7 : Outras acções de formação não contempladas em 6
4 : Durante o curso superior 8 : De outra forma
I - Se realizou acção(ões) de formação em informática que balanço faz dessa(s) acção(ões) tendo em conta os efeitos que tiveram no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) junto dos seus alunos?
1 : Não realizei nenhuma acção de formação em informática
2 : Muito positivo 3 : Positivo 4 : Pouco positivo 5 :Nada positivo
J - De que âmbito foi a maioria das acções de formação em informática que realizou?
1 : Não realizei nenhuma acção de formação em informática
2 : De âmbito generalista 3 : De âmbito específico da(s) minha(s) disciplina(s)
K - Como definiria a sua relação com o computador?
1 : Não trabalho com o computador
2 : Raramente uso o computador
3 : Uso o computador apenas para processar texto
4 : Uso bastante o computador para realizar múltiplas tarefas
5 : Outra situação
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
L - Quantas horas por semana passa ao computador:
1 : Zero horas 2 : De 0h a 3h 3 : De 3h a 5h 4 : De 5h a 10h 5 : Mais de 10h
M - Usa a Internet?
1 : Não 2 : Sim, em casa 3 : Sim, na escola 4 : Sim, noutros locais
N - Com quem comunica por e-mail?
1 : Não uso e-mail 4 : Com colegas professores (por razões profissionais)
2 : Com alunos 5 : Com a escola (órgão de gestão, serviços administrativos, etc.)
3 : Com amigos 6 : Outros
O - Na preparação das suas aulas com que fins usa o computador?
1 : Não uso o computador para preparar as minhas aulas
2 : Elaboração de fichas e/ou testes
3 : Pesquisas na Internet de assuntos da minha disciplina
4 : Apresentações audiovisuais (Power Point, etc.)
5 : Outra situação
P - Utiliza o computador em interacção directa com os alunos, no decorrer das suas aulas e no âmbito da(s) disciplina(s) que lecciona?
1 : Sim 2 : Não
Q - Utiliza o computador em interacção directa com os alunos, fora do âmbito da disciplina que lecciona (clubes, projectos, aulas de apoio, etc.)?
1 : Sim 2 : Não
R - No ano lectivo passado, quantas vezes usou o computador com os seus alunos?
1 : Zero 2 : Uma 3 : Duas 4 : Três 5 : Quatro ou mais 6 : Sempre
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
S - Indique que tipo(s) de aplicação(ões) informática(s) usa em interacção directa com os seus alunos?
1 : Nenhuma 2 : Processador de texto (Word, Publisher, etc.) 3 : Programas gráficos/de desenho 4 : Folha de cálculo (Excel, SPSS, etc.)
5 : Multimédia/CD-ROM 6 : E-mail
7 : Internet 8 : Software pedagógico
9 : Software de aquisição de dados laboratoriais 10 : Outra
T - Indique o(s) tipo(s) de actividade que realiza com os seus alunos quando estes utilizam as aplicações informáticas que referiu em S?
1 : Nenhuma 5 : Organização e gestão de informação
2 : Produção e edição de informação 6 : Recolha e tratamento de dados em ciências
3 : Comunicação e intercâmbio em rede 7 : Recreativa/jogos
4 : Consulta e pesquisa de informação 8 : Outra
U - Indique o(s) contexto(s) de utilização com os seus alunos das aplicações informáticas que citou em S:
1 : Nenhum 2 : Disciplinar
3 : Trabalho projecto/Área-escola 4 : Apoio pedagógico acrescido
5 : Apoio a alunos com necessidades educativas especiais
6 : Clubes/Núcleos 7 : Outro
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
V - Quer use ou não as Tecnologias de Informação e Comunicação em contexto educativo dentro ou fora do âmbito disciplinar, assinale, para as afirmações abaixo, uma cruz (X) em “sim” ou “não”, consoante concorde ou discorde. Deixe em branco as alternativas sobre as quais não tem opinião:
Afirmações Con-cordo (Sim)
Dis- cordo (Não)
1 Gostaria de saber mais acerca das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).
2 Os computadores assustam-me! 3 As TIC ajudam-me a encontrar mais e melhor informação para a minha
prática lectiva.
4 Ao utilizar as TIC nas minhas aulas torno-as mais motivantes para os alunos. 5 Uso as TIC em meu benefício, mas não sei como ensinar os meus alunos a
usá-las.
6 Manuseio a informação muito melhor porque uso as TIC. 7 Acho que as TIC tornam mais fáceis as minhas rotinas de professor(a). 8 Penso que as TIC ajudam os meus alunos a adquirir conhecimentos novos e
efectivos.
9 Nunca recebi formação na área TIC e desconheço as potencialidades de que disponho.
10 O uso das TIC, na sala de aula, exige-me novas competências como professor(a).
11 Sinto-me apoiado(a) para usar as TIC. 12 Encontro pouca informação na Internet para a minha disciplina. 13 As TIC encorajam os meus alunos a trabalhar em colaboração. 14 A minha escola não dispõe de condições para usar o computador em
contexto educativo.
15 A minha escola tem uma atitude positiva relativamente ao uso das TIC. 16 Os meus alunos, em muitos casos, dominam os computadores melhor do
que eu.
17 Não me sinto motivado(a) para usar as TIC com os meus alunos. 18 Não conheço a fundo as vantagens pedagógicas do uso das TIC com os
meus alunos.
W - Pensando nas TIC ao serviço do ensino e aprendizagem, em que áreas necessita de mais formação (indique, no máximo, três áreas)?
1 : Desconheço tudo o que se relaciona com as TIC 5 : Multimédia/CD-ROM
2 : Processador de texto (Word, Publisher, etc.) 6 : E-mail
3 : Programas gráficos/de desenho 7 : Internet
4 : Folha de cálculo (Excel, SPSS, etc.) 8 : Software pedagógico
9 : Software de aquisição de dados laboratoriais 10 : Não preciso de mais formação
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X - No seu entender qual é, para a escola, o obstáculo mais difícil de ultrapassar no que respeita a uma real integração das TIC no ensino e aprendizagem? (indique um e um só)
1 : Falta de meios técnicos (computadores, salas, etc.)
2 : Falta de recursos humanos específicos para apoio do professor face às suas dúvidas de informática (por exemplo, a existência de um técnico de informática ao serviço dos professores).
3 : Falta de formação específica para a integração das TIC junto dos alunos
4 : Falta de software e recursos digitais apropriados
5 : Falta de motivação dos professores
6 : Outro
FIM
Ficamos-lhe gratos. Para observações/comentários enviar mensagem para [email protected].
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As Tecnologias de Informação e Comunicação: Utilização pelos Professores
8. Bibliografia
ADELL, J. (1997) – Tendencias en educación en la sociedad de lás tec-nologias de la información. EDUTEC, Revista Electrónica de Tecnologia Educativa. 7 (1997).
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CZERNIAK, C. et al (1999) – Teachers’ beliefs about using educational
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INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (INE) (2001) – Inquérito à ocupação
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LAWSON, T. & COMBER, C. (1999) – Superhighways Technology: person-nel factors leading to successful integration of information and communication technology in schools and colleges. Journal of Technology for Teacher Education. 8 (1999) 41.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2002) – DAPP – Dados estatísticos:
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