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ARTIGO- NUMERAL E PRONOME PROFESSORA LÚCIA BRASIL

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Page 1: ARTIGO- NUMERAL E PRONOME PROFESSORA LÚCIA BRASIL

ARTIGO- NUMERAL E PRONOME

PROFESSORA LÚCIA BRASIL

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ARTIGO

É a palavra que se antepõem a um substantivo para determiná-lo ou indeterminá-lo e, ao mesmo tempo, indicar-lhe o gênero e o número.

Os artigos são: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.

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ARTIGO DEFINIDO São os que determinam o substantivo de modo

particular e preciso , um ser já conhecido do leitor ou ouvinte, indica seres determinados, individualizados. São: o, a, os, as.

EX.:

ERRO DE PORTUGUÊS

Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio teria despido o português

(Oswald de Andrade)

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ARTIGO INDEFINIDO São os que determinam o substantivo de modo vago,

geral. São eles: um, umas, uns, umas.EX.:

CIDADEZINHA QUALQUER Casas entre bananeiras

mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar

Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar.

Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olhamEta vida besta, meu Deus.

(Carlos Drummond de Andrade)

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O artigo sempre se antepõem a um substantivo. Mas não necessariamente imediato.

EX.: Os seus dois lindos filhos de colo são gêmeos.

Os artigos podem combinar-se com preposições, resultando nas formas ao, do, nos, num, numa, etc.

Quanto a fusão da preposição a com os artigos a(s), graficamente representada pelo acento grave:

a + a (s) = à(s), temos um caso especial da crase.

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EMPREGO DO ARTIGO DEFINIDO 1- O artigo definido, no singular, pode determinar toda

uma espécie EX.: O homem é mortal. As pessoas precisam se alimentar.

2- Alguns nomes próprios indicativos de lugar admitem o artigo, outros não:

EX.: o Rio de Janeiro, a Bahia, Roma, Paris.

3- O uso do artigo antes de nomes próprios é facultativo. Quando usados dá ideia de familiaridade ou afetividade:

O Gustavo é meu irmão caçula. Namoro Samuel há muito tempo.

4- Nomes próprios personativos são determinados por artigo quando estão no plural

EX.: os Maias, os Gusmões, os Oliveiras.

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EMPREGO DO ARTIGO 5- Usa-se artigo entre o numeral ambos e o termo

posterior, caso este exija o seu uso. Ex.: Acertei ambos os exercícios.(exercícios é um

substantivo que exige artigo) Ambos vocês estão suspensos (vocês é um pronome de

tratamento, o que não admite artigo)

6- Depois do pronome indefinido “todo” usa-se artigo para dar a ideia de totalidade; sem artigo o pronome assume a noção de “qualquer”:

EX.: Toda a cidade comemorou a vitória do jogador. (a cidade inteira)

Toda cidade possui administradores bons e ruins. (qualquer cidade)

Todo o país participou da greve ( o país todo, inteiro) Todo país sofre por algum motivo (qualquer país)

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Todos: usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso:

Todos os atletas foram declarados vencedores. Todos vocês estão suspensos.

Se o elemento posterior for um numeral, haverá o artigo somente se o numeral for acompanhado por um substantivo:

Todos os dez alunos foram suspensos. Todos dez foram suspensos.

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7- É facultativo o uso do artigo antes dos pronomes possessivos.

EX.: Vou vestir a minha blusa. Vou vestir minha blusa.

8- Emprega-se o artigo para substantivar palavras de outras classes gramaticais.

Ex.: Esse é o porquê da questão O sim da noiva era certo.

9- Pode-se variar a posição do artigo com adjetivos no grau superlativo:

Ex.: Visitei as cidades mais lindas da Itália. Visitei cidades as mais lindas da Itália.

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EMPREGO DO ARTIGO INDEFINIDO

1- O artigo indefinido pode dar força expressiva a um substantivo.

EX.: Aquele goleiro engoliu um frango!

2- Pode indicar ideia de aproximação numérica.EX.: A professora deve ter uns 30 anos.

3- Deve ser evitado antes dos pronomes indefinidos “certo”, “outro” e “qualquer”.

EX.: Não se deve falar isso em qualquer lugar.

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OMISSÃO DO ARTIGO

Antes de pronomes de tratamento, com exceção de senhor (a), senhorita e madame:

Ex.: Houve muito comentários sobre Vossa Senhoria. Após o pronome cujo (e variações): As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram

revoltadas.

Antes da palavra terra empregada em oposição a bordo.EX: Os turistas desembarcaram em terra para fazer compras.

Não se combina com preposição o artigo que integra o nome de jornais, revistas, obras literárias, etc.

EX.: Vi essa notícia no “Fantástico”. (ERRADO) Vi essa notícia em “O Fantástico”. Li a notícia em o Estado de Minas.

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Diferença entre o artigo indefinido e o numeral

O artigo indefinido expressa uma ideia vaga, imprecisa, enquanto o numeral indica uma quantidade exata, precisa. Em Um cão é sempre um grande amigo do homem, o artigo indefinido é empregado no sentido genérico, isto é, todo cão, qualquer cão. No entanto, quando alguém diz Nesta caixinha cabe apenas um brinquedo, entende-se que há referência de número ou de quantidade, isto é, um só brinquedo.

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Outro ponto de distinção entre as duas classes de palavras é a possibilidade de pluralização. O artigo tem plural (um/uns, uma/umas), e o numeral não, usando-se em seu lugar, dois/duas, três, quatro etc.

Às vezes, quando uma frase aparece deslocada de um contexto, torna-se difícil estabelecer se estamos diante de artigo ou de numeral.

Exemplo:

Comi um doce delicioso.

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NUMERAL

É a palavra que exprime ideia de quantidade, ordem, fração ou multiplicação dos seres. Assim, os numerais podem ser:

- Cardinais: indicam uma quantidade exata de seres: um, dois, três, etc.

Ex.: Há vinte alunos na sala.

- Ordinais: indicam a ordem numérica em que se localizam os seres numa série: primeiro, segundo, terceiro, etc.

Ex.: Na listagem dos aprovados, seu nome aparece em décimo lugar.

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- Multiplicativos: indicam o número de vezes em que os seres são multiplicados: dobro ou duplo, triplo, quádruplo, etc.

- Fracionários: indicam o número de vezes em que os seres são divididos: meio ou metade, um terço, um quarto, etc.

Ex.: Comemos a metade da pizza.

Ex.: Patrícia é o triplo mais aplicada que sua irmã.

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OBSERVAÇÕES - Em relação à grafia, alguns numerais apresentam mais de uma forma:

quatorze ou catorze décimo primeiro, undécimo ou onzenodécimo segundo, duodécimo ou dozenodécimo terceiro, tredécimo, trezeno ou tércio-décimoseptuagésimo ou setuagésimoseptingentésimo ou setingentésimonongentésimo ou noningentésimobilhão ou biliãotrilhão ou trilião, etc.

- Os numerais que designam um conjunto determinado de seres recebem o nome de numerais coletivos:

Bíduo – período de dois diasBimestre – período de dois mesesBienal – que ocorre de dois em dois anosBiênio – período de dois anos

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Ambos (as) – numeral dual, já que sempre se refere a dois seres, podendo ser empregado, com reservas, de maneira enfática: ambos os dois.

EX: “O certo é que ambos os dois monges caminhavam juntos.” (Alexandre Herculano).

Coletivos que indicam uma quantidade determinada: par, casal, dezena, dúzia, etc.

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PRONOME É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo,

relacionando-o às três pessoas do discurso (quem fala, com quem se fala e de quem se fala). De acordo com essas duas características distintas, temos:

- Pronome substantivo: substitui ou representa o substantivo. Aparecem isolados na frase.

EX: É justo que todos sejam pagos para trabalhar.Enquanto você trabalha, ele viaja pelo mundo.

- Pronome adjetivo: acompanha o substantivo. Se empregam sempre junto de um substantivo.

EX: Vivi alguns anos naquela região.O meu ganho é maior que as minhas despesas.

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Há seis tipos de pronomes: - Pessoais;- Possessivos;- Demonstrativos;- Indefinidos;- Interrogativos; e- Relativos.

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PRONOMES PESSOAISDenotam diretamente uma das três pessoas do discurso.- Retos A- quem fala: eu, nósB- com quem se fala: tu, vósC- de quem se fala: ele, eles

- Oblíquos átonos: me, te, se, o (s), a (s), lhe (s), nos, vos.

- Oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco.

OBS1: Como sempre figuram no lugar de um substantivo, são pronomes substantivos.

OBS2: Os pronomes ele(s), ela(s), nós e vós são pronomes oblíquos tônicos quando aparecem regidos de preposição.

EX: a ele(s), com ela(s), por nós, sobre vós.

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PRONOMES PESSOAIS RETOS

Geralmente exercem a função de sujeito na oração:EX: Eu e ela somos apenas bons amigos.

- Podem funcionar como predicativo do sujeitoComprovadamente o culpado é ele.

- Tu e vós podem figurar como vocativos. “Ó vós, que, no silêncio e no recolhimento...”

- O pronome vós é empregado em textos muito formais ou religiosos.

- Os pronomes eu e tu NUNCA podem ser regidos de preposição. Devemos substituí-los pelos pronomes mim e ti.

Nunca houve nada entre mim e ela. Sempre confiei em ti.

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OBSERVAÇÃO

Tenho que estudar bastante para EU passar no concurso.

Quem pratica a ação são os pronomes pessoais do caso reto. Eu, tu, ele, nós, vós, eles.

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Falar bem é importante para mim(Observe que o sujeito da frase é: “falar bem”. Para mim é o “complemento” da oração)

VERBO NO INFINITIVO

Na dúvida, sempre que aparecer um verbo no infinitivo (fazer, entender, ver etc.), use o pronome pessoal do caso reto: “EU”.Então, diga: Para EU fazer, para EU ler, para EU brincar, para EU ser mais feliz.

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PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS

Aparecem de duas formas.- Átonos: empregados sem preposição:EXS: Deram-me uma nova oportunidade. Perguntei-lhe se estava tudo bem.

- Tônicos: obrigatoriamente regidos de preposição.

Deram uma nova oportunidade a mim. Perguntei a ele se estava tudo bem.

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PRONOMES DE TRATAMENTO

Incluem-se entre os pronomes pessoais. Embora a concordância deva ser feita com a 3ª pessoa, tais

pronomes se referem à 2ª pessoa, ou seja, com quem se fala.EX: Quando Vossa Senhora vier, traga consigo todos os documentos.

ALGUNS PRONOMES você (tratamento familiar), Vossa Alteza (príncipes, princesas),

Vossa Eminência (cardeais), Vossa Excelência (altas autoridades do governo), Vossa Magnificência (reitores de universidades), etc.

OBSERVAÇÕES- Essas formas se aplicam quando nos dirigimos ao interlocutor.EX: Senhor Governador, Vossa Excelência pode receber-me agora?

- Para a 3ª pessoa, aquela de quem falamos, substituímos “Vossa” por “Sua”.

Ex: Você sabe se a Sua Excelência, o governador, já voltou de viagem?

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PRONOMES POSSESSIVOS

Referem-se às pessoas do discurso, acrescentando-lhes ideia de posse.

Concordam em pessoa com o possuidor e em número e gênero com o possuído.

EX: Tu viajarás com tuas primas, e eu com meus irmãos.

Números

Singular

Plural

Pessoa

Primeira

SegundaTerceira

Primeira

Segunda

Terceira

Pronomes possessivos

meu, minha, meus, minhasteu, tua, teus, tuasseu, sua, seus, suas

nosso, nossa, nossos, nossasvosso, vossa, vossos, vossasseu, sua, seus, suas

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Quando o pronome possessivo determina mais de um substantivo, ele deverá concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Vou lavar meu tênis e bolsa.

Emprego dos pronomes possessivos

- seu: a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor.

Ele não aceitou sua reprovação. (reprovação de quem? da pessoa de quem se fala? da pessoa com quem se fala?)

Para evitar esse tipo de ambiguidade, usa-se dele (dela, deles, delas) Ele não aceitou a reprovação dela

.

Page 28: ARTIGO- NUMERAL E PRONOME PROFESSORA LÚCIA BRASIL

- Existem casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito.

Aquela mulher deve ter seus quarenta anos. (aproximação)

Meu amor cuide melhor de sua família. (afeto) Sente-se aqui meu senhor. (respeito)

- SEU: anteposto a nomes próprios não é possessivo, mas uma alteração fonética de Senhor.

Seu Pedro, o senhor gostaria de vender sua casa?

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É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.Ex.• Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.

Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do próprio corpo.Ex.• Amanhã, irei cortar os cabelos.• Vou lavar as mãos.• Menino! Cuidado para não machucar os pés!

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PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Indicam a posição dos seres no tempo e no espaço, tendo como referência as três pessoas do discurso.

Variáveis: este(a/s), esse(a/s), aquele(a/s).

Invariáveis: isto, isso, aquilo.

Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode-se dar em termos de espaço, tempo ou discurso.

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Emprego dos pronomes demonstrativos

Com relação ao espaço:- Os pronomes este(s), esta(s) e isto indicam o

ser próximo à pessoa que fala. São usados em relação aos pronomes “eu, mim, comigo, meu(s), minha(s)” e ao advérbio “aqui”, expressos ou não.

EX: Este livro é bem antigo. Isto (aqui) é uma verdadeira obra de arte.

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1. Este, esse, aquele e suas flexões

 Utilizamos estas pró-formas para  localizar os nomes no tempo, no espaço e no próprio texto:

No espaço

Vale para o uso dos demonstrativos a relação com as pessoas do discurso: este para próximo de quem fala (eu); esse para próximo de quem ouve(tu); aquele para distante dos dois (ele).

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Exemplos:

Este documento que eu estou entregando apresenta a síntese do projeto.

Se tu não estás utilizando essa régua, podes me emprestar por alguns minutos?

Vês aquele relatório sobre a mesa do Dr. Silva? É o documento a que me referi.

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No tempo

Este e suas flexões referem-se ao tempo presente ou futuro.

Exemplos: Nestas próximas semanas, estarão ocorrendo as inscrições para o concurso. No final desta semana, o Diretor de nossa Unidade irá a São Paulo. Este ano de 2011 está sendo marcado pela violência no Oriente Médio.

Esse e suas flexões referem-se a tempo recentemente decorrido.

Exemplo: Ninguém esquecerá os acontecimentos desse final de semana que passou.

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Aquele e suas flexões referem-se a um passado mais distante.

Exemplo:

Falávamos daquele período em que as mulheres obtiveram o direito ao voto.  

Evidentemente, não há limites precisos para o uso de esse e aquele, sendo a última palavra sempre determinada pela adequação ao contexto.

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No discurso

Quando bem utilizados, os demonstrativos são eficientes elementos de coesão entre o que se está falando e o que já se disse ou irá dizer adiante. Deve-se utilizar este e suas flexões em dois casos:

para adiantar o que se vai dizer ou para remeter a algo recém dito, quando esse já-dito comportar mais de uma retomada.

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Exemplos:

Nosso povo sofre com muitos problemas, dentre os quais estes: miséria, fome e ignorância.

Admiração, respeito, amizade? Talvez, pensava ela, este (último) seja o mais importante e perene dos sentimentos.

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Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos

Este: indica o que se referiu por último. Esse: se refere ao penúltimo. Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

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Outra situação importante ocorre quando queremos retomar por demonstrativos mais de um elemento já mencionado.

Exemplo:

O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso; este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão.

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Quando se quer retomar apenas dois elementos, elimina-se a forma intermediária esse.

Exemplo:

As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.

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Emprego de este, esse e aquele em relação a dois termos

Este: indica o que se referiu por último. Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

Gabriela e Ana são alunas do Genoma. Esta é muito estudiosa, aquela detesta estudar.

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PRONOMES INDEFINIDOS

São aqueles que se referem de modo vago, impreciso à terceira pessoa, ou exprimem quantidade indeterminada. Podem ser variáveis (gênero e número) ou invariáveis.

- VARIÁVEIS: algum, nenhum, certo, muito, outro, pouco, todo, vário, tanto, quanto, um, tamanho, qualquer-quaisquer, diversos-diversas.

- INVARIÁVEIS: alguém, ninguém, cada, outrem, tudo, nada, algo, que.

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Uso de alguns pronomes indefinidos:

Algum

a) quando anteposto ao substantivo da ideia de afirmação"Algum dinheiro terá sido deixado por ela."

b) quando posposto ao substantivo dá ideia de negação

"Dinheiro algum terá sido deixado por ela.“

ObservaçãoO uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador.

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• Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)

• Algum amigo o ajudará. (Alguém)

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Demais

Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio "demais" ou com a locução adverbial "de mais".

Exemplos

" Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista." (locução adverbial)

"Maria esperou os demais." (pronome indefinido = os outros)

"Maria esperou demais." (advérbio de intensidade)

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Todo

É usado como pronome indefinido e também como advérbio, no sentido de completamente, mas possuindo flexão de gênero e número, o que é raro em um advérbio.

Exemplos

"Percorri todo trajeto." (pronome indefinido)

"Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada." (advérbio)

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Cada

Possui valor distributivo e significa todo, qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas.

Exemplos

"Cada homem tem a mulher que merece.“

Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).

Pode, às vezes, ter valor intensificador : "Mário diz cada coisa idiota!"

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Certo

A palavra certo será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiverposposto a substantivo.

Ex.

• Certas pessoas não se preocupam com os demais.

• As pessoas certas sempre nos ajudam.

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Qualquer

O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum.

Ex.

• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria:• Ele entrou na festa sem problema algum.• Ele entrou na festa sem nenhum problema

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PRONOME RELATIVO

Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.

Não conhecemos o aluno que saiu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.

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Além de servirem de conectivo entre duas orações, os pronomes relativos sempre exercem uma função sintática na oração que estão.

EX: Recebam bem os atletas / que (os atletas) representaram nossa cidade.

-O pronome que retoma o termo “os atletas” da 1ª oração, exercendo função de SUJEITO na 2ª oração.

EX2: é bastante agradável a cidade/ onde nasci. (Nasci nessa cidade).

-O pronome relativo onde retoma o termo “a cidade” da 1ª oração, exercendo a função de ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR na 2ª.

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VARIÁVEIS: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo(s), cuja(s), quanto, quantos, quantas.

INVARIÁVEIS: que, quem, onde, como, quando.

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O Pronome Relativo Cujo Este pronome indica posse (algo de alguém).

Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o possuído (alguém cujo algo)

Por exemplo nas orações:

Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O substantivo repetido rapaz possui namorada.

Deveremos, então usar o pronome relativo cujo, que serácolocado entre o possuidor e o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada.

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Não se pode, porém, usar artigo (o, a, os, as)depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja;cujo + os = cujos; cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada. Somando asduas orações, tem-se

Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.

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Outros exemplos:

1)A árvore foi derrubada. Os frutos da árvore são venenosos.

• Substantivo repetido = árvore - o substantivo repetido possui algo.• Algo de alguém = Alguém cujo algo: os frutos da árvore = a árvore cujos frutos. Somando as duas orações, tem-se

A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada.

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Começando pela outra oração:

Colocação do pronome que após o substantivo = Os frutos da árvore que ...• Restante da outra oração = ... foi derrubada ...• Finalização da oração que se havia iniciado = ... são venenosos• Junção de tudo = Os frutos da árvore que foi derrubada são venenosos.

02) O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.• Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui algo.• Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o artista cuja obra. Somando asduas orações, tem-seO artista cuja obra eu falara morreu ontem.

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Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista, porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está inadequado gramaticalmente.

A explicação é a seguinte: Quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se colocá-la antes do pronome relativo.Então, tem-se:

O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.

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03) As pessoas estão presas. Eu acreditei nas palavras das pessoas.• Substantivo repetido = pessoas - o substantivo repetido possui algo.• Algo de alguém = Alguém cujo algo: as palavras das pessoas = as pessoas cujas palavras.Somando as duas orações, tem-se

As pessoas cujas palavras acreditei estão presas.

O verbo acreditar está usado com a prep. em, portanto ela será colocada antes do pronome relativo.

As pessoas em cujas palavras acreditei estão presas.

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Começando pela outra oração:

• Colocação do pronome que após o substantivo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que...

• Restante da outra oração = ... estão presas

• Junção de tudo = Eu acreditei nas palavras das pessoas que estão presas.

Obs: Todos os pronomes relativos iniciam Oração Subordinada Adjetiva, portanto todos os períodos apresentados contêm oração subordinada adjetiva.

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O Pronome Relativo Quem

Este pronome substitui um substantivo que representa uma pessoa, evitando sua repetição. Somente deve ser utilizado antecedido de preposição a ou de acordo com a regência do verbo.

Exemplo:

A garota que conheci está em minha sala.

O pronome que funciona como objeto direto. Substituindo pelo pronome quem, tem-se

A garota a quem conheci ontem está em minha sala.

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Há apenas uma possibilidade de o pronome quem não ser precedido de preposição: quando funcionar como sujeito. Isso só ocorrerá, quando possuir o mesmo valor de o que, a que, os que, as que, aquele que, aquela que, aqueles que, aquelas que, ou seja, quando puder ser substituído por pronome demonstrativo (o, a, os, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas) mais o pronome relativo que.

Exemplo:

Foi ele quem me disse a verdade = Foi ele o que me disse a verdade.

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Outros exemplos:

1) Este é o artista. Eu me referi ao artista ontem.

Este é o artista a quem me referi ontem.

2) Aquele é o homem. Eu lhe falei do homem.

Aquele é o homem de quem lhe falei.

3) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.

Encontrei o garoto a quem você estava procurando.

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O Pronome Relativo Qual

Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem.

É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais.

Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome qual, e não que ou quem.

O juiz perante o qual testemunhei. Os assuntos sobre os quais conversamos.

Page 65: ARTIGO- NUMERAL E PRONOME PROFESSORA LÚCIA BRASIL

E não:

O juiz perante quem testemunhei nem Os assuntos sobre que conversamos.

Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o restaurante.

Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você.

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O Pronome Relativo Onde

Este pronome tem o mesmo valor de em que. Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como Adjunto Adverbial de Lugar.

Se a preposição em for substituída pela prep. a ou pela prep. de, substituiremos onde por aonde e donde, respectivamente.

Exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe.

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Será Pronome Relativo Indefinido, quando puder ser substituído por O lugar em que.

Por exemplo na frase:

Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu.

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Outro exemplo:

Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade.

• Substantivo repetido = cidade• Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade que...• Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora.

• Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O verbo morar exige a prep. em, pois quem mora, mora em algum lugar.Então:Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora.Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora.

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O Pronome Relativo Quanto

Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou todas, concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas).

Exemplo:

Fale tudo quanto quiser falar.Traga todos quantos quiser trazer.Beba todas quantas quiser beber.

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PRONOMES INTERROGATIVOS São pronomes interrogativos aqueles empregados

para formular uma pergunta direta ou indireta. Da mesma maneira que ocorre com os indefinidos, os

interrogativos também se referem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.

VARIÁVEIS: qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas.

INVARIÁVEIS: que, quem.

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É um tipo de pronome com que se introduzem frases interrogativas (diretas ou indiretas).

• Quantos irão ao teatro? (direta) • Quero saber quantos irão ao teatro. (indireta)

• Que farei agora? - Interrogativa direta.• Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.• Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.• Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta.

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Notas:

01) Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ), Que é dele? (= Que é feito dele?).

• Nunca se deve usar quédê, quedê ou cadê, pois essas palavras oficialmente não existem, apesar de, no Brasil, o uso de cadê ser cada dia maisconstante.

02) Não se deve usar a forma o que como pronome interrogativo; usa-se apenas que, a não ser que o pronome seja colocado depois do verbo.

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Ex.

• Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à noite?

• Que queres de mim? e não O que queres de mim?

• Você fará o quê?