arquivos de inicialização do linux
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Material de apoio - Instalação e configuração de sistemas operacionais de redes Linux. Arquivos de inicialização do LinuxTRANSCRIPT
Instalação e configuração de Sistemas Operacionais de Redes
Arquivos de
Inicialização
Profª Ivani Nascimento
Apresentação
• Quando o sistema Linux inicia, existe basicamente duas interações com o
usuário:
• GRUB: onde você escolhe qual sistema irá iniciar em sua máquina; ou seja,
imagine que você tenha 2 Sistemas Operacionais. Quando ligar a máquina
você terá que optar qual será carregado.
• Getty: após o sistema ser iniciado, ele entrará no getty (terminal console), ou
seja o login, onde o sistema irá esperar a autenticação de usuário.
• Essas interações são configuradas em arquivos, como demonstra a figura a seguir.
Apresentação
Arquivos responsáveis pela inicialização do sistema:
GRUB
Getty (login)
Shell
/etc/motd /etc/bashrc /etc/profile
/etc/inittab /etc/fstab
/etc/issue
/etc/issue
• No arquivo issue está armazenado a mensagem de boas vindas ao sistema,
ou outras informações que você pode editar para que os usuários vejam
antes do login.
• Exemplo:
/etc/issue
• O issue também é um arquivo onde você pode colocar algumas informações em forma de variáveis para o getty interpretar:
• d – data atual
• n – hostname
• s – nome do sistema instalado
• r – versão do Kernel
• Para colocar no arquivo basta acrescentar a \ (barra invertida) na frente de cada variável:
# vi /etc/issue
Máquina \s - \n - \l - \d
/etc/issue.net
• Este arquivo possui o mesmo formato que o issue, aceitando inclusive,
variáveis para que o getty interprete.
• Sua função é a mesma que o issue, mas a mensagem de boas vindas será
somente apresentada para acessos remotos.
• Isso quer dizer que, a mensagem editada será vista assim que os usuários
se conectarem via rede no seu sistema, ou seja, quando fizerem uma
conexão ssh por exemplo.
/etc/motd
• A sigla motd significa “message of the day” (mensagem do dia). Seu
conteúdo é exibido após o login.
• Em sistemas com muitos usuários, este arquivo é utilizado para mandar
mensagens a todos os usuários, pois requer muito menos espaço em disco
do que enviar e-mail para todos os usuários.
• Diferente do issue, esse é um arquivo texto simples, onde só poderemos
colocar mensagens textos; ou seja, ele não aceita variáveis.
/etc/inittab
• Vimos que, quando a máquina é inicializada, existe primeiro o gerenciador
de boot, que carrega o kernel na memória RAM e passa o controle do
sistema para ele.
• Logo após o kernel controlar a máquina, inicia-se a fase de iniciar os
serviços necessários para a utilização do sistema.
• O arquivo /etc/inittab, é o responsável por chamar os serviços que serão
executados em um determinado nível, assim como, é também nesse
arquivo que definimos em qual nível o sistema irá iniciar.
• Existem 7 níveis no Linux, veja na tabela a seguir:
/etc/inittab
Níveis de Inicialização do Linux (Debian)
Nível Função
0 Desliga a máquina
1 Carrega o sistema no modo monousuário (root)
2 Modo multiusuário com suporte à rede, parte gráfica
3 Modo multiusuário com suporte à rede, parte gráfica
4 Modo multiusuário com suporte à rede, parte gráfica
5 Modo multiusuário com suporte à rede, parte gráfica
6 Reinicia o sistema
/etc/inittab
• Agora que já conhecemos os níveis de inicialização que existem, vamos
entrar no arquivo /etc/inittab e conhecer suas principais linhas!
# vi /etc/inittab
id:2:initdefault:
• Na linha acima, configuramos em que nível o sistema irá iniciar. O padrão
do Debian, é iniciar no nível 2.
ca:123456:ctrlaltdel:/sbin/shutdown -t1 -a -r now
• A linha acima, permite reiniciar o sistema teclando CTRL + ALT + DEL.
/etc/inittab
• Por questões de segurança, não é interessante deixar essa linha de reboot
habilitada. Então, vamos alterar o conteúdo dessa linha para:
ca:123456:ctrlaltdel:/bin/echo “Voce teclou CTRl + Alt + DEL”
• Dessa forma, toda vez que alguém teclar CTRL + ALT + DEL, irá aparecer a
mensagem “Voce teclou CTRL+ALT+DEL”.
/etc/inittab
• Neste arquivo também é especificado quantos terminais estão habilitados
para o usuário realizar login no sistema.
• Por questão de segurança, é recomendável que em servidores você deixe
apenas acesso à um terminal.
• Para essa configuração, basta deixar comentadas as linhas que darão
acesso a outos terminais, ou seja, colocar “#” na frente da linha:
• Exemplo:
1:2345:respawn:/sbin/getty 38400 tty1
#2:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty2
#3:23:respawn:/sbin/getty 38400 tty3
/etc/inittab
• No exemplo anterior, deixamos apenas o terminal 1 habilitado para o
login, e, os terminais 2 e 3 não estão habilitados para o usuário efetuar o
login.
• Observação:
O símbolo “#” nesse arquivo, é tratado como comentário, assim o inittab
não irá ler a linha onde está esse símbolo.
• Após efetuar as alterações, podemos salvar e sair do arquivo. Para que as
alterações já sejam utilizadas, basta reiniciar o sistema ou utilizar o
comando abaixo:
# init q
/etc/fstab
• É o arquivo que contém uma tabela de parâmetros para a montagem de
dispositivos (disco rígido, cdrom, disquete, etc.).
• Ao montar o dispositivo, com o comando mount, precisamos apenas
fornecer o diretório onde o mesmo será montado.
• Exemplo:
/dev/cdrom /media/cdrom iso9660 user,noauto 0 0
• Neste exemplo, apenas especificamos que montaremos o conteúdo do
cdrom no diretório /media/cdrom; sendo que, as demais informações, o
sistema irá pegar dentro do fstab.
/etc/fstab
• É o arquivo que contém uma tabela de parâmetros para a montagem de
dispositivos (disco rígido, cdrom, disquete, etc.), de forma, que, ao montar
o dispositivo, com o comando mount, precisamos apenas fornecer o
diretório onde o mesmo será montado.
• Exemplo:
/dev/cdrom /media/cdrom iso9660 user,noauto 0 0
• Neste exemplo, apenas especificamos que montaremos o conteúdo do
cdrom no diretório /media/cdrom; sendo que, as demais informações, o
sistema irá pegar dentro do fstab.
/etc/fstab
• A estrutura do arquivo obedece a seguinte ordem:
/dev/cdrom /media/cdrom iso9660 user,noauto 0 0
• Coluna 1 – Especifica o arquivo dispositivo da partição;
• Coluna 2 – Ponto de Montagem; (Diretório)
• Coluna 3 – Sistema de Arquivo; (ext3,vfat, reiserfs))
• Coluna 4* – Opções de Montagem; (rw,ro,auto,user,exec)
• Coluna 5 – Backup com o Dump. (0 – Sem Backup, 1 – Backup)
• Coluna 7 – Checagem com o fsck. (0 – Não Checar, 1 – checar apenas o /, 2 – checar as demais partições).
1 2 3 4 5 6
/etc/fstab
Abaixo algumas opções de montagem da Coluna 4 do arquivo /etc/fstab:
• defaults – Usa as opões:rw,suid,exec,auto,nouser,async
• rw – Monta em modo read, write (leitura,escrita)
• ro – Monta em modo read-only (Somente leitura)
• auto – Será montada automaticamente no boot.
• noauto – Só poderá ser montado pelo comando mount.
• user – Permite que qualquer usuário monte o dispositivo.
• nouser – Apenas o root poderá montar.
• exec – Permite execução de scripts.
• noexec – Partição sem arquivos executáveis.
• suid – Permite usar SUID e SGID na partição.
• nosuid – Não permite usar as permissões especiais.
Referências
MORIMOTO, Carlos E.. Linux, guia prático. Porto Alegre: Sul Editores, 2009.
FERREIRA, Rubem E.. Linux: guia do administrador do sistema. São Paulo: Novatec, 2008.
MOTA FILHO, João Eriberto. Descobrindo o Linux: entenda o sistema operacional GNU/linux. São Paulo: Novatec, 2007.
Referências
RIBEIRO, Uirá, Certificação Linux, 1ª Ed, Rio de Janeiro, Axcel Books, 2004.
Certificação Linux LPI- Nível 1 Exames 101 e 102. Vários, 1ª Ed, São Paulo, Alta Books.
NORTON, Peter; GRIFFITH, Arthur. Guia Completo do Linux. Tradução Sérgio Facchim – Complete Guide to Linux. São Paulo, Berkeley, 2000.