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AS SIGNIFICAÇÕES PRODUZIDAS POR UMA PROFESSORA SOBRE O USO DAS TIC’S NA PRÁTICA DE ENSINO. Francisco Antonio Machado Arau [email protected] Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada no curso de Pe geral de analisar as signiica!"es produzidas por uma proessora s pr'tica de ensino. Para essa pesquisa nos apropriamos em /it0in *-112 , 3ancho *+ - , /ib4neo *+ 2 , dentre outros. %omo procedimentos metodol5gicos utilizamos a entrevista rele6iva videogravada com u dos dados a proposta dos 78cleos de 3igniica!9o *A:;$A<= >?E//A, apontam que os principais desaios enrentados pelo proessor que pr'tica reerem se B resistCncia dos outros proessores e pesquisa também demonstra que mesmo realizando uma pr'tica indivi se motivado a usar as #$%&s por conta das possibilidades proissio aprendizagem dos alunos. Para o proessor investigado, antes da ap para se usar #$%&s, é necess'ria a motiva!9o pessoal, disposi!9o uso dos recursos tecnol5gicos na educa!9o. Pala!as"#$ae: 3igniicado e 3entido. #$%&s. Pr'tica de Ensino. I%&!o'u()o Para poder realizar uma boa prática de ensino, devería acompanhar nossos conhecimentos técnicos do meio tecnológico com análises dos pressupostos que prevalec em nossas próprias crenças, preconcepções e práticas d do contexto político-econmico, social e cultural na q insere nosso trabalho docente! "it#in, $%%&! A presen!a das tecnologias de comunica!9o e inorma!9o *#$%& sociedades contempor4neas constituem uma realidade que n9o se pode ignorar. Percebemos a inclus9o das #$%&s nos setores produtivos e trabalho, sobretudo na educa!9o escolar. #anto os sistemas p8blico de ensino quanto o privado passara diversos recursos tecnol5gicos objetivando melhorar a aprendizagem

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AS SIGNIFICAES PRODUZIDAS POR UMA PROFESSORA SOBRE O USO DAS TICS NA PRTICA DE ENSINO.Francisco Antonio Machado [email protected]

Resumo:Este trabalho resultado de uma pesquisa realizada no curso de Pedagogia, com o objetivo geral de analisar as significaes produzidas por uma professora sobre o uso das TICs na prtica de ensino. Para essa pesquisa nos apropriamos em Vigotski (2000, 2010a, 2010b), Litwin (1997), Sancho (2001), Libneo (2007), dentre outros. Como procedimentos metodolgicos utilizamos a entrevista reflexiva videogravada com um professor e na anlise dos dados a proposta dos Ncleos de Significao (AGUIAR; OZELLA, 2013). Os resultados apontam que os principais desafios enfrentados pelo professor que utilizam as TICs na sua prtica referem-se resistncia dos outros professores e o sentimento de isolamento. A pesquisa tambm demonstra que mesmo realizando uma prtica individual, o professor sente-se motivado a usar as TICs por conta das possibilidades profissionais e de mediao da aprendizagem dos alunos. Para o professor investigado, antes da apropriao ou estratgia para se usar TICs, necessria a motivao pessoal, disposio para novas aprendizagens e uso dos recursos tecnolgicos na educao. Palavras-chave: Significado e Sentido. TICs. Prtica de Ensino.IntroduoPara poder realizar uma boa prtica de ensino, deveramos acompanhar nossos conhecimentos tcnicos do meio tecnolgico com anlises dos pressupostos que prevalecem em nossas prprias crenas, preconcepes e prticas dentro do contexto poltico-econmico, social e cultural na qual se insere nosso trabalho docente.Litwin, 2001.A presena das tecnologias de comunicao e informao (TICs) no contexto das sociedades contemporneas constituem uma realidade que no se pode negar nem tampouco ignorar. Percebemos a incluso das TICs nos setores produtivos e em todo o mundo do trabalho, sobretudo na educao escolar.

Tanto os sistemas pblico de ensino quanto o privado passaram a adotar os mais diversos recursos tecnolgicos objetivando melhorar a aprendizagem de seus educandos, eficincia na gesto educacional e colocando a escola em sintonia com as transformaes do mundo. Essa viso inovadora da incorporao das TICs na educao tm gerado consequncias para a prtica de ensino, como por exemplo, o surgimento de discursos que consideram seu o uso imprescindvel inovao e ao progresso da escola. Esses discursos tambm defendem que a presena das TICs j garante a melhoria e a qualidade do ensino.Cotidianamente os professores tm sido confrontados com essas transformaes provocadas pela presena das TICs na educao. Para muitos, o domnio desses recursos tecnolgicos passou a ser condio determinante na insero social e profissional. Nesse contexto de mudanas, novas demandadas incidem sobre o professor para o desenvolvimento de novas atitudes e competncias no uso das TICs em sua prtica de ensino. A prtica de ensino, planejada e conduzida pelo professor, tem como principal objetivo conduz o processo de ensino promover o aprendizado e o desenvolvimento dos alunos. O processo de ensino compreende relao recproca que a atividade de ensinar do professor e de estudar dos alunos. Para Libneo (2007), o objetivo central de toda prtica de ensino est voltado para a atividade do aluno, cujo elemento nuclear a aprendizagem. De acordo com este autor, a boa prtica de ensino aquela que consegue fazer o aluno pensar, investigar, raciocinar e atuar com o seu modo prprio de pensar, investigar, raciocinar e atuar.Nesse processo, as TICs atuam como meios de ensino (LIBNEO, 2007), recursos materiais que esto presentes na prtica de ensino do professor e na atividade de estudo dos alunos, como possibilidades que auxiliam na organizao e conduo metdica do processo de ensino e aprendizagem. Enquanto meios de ensino, as TICs esto inseridas no campo dos mtodos de ensino e, portanto, no possuem autonomia em relao ao processo educacional. Diante da possibilidade de utilizao das TICs como meios de ensino - uma tecnologia que seja educacional - encontramos em Sancho (2001, p. 43), duas posturas docentes em lados opostos: os tecnfobos e os tecnfilos:Em um extremo, seriam situados os que eu denominarei tecnfobos, ou seja, aqueles para quem o uso de qualquer tecnologia (instrumento, sistema simblico ou organizador) que eles no tenham usado desde pequeno e tenha passado a fazer parte da sua vida pessoal e profissional representa um perigo para aqueles valores que eles tm. No extremo oposto seriam situados os tecnfilos, ou seja, aqueles que encontram em cada nova contribuio tecnolgica, principalmente naquelas situadas no mbito da informao, a resposta final para os problemas do ensino e da aprendizagem escolar.

O interesse pela investigao se originou nesse cenrio que envolve as TICs e a prtica de ensino do professor que tem a postura de tecnfobos ou de tecnfilos e se constituiu a partir das seguintes questes norteadoras: Que desafios so enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na sua prtica de ensino? Que possibilidades o professor identifica no uso das TICs em sua prtica de ensino? Que estratgias o professor define para se apropriar e utilizar as TICs na sua prtica de ensino?Buscando organizar o percurso que nos conduziu s respostas desses questionamentos nos apropriamos dos pressupostos da Psicologia Scio-Histrica, sobretudo da discusso que Vigotski (2001) faz sobre o processo de significao e definimos como objetivo geral: Analisar os significados e os sentidos constitudos pelo professor sobre o uso das TICs na prtica de ensino. Especificamente, definimos os objetivos: Compreender os desafios enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na sua prtica de ensino; Analisar as principais possibilidades do uso das TICs na prtica de ensino do professor; Identificar as estratgias utilizadas pelo professor para se apropriar e realizar prtica de ensino auxiliada pelas TICs.Para atingir os objetivos propostos nessa pesquisa, organizamos o texto da seguinte forma: primeiramente iremos apresentar breve sntese dos fundamentos tericos da investigao; Em seguida apresentaremos os procedimentos metodolgicos empregados na produo e anlise dos dados produzidos nessa investigao; Na sequencia apresentaremos uma sntese da discusso dos resultados; E, por fim, nossas consideraes finais sobre os resultados obtidos.Discusso tericaO desenvolvimento desta pesquisa se deu a partir da abordagem terica da Psicologia Scio-Histrica, que tem como principal representante Lev Seminovich Vigotski e analisa o psiquismo humano, buscando compreender a sua formao e transformao ao longo do processo histrico da humanidade. Nesse enfoque, Vigotski (2010a) buscou compreender o ser humano em sua relao com o meio fsico, social, cultural e histrico, caracterizando o trabalho como elemento principal da relao entre o homem e a natureza. A Psicologia Scio-Histrica considera estreita a relao entre o ser biolgico e o ser social e explica o desenvolvimento do psiquismo humano a partir da atividade humana.Os estudos realizados por Van Der e Veer e Valsiner (2009) sobre a obra de Vigotski, enfatizam que para se chegar compreenso da Psicologia Scio-Histrica, devemos conhecer primeiramente a concepo de homem a partir dos princpios tericos de Vigotski. Nesse sentido, pretendemos inicialmente discutir o processo de humanizao, considerando a dialtica indivduo e cultura, destacando a concepo de homem e meio na Psicologia Scio-Histrica, para em seguida apresentar uma sntese das principais categorias que nortearam nossa compreenso no desenvolvimento da investigao. Dentre essas categorias iremos destacar: Historicidade, Mediao, Pensamento e Linguagem, Significado e Sentido.

As categorias Significado e Sentido foram centrais para atingirmos os objetivos dessa investigao, tendo em vista a importncia das mesmas para apreender a subjetividade do professor sobre a prtica de ensino auxiliada pelas TICs. Ao longo de todo o texto articulamos a relao significado e sentido com as outras categorias, permitindo melhor compreenso do sujeito.

A concepo da Psicologia Scio-Histrica sobre o homem se desenvolve a partir do pensamento marxista e destaca que existem diferenas fundamentais entre o homem e os outros animais. Iniciamos essa discusso partindo da seguinte afirmao que Vigotski (2000, p. 33) faz em seu Manuscrito de 1929: O que o homem? Para Hegel o sujeito lgico. Para Pavlov a soma, um organismo. Para ns a personalidade social, o conjunto de relaes sociais, encarnado no indivduo (funes psicolgicas, construdas pela estrutura social).

Disso podemos destacar trs concepes distintas sobre o ser humano. Diante de um conceito idealista de Hegel e outro reflexolgico em Pavlov, Vigotski apresenta o homem como um ser social, em conjunto visto como um processo histrico, que se constri e se transforma humano por intermdio da sua atividade consciente, desenvolvida no meio social e cultural. nesse processo que para Vigotski as diferenas iniciais entre o ser humano e os animais podem ser encontradas a partir do surgimento da cultura. Enquanto os outros animais tm forte dependncia da herana de traos de base gentica, instintos e movimentos condicionados, o homem domina e transmite cultura, assume o controle do seu prprio destino e emancipa-se dos desgnios da natureza.

Nessa compreenso, o homem deixa de ser um ser natural, dotado de um aparato biolgico que lhe serve apenas como suporte de desenvolvimento, para tornar-se pessoa humana por meio das mediaes sociais. Ou seja, por meio da cultura e do outro, os indivduos apropriam-se de todo o conjunto de conhecimentos produzidos ao longo do tempo e se humanizam. Essa relao de objetivao e apropriao da cultura, que produzida na atividade humana, no direta, mas mediada por instrumentos e signos. Isto implica ressaltar que a categoria Mediao essencial para a compreenso do desenvolvimento humano.Embora tenham a funo de elementos mediadores, os instrumentos e os signos possuem naturezas diferentes. Os instrumentos so artefatos tcnicos que atuam de forma concreta na natureza externa ao ser, modificando os objetos e auxiliando na realizao de diferentes tarefas, como por exemplo, a possibilidade de modificao e de controle da natureza pelo homem. Para Vigotski (2010a), o efeito do uso dos instrumentos sobre os homens importante, no somente porque auxilia na relao de atuao do ser com a natureza, mas tambm porque provoca mudanas internas e funcionais no interior do crebro humano. O significado dos instrumentos na atividade humana , portanto, transmitida s futuras geraes por meio dos signos. Os signos so instrumentos psicolgicos que constituem o pensamento e fazem a mediao simblica entre o psiquismo humano e o mundo.Assim como os instrumentos, os signos tambm tm funes definidas na execuo de tarefas, neste caso, no psiquismo do indivduo. Para Van Der Veer e Valsiner (2009, p. 243) o uso de vrios sistemas de signos possibilitou o aumento do controle sobre a psique humana, e todas as pessoas contemporneas fazem uso de muitos desses sistemas culturais em seu funcionamento mental.

Na combinao entre o uso de signos e o de outros instrumentos, Vigotski (2010a) refora que o elo psicolgico real existente entre esses elementos mediadores est na origem e no desenvolvimento das funes psquicas superiores. Essas funes so entendidas como produto das aes constitudas pelo indivduo nas relaes interpessoais e intrapessoais, e apresentam-se como atividades mediadas pela linguagem. Da esses processos psicolgicos receberem a denominao de superiores. Para Vigotski (2010a), as funes psquicas superiores promovem a reconstruo interna de uma atividade externa ao ser humano. Esse processo se realiza e promove transformaes no psiquismo humano por intermdio dos signos constitudos socialmente pela humanidade ao longo da histria. Isso nos leva a compreender que toda mudana ocorre primeiro na cultura, no meio social e, posteriormente, no ser humano.Entendendo a importncia das funes psicolgicas superiores para o desenvolvimento do psiquismo humano, no qual a mediao realizada pela linguagem, ressaltamos as categorias Pensamento e Linguagem como essenciais no mbito de nossa investigao. Pois, o aspecto caracterstico da psicologia humana fundamenta-se principalmente na internalizao das atividades socialmente enraizadas e historicamente desenvolvidas na conscincia humana (VIGOTSKI, 2010b). Pensamento e linguagem aparecem como processos de origens distintas e ao mesmo tempo um par dialtico. Vigotski (2010b, p.396) define que o pensamento e a palavra no esto ligados entre si por um vinculo primrio. Este surge, modifica-se e amplia-se no processo do prprio desenvolvimento do pensamento e da palavra. Para Luria (1986, p. 40):

A palavra [...] o sistema fundamental de cdigos que garante a passagem do conhecimento do homem para uma nova dimenso permite realizar o salto do sensorial ao racional, da possibilidade tanto de designar as coisas como de operar com elas em um plano completamente novo, racional.Tendo conscincia de que o pensamento no existe sem a linguagem e vice-versa, apresentamos uma conceitualizao em separado na qual definimos que a linguagem todo um conjunto de cdigos e significados constitudos social e historicamente. A partir desses cdigos significa-se a relao homem/mundo, ocorrendo avano na atividade consciente do ser humano. O aparecimento da linguagem promoveu trs transformaes na atividade consciente do homem (LURIA, 1999), as quais definimos da seguinte maneira: ao fazer uso da palavra para designar objetos e eventos do mundo exterior, a linguagem permitiu a discriminao desses objetos e dirigiu a ateno para que os mesmos fossem conservados na memria; o uso da linguagem garantiu ao homem o processo de abstrao e generalizao; e, por fim, a linguagem atua como meio de transmisso de todo o conhecimento humano, o que permite ao homem se apropriar das experincias de seus antepassados, dominar habilidades, conhecimentos, comportamentos e o desenvolvimento do seu psiquismo. Sob a tica da Psicologia Scio-Histrica, o pensamento engloba processos como memria, cognio e afeto, mas que no so materializados na fala.

A relao entre pensamento e linguagem estabelecida pelo significado da palavra. Este se caracteriza por ser a unidade indecomponvel que no poder ser definida como fenmeno do pensamento nem tampouco da linguagem. Toda palavra necessita de significado, o significado envolvido na palavra e condio essencial para que ela exista e no seja apenas um som vazio. O significado da palavra uma generalizao do pensamento, um fenmeno do pensamento discursivo e da palavra consciente. A palavra ento se apresenta como fenmeno do discurso e o significado da palavra um fenmeno do pensamento. O significado da palavra ento um fenmeno do pensamento discursivo ou da palavra consciente, a unidade da palavra com o pensamento (VIGOTSKI, 2010b, p. 398).O pensamento, portanto, no se expressa na palavra, mas revela o indivduo. Da mesma forma que o pensamento, ao se realizar na palavra no expressa sua totalidade, a compreenso do pensamento dos indivduos pela palavra ser sempre incompleta.

Nesse processo de significar o pensamento a partir da linguagem, as categorias significado e sentido so centrais para a Psicologia Scio-Histrica, porque constituem a relao pensamento e linguagem e, ao permitirem acesso ao pensamento tambm possibilitam a apreenso da subjetividade humana. Para Aguiar (2011, p. 60), os significados e os sentidos, carregam a materialidade e as contradies presentes no real, condensando aspectos dessa realidade e, assim, destacando-os e revelando-os. Significados e sentidos esto presentes no processo de constituio do sujeito humano, do seu mundo objetivo e subjetivo, constituies essas que se estabelecem nas relaes com o mundo concreto. So categorias complementares que no podem ser compreendidas desvinculadas uma da outra.

Os significados so produes histricas, culturais e sociais que compartilhados entre os indivduos permitem o processo de comunicao entre os mesmos, a internalizao do mundo exterior e a constituio do psiquismo humano. Para Vigotski (2010b), os significados medeiam internamente o pensamento em um processo que segue em direo expresso verbalizada. Os sentidos se constituem da reunio de todos os fatos psicolgicos que a palavra desperta na conscincia do indivduo. So dinmicos, fluidos e complexos. Habitam a subjetividade do indivduo, constituindo um mundo particular em que as vivncias contribuem para essas particularidades. a partir dos significados e dos sentidos que ocorrem o entrelaamento das ideias, o processo de formao e modificao de conceitos e a construo da realidade na conscincia do indivduo. Nessa relao complementar e dialtica: [...] o sentido sempre uma formao dinmica, fluida, complexa, que tem varias zonas de estabilidade variada. O significado apenas uma dessas zonas de sentido que a palavra adquire no contexto de algum discurso e, ademais, uma zona mais estvel, uniforme e exata (VIGOTSKI, 2010b, p.465).

Mesmo sendo produto dos significados, os sentidos so bem mais amplos, pois se constituem nas relaes sociais, numa interligao entre o mundo objetivo e o subjetivo, no qual os afetos, as vivncias e as emoes se fazem presentes. Os significados e os sentidos so dinmicos, pois, a partir dos contextos em que se constituem, eles se modificam e se enriquecem.

Discusso metodolgicaA investigao realizada de natureza qualitativa e exploratria. Dado o delineamento das questes norteadoras e dos objetivos, optamos por selecionar um professor que estivesse fazendo uso das TICs em sua prtica de ensino e que atuasse na rea de Histria na Rede Privada em qualquer local do pas. Esses critrios foram definidos tendo em vista, serem os campos de atuao profissional do pesquisador.Diante dessas definies realizamos uma pesquisa exploratria na internet (Blogs de Professores, Facebook, Sites de Educao) e encontramos dois professores que apresentaram o perfil necessrio e demonstraram disponibilidade para participar. A partir da foram realizadas algumas conversas por meio de chat e definimos que professora Cristina iria participar por atender aos critrios definidos. A partir da resolvemos fazer uma entrevista videogravada concedida pela professora Cristina e realizada por meio de um aplicativo de comunicao instantnea, o Skype. A professora Cristina reside em Fortaleza-CE, formada em Histria pela Universidade Federal do Cear, leciona em escolas religiosas e desde 2005 realiza prtica de ensino auxiliada pelas TICs. Atualmente, desenvolve um projeto intitulado O uso do celular na sala de aula.De posse da videogravao, realizamos a transcrio dos contedos e seguimos para a fase de anlise. Em face do objetivo proposto adotamos o procedimento metodolgico Ncleos de Significao, por, permitirem ao pesquisador a apreenso e o desvelamento da subjetividade do sujeito analisado, isto , seus modos de pensar, sentir e agir (AGUIAR; OZELLA, 2013).Nesse processo de anlise, realizamos os seguintes procedimentos metodolgicos: leituras recorrentes, definio dos pr-indicadores, apreenso do contedo temtico, aglutinao dos pr-indicadores em indicadores e construo dos ncleos de significao. Aps esse processo os dados ficaram organizados conforme o quadro 1 abaixo:Quadro 1: Dos pr-indicadores aos ncleos de significao.

PR-INDICADORESINDICADORESNCLEOS DE SIGNIFICAO

E a, no que a internet v substituir nossos livros, ela algo a mais. Porque muitos professores tm essa ideia, tm esse medo de que os livros desapaream e que fique s a tecnologia. Tem muitos mitos sobre isso a!

Agora est faltando um pouco de boa vontade de nossos colegas professores (...).Crtica resistncia dos professores para se trabalhar com as TICs.Os desafios enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na sua prtica de ensino.

Eu pessoalmente me sinto isolada, solitria nesse trabalho porque a nossa classe de professores, pelo menos os que esto ao meu redor, tm uma certa resistncia ao uso dessas tecnologias.A resistncia dos professores em relao s TICs e o sentimento de isolamento da professora.

E eu esperava que houvesse at uma repercusso positiva dentro do colgio com os colegas (chateada), mas no aconteceu, foi um silncio.Decepo da professora em relao ao uso das TICs na escola.

S que tudo vai depender de como voc trabalha e de como vai chamar o aluno para o uso da tecnologia.

A eficcia do trabalho com as TICs na sala de aula.

Desde 2010 pra c, me interessei mais, despertou em mim o interesse de usar a tecnologia nas aulas.Motivaes, desejos e anseios da professora em trabalhar com as TICs.Possibilidades do uso das TICs na prtica de ensino do professor.

Agora s a gente focar o uso das tecnologias, no caso da informtica (computadores, celulares, ipod, ipad e etc) pra focar pra aprendizagem e a vamos conscientizando a nova gerao para a importncia disso, do lado positivo que a tecnologia nos oferece.

E melhor pra nossa convivncia em sala de aula, e principalmente visando o aprendizado dos alunos, vamos arregaar as mangas, vamos usar o celular, vamos usar o computador. Deixar que os meninos levem seus tablets para a sala de aula, deixar que eles se comuniquem, que eles interajam, vamos parar com esse pensamento pequeno de que s o livro na mochila e as toneladas nas costas. Vamos tirar esse peso das costas dos alunos e deixar que eles fiquem mais leves, mais a vontade.As TICs estreitando relaes e auxiliando o ensino e a aprendizagem.

Ento vamos usar esse novo recurso, trilhar novos caminhos, sair da mesmice, daquela coisa mais tradicional. J que voc est percebendo que a sala de aula est se tornando um estresse a confuso de professor.

O fato de o professor liberar para eles o uso do celular totalmente original.

Um aluno ajudando o outro e usando o celular, chama mais ateno. Porque se eu tivesse dito, eu tenho certeza que eles teriam esquecido.A tecnologia como inovao na prtica de ensino.

utilizava o blog, porque onde o aluno estivesse ele estaria usando.(...) eu pedi a eles que produzissem vdeos de como se usar o celular na escola.Estratgias da professora para trabalhar com TICs em sala de aula.Estratgias utilizadas pela professora para se apropriar e realizar prtica de ensino auxiliada pelas TICs.

O prprio Google j lhe orienta! Se voc tiver alguma duvida, voc digita a pergunta que ele lhe d a resposta. A s voc seguir, se no der certo de um jeito voc tenta de outra forma. Se no consegui pergunte a outra pessoa, at os prprios alunos podem auxiliar.Processo de aprendizagem do professor com as TICs.

Desafios, possibilidades e estratgias na prtica de ensino com TICs.

.Na discusso dos ncleos de significao construdos apresentamos os significados e os sentidos constitudos pela professora Cristina sobre o uso das TICs na prtica de ensino. Ressaltamos que, nesta discusso, levamos em conta que, para compreender a fala de algum, no basta entender suas palavras; preciso compreender seu pensamento (que sempre emocionado), preciso apreender o significado da fala (AGUIAR, 2001, p.130). Pois, o significado da palavra uma generalizao do pensamento, uma unidade indecomponvel, um fenmeno do pensamento discursivo e da palavra consciente. Nessa compreenso, apenas palavras no foram suficientes para entender o discurso da professora; foi necessrio a apreenso do seu pensamento, especialmente suas motivaes. Uma vez que entender as motivaes que levaram o sujeito a emitir tal pensamento imprescindvel na anlise psicolgica de dado discurso. Desse modo, os significados e os sentidos constitudos pela professora Cristina sobre o uso das TICs na prtica de ensino foram sistematizados em trs zonas de sentidos ou ncleos de significao, a saber: Os desafios enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na prtica de ensino; Possibilidades do uso das TICs na prtica de ensino; Estratgias utilizadas pelo professor para realizar prtica de ensino auxiliada pelas TICs.Ncleo 1: Os desafios enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na sua prtica de ensino.Para a professora Cristina, o maior desafio a ser enfrentado na prtica de ensino mediada pelas TICs est na resistncia dos professores em usar as TICs. Isso por que, segundo a professora Cristina, o problema da resistncia no est no aprendizado para com as TICs, mas na ausncia de fora de vontade e motivao dos professores, pois, segundo ela: Agora est faltando um pouco de boa vontade de nossos colegas professores. Nessa afirmao a professora expressa sua crtica aos colegas de trabalho esclarecendo que essa resistncia dos professores gera sentimentos de isolamento em relao aos colegas. Sobre isso, Cristina faz a seguinte afirmao: Eu pessoalmente me sinto isolada, solitria nesse trabalho porque a nossa classe de professores, pelo menos os que esto ao meu redor, tm uma certa resistncia ao uso dessas tecnologias.

Para Cristina essa resistncia vem acompanhada de medo, especialmente do computador e da internet. Ficou claro em nossa anlise que, segundo Cristina, a presena da internet e do computador na educao representa ameaa forma tradicional de ensino: E a, no que a internet v substituir nossos livros, ela algo a mais. Porque muitos professores tem essa ideia, tem esse medo de que os livros desapaream e que fique s a tecnologia. Tem muitos mitos sobre isso a!

Como vimos, Cristina acredita que a presena das TICs na prtica de ensino do professor a soma de algo a mais. Para Cristina, as TICs no representam ameaas, mas possibilidades para a prtica de ensino, que segundo ela: S que tudo vai depender de como voc trabalha e de como vai chamar o aluno para o uso da tecnologia.A professora tem convices de que o uso das TICs na prtica de ensino pode apresentar resultados eficazes, como por exemplo, a aprendizagem dos alunos. Por conta dessa convico, Cristina faz uso das TICs na sua prtica de ensino, declara-se inovadora, tem o aval da escola, mas sente necessidade de reconhecimento. Segundo ela, eu esperava que houvesse at uma repercusso positiva dentro do colgio com os colegas (chateada), mas no aconteceu, foi um silncio.

A interpretao desse Ncleo revela que a professora, ao utilizar as TICs na sua prtica de ensino, no se desestimula diante dos desafios a serem enfrentados na sua prtica de ensino. Para Cristina, o que lhe move no o reconhecimento, nem os ganhos financeiros, mas as possibilidades positivas que as TICs podem oferecer aprendizagem dos alunos e a sua prtica de ensino. Conforme veremos na anlise do prximo ncleo de significao.Ncleo 2: Possibilidades do uso das TICs na prtica de ensino do professor.

Esse ncleo, por meio de seus indicadores, revela que, para a professora Cristina, as TICs representam possibilidades positivas na prtica de ensino, ao mesmo tempo em que permite ao professor inovar na sala de aula. Fica claro que as motivaes da professora Cristina para permanecer utilizando as TICs, mesmo diante de vrios desafios, esto centradas nas possibilidades que as TICs oferecem sua prtica de ensino quando afirma: Desde 2010 pra c, me interessei mais, despertou em mim o interesse de usar a tecnologia nas aulas.

Como a professora Cristina afirma que somente a partir de 2010 passou a fazer uso de forma mais efetiva das TICs em sua prtica de ensino , nosso desafio foi o de encontrar os motivos que despertaram seu interesses. Conforme expomos anteriormente, essas motivaes esto relacionadas s possibilidades que as TICs apresentam a pratica de ensino da professora. Mas que possibilidades seriam essas? Para Cristina, a inovao e o rompimento com o tradicional seriam a principal delas. Vejamos: Ento vamos usar esse novo recurso, trilhar novos caminhos, sair da mesmice, daquela coisa mais tradicional. J que voc est percebendo que a sala de aula est se tornando um estresse a confuso de professor.Percebemos ao longo da entrevista da professora Cristina, a nfase que mesma coloca nas TICs como inovao, contrria aula tradicional quando faz ponderaes como esta: O fato de o professor liberar para eles o uso do celular totalmente original.

Compreendemos, nesse discurso da professora, que o uso dos termos original, sair da mesmice, trilhar novos caminhos, fazem referncia inovao na prtica de ensino e expressam possibilidades de uso da TICs pelo professor, mas tambm a supervalorizao que a professora d s TICs para focar na aprendizagem dos alunos:Agora s a gente focar o uso das tecnologias, no caso da informtica (computadores, celulares, ipod, ipad e etc) pra focar pra aprendizagem e a vamos conscientizando a nova gerao para a importncia disso, do lado positivo que a tecnologia nos oferece.

E melhor pra nossa convivncia em sala de aula, e principalmente visando o aprendizado dos alunos, vamos arregaar as mangas, vamos usar o celular, vamos usar o computador. Deixar que os meninos leves seus tablets para a sala de aula, deixar que eles se comuniquem, que eles interajam, vamos parar com esse pensamento pequeno de que s o livro na mochila e as toneladas nas costas. Vamos tirar esse peso das costas dos alunos e deixar que eles fiquem mais leve, mais a vontade. isso!

Um aluno ajudando o outro e usando o celular, chama mais ateno. Porque se eu tivesse dito, eu tenho certeza que eles teriam esquecido.

Nesse caso, a professora Cristina revela a tecnologia como um meio que por si s, proporciona a finalidade bsica da prtica de ensino: a aprendizagem dos alunos. Fica claro, no trecho discursivo anterior, que, em alguns momentos, o papel social da professora colocado em segundo plano em favor das TICs.

Os pr-indicadores e indicadores desse ncleo evidenciam o desejo que a professora Cristina tem de fazer a diferena, transformar sua prtica de ensino, e inovar na sala de aula pelo uso das TICs e suas possibilidades positivas para a educao.Fazendo referencia a esse entendimento da professora sobre o uso das TICs e suas possibilidades para a educao, ressaltamos que a mesma se esfora para realizar prtica de ensino eficiente, mesmo no tendo formao suficiente para isso. Mas, convm ressaltar que, incorporar as TICs por si s na prtica de ensino, no representa inovao. A tecnologia sempre esteve incorporada na histria da humanidade, desde os machados de pedra pr-histricos aos ultra-modernos computadores da contemporaneidade; ela sempre esteve presente e acompanhou toda a histria da humanidade. Em cada poca, conforme suas condies intelectuais e materiais, o homem desenvolveu meios que possibilitassem a satisfao de suas necessidades e a construo social de sua sobrevivncia, e nesse contexto vo surgindo as tecnologias. Nossa inteno destacar que cada poca teve suas prprias tecnologias, mas que, por si mesmas no promoveram a inovao. A inovao na educao no est nos meios, mas no seu uso, no como, no para qu, na relao direta das TICs com os objetivos e contedos direcionados por cada prtica de ensino.

Assim, entendemos que ao definirmos as reais possibilidades de uso das TICs na educao necessrio compreend-las e refletir sobre o seu lugar na prtica de ensino. Ncleo 3: Estratgias utilizadas pelo professor para realizar prtica de ensino mediada pelas TICs.

. Para a professora Cristiane, o trabalho com as TICs na prtica de ensino pode ser realizado por meio de algumas estratgias a serem desenvolvidas em sala de aula e focando o processo de aprendizagem dos professores com as TICs.As estratgias referem-se as atividades que envolvam pesquisas na internet, em sites e blogs ou at mesmo atravs de recursos multimdiaticos como o vdeo, o celular, e muitos outros, conforme afirma: utilizava o blog, porque onde o aluno estivesse ele estaria usando; (...) eu pedi a eles que produzissem vdeos de como se usar o celular na escola.

Na compreenso da professora, o uso dos recursos tecnolgicos proporciona aos alunos possibilidades de aprendizagem em espaos para alm da sala de aula, permitindo, ao mesmo tempo, a interao com os meios e concretizando o processo de ensino que, segundo Libneo (2007), est centrado na prtica de ensino do professor e na atividade de aprendizagem dos alunos. Ao refletirmos sobre esse entendimento da professora destacamos que os fins da educao no esto centrados na reificao dos meios, o que caracterizaria uma prtica de ensino alienada e tecnicista.No que tange ao processo de aprendizagem dos professores para utilizarem as TICs na prtica de ensino, a professora Cristina revela que esse aprendizado ocorre de maneira autnoma e parte diretamente do interesse prprio de cada professor.

O prprio Google j lhe orienta! Se voc tiver alguma duvida, voc digita a pergunta que ele lhe d a resposta. A s voc seguir, se no der certo de um jeito voc tenta de outra forma. Se no consegui pergunte a outra pessoa, at os prprios alunos podem auxiliar.

Nesse processo de aprendizagem docente para o uso da TICs, a professora Cristina ressalta que os alunos, por estarem mais familiarizados com as TICs, tambm podem auxiliar os professores; que a internet atravs dos portais de busca outra opo, mas necessariamente essa aprendizagem parte da motivao de cada professor, da vontade de inovar, ser original, e focar o uso das TICs para a aprendizagem.

Sobre essas estratgias constitudas e reveladas pela professora Cristina, como sendo bsicas para se apropriar das TICs e promover prtica de ensino eficiente, nos fundamentamos em Litwin (1997, p.131) quando enfatiza que no se trata apenas de criar estratgias ou se apropriar das TICs para a educao, trata-se de entender que se criaram novas formas de comunicao, novos estilos de trabalho, novas maneiras de ter acesso e de produzir conhecimento. Entender que antes de qualquer estratgia importante ter conscincia do modo como os alunos recebem e compreendem o ensino.

Consideraes finais

Os resultados obtidos nessa pesquisa apontam que os principais desafios enfrentados pelo professor que utiliza as TICs na sua prtica de ensino referem-se resistncia dos outros professores, a ausncia de apoio institucional por parte da escola e ao sentimento de isolamento do professor. A discusso dos resultados em torno de ncleos de significao demonstra que, mesmo realizando prtica de ensino individual, o professor sente-se motivado a usar as TICs por conta das possibilidades de desenvolvimento profissional e de mediao da aprendizagem dos alunos. Para o professor investigado, antes da apropriao ou estratgia para se usar TICs na prtica de ensino, necessria a motivao pessoal de cada professor, disposio para novas aprendizagens e uso dos recursos tecnolgicos na educao. A anlise das zonas de sentidos sobre o uso das TICs na prtica de ensino revela que para o professor o uso das TICs constitui-se possibilidades positivas para a educao escolar.

Ressaltamos que o professor que utiliza as TICs em sua prtica de ensino, age por conta prpria, da a necessidade de formao docente que priorize a inovao para alm da tcnica e do simples uso das TICs na prtica de ensino. Da possibilidade de pensar a tecnologia como recurso, meio de ensino condicionado aos objetivos, contedos e mtodos da prtica de ensino de cada professor. Esses resultados foram suficientes para alcanar os objetivos propostos na gnese desse processo investigativo. Mas, como a realidade est em permanente movimento e os homens sempre produzindo incessantemente novas necessidades e possibilidades, esta investigao nos conduziu a uma compreenso mais ampla e crtica sobre o uso das tecnologias na prtica de ensino e, consequentemente, no processo educacional. Dessa forma, orientamos a necessidade de inserir o pensar a tecnologia para alm da prtica de ensino do professor, uma vez que o desenvolvimento tecnolgico permitiu ao homem atuar sobre a natureza e ao mesmo tempo, pensar sobre ela. Da, deixamos em aberto para futuras investigaes, a proposta de ampliar esta discusso tambm sobre as relaes estabecidas entre as TICs, o professor e o seu trabalho docente. Com a possibilidade de ampliao dessa investigao surgiram novos questionamentos, como por exemplo: Que relaes o professor estabelece entre o trabalho docente e as TICs? Quais as transformaes provocadas pelo uso das TICs no trabalho do professor? De que maneira as relaes entre o professor e as TICs permitem melhorias no seu trabalho docente? Questes essas sobre as quais pretendemos aprofundar essa investigao e o debate sobre a presena das TICs na educao. RefernciasAGUIAR, W. M. J. (2011). A Pesquisa em Psicologia Scio-Histrica: contribuies para o debate metodolgico. In: A. M. B. Bock, O. Furtado & M. G. Gonalves (Orgs.), Psicologia Scio-Histrica: uma perspectiva crtica em psicologia. So Paulo: Cortez.

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