articulaÇÃo de redes sociais em projetos … · 2014-06-04 · É reforçada também a...
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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013
ARTICULAÇÃO DE REDES SOCIAIS EM PROJETOS ECONÔMICOS: UMA PROPOSTA
DE ATUAÇÃO NO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Paulo Henrique Gomes Jelihovschi Felipe Augusto de Araújo
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Painel 36/138 Coordenação informal
ARTICULAÇÃO DE REDES SOCIAIS EM PROJETOS ECONÔMICOS:
UMA PROPOSTA DE ATUAÇÃO NO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Paulo Henrique Gomes Jelihovschi
Felipe Augusto de Araújo
RESUMO A coordenação de servidores de diferentes órgãos, secretarias ou ministérios em torno de um projeto comum é um desafio recorrente para os governos. Em Minas Gerais, um desafio nestes moldes tem sido enfrentado com relação ao projeto Product Space, uma ferramenta de auxílio à definição de políticas na área de desenvolvimento econômico. O projeto é feito em parceria com equipes das Universidades Harvard e MIT e conta com a participação direta de mais de sessenta servidores do Governo Estadual. Este artigo visa discutir as ações adotadas no Governo de Minas Gerais com o objetivo de estabelecer uma complexa e funcional rede de atores envolvidos com o projeto. A discussão será baseada na análise de redes sociais à luz da teoria psicológica behaviorista, em particular das ideias sobre planejamento cultural de Skinner. O trabalho está dividido em quatro seções, além da introdução e da conclusão. A primeira seção trata da conceituação do Product Space. Na seção seguinte, discute-se como desenvolver a rede do Product Space com vistas a fomentar o bem pessoal, o bem dos outros e o bem comum dos participantes. A terceira seção detalha as medidas práticas adotadas e a quarta seção traz os resultados esperados.
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INTRODUÇÃO
O problema da desigualdade socioeconômica é uma questão de grande
relevância, e que vem recebendo atenção de estudiosos e formuladores de políticas
públicas. A necessidade de estudar e compreender as causas das disparidades
econômicas e, então, propor políticas que visem contribuir para o crescimento das
regiões é algo essencial para manter o desenvolvimento econômico sustentado
do país.
Muitos estudiosos destacam o papel das transferências governamentais,
por meio de políticas públicas, voltadas às questões regionais. Os limites de
funcionamento do livre mercado justificam a utilização de instrumentos como, por
exemplo, investimentos públicos em infraestrutura econômica e social.
No entanto, um investimento inicial não promove crescimento de forma
homogênea ou equilibrada. O crescimento concentra-se, num primeiro momento, em
determinados ramos da economia e, posteriormente, difunde-se mediante aumento
de produção e avanços tecnológicos. Como consequência, a identificação de
setores estratégicos torna-se importante no sentido de possibilitar a escolha de
investimentos em setores capazes de motivar outros investimentos e criar um ciclo
virtuoso de crescimento e desenvolvimento econômico.
A economia mineira sempre teve grande importância e posição
estratégica na estrutura produtiva do Brasil. No território mineiro convivem recursos
naturais abundantes, importantes indústrias de base, como mineração e mecânica,
um pujante setor de agronegócio, além de uma liderança política ativa. Como
resultado dessa posição estratégica, o estado possui o terceiro maior PIB do Brasil.
Segundo informações estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) a taxa de crescimento real da economia de Minas Gerais, no período de
2003-2008, foi de 4,3% ao ano, em média, superando o desempenho do Brasil e da
região Sudeste, que cresceram 4,2% e 4,1% ao ano, respectivamente. Embora esse
quadro pareça favorável a Minas Gerais, segundo projeções do Cedeplar/UFMG
(Domingues et. al., 2012), a taxa de crescimento médio do PIB mineiro no período de
2012 a 2030deverá ser de 4,15% ao ano, contra 4,30% ao ano do restante do Brasil.
De acordo com o mesmo estudo, a economia mineira crescerá abaixo da média
da região Sudeste e do estado de São Paulo durante o mesmo período.
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Os fatores identificados como causa para esse cenário são o ambiente
macroeconômico desfavorável, mudanças tecnológicas e de preferências e o
deslocamento setorial e regional de investimentos.
É sabido que a estrutura produtiva de Minas Gerais é especializada e que
a pauta de exportação do estado é concentrada, o que gera maior dependência do
estado em relação a flutuações macroeconômicas internacionais. A economia
mineira se especializou nos setores de mineração, metalurgia e agroindústria porque
isso trouxe uma vantagem importante para o estado. Este caráter primário-
exportador ainda permanece como um dos aspectos mais marcantes da economia
mineira.
No ano de 2011, por exemplo, dentre os dez maiores setores
exportadores do estado, sete podem ser considerados bens primários ou
semimanufaturas baseadas em recursos naturais. Ademais, no mesmo ano, 60%
das exportações de Minas Gerais corresponderam a apenas duas commodities:
minério de ferro e café. Se compararmos esse resultado à pauta de exportação do
estado de São Paulo, veremos o caráter concentrador das exportações mineiras,
uma vez que, no mesmo período de análise, dos dez maiores setores exportadores
paulistas, apenas três são considerados de bens primários ou semimanufaturados.
Nesse contexto, Minas Gerais tende a se beneficiar com consequente
aumento da demanda externa por commodities agrícolas e minerais e com a
perspectiva de mudança nos preços relativos em favor destas. Mas, no futuro,
quando as economias nacional e internacional mudarem o seu foco, esta
especialização tem o potencial de gerar perdas econômicas e sociais para o estado.
Associadas às mudanças no padrão econômico, temos que considerar as
alterações das preferências devido ao novo padrão tecnológico. Conforme apontado
no PMDI (Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado), no item Globalização e
Competitividade, a capacidade de uma sociedade degerar e assimilar mudanças
tecnológicas é, cada vez mais, um fator chave para o crescimento e o
desenvolvimento econômico, e o conhecimento tem se consolidado como principal
motor da economia mundial.
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Para Minas Gerais, e o Brasil, os impactos do atual padrão produtivo e
tecnológico são a elevação do risco de perda de competitividade das indústrias
mineiras frente à oferta de produtos, inserção tecnológica e melhoria de
infraestrutura da economia chinesa e demais países asiáticos. A estrutura produtiva
e a capacidade de inserção dos produtos mineiros no mercado global podem ser
prejudicadas por deficiências e gargalos na infraestrutura e nos sistemas logísticos.
É reforçada também a necessidade de redirecionamento do sistema mineiro de
inovação para acelerar a inovação nas empresas.
Nesse sentido, o documento PMDI (Plano Mineiro de Desenvolvimento
Integrado) propõe conceder atenção especial ao crescimento econômico como a
grande alavanca das transformações sociais sustentáveis por meio de programas de
fomento econômico, de infraestrutura e ciência e tecnologia. Associado ao PMDI, o
plano de governo do Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, apresenta
como estratégia ao desenvolvimento mineiro a indução de uma agenda de inovação,
visando o aprimoramento do que o estado já possui e ao desenvolvimento de novas
oportunidades, definidas juntamente com os representantes relevantes da economia
mineira, incluindo centros de pesquisas, agências de fomentos à pesquisa, setor
privado, universidades e Estado.
Onde estará a economia mineira nos próximos anos diante das mudanças
produtivas e econômicas? Para responder a essa pergunta de forma positiva é
necessário definir e buscar outras possibilidades de participação da economia
mineira no mercado nacional e mundial no médio e longo prazos, reduzindo a
dependência na exportação de produtos primários, manter um crescimento e
desenvolvimento econômico sustentado, com empregos de qualidade e redução da
desigualdade inter-regional.
Diante desse cenário para a economia mineira, face às mudanças
econômicas e tecnológicas em curso, as perguntas que ficam são: Como mudar o
padrão produtivo mineiro de forma a mantê-lo competitivo na economia nacional e
mundial? Quais serão os setores estratégicos que darão suporte a esse novo padrão
produtivo, de forma a manter um crescimento e desenvolvimento econômico
sustentável para Minas Gerais? Qual o caminho a ser traçado?
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Parte-se da constatação de que é preciso criar um locus de diálogo entre
os principais atores no processo de inovação no estado, isto é, as empresas, as
universidades, os institutos de pesquisa e o governo. Isto passará a ser possível
através da identificação das oportunidades econômicas no estado, de suas cadeias
de valor e de todas as tecnologias subjacentes a essas cadeias. De posse dessas
informações, será possível dedicar atenção à análise dos gargalos e desafios
tecnológicos enfrentados pela economia mineira, e das eventuais vantagens
competitivas que tenhamos para o enfrentamento desses desafios.
Uma vez identificados os gargalos e os desafios tecnológicos presentes
nas cadeias de valor daqueles produtos e serviços que são estratégicos, será
possível construir uma agenda indutora, contendo os desafios de pesquisa,
desenvolvimento e inovação tecnológica, com garantia prévia de que os resultados
terão impacto econômico e social no estado.
Para a construção desse suporte à tomada de decisão, é necessário o
uso de uma tecnologia, com inovações metodológicas, que permita a identificação
do processo de diversificação e complexidade produtiva de Estado de Minas Gerais.
O Product Space é uma metodologia que mostra explicitamente quais produtos
requerem habilidades similares àquelas de que a localidade já dispõe, ajudando a
desenhar uma política pública, industrial e tecnológica (Hidalgo et. al., 2007 e
Hausmann, et. al., 2011).Ainda, esta ferramenta nos permite analisar a evolução
experimentada por países que partiram de um patamar semelhante ao estado de
Minas Gerais para se tornaram nações ricas décadas depois.
A metodologia Product Space vem sendo desenvolvida, desde 2007,
pelos professores César Hidalgo e Ricardo Hausmann. A ideia subjacente a seu
trabalho é de que as regiões diversificam sua economia com base no estoque de
conhecimento produtivo que possuem. Além disso, diferentes produtos requerem
diferentes quantidades de conhecimento produtivo e, mais importante, a diferença
no volume deste conhecimento tem o potencial de explicar as enormes diferenças
de PIB per capita ao redor do mundo.
No âmbito do projeto Product Space de Minas Gerais, o Governo do
Estado, por meio do Escritório de Prioridades Estratégicas, está desenvolvendo uma
plataforma online que conterá dados sobre a economia mineira para serem analisados
sobre a ótica da teoria do Product Space. Além desse objetivo, a plataforma também
irá abrigar diversos aplicativos de visualização de informações estaduais, abrangendo
as áreas de atividades econômicas, exportações e educação.
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Entretanto, observa-se um entrave importante no tangente a adoção
dessa metodologia por parte das várias esferas do Governo de Minas e de seus
parceiros da iniciativa privada ligados ao desconhecimento desta metodologia e
como estes diversos atores podem ser beneficiados por esta.
Esse entrave pode sumariamente ser explicado pela adoção dessa
metodologia sem a participação prévia dos vários atores que fariam uso desta.
Observa-se que não houve uma construção coletiva em Minas Gerais de como seria
o recebimento e adoção do Product Space por estes vários atores que fariam uso
deste. Vê-se, portanto que, previamente a adoção do Product Space por parte do
Governo do Estado de Minas Gerais, não houve a formação de uma efetiva rede
social em torno dessa inovadora metodologia.
REDES SOCIAIS E PLANEJAMENTO CULTURAL
O conceito de redes sociais vem sendo estudado a partir de uma grande
variedade de ideias, o que nos permite visualizá-las através de uma pluralidade de
características (SANTOS, 2004). A mesma autora ainda mostra como esse conceito
foi apropriado psicólogos, sociólogos e antropólogos de maneiras distintas.
Ainda segundo Santos (2004, p.43), “A base para entendimento de redes
sociais está na Teoria de Moreno que trabalhou com sociogramas e matrizes sociais
em 1934”. A autora ainda explicita que autores como Kurt Lewin, através de sua
teoria do Campo de Forças, Heider, através da teoria da atribuição, Cartwright e
Harary, através da Teoria dos Grafos, também são importantes para se entender o
conceito de redes através de um viés cognitivo, psicológico.
Vista a enorme complexidade e variabilidade de trabalhos existentes
sobre esse tema, optou-se neste trabalho por fazer a análise de redes através
doviés comportamental, behaviorista, utilizando-se as ideias sobre planejamento
cultural de Skinner.
Skinner, psicólogo norte americanoda linha behaviorista, dedicou sua
obra a estudar o comportamento humano através das relações do sujeito com o
ambiente. O comportamento então se refere “à atividade dos organismos (animais,
incluindo o homem) que mantém intercâmbio com o ambiente” (DE ROSE, 1999).
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Entende-se então que o comportamento do sujeito será modelado através de sua
relação com o ambiente em que este sujeito está inserido (SKINNER, 1976). O
sujeito, dentro de certo ambiente, se encontrará em um contexto de reforçamento e
punição que farão com que ele tenha maior probabilidade de repetir ou cessar certo
comportamento. Esquematizando de maneira simples, o sujeito terá uma maior
probabilidade de repetir certo comportamento caso a consequência posterior à
emissão desse comportamento tenha sido reforçadora. Caso essa consequência
tenha sido punitiva, há a possibilidade de que o comportamento em estudo diminua
de frequência no contexto em questão.
Mas e quando o comportamento extrapola o individuo para ser estudado
em um contexto mais amplo? Tendo essa realidade em vista, estaríamos então
falando de um planejamento cultural (Skinner, 1976).
Ao longo do tempo, pode-se observar vários povos, possuidores das mais
distintas culturas que pareceram e deixaram de existir com o passar dos anos.
Observa-se comportamentos e ferramentas que uma vez foram muito importantes,
mas que atualmente não existem mais. Por outro lado, é possível identificar
comportamentos, ferramentas, povos e culturas que perduram ininterruptamente por
anos e até séculos a fio. Quais seriam então os fatores diferenciais que levam as
culturas existentes no mundo a perdurarem ou desaparecerem? Para Skinner, o
diferencial estaria no planejamento cultural.
Skinner (1971), ao citar fatores que levariam ao sucesso do
desenvolvimento e sobrevivência de uma cultura, alerta para o planejamento
eficiente que deva ser dado para que esta perdura passando pelo bom planejamento
de mecanismos que favoreçam o bem pessoal, o bem dos outros e o bem da
cultura.
Abib (2001) alerta para intrínseca relação entre o bem pessoal e o bem do
outro, mas é possível entender o bem pessoal como ganho estritamente pessoal, o
reforço positivo que um sujeito terá ao se integrar à cultura que aumente a
probabilidade de que este continue fazendo parte desta. Já por bem do outro,
entende-se o reforço positivo que o sujeito observa para si quando outro sujeito tem
algum tipo de ganho. Nas palavras de Abib (2001) o bem do outro se configuraria
“quando o indivíduo se comporta visando o bem de outros, visa também,
intencionalmente ou não, seu próprio bem”.
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Já o bem da cultura, de acordo com Skinner (1971), seria a própria
sobrevivência da cultura em estudo. Para tal, esta cultura deveria criar condições
para que seus membros vejam ganhos pessoais em fazer parte desta e trabalhem
para a sua sobrevivência ao produzirem “comportamentos que sejam úteis a eles
próprios e à sua cultura” (1971, p.128). Skinner (1971, p. 127) ainda diz que “Uma
cultura necessita do apoio de seus membros e deverá facilitar a procura e a
consecução da felicidade se pretende evitar o descontentamento ou a deserção”. O
bem da cultura se daria então a posteriori, advindo do engajamento dos sujeitos em
práticas de bem comum e bem dos outros que resultariam na sobrevivência dessa
cultura. Este bem se daria, nas palavras de Skinner (1971, p. 128) ao se “tornar a
sobrevivência de uma comunidade importante para os seus membros”.
Acrescentando a essa discussão, Baum (2006), apoiado na teoria
behaviorista de Skinner, ao discorrer sobre as relações entre sujeitos e instituições,
fala sobre o reforço mútuo, ao dizer que essa relação será bem sucedida se tanto o
sujeito como a organização se beneficiarem com esta relação, ou nas palavras do
autor, “se a relação ou instituição for bem sucedida, todos os envolvidos devem se
beneficiar de seu funcionamento”. Essa troca de benefícios favoreceriam as relações
de parceria entre o sujeito e a instituição.
O autor ainda acrescenta que essas relações devem ser percebidas de
maneira a obedecer a relações de equidade, onde o reforço imediato (lucro)e as
condições de prazo mais longo (investimento) devem ser percebidos de maneira
equitativa pelos atores da relação. A relação mútua somada à equidade entre as
partes levaria a à cooperação. Essa cooperação deve acontecer em um curto prazo
e perdurar ao longo do tempo, fazendo com que todas as partes observem ganhos
imediatos e vislumbrem ganhos em longo prazo para continuarem com a relação de
cooperação. Observa-se então como comportamentos cooperativos são
fundamentais para o bem da cultura.
Dittrich (2008), retomando Skinner, fala sobre a possibilidade de se
planejar culturas para que certos comportamentos sejam reforçados e tendam a
aumentar sua frequência dentro de uma cultura enquanto outros sejam punidos e
tendam a diminuir de frequência. Ao se observar as premissas sobre o bem pessoal,
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bem do outro e bem da cultura, pensa-se, portanto, que uma cultura deve reforçar os
comportamentos que favoreçam o avanço tecnológico destas, proporcionando uma
maior capacidade adaptativa asàs adversidades que esta cultura irá enfrentar,
criando maior probabilidade de sobrevivência por parte desta. Skinner (1971, p.127)
conclui que “uma cultura será dotada de um elevado valor de sobrevivência se
encorajar os seus membros a examinarem as suas praticas e examinarem novas”.
Isso então favoreceria o aparecimento das novas tecnologias que favoreceriam a
sobrevivência de determinada cultura.
USO DE REDES SOCIAIS E PLANEJAMENTO CULTURAL NO PROJETO PRODUCT SPACE
Ao se analisar a realidade da implantação do Product Space em Minas
Gerais, observa-se todos os desafios citados acima para estabelecer e perpetuar a
cultura de se usar essa metodologia, ainda pouco conhecida por todos os atores
envolvidos em sua implantação, desenvolvimento e uso. Torna-se então
fundamental estabelecer as condições ideias para um bom planejamento cultural
que favoreça o uso do Product Space por esta rede de atores.Observa-se o desafio
de se planejar a cultura para reforçar entre os sujeitos participantes dessa cultura
comportamentos de três tipos:
a) Favoreçam ganhos pessoais em trabalhar para a sobrevivência dessa
cultura;
b) Favoreçam ganhos para os outros que o beneficiem e o incentivem a
trabalhar para a sobrevivência dessa cultura;
c) Favoreçam a cooperação entre os sujeitos da rede de relacionamentos
em tornodo Product Space para que estes trabalhem pela
sobrevivência da metodologia em Minas Gerais.
Chama-se a atenção para a divisão desses comportamentos em três tipos
para meios apenas didáticos, uma vez que muitas vezes esses estímulos oferecidos
se entrelaçam e estabelecem um reforçamento com dupla e até tripla função.
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Observa-se, portanto no processo de adoção do Product Space por parte
do Governo de Minas um movimento unilateral e de baixo conhecimento dos vários
atores envolvidos no uso dessa metodologia sobre quais os reais benefícios que essa
poderia gerar a estes atores. O desenvolvimento do projeto foi então atribuído ao
Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo do Estado de Minas Gerais, órgão
autônomo que atua na gestão de projetos prioritários da agenda do Governo, cabendo
a esse órgão articular todos os atores necessários para a implementação deste. O
Product Space, visto sua natureza multidisciplinar, tem ramificações estendidas por 11
Secretarias de Estado, além de outras 6 instituições das mais variadas finalidades
como Sebrae-MG, FIEMG e Fundação João Pinheiro. Esse projeto tem como previsão
de total implementação a data de Junho/Julho de 2013, estando nessa data a
plataforma online da metodologia pronta para acesso e uso. Observa-se, portanto, o
desafio de movimentar toda uma rede de atores em torno de um projeto
extremamente inovador e pouco conhecido em suas mais diferentes esferas.
Vê-se então o desafio da equipe responsável pela implementação da
metodologia em Minas Gerais, envolvendo o desenvolvimento de ações que
reforcem comportamentos do tipo A, B e C em um curto espaço de tempo em toda
rede de atores envolvida com esse projeto.
Skinner aponta que: “Uma cultura deverá também evoluir e atingir
presumivelmente a sua maior pujança se puder evitar um respeito excessivo pela
tradição e o receio da novidade, por um lado, e as mudanças excessivamente
rápidas, por outro (1971, p. 128).”
Essa citação de pode ser usada para ilustrar o desafio de se
implementar o Product Space no Governo do Estado de Minas Gerais ao se
conceber que a adoção da metodologia por parte dos diversos atores envolvidos
não deva ser rápida a ponto destes atores não entenderem porque e como utilizá-
la, e nem respeitosa demais a fim de evitar o confronto e o conflito com os métodos
tradicionalmente adotados para o desenvolvimento econômico do Estado. Em
outras palavras, deve-se implementar o Product Space reforçando o bem pessoal
que cada ator pode ter com esse projeto, o bem que o outro pode ter com este e
como fazer para que todas essas pessoas trabalhem para o bem comum, no caso
a implantação do Product Space.
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Observou-se, portanto, como importante para se chegar a tal objetivo,
depois de várias rodadas de negociação internas ao Escritório de Prioridades
Estratégicas, a realização de encontros mensais de aproximadamente quatro horas
cada entre a rede de atores envolvidos na implementação do Product Space no
Estado. Chamou-se esse grupo de atores envolvidos no desenvolvimento e adoção
do Product Space em Minas Gerias de Grupo Técnico Ampliado (GTA)
Esses encontros seriam organizados pela equipe interna do Escritório de
Prioridades Estratégicas responsável pelo desenvolvimento do projeto e teria como
objetivo final para a totalidade destes encontros a articulação dessa rede a fim de
torna-la autônoma ao final desse processo, sem a necessidade da articulação de
todos esses atores por parte dessa equipe organizadora, fazendo com que todos os
atores estejam engajados para o trabalho para o bem da cultura, ao estarem cientes
do bem pessoal e bem para os outros que perceberão na sobrevivência desse
projeto. Esses encontros deveriam, portanto, estimular o reforçamento de
comportamentos do tipo A, B e C, citadas acima. Espera-se, portanto, que os atores
envolvidos percebam:
a) O bem pessoal: Entende-se que esse tipo de bem como algo subjetivo
ou objetivo, que o sujeito individualmente avalie como sendo
importante para seu crescimento pessoal e/ou profissional a ser
reforçado num curto, médio e longo prazo a trabalhar pelo projeto.
Pode-se pensar em atores que avaliem o domínio e o simples uso do
Product Space como algo que pode lhe favorecer em seu local de
trabalho, através de maior concentração de informação e poder, o que
pode lhe render aumento de status, posição, salário etc. Outros atores
podem entender o bem pessoal como o próprio conhecimento da
metodologia ao entender esta como algo inovador e que pode ajuda-lo
a lidar com problemas cotidianos em seu trabalho, que merece ser
mais estudado e pode render futuros estudos e, por consequência,
maior conhecimento desta metodologia. Pode-se pensar também no
sujeito que entende o bem pessoal como o retorno que este projeto
dará a população como um todo, gerando maior qualidade de vida para
ele e os outros cidadãos, entre outros.
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b) O bem dos outros: Como bem dos os outros pode-se pensar em
maneiras de como o desenvolvimento desse projeto pode beneficiar
outras pessoas a se comportarem de maneira a beneficiar o próprio
sujeito participante da rede e, consequentemente, reforçar esse sujeito
a trabalhar para o projeto em curto, médio e longo prazo. Entende-se
que a interação entre esses sujeitos através de conversas e discussões
em torno do projeto favoreça o fomento desse bem do outro, fazendo
com que o sujeito possa vislumbrar ganhos no ganho do outro. Pode-
se pensar que o sucesso do Product Space em um setor específico
diferente do qual o sujeito atua possa facilitar a implementação do
Product Space em sua própria realidade de trabalho, gerando um
ganho coletivo através do uso da metologia. Enfim, entende-se como
várias ainda as possibilidades para a compreensão do bem do outro
entre os vários atores do projeto.
c) O bem da cultura: Busca-se, portanto, que ao final do projeto todos os
atores envolvidos no projeto possam enxergar algum tipo de bem
pessoal e bem para o outro, fazendo com que assim eles se sintam
beneficiados ao usar a metodologia e se articulem espontaneamente
e de forma autônoma em torno do uso, manutenção e discussão da
metodologia. Estaria assim configurado o estabelecimento do bem
comum a todos os atores envolvidos no projeto em torno da cultura
em questão, favorecendo a sobrevivência do Product Space em
Minas Gerais.
Para se atingir esses objetivos, esses encontros mensais foram então
divididos em três eixos de atuação, chamados de maneira didática de eixos 1,2 e 3,
sendo importante não confundi-los com as ações do tipo A, B e C citadas acima:
1) Intercâmbio de experiências: Nestes encontros, deve-se dar a
oportunidade aos vários atores envolvidos nessa rede de se
apresentarem e mostrar os projetos que vêm desenvolvendo.
Assim, pode-se pensar que este ator, ao se apresentar, pode ter maior
ciência de como pode usar o Product Space para o seu bem pessoal
através da crítica dos outros atores a sua apresentação. Esses atores,
ao estarem expostos a discussão de como o Product Space
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pode beneficiar o outro, pode também entender como ele pode se
beneficiar da metodologia. Por fim, o desenvolvimento do sentimento
comum que o Product Space pode beneficiar todos os atores aumenta
a probabilidade de que essa rede de atores trabalhe para a
sobrevivência do projeto, configurando-se assim o desenvolvimento do
bem da cultura.
2) Reuniões técnicas com equipe do MIT/Harvard: Entende-se o contato
com os criadores da metodologia e responsáveis pelo desenvolvimento
da ferramenta para uso destacomo importante para se tirar dúvidas
técnicas e dar sugestões para o aprimoramento do uso da plataforma
online da metodologia. Ao se ter o contato direto com esta metodologia
e o poder de interferir nesta para o que ela consiga efetivamente ajudar
a resolver problemas cotidianos dos atores envolvidos nessa rede,
pensa-se num maior reforçamento do bem pessoal, onde esses atores
efetivamente poderão observar empiricamente como essa metodologia
funciona e como eles podem se beneficiar dela.
3) Fortalecimento da rede de atores do Product Space: Tem-se como
objetivo nesse eixo de trabalho o desenvolvimento das relações
interpessoais e relações de trabalho entre os atores envolvidos com o
Product Space. Num primeiro momento entendeu-se que esse eixo s
desenvolveria sozinho através da simples interação desses atores nos
encontros, porém, com o passar dos encontros, ficou latente a
necessidade de desenvolver ações específicas para o fomento dessa
rede. Usa-se, portanto de dinâmicas de grupo e discussões acerca de
como eles podem usar essa fermenta para favorecer uma maior
relação entre os atores, criando assim uma maior possibilidade de
diálogo e criação de laços afetivos e profissionais entre eles. Observa-
se esse tipo de atuação mais subjetivo como importante para a troca
de informações acerca de como o Product Space reforçaria
comportamentos acerca do bem do outro. Assim, esses atores
poderiam ter maior acesso a possibilidades de comportamentos que
reforcem o bem pessoal, aumento assim a probabilidade de um
trabalho para o bem comum do projeto.
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Visando-se então favorecer comportamentos que reforcem os
comportamentos dos tipos A, B e C citados acima para os atores da rede Product
Space, desenvolveu-se um cronograma de atividades, cada qual com ações e
objetivos específicos, que serão citados abaixo:
1. Evento: 1° Workshop com equipe MIT/Harvard
a) Data: 20 a 23 de Agosto de 2012.
b) Participantes: Agência de Desenvolvimento da RMBH, BDMG, BHTEC
Central Exportaminas, CRISP, CSEM Brasil, Escritório de Prioridades
Estratégicas, Fapemig, FDC, Fecomérico Minas, SEBRAE, FIEMG,
FJP, Fundação Brava, INDI, Instituto Inovação, MCTI, MDIC, SEAPA,
Sebrae/MG, Secretaria Geral da Governadoria, SECTES, SEDE, SEE,
SEF, SEPLAG, SETOP e UFMG.
c) Objetivo: Lançamento oficial do projeto Product Space de MG;
Apresentação da realidade econômica do estado para os professores
César Hidalgo e Ricardo Hausmann, desenvolvedores da metodologia.
Objetivou-se nesse momento a criação da rede de atores envolvidos no
projeto. Também foi colocado como importante a apresentação da metodologia e de
seus desenvolvedores aos atores dessa rede, uma vez que eles tinham pouco ou
nenhum conhecimento do que é o Product Space. Também é importante ressaltar
que, junto com a apresentação da metodologia e suas funcionalidades, foi possível
ver como esta ajudou no desenvolvimento econômico de vários países e regiões ao
redor do mundo e como Minas Gerais como um todo poderia se beneficiar desta em
seu desenvolvimento econômico.
Vê-se então uma primeira construção individual do bem pessoal através
do uso da metodologia neste deste primeiro encontro.
2. Evento: 1° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 17 de Julho de 2012.
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, INDI, UFMG,
SEDE, BDMG, SEF, Fundação João Pinheiro, SEPLAG, SETOP,
SEGOV, SEE e SECOI.
c) Objetivo: Marco de criação deste grupo de trabalho para
acompanhamento do projeto.
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Com uma rede de atores ainda bem restrita, os primeiros passos para o
começo do trabalho em torno da metodologia foram dados, através da apresentação
dos vários membros que faziam parte do GTA e um primeiro esboço de como o uso
do Product Space poderia auxiliá-los na resolução de desafios cotidianos em suas
várias realidades de trabalho. Observou-se então um encontro voltado para o eixo 2
do trabalho citado acima.
Observa-se nesse momento um aprofundamento da percepção do bem
pessoal ao se apropriar da metodologia por parte dos atores da rede através de
discussões mais profundas acerca desse uso. Vê-se também um pequeno esboço
da percepção do bem do outro através da interação desses atores, o que favorece a
troca de experiências e o vislumbre de como outro ator pode se beneficiar do uso do
Product Space e como determinado sujeito pode se beneficiar com o uso da
metodologia por parte desse uso do outro.
3. Evento: 2° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 23 de Agosto de 2012
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, UFMG, INDI,
Fundação João Pinheiro, SEDE, SEE, SETE, SEPLAG, Central
Exportaminas, BDMG e SETOP.
c) Objetivo: Interação dos membros do grupo técnico com os professores
César Hidalgo, Ricardo Hausmann e sua equipe. O intuito era
promover um aprofundamento teórico a respeito do projeto.
Novamente, buscou-se aprofundar em questões relacionadas ao uso da
ferramenta e como esses vários atores poderiam se beneficiar pessoalmente deste
uso através de um tipo de encontro do eixo 2.
O encontro se tornou pouco interativo, o que dificultou o reforçamento de
comportamentos que visam o bem dos outros e o bem da cultura.
4. Evento: 3° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 18 de Outubro de 2012
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, UFMG, SECTES,
SEDE, Sebrae, SEE, Central Exportaminas, Fundação João Pinheiro,
SPELAG, BDMG, SEF, INDI e SETE.
c) Objetivo: Compartilhamentos de experiências entre as secretarias e
órgãos participantes e atualização do status do projeto.
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Nesse encontro, representantes se uma Secretaria específica citaram
suas impressões e experiências de como o Product Space poderia ajuda-los no
desenvolvimento de desafios específicos e como esta poderia abrir portas para
novas possibilidades e estudos futuros.Tentou-se com isso fomentar a percepção
em outros atores de como eles poderiam se beneficiar pessoalmente do uso da
metodologia através do uso de outros atores, configurando um encontro do eixo 1.
5. Evento: 4° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 20 de Novembro de 2012
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, Central
Exportaminas, FIEMG, Fundação João Pinheiro, INDI, Sebrae, SEDE,
SEF, SEPLAG, SETE, SECTES e UFMG.
c) Objetivo: Realizar uma videoconferência com o Professor César
Hidalgo e sua equipe para discutir o status de desenvolvimento da
plataforma online do projeto.
Foi realizada uma vídeo conferência com a equipe do MIT em Harvard,
configurando um encontro do eixo 2, visando o estímulo a ações que visem o bem
pessoal entre os participantes.
Ao final desse encontro, ficou latente a necessidade de mudar a forma
desses encontros para uma forma mais interativa. Observou-se que as ações do
eixo 3 não estavam se desenvolvendo de forma espontânea como pensado
anteriormente. Planejou-se então um próximo encontro onde o Product Space não
seria o mote principal do evento, mas sim apenas uma ferramenta para a maior
interação em rede dos atores em questão.
6. Evento: 5° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 06 de Dezembro de 2012
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, RMBH, INDI,
SETOP, Fundação João Pinheiro, SEE, SEDE, SECTES, SEPLAG,
FIEMG, Central Exportaminas e Sebrae.
c) Objetivo: Fortalecimento da rede de atores do projeto.
Nesse encontro foi realizada uma exposição interativa sobre gestão do
conhecimento por um mediador especialista no assunto. Após a apresentação, os
vários atores foram convidados a conversar sobre como os conceitos aprendidos
poderiam ser úteis para o uso e desenvolvimento do Product Space em Minas Gerais,
através de uma dinâmica de conversação interativa conhecida como World Café .
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Observou-se aí vários elogios ao encontro, pela interação entre os
participantes e o melhor conhecimento que estes atores da rede tinham sobre eles
mesmo através do compartilhamento de experiências e como a metodologia poderia
vir a ajudar cada um desses atores. Viu-se então o sucesso no atingimento dos
objetivos das ações de bem pessoal, bem do outro e o começo do fomento das
ações que visam reforçar o bem da cultura entre os participantes.
A partir desse encontro, entendeu-se que os encontros não deveriam ter
como foco um eixo de atuação específico, mas que deveriam sim contemplar um
pouco dos 3 eixos, fazendo com que os encontros com o grupo do MIT e o
intercâmbio de experiências ocorram de forma interativa, potencializando assim os
resultados almejados no referente ao desenvolvimento do grupo e da importância do
uso da metodologia, chegando assim mais rápida ao desejado bem da cultura.
Também, a partir desse encontro, ficou claro para q equipe do Escritório
de Prioridades Estratégicas a importância de se realizar encontros individuais com
esses atores para a tirada de dúvidas pontuais e disseminação do conhecimento e
uso da metodologia para outros atores que a princípio não participam do GTA.
7. Evento: 6° Encontro do Grupo Técnico Ampliado
a) Data: 31 de Janeiro de 2013
b) Participantes:Escritório de Prioridades Estratégicas, INDI, SEDE,
Sebrae, SEE, SECTES, SEF, SEPLAG, FIEMG, Central Exportaminas,
RMBH e SEDRU.
c) Objetivo: Apresentação dos resultados preliminares do projeto e
interação via videoconferência com o Professor César Hidalgo e sua
equipe.
Nesse encontro foi apresentado aos vários atores envolvidos no projeto a
primeira versão da ferramenta desenvolvida pela equipe do MIT para o uso do
Product Space. Essa apresentação foi feita com a participação dessa equipe por
vídeo conferencia e feita de maneira interativa através da mediação de responsável
da equipe do Escritório de Prioridades Estratégicas, através de exercícios
colaborativos, troca de experiências e possibilidade de interação com a equipe do
MIT para dúvidas conceituais e técnicas acerca da metodologia e da ferramenta.
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Contemplou-se então ações dos eixos de atuação 2 e 3. O encontro foi
novamente elogiado e observou-se como os vários atores finalmente puderam
entender como eles podem se beneficiar do uso da ferramenta, como seus pares
podem fazê-lo e como essa metodologia pode ser importante para o
desenvolvimento econômico de Minas Gerais. Vê-se então o sucesso no
estabelecimento das ações que visam reforçar o bem pessoal, o bem do outro e o
bem da cultura.
Próximos encontros vem sendo planejados visando entregar a
metodologia pronta para esses vários atores pertencentes a essa rede em Agosto.
Para tal, tem-se planejado os seguintes encontros:
7° Encontro do Grupo Técnico Ampliado para compartilhamento de
informações a respeito da atuação de diferentes órgãos e secretarias.
8° Encontro do Grupo Técnico Ampliado para fortalecimento da rede,
em preparação para o lançamento final do projeto.
2° Workshop com a presença dos professores César Hidalgo e Ricardo
Hausmann para apresentação dos resultados preliminares da
plataforma e rodadas de discussão com atores-chave no processo de
desenvolvimento econômico estadual.
9° Encontro do Grupo Técnico Ampliado para debater as contribuições
apresentadas no 2° Workshop e preparar-se tecnicamente para o
lançamento final da plataforma online.
3° Workshop, com a presença dos professores e sua equipe, para
lançamento final do projeto e entrega da plataforma online.
Espera-se então que ao fim desse terceiro worshop todos os atores
envolvidos na rede estejam cientes de como podem usar essa nova metodologia
para seu benefício próprio, saibam como seus colegas a estão usando e estejam
devidamente engajados a trabalhar de forma espontânea para o uso e
aperfeiçoamento desta. favorecendo assim a sobrevivência da cultura do uso do
Product Space em curto, médio e longo prazos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como pode ser visto, articular a rede de atores para a perfeita
implementação do projeto Product Space não é simples e é fruto de muito
planejamento e trabalho. Observa-se como muitas reuniões, encontros e horas de
trabalho foram despendidos com o intuito de se trabalhar e fortalecer a rede em
torno desse projeto.
Seguindo a mesma lógica da implantação do Product Space, é um
enorme desafio articular redes de maneira eficiente em tornos de projetos não só na
esfera do desenvolvimento econômico, mas também em várias outras áreas de
atuação tanto da esfera pública como da privada.
Através desse trabalho tentou-se mostrar uma nova forma de articulação
de redes de atores em torno de um projeto, utilizando os conceitos de planejamento
cultural de Skinner. Sabe-se que essa é apenas uma possibilidade de atuação,
porém espera-se que através da disseminação do conhecimento dessa até então
bem sucedida experiência do Governo do Estado de Minas Gerais outros governos,
grupos e projetos possam também se beneficiar ao ter um suporte metodológico já
testado no referente a implementação e desenvolvimento de rede de atores acerca
de um objetivo comum.
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REFERÊNCIAS
ABIB, J. (2001). Teoria moral de Skinner e desenvolvimento humano. Psicologia: Reflexão e Crítica, 14, 107-117.
BAUM, W. M. (2006). Compreendendo o behaviorismo: Ciência, comportamento e cultura. Porto Alegre: Artmed
DE ROSE, JC: O que é comportamento? – Sobre Comportamento e Cognição. Arbytes editora. Santo André, 1999
DITTRICH, A. (2008). Sobrevivência ou colapso? B. F. Skinner, J. M. Diamond e o destino das culturas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21, 252-260
DOMINGUES, Edson P. et. al. Crescimento e Desigualdade Regional em Minas Gerais: Uma Avaliação do Cenário Econômico no Período de 2012-2030.Anais do XV Seminário sobre a Economia Mineira. Diamantina (2012).
HAUSMANN, R. et. al. (2011). The Atlas of Economic Complexity – Mapping Paths to Prosperity. Boston: Center for International Development at Harvard University.
HIDALGO, C. A. et. al. (2007). The Product Space Conditions the Development of Nations. Science 317, p. 482 - 487.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Gestão do conhecimento. Tradução de A. Thorell. Porto Alegre: Bookman, 2008.
SANTOS, Mariana V. Redes sociais informais e compartilhamento de significados sobre mudança organizacional: estudo numa empresa petroquímica. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2004.
SKINNER, B. F. (1971). Para além da liberdade e da dignidade (Trad. J. L. Peixoto). Lisboa: edições 70.
SKINNER, B. F. (1976). Ciência e comportamento humano. São Paulo: EDART.
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AUTORIA
Paulo Henrique Jelihovschi – Escritório de Prioridades Estratégicas – Governo do Estado de Minas Gerais.
Endereço eletrônico: [email protected] Felipe Augusto de Araujo – Escritório de Prioridades Estratégicas – Governo do Estado de Minas Gerais.
Endereço eletrônico: [email protected]