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Roberto Cerqueira Dauto
LIVRO PRIMEIRO
AS CRÔNICAS DE
BENJAMIM E o Reino das Fantasias
Reino das Fantasias, um lugar onde a magia é corriqueira, os animais falam, e ocorrem batalhas entre o bem e o mal e que certamente vai surpreender você!
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Dados da obra
Dauto, Roberto Cerqueira. As Crônicas de Benjamim e o Reino das
Fantasias. São Paulo. Perse, 2013
Literatura Brasileira - Ficção.
Impresso no Brasil
1ª Edição 2013
Capa
Roberto Dauto
Publicação Editora Perse
Vendas
Internet pelo Portal Literário RDauto www.portalrdauto.webs.com
Todos os direitos reservados ao autor. Nenhuma parte desse livro
pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrita do autor.
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Aos guerreiros (as) de carne e osso que eu conheço...
Ao meu velho e saudoso Pai,
José Luiz Franco (i.m memória)
A Larissa Fronteli, minha filha guerreira...
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DIÁLOGO ABERTO Agradecimentos
Gostaria de agradecer, profundamente, a todos os
leitores que vêm lendo e comentando sobre os livros que
produzo aos amigos, parentes, professores, curiosos e
todo ser que respira, sonha, acredita e lê na face da terra.
Tem sido para mim enquanto escritor uma enorme
satisfação em saber que a história que escrevo faz parte
da vida de outros tantos.
Pois, a minha vida é um grande livro e que
compartilho com todos aqueles que se dispõem a me ler,
através dos inúmeros enredos que eu faço.
Muito obrigado.
Eterna gratidão
O autor
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REFLEXÃO
“Os guerreiros olham para o futuro sem medo, sem
arrogância… mas com a confiança de quem está pronto para
o combate”.
Desconhecido
“Os guerreiros não caem, se ajoelham
para se levantarem mais fortes”.
Desconhecido
“Grandes batalhas só são dadas
a grandes guerreiros!”
Ghandi
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Cada vez mais entendo que a grande batalha final entre o
céu e a terra, entre as forças do bem e do mal, da realidade e da fantasia fazem parte do que somos agora...
E as forças do bem e do mal, da luz e das trevas, combatem entre si nestes tempos derradeiros em que somos ‘peões’ no
mundo...
Porém, o que ainda nos aguarda?
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Há muito e muito tempo, num Reino distante, existiu uma
linda história de amor entre um guerreiro e uma princesa. No entanto, no Reino existiam inúmeros perigos, mas só a força de
um guerreiro poderia salvar gentes inocentes das garras dos tiranos que dominaram o Reino durante muito e muito
tempo...
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CAPÍTULO I O Portal
Já era noite quando o relógio
despertou para Sr. William Vital tomar seu
remédio costumeiro para o coração. Tudo
era feito, sistematicamente. Ou seja, ele
acordava, tomava seus remédios pela manhã
e, em seguida tomava seu café com torradas
feito pela sua amada e companheira Sra.
Matilde Dolores Vital. Depois ele, que já era
aposentado, caminhava com o cachorro de
estimação de sua neta, de nome Bob, pelo
calçadão da avenida mais movimentada de
seu bairro. Ao meio dia, já estava em casa e
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preparado para buscar sua netinha na escola
antes que desse o horário do almoço, que,
aliás, também era preparado pela esposa de
anos.
Ao chegarem da escola, vô e neta,
viram sobre a mesa uma deliciosa
macarronada da mama acompanhada de
almôndegas e alface americana e tomates
picados e já temperados. Não tiveram
dúvidas: ambos se serviram e, ao final,
tomaram um gostoso e apetitoso suco de
maracujá com leite. Assim, viviam a família
Vital de uma cidade do interior chamada
Holambra.
Um município do estado de São
Paulo e microrregião de Campinas, fundada
em 27 de outubro de 1991. Seu nome foi
formado a partir de uma junção de Holanda,
América e Brasil se dá em virtude da
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colônia neerlandesa que se firmou na antiga
fazenda Ribeirão. A cidade destaca-se por
ter o sétimo melhor índice de qualidade de
vida do Brasil e por ter o melhor índice
de segurança do país. Com mão de
obra qualificada no setor agrícola,
o município destaca-se como o maior
centro de produção de flores e plantas
ornamentais da América Latina. Holambra é
considerada oficialmente uma estância
turística e anualmente promove a maior
exposição de flores da América Latina: a
Expoflora. Evento que a família Vital sempre
comparecia.
No período da tarde, ele já cansado
assiste seus programas preferidos pela
televisão. Seu passatempo preferido, além
do futebol. Com o cair da noite e, como
também de costume, Sr. William não
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jantava. Pois, achava que se comesse à noite
engordaria mais que já era. Antes de dormir,
também tomava seus remédios do coração.
Porém, naquela noite tudo foi diferente. O
senhor ouviu um barulho do lado de fora.
Assustado deixou os remédios caírem pelo
chão e correu em direção ao quintal para
observar o que era. No quintal havia sobre o
chão de piso folhas das inúmeras árvores do
pequeno pomar existente a frente da casa
dos Vitais e com elas, fortes ventos
passavam de um lado ao outro, ajudando
assim, a caída das folhas e das flores no
jardim. Na garagem os carros da família
estavam intactos. Porém, o portão estava
entre aberto.
- Ora, o portão estava fechado! Eu
mesmo o tranquei. – pensou Sr. William com
seus neurônios. Assustado parece que ficou.
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Então, adentrou numa fração de segundos
em casa e foi direto ao escritório, onde tinha
uma coleção de arma de fogo. Pegou uma
arma calibre trinta e oito e correu,
novamente, ao quintal. No entanto, agora
com mais atenção e astúcia. Olha aqui,
vasculha acolá e nada de encontrar algo.
Depois de algumas horas procurando,
fechou o portão, trancou as portas e entrou.
No quarto, já deitado ao lado de sua esposa,
ficou pensativo com o ocorrido. Quando de
repente com outro barulho ele escuta e logo
pensou, novamente, apreensivo:
- Ladrão! Só pode ser ladrão! – e se
pôs a levantar...
- Aonde você vai nego? – pergunta-lhe
Matilde.
- Você não ouviu nada nega?
- Eu? Eu não ouvi nada.
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- Ora, mulher, algo está acontecendo e
você não percebe?
- William, o que poderia acontecer
aqui meu velho. Há anos nada acontece por
aqui. Você bem sabe disso.
- Pois é... Só que agora é diferente.
Pois, depois que a família Vieira mudou para
a casa ao lado perece que tudo acontece por
aqui. Você não acha?
- Bobagem homem. Não invente
história. Vamos dormir que a gente ganha
mais.
- Vou nada... – respondeu Sr. William
fechando a porta do quarto, com cuidado
para não acordar a neta e nem assustá-la e
como prevenir é dever todos, segundo o
ditado popular, ele, então; mais uma vez,
decidi investigar o ocorrido, porém em vão
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e, novamente, chega à conclusão consigo
mesmo ao retornar ao quarto:
- Não é nada. Não deve ser, realmente,
nada...
No entanto, depois de tudo isso, ele
não mais conseguiu pregar os olhos. A
madrugada fria de inverno prosseguia como
de costume, isto é, tranquilamente. Foi ai
que quando ele estava quase adormecendo,
fez se dia por completamente. Quando de
repente ele escuta um grito:
- Vô, socorro...
Rapidamente, levantou-se da cama e
apanhou o resolver que já tinha apanhado
antes e desceu as escadas desesperado.
Afinal era sua neta. Sua única neta que
estava em perigo.
- Estou aqui vovô. Estou aqui vô! –
gritava ela...
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- Aqui aonde filha? – olhando de um
lado para o outro e nada de encontrar a neta
e insistiu: - Onde você está de fato?
- No jardim, no jardim...
Foi, então, que ele correu em direção
ao jardim quando observou a neta querida
sendo engolida pelos galhos das árvores. Ali
ele percebeu que a fantasia se misturava
com a realidade. Desesperado gritou: - Não.
Não! – e correndo para tentar salvar a neta.
Tudo vem vão. Pois, ele também foi
agarrado pelos galhos e, como num toque
de magia e fantasia, ambos foram atirados a
um gigantesco portal azul. Era, para eles, o
fim... E assim foi feito; Sr. William e Larissa,
nome dado à neta, foram lançados a um
Reino. Mais conhecido como o Reino das
Fantasias. Um lugar onde a magia é