artigo_etnobotanica_cristiane

Upload: andrea-fernanda

Post on 07-Jul-2015

488 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campus de Dourados

Relatrio Final CNPq

Abril de 2004 Dourados/MS Brasil

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Campus de Dourados

Levantamento de plantas medicinais em resqucios de matas nativa e Cerrado em Dourados-MS: um enfoque etnobotnico

Bolsistas: Cristiane Bezerra da Silva Carlos Adriano Santana Gomes

Abril de 2004 Dourados/MS Brasil

RESUMO

O Brasil um dos pases que detm grande parte da biodiversidade biolgica mundial. As espcies vegetais dos vrios ecossistemas brasileiros, dentre elas, aquelas com propriedades medicinais, vm sendo extintas, devido s modificaes ambientais induzidas pelo homem. Dentre as metodologias para se conhecer as plantas medicinais, esto os levantamentos etnobotnicos, que podem proporcionar o registro de espcies vegetais utilizadas tanto na medicina como na alimentao, sendo alternativas para o resgate das informaes culturais dos povos que utilizam a flora. O objetivo deste trabalho foi identificar espcies com potencialidades medicinais na regio de Dourados-MS, com base no conhecimento emprico de mateiros. As coletas foram realizadas no perodo de junho de 2002 a outubro de 2003, nas fazendas Santa Luzia, Ouro Verde, Areeira e Fazendinha Ecolgica, circunvizinhas cidade de Dourados. As coletas eram aleatrias, feitas sempre na companhia do mateiro, que identificava as espcies medicinais segundo o seu conhecimento popular e relatava suas propriedades medicinais. Depois, fez-se a identificao taxonmica por comparao com a bibliografia consultada, alm das caractersticas medicinais. Alm do material para as exsicatas, coletaram-se partes das plantas usadas como medicinais. As exsicatas esto depositadas no herbrio DDMS.Foram identificadas 42 famlias, agrupadas em 80 espcies destacando-se: Asteraceae (Vernonia polyantes Less., Vernonia ferruginea, Chuquiragua cfc. Tomentosa Baker, Chaptalia integerrima, Ptecocaulon lanatum Kuntze), Araceae (Acrocomia aculeata ( Jacq ) Lodd., Philodendron bipinatidum schott ex Endlicher ) Anarcadiaceae (Anarcadium humile A. St. Hill ), Aristolochiaceae ( Aristolochia esperanzae kze.), Anonacaceae (Annona coriacea L.,Duggetia furfuracea ST. Hill ) B. et H.),Apocinaceae (Echites glauca Roem & schutt, Mandevilla vellutina ( Mart. Ex Stadelm) RE. Woodson) Bignoniaceae (Jacaranda sp., Amphilophylum sp., Pynostegia venusta Miers, Anemopaema arvense (Vell) stellf ex de Souza) Bromeliaceae (Bromelia anticantha Bertol.), Boraginaceae (Pantanogoula sp.), Burseraceae (Protium heptaphyllum Aubl. March), Caesalpinaceae (Cassia ferruginea, Scharad ex DC, Copaiba langsdorffii Desf., Dimorphandra mollis Benth., Bauhinia sp.), Cactaceae (Cereus jamacaru D.C.), Cariocaraceae (Caryocar brasiliense Camb.), Cecropiaceae (Cecropia pachystachya Trec) Celastraceae (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss.), Cochlospermaceae (Cochlospermum regium (Mart. Et schl.) pilg), Dioscoreaceae (Dioscorea sp.), Euphorbiaceae (Euphorbia brasiliensis L., Croton floribundus Spreng., Aporosella chacoensis (Mor) Spreg.), Fabaceae (Acosmium subelegans (Mohl.) Yaf, Croton urucurana Baill), Juncaceae (Juncus capillaceus Lam.), Lamiaceae (Leonorus sibiricus L.), Lauraceae (Ocotea sp.), Loganiaceae (Budleja brasiliensis. Jack.)Lorantaceae (Phoradendron sp.), Malvaceae (Sida cordifolia L.), Meliaceae (Cedrela sp.), Mimosaceae (Anadenanthera colubrina (Vell.) Bremam, Anadenanthera falcata (Benth) Spreng), Myrtaceae (Campomanesia eriantra, Eugenia sp., Eugenia uniflora L., Eugenia pitanga, Campomanesia sp.), Monimiaceae (Sipiruna Guianensis Aubl), Moraceae (Maclura tinctoria (L.)Engl, Soracea bampladie (Baill) Burger, Brosimum gaudichauddi, Dorstenia brasiliensis Lam.), Rubiaceae (Alibertia sp.)Rutaceae (Zanthoxylum sp., Zanthoxilum chaifolium), Piperaceae (Piper amalago L., Potomorpha umbelata cf.), Plantaginaceae (Plantago tomentosa), Sapotaceae (Chrysophyllum sp.), Sapindaceae (Serjana erecta Radelk cf.), Solanaceae (Solanum lycocarpum st. (Hill), Cestrum sp.), Smilacaceae (Smilax campestris Griseb, Smilax fluminensis Stend,Smilax brasiliensis Spreng.), Sterculiaceae (Guazuma ulmifolia), Tiliaceae (Luehea sp.), Teophrastraceae (Clavija nutans (Vell.)Stahl.) Urticaceae (Urera aurantica Wedd.), Zingiberaceae (Hedychium coronarium J. Konig.). As indicaes medicinais mais

conhecidas popularmente foram problemas de estmago, rins, diabetes, hiperteno, tosses, gripes, bronquite e cicatrizao. Palavras - chave: Conhecimento popular, plantas medicinais (etnomedicina) , levantamento etnobotnico.

1. INTRODUO H milhares de anos, os ndios brasileiros j faziam uso das plantas medicinais e aromticas em seus rituais, e no processo de cultura de suas enfermidades. Seguindo a rota dos colonizadores e os fluxos migratrios da populao, inmeras espcies de plantas de outras regies foram introduzidas e incorporadas cultura brasileira, tornando a fitoterapia uma realidade para 80% da nossa populao (Vieira et al., 2002). Assim, o Brasil um dos pases com maior biodiversidade biolgica mundial, e estima-se que 2/3 esteja nas zonas tropicais e aproximadamente 37% na Amrica Tropical (Vieira & Martins, 2000). Sua rea territorial encontra-se dividida atualmente em seis complexos ecossistemas: O Cerrado, Pradarias de Campos limpos e Florestas Meridionais, a Floresta Atlntica, a Caatinga, a Floresta Amaznica e o Pantanal (Rodrigues & Carvalho, 2001). Apesar do grande nmero estimado de espcies vegetais existentes, apenas uma pequena parcela tem sido pesquisada cientificamente quando ao seu potencial que por serem foco de interesse mundial, vem sendo alvo de biopirataria e de aes governamentais descoordenadas, que dificultam o uso sustentvel deste valioso manancial biolgico. Assim esse potencial de recursos naturais encontra-se ameaado de destruio, por meio da expanso agrcola, queimadas, explorao madeireira alm de extrativismo predatrio (Vieira et al., 2002). Di Stasi (1996) alerta ainda que o conhecimento sobre o potencial medicinal das plantas, acumulado por milnios pelas antigas civilizaes vem se perdendo, necessitando-se ento resgatar as formas de uso emprico das plantas. Parte significativa das descobertas sobre plantas medicinais tem como ponto de partida a informao obtida de comunidades tradicionais, que incorporam produtos naturais em suas prticas de manejo e sobrevivncia (Elizabetski, 1991). No Brasil e na regio Centro-oeste, existe poucas bibliografias que registram a ocorrncia das espcies medicinais. Em Mato Grosso do Sul, so escassas as pesquisas cientficas sobre levantamentos etnobotnicos, onde uma quantidade ainda menor de resultados levada ao conhecimento da populao, por meio de publicaes como as de Berg & Silva (1988), CarvalhoOkano (1992), Pott e Pott (1994), Sangalli (2000), Pereira (2000), Santos (2002), Gouveia (2001), Bratti (2003) e Fortes (2003), ao qual contriburam para o conhecimento da Flora SulMatogrossense. Nesse sentido, a pesquisa etnobotnica, sendo uma forma de resgate cultural, registra e documenta o conhecimento tradicional e a informao sobre os usos empricos das plantas, os quais esto em franco processo de desaparecimento (Martinez & Pochettino,1992).Pode- se definir a etnobotnica como o estudo das relaes que o ser humano tem com os vegetais que crescem no ambiente em que vivem, o conhecimento que possuem por meio dos anos de domesticao e utilizao.

2. OBJETIVOS Fazer o levantamento etnobotnico da flora medicinal de reas de Cerrado e em resqucios de mata nativa de Dourados. 3. REVISO BIBLIOGRFICA 3.1. Caractersticas do Estado O Estado de Mato Grosso do Sul se localiza na regio Centro-Oeste do Brasil e faz divisa ao norte com o estado do Mato Grosso; a Nordeste com Gois e Minas Gerais; a Leste, So Paulo e ao Sul com Paran. Apesar da posio geogrfica de baixa latitude, a regio compreendida pela bacia do Rio Paran, com seus vales convergidos para o sul, favorece o avano das massas polares que rapidamente se tropicalizam, as precipitaes pluviomtricas chegam a 120 mm (mdia mensal entre outubro e abril) e temperaturas, na primavera e vero, variam de 30 C em quase todo o estado onde o calor quase constante (Parra, 2000). Segundo Rizini (1997), a diviso fitogeografica do estado a provncia central, sendo heterognea e de difcil diviso, que reflete a interao das trs provncias florestais: Amaznica, Chaquenha e da Bacia do Paran (Parra, 2000). Os solos da regio so avermelhados, sendo classificados como latossolo roxo e latossolo vermelho, originando de rochas baslticas, com o relevo apresentando discretas ondulaes (IBGE, 1992) 3.2. Caractersticas dos biomas mata e cerrado Segundo Raven (1996), bioma um conjunto de ecossistemas terrestres, climaticamente controlados, que so caracterizados por uma vegetao prpria, entre os quais existe um intercmbio de gua, nutriente, gases e componentes biolgicos. So determinados em grande parte pela temperatura e precipitao, de modo que o mesmo bioma pode ser encontrado em continentes diversos, onde o clima semelhante, cuja distribuio resulta de trs tipos de fatores fsicos diferentes. A distribuio de calor do sol e a relativa sazonalidade das diferentes pores da terra, os padres globais de circulao de ar, particularmente as direes nas quais prevalecem os ventos carregados de umidade e alguns fatores geolgicos que se interagem para produzir os padres variveis de vegetao na face da terra. No Brasil, a diversidade biolgica de aproximadamente 20 a 22% do nmero total de espcies do planeta, sendo considerado o maior detentor de diversidade no mundo. sustentado pelos diferentes biomas brasileiros que vo desde os extensos manguezais at a floresta Amaznica que representa 50% do territrio brasileiro (Souza & Couto, 2002). A floresta Estacional Submontana ocorre nas encostas da serra da Mantiqueira e serra dos rgos, nos planaltos centrais, ocupando diversos Estados, os gneros de plantas mais comuns esto as caduciflias, que tambm ocorrem na floresta Ombrlia Atlntica (Mato Groso do Sul , 1990). De acordo com Adamoli et al. (1986), fisionomicamente, a regio dos cerrados caracteriza um tipo de savana mais ou menos densa, possuindo uma cobertura herbcea contnua

com 50 a 70 cm de altura e apresentando dossel descontnuo de rvores e arbustos caractersticos com galhos retorcidos, cascas espessas, havendo muitas espcies com grandes folhas coriceas. Os cerrados possuem caractersticas climticas prprias, predominantes na maior parte do seu territrio, mas que vo mudando gradualmente em virtude das influncias climticas das regies vizinhas. O clima dessa regio subdividido segundo Azevedo e ou & Caser (1980), em funo de sua heterogeneidade, em cinco sub-regies, sendo que o Mato Grosso do Sul situa-se na sub-regio com influncia Austra continental, mais fria e seca. As matas ciliares envolvem todos os tipos de vegetao arbrea vinculada a beira de rios, onde segundo AbSaber (2000), se confunde com o amplo sentido de matas de beira rio. Sua vegetao s margens de cursos dgua so dependentes de sua rea ou regio de ocorrncia e de sua composio florstica. 3.3 As plantas medicinais, o homem e o conceito de etnobotnica Ao procurar plantas para o seu sustento, o homem foi descobrindo plantas com ao txica ou medicinal, dando incio a uma sistematizao emprica dos seres vivos, de acordo com o uso que podia fazer deles, onde indcios quanto ao uso dessas plantas, foram encontrados nas mais antigas civilizaes (Pozer & Mentz, 2000). A relao entre o conhecimento popular e o conhecimento cientfico, pode ser enquadrada dentro de uma viso dialtica. O conhecimento popular alicerado sobre bases empricas e em resultados prticos que contribuam para a soluo de problemas defrontados no cotidiano, se contrape ao conhecimento cientfico, pois se fundamenta em teorias comprovadas experimentalmente, aceitas pela classe cientfica. O mtodo cientfico fundamenta-se nas propores ou hipteses, que tem sua veracidade ou falsidade conhecida por meio de experimentao (Castro & Ferreira, 2001). O homem , e sempre foi importante agente de mudanas vegetacionais, e de evoluo vegetal, porque sempre foi dependente do meio botnico para a sua sobrevivncia, manipulando-a no somente para suprir as suas necessidades mais urgentes, mais tambm na sua magia e medicina, no uso emprico ou simblico, nos ritos gerenciados de sua vida e mantedores de sua ordem social (Albuquerque, 2002). O levantamento etnobotnico visa resgatar e valorizar a sabedoria popular no uso de plantas medicinais, por conseqncia, o ambiente em que estas se encontram. Schultes & Von Reis (1995), comentam que em seus primrdios, a etnobotnica foi implicitamente formada por motivos imperialistas. Coletadores foram enviados a reunir plantas teis das reas ocupadas por grupos de cultura tradicionais e as plantas coletadas seriam usadas na explorao comercial do mundo moderno. Hoje, o estudo e pesquisa etnobotnicos, tem superado mudanas, sendo significativamente ampliados neste sculo, desde que o termo foi usado pela primeira vez em 1895, e no momento o que preocupa a coleta de dados e uma estrutura por onde esses dados contribuiro assim para o desenvolvimento de todas as classes e todas as naes, e especialmente para o desenvolvimento planejado da regio da qual dados especficos foram coletados (Piva, 2002). O pesquisador necessita estar despojado das categorias culturais que traz impregnado para melhor compreender a cultura que observa, de modo a facilmente identificar as categorias micas da sociedade que investiga, onde a realidade objetiva dos fenmenos biolgicos seja percebida pelo etnobotnico pelas explicaes mgicas. Inquestionavelmente este um dos grandes objetivos da etnobotnica: investigar e estudar o uso de plantas com finalidades medicinais com o firme

propsito de oferecer elementos prticos para outros investigadores nas reas de fitoqumica e farmacologia, favorecendo a descoberta de novos medicamentos (Albuquerque, 2002). Desse modo, a contribuio da cincia ser decisiva para a valorizao da etnobotnica, reconhecendo cientificamente o valor scio cultural e econmico, bem como do potencial teraputico que as plantas possuem (Di Stasi, 1997). 3.4. Conservao da biodiversidade florstica Segundo Mller (1995), a conservao da biodiversidade feita pelo seu uso nacional e proteo das espcies de plantas existentes. Para tanto necessrio que as vrias formas de vida no caso do universo etnobotnico sejam conhecidas, protegidas e usadas com critrios sustentados. Outro aspecto de grande importncia o conceito social da floresta j que este ainda no foi explorado no Brasil, tendo, portanto um peso essencial na conservao das espcies. V-se, portanto, a relativa importncia da etnobotnica no estudo da vegetao, que pode compreender trs aspectos: fisionomia, estrutura e composio (Rizzini, 1997). Definir e proteger a biodiversidade implica em reconhecer a sua complexidade, onde o homem no pode ser visto apenas como elemento de presso antrpica, mas tambm como elemento criativo, capaz de estabelecer novos modos de se relacionar-se entre si e com a natureza, exigindo, portanto, o avano do conhecimento cientfico sobre as caractersticas das espcies, estabelecendo ento, projetos para sua apropriao, uso e proteo, seus conflitos e sua compatibilizao em termos da relao sociedade-natureza e scio-poltica (Becker, 2001). Proteger as espcies que constituem biodiversidade uma tarefa difcil, mas necessria (Mller,1995), sendo portanto lcito agir num universo controvertido, implementar estratgias de conservao, ou simultaneamente sensibilizar instituies de modo a favorecer a negociao entre os diferentes grupos de interesse, alcanando assim um compromisso sobre sua proteo e sua utilizao sustentvel (Orston, 1996). 3.5. Estudo etnobotnico O levantamento etnobotnico acelera a identificao e o conhecimento de espcies sujeitas extino, j que o processo de desmatamento, vem se acentuando cada vez mais. Para se fazer um levantamento de planta medicinais, so usadas diferentes estratgias, considerando-se as inmeras espcies existentes, dentre elas, a randmica ou aleatria, onde estudam-se todas as plantas da regio indistintamente, a quimio-taxonmica, procuram-se espcies que tm alguma propriedade com funo especfica, com base em parentesco entre elas; e a etnobotnica, cujo papel do elemento da comunidade imprescindvel e sem sua participao o trabalho no acontece (Ming, 1997). Sangalli (2000), em levantamento etnobotnico realizado em regies de mata e cerrado, encontrou Urera aurantiaca, Lantana trifolia Piper gaudichaudianum, Piper amalago, Clavija nutans, Croton floribundus, Croton urucurana, Bromelia balonsae. Rodrigues & Nave (2000) realizaram um levantamento florstico e fitossociolgico em matas ciliares do Brasil e encontraram grande variedade de espcies como: Unonopis lindmanii, Acrocomia aculeata, Vernonia polyanthes, Prottium heptaphyllum, Cassia ferruginea, Ocotea velloziana, Persea pyrifolia, Cariniana estrellensis, Anadenanthera columbrina Inga uruguensis, Soraceae bomplandii, Campomanesia xanthocarpa, Petiveria alaceae, Piper aduncum, P. Amalago, P. gaudichadianum, Alibertia edulis, Genypa americana, Zanthoxylum

riedelianum, Solanum paniculatum, Guazuma ulmifolia, Celtis pubens, Trema micrantha e Urera Baccifera. Di Stasi et al. (2002) em levantamento de plantas medicinais realizados na Mata Atlntica do estado de So Paulo, encontrou as espcies Ageratum conyzoides, Vernonia sp. Hymenaceae Courbaril, Piper gaudichaudianum, solanum panicutulatum, indicados para clica menstrual, gastrite, bronquite, antiinflamatrio, complicaes estomacais. Viera et al. (2002) por meio de estudos florsticos no cerrado e Pantanal de Mato Grosso do Sul, citou espcies prioritrias na regio, e importantes na indstria: Calophyllum brasiliense, Copaifera langsdorffii, Borudichia Virgiloides, Croton urucurana, Dimorphandra mollis, Dimorphandra gardneriana,Hymenaea stignocarpa, Lafoensia pacari, Siparuna guianensis, Taberia impetiginosa, Tabebuia avellanedae, Cochlospermum regium. Nesse sentido que o manejo de vrios produtos florestais de forma sustentvel surge como uma excelente proposta e que as plantas medicinais, como mais um produto para comercializao, integram esse novo momento de ao sobre os ecossistemas. Para tal, novos estudos precisam ser feitos e as pesquisas interdisciplinares, priorizadas.( Di Stasi, 2002).

4. MATERIAL E MTODOS 4.1. Caracterizao do municpio de Dourados O trabalho foi desenvolvido na cidade de Dourados, municpio localizado no centro-oeste do Brasil, poro sul do Estado do Mato Grosso do Sul, abrangendo uma rea de 4.086 Km 2. Localiza-se a 180703 de latitude oeste e 542507 de longitude oeste, com altitude de 452 m. O municpio situa-se a 100 Km da fronteira com o Paraguai, Pedro Juan Caballero e a 210 Km da capital, Campo Grande. O clima tropical continental possui duas estaes distintas: com inverno que vai de maio a junho; chuvoso com vero que pode ultrapassar 30 C durante o dia, de setembro a maio as precipitaes pluviomtricas chegam 120mm/mdia/mensal entre outubro e abril. A vegetao condicionada pela dupla estacionalidade climtica. Anteriormente esta vegetao foi constituda por campos de cerrado, campos limpos e matas, transformou-se em reas de lavoura, onde predominam as lavouras de soja e milho (Gressler & Swensson 1988.; Mato Grosso do Sul (1990). O clima classificado pelo sistema internacional de Keppen como CWA mesotrmico mido (Mato Grosso do Sul, 1990). O solo, originalmente sob vegetao de cerrado classificado como Latossolo Vermelho distrofrrico, de textura argilosa e topografia plana (Embrapa, 1999). 4.2. Caracterstica dos locais das coletas As coletas foram realizadas na fazenda Santa Luzia localizada na rua Tancredo Neves, prxima rodovia MS 162 Km 22, que liga Dourado a Itahum; fazenda Ouro Verde, localizada margem direita da BR 267, sentido Campo Grande, na linha do Potreirito, Km 20, com rea total de 132 hectares; Fazendinha Ecolgica, localizada margem esquerda da rodovia MS 156 Km 11, que liga Dourado a Porto Cambira; Fazenda Areeira que se localiza prxima a BR 162, KM 48. Segundo o manual tcnico da vegetao brasileira (bibliografia?), a fazenda Santa Luzia classificada como Mata Ciliar ou ribeirinha; a Fazenda Ouro verde como Floresta mesfila Semidecdua; Fazenda Areeira como Cerrado Sentido Restrito, caracterizado pela presena de arvores baixas, inclinadas e tortuosas; a Fazendinha Ecolgica apresenta dois biomas distintos: Cerrado Campo sujo e Mata Ciliar. 4.3. Currculo do mateiro O senhor Jorge Eugnio Amaral nasceu no Estado do Rio Grande do Sul, e reside em Dourados, MS h cerca de 20 anos, onde cultiva e comercializa diversas espcies medicinais. Tem conhecimentos das espcies de plantas nativas, e mantm contatos constantes com tribos indgenas da fronteira brasileira e outros mateiros dos pases vizinhos. O senhor Milton Valdez Camargo natural de Rio brilhante-MS e reside em Dourados h aproximadamente 16 anos, trabalha com a comercializao de plantas medicinais na feira livre de Dourados. Desde sua infncia faz uso das plantas medicinais que comercializa, alm de ser amplo conhecedor de espcies que habitam o cerrado, das formas de utilizao e das formas utilizadas para fins teraputicos.

4.4. Coleta e preparo das amostras Foram realizadas 09 coletas aleatrias, no perodo de junho de 2002 a outubro de 2003, sempre com a presena de um mateiro que indicava as plantas coletadas como tendo propriedades medicinais. Foram coletados razes, ramos, cascas, flores e frutos, com o auxilio de tesoura de poda ou podo. Quatro ou mais ramos eram retirados e acondicionados em sacos plsticos de 100 litros, sendo as plantas identificadas com o nome popular, local e data da coleta. As espcies eram fotografadas, e as caractersticas e descrio medicinal emprica das plantas foram devidamente anotadas em caderno de campo, na ordem em que iam sendo encontradas. Depois de coletadas, as plantas foram levadas ao laboratrio de botnica da UFMSDourados (DDMS), onde os ramos foram colocados entre folhas de jornal e papelo, prensados em prensas de madeira e amarrado com cordas, para ento serem levados estufa para secagem com uma temperatura de 55 a 65 C. As partes suculentas como frutos, sementes, alguns tipos de folhas e flores eram pulverizadas com lcool 70% para evitar o ataque de fungos. Quando secas, foram confeccionadas exsicatas, em cartolinas brancas, onde os ramos eram fixados por fita adesiva especial, para ento serem identificadas com etiquetas contendo o nome da famlia, nome cientfico da planta, popular, data e local da coleta, coletores, descrio botnica da planta e indicaes teraputicas.A espcies foram includas em famlias de acordo com o sistema de Cronquist (1981), e as determinaes foram baseadas em caracteres morfolgicos vegetativos e reprodutivos. A identificao dos espcimes foi feita com o auxlio de bibliografias disponveis, como (Corra,1926-1978; Pott & Pott, 1994 ; Lorenzi,1991;Lorenzi & Matos,2002; Almeida et al.,1998 e outros autores) e conferidas no herbrio CG- MS (Campo Grande- MS). As espcies identificadas esto depositadas no herbrio de UFMS- Campus de Dourados (DDMS).

5. RESULTADOS E DISCUSSO O levantamento etnobotnico numa abordagem randmica proporcionou o conhecimento e cadastro de vrias espcies medicinais, onde algumas espcies ainda no haviam sido coletadas na regio. A grande diversidade das plantas deve-se a riqueza dos diferentes biomas visitados; onde a presena de mateiros tambm foi importante no conhecimento popular das espcies, devido a sua utilizao em tratamentos medicinais na comunidade. Nas reas estudadas foram encontradas 90 espcies representadas por 44 famlias botnicas, onde se destacaram as famlias; Asteraceae (7), Arnarcadiaceae (2), Annonacaceae (2), Apocynaceae (2), Araceae, Arislolochiaceae (2), Bignoniaceae (4), Boraginaceae, Sapindaceae, Loganiaceae, Smilacaceae (4), Myrtaceae (7), Rutaceae (3), Euphorbiaceae (5), Urticaceae (2), Cecropiaceae, Monimiaceae, Teopherastraceae, Rubiacea (2), Caesalpinaceae (3), Sapotaceae (2), Meliaceae, Piperaceae, Sterculiaceae (2), Lamiaceae, Malvaceae,(2), Moraceae (3), Arecaceae, Mimosaceae (2), Caesalpinaceae (2), Cactaceae, Solanaceae, Cocholospermaceae, Tiliaceae, Lauraceae, Zingiberaceae (2), Dioscoriaceae, Piperaceae, Lorantaceae, Caryocaraceae, Fabaceae, Juncaceae, Plantaginaceae, Solanaceae. A caracterstica das plantas coletadas e identificadas, encontra-se, listadas a seguir. 5.1. Fazenda Santa Luzia 5.1.1. Famlia Asteraceae: Vernonia polyanthes Nome popular: Assa - Peixe Descrio botnica: Folhas lanceoladas, base acunheada, pice agudo, margem denteada. Caule anguloso. Inflorescncias em dicsio, de captulos com flores beges. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e razes combatem problemas bronco - pulmonares. Tosse e gripe. Tambm indicado no tratamento de reumatismo. Bibliografias: Vieira & Martins (2000), indicam as folhas para o tratamento de bronquite, pneumonia, gripe, resfriado, contuses e luxaes. Silva,C.B. - 09: Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Aristolochiaceae Aristolochia esperanzae kuntze. Nome popular: Cip mil - homens Descrio botnica: Trepadeira, glabra, muito vigorosa. Caule sulcado, glabro, folhas pecioladas, cordiformes, membranceas, de pice emarginado; com base cordiforme alternas; pseudo-estipuladas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch de toda a planta utilizado no tratamento do fgado, estmago, febre, malria. afrodisaco.

Bibliogrficas: Pott & Pott (1994), citam que espcies do gnero apresentam propriedades emenagogas, estomquicas, antisspticas, aperientes, estimulantes do tero e do funcionamento dos rins, bao e fgado; empregadas nas febres intermitentes. Vieira & Martins (2000), indica suas razes como colagoga para congesto e dores em geral. Silva,C.B.; - 02, Moura, S.S.; Ramos, M.B.; Amaral,J.E. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados - MS - Brasil. Urticaceae Cecropia pachystachya Trec. Nome popular: Embaba, Lixeira, Lixa. Descrio botnica: rvore com aproximadamente 5,0 m de altura, de caule oco ereto. Folhas simples, alternas, palmipartidas e multipartidas, formando at dez lbulos sendo seis maiores e quatro menores, pilosas em ambas as faces sendo a superior de consistncia spera. Cada lbulo apresenta limbo obovo lanceolado e pice agudo. Flores minsculas esto dispostas em espdices mltiplas com comprimento superiores a 0,15m, protegidos por grandes espatas. Frutos no foram observados. Indicaes medicinais: Populares: O ch das razes e folhas usado para combater inflamaes dos rins e bexiga. Bibliogrficas: Pott & Pott (1994) citam que a folha indicada para os problemas de corao, tosses e bronquites. As folhas, brotos e frutos agem como cicatrizantes. Silva,C.B. - 13; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Sangalli, A. 69; Gomes, S.G.; Camargo, M.V. 19/05/2000. Fazenda Azulo Dourados - MS Brasil. Celastraceae Maytenus ilicifolia Mart ex Reis. Nome popular: Espinheira - santa Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,0 m sendo ramificado desde a base Caule lenhoso e cilndrico e com ramos novos angulosos e multicarenados. Apresenta folhas alternas, curto-pecioladas, coriceas, lanceoladas a elpticas, de pice muito agudo, com base obtusa; a sua margem esto dispostos vrios pares de dentes espinhosos at o pice. Flores e frutos no foram vistos Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas utilizado para dores de estmago, e a planta inteira como depurativo do sangue, inflamao do tero e gastrites. Externamente utilizada como cicatrizante para banhos externos, e como ch. Bibliogrficas: Segundo Penna (1946), adstringente estomacal, empregada nas afeces cutneas, llceras do estmago, rins e fgado; desinfectante, laxante, diurtica, tnica e cicatrizante Silva,C.B. - 01, Moura, S.S.; Ramos, M.B.; Amaral, J.E.-25/06/02.Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil.

Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Nome popular: Sangra dgua. Descrio botnica: rvore com altura entre 3,0 a 4,0 m. Casca cinza esverdeado e tronco ramificado s no pice. Folhas simples, inteiras, alternas, com largos pecolos pubescentes triangular ovaladas ou codiformes, pice acuminado, base cortada, margem inteira, sendo pilosas em ambas as faces. As folhas mais velhas apresentam colorao vermelho alaranjada. Presena de estpulas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O lquido retirado da casca, indicado para curar corte, frieira, assadura. usado como antibitico e purgativo. Bibliogrficas: Penna (1946), cita a espcie como adstringente. Silva,C.B. - 12; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M.25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Sangalli, A. 15; Gomes, S.G; Camargo, M.V. 11/11/1999. Fazenda Azulo Dourados MS Brasil. Euphorbia brasiliensis Lam. Nome popular: Sete - sangrias Descrio botnica: Erva com 0,50 m de altura, caule anguloso, pubescente, ramificado desde a base, de cor arroxeada nas regies mais prximas da base. Folhas simples, inteiras, opostas, oblongas a elpticas, pice agudo, base truncada, bordos denteados de cor roxas e pilosas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas utilizado para combater a hipertenso e diabetes. Tambm utilizado como depurativo. Bibliogrficas: Segundo Corra (1969- 1978, v. IV), a planta tem seiva custica e esmagada serve para o tratamento de ulceraes crnicas. Cardoso et al. (1967) relata que a planta apresenta atividades antiinflamatrias e anti-spticas. Silva, C.B. - 10; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Scrophulariaceae Buddleja brasiliensis Jacq. Ex Spreng Nome popular: Verbasco brasileiro Descrio botnica: Planta perene, arbustiva, ereta, caule quadrangulado ou com expanses aladas e de aspecto cotonoso, de 80-1,40 cm de altura. Propaga-se por meio de sementes. Indicaes medicinais: Populares: O ch de suas folhas e razes so utilizadas como depurativo e inflamatrio. Bibliogrficas: Segundo Rodrigues & Carvalho (2001) folhas e flores so indicadas como calmante, bquica, sudorfica, emoliente e anti-hemorroidal. A planta toda utilizada para combater artrites, contuses e reumatismo.

Silva,C.B. - 04; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M.-25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados - MS - Brasil. Myrtaceae Campomanesia eriantha (Cambess) Blume ex Mattos Nome popular: Sete - capote. Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,00 m de altura e ramificado desde a base. Folhas opostas cruzadas, compostas por trs pares de fololos opostos cruzados, inteiros. Folhas opostas, cruzadas, compostas por trs pares de fololos opostos cruzados, inteiros, pice agudo, base obtusa e margens inteiras. Flores solitrias partem das gemas foliares e nos pices dos ramos, apresentando clice gamosspalo,corola dialiptala de colorao amarela e grande quantidade de estames. Floresce no perodo de outubro a novembro. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e cascas usado para combater clica e desinteria. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva,C.B. - 06; Amaral,J.E.; Moura,S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados - MS - Brasil. Rutaceae

Zanthoxylum sp. Nome popular: Mamica de - porca Descrio botnica: rvore que chega at 3,0 m de altura. Caule cilndrico e pice lenhoso. Folhas compostas paripenadas, alternas, com at dez fololos compostos, pice cuspidado e acuminado, base acunheada, margem ondulada e glabra. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas febrfugo. J o ch da casca utilizado como depurativo do sangue, cicatrizante e no tratamento contra manchas brancas. Bibliogrficas: Penna (1946) cita que a casca utilizada em banhos como tnico e analgsico para dores de dente. Silva,C.B. - 07; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Zanthoxylum rhoifolium Lam Nome popular: Mamica - de - cadela Descrio botnica: rvore com aproximadamente 2,0 m de altura, e com tronco e ramos cobertos de acleos de base alargada, marrom-escuros. Caule cilndrico e lenhoso. Folhas compostas paripenadas, alternas, com at dez fololos compostos; ovais - oblongos. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e casca indicado para reumatismo no sangue; depurativo, cicatrizante e males do fgado. Bibliogrficas: Rodrigues & Carvalho (2001) citam que a raiz e casca do caule na forma de decocto ou infuso servem para tratar manchas da pele e vitiligo. Vieira & Martins (2000) indica a sua raiz para vitiligo.

Silva,C.B. - 08; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Sapindaceae

Serjania erecta Radelk cf. Nome popular: Erva lucero ou kitoco Descrio botnica: Arbusto com diversos ramos, que partem de uma base comum, com 0,50 m de altura. Ramos lenhosos,torcidos e com sulcos longitudinais pouco profundos, folhas pecioladas, alternas, compostas de cinco peciolos obovado - circulares; pice acuminado, base atenuada, margens dentadas prximo ao pice.O pecolo e o eixo foliar so alados; a nervura do pecolo apresenta-se saliente e sulcada longitudinalmente. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: indicado para dores de estmago, m digesto e fgado. Bibliogrficas: Segundo Pott e Pott (1994) calmante. O ch das folhas indicado contra ulceras e as razes, hipertenso. Silva,C.B. - 03; Amaral, J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Smilacaceae

Smilax Campestris Griseb. Nome popular: Japecanga brava Descrio botnica: Sarmentosa,com muitos acleos nos caules, tortuosa e glabra. Haste glabra, ligeiramente angulosa e estriada apresentando espinhos de base longa. Folhas pecioladas, alternas, oval - alongadas, lisas, sendo as mais velhas com pequenos espinhos ao longo de toda a margem, pice mucronado, base cordiforme a obtusa; curvinrvea. Flores e frutos no foram observados. Indicaes medicinais: Populares: O ch das razes indicado para o tratamento dos rins e como depurativo do sangue. Bibliogrficas: Vieira & Martins (2000) indicam nas afeces da pele. Silva,C.B. - 05; Amaral,J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados MS - Brasil. Urticaceae Urera aurantiaca Wedd. Nome popular: Urtiga branca, urtiguinha. Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,0 m de altura, caule ereto, oco, angular, sem ramificaes. Folhas simples, inteiras, alternas, ovadas, com pecolos urticantes. Flores de cor branca, pequenas reunidas em panculas axilares e apicais, em meados de maro. Frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: A raiz usada em forma de chs como diurtico. Bibliogrficas: Corra (1969 1978, v. V) cita que a planta diurtica. Penna (1946), relata que o ch das folhas usado para afeces do peito e o uso externo da pele. O suco das folhas para hemorragia e a raiz diurtica. Pott e Pott (1994) citam que usada como diurtico.

Silva,C.B. - 11; Amaral,J.E.; Moura, S.S.; Ramos, M.B.M. 25/06/02. Fazenda Santa Luzia Dourados - MS - Brasil. Sangalli, A. 06; Gomes, S.G.; Camargo, M.V. 19/07/1999. Fazenda Azulo Dourados MS Brasil. 5.2. Fazenda Potreirito Bignoniaceae Amphilophium sp. Nome popular: Cip - cruz, cainca. Descrio botnica: Planta de caule lenhoso, anguloso e flexvel. Folhas opostas cruzadas, compostas por dois fololos opostos, inteiros, ovados, pice cuspidado, base acunheada, margem inteira. Presena de gavinhas. Flores dispostas em inflorescncias apicais, tipo racemo. Os frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch do cip (caule) usado para dores de coluna. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva,C.B. - 26; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito Dourados MS Brasil. Pyrostegia venusta (Ker Gawl.)Miers. Nome popular: Cip so - joo. Descrio botnica: Planta perene, trepadeira, lenhosa, com ramos de 2,0 a 4,0 m de comprimento, de florescimento muito ornamental. Indicaes medicinais: Populares:Externamente, o ch serve como cicatrizante, contra erisipela e manchas na pele. Bibliogrficas: Corra (1984), cita que o cale e Tnico antidiarrico. Carib & Campos (1991) citam que o ch e usado internamente contra diarrias e debilidade orgnica em geral. Gomes, C.A.S. 27; Silva,C.B.; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados - MS - Brasil. Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl). Marchand Nome popular: Amesca. Descrio botnica: rvore com aproximadamente 1,0 m. Folhas compostas, imparipinadas, dois jugos, com fololos glabros, oblongos, coriceos, acuminados. Flores e frutos no foram observados. Indicaes medicinais: Populares: Aps retirada a casca, a resina e moda, e com p trata-se ferida grave. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994) indicam suas folhas na forma de chs contra a tosse, bronquite e coqueluche, lceras, problemas de pele e hemorragia. Sua resina e usada como antissptico.

Vieira & Martins (2000), indicam a casca do caule como xarope para bronquite, tosse e coqueluche. Gomes, C.A.S. 33; Silva, C.B.; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados - MS - Brasil. Fabaceae Copaifera langsdorffii Desf. Nome popular: Copaba, pau - leo. Descrio botnica: rvore grande, com aproximadamente 8,0 m. Tronco com casca castanho escuro. Folhas compostas de fololos paripenados opostos, 2 3 jugos ovados-lanceolados, pice agudo a mucronado, glabros, coriceos, curto-peciolados, obtuso, margem inteira, lustrosa na parte superior. O fruto uma drupa, pedunculado, ovide, contendo uma semente com arilo. Indicaes medicinais: Populares: O leo retirado do tronco usado como cicatrizante, tambm indicado para dores de ouvido, tosse e bronquite. Bibliogrficas: Vieira & Martins (2000) indicam a raiz como afrodisaca e o leo para resfriados e clicas. Silva,C.B. - 17; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito - Dourados MS Brasil. Euphorbiaceae Croton floribundus Spreng. Nome popular: capichingu Descrio botnica: rvore de ate 8,0 m de altura,com folhas simples,inteiras elpticoovadas,com pice agudo, base acunheada e margem ondulada, glabras na face superior e pilosas na inferior, que e de colorao prateada. Os ramos mais novos apresentam-se angulosos e as inflorescncias surgem os pices em racemos flexveis, do tipo amento.frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e casca so usados em banhos externos, para combater piolhos, micoses e sarnas em geral. Bibliogrficas: Segundo Corra (1926- 1952,v. 1), a casca anti-siflica, as folhas combatem lceras e os frutos so tnicos. Espcies do gnero croton tem sido utilizadas no tratamento de cncer, tumores e verrugas, alem de demonstrar atividade anti-leucmica contra leucemia linfoctica.(Kuchan et al.1976) Gomes,C.A.S. - 31; Silva,C.B.; Moura,S.S.; Camargo,M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados MS - Brasil. Lamiaceae Leonorus sibiricus L. Nome popular: Rubim, ch de - frade, erva dos - zanges. Descrio botnica: Planta anual ou bianual, aromtica, herbcea, ereta, de 0,40- 1,20 m de altura. Folhas levemente pubescentes, em ambas as faces, de 8-16 cm de comprimento. Flores e frutos no foram vistos .

Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas depurativo do sangue, tambm e usado contra ma digesto. Bibliogrficas: Ming et al.(1997), indica o ch das folhas contra azia e queimao do estmago. Gomes, C.A.S. - 29;Silva, C.B.; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados MS - Brasil. Malvaceae Sida cordifolia L. Nome popular: Malva - silvestre, malva - branca,malva - veludo ,vassourinha. Descrio botnica: Planta perene,subarbustiva, ereta, ramificada, densamente revestida de pubescncia aveludada, de 0,60- 1,40 m de altura. Flores amarelo - claras. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas usado para combater alergias. Tambm calmante. Bibliogrficas; No foram encontradas. Gomes,C.A.S. - 30; Silva,C.B.; Moura,S.S.; Camargo,M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados MS - Brasil. Meliaceae Cedrela sp. Nome popular: Cedro Descrio botnica: rvore de 20 a 35 m de altura. Folhas compostas, fololos de pice agudo e base atenuada, borda lisa e forma lanceolada, apresenta indumento tanto na parte superior como na parte inferior, de colorao verde-acinzentada. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: A casca utilizada na forma de infuso para problemas do corao e refrescante intestinal. Bibliogrficas: Penna (1946), cita que, plantas do mesmo gnero so recomendados como adstringente. Silva,C.B. - 19; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito - Dourados MS Brasil.Myrtaceae

Eugenia sp. Nome popular : Pitanguinha. Descrio botnica:Arbusto com aproximadamente 1,5 m de altura, pereniflio com raz gemfera, forma moitas. Floresce de agosto a novembro e frutifica de outubro a dezembro. Indicaes medicinais: Populares: Infeces de garganta e expectorante. Bibliogrficas: Segundo Pott e Pott (1994), a folha utilizada para diarria. Tambm e vermfuga, contra reumatismo, problemas de garganta, tosse, problemas respiratrios e esclerose, febre, ao digestiva, gases e contra bactrias. O fruto estomacal e calmante. Gomes,C.A.S. - 22; Silva, C.B., Moura,S.S.;Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potrerito Dourados MS - Brasil.

Siparunaceae Sipuruna guianensis Aribl. Nome popular: Negra - mina. Descrio botnica: rvore de aproximadamente 5,0 m, com folhas simples, coriceas, cheirosas, peciolados. Indicaes medicinais: Populares: O sumo retirado da folha e misturado com leo indicado para problemas da pele, alergias e ressecamento. Bibliogrficas: Rodrigues & Carvalho (2001) indicam a planta toda como antiflamatria, carminativa, estimulante, na cefalalgia, nas gripes, resfriados e reumatismo. Silva,C.B. - 14; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito Dourados MS Brasil. Moraceae

Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud. Nome popular: Amoreira do- mato, amoreira. Descrio botnica: rvore com aproximadamente 4,0 m d altura, ramificada, caule de colorao amarelada. Presena de ltex. Folhas simples, inteiras, elpticas, pice acuminado, base obtusa, margem erradas e estipulas. Plantas diicas. Flores e frutos no foram vistos Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas, cascas e razes usado para desintoxicar o pncreas, combater infeces uterinas e da prstata. Tomar o leite da casca diludo em gua, em pequenas doses e indicado para combater reumatismo do sangue. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994), escrevem que a seiva e usada para dores de dentes e de cabea; e cicatrizante. O ch da casca e indicado para reumatismo e como antiinflamatrio para dentes extrados. Gomes, C.A.S. - 35; Silva, C.B.; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. FazendaPotreirito Dourados - MS - Brasil. Piperaceae Piper amalago L. Nome popular: Falso Jaborandi, cana de macaco - grada. Descrio botnica: Subarbusto com altura entre 1,0 e 2,0 m. Caules lenhosos, finos, sulcado, com ns salientes, de onde partem folhas alternas com estpulas. As folhas so inteiras, simples, glabras, ovais-lanceoladas, com pice acuminado, base obtusa e bordos inteiros. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas utilizado no tratamento da pele, machucaduras e queimaduras. Tambm combate a queda de cabelo. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 20; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito Dourados - MSBrasil.

Rubiaceae Alibertia sp. Nome popular: Marmeleira, marmelo, marmelo de - cachorro, marmelinho do - campo, marmeleiro, marmelada, marmelada-preta. Descrio Botnica: rvore com altura de 3,0 a 4,0 m, ou muitas vezes na forma arbustiva, dotada de copa baixa e globosa densa. Tronco curto e ramificado desde a base com casca rugosa. Folhas simples, opostas, coriceas, de margem onduladas e recurvadas. As flores e os frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas usado contra diabetes e hipertenso. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 16; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito - Dourados- MSBrasil. De 20 a 30 Smilacaceae Smilax fluminensis Stend. Nome popular: Japecanga grada. Descrio botnica: Sarmentosa, tortuosa e glabra. Folhas pecioladas, grandes alternas, lisas,oval alongadas, pice mucronado, base cordiforme a obtusa; curvinrvea. Flores no foram vistas. Indicaes medicinais: Populares: O ch das razes e utilizado para tratamento dos rins e como depurativo do sangue. Bibliogrficas: Rodrigues & carvalho (2001) citam que a raiz em decocto ou infuso atua nas afeces da pele, como anti siflica,anti reumtica, depurativa,diurtica e soporfica. Gomes, C.A.S. - 21; Silva,C.B.; Moura,S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados MS - Brasil. Sterculiaceae Guazuma ulmifolia. Nome popular: Chico - magro, mutamba. Descrio botnica: rvore brasileira, ramosa, copada, de porte mediano, com altura de at 8,0 m. Tronco de colorao amarelada. Folhas simples, inteiras, alternas, obovo-elpticas, com pice acuminado. Flores no foram vistas. Frutos na forma de cpsula septicida. Indicaes medicinais: Populares: O ch da casca diurtico e emagrecedor. Bibliogrficas: Segundo Penna (1946) a entrecasca pisada indicada para combater obstrues do fgado. O cozimento serve para lavar feridas velhas; tambm em xarope empregada contra tosse, pneumonia e asma.

Gomes, C.A.S. 28; Silva,C.B.;Moura, S.S.; Camargo, M.V. 28/08/02. Fazenda Potreirito Dourados - MS - Brasil. Teophrastraceae Clavija nutans (Vell) Stahl Nome popular: Ch de - bugre, laranjinha. Descrio botnica: Arbusto com altura entre 0,5 a 2,0 m. Caule cilndrico, sem ramificaes, formando ns bem espaados. Folhas simples, inteiras, coriceas, pecioladas, lanceoladas, pice agudo, base atenuada, margem ondulada medindo mais de 0,30 m de comprimento, de colorao verde-prateada. Inflorescncias em dicsio, com flores pequenas, de colorao alaranjada. Frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas indicado para os problemas renais, fgado e pncreas. Bibliogrficas: Segundo e Pott (1994) usada para desinteria, dores na coluna e febres. Silva,C.B. - 15; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito Dourados - MS Brasil. Arecaceae

Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. Nome Popular: Macaba, bacava, coco de - espinho, coco - xod. Descrio botnica: Palmeira Monica, de aproximadamente 20 m, glabra, salvo a face dorsal dos folculos Glauco-tomentosos e os frutos s vezes pubescente, estipe cilndrico - fusiformes, densamente aculeado. Folhas aglomeradas no pice do estipe, vinte a trinta, compostas pinadas, com quatro a cinco metros de comprimento, pecioladas. Flores no foram vistas. O fruto uma drupa com cerca de 5 cm de dimetro, amarela, globosa, epicarpo cactceo, mesocarpo fino, fibroso, mucilaginoso; endocarpo sseo, semente adnata ao endocarpo, globosa. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas utilizado para combater diabetes e hipertenso. Bibliogrficas: Almeida et al. (1998), cita que a ingesto da polpa dos frutos em jejum, produz o efeito purgativo. O olho extrado da polpa serve para amenizar as dores de cabea e nevralgias. Silva,C.B. - 37; Moura, S.S.; Camargo, M.V. 14/07/02. Fazenda Potreirito Dourados MS Brasil. 5.3 Fazenda Areeira-Cerrado Bignoniaceae

Anemopegma arvense (Vell) Stellf. ex de Souza. Nome Popular: Catuaba, tatuaba, verga - tesa, vervena. Descrio Botnica: Subarbusto hermafrodita de at 60 cm, glaberescente com ramos estriados. As folhas so opostas, compostas, trifoliadas, curto-pecioladas a ssseis; fololos ssseis com limbo linear a eliptico, pice agudo. Inflorescncias no foram vistas. O fruto uma cpsula bivalve de cor verde- oliva claro, elptico a orbicular, com sementes aladas. Indicaes Medicinais:

Populares: Tonico usado para impotncia sexual, sendo as razes consideradas afrodisacas. Bibliogrficas: Segundo Almeida et al. (1998), as folhas e razes sob infuso em gua ardente compe a tradicional garrafada que a populao atribui propriedades afrodisacas. Silva,C.B. - 38; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Jacaranda sp. Nome Popular: Carobinha do campo, chichita. Descrio Botnica: Subarbusto com 0,5 0m de altura. A parte superior em forma de xilopdio lenhoso com cerca de 0,60 m de profundidade. O caule nodoso e emite grande nmero de ramos pubescentes, de cor avermelhada. Os pecolos foliares so angulosos, semi-sulcados e pubescentes. Folhas bipinadas, opostas cruzadas e imparipinadas com fololos alados, pilosos, ssseis e sulcados. As flores no foram vistas. Os frutos possuem forma de cpsulas septicidas, com numerosas sementes aladas. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das razes utilizado como depurativo do sangue e cicatrizante de feridas uterinas e dos ovrios. Bibliogrficas: Segundo Barros (1987), as folhas so utilizadas no tratamento de reumatismo. Silva, C.B. - 38; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Mymosaceae

Anadenanthera falcata (Benth) Spig. Nome Popular: Angico - preto - do - cerrado, Angico - cascudo, angico - do - campo. Descrio Botnica: rvore de 5-8 m, com casca cinza, suberosa e avermelhada na poro mais interna, copa bastante densa e ramificada. As folhas so alternas, compostas, paripenadas, pecioladas com estpulas diminutas, fololos em pares opostos, superiores a 12 pares por fololo inteiros, lineares, ssseis, com pice mucronado e pilosos. As flores no foram vistas. O fruto tipo vagem, de 0.03 a 0,08 mm de comprimento, deiscendente por apenas uma sutura com sementes elpticas e achatadas. Indicaes Medicinais: Populares: Antireumtica. O xarope das folhas usado para bronquite. O ch da casca expectorante e tambm usado contra a gripe. Bibliogrficas: De acordo com Pott e Pott (1994) e Almeida et al.(1998), a casca adstringente, cicatrizante, depurativa e anti-hemorrgica. usada tambm no combate a tosse, bronquites e dores de cabeas Silva,C.B. - 40; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Caesalpinaceae

Dimorphanda mollis Benth. Nome Popular: Barbatimo - falso. Descrio Botnica: rvore com altura de 8-14 m, com tronco de 30 - 50 cm de dimetro. Folhas compostas pinadas, com 6-19 pares de fololos, de 10-12 mm de comprimento. Floresce a partir do final de outubro, prolongando-se at janeiro. A maturao dos frutos ocorre em agostosetembro. Produz anualmente grande quantidades de sementes viveis. Os frutos so vagens semideiscendentes, achatadas, com mesocarpo farinceo adocicado.

Indicaes Medicinais: Populares: Depurativa, cicatrizante e contra coceiras. Bibliogrficas: Segundo Pott e Pott (1994) til em hemorragia intestinal, ferimentos e lavagen vaginal. Silva,C.B. - 41; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Cactaceae

Cereus jamacaru D.C. Nome Popular: Mandacaru, jamacar, mandacaru - de - boi. Descrio Botnica: Arbusto grande de 3-8 m de altura, suculento, espinhento, de caule multiarticulado em ramificaes candelabriformes. Ocorre em abundncia em diferentes tipos de solos, bem como afloramento rochosos. As folhas so substitudas pelos ramos articulados de cor verde, com espinhos nos vrtices dos ramos, de cor branca e amarela. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch ou sumo dos ramos combate infeces da pele. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2002), o suco dos ramos utilizado internamente no tratamento de doenas do pulmo, escorbuto e infeces da pele. Externamente empregado contra lceras. A infuso ou decocto, de suas razes usado no tratamento de problemas renais, principalmente para clculos nos rins. tambm considerada emenagoga. Silva, C.B. - 42; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Malvaceae Sida cordifolia L. Nome popular:Malva-silvestre, malva-branca,malva-veludo ,vassourinha. Descrio botnica: Planta perene,subarbustiva, ereta, ramificada, densamente revestida de pubescncia aveludada, de 0,60 - 1,40 m de altura. Flores amarelo - claras. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e usado para combater alergias. Tambm calmante. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 43; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Mirtaceae Psidium firmum Berg. Nome popular: Ara verde, goiabinha, limozinho. Descrio Botnica: Arbusto hermafrodita, medindo at 1m, glabra. Folhas opostas, coriceas, curto - pecioladas, oval a elptica, de base arredondada a obtusa. Flores no foram vistas. O fruto uma baga com cerca de 1 a 3 cm de dimetro, verde-amarelada quando madura, globosa, coroada pelo clice persistente; epicarpo membranceo, brilhante, meso e endocarpo carnoso. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas combate a dor reumtica. Bibliogrficas: Segundo Almeida et al (1998) as folhas so utilizadas como adstringente. Sob a forma de chs so utilizadas para combater a diarria.

Silva, C.B. - 44; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Mimosaceae Anadenanthera colubrina (Vell) Breman Nome popular: Angico branco, cambu - angico. Descrio Botnica: rvore com altura de 12 a 15 m com tronco de 30-50 cm de dimetro, folhas compostas bipinadas com 15 - 20 jugos, fololos opostos, de 4 - 6 mm de comprimento, com 20 - 80 jugos. Indicaes Medicinais: Populares: O decocto das cascas utilizado como depurativo do sangue e contra m digesto. Bibliogrficas: Segundo Pott e Pott (1994), a casca utilizada como cicatrizante e o melado fervido contra tosse. As sementes contem alcalides, alucingenos e narcotizantes, usadas contra gripe e dor de cabea. Silva, C.B. - 45; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados - MS - Brasil. Solanaceae Solanum licocarpum. St. (Hill.) Nome popular: Fruto- do- lobo, lobeira. Descrio Botnica: Arbusto com aproximadamente 0,50 m de altura, grande ramificao; caules angulosos e sulcados, provido de acleos e plos estrelados que lhe conferem aspectos aveludados. Folhas simples, inteiras, alternas, oblongo-lanceoladas ou oblongo ovadas, pice agudo, base oblqua, margem sinuosa, apresenta acleos dispersos na nervura central .Florescncias simosas terminais ou nas axilas foliares. Flores monocclicas e rotceas, corola de colorao violeta e pilosa. Os frutos so bagas grandes de cor verde a ps maduras, amareladas. Indicaes Medicinais: Populares: Os frutos aps cortados e secos, so usados em chs (20g/L) para combater diabetes, colesterol e inflamaes do pncreas. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2002) o ch das folhas em decoco indicado contra afeces das vias urinrias, clicas abdominais e renais, espasmos e epilepsia. O suco dos frutos aplicado externamente para eliminao de verrugas. Os frutos assados e quentes so indicados em aplicao direta sobre rgos atrofiados para sua reconstituio. Silva, C.B. - 46; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS Brasil. Cochlospermaceae Cochlospermum regium (Mart. Et schl.) Pilg. Nome popular: Algodozinho do - campo, algodozinho do - cerrado. Descrio Botnica: Subarbusto com aproximadamente 1 m de altura. Razes com mais de 1 m de profundidade, incluindo rizforo. Caule areo e avermelhado. Folhas simples, alternas, coriceas e lobadas, com 3 a 5 lobos ovados, bordos denteados apresentam plos, pices acuminados e colorao mais opaca na base inferior. As flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais:

Populares: As razes na forma de decoctos so utilizadas para combater infeces e inflamaes, banhos de assentos so indicados nas inflamaes e corrimentos. Bibliogrficas: Ferreira (1980), Pott e Pott (1994) indicam a raiz como purgativa depurativa, as cascas so usadas para fazer comprensas em abcessos. Silva, C.B. - 47; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Annonacaceae

Annona coriacea L. Nome Popular: Araticum, fruta do - conde. Descrio Botnica: rvore de at 8 m de altura. Folhas alternas, ovais, coriceas. Fruto oval a arredondado, externamente de cor verde oliva e inteiramente creme - amarelada quando madura, bastante aromtica, com numerosas sementes. Flores no foram observadas. Indicaes Medicinais: Populares: O ch de sua casca utilizado como anti-reumtico, diurtico, desnutrio. A casca seca do fruto utilizada em forma de farinha para combater vermes. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2000) a espcie nativa possui propriedades de uso mais ou menos semelhantes a A. squamosa. As folhas so sudorficas, carminativa, estomquica antihelmintica por via oral. Externamente, em comprensas e bochechos; no tratamento de estomatite, nevralgias e cefalias, bem como na forma de cataplasma em furnculos e lceras para induzir a supurao. Silva, C.B. 87; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Duggetia furfuraceae (St. Hill.) B. et H. Nome Popular: Dugget, Araticum do - campo. Descrio Botnica: Arbusto com troncos lenhosos mltiplos, e altura inferior a 1 m. Ramos finos. Folhas simples, inteiras, lanceoladas, pecioladas, alternas, pice agudo, base atenuada, margem inteira, de colorao mais plida na face inferior. Estpulas ausentes. Flores solitrias e axilares, com 3 spalas imbricadas e 6 spalas rseas. Frutos mltiplos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch diurtico. Bibliogrficas: Segundo Ferreira (1980), Pott e Pott (1994) cascas e razes combatem o reumatismo. Silva, C.B. - 88; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Aposinaceae Echites glauca Roem & Schult. Nome Popular: Mangaba, mangabeira do - norte, fruta de - doente. Descrio Botnica: rvore hermafrodita medindo at 7 m, glabra ou pubescente, tronco spero, ramos lisos avermelhados; ltex branco e abundante. Folhas opostas, simples, pecioladas, limbo elptico ou oblongo, pice abruptamente acuminado ou obtuso; base obtusa ou arredondada. Flores e frutos no foram observados. Indicaes Medicinais: Populares: O ch de casca indicado para o tratamento contra diabetes e asmas. O ltex do tronco indicado para gripe, tosse comprida e bronquite.

Bibliogrficas: Segundo Almeida et al (1998), o ch das folhas usado para clicas menstruais e o decocto da raiz usado junto com quiabinho (manilot tripartido) para tratar luxaes e hipertenso. Silva,C.B. - 89; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Caryocaraceae Caryocar brasiliense Camb. Nome Popular: Pequi, pequi, piqui. Descrio Botnica: rvore com altura de 6 - 10 m, com tronco tortuoso de 30 - 40 cm de dimetro. Folhas compostas trifoliadas, com fololos pubescentes. Florescem durante os meses de setembro-novembro. Os frutos iniciam a maturao em meados de novembro, prolongando-se at incio de fevereiro. Flores no foram vistas. O fruto drupide coriceo - carnoso, paripenado, 1 a 4 envolvidos pelo mesocarpo; mesocarpo amarelo-claro, carnoso, endocarpo lenhoso, espinhoso, sementes reniformes, clice persistente. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas e casca indicado contra gripe, tosse, bronquite e cido rico. Bibliogrficas: Almeida et al (1998) sita que o leo da polpa tem efeito tonificante, sendo usado contra bronquites, gripes, resfriados, e no controle de tumores, comum o leo ser misturado ao mel de abelha ou banha de capivara em partes iguais sendo usado como expectorante. Silva, C.B. - 90; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Fabaceae Acosmium subelegans (Mohl .) Yak. Nome Popular: Genciana. Descrio Botnica: Arbusto com altura superior a 1 m de altura. O caule apresenta casca com cortia rugosa. Folhas alternas, imparipenadas e compostas por 6 a 8 pares de fololos, simples, inteiros, ovados, coriceos, com pice retuso, base truncada e margem lisa, dispostos de forma oposta. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O decocto da casca usado como depurativo do sangue. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994), sita que a casca usada para lavar feridas, cicatrizantes, e o ch para dores de barriga. Silva, C.B. - 91; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados - MS - Brasil.

Anarcadiaceae Anarcadium humile A. st. Hill. Nome Popular: cajuzinho do - campo, cajuzinho do - cerrado. Descrio Botnica: Subarbusto lenhoso, de pouco mais de 25 cm de altura, provido de grosso xilopdio rasteiro e tortuoso que emite ramos areos, formando verdadeiras colnias, nativo em reas de cerrado e campos rupestres de todo o Brasil. Folhas simples, geralmente em tufos, com nervuras salientes e de cor mais clara na face inferior, de 10 - 20 cm de comprimento. Flores rseas, dispostas em panculas terminais. Os frutos (pseudo - frutos) so oblongos, vermelhos ou

amarelos, de 3 a 5 cm de comprimento, com polpa carnosa e doce. O verdadeiro fruto do tipo aqunio. Indicaes Medicinais: Populares: O ch da raiz utilizado para os males da prstata. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2002) a infuso tanto de suas folhas como da casca como do xilopdio indicada contra diarria administrada na dose de 3 xcaras das mdias por dia e preparada por adio de 1 litro de gua fervente, em um recipiente contendo 1 xcara das pequenas cheia com a parte da planta bem picada. Silva, C.B. - 92; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Rubiaceae Alibertia sp. Nome Popular: Marmelo, marmelinho. Descrio Botnica: rvore com altura de 3-4 m, ou muitas vezes na forma arbustiva, dotada de copa baixa e globosa densa. Tronco curto e ramificado desde a base com casca rugosa. Folhas simples, opostas, coriceas, e margens onduladas e recurvadas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas utilizado contra diabetes. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 93; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Malvaceae Sida cordifolia L. Nome popular: Malva - silvestre, malva - branca, malva - veludo, vassourinha. Descrio botnica: Planta perene,subarbustiva, ereta, ramificada, densamente revestida de pubescncia aveludada, de 0,60- 1,40 m de altura. Flores amarelo - claras. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas e usado para combater alergias. Tambm e calmante. Bibliogrficas: no foram encontradas. Silva, C.B. - 94; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Asteraceae Pterocaulon lanatum Kuntze. Nome popular: Velame, velamo. Descrio botnica: Planta herbcea, com 40 a 80 cm de altura. Caule resistente, pouco ramificado na parte inferior, porm mais ramificado na poro posterior, sendo o mesmo cilndrico e enfolhado em toda sua extenso, com uma folha por n, possui uma certa pilosidade de cor acinzentada. Indicaes medicinais: Populares: Indicado para tosse e gripe. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2000) a espcie indicada na medicina caseira. Silva, C.B. - 95; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil.

Compositaceae Pitocarpha rotundifolia (Less.) Baker. Nome popular: Para - tudo, infalvel. Descrio botnica: rvore com altura de 4-8 m, dotada de copa arredondada, com ramos acizentados-tormentosos. Tronco tortuoso de 15-25 cm de dimetro, com cascas grossas, corticosas e fissurada longitudinalmente. Folhas alternas, simples, coriceas, de margens interiras e um pouco onduladas, glabras e rugosas na face superior. Indicaes medicinais: Populares: O ch da casca utilizado contra clicas menstruais, e cicatrizantes. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B .- 96; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. Juncaceae Juncus capillaceus Lam. Nome popular: Plo de - porco, cabelo de - porco, junquinho, junquinho cabelo de porco. Descrio botnica: Planta herbcea, cespitosa, com 5 a 25 cm de altura, apresentando inmeros caules filiformes, cilndricos, tnues, lisos e glabros, de colorao verde intensa. As folhas so reduzidas a catafilos escariosos; a seguir ocorrem duas folhas resumidas bainhas. Rizomas relativamente grossos, desenvolvendo-se horizontalmente e originando numerosos caules. Razes fasciculadas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas combate clicas nos rins.. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 97; Rolo, J.G., Camargo, M.V. 24/03/03. Fazenda Areeira Dourados MS - Brasil. 5.4 Fazendinha Ecolgica-Mata Caesalpinaceae Copaifera langsdorffii Desf. Nome popular: Copaba ou Pau - leo. Descrio botnica: rvore grande, com aproximadamente 8,0 m. Tronco com casca castanho escuro. Folhas compostas, de fololos paripenados opostos, 2-3 jugos ovados-lanceolados, pice agudo mucronado, glabros, coriceos, curto-peciolados, obtuso, margem interira, lustrosa na parte superior. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O leo retirado do tronco antibitico, cicatrizante, e indicado contra ttano e bronquite. Bibliogrficas: Vieira & Martins (2000), indicam sua raiz como afrodisaca masculina e feminina, e o seu leo para resfriado e clica. Almeida et al (1998), indicam sua raiz como afrodisaca. Silva, C.B. - 48; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgic aDourados MS - Brasil.

Boraginaceae Pantagonula sp. Nome popular: Guajuvira. Descrio botnica: rvore de porte mdio, de cor verde escura. Folhas lanceoladas, pilosas quando jovens, cerradas na ponta, de 4 a 8 cm de comprimento por 1 a 3 cm de largura, agrupadas nas extremidades dos ramos. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: As folhas maceradas so usadas para cicatrizar feridas. Bibliogrficas: Simes et al (1998), cita que as folhas so utilizadas externamente em inflamaes, feridas e ulceraes. Silva, C.B. - 49; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Sapotaceae Chrysopyilum sp. Nome popular: Guatamb. Descrio botnica: rvore de at 15 m de altura. Folhas simples, alternas, pecioladas, oblonga, obtusa nas duas extremidades, de cor verde escuro, na pgina superior, completamente glabas quando adultas. Flores no foram vistas. O fruto uma baga verde, mais ou menos deprimida, contendo 5 ou menos sementes ovides-oblongas e achatadas. Indicaes medicinais: Populares: O decocto da casca usado no tratamento do fgado, pncreas e m digesto. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994), citam que a casca contem tanino, sendo corante amarelo e o princpio amargo medicinal. Silva, C.B. - 50; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Smilacaceae Smilax fluminensis Stend. Nome popular: Japecanga grauda. Descrio botnica: Sarmentosa, tortuosa e glabra. Folhas pecioladas, grandes alternas, lisas,oval alongadas,pice mucronado, base cordiforme a obtusa; curvinrvea. Flores no foram vistas. Indicaes medicinais: Populares:O ch das razes e utilizado para tratamento dos rins e como depurativo do sangue. Bibliogrficas:Rodrigues & carvalho (2001) citam que a raiz em decocto ou infuso atua nas afeces da pele, como anti sifilica,anti reumtica, depurativa,diurtica e sudorfica. Silva, C.B. - 51; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Myrtaceae Eugenia uniflora L. Nome popular: Pitanga do - mato, pitanga - grada.

Descrio botnica: rvore com altura de 6 a 12 m, dotada de copa mais ou menos piramidal. Tronco tortuoso e um pouco sulcado. Folhas simples, levemente discolores na face dorsal. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O gargarejo das folhas usado para combater dores de garganta. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994) citam que a folha usada para diarria e como vermfuga. Silva, C.B .- 52; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Eugenia pitanga Nome popular: Pitanga - mida, pitanguinha.. Descrio botnica: Arbusto de at 2,5 m de altura, com folhas opostas, elpticas e glabras. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: Infeco de garganta e expectorante. Bibliogrficas: Pott e Pott (1994) citam que a planta usada contra problemas de garganta, febre, diarria, reumatismo e vermfuga. As folhas esmagadas repelem insetos. Silva, C.B. - 53; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Psidium firmum Berg. Nome popular:Ara verde, goiabinha, limozinho. Descrio Botnica: Arbusto hermafrodita, medindo at 1 m, glabra. Folhas opostas, coriceas, curto- pecioladas, oval a elptica, de base arredondada a obtusa. Flores no foram vistas. O fruto uma baga com cerca de 1 a 3 cm de dimetro, verde-amarelada quando madura, globosa, coroada pelo clice persistente; epicarpo membranceo, brilhante, meso e endocarpo carnoso. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas combate a dor reumtica. Bibliogrficas: Segundo Almeida et al (1998) as folhas so utilizadas como adstringente. Sob a forma de chs so utilizadas para combater a diarria. Silva, C.B. - 54; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Tiliaceae Luehea sp. Nome popular: Aoita - cavalo. Descrio Botnica: rvore de at 4 m. Tronco com ramos longos e pendentes, tomentosos e flexveis. Folhas simples, alternas, obovadas, elpticas, curto- pecioladas, glabas e verde decolores na face adaxial e brancacentas na inferior, pecolos tormentosos. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas e casca usado no tratamento da prstata. Bibliogrficas: Vieira & Martins (2000), indicam a casca da planta como adstringente.

Silva, C.B. - 55; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados - MS - Brasil. Lauraceae Ocotea sp. Nome popular:Canela - preta, canela de - cutia, caneleira.. Descrio Botnica: rvore de 3-8 m de altura, caule tipo tronco, fino, bastante ramificado, folhas lanceoladas, odorosas com gavinha. Flor perfumada que floresce de maio a outubro e fruto vermelho quando maduro, aparece de novembro a janeiro. Indicaes Medicinais: Populares: Externamente utilizado para furnculo (Fazendo emplasto) e no uso interno usado como depurativo. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 56; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados - MS - Brasil. Rutaceae Zanthoxilum sp. Nome popular: Mamica de - porca. Descrio botnica: rvore que chega at 3,0 m de altura. Caule cilndrico e pice lenhoso. Folhas compostas paripenadas, alternas, com at dez fololos compostos, pice cuspidado e acuminado, base acunheada, margem ondulada e glabros. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas febrfugo. J o ch da casca utilizado como depurativo do sangue, cicatrizante e no tratamento contra manchas brancas. Bibliogrficas: Penna (1946) cita que a casca utilizada em banhos como tnico e analgsico para dores de dente. Silva, C.B.- 57; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Asteraceae Vernomia polianthes Less. Nome popular: Assa - peixe, assa peixe - branco. Descrio botnica: Planta arbustiva ou arbrea, com at 4 m de altura, geralmente ocupando tambm grande espao lateral, com caule lenhoso, muito ramificado, folhas alternas, com pecolos de comprimento variado. Limbo lanceolado com base estreitada e pice agudo, com margens inteiras ou levemente cerreadas na parte apical. Cor verde mais clara na face dorsal. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas e razes combatem problemas pulmonares, tosse, gripe. Tambm indicado no tratamento de reumatismo. Bibliogrficas: Vieiras & Martins (2000), indicam as folhas para o tratamento de bronquite, pneumonia, gripe, resfriado, contuses e luxaes.

Silva, C.B. - 58; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Smilacaceae Smilax brasiliensis Spreng. Nome popular: Japecanga mida. Descrio botnica: Planta trepadeira, Caule ramoso, estriado, com acleos; folhas de 3 a 6 cm de comprimento, e 2 a 3 cm de largura, inteiras, coriceas, verde escuro. Flores no foram vistas. Os frutos so bagas globosas de colorao negra. Indicaes Medicinais: Populares: O ch indicado para o tratamento dos rins e depurativo do sangue. Bibliogrficas: Rodrigues & Carvalho (2001) citam que a raiz utilizada na forma de decocto ou infuso nas afeces da pele, anti-siflica, anti-reumtica, depurativa, contra-gota, diurtica e sudorfica. Dosagem: 1 colher de sopa da raz picada para 1 litro de gua. Tomar 3 a 4 xcaras de caf do ch ao dia. Silva, C.B. - 59; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Nome popular: Sangra dgua. Descrio botnica: rvore com altura entre 3,0 a 4,0 m. Casca cinza esverdeada e tronco ramificado s no pice. Folhas simples, inteiras, alternas, com largos pecolos pubescentes triangular ovaladas ou codiformes, pice acuminado, base cortada, margem inteira, sendo pilosas em ambas as faces. As folhas mais velhas apresentam colorao vermelho alaranjada. Presena de estpulas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O lquido retirado da casca, indicado para curar corte, frieira, assadura. usado como antibitico e purgativo. Bibliogrfica : Penna (1946), cita a espcie como adstrigente. Silva, C.B. - 60; Rolo, J.G., Camargo, M.V., Macedo, M.K. 29/04/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Sangalli, A. 15; Gomes, S.G.; Camargo, M.V. 11/11/1999. Fazenda Azulo Dourados-MSBrasil. Zingiberaceae Hedychium coronarium J. Konig. Nome popular: Lrio -so - jos, lrio do - brejo, lrio - branco, lgrima - de-moa, narciso, jasmim. Descrio botnica: Planta perene herbcea, rizomatosa, de 1 a 2 m de altura. Avermelhado na base. Folha simples, alternas, membranceas, pice agudo e margens inteiras. As flores surgem de brcteas parcialmente sobrepostas; num arranjo estobiliforme, exalam perfume forte que nem o do jasmim. Indicaes medicinais: Populares: O ch das razes combate o cido rico e diabetes.

Bibliogrficas: Segundo Corra (1926-1952, v.IV), a fcula possui propriedades bquicas. Silva, C.B. - 62; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Asteraceae Chuquiragua cf. tomentosa Baker. Nome popular: Espinho agulha. Descrio botnica: Arbusto ramoso de aproximadamente 2 m de altura, piloso, contendo espinhos. Ramos lenhosos, castanhos-pubescentes com espinhos duplos e duros, membranceas, oblongas, pice cuspidado, margem inteira apresentando alguns plos, pilosas na parte inferior. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch da raiz indicado para o tratamento de vescula. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 63; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Mirtaceae Campomanesia pubescens (D.C.) Berg. Nome popular: Guabiroba, guavira, gabiroba. Descrio botnica: Arbusto hermafrodita de 0,30 a 1,5 m. Folhas opostas simples, curto pecioladas, limbo estreito obovado com pice agudo e base obtusa. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: Combate clicas, diarria, cimbra, desinteria e infeco de garganta. Bibliogrficas: Rodrigues e Carvalho (2001), indicam as folhas e a casca do caule para afeces do aparelho urinrio e contra diarria. Silva, C.B. - 65; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Aristoloquiaceae Aristolochia esperanzae Kze. Nome popular: Cip mil - homens. Descrio botnica: Trepadeira, glabra e muito vigorosa. Caule sulcado, glabro. Folhas alternas, pecioladas, cordiformes, membranceas, de pice emarginado; com base cordiforme, pseudoestipuladas. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch do cip serve de banho de assento para problemas de corrimento. Internamente estimulante do tero e combate os males da prstata. Bibliogrficas: Pott & Pott (1994) citam que as espcies do gnero apresentam propriedades emenagogas, estomquicas, anti-spticas, aperientes, estimulantes do tero e sido funcionamento dos rins, bao e fgado; tambm empregada nas febre intermitentes. Vieira & Martins (2000) indicam sua raiz como colagoga, para congesto e dor em geral.

Silva, C.B. - 68; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Dioscoreaceae Dioscorea sp. Nome popular: Car do mato roxo. Descrio botnica: Trepadeira grande e glabra, folhas longas-pecioladas, alternas, lamina ovada ou orbicular, acuminada no pice e cordiforme na base, membranosa, de colorao verde na pgina superior e arroxeada na parte inferior. A raiz um tubrculo subterrneo de forma variada. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas depurativo do sangue. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva, C.B. - 69; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Piperaceae Potomorphe umbellate cf. Nome popular: Pariparoba, caapeba. Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,0 m de altura, caule nodoso, com ns evidentes. Folhas cordiformes, com pecolos e bainhas que envolvem o caule partem dos ns em disposio alterna; pice cuspidado, base cordada, margens inteiras e presena de estpulas. So glabras embora haja presena de poucos plos nas nervuras foliares, em ambas as faces. Inflorescncias em espigas compactas com flores pequenas. Folhas aromticas. Frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas so usados como emolientes, diurticos e tnicos. Combatem clicas, gripes e resfriados precisos. Retiram a friagem do corpo. Tambm usado para problemas estomacais, do fgado (amarelo) e como calmante. Bibliogrficas: Segundo Verardo (1987), a planta indicada nos casos de sfilis, engorgitamento do fgado, basso e problemas estomacais. estimulante e diurtico. Silva, C.B. - 70; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Asteraceae Gochnathia poyimorpha (Less.) Cabr. Nome popular: Cambar, candiera. Descrio botnica: rvore de 5,0 m tomentosa. Caule lenhoso com ramo pardacentos, spidopubescente, anguloso e sulcado, com pecolo pardo tormentoso, tambm sulcado. Folhas ovadooblongas, arredondadas na base, pice obtuso, leve ondulao, quase inteiras, peninrveas, alternas, verdes na face superior e pardacentos, tomentosos na face inferior, de consistncia coricea. Flores plidas, reunidas em captulos disposats em panculas amplas. Indicaes Medicinais: Populares: As folhas e flores so usadas para bronquite e gripe. Bibliogrficas: Corra (1926-1952,v. I .), indica suas folhas para afeces bronco-pulmonares.

Silva,C.B. - 73; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 27/05/03. Fazendinha Ecolgica - Dourados - MS - Brasil. Sterculiaceae Guazuma ulmifolia. Nome popular: Chico - magro, mutamba. Descrio botnica: rvore brasileira, ramosa, copada, de porte mediano, com altura de at 8,0 m. Tronco de colorao amarelada. Folhas simples, inteiras, alternas, obovo-elpticas, com pice acuminado. Flores no foram vistas. Frutos na forma de cpsula septicida. Indicaes medicinais: Populares: O ch da casca diurtica, emagrecedor. Bibliogrficas: Segundo Penna (1946), a entrecasca pisada indicada para combater obstrues do fgado. O cozimento serve para lavar feridas velhas; tambm em xarope empregada contra tosse, pneumonia e asma. Silva,C.B. - 74; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica - Dourados - MS - Brasil. Moraceae Soracea bamplandie (Baill) Burger. Nome popular: Cincho, Soroca, Soroco. Descrio botnica: rvore de pequeno porte, aproximadamente 6,0 m de altura, ramos eretos, e curtos de casca acinzentada e tronco reto, cilndrico com casca cinza clara e superficialmente liso. Folha simples, rijas, coriceas, serrilhadas na margem, de colorao verde escura. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes Medicinais: Populares: O ch das folhas controla presso alta, sistema nervoso, para males do estmago e tnico. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva C.B. - 75; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Lorantaceae Phoradendron sp. Nome popular: Erva de - passarinho. Descrio botnica: Arbusto de 40 cm ou mais de altura, ramos redondos, dilatados junto aos ns, raramente verticiliados. Folhas de 6 a 12 cm de comprimento, obtusos-acuminadas no pice, atenuadas na base, coriceas. Inflorescncias em espigas, uma ou trs em cada axila das folhas ou das bainhas calafiladas. Indicaes Medicinais: Populares: Serve como depurativo do sangue. Bibliogrficas: No foram encontradas. Silva C.B. - 77; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil.

Araceae Philodendron bipinatifidum Schott ex Endlicher Nome popular: Cip - imb ou banana de - macaco. Descrio botnica: Arbusto epfito, de textura semi-lenhosa, escandente, de 2-3 m de altura, pouco ramificado. Cresce inicialmente como arbusto ereto, depois enclina-se at encostar no cho, enraizando-se e voltando a crescer verticalmente, at formar uma colnia. Folhas compostas bipintidas de mais de 1,5 m de comprimento. Flores no foram vistas. Indicaes Medicinais: Populares: Combate ao reumatismo e anti-reumtica. Bibliogrficas: Segundo Lorenzi (2002), a planta anti-reumtica, anti-augsica, vesicatria e vunerria. As folhas e caules produzem um suco gstrico, usado contra orquite, reumatismo e lceras. O decocto das cascas e folhas indicado contra hidropisia e externamente na forma de banhos contra erisipela e inflamaes reumticas. Silva, C.B. - 78; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Asteraceae Chaptalia integerrima (Vell.) Burkart. Nome popular: Arnica, Lngua de - vaca, Para - queda, Para - quedinha. Descrio botnica: Planta anual de ciclo longo, membrancea, acaule com razes fasciculadas, de 20-30 cm at a extremidade superior da inflorescncia, folhas basais, dispostas em roseta, com pice agudo ou quase obtuso, com base longamente atenuada; margens inteiras ou levemente crenadas; colorao verde-escura na face ventral, onde so praticamente glabras, e mais claras na dorso onde ocorre densa pilosidade alvo-tormentosa. Captulos isolados no pice de escapo cilndricos de superfcie lamiginosa. O invlucro campanulado formado por filarias lineares agudas densamente tormentosa no dorso. Indicaes Medicinais: Populares: A infuso das folhas utilizada contra cido rico, clculos renais, febre, insnia. Bibliogrficas: Panizza (1997), cita que o ch das folhas indicado para catarro pulmonar, dermatoses, tosses, como anti-heptico, tnica e desobstruente. Tambm indicado para erupes cutneos de origem sifilica. Silva, C.B. - 81; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Celastraceae Maytenus ilicifolia Mart ex Reis. Nome popular: Espinheira santa Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,0 m sendo ramificado desde a base Caule lenhoso e cilndrico e com ramos novos angulosos e multicarenados. Apresenta folhas alternas, curto-pecioladas, coriceas, lanceoladas a elpticas, de pice muito agudo, com base obtusa; a sua margem esto dispostos vrios pares de dentes espinhosos at o pice. Flores e frutos no foram vistos

Indicaes medicinais Populares: O ch das folhas utilizado para dores de estmago, e a planta inteira como depurativo do sangue, inflamao do tero e gastrites. Externamente utilizada como cicatrizante para banhos externos, e como ch. Bibliogrficas: Segundo Penna (1946), adstringente estomacal,empregada nas afeces cutneas, ulceras do estmago,rins e fgado; desinfectante, laxante, diurtica tnica e cicatrizante. Silva, C.B. - 82; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Anarcadiaceae Lythraea molleoides Vell. Nome popular: Aroeirina do - campo. Descrio botnica: Arbusto com aproximadamente 1,0 m de altura; caule ramificado desde a base. Folhas composta bipinadas, alternas, dispostas nos pices dos ramos, com fololos inteiros, coriceos, oblongo- lanceolados ,pice mucronado, base atenuada e margem lisa , opostos, ssseis e imparipenados, de 3 a 6, sustentados por pecolos alados e sulcados e sem estipulas.Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais Populares: O ch das folhas utilizado internamente para combater alergias e, quando usado e excesso, pode causar alergia. Bibliogrficas: Corra (1926- 1952,v.I) cita que as folhas so aromticas. Segundo Penna (1946), e excitante e diurtica. Silva, C.B. - 83; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Caesalpinaceae Cassia ferruginea Schrad.ex DC. Nome popular:Cana - fistula, cana-fista. Descrio botnica:rvore hermafrodita, de ate 10 m, com pubescencia ferruginea ou glabrescente,exceto na face ventral das folhas.Folhas alternas, compostas, paripenadas, peciolada,pice mucronado arredondado a obtuso; nervura mediana sulcada na ventral e saliente na dorsal. Indicaes medicinais: Populares: O ch das folhas diurtico. Bibliogrficas: Almeida et al. (1998), cita que a polpa que evolve as sementes e usada como purgativo. Silva, C.B. - 84; Melo, V.E.; Cunha, E.F.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 02/07/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. 5.5 FAZENDINHA ECOLGICA-CERRADO

Urticaceae Urera aurantica Wedd. Nome popular: Urtiga branca, urtiguinha. Descrio botnica: Subarbusto com aproximadamente 1,0 m de altura, caule ereto, oco, angular, sem ramificaes. Folhas simples, inteiras, alternas, ovadas, com pecolos urticantes. Flores de cor branca, pequenas reunidas em panculas axilares e apicais, em meados de maro. Frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: A raiz usada em forma de chs como diurtico. Bibliogrficas: Corra (1969 1978, v. V) cita que a planta diurtica. Penna (1946) relata que o ch das folhas usado para afeces do peito e o uso externo da pele. O suco das folhas para hemorragia e a raiz diurtica. Pott & Pott (1994) citam que usada como diurtico. Silva, C.B. - 83; Moreles, L.A.; Teixeira,I.R.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 03/10/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Sangalli, A. 06; Gomes, S.G.; Camargo, M.V. 19/07/1999. Fazenda Azulo Dourados MS Brasil. Bromeliaceae Bromelia antiacantha Bertol. Nome popular: Caraguat vermelho, gravat - do- mato, gravat - da praia, banana do mato,croat. Descrio botnica:Herbcea, perene,monocrpica,ereta, acaule, estolonfera, de 40-90 cm de altura, nativa de campos e errados de quase todo o Brasil. Folhas em rosetas basais, de forma lanceolada, canaliculadas, coriceas,com margens providas de espinhos em forma de ganchos de cor vermelha na base e verde- avermelhada no pice, de ate 1,4 m de comprimento.Flores de cor violeta, dispostas em racemo denso com eixo grosso localizado o centro da roseta. Os frutos so bagas ovalada de cor amarela e polpa comestvel, com muitas esmentes pequenas. Multiplica-se por estoles e sementes. Indicaes medicinais Populares: O xarope feito com os frutos, combate a tosse e bronquite. Bibliogrficas:Segundo Lorenzi (2002), os frutos so purgativos, diurticos, vermfugos e abortivos. Na forma de xarope, combatem bronquite e ancilostoiase. O ch das folhas acompanhado co algumas gotas de prpolis em bochechos 3 vezes ao dia, para o tratamento de afeces da mucosa bucal (aftas e feridas). Silva, C.B. - 83; Moreles, L.A.; Teixeira,I.R.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 03/10/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Euphorbiaceae Aporosella chacoensis (Mor.) Spreng. Nome popular: Pororoca, jacarepito. Descrio botnica:Arvore de 3-6 m de altura, caduciflia, ramos arqueados e um pouco pendentes. Indicaes medicinais Populares: O ch da casca e utilizado contra afeces do fgado e doenas da pele. Bibliogrficas: Pott & Pott (1994), citam como cicatrizante, provavelmente devido ao tanino.

Silva, C.B. - 102; Moreles, L.A.; Teixeira,I.R.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 03/10/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Plantaginaceae (origem? ????) Plantago tomentosa Lam. Nome popular: Tanchagem, plantagem. Descrio botnica: Planta perene,herbcea, acaule, ereta, densamente pubescente, de 20 - 40 m de altura, nativa da Amrica do Sul. Propaga-se apenas por sementes. Indicaes medicinais: Populares: As folhas so usadas na forma de chs ou tinturas contra inflamao de garganta e gripes. Bibliogrficas: Penna (1946), cita que a folha da planta atua contra hemorragias, laringites, rinofaringites, irritaes oculares, lceras escrofulosas e obesidade. Silva, C.B. - 102; Moreles, L.A.; Teixeira,I.R.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 03/10/03. Fazendinha Ecolgica Dourados MS - Brasil. Asteraceae Elephantopus mollis kunth. Nome popular: Fumo - bravo, falso - fumo, p de - elefante, erva do - diabo. Descrio botnica: Erva perene, de 49 60 cm de altura quando pendoada, com caules eretos, ramosos, densamente pubescentes, providas de folhas inferiores grandes e folhas caulinares mais reduzidas, folhas obovadas, sub - obtusas no pice e longamente atenuadas na base, crenado serreadas nos bordos, levemente pubescentes na face ventral. Flores e frutos no foram vistos. Indicaes medicinais: Populares: O ch das suas folhas utilizado para lavar feridas infeccionadas e estancar hemorragias (uso externo). Bibliogrficas: Takeda & Farago (2001), indica o decocto das folhas e das razes como tnico, antifebril e sudorfico. Nos campos do Sul do Brasil e usado durante as epidemias de coqueluche. Silva, C.B. - 104; Moreles, L.A.; Teixeira,I.R.; Camargo, M.V., Macedo, M.K. 03/10/03. Fazendinha Ecolgica - Dourados - MS - Brasil. Solanaceae Cestrum sp. Nome popular: Cocum, olho de - pomba. Descrio botnica: Arbusto com aproximadamente 2,0 m de altura, pelos estrelado pedunculados no lado inferior da fol