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Setembro, 2012 ARQUIVO FOTOGRÁFICO DA CP A CP em imagem, setembro - dezembro de 2000, estudo descritivo sobre a descrição e preservação de fotografias da CP Octávio Félix Francisco Afonso Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências de Informação e da Documentação -Arquivística

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ARQUIVO FOTOGRÁFICO DA CP “A CP em imagem, setembro - dezembro de 2000”

estudo descritivo sobre a descrição e preservação de fotografias da CP

Octávio Félix Francisco Afonso

Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências de Informação e da

Documentação -Arquivística

Setembro, 2012

ARQUIVO FOTOGRÁFICO DA CP A CP em imagem, setembro - dezembro de 2000,

estudo descritivo sobre a descrição e preservação de fotografias da CP

Octávio Félix Francisco Afonso

Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências de Informação e

da Documentação -Arquivística

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ii

Relatório de Estágio apresentado para cumprimento dos requisitos necessários

à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Informação e da Documentação

– Arquivística realizado sob:

Orientação Científica

Professora Doutora Maria Lurdes Rosa

Co-Orientadora

Dr.ª Sónia Casquiço

Orientadora de estágio

Dr.ª Ana Paula Sousa

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iii

AGRADECIMENTOS

Aos meus orientadores do curso de Mestrado, a Professora Doutora Maria de

Lurdes Rosa e a Dr.ª Sónia Casquiço, os meus sinceros agradecimentos pelas suas

orientações, disponibilidade, paciência e conselhos enriquecedores, para a elaboração

deste trabalho.

À minha orientadora de estágio, a Dr.ª Ana Paula Sousa, pela orientação e

esclarecimento sobre o Arquivo Fotográfico da CP, que permitiu o acesso às

informações necessárias.

À minha família, pelo apoio e incentivo ao longo de todo trajeto académico. Em

especial à minha mãe pela força que deu para que eu tivesse a coragem de empreender

mais este desafio.

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RESUMO

O relatório de estágio apresentado descreve e avalia as actividades

desenvolvidas no Arquivo Fotográfico da CP, bem como desenvolve uma análise e faz

algumas recomendações de preservação e disponibilização das espécies fotográficas.

O objeto do trabalho foi a série “Acontecimentos setembro/dezembro 2000”.

Efectuou-se o estudo do plano de classificação da CP e da norma utilizada

(ISAD(G)). Além disso, foi proposta a aplicação de algumas recomendações do projeto

SEPIA a fim de colmatar as carências da norma ISAD(G) em relação à descrição de

fotografias.

Foram realizadas as fundamentais operações de reconhecimento, ordenação,

cotação e descrição. Avaliou-se o estado de conservação e o acondicionamento.

A efectivação deste estágio permitiu pôr em prática a informação adquirida ao

longo da frequência do mestrado em Ciências da Documentação e Informação/Arquivos

terminando na execução do relatório que aqui se apresenta.

PALAVRAS-CHAVE: Arquivística, Arquivos, Arquivos Históricos, CP,

Descrição arquivística de fotografia.

ABSTRACT

The present internship report, describes and evaluates the activities performed in

the Photographic Archive of the Portuguese Railways (CP). It also develops an analysis

and makes some recommendations regarding to the preservation and diffusion of the

photographic documents.

The object of study was the series “Events September/December 2000”.

An analysis of the CP classification plan and ISAD(G) standards was carried

out. Furthermore, it is propose to apply the recommendations of the project SEPIA in

order to overcome some weaknesses of the ISAD(G) standards in the description of

photographic documents.

The fundamental operations of identification, arrangement, the attribution of

localization parameters and description were made. An assessment of the conservation

conditions and storage units was completed.

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This internship provided the opportunity to put into practice the knowledge

acquired during the Master Program on Sciences of Documentation and Information /

Archives, finishing by the writing of this report.

KEYWORDS: Archival science, Archives, Historical Archives, CP, Archival

description of photographs.

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vi

Índice AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii

RESUMO ........................................................................................................................ iv

ABSTRACT .................................................................................................................... iv

Índice de figuras e anexos .............................................................................................. vii

Lista de abreviaturas ........................................................................................................ ix

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo I - Estágio ........................................................................................................... 2

I.1. - Objetivo do Estágio ............................................................................................. 2

I.2. - Características da Instituição ............................................................................... 3

I.3. - Metodologia utilizada .......................................................................................... 5

I.4. - Calendarização das atividades ............................................................................. 6

I.5. - Características da tarefa ....................................................................................... 6

I.5.1. - Identificação das espécies fotográficas da CP .................................................. 7

I.5.2. - Classificação ..................................................................................................... 9

I.5.2.1. - Quadro de Classificação da CP .................................................................... 11

I.5.2.2. - Análise critica ao Quadro de Classificação da CP ....................................... 12

I.5.3. - Ordenação ....................................................................................................... 15

I.5.4. - Cota ................................................................................................................. 17

I.5.5. - Descrição......................................................................................................... 18

I.5.5.1. - Os princípios mais importantes .................................................................... 18

Capítulo II - Normas e orientações técnicas de gestão e descrição ................................ 22

II.1. - ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística .................... 22

II.1.1. - Os quatro principais objetivos ..................................................................... 23

II.1.2. - Tem como princípios basilares .................................................................... 24

II.1.3. - Tem como regras ......................................................................................... 24

II.1.4. - Problemas de aplicação da ISAD(G) aos arquivos ........................................ 25

II.2. - SEPIA – Safeguarding European Photographic Images for Access ................. 26

II.2.1. - Proposta ao arquivo fotográfico da CP de elementos de descrição do projeto

SEPIA ......................................................................................................................... 28

Capítulo III - Preservação ............................................................................................... 30

III.1. - O Planeamento ................................................................................................ 31

III.2. - O estudo de fundos .......................................................................................... 32

III.2.1. - Sala de depósito ............................................................................................ 33

III.2.2. - Acondicionamento ....................................................................................... 35

III.2.2.1. - Sala de depósito de arquivo fotográfico da CP ......................................... 39

III.2.2.2. - Recomendações de Preservação da sala de deposito e acondicionamento

do arquivo fotográfico da CP...................................................................................... 40

III.3. - Condições ambientais de preservação ............................................................. 42

III.4. - A temperatura e a humidade relativa............................................................... 43

III.4.1. - Recomendações ............................................................................................ 44

III.5. - Iluminação ....................................................................................................... 45

III.5.1. - Iluminação no arquivo fotográfico da CP .................................................... 47

III.5.1.1. - Recomendações ......................................................................................... 47

III.6. - A poluição atmosférica.................................................................................... 48

III.6.1. - Recomendações ............................................................................................ 50

III.7. - Os agentes biológicos ...................................................................................... 51

III.7.1. - Prevenção contra infestações por insectos e pragas .................................... 53

III.7.2. - Prevenção contra a eclosão de bolores ....................................................... 54

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vii

III.7.3. - Recomendações ............................................................................................ 55

Capítulo IV - Acesso e Disponibilização da Documentação .......................................... 55

IV.1. - Condições de manuseamento e acesso a consulta ........................................... 55

IV.2. - Condições de manuseamento e acesso a consulta do arquivo fotográfico da CP

.................................................................................................................................... 57

IV.3. - Recomendações das condições de manuseamento e acesso a consulta no

arquivo fotográfico da CP. ......................................................................................... 58

Conclusão ....................................................................................................................... 60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 62

ANEXOS ........................................................................................................................ 65

Índice de figuras e anexos

Figura 1 - Descrição no exterior do envelope, prova e número de negativo da prova da

“Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML) na semana em

Pontevedra” ................................................................................................................... 21

Figura 2 - Tabela de processos fotográficos formatos e quantidades ............................. 33

Figura 3 - Tabela com as vantagens e desvantagens das embalagens de papel em

relação as embalagens de plástico .................................................................................. 37

Figura 4 - Tabela com vantagens das embalagens de plástico em relação as embalagens

de papel ........................................................................................................................... 38

Figura 5 - Tabela com processos fotográficos e o tipo de embalagens recomendadas .. 38

Figura 6 - Planta das salas do Arquivo Fotográfico da CP ............................................ 39

Anexo 1 - Cronograma de atividades ............................................................................. 65

Anexo 2 - A série Acontecimentos 023 .......................................................................... 65

Anexo 3 - Assuntos e quantidade de provas fotográficas ............................................... 66

Anexo 4 - Quadro de Classificação do Arquivo Fotográfico da CP .............................. 66

Anexo 5 - Quadro de Classificação do Arquivo Fotográfico do Banco Nacional

Ultramarino da Caixa Geral de Depósitos ..................................................................... 68

Anexo 6 - Exemplo de caixa de conservação da CP com envelopes e provas antes de ser

ordenado ......................................................................................................................... 88

Anexo 7 - Descrição realizada no exterior do envelope da “Presidência Aberta” ........ 89

Anexo 8 - Prova da “Presidência Aberta” ..................................................................... 90

Anexo 9 - Verso da prova com o número do negativo da prova da “Presidência Aberta”

........................................................................................................................................ 90

Anexo 10 - Descrição da prova da “Presidência Aberta” na aplicação informática

Arq/Gest .......................................................................................................................... 91

Anexo 11 - Registo efetuado no exterior de um envelope ............................................. 93

Anexo 12 - Descrição da prova “Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística

(UTML) na semana em Pontevedra” no exterior do envelope ...................................... 93

Anexo 13 - Descrição da prova da “Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística

(UTML) na semana em Pontevedra” na aplicação informática Arq/Gest...................... 95

Anexo 14 - Todos os conjuntos descritos (incluindo a quantidade de provas

fotográficas), os títulos, os códigos atribuídos, e a localização das provas na aplicação

informática InfoGest/ArqGest......................................................................................... 97

Anexo 15 - Comparação das sete zonas de informação arquivística da ISAD(G) e dos

respectivos elementos de descrição que as comportam com a descrição efectuada no

arquivo fotográfico da CP com a aplicação Arq/Gest, tendo como exemplo o documento

“1ºMinistro visita o Ramal de Sines” ............................................................................ 99

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viii

Anexo 16 - Janela Arq/Gest onde é descrito o documento “1º Ministro visita o Ramal de

Sines” ........................................................................................................................... 103

Anexo 17 - Descrição no exterior do envelope, prova e números de negativos das provas

“ 1º ministro visita o Ramal de Sines” ......................................................................... 106

Anexo 18 - Elementos de descrição do modelo SEPIA ................................................ 108

Anexo 19 - Álbuns da CP amarelecimento acentuado ao nível da imagem ................. 111

Anexo 20 - Armários da sala de depósito da CP .......................................................... 113

Anexo 21 - Sala de depósito da CP num local de passagem ........................................ 113

Anexo 22 - Chão de madeira ........................................................................................ 114

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Lista de abreviaturas

CP – Comboios de Portugal

EMEF – Empresa de Manutenção e Equipamento Ferroviário S.A.

FMNF – Fundação do Museu Nacional Ferroviário Ginestal Machado

ISAD(G) – International Standard of Archival Description (General)

Microns – micromilímetros

ODA – Orientações para a Descrição Arquivística

REFER – Rede Ferroviária Nacional E.P.

SEPIADES - Safeguarding European Photographic Images for Access – Data Element

UMAT- Unidade de Material de Tracção

USGL – Unidade Suburbana da Grande Lisboa

USGP – Unidade de Suburbanos do Grande Porto

UTE´s – Unidades Triplas Eléctricas

UTML – Unidade de Transportes de Mercadorias e Logística

UVIR – Unidade de Viagens Inter-regionais

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1

Introdução

A fotografia regista factos, imagens, costumes, monumentos, personalidades,

enfim, é uma representação da expressão cultural dos povos.

[…] “Nos últimos anos, a fotografia deixou definitivamente de ser um mero

instrumento ilustrativo da pesquisa para assumir o status de documento, uma matéria-

prima fundamental na produção do conhecimento sobre determinados períodos da

história, acontecimentos e grupos sociais.” 1

A evolução de processos fotográficos abriu inúmeras possibilidades de análise

de problemas históricos, fornecendo dados que os documentos textuais não registavam.

A fotografia tem merecido cada vez mais atenção e o processo de preservação e

valorização de documentos fotográficos configura-se como uma área de atividade

relativamente nova dentro de arquivos, bibliotecas e instituições públicas.

Presentemente, contamos já com princípios elementares e gerais, estudados,

estabelecidos e, muitas vezes, adaptados à realidade dos arquivos, que podem orientar

na conservação de uma ampla variedade de materiais, tanto dos suportes quanto dos

elementos formadores da imagem, com o objetivo de uma longa preservação da

fotografia.

Assim, sob a perspectiva da preservação, é imprescindível entender a dinâmica

dos materiais fotográficos e seguir a evolução dos novos processos ao longo da história.

Através da fotografia visualizamos o passado, suas características de testemunho direto

da realidade, e é isto que a diferencia em essência da representação pictórica, e lhe

confere um valor documental incomparável.

Com vista a responder à problemática do Arquivo Fotográfico da CP, fez-se uma

breve caracterização da instituição, seguindo-se a apresentação das atividades

1 FILIPPI, Patrícia de, LIMA, Solange Ferraz de, CARVALHO, Vânia Carneiro de – Como tratar de

colecções de Fotografias, colecção Como fazer, 2ª ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial

do Estado, 2002, p 11

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2

desenvolvidas durante o estágio, para depois abordar os temas selecionados para um

maior desenvolvimento.

Os temas que se desenvolveram dizem respeito: aos processos empregues na

preservação e conservação das fotografias; às metodologias sobre o sistema informático

utilizado na descrição das espécies fotográficas; aos campos para a descrição e por fim à

análise da forma como os utilizadores podem aceder à documentação da CP.

Ao longo de cada etapa foram realizadas leituras exploratórias de produção

teórica acerca de cada análise proposta, registando todas as formas e fontes utilizadas

para resolver os problemas propostos, finalizando com uma interpretação crítica dos

dados e um conjunto de sugestões a colocar à disposição da CP.

Capítulo I - Estágio

I.1. - Objetivo do Estágio

O objetivo deste trabalho foi de contribuir para melhorar a forma de tratamento,

preservação e disponibilização dos documentos fotográficos, tendo em conta a missão

da CP.

Desta forma descreveu-se e avaliou-se a série 2 “Acontecimentos

setembro/dezembro 2000, da CP”. Para a concretização dos objetivos propostos foi

necessário efetuar pesquisa bibliográfica, revisão da literatura baseada nas

especificidades do Arquivo, consulta bibliográfica especifica na área de caminhos-de-

ferro, consulta do Boletim da CP do ano de 2000, e recorrer ainda ao auxílio dos

colaboradores da empresa na identificação das fotografias.

2 ODA: Orientações para a Descrição Arquivística, 2 ª versão «Série: Conjunto de documentos

organizados de acordo com um sistema de arquivarem e conservados como uma unidade, por resultarem

de um mesmo processo de acumulação, do exercício de uma mesma actividade, por terem uma tipologia

particular, ou devido a qualquer outro tipo de relação resultante do processo de produção, recepção ou

utilização» Lisboa, 2007 p.305

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3

Pretendeu-se também desenvolver novas propostas sobre a descrição,

preservação e formas para os utilizadores poderem aceder à documentação fotográfica

da CP.

I.2. - Características da Instituição

A CP – Comboios de Portugal é a empresa herdeira da Companhia Real dos

Caminhos-de-ferro Portugueses, constituída em 20 de junho de 1860, que começou por

construir e explorar as linhas do Leste e do Norte. 3 Era uma das Companhias que

atuava em Portugal, visto existirem outras responsáveis pela construção e exploração de

linhas férreas, em diferentes pontos do país. Em 1927, amplia a sua rede ao arrendar a

exploração das Linhas do Estado – as redes do Minho e Douro e Sul e Sueste.

Em 1947, é publicada a Lei 2008 – lei da Coordenação dos Transportes

Terrestres, que tem como consequência a fusão da rede ferroviária. Em 1951 é assinado

o contrato de Concessão Única entre a CP e o Estado, para a exploração de toda a rede

ferroviária nacional com a excepção da Linha de Cascais.4

Perante o novo enquadramento político da União Europeia, em 1997 dá-se a

divisão da empresa, e surge a empresa responsável pela gestão da infra-estrutura

ferroviária – REFER, ficando a CP responsável pela exploração da rede.5

A CP possui um vasto acervo documental e fotográfico, testemunho das

diferentes atividades desenvolvidas numa empresa centenária. É constituído por um

acervo bibliográfico e documental de informação científica e técnica especializada de

âmbito ferroviário, incluindo monografias, periódicos, legislação e fotografias.

O arquivo é formado por um conjunto de documentos de diversas tipologias que

mostram as diferentes atividades ferroviárias e suas repercussões na economia, na

sociedade e na cultura.

Não existia na empresa a política de um arquivo central e único, tendo cada

direção/serviço organizado o seu próprio arquivo que alimentava com os documentos

3 Caminho (O) de Ferro revisitado, coord. GOMES, Gilberto, A construção das linhas de leste e norte,

1860/1865, Ed. CP, Lisboa, 1996 p. 14 4 Caminhos (Os) de Ferro em Portugal 1856 -2006, coord. Gabinete de História e Museologia, GOMES,

Gilberto, GOMES, Rosa Maria, Ed. Comboios de Portugal, [Lisboa], 2006 p. 3 5 Ibidem p. 203

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4

necessários às tarefas de gestão/decisão. Nos anos oitenta do século XX, formou-se de

um modo informal um “grupo de trabalho” que se dedicou ao apoio de trabalhos de

consulta e à organização do arquivo. Este grupo encontrava-se dependente do Serviço

de Relações Públicas. 6

Em dezembro de 20037, o serviço de arquivo foi integrado na Secretaria-Geral e

passou a designar-se de Acervo Documental e Fotográfico. Em 2004, foi dotado de

instalações próprias localizadas no edifício da antiga cantina, local emblemático para os

ferroviários pela índole social dos serviços que aí funcionaram durante largos anos. Em

maio de 20058, o Arquivo Histórico e o Arquivo Fotográfico são integrados no Serviço

de Museologia que passou a denominar-se de Gabinete de História e Museologia.

Em 2007, o património ferroviário com valor histórico foi transferido para a

Fundação do Museu Nacional Ferroviário (FMNF) com sede no Entroncamento.9 O

serviço de arquivo é integrado novamente na Secretaria-Geral tendo sido reunido com o

Centro de Documentação, constituindo-se a Documentação e Arquivo Fotográfico.

O património fotográfico da CP, é constituído por um valioso espólio10

que

documenta as diferentes atividades da Empresa ao longo da sua existência.

Durante muito tempo a CP e a sua antecessora (Companhia Real dos Caminhos-

de-ferro Portugueses), não tinha no seu quadro de pessoal um fotógrafo. Por isso,

sempre que necessário recorria a fotógrafos exteriores para procederem ao registo dos

momentos cruciais da vida da empresa, bem como ao registo de novas infra-estruturas

ou modernização de material circulante. Só assim se percebe a existência no Arquivo de

imagens de nomes importantes da fotografia como J. Benoliel, Bobone e Emílio Biel,11

que foram colocados pela empresa para a produção de reportagens fotográficas

específicas.

Na década de 70, do século XX, a CP admitiu um fotógrafo com o nome de

Gonçalves Pedro, que iniciou a sua actividade do arquivo fotográfico.

6 Informação interna da CP não publicada. Cedida pela orientadora de estágio Drª Ana Paula Sousa

7 Deliberação do Conselho de Administração da CP. Colecção de deliberação do Conselho de

Administração da CP 8 Ibidem

9 Acta do Conselho de Administração de 17. 04. 2008

10 ALVES, Ivone e tal. «Espólio - conjunto de documentos de diversa natureza (de arquivo,

bibliográficos, museológicos, papeis, pessoais) que pertenceram a uma pessoa singular ou colectiva»

1993 p. 44 11

Informação interna da CP não publicada. Cedida pela orientadora de estágio Drª Ana Paula Sousa

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5

As fotografias aqui referidas, ainda em tratamento arquivístico, encontram-se

organizadas por grandes assuntos, na sua maior parte, são da autoria dos funcionários/

fotógrafos da Empresa. Contudo, este acervo tem sido enriquecido com aquisições de

outros autores, cujas imagens representam diversos temas da sociedade portuguesa e

internacional, relacionados com os transportes, aspetos económicos, sociais e culturais

uma vez que, o caminho-de-ferro não existe isoladamente.12

Segundo a orientadora de

estágio, estas compras, são feitas de forma esporádica não existindo uma política de

aquisição formalmente estabelecida.

No que diz respeito ao património iconográfico, para além dos documentos

fotográficos, existem ainda, desenhos, gravuras e postais comemorativos dos caminhos-

de-ferro e de material circulante.

I.3. - Metodologia utilizada

A metodologia adoptada para o desenvolvimento do estágio centrou-se numa

análise com quatro etapas principais:

A primeira etapa teve como objetivo a análise da série em tratamento, e as

respetivas tipologias;

A segunda visou a análise metodológica sobre o sistema informático utilizado na

descrição das espécies fotográficas, avaliou-se a adequação do sistema para o

tratamento das fotografias, sugerindo métodos mais adequados em caso de se verificar a

sua necessidade;

A terceira disse respeito às metodologias empregues na preservação e

conservação das fotografias;

A última referiu-se à forma como os utilizadores podem aceder à documentação

da CP.

12

Ibidem

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6

I.4. - Calendarização das atividades

O estágio realizado decorreu durante 120 horas obrigatórias, numa periodicidade

de 3 horas diárias, totalizando 40 dias. O trabalho iniciou-se no dia 23 de março de 2012

e terminou a 22 de maio de 2012. Em relação ao cronograma apresentado anteriormente

no Plano de Atividades, verificaram-se alguns desvios.

Em ANEXO 1 é apresentado o cronograma final, de forma a clarificar a

sequência das actividades.

I.5. - Características da tarefa

A instituição que acolheu a realização do estágio, a CP – Comboios de Portugal

E.P.E., propôs a análise de um conjunto de imagens de diferentes atividades da

empresa.

Visto que o estágio apresentava um número limite de horas (120), foi decidido

trabalhar a série “Acontecimentos” no período de setembro/dezembro de 2000. Esta

série com o código de referência FI/FF/A/01/23 (Fundo iconográfico/F. Fotográfico/

Arquivo CP/Fotografias/ Acontecimentos) é formada por um vasto conjunto de

fotografias demonstrativas das atividades desenvolvidas pela CP , e constituído por 12

subséries 13

a identificar posteriormente.

Das tarefas desenvolvidas, destacam-se a identificação das provas fotográficas;

classificação de acordo com o Quadro de Classificação da CP; ordenação; atribuição

duma cota topográfica para a instalação física das provas; descrição; introdução das

unidades descritas, segundo a norma ISAD(G) na base de dados da aplicação

informática InfoGest/ ArqGest.

13

De acordo com o Plano de Classificação definido pela instituição

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7

I.5.1. - Identificação das espécies fotográficas da CP

A identificação é a operação que consiste em individualizar ou reconhecer um

documento (ou qualquer outra unidade arquivística ou unidade de instalação) através de

características, normalmente pré-determinadas ou da atribuição de um código que

permita distingui-la dos restantes. 14

No acervo fotográfico da CP, encontravam-se já organizadas 84 caixas

estruturadas pelas diferentes séries documentais. Estas caixas são isentas de ácido e

servem para preservar as características e integridade das provas fotográficas.

O conjunto de provas que constituem a série em estudo, não se encontravam

todo em caixas isentas de ácido, algumas delas estavam ainda nas caixas originais dos

serviços produtores. Logo que higienizadas e tratadas arquivisticamente, foram de

imediato integradas nas caixas de conservação.

A série Acontecimentos 023 é composta por 12 subséries 15

, VIDE ANEXO 2.

Do total de 279 provas fotográficas a tratar durante o estágio, identificaram-se

20 documentos. O processo de identificação teve como ponto de partida o registo

efetuado pelo fotógrafo no momento em que realizou a reportagem e que se encontra no

exterior dos envelopes onde o próprio guardou as provas.

No ANEXO 3 apresentam-se os assuntos tratados e a respetiva quantidade de

provas fotográficas.

Este conjunto de provas, é o resultado de reportagens efetuadas no período de

setembro a dezembro de 2000, assim verificou-se que os assuntos representados eram os

seguintes:16

Material circulante. (ex: Carruagens Corail/projeto de reconversão; Abertura

de propostas para aquisição de material Diesel; Assinatura de contrato de

remodelação dos 57 UTE´s);

14

ALVES, Ivone e tal. – Dicionário de terminologia Arquivística, Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993. pp. 55-56 15

ODA: Orientações para a Descrição Arquivística, 2 ª versão « Subséries -Subdivisão da série» Lisboa,

2007 p. 306 16

Informação retirada do exterior dos envelopes (títulos) e dos Boletins da CP.

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8

Relacionamento da empresa com os meios de comunicação. (ex: Almoço com

jornalistas espanhóis; Almoço com jornalistas sobre a Unidade Suburbana da

Grande Lisboa - USGL; Conferência de imprensa do Conselho de Gerência;

Filmagens para a RTP2 na Gare do Oriente; Programa iniciativa de vídeo

RTP2; Filmagens da RTP na linha de Cascais);

Relacionamento com os caminhos-de-ferro espanhóis. (ex: Unidade de

Transporte de Mercadorias e Logística –UTML, na semana em Pontevedra);

Relacionamento com instituições de soberania. (ex: Presidência Aberta);

Desenvolvimento de serviços e linhas férreas. (ex: 1º Ministro visita o Ramal de

Sines);

Ações no âmbito da responsabilidade social. (ex: Campanha de material escolar

para Timor);

Divulgação da marca CP em diferentes contextos. (ex: Fórum Estudante;

Quando eu for grande);

Associação e apoio a diferentes iniciativas da sociedade civil. (ex: Comboio da

literatura; Dia Europeu sem Carros);

Serviços ao cliente. (ex: Rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida;

Assinatura de protocolo entre a CP e a Liga para a Protecção da Natureza);

Reconhecimento da carreira profissional. (ex: De operador a chefe de Brigada).

A captação das imagens tratadas foi resultado de trabalhos solicitados aos

fotógrafos da empresa, José Manuel Ribeiro (já aposentado) e Viriato Passarinho. Esses

fotógrafos recebiam os pedidos quer diretamente do Conselho de Gerência, passando

pelas diferentes unidades de negócio como a Unidade de Transportes de Mercadorias e

Logística (UTML) e Unidade Suburbana da Grande Lisboa (USGL), quer dos diferentes

serviços, em especial o de Comunicação e Marketing, responsável pela imagem da

empresa e pela publicação de informação interna através do Boletim, onde muitas das

imagens da série ilustraram os diferentes artigos publicados.

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9

I.5.2. - Classificação

O Plano de Classificação traduz-se por um documento de arquivo que regista um

sistema de classes pré definidas e as respetivas notas de aplicação, nomeadamente

quanto ao âmbito das classes e a ordenação das unidades arquivísticas abrangidas por

cada uma, de modo a determinar toda a estrutura do arquivo.17

O objetivo da classificação é, essencialmente, dar evidência às funções e às

atividades do organismo produtor do arquivo, deixando claras as ligações entre os

documentos. 18

Nenhum documento de arquivo pode ser plenamente compreendido

isoladamente e fora dos quadros gerais de sua produção ou, expresso de outra forma,

sem o estabelecimento de seus vínculos orgânicos.19

A existência de uma hierarquia entre as classes e subclasses é um ponto

essencial no plano de classificação.

Assim, um sistema de classificação é usualmente hierárquico e reflete o processo

analítico, como se mostra de seguida: 20

O primeiro nível representa habitualmente funções;

O segundo nível expressa as atividades que constituem a função;

O terceiro e subsequentes níveis são refinamentos das actividades ou grupos de

transações que decorrem no âmbito de cada actividade.

Neste sentido, para um bom entendimento da documentação de arquivo, tanto

para quem pesquisa como para quem organiza é necessário a sua classificação 21

. Deste

modo, o acesso com êxito a documentação está intimamente ligado à sua rápida e

precisa localização, o que pressupõe uma boa ordenação.

17

ODA: Descrição arquivística – Orientações para a Descrição Arquivística, Direcção Geral de

Arquivos, Programa de normalização de descrição em arquivo, grupo de trabalho de normalização da

descrição em arquivo, 2 ª versão, Lisboa, 2007, p. 304 18

GONÇALVES, Janice – Como classificar e ordenar documentos de arquivo, colecção Como fazer, 2ª

ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 1998, p 12 19

Ibidem p. 13 20

NP 4438-2: Informação e documentação - Gestão de documentos de arquivo Parte 2: Recomendações

de aplicação. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 2005. p. 18 21

NP 4438-1: Gestão de documentos de arquivo. «Classificação: Identificação sistemática e organização

de actividades e/ou documentos de arquivo em classes, de acordo com convenções logicamente

estruturadas, métodos e regras representados num sistema de classificação» Lisboa, 2005. p.9

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10

Para entender o modo de produção dos documentos de arquivo, é conveniente

conhecer a história, estrutura e funcionamento do organismo produtor dos mesmos,

principalmente no campo das actividades e funções por ele desenvolvidas.

O desenvolvimento de uma análise funcional implica identificar e analisar: 22

os objectivos e estratégias de organização;

as funções da organização que suportam a persecução desses objectivos e

estratégias;

as actividades em que cada função se desdobra;

os processos que levam a cabo actividades especificas;

todas as etapas de cada processo;

todas as transações que ocorram em cada etapa;

os grupos de transações que se repetem em cada processo ou actividade;

os documentos de arquivo existentes na organização.

Como ponto de estudo do organismo produtor de documentos de arquivo, são

criados grupos, categorias e classes 23

genéricas, que dizem respeito às

funções/atividades detectadas.

No levantamento dos dados, será importante, para uma boa organização dos

documentos de arquivo, detectar com lucidez quais as funções fundamentais adoptadas

pelo organismo produtor. O conjunto de funções identificadas, envolverá

inevitavelmente, funções que devem cumprir de forma direta “funções-fim” que se

traduzem por conjunto de actividades específicas desenvolvidas por um organismo ou

instituição no quadro geral do projecto 24

, bem como funções que lhe servem como

suporte “funções-meio” que compreende um conjunto de actividades desenvolvidas por

22

NP 4438-2: Informação e documentação -,Gestão de documentos de arquivo Parte 2: Recomendações

de aplicação. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 2005. p. 17 23

NP 4041: Terminologia arquivística: conceitos básicos. «Classe: Designação genericamente aplicada

aos conceitos que abrangem conjuntos não singulares nem vazios, no âmbito de uma classificação,

independentemente da sua hierarquia» Lisboa, 2005, p.15 24

ALVES, Ivone e tal. – Dicionário de terminologia Arquivística, Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993. p. 51

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11

um organismo no quadro de gestão interna 25

, como por exemplo: gestão de pessoal;

gestão financeira; gestão da informação e gestão patrimonial, etc.

Segundo Janice Gonçalves, a construção de um plano não pode estar desligada

da sua aplicação prática. Assim para um plano ser exequível terá que ter três

características básicas: simplicidade, flexibilidade e expansibilidade, que permitirão a

sua adaptação a circunstâncias não previsíveis tais como, o aparecimento de novas

actividades ou a incorporação de novos documentos a classes anteriormente definidas. 26

Em suma um plano de classificação deve espelhar com nitidez o conjunto de

actividades do organismo produtor do arquivo, sem ser no entanto rígido e estático.

I.5.2.1. - Quadro de Classificação da CP

NA CP existe um documento, designado por Quadro de Classificação da CP

VIDE ANEXO 4, neste o fundo fotográfico encontra-se dividido em duas classes a

saber, Fotografias e Postais e Gravuras. A classe Fotografias contém 42 séries. A sua

estrutura, baseou-se na ordem original das fotografias, atribuída pelo fotógrafo. Este, no

decorrer das suas funções 27

estruturou o arquivo fotográfico por grandes

assuntos/atividades para poder responder, em tempo útil, às diversas solicitações, visto

fazer parte de um serviço (as Relações Públicas) que recebia um grande número de

pedidos de imagens quer pelos serviços internos da empresa quer pelo exterior, em

especial da comunicação social.

Estas séries, como já foi mencionado, correspondem às grandes

atividades/assuntos e retratam as várias tipologias de material circulante,

acontecimentos relevantes associados à ferrovia, recursos humanos, diferentes serviços

existentes na empresa ao longo do tempo, bem como atividades sociais, infra-estrutura e

outros equipamentos que passam pela sinalização e segurança da exploração ferroviária,

e também uma coleção de fotografias (reprodução de desenhos de material circulante,

projetos de construção de linhas, estações e outras infraestruturas ferroviárias) e ainda

diversos documentos (ex: portarias; memórias descritivas; cartas…).

25

Ibidem p. 51 26

GONÇALVES, Janice – Como classificar e ordenar documentos de arquivo, colecção Como fazer, 2ª

ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 1998, pp. 23-24 27

Segundo dados fornecido pela CP, José Manuel Ribeiro exerceu a atividade na empresa no início da

década de 80 até 2006.

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12

Pelo fotógrafo apenas tinham sido criadas 39 séries, havendo um conjunto de

provas que não estavam descritas nem classificadas, pelo que, houve necessidade de

acrescentar outras séries ao designado Quadro de Classificação. Essas séries,

adicionadas pelos técnicos do arquivo após análise das imagens foram: reproduções de

desenhos; reproduções de documentos e ambientes urbanos.

Conforme a orientadora de estágio afirmou, o tipo de classificação que o arquivo

possui é temática, porque foi adaptada da descrição inicial feita pelo fotógrafo, que não

era arquivista, por isso organizava simplesmente de acordo com os assuntos das

reportagens, tendo em vista a futura pesquisa. Em 2004, a partir desta classificação do

fotógrafo e segundo a orientadora de estágio, começou a ser feito pelas técnicas Maria

Andrade, Ana Sousa e Sílvia Ferreira o documento denominado “Quadro de

Classificação da CP”.

O código de classificação atribuído ao fundo fotográfico é alfanumérico.

FI Fundo iconográfico

FI /FF Fundo Fotográfico

FI /FF /A Arquivo CP

FI / FF / A / 01 Fotografias

FI / FF / A / 01 / 23 Acontecimentos

I.5.2.2. - Análise critica ao Quadro de Classificação da CP

Foi realizada uma análise comparativa entre o quadro de classificação do

arquivo fotográfico da CP e do arquivo fotográfico do BNU. A escolha como termo de

comparação entre o quadro de classificação do arquivo fotográfico da CP e do arquivo

fotográfico do BNU, foi motivada pelo fato de este último ter também uma divisão

temática e as suas classes estarem melhor estruturadas. Divididas em 10 classes

temáticas, tenta reflectir as principais áreas de atividade do BNU (comercial/financeira,

social e arquitetónica, etc).

O mesmo não se pode dizer em relação ao arquivo Fotográfico da CP, por não

existir uma separação nítida entre classes temáticas de uma forma coerente. Apenas

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13

existe uma hierarquia, como material circulante, acontecimentos relevantes associados à

ferrovia, recursos humanos, património e diferentes serviços existentes na empresa.

Segundo as palavras de Rui Miguel Costa do arquivo fotográfico do BNU. 28

[…]”Não existindo qualquer organização prévia, considerou-se que a criação de

secções temáticas relacionadas com a atividade do banco em Portugal e nas ex-colónias,

traduziria de uma forma coerente a vivência ao longo dos anos..”

[…]”Efetivamente não possuindo todas as informações disponíveis e havendo

algumas lacunas de informação das próprias fotografias e de estrutura do próprio banco,

a divisão temática foi sem dúvida a opção mais coerente”.

[…]”A divisão hierárquica das Classes foi delineada quando todas as fotografias

foram visionadas e tratadas. Tendo assim um conhecimento total do espólio foi

possível, dividir e organizar as Classes do quadro fotográfico”.

Em ANEXO 5 apresenta-se o Quadro de Classificação do Arquivo Fotográfico

do Banco Nacional Ultramarino da Caixa Geral de Depósitos.

No quadro de classificação do Arquivo Fotográfico do BNU faz uma distinção

hierárquica entre os diversos serviços não colocando tudo na mesma hierarquia:

Ex:

01AC- Acontecimentos

02AG - Agências e Filiais

03RF- Residência de Funcionários

04AS- Atividades Sociais

05BA – Bancos Filiados e Adquiridos

06DC – Documentos do BNU

07EC – Empresas e Companhias

08PE – Pessoal

09AM – Ambientes Urbanos e Rurais

10CM – Comunicações

28

Entrevista realizada via email [consultado em 25-09-2012] «Rui Miguel Costa GPH - Gabinete do

Património Histórico Tel: 218 160 645 Ext: 216475 Email: [email protected]

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14

No Arquivo Fotográfico da CP não se faz uma distinção hierárquica: entre o tipo

de transporte; acontecimentos; recursos humanos e diferentes serviços, colocando tudo

na mesma hierarquia:

Ex:

FI / FF / A / 01 /01. Acontecimentos

FI / FF / A / 01 /01. Pessoal

FI / FF / A / 01 /01. Serviços

FI / FF / A / 01 /01. Património museológico

FI / FF / A / 01 /01. Locomotivas a vapor de via larga

FI / FF / A / 01 /01. Locomotivas a vapor de via estreita

FI / FF / A / 01 /01. Locomotivas diesel via larga

FI / FF / A / 01 /01. Locomotivas diesel via estreita

O documento do Arquivo Fotográfico da CP não tem as características básicas

de flexibilidade e expansibilidade, que permite a sua adaptação as circunstâncias não

previsíveis, não dá muita possibilidade de expansão, tais como o aparecimento de novas

atividades (séries) pelo facto de existir um código sequencial FI / FF / A / 01 /01 a FI /

FF / A / 01 /42 .

Só permite a incorporação de novos documentos nas subséries, como foi o caso

da Série Acontecimentos onde foram inseridos vários documentos nas subséries.

Da análise realizada foram identificadas as “funções-fim” e “funções-meio”

reconhecidas pela CP.

Funções-fim, que se traduz por um conjunto de actividades específicas

desenvolvidas pela CP no quadro específico do projecto dos diferentes tipos de

transporte e vias ferroviárias como:

Locomotivas a vapor de via larga; Locomotivas a vapor de via estreita;

Locomotivas diesel via larga; Locomotivas diesel via estreita; Locotratores;

Locomotiva eléctricas via larga; Automotoras diesel de via larga; Automotoras

diesel de via estreita; Automotoras eléctrica de via larga; Automotoras a

gasolina/dreseines e quadriciclos; Ambulâncias postais; Carruagens; Vagões;

Furgões; Gruas e guindastes; Composições ferroviárias; Pontes; Túneis;

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15

Viadutos; Estações e apeadeiros; Azulejos; Depósito e oficinas; Sinalização e

Segurança; Portos; Reproduções de desenhos; Ambientes Urbanos.

Funções-meio que compreende um conjunto de actividades desenvolvidas pelo

arquivo da CP no quadro de gestão interna traduz-se por:

Pessoal; Serviços; Acontecimentos; Património Museológico; Actividades

Sociais.

Deveria haver mais ramificações dentro da hierarquia, ao exemplo do quadro de

classificação do Arquivo Fotográfico do Banco Nacional Ultramarino da Caixa Geral de

Depósitos. 29

I.5.3. - Ordenação

A fase de ordenação baseia-se na utilização de uma disposição metódica

(alfabética, cronológica, hierárquica, numérica, etc.) para efeitos de instalação,

arquivagem de registo ou de descrição arquivística. 30

No caso do Arquivo Fotográfico

da CP foi respeitada a ordenação original das fotografias.

Um pormenor importante deste relatório foi a conveniência de procurar relações

entre documentação textual já identificada e as fotografias. Foi identificada a relação

entre a documentação fotográfica com os Boletins da CP. Procurou-se também analisar,

com alguma minúcia, o conteúdo visual, dando uma especial atenção ao verso da prova,

visto que na série Acontecimentos existiam, inscritas pelo fotógrafo, as referências aos

negativos, assim como títulos e datas no exterior dos envelopes onde guardou as provas.

Constatou-se que as provas da Série Acontecimentos se encontravam numa

caixa, e no seu interior grande parte, estava arrumada em diversos envelopes. As provas

já se encontravam devidamente higienizadas e em bom estado de conservação.

O ANEXO 6 mostra um exemplo do conteúdo duma caixa do arquivo da CP

com envelopes e provas antes de ser ordenado.

Numa segunda fase, foi necessário retirar todas as fotografias dos envelopes para

uma melhor compreensão do conteúdo intelectual representado, verificar a sua

29

Arquivo Fotográfico do BNU - Quadro de Classificação. [Em linha][consultado em 30-06-2012]

disponível em www:<.cgd.pt/Institucional/.../Arquivo-Fotografico-BNU_QC.pdf> 30

ALVES, Ivone e tal. – Dicionário de terminologia Arquivística, Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993. p. 70

Sinalização e

Segurança

Viagens

de

personali

-dades e

outras

entidades

Catastro-

fes

Naturais

Greves /

Reuniõe

s

Sindicais

Acidente

s e

descarril

a-mentos

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16

dimensão e o processo fotográfico, tendo sempre o cuidado de respeitar a sua ordem

original.

Todas as provas fotográficas tinham a dimensão 10x15 cm e eram fotografias a

cor cromogénea em papel plastificado.

Da análise acima descrita verificou-se o seguinte:

1- Existência de um conjunto de provas fotográficas sem referências 31

no Boletim

da CP;

Almoço com jornalistas sobre USGL Unidade Suburbana da Grande Lisboa

Assinatura de protocolo entre a CP e a Liga para a Protecção da Natureza

Campanha de material escolar para Timor

Conferência de imprensa com o Conselho de Gerência

Filmagens da RTP na linha de Cascais

Filmagens para a RTP2 na Gare do Oriente

Fórum Estudante

2 - Provas fotográficas que não tinham envelope;

Comboio da literatura

Presidência Aberta

Quando eu for grande

3- Provas fotográficas que não tinham nº de negativo no verso.

De operador a chefe de Brigada

Rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida

31

NP.4041: Terminologia arquivística: conceitos básicos, «Referência: conjunto de elementos

seleccionados para identificar dados, informações, documentos, unidades arquivísticas» Lisboa, 2005

p.17

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17

Após esta análise e constatação foi necessário organizar o conjunto de provas,

onde se procurou associar a cada envelope a cota das 12 subséries existentes e introduzir

o código de referência no exterior do envelope original.

I.5.4. - Cota

Outro aspeto importante foi a atribuição de uma cota topográfica para a

localização física das provas fotográficas. Na categoria de dados administrativos, há um

conjunto de informações que dizem respeito à situação física da fotografia. O código

numérico ou alfanumérico que identifica a localização das unidades de instalação,

também designada referência de localização. 32

No caso das fotografias a cota serve para identificar os negativos das provas pelo

facto cada um dos matérias necessitar de acondicionamentos específicos e encontrarem-

se em locais diferentes.

Exemplo de uma cota topográfica da prova da Presidência Aberta:

Código de referência FI/FF/A/01/23- 02/ DS 045

FI-Fundo iconográfico;

FF-Fundo Fotográfico;

A- Arquivo CP;

01-Fotografias;

23 - Série Acontecimentos;

02- Subsérie Visitas Oficiais;

045 - Localização da prova na aplicação informática ArqGest com o código DS 045.

O negativo correspondente tem o código 31A/16.

Nos ANEXOS 7, 8 e 9 apresentam-se a descrição no exterior do envelope, a

prova e o verso da prova da Presidência Aberta.

32

ODA: Descrição arquivística – Orientações para a Descrição Arquivística, Direcção Geral de

Arquivos, Programa de normalização de descrição em arquivo, grupo de trabalho de normalização da

descrição em arquivo, 2 ª versão, Lisboa, 2007 p. 299

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18

No ANEXO 10 apresenta-se a descrição da prova da Presidência Aberta na

aplicação informática Arq/Gest

I.5.5. - Descrição

A descrição arquivística entende-se como a elaboração de uma representação

exata de uma unidade de descrição e das partes que a compõem, através da recolha,

análise, organização e registo de informação que sirva para identificar, gerir, localizar e

explicar a documentação do arquivo, assim como o contexto e o sistema de arquivo que

a produziu. 33

Perante esta definição pode-se constatar que a descrição não é uma tarefa

estática, mas passa por várias fases da gestão documental.

A publicação Rules for Archives Description,34

produzido pelo Comité

Canadiano para a Descrição Arquivística em 2008, define os princípios teóricos nos

quais a descrição arquivística se fundamenta.

I.5.5.1. - Os princípios mais importantes

Os princípios mais importantes são os seguintes:

“O respeito pelo fundo constitui a base da organização e descrição em

arquivo”;

“A descrição arquivística deve ser aplicada a todo o tipo de documento

independentemente da sua forma e suporte”;

“A descrição deve aplicar-se igualmente a documentação criada por entidades

colectivas, famílias e indivíduos”;

“A descrição deve reflectir a classificação da documentação”;

“Níveis de classificação e descrição devem estar subordinados a um sistema

hierárquico”;

33

ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptado pelo Comité de Norma de

Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de Setembro de 1999, Conselho Internacional de Arquivos; Trad.

Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição Arquivística, 2ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos

Nacionais. Torre do Tombo, 2002 p. 13 34

PLANNIG COMMITTEE ON DESCRITIVE STANDARDS – Rules for Archival Description, edição

revista. Ottawa: Bureau of Canadian Archivists, 2008.

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19

“A descrição vai do geral para o particular”;

“A informação fornecida em cada nível de descrição deve ser apropriada a esse

nível”;

“A ligação entre as descrições deve ser claramente indicada”.

Perante isto, seguem as definições dos pontos anteriores referentes aos princípios

teóricos nos quais a descrição arquivística se fundamenta:35

“O respeito pelo fundo constitui a base da organização e descrição em

arquivo”.

Segundo este princípio a documentação produzida por um indivíduo ou por uma

instituição deve ser mantida na sua ordem original, não deve ser misturada com

documentação proveniente de outra instituição ou indivíduo.

Assim este princípio é composto por duas partes: “princípio de proveniência” e

o “princípio do respeito pela ordem original”.

O primeiro determina que “deve ser respeitada a autonomia de cada arquivo, não

misturando os seus documentos com os dos outros”,36

e o segundo estabelece

que “os documentos de um mesmo arquivo devem conservar a organização

estabelecida pela entidade produtora, a fim de preservar as relações entre eles e,

consequentemente, a sua autenticidade, integridade e valor probatório”.37

“A descrição arquivística deve ser aplicada a todo o tipo de documentos

independentemente da sua forma e suporte” .

Significa que nenhum documento de arquivo deve ficar excluído da descrição

por possuir características diferentes. Ou seja, para diferentes meios devem ser

criadas regras específicas de descrição que certifiquem as características únicas

dos materiais.

“ A descrição deve aplicar-se igualmente a documentação criada por entidades

colectivas, famílias e indivíduo”.

35

Ibidem. pp. XXIII-XXV 36

NP 4041: Informação e Documentação - Terminologia arquivística: conceitos básicos, Lisboa:

Instituto Português da Qualidade, 2005. p.16 37

Ibidem p. 16

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20

Significa que os princípios de classificação e descrição devem ser aplicados

igualmente a documentação criada por indivíduos, famílias e organizações.

“A descrição deve refletir a classificação da documentação”.

Significa que os níveis de descrição são estabelecidos pelos níveis de

classificação. É o processo intelectual e / ou físico de identificação / acumulação

de documentos de acordo com os princípios arquivísticos. Envolve a criação de

representações precisas da documentação de arquivo.

“Níveis de classificação e descrição devem estar subordinados a um sistema

hierárquico”.

Significa que a classificação dos documentos de arquivo constitui um sistema de

níveis hierárquicos que reflectem a ordem original dos documentos. Esta norma

reconhece os seguintes níveis de organização: fundo; série; coleção; e

documento. Cada nível de classificação tem a sua correspondência com o nível

de descrição

“A descrição vai do geral para o particular”.

Significa que a representação dos diversos níveis dos registos descritos devem

vir do geral para o específico. A descrição do nível mais alto deve ser indicado

antes do nível mais baixo. Donde se pode deduzir que os níveis de descrição

inferiores não devem ser apresentados sem serem apresentados os níveis de

maior agregação.

“A informação fornecida em cada nível de descrição deve ser apropriada a esse

nível ”.

Significa que, a informação fornecida num determinado nível de descrição deve

ser adaptado ou adequado a esse nível. Por exemplo, não é apropriado fornecer

informação detalhada do conteúdo de um fundo ou de uma série. Da mesma

forma é desaconselhável repetir informação dada em níveis mais elevados de

descrição.

“As relações entre as descrições devem ser claramente indicadas”.

Significa que numa descrição multinível, o todo e as partes que o compõem

devem ser representadas de modo a indicar a natureza das relações existentes

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21

entre eles. Cada nível de descrição deve estar reconhecido e ligado ao elemento

imediatamente superior, tornando clara a sua posição na hierarquia.

A primeira fase da descrição da série Acontecimentos do Arquivo Fotográfico da

CP, consistiu em escrever no exterior dos envelopes os elementos que são apresentados

no ANEXO 11.

As regras de catalogação auxiliam na recuperação dos documentos pelos

utilizadores, assim como no intercâmbio de registos arquivísticos. As provas foram

descritas no exterior de cada envelope, registando as personalidades e os

acontecimentos representados como se refere no ANEXO 12, tendo como exemplo a

prova com o título “Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML) na

semana em Pontevedra”.

No ANEXO 13 apresenta-se a descrição da prova da “Unidade de Transporte

de Mercadorias e Logística (UTML) na semana em Pontevedra” na aplicação

informática Arq/Gest.

Figura 1 - Descrição no exterior do envelope, prova e número de negativo da prova da “Unidade de

Transporte de Mercadorias e Logística (UTML) na semana em Pontevedra”

Exterior do envelope Prova Verso da prova

Na sequência da primeira fase da descrição manual das unidades descritas no

exterior dos envelopes, seguiu-se uma outra etapa que foi a introdução dos dados na

aplicação informática InfoGest/ArqGest, utilizada para a gestão da descrição

documental, segundo a norma ISAD(G).

A aplicação InfoGes/ArqGest permite efetuar o registo dos documentos e

mantém a sua informação permanentemente disponível, quer para uso interno, quer para

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22

uso externo. Foi criada em conformidade com as normas internacionais de descrição

arquivística ISAD(G), tendo sido acrescentados elementos específicos para a fotografia.

Durante a fase da introdução das unidades descritas na base de dados, foi

também colocada a localização dos negativos que tenham correspondência com as

provas.

Para desenvolver a tarefa da descrição, deu-se atenção às seguintes informações:

a proveniência38

; a origem; o contexto de produção; a época; o autor; os objetivos de

produção; o espaço; o tempo; âmbito e conteúdo; o objeto físico; o processo fotográfico;

o formato; o estado de conservação; a utilização em diferentes contextos como por

exemplo, as publicações internas da empresa, publicações externas e exposições.

Em todas as fases do trabalho procurou-se sempre, respeitar o princípio de

proveniência salientado por Rousseau e Couture (1998), como sendo a base da

disciplina arquivística, e que é um dos aspetos mais salientes a ser considerado no

tratamento das fotografias do Arquivo Fotográfico da CP.

No ANEXO 14 passa-se então a indicar todos os conjuntos descritos (incluindo

a quantidade de provas fotográficas), os títulos, os códigos atribuídos, e a localização

das provas na aplicação informática InfoGest/ArqGest.

Capítulo II - Normas e orientações técnicas de gestão e descrição

II.1. - ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística

A CP optou pela Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística ISAD(G)

para a descrição dos seus fundos.

A ISAD(G) resulta do compromisso assumido pelo Comité de Normas de

Descrição do Conselho Internacional de Arquivos (CIA) em criar um instrumento capaz

de normalizar e padronizar a descrição da documentação em arquivo, numa estrutura

multinível, com o objectivo de tornar mais fácil a troca de informação.

38

ODA: Orientações para a Descrição Arquivística, «Proveniência - relação entre os documentos de

arquivo e as pessoas colectivas ou singulares que os produziram, acumularam e/ou conservaram e os

utilizaram no decurso das suas actividades» 2007 p. 304

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23

É de salientar que a partir desta norma, surgem em diversos países as orientações

criadas pelos órgãos directores de arquivos, respeitantes a descrição arquivística.

Em Portugal, foi criada e desenvolvida pelo Grupo de Trabalho de Normalização

da Descrição em Arquivo da Direcção-Geral de Arquivos (DGARD), às Orientações

para a Descrição Arquivística (ODA), ligada a Norma Geral de Descrição Arquivística.

A ISAD(G) contém regras gerais para a descrição arquivística que podem ser aplicadas

independentemente da forma ou suporte dos documentos. As regras nela contidas, não

fornecem orientações específicas para a descrição de documentos especiais, tais como

selos, registos sonoros ou desenhos técnicos. 39

Necessita, contudo, ser articulada com

orientações específicas, desenvolvidas por outras entidades nacionais e internacionais,

como por exemplo a SEPIA e a Norma de Descripción Arquivística de Cataluña

(NODAC) que se adapta a espécies fotográficas.

A estrutura da norma ISAD(G) - 2ª versão encontra-se organizada em sete zonas

40, sendo cada uma dividida em elementos de informação, que na sua totalidade

perfazem vinte e seis elementos. Cada elemento de informação indica a respetiva

matéria.

II.1.1. - Os quatro principais objetivos 41

A norma ISAD(G) baseia-se nos seguintes objetivos:

Garantir a produção de descrições sólidas, adequadas e auto-explicativas;

Auxiliar na recuperação e intercâmbio de informação sobre documentação de

arquivo;

Facultar a partilha de dados de autoridade;

Tornar possível a integração de descrições provenientes de diferentes entidades,

num sistema unificado de informação.

39

ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptado pelo Comité de Norma de

Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de Setembro de 1999, Conselho Internacional de Arquivos; Trad.

Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição Arquivística, 2ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos

Nacionais. Torre do Tombo, 2002 p.9 40

Ibidem. p.11 41

ODA: Descrição arquivística – Orientações para a Descrição Arquivística, Direcção Geral de

Arquivos, Programa de normalização de descrição em arquivo, grupo de trabalho de normalização da

descrição em arquivo. 2 ª versão, Lisboa, 2007 p. 20

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24

II.1.2. - Tem como princípios basilares 42

Para promover o cumprimento dos objectivos são mencionados os seguintes

princípios:

Respeito pela proveniência e pela ordem original;

A descrição arquivística é o espelho da organização da documentação;

A estrutura da documentação de arquivo organiza-se em níveis de classes tendo

uma relação entre si;

Os níveis de descrição são determinados pelos níveis de organização. Ex: Fundo,

subfundo, série, subsérie;

A toda a documentação de arquivo aplica-se a descrição arquivística,

independentemente do seu suporte e da sua forma;

É aplicada a descrição arquivística independentemente da documentação ser

produzida por uma pessoa coletiva, pessoa singular ou por uma família, em

todas as fases de vida da documentação do arquivo.

II.1.3. - Tem como regras 43

Adoptar e aplicar a norma ISAD(G) envolve pôr em execução a parte mais

importante da norma, a descrição multinível que assenta em quatro regras essenciais:

Descrever do geral para o particular de modo a representar a composição e a

organização hierárquica do fundo e das partes que o compõem, no qual o sistema

multinível possibilita descrever as unidades documentais sem o risco de perda da

sua relação orgânica com o fundo do qual faz parte;

Representar com rigor o conteúdo e o contexto da unidade de descrição,

selecionando somente a informação adequada para o nível de descrição;

42

Ibidem p. 20 43

ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptado pelo Comité de Norma de

Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de Setembro de 1999, Conselho Internacional de Arquivos; Trad.

Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição Arquivística, 2ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos

Nacionais. Torre do Tombo, 2002 pp.16-17

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25

Tornar explicita a ligação entre descrições, de modo a tornar clara a posição da

unidade de descrição na hierarquia;

Evitar a repetição de informação, nomeadamente em descrições arquivísticas

hierarquicamente relacionadas.

A decisão adotada no âmbito deste estágio incidiu na descrição arquivística ao

nível do documento simples ou seja, a prova fotográfica.

Procedeu-se de seguida à comparação das sete zonas de informação arquivística

da ISAD(G) e dos respetivos elementos de descrição que as comportam com a descrição,

efectuada no arquivo fotográfico da CP com a aplicação Arq/Gest, tendo como exemplo

o documento “1º ministro visita o Ramal de Sines”. Ver ANEXO 15.

Como se pode verificar, a estrutura não comporta os 26 elementos de

informação, visto que a ISAD(G) foi adaptada às necessidades da instituição.

Em cada elemento de informação houve a necessidade de delimitar o tipo de

informação a constar, de modo a evitar a redundância da informação.

Convém sempre referir que a Zona de Identificação e o elemento Nome de

produtor são de preenchimento obrigatório, 44

assim como características físicas e

requisitos técnicos.

No ANEXO 16 apresenta-se janela Arq/Gest onde é descrito o documento “1º

ministro visita o Ramal de Sines”.

No ANEXO 17 apresentam-se a descrição no exterior do envelope, prova e

número de negativo da prova da “1º ministro visita o Ramal de Sines”.

II.1.4. - Problemas de aplicação da ISAD(G) aos arquivos

Perante certos esforços de coordenar e disciplinar as experiências e práticas de

diversos países ou até mesmo de organismo para organismo, são indicadas certas

insuficiências à ISAD(G).

44

RUNA, Lucília, SOUSA, Joana Braga - Normalizar a descrição em arquivo: questionar, reflectir e

aplicar: In Cadernos de Biblioteconomia, Arquivística e Documentação, número 002, Lisboa: Associação

Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 2003 p. 90

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26

Um dos problemas reside na falta de um modelo único na apresentação da

terminologia. Os termos utilizados devem ser precisos e corresponder de forma unívoca,

a um determinado conceito. Existem conceitos e termos cuja aplicação é determinante.

Um dos principais é o conceito de fundo. O que chamar a esses conjuntos orgânicos:

fundos, arquivos, núcleos ou sistemas de arquivo? 45

Como resultado desta situação, as

diferentes instituições nacionais e internacionais atribuem diferentes significados a

termos que devem ser precisos e corresponder a uma única terminologia, o que leva a

não haver uma uniformidade no vocabulário utilizado.

Uma questão pertinente tem a ver com os diversos níveis de descrição. A

ISAD(G) apresenta como níveis mínimos, globalmente aceites, o fundo, a série e o

documento, que não nos bastam para descrever realidades arquivísticas complexas. Mas

há outras experiências que incluem o núcleo, o macroprocesso, o processo, a peça, o

item…Põe-se esta questão, estaremos a cair no risco ao empregar expressões diferentes

para designar a mesma realidade? 46

Uma outra dificuldade de utilização da norma, tem a ver com o tipo de

informação que é dada aos utilizadores. Será necessário lembrar que só uma pequena

parte da norma é de preenchimento obrigatório? E que a descrição arquivística não é

literatura, e o que o utilizador procura é informação exacta e concisa?47

O que origina

dúvidas na exibição formal dos dados.

A todas estas questões terá que haver uma articulação entre a ISAD(G) e as

diferentes normas nacionais, que apesar de moldadas a diferentes realidades, têm

marcas em comum, que podem facilitar as trocas de informação entre diferentes

instituições a nível nacional e internacional de modo a superar as lacunas citadas.

II.2. - SEPIA – Safeguarding European Photographic Images for Access

As recomendações no âmbito do projeto SEPIA são os resultados de pesquisa

realizada pelo grupo de trabalho SEPIA em modelos descritivos para acervos

45

Ibidem. p. 84 46

Ibidem. pp. 85-86 47

Ibidem p. 87

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27

fotográficos, 48

e podem ajudar a preencher as insuficiências da norma ISAD(G),

nomeadamente na descrição de documentos fotográficos .

As recomendações - SEPIA não têm o propósito de constituir um conjunto

rigoroso e inflexível de elementos descritivos. Contém um grande número de elementos,

dos quais se destacam processos fotográficos, formatos e avaliação do estado de

conservação.

As recomendações - SEPIA permitem que os catalogadores descrevam as

coleções apenas ao nível de agrupamento e / ou nível de coleção e não sejam forçados a

descrever ao nível de item (documento). Este tem sido um dos requisitos básicos do

modelo SEPIA desde o seu início. 49

Esta preocupação é motivada pelo facto dos

catalogadores serem defrontados com grandes coleções ou séries e disporem de um

tempo limitado para a sua descrição.

Em relação ao parágrafo anterior, entende-se como uma coleção um conjunto de

documentos reunidos artificialmente em função de qualquer característica comum,

independentemente da sua proveniência. Podem existir coleções a diferentes níveis de

descrição, nomeadamente a nível do fundo e da série. 50

Tal como na ISAD(G), na SEPIA a estrutura da hierarquia é determinada pelo

catalogador, o que permite uma utilização ilimitada de níveis e subníveis. 51

No modelo SEPIA, cada imagem registada na fotografia fica ligada a todas as

suas diversas manifestações físicas como impressão, negativo, slide ou arquivo digital.

52

48

SEPIADES: Recommendations for cataloguing photographic collections. Draft version 3.0, SEPIA

Working Group Descriptive Models for Photographic Collections. Amsterdam: European Commission on

Preservation and Access, 2003. p. 7 49

Ibidem p. 8 50

ODA: Descrição arquivística – Orientações para a Descrição Arquivística, Direcção Geral de

Arquivos, Programa de normalização de descrição em arquivo, grupo de trabalho de normalização da

descrição em arquivo, 2 ª versão, Lisboa, 2007 p.297 51

SEPIADES: Recommendations for cataloguing photographic collections. Draft version 3.0, SEPIA

Working Group Descreptive Models for Photographic Collections. Amesterdam: European Commission

on Preservation and Access, 2003. p. 8 52

Ibidem p. 9

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28

II.2.1. - Proposta ao arquivo fotográfico da CP de elementos de descrição do

projeto SEPIA

Na comparação entre a ISAD(G) e a SEPIA foram considerados somente os

elementos aplicáveis ao arquivo fotográfico da CP.

Foi elaborada uma proposta com os elementos descritivos do modelo SEPIA que

respondam às necessidades da descrição do Arquivo Fotográfico da CP.

Basicamente, a proposta contém certos elementos do modelo SEPIA que se

referem ao processo fotográfico e formato e à avaliação do estado de conservação.

No quadro do ANEXO 18 são apresentados os elementos de descrição do

modelo SEPIA.

Perante a tabela do ANEXO 18 e em virtude de não existirem os seguintes

elementos na norma ISAD(G) utilizada pela CP, são aconselhados os elementos do

projeto SEPIA abaixo indicados:

Elemento formato:

Dimensões unidade de medida. Identificação técnica E.3.2.4.1.5.3.3.

.Indica informações sobre as medidas padrão para as provas e os negativos.

Alguns formatos padronizados:

- Provas: 4.5x6 / 6x9 / 9x12 6.5x9 / / 9x13 / 9 x14 / 10x15 / 12x16, 5 / 13x18

/ 18x24 / 24x30 /30x40 / 40x50 / 50x60 / outro tamanho

- Negativos / transparências: 35 mm / 4,5x6 / 4x7 / 6x7 6x9 9x12 / / 4x5 /

10x15 / 13x18/ 8x10 /18x24 / 24x30 / outro tamanho.

Orientação e forma. Identificação técnica E.3.2.4.1.5.1.

Fornece a descrição da forma como um trabalho foi concebido para ser visto

ou exibido.

Aconselha um dos seguintes formatos: horizontal; vertical; quadrado; oval;

forma circular; irregular ou outra.

Dimensões Específicas. Identificação técnica E.3.2.4.1.5.4.

Fornece informação sobre o diâmetro da prova.

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29

Sugere a escolha dum dos seguintes diâmetros da prova: forma circular ou

oval. Se a imagem física tem uma forma circular, são registadas as

dimensões do seu diâmetro. Se a imagem tem uma forma oval, são

registados os eixos maior e menor.

Elemento processo fotográfico

Cor monocromática ou policromática. Identificação técnica E.3.2.4.1.1.1.

Recomenda a escolha de um dos seguintes processos: monocromática ou

policromática. A cor da imagem física é monocromática (imagem a preto e

branco) ou policromática (imagem a cor).

Polaridade negativa ou positiva. Identificação técnica E.3.2.4.1.1.2

Indica uma das seguintes polaridades: negativa ou positiva. Os negativos

contêm valores tonais opostos da realidade e os positivos têm valores tonais

que são semelhantes com a realidade.

Suporte. Identificação técnica E.3.2.4.1.1.4.

Indica a base ou suporte principal da imagem física.

Recomenda a escolha entre papel, vidro, plástico, metal ou outro.

Elemento avaliação do estado de conservação

Condição do objecto físico. Identificação técnica E.3.2.4.1.6.

Indica a condição do objecto físico: bom estado; com pequenos sinais de

deterioração; necessário tratamento de conservação; tratamento de

conservação urgente.

Sugere a escolha duma das quatro categorias:

o bom estado, “imagens em bom estado, sem sinais de danos ou em

deterioração em curso”;

o com pequenos sinais de deterioração, “as imagens apresentadas neste

grupo, devem ser observadas ou reavaliadas antes da sua utilização”;

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30

o necessário tratamento de conservação, “imagens com sinais evidentes

de deterioração”;

o tratamento de conservação urgente, “imagens com sinais óbvios de

deterioração tão avançado que deve ser dada a máxima prioridade de

preservação”.

São estas as recomendações que se apresentam ao Arquivo Fotográfico da CP

para colmatar as lacunas da norma ISAD(G) em relação a fotografia.

Capítulo III - Preservação

Na opinião de Luís Pavão pode haver opiniões muito divergentes em muitos

aspectos de conservação. Há contudo um ponto em que a maioria dos conservadores

estão de acordo: o aspecto mais importante do trabalho é a actividade de preservação.53

A preservação consiste num conjunto de medidas de gestão tendentes a

neutralizar potenciais factores de risco dos documentos.54

As fotografias como objectos frágeis, são muito vulneráveis à ação do tempo, às

condições ambientais e biológicas, ao manuseamento pelos utilizadores, pelos próprios

materiais componentes, como por exemplo, os sais de prata ou o tipo de corantes que

eram aplicados. A adopção de procedimentos correctos permite evitar, ou pelo menos

retardar, a deterioração das espécies fotográficas, garantindo assim uma maior

permanência dos originais.

A preservação da documentação tem várias vertentes. Por um lado, criar as

condições em termos de depósito e em termos ambientais, para que a documentação

mantenha a sua estabilidade físico-química.

Conscientes do valor atribuído às imagens fotográficas, surge a necessidade da

sua preservação para interpretação do passado e evolução futura. Duas das formas de

53

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p. 195 54 ALVES, Ivone e tal. – Dicionário de terminologia Arquivística, Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993 p. 76

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31

preservação são a microfilmagem e a digitalização, que permitem a salvaguarda dos

originais a longo prazo, pois deixam de ser consultados directamente.

Relativamente ao acervo do Arquivo Fotográfico da CP a digitalização não é

feita de forma sistemática, mas de acordo com as necessidades de utilização, em

resposta a pedidos de imagens por parte dos utilizadores.

III.1. - O Planeamento

Na conservação de materiais fotográficos podem incidir diversos factores em

simultâneo: 55

A qualidade intrínseca dos materiais fotográficos utilizados no procedimento

fotográfico;

A qualidade do tratamento no processo técnico de obtenção da imagem;

As condições ambientais;

As práticas de manipulação;

Os desastres naturais, furto e o vandalismo.

A exigência de criar um plano de preservação justifica-se principalmente por

razões de custo económico e pela possibilidade de evitar urgências imprevistas

derivadas do estado de conservação dos fundos. Temos que estar conscientes que uma

deterioração dificilmente pode ser detida, mas podemos retarda-la com um correcto

plano de preservação.

Na convicção de Luís Pavão, a preservação tem de ser realizada de uma forma

permanente e global, de nada servem embalagens de boa qualidade se a humidade

relativa permanecer elevada; as fotografias continuarão a deteriorar nos envelopes e

caixas sofisticadas. 56

55

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. p.277 56

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p. 195

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32

Segundo Joan Boadas, é necessário definir estratégias de carácter preventivo,

que saem mais baratas, do que ter que levar a cabo ações reparadoras e correctivas

sempre mais dispendiosas. 57

III.2. - O estudo de fundos

Planear em preservação significa ter um cálculo da deterioração dos materiais,

observando todas as possibilidades, bem como uma análise do seu valor intelectual e

económico. 58

Segundo Joan Boadas para conhecer as condições de um fundo: é imprescindível

quantificar os objectos fotográficos, a identificação dos materiais (suportes e formatos),

e por ultimo o estado de conservação em que se encontram. 59

Reportando ao parágrafo anterior, o acervo do arquivo fotográfico da CP tem

cerca de 137.660 espécies fotográficas, em vários suportes e formatos e que ocupam

cerca de 28 m.l. no depósito60

. É constituído por processos fotográficos datados desde

1890 até 2005, tais como negativos de gelatina em prata e vidro, negativos cromogéneos

em película; provas cromogéneas e diapositivos cromogéneos em película. Os processos

fotográficos posteriores ao ano de 2005 encontram-se a guarda do Gabinete de

Comunicação da CP. Segundo dados fornecidos pela CP, a fotografia mais antiga

datada é de 1890.

De seguida apresenta-se uma tabela com os processos fotográficos, formatos e

quantidades existentes no arquivo fotográfico da CP.

57

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. p. 278 58

Ibidem. p. 281 59

Ibidem. p. 281 60

Em relação ao número de espécies fotográficas esses dados foram fornecidos pela orientadora local,

sendo a medição em metros lineares das estantes da sala de depósito executado pelo próprio estagiário.

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33

Tabela de processos fotográficos, formatos e quantidades. 61

Figura 2 - Tabela de processos fotográficos formatos e quantidades

Processos

Fotográficos

Formatos e quantidades

35m 6x6 10x15 15x20 18x24 20x25 30x40 50x60

Diapositivo

Cromogéneos

(Caixilho de

plástico)

ca.

7000

ca.

500

Negativo em

película

p&b

e cor

ca.

120000

ca.

3000

Provas p&b

e cor

ca.

5500

ca.

1500

ca.

50

ca.

50

ca.

30

ca.

30

Total de

espécies

fotográficas

137.660 espécies fotográficas

As fotografias do Arquivo Fotográfico da CP, dependendo das tipologias e da

sua proveniência, encontram-se razoáveis ou em bom estado de conservação. As

espécies em pior estado de conservação são as provas monocromáticas e policromáticas

que foram coladas às páginas dos álbuns e que apresentam um amarelecimento

acentuados ao nível da imagem.

O ANEXO 19 Álbuns da CP com um amarelecimento acentuados ao nível da

imagem.

III.2.1. - Sala de depósito

A Sala de depósito constitui o elemento número um de proteção de uma coleção

segundo Luís Pavão. 62

O controlo das condições ambientais dos depósitos,

61

Existe um pequeno conjunto de negativos e diapositivos em vidro que não esta contabilizado.

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34

nomeadamente da humidade relativa, da temperatura, da luz, da poluição e das poeiras,

é crucial para a preservação das espécies.

Um armazenamento realizado de forma certa pode prolongar o período da vida

das espécies, um descuidado armazenamento, com arrumação negligente,

desorganização e falta de espaço, depressa resulta em danos para as coleções. 63

A Sala de depósito deve ocupar somente as funções de armazenamento e não

funções mistas de sala de leitura e de trabalho. Caso a coleção fotográfica não tenha

grandes dimensões, pode alojar outras espécies, tais como documentos manuscritos e

impressos, mas tem de se ter sempre em conta as características físicas e químicas das

espécies fotográficas em guarda, de forma a não entrar em incompatibilidade com as

espécies instaladas na sala de depósito.

Com o objectivo de proteger as coleções das oscilações térmicas, é aconselhável

que a localização da sala de depósito num espaço interior, que não se situe num local de

passagem, sem janelas e que tenha as portas calafetadas, a fim de não afetar a

estabilidade das espécies fotográficas e as suas características físicas e químicas.

Ao instalar uma sala de depósito, deve-se ter em conta a estrutura da sala, se é

suficientemente robusta para aguentar o peso das estantes, com o seu conteúdo (papel e

outras espécies fotográficas, como os de suporte em vidro) e fazer uma previsão do

crescimento do acervo que venha a receber a médio e a longo prazo.

O uso de mobiliário e chão de madeira na sala de depósito, é desaconselhável

devido a sua ação nefasta sobre as espécies fotográficas, pela libertação de gases

oxidantes, sendo indicado mobiliário metálico nos depósitos. 64

Na opinião de Luís Pavão, madeiras laminadas ou aglomerados de madeira são

ainda mais nocivos do que a madeira, não só porque se encontram desfeitos, como pelo

facto de as colas usadas no seu fabrico contribuírem nefastamente para o ambiente do

arquivo. 65

62

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 196 63

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 80 64

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 198 65

Ibidem. p 217

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35

As estantes devem estar afastadas cerca de 10 cm do chão 66

com o objectivo de

promover uma melhor circulação de ar e prevenir o contacto com a humidade.

O mobiliário destinado a conter negativos em placa de vidro deve garantir a

resistência adequada para o peso previsto.67

A sala de depósito deve estar munida de aparelho de ar condicionado e

desumidificadores e torna-se aconselhável a substituição dos filtros do aparelho de ar

condicionado anualmente, assim como o despejo da água dos reservatórios dos

desumidificadores diariamente a fim de prevenir a reprodução de microrganismos.

.

III.2.2. - Acondicionamento

O acondicionamento é um dos aspectos fundamentais para a preservação. Deve

obedecer a determinados critérios, nomeadamente o agrupamento em função do

processo fotográfico e do formato.

É importante que todas as espécies fotográficas estejam separadas fisicamente de

acordo com o processo fotográfico e formato para que determinada espécie fotográfica

não prejudique outra, reduzindo a hipótese de dano, assegurando-lhes proteção e apoio

físico.

Os materiais fotográficos são normalmente agrupados pelo factor suporte;

suporte em papel; suporte em plástico; suporte em vidro e suporte em metal. E, depois

dessa seleção, deve-se dividir os subconjuntos em emulsões a preto e branco ou

coloridas e em negativos ou positivos. 68

Os materiais de proteção directa e as caixas que reúnam os requisitos básicos de

conservação contribuem em grande medida para a estabilidade das fotografias, porque

actuam como barreira amortecedora das variações ambientais de temperatura e

humidade. 69

66

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001 p. 298 67

Ibidem p. 298 68

FILIPPI, Patrícia de, LIMA, Solange Ferraz de, CARVALHO, Vânia Carneiro de – Como tratar de

colecções de Fotografias, colecção Como fazer, 2ª ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial

do Estado, 2002 p. 45 69

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001 p. 301

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36

Na opinião de Maria Luísa Cabral, todos os materiais de acondicionamento

devem passar no teste de actividade fotográfica (PAT – Photographic Activity Test), tal

como é descrito na norma ANSI IT.2 1988. Este teste rigoroso avalia o efeito dos

materiais de acondicionamento sobre os suportes fotográficos. 70

Películas, sejam negativos ou diapositivos devem ser arrumados em envelopes

individuais, de acordo com o formato normalizado, e por sua vez em caixas ou gavetas,

e depois em prateleiras ou armários metálicos.

A embalagem individual é o primeiro e o mais influente elemento de proteção,

pois fica em contacto com a espécie que guarda. Ela permite proteger do pó e do

manuseamento, evita que as espécies se risquem entre si, impede a contaminação ácida

e é um auxiliar na organização, numeração e arrumação da coleção, pois permite

uniformizar formatos. O seu desenho deve ser adequado ao tipo de espécie e ao uso que

venha a ter. 71

Muitos arquivos, por questões económicas não utilizam proteções adequadas

para a salvaguarda das suas coleções fotográficas, utilizando resguardos inadequados,

com consequências nefastas a nível de preservação a médio e a longo prazo.

Os materiais destinados ao acondicionamento de fotografias dividem-se

essencialmente em dois grupos: papel, cartão e plástico.

O papel e o cartão devem respeitar as seguintes condições:72

Elevado teor em celulose (acima de 87%);

pH neutro (cerca de 6,5 -7,5);

Baixo e não detectável teor em enxofre;

Isento de lenhina, de reserva alcalina, de partículas de metal, de ácidos, de

peróxidos, de formaldeídos e de colas ou gomas.

Os acondicionamentos de plástico devem obedecer aos seguintes critérios:73

70

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 100 71

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 231 72

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 101 73

. Ibidem p. 101

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37

Ser isentos de plastificantes;

Apresentar uma superfície sem brilho;

Se o ambiente for estável, recomenda-se o uso de poliéster para a maioria dos

acondicionamentos. À excepção destinadas a espécies fotografias com

superfícies delicadas ou já deteriorados, a materiais à base de vidro, a ferrotipos

e a filmes antigos.

Baseado na obra de Luís Pavão “Conservação de Colecções de Fotografia”74

,

apresenta-se em baixo uma tabela com as vantagens e desvantagens das embalagens do

papel em relação as embalagens de plástico em arquivos fotográficos:

Figura 3 - Tabela com as vantagens e desvantagens das embalagens de papel em relação as

embalagens de plástico

Desvantagens do plástico Vantagens do papel

Não absorve as poeiras, riscando

sempre que as espécies são retiradas

do invólucro.

Absorve as poeiras que se encontram

sobre os negativos ou provas, operando

como filtro.

Não permite trocas com o exterior;

conserva a humidade provocando

condensações.

É poroso, possibilita trocas de humidade

com o exterior; funciona como

moderador das oscilações ambientais

bruscas

Retém os gases emitidos das películas

de acetato e nitrato de celulose

Possibilita que sejam libertados os gases

emitidos das películas de acetato e nitrato

de celulose

Não resguarda da luz Protege da luz

É mais caro É mais barato

Só recebe escrita a tinta, que é nociva

para as espécies.

Pode-se escrever a lápis; não é nefasto

para as espécies.

Pode ser riscado Não se risca

74

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 Lisboa, 1997, pp.

223-224

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38

Baseado na obra de Luís Pavão “Conservação de Colecções de Fotografia”,75

apresenta-se em baixo uma tabela com as vantagens das embalagens do plástico e

desvantagens das embalagens de papel em arquivos fotográficos:

Figura 4 - Tabela com vantagens das embalagens de plástico em relação as embalagens de papel

Desvantagens do papel Vantagens do plástico

A prova tem que ser retirada da

embalagem para ser observada;

aumenta o manuseamento.

É transparente; pode ser usado em

embalagens de prova à consulta do

público.

Pode ser rasgado; não aguenta muito

uso.

Tem maior resistência física.

As colas empregues no papel são

higroscópicas

É selado a quente; não necessita de colas.

Higroscópicas = capacidade de atrair água 76

Em resumo, podemos dizer que o papel de boa qualidade é um material mais

seguro, excelente para arquivo com utilização moderada, nomeadamente um arquivo de

negativos e espécies no frio. O plástico torna-se mais adequado para provas e

diapositivos que necessitem de ser observados regularmente. 77

Baseado na obra de Luís Pavão “Conservação de Colecções de Fotografia” 78

a

tabela em baixo são indicados os processos fotográficos e o tipo de embalagens

recomendadas:

Figura 5 - Tabela com processos fotográficos e o tipo de embalagens recomendadas

Processos fotográficos Tipo de embalagens

Película rígida e negativo em vidro Envelope de quatro abas

Negativos em chapa Envelope de quatro abas

Diapositivos e provas Embalagens em poliéster, polipropileno e

75

Ibidem. p.224 76

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004, p. 56 77

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 224 78

Ibidem. pp. 231-235

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39

polietileno

Provas fotográficas Bolsas de poliéster

Provas muito frágeis Cartão passe-partout e suspensão com rebaixo

Outra opção são os álbuns, que permitem reunir as fotografias com o mesmo

formato ou aproximado, auxiliam na organização, arrumação e protegem do pó. Devem

ser guardados em caixas de conservação isentas de ácido e de formato apropriado às

suas dimensões.

III.2.2.1. - Sala de depósito de arquivo fotográfico da CP

Figura 6 - Planta das salas do Arquivo Fotográfico da CP

Figura 6 - Planta das instalações da CP, Calçada do Duque nº 20, em Lisboa. 1º andar

da Secretaria-Geral, onde se encontram as salas do Arquivo Fotográfico: 1) sala de

consulta; 2) gabinetes higienização e digitalização; 3) depósito fotográfico; 4) gabinete

do responsável do Arquivo

Foi feita uma avaliação à sala de depósito com vista a identificar as necessidades

de preservação em que medida os conjuntos documentais se encontram em risco, e quais

os fatores que estão a contribuir, para a degradação da documentação de forma a aferir

prioridades de actuação.

Não se apresentam registos dos vários fatores ambientais por não terem sido

disponibilizados instrumentos de medição da temperatura, humidade relativa e da

qualidade do ar no período que decorreu o estágio.

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40

No que diz respeito à segurança em relação ao furto e aos atos de vandalismo,

apesar de existir vigilância no exterior do edifício, não se verificou a existência de

qualquer câmara de vídeo vigilância nem de sistema de alarme dentro da sala de

depósito.

Quanto à prevenção de incêndios, verificou-se a existência de extintor e detector

de fumo dentro do depósito. Segundo os dados fornecidos pela CP o extintor é em pó,

tipo ABC 79

, que utiliza Monofosfato de Amónia siliconizado como agente extintor. O

agente pó ABC isola quimicamente os materiais combustíveis de classe A , derretendo e

aderindo à superfície o material em combustão. Atua abafando e interrompendo a

reação em cadeia de incêndios da classe B. Não é condutor de eletricidade.

No que diz respeito ao tipo de estanteria utilizada, a documentação encontra-se

maioritariamente arrumada em armários metálicos ANEXO 20.

III.2.2.2. - Recomendações de Preservação da sala de deposito e acondicionamento

do arquivo fotográfico da CP

Estabelecer um plano de limpeza periódica.

Assegurar a limpeza da zona de depósito, quer do chão, quer das unidades de

armazenamento. A limpeza deve ser feita com pano húmido, sem utilizar detergentes,

como amoníaco e cloro. Evitar varrer, para não dispersar a poeira no ambiente. Todas as

prateleiras devem ser limpas com pano húmido (com mistura de água e de álcool) para

não levantar pó. Não esquecer de limpar as superfícies por cima, atrás e por baixo dos

armários.

79

Extintores em pó ABC: – Protege [Em linha] [consultado em 20-08-2012] disponível em

www: <protege.ind.br/subProdutos.php?titulo...titulo>

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41

Deve-se fazer periodicamente uma inspecção ao depósito para verificar se

existem acumulação de sujidades e possíveis focos de infestação do espaço, armários e

documentos80

.

Vedar a sala de depósito.

Deve-se proceder à calafetagem das portas de entrada do depósito para vedar a

intromissão de animais e evitar a entrada de poeiras81

, devido ao facto do depósito do

arquivo fotográfico da CP se localizar num espaço de passagem ANEXO 21.

Medição das condições ambientais. 82

Deve-se proceder periodicamente a uma medição de níveis de poluentes no

interior do depósito.

Devem ser filtrados os gases poluentes do ar do exterior (ozono, dióxido de

azoto, peróxidos de hidrogénio).

Substituição do pavimento.

Deve ser substituído o chão de madeira por material inerte, devido a sua ação

nefasta sobre as espécies fotográficas pela libertação de gases oxidantes. 83

ANEXO 22

Acondicionamento.

Para o conjunto de provas cromogéneas, deve-se proceder ao acondicionamento

individual. Recomenda-se a utilização de bolsas plásticas, nomeadamente bolsas em

poliéster ou polipropileno, que além de serem livre de ácidos, não contêm plastificantes.

84

A acrescentar ainda que o poliéster não amarelece, não quebra, não interfere

com as espécies que protege, além de ser bastante resistente e suportar o manuseamento

frequente.

Sala de depósito.

Segundo Bertrand Lavédrine recomenda-se para coleções de pequenas

dimensões uma arca frigorífica, ou seja, frigorifico doméstico adaptado a depósito. A

temperatura aconselhável é de 2ºC com a humidade relativa entre 20% a 30% .

80

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p.199 81

Ibidem. p.196 82

Ibidem. p. 215 83

Ibidem. p. 197 84

Ibidem. p 227

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42

Ter em conta que as caixas de acondicionamento não podem ser colocadas

directamente. Cada caixa tem de ser colocada num saco de polietileno para evitar a

exposição a humidade relativa excessiva, pois nestes frigoríficos por vezes é difícil de

controlar a HR.85

Com as seguintes sugestões, pretende-se sensibilizar os responsáveis da

instituição que acolheu o estágio, quanto ao tipo de procedimento mais adequado para o

armazenamento, preservação e conservação da documentação fotográfica.

III.3. - Condições ambientais de preservação

As condições ambientais devem ser sempre controladas, uma vez que as

condições desfavoráveis da luz, temperatura, poluição do ar e da humidade relativa, são

condições determinantes que aceleram os processos biológicos e químicos de

degradação dos materiais de um arquivo fotográfico.

Segundo o conselho de Luís Pavão, um bom investimento em ar condicionado e

um planeamento cuidadoso da instalação e manutenção do arquivo são investimentos

sempre frutuosos e de que nunca nos arrependeremos.86

Para que este controlo seja possível, semanalmente é necessário verificar os

níveis de temperatura e humidade através de termohigrógrafos que sejam colocados em

todas as salas do depósito. Um termohigrógrafo é um instrumento mecânico ou

electrónico que regista a temperatura e a humidade relativa. Por vezes chamado

higrotermógrafo. 87

Apesar do funcionamento dos sistemas mecânicos recomendado ser constante ao

longo do ano, mas em virtude do contexto económico, muitos arquivos optam por

desligar o ar condicionado durante o período noturno, feriados e fins-de-semana, o que

irá trazer graves consequências às espécies fotográficas a médio e a longo prazo, devido

as tensões e deformações que os materiais sofrem motivado pela humidade relativa

flutuante, causando tensões entre as varias camadas, que se encurvam, ondulam e

85

LAVÉDRINE, Bertrand - A Guide to the Preventive Conservation of Photograph Collections. Los

Angeles: The Getty Conservation Institute, 2003, p. 63 86

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 201 87

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p. 14

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43

deformam. Nos suportes não flexíveis, como o vidro e cartão de montagem das provas,

dá-se a descolagem da emulsão. 88

No caso preciso do Arquivo Fotográfico da CP, esta instalado ar condicionado,

mas não se encontra ligado ininterruptamente e apenas controla a temperatura. Assim

fazem falta, outros aparelhos como desumidificadores para controlar a humidade

relativa (HR).

Como já foi afirmado as condições essenciais a ter em conta em qualquer

política de preservação são:

A temperatura e a humidade relativa;

A luz;

A poluição atmosférica;

Os agentes biológicos.

III.4. - A temperatura e a humidade relativa

Uma boa gestão da humidade relativa e da temperatura são fundamentais para a

preservação dos arquivos fotográficos.

Para que a preservação dos materiais se mantenha estável por um longo período

de tempo torna-se necessário que os valores da temperatura e da humidade se situam

dentro das cotas recomendáveis durante os 365 dias do ano.

Uma humidade relativa superior a 50% causa danos de todos os materiais

utilizados nas fotografias: provoca a separação da gelatina; a prata oxida; o papel sofre a

hidrólise ácida; a albumina amarelece; a película de nitrato de celulose decompõe e a

película de acetato de celulose acidifica. A manutenção da temperatura e humidade

relativa altas também provocam a formação de colónias de fungos nos documentos,

sejam estes em couro, papel, tecido ou outros materiais orgânicos. 89

Uma humidade relativa inferior a 20% desencadeia tensões nos materiais

adelgaçados, como a descolagem da emulsão e o encurvamento das provas.

88

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 203 89

Ibidem. pp. 202-203

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44

As oscilações de temperatura e humidade relativa do ar são muito mais nocivas

do que os valores superiores de temperatura e humidade relativa do ar considerados

normais. O efeito destas flutuações numa prova de gelatina é o enrolamento do papel

para fora quando a humidade relativa é alta, e no sentido contrário quando a humidade

relativa é baixa. Nos suportes de vidro ou cartão dá-se a descolagem da emulsão, ou

seja, as flutuações provocam uma grande instabilidade. 90

Numa coleção de fotografias que contenha uma grande diversidade de materiais

como é o caso do arquivo da CP, a humidade relativa deve situar-se entre os 30% e 40%

com flutuações inferiores a 5%. Estes valores, determinados experimentalmente e

recomendados pela ISO (International Standards Organization) são adequados para

todos os materiais fotográficos em geral.91

Quanto à temperatura, é recomendável

mantê-la o mais próximo dos 18 e 20 graus centígrados.

Quando há um empréstimo de materiais fotográficos ou outro tipo de

documentação deve-se evitar uma troca brusca de temperatura que pode provocar

distorções químicas e alteração das dimensões dos materiais. O período de adaptação

depende das diferenças climáticas do local de origem e do seu destino.

No caso preciso, o Arquivo Fotográfico da CP tem emprestado diverso tipo de

material a outras instituições, como a Fundação do Museu Nacional Ferroviário, Refer,

Câmaras Municipais e ao Museu da Presidência, mas não é grave, porque as espécies

fotográficas não estão acondicionadas no arquivo frio.

III.4.1. - Recomendações

Utilização de instrumentos de medição;

É recomendável a utilização de instrumentos de medição de humidade relativa e

temperatura (termohigrógrafo/ higrotermógrafo), de forma a saber exactamente os

valores ambientais na sala de depósito.

Utilização de desumidificadores.

Dado a inexistência de desumidificadores no arquivo da CP, recomenda-se o uso

de desumidificadores em complemento com aparelhos ar condicionado (para equilibrar

90

Ibidem. p. 203 91

Ibidem. p 202

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45

a temperatura) a fim de controlar os níveis de humidade relativa dentro dos parâmetros

recomendáveis para a preservação das espécies fotográficas.

III.5. - Iluminação

Toda a fonte da luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação nociva aos

materiais de acervo, provocando consideráveis danos através da oxidação,92

e tem

efeitos cumulativos sobre os mesmos. Segundo Luísa Cabral, a maioria dos

comprimentos de onda de luz - visíveis, ultravioletas (UV) e infravermelhos - fomentam

a decomposição química das substâncias orgânicas, através da oxidação.93

As deteriorações provocadas por um excesso de iluminação sobre os materiais

fotográficos são, a fragilidade das fibras de celulose, os suportes quebradiços, o

amarelecimento, a descoloração e o escurecimento da imagem. 94

Na opinião de Joan Boadas, temos que ter um especial cuidado com as espécies

que são mais sensíveis a luz, como as albuminas, os aristotipos, os daguerotipos e

ambrotipos coloridos, os calotipos, as provas de papel salgado e todos os processos de

fotografias a cor. Neste lote de cuidados especiais também estão incluídas todas as

espécies fotográficas do século XIX. 95

Esta fragilidade é o resultado dos materiais

usados como meio ligante ou dos formadores da imagem (corantes).

É imprescindível medir e registar os níveis de luz e de radiação ultravioleta, pois

os valores vão alternando de acordo com a estação. A intensidade da luz pode ser

registada a partir da leitura que oferece um luxímetro, que mede a intensidade da luz

visível em luxes. Também pode ser usada uma câmara munida de fotómetro para medir

níveis de luz indirectamente. A medição da radiação ultravioleta, deve ser registada com

outros aparelhos específicos que registam a quantidade de radiação ultravioleta

92

CASSARES, Nora Cianflone, MOI, Cláudia - Como fazer conservação preventiva em arquivos e

bibliotecas, coleção Como fazer, 5º ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2000

p. 15 93

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p.56 94

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. p. 288 95

Ibidem. p. 288-289

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46

(comprimento de onda inferior a 400 nanómetros) em unidades de microwatt de

radiação ultravioleta por lúmen. 96

Os níveis de luz aconselhados são os seguintes: 97

Níveis entre 200 e 300 lux são considerados aceitáveis para a sala de leitura;

Em estantes e áreas de armazenamento é suficiente um nível de iluminação entre

50 e 200 lux;

As fontes de iluminação emissoras de radiação ultravioleta superior a 75

microwatt por lúmen requerem colocação de filtros.

Os níveis de luz para documentos gráficos em exposição: 98

Para materiais sensíveis à luz é recomendado não exceder níveis entre 50 e 70

lux durante oito horas por dia e num máximo de 60 a 90 dias;

Estão neste caso papéis coloridos, papel de jornal, encadernações (em tecido),

manuscritos e aguarelas.

Os níveis de luz considerados seguros para expor provas fotográficas são os

seguintes:99

Provas em albumina, papel salgado, cianótipos, provas coloridas à mão e provas

de cor cromogéneas, devem ser iluminadas no máximo com 50 lux;

Provas a preto e branco contemporâneas podem suportar até 100 lux.

Lux é a unidade de intensidade de iluminação (1 lux = 1 lúmen por metro

quadrado). Quando se consideram os níveis de iluminação adequados para a leitura e

para o trabalho sem danificarem o material, é mais importante quantificar a luz que

incide sobre um objecto do que a potência (expressa em watt) gerada por uma

lâmpada.100

96

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 58 97

Ibidem. p. 58 98

Ibidem. p. 59 99

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 pp. 243-244 100

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 13

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47

A utilização de filtros nas lâmpadas, é um primeiro passo para proteger as

coleções fotográficas das radiações. Esta proteção deverá ser complementada com

cortinas e persianas de material neutro.

A utilização de sistemas de iluminação indirecta, que ofereça uma luz ambiental

ténue, em combinação com a luz focalizada nos pontos de trabalho e de consulta, resulta

num bom sistema de preservação. Nas zonas de depósito e de armazenamento deve

optar-se por uma iluminação de baixa intensidade. 101

Segundo Joan Boadas, as lâmpadas de tungsténio emitem menor quantidade de

radiação UV. Mas, estas lâmpadas têm um inconveniente, é que irradiam grande

quantidade de calor, podendo causar o desprendimento da emulsão.102

A exposição das provas deve ser evitada nos casos em que o suporte se encontra

fragilizado. Outros elementos das provas, como os corantes e porções de meio ligante

devem ser verificados antes de serem apresentados ao leitor ou expostos ao público.

Como já foi referido neste relatório, na consulta ou exposição, o original pode

ser sempre substituído por uma cópia digitalizada ou por microfilme, e deste modo

contribui para salvaguardar e preservar a espécie fotográfica.

III.5.1. - Iluminação no arquivo fotográfico da CP

A iluminação no arquivo fotográfico da CP, apesar de ser luz artificial

(fluorescente), é inadequada, pois está directamente focada na documentação, mas na

sala de depósito, todos os documentos de arquivo estão acondicionados em caixas de

cartão canelado livre de ácidos, evitando assim a penetração da luz. Apenas os álbuns

mais antigos estão no exterior dos armários, sem nenhuma proteção.

III.5.1.1. - Recomendações

Ao nível das salas de trabalho e sala de leitura propõe-se que sejam aplicados

filtros ultravioletas nas luzes florescentes;

101

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. pp. 289-290 102

Ibidem. p. 290

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48

Recomenda-se a utilização de filtros nas janelas da sala de leitura, sala de

trabalho e sala do depósito, pois estas deixam entrar luz, tornando-as numa

potencial fonte de destruição das espécies fotográficas, assim como do restante

material de arquivo existente;

Sugere-se a utilização de sistemas de iluminação indirecta, que ofereça uma luz

ambiental ténue, em combinação com a luz focalizada nos pontos de trabalho e

de consulta;

Por último recomenda-se que a iluminação da sala de depósito seja regulada por

células fotoeléctricas com temporizadores que minimizam os efeitos danosos

produzidos pela luz. 103

III.6. - A poluição atmosférica

A qualidade do ar ambiente tem uma incidência directa sobre os materiais

fotográficos. Níveis elevados de poluição, significam o início e aceleração dos

processos de acidificação dos suportes em papel motivados pela presença de gases

nocivos da atmosfera.104

Baseado na obra de Luís Pavão, podemos afirmar que os gases especialmente

prejudiciais para os acervos fotográficos são os gases oxidantes como: dióxido de

nitrogénio, ozono e peróxidos, que em condições de humidade relativa alta, causam a

destruição dos corantes das imagens à cor e a oxidação da prata nas imagens a preto e

branco. 105

A má qualidade do ar, afeta os processos fotográficos mais antigos, levando

a oxidação da prata, o amarelecimento da imagem e a fragilidade do suporte.

Os poluentes existentes nos arquivos podem ser de dois tipos: gasosos e sólidos.

A sua proveniência tanto pode ter origem no meio interno como exterior ao arquivo. 106

103

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. p. 297 104

Ibidem. p. 290 105

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p. 215 106

CASSARES, Nora Cianflone, MOI, Cláudia, Como fazer conservação preventiva em arquivos e

bibliotecas, coleção Como fazer, 5º ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2000

p. 16

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49

Poluentes gasosos: 107

O ozono dentro da sala de arquivo é um gás nocivo, uma vez que é um agente

oxidante muito activo. Pode ser produzido pelos sistemas de filtragem

electrostática, utilizados nalguns sistemas de ar condicionado, bem como pelas

máquinas fotocopiadoras electrostáticas;

Os peróxidos são compostos que têm uma grande percentagem de oxigénio,

sendo muito activos quimicamente. Reagem com os materiais que estão mais

próximo destruindo-os. Os cartões de má qualidade e madeiras são materiais

activos que se encontram em decomposição e são fonte de libertação de

peróxidos;

Dióxido de azoto. É muito difícil de ser destruído. Caso não exista filtragem do

ar do depósito de arquivo, os níveis de dióxido de nitrogénio em zonas de

poluição podem tornar-se muito elevados tanto no interior como no exterior do

arquivo. O dióxido de azoto também é libertado pelas películas de nitrato de

celulose, que deixa escapar um cheiro característico;

Enxofre. Em presença de humidade, o dióxido de enxofre pode transformar-se

quimicamente em ácido sulfúrico. A deterioração do plástico e do papel é rápida

pela absorção do ácido.

Poluentes sólidos: 108

Os poluentes sólidos, como fuligem, as poeiras e o pó, sujam os documentos

gráficos. Uma boa parte das poeiras são higroscópicas (susceptíveis de atrair

água) e esta tendência pode encorajar a formação de bolores, bem como

aumentar a corrosividade dos sais, a hidrólise e a libertação de ácidos. As

partículas poluentes também podem ajudar na formação de bolores.

107

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 pp. 215-216 108

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 pp. 55-56

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50

Para evitar a entrada de poeiras, as portas e janelas devem ser calafetadas,

reduzindo a acumulação de pó, bem como a utilização de filtros da absorção de poeiras

nos sistemas de ar condicionado.

Os armários oferecem vantagem em relação as estantes na luta contra o pó e para

uma preservação a médio e a longo prazo das espécies fotográficas.

A utilização de filtros nas salas de depósitos contribui para um ambiente

saudável das espécies dos arquivos.

O processo de separação de gases poluentes na sala de depósito pode ser

realizado por intermédio desses dois filtros abaixo indicados: 109

Os filtros vaporizadores de água;

Com o uso destes filtros remove do ar cerca de 50% de enxofre e do dióxido de

azoto. Este sistema não é eficaz em relação ao ozono.

Os filtros de carvão activado;

O carvão retém a superfície os gases poluentes. A eficiência do filtro aumenta se

o ar da sala de arquivo for forçado a passar várias vezes através do filtro. O

dióxido de enxofre é parcialmente absorvido por este tipo de filtros. O ozono é

destruído por eles, mas o dióxido de nitrogénio não é afectado por este sistema

de filtros.

As emissões provenientes das fotocopiadoras, impressoras a laser, tabaco,

determinados tipos de pintura, maquetas com tratamento químico e produtos de limpeza

têm uma influência negativa sobre os processos fotográficos.

A madeira, particularmente o carvalho, a bétula e a faia, emitem ácido acético e

outros ácidos, e a borracha vulcanizada liberta sulfuretos voláteis, que são

particularmente prejudiciais aos materiais fotográficos.

III.6.1. - Recomendações

Uma primeira medida, com o objectivo de evitar a entrada de poeiras na sala do

depósito, sugere-se o isolamento das portas, diminuindo desta maneira a

necessidade de limpeza;

109

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p.216

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51

Os filtros do aparelho de ar condicionado necessitam de ser limpos regularmente

e substituídos dentro dos prazos estabelecidos;

Por último recomenda-se na sala de depósito um dos seguintes filtros:

vaporizadores de água ou filtro de carvão activado, para evitar a introdução de

gases tóxicos.

III.7. - Os agentes biológicos

Entende-se por agentes biológicos de deterioração dos acervos, qualquer tipo de

microrganismo, insecto ou roedor, e os seus efeitos sobre as fotografias são, o

desaparecimento parcial ou total dos elementos que compõem as fotografias. 110

Os agentes biológicos necessitam de conforto ambiental e alimentação para a sua

proliferação sobre os documentos. O conforto ambiental para praticamente todos os

seres vivos está na temperatura e humidade relativa elevadas e pouca circulação de ar.111

Habitualmente a batalha contra os agentes biológicos é o resultado de ações

combinadas de controlo ambiental, limpeza e monitorização constante, para evitar-se

chegar à desinfestação e desratização.

Segundo o “Dicionário de Terminologia Arquivística”, a desinfestação, traduz-

se por uma medida de preservação que visa a destruição, por processos químicos

(geralmente, exposição ao gás) das espécies da vida animal e vegetal que danificam os

documentos. 112

Presentemente as operações são menos agressivas e mais selectivas em

função do tipo de praga a prevenir e a controlar.

A estratégia contra os parasitas passa em dar uma atenção particular as limpezas

minuciosas, que envolvam removerem objectos, caixas e materiais fotográficos das

prateleiras e estantes. Estas limpezas incidirão sobre o pó acumulado e outros resíduos

que possam ser um factor de atração dos microrganismos, roedores e insectos com a

utilização dos aspiradores.

110

BOADAS, Joan, CASELLAS, Lluís-Esteve, SUQUET, M. Angels - Manual

para la gestión de fondos y colleciones fotográficas, Girona: CCG Ediciones, 2001. p. 291-292 111

CASSARES, Nora Cianflone, MOI, Cláudia, Como fazer conservação preventiva em arquivos e

bibliotecas, coleção Como fazer, 5º ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2000

p. 17 112

ALVES, Ivone e tal. – Dicionário de terminologia Arquivística, Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993. p. 32

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52

Remover os bolores somente com um aspirador especial munido de um filtro de

aspiração de partículas do ar de alta eficácia (HEPA) capaz de reter 99, 97% de todas as

partículas até 0,3 microns (micromilímetros). Os aspiradores convencionais apresentam

inconvenientes: à medida que o saco se enche diminui a eficácia; o saco pode estar

contaminado por partículas finas, redistribuindo-as pela sala.113

As características e os efeitos dos agentes biológicos sobre o acervo:114

Peixes de prata, a sua existência está relacionada com uma humidade relativa

superior a 75% ou 80%. Consomem gelatina e amido;

Baratas, as condições essenciais para a reprodução das baratas estão

relacionadas com os locais onde haja calor e água. A fim de prevenir o seu

aparecimento, recomenda-se uma humidade relativa baixa, ações de limpeza.

Desaconselha-se o consumo de bebidas e ingestão de alimentos nas zonas de

trabalho e áreas de arquivo. Consomem amido, colas e gelatina;

Térmitas, abundam nos países tropicais, penetram pela traseira dos armários e

estantes introduzindo-se no interior da madeira para consumir os livros e as

provas fotográficas. Alimentam-se basicamente de celulose, presente nas

madeiras, nos livros e nas provas fotográficas;

Piolhos dos livros, desenvolvem-se com temperatura superior a 25 graus

centígrados. Caso haja uma limpeza, arejamento e ambiente seco são fatores

para os expulsar. Alimentam-se de amido e gelatina;

Coleópteros (carunchos ou escaravelhos), reproduzem em condições ideais de

humidade e temperatura. Alimentam-se de tecidos, peles, madeira e papel;

Roedores, vivem escondidos em caves e sótãos, e os seus dejetos são corrosivos

para a documentação do arquivo;

113

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p. 61 114

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, pp. 218-221

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53

Ratos, podem surgir em locais onde exista resto de comida, lixo e água. Uma das

maneiras de prevenir o seu aparecimento é com a calafetagem das portas e redes

nas janelas. Corroem cartão, papel e couro;

Insectos, encontram-se geralmente nas estantes, no interior das caixas, entre as

folhas de dossiers e livros. Em relação, aos prejuízos causados, salienta-se as

emulsões roídas, área do papel e cartão comidos e excrementos.

III.7.1. - Prevenção contra infestações por insectos e pragas 115

Controlo regular do edifício relativamente à presença de insectos e pragas;

Utilizar armadilhas pegajosas. Estas armadilhas apresentam vantagem de

capturar insectos antes mesmo de estes serem vistos, sendo eficazes para uma

grande variedade de espécies. Podem ser colocadas em pontos difíceis de

inspecionar;

Compreender a biologia e os ciclos de vida dos insectos e pragas. Este

conhecimento ajudará a compreender quando e onde os mesmos são susceptíveis

de se desenvolver, de que se vão alimentar e onde irão viver;

Eliminar ou tentar efetuar a contenção de todas as fontes de infestação.

Idealmente, não deve ser permitido comer nem beber no interior das instalações.

Flores e plantas também serão proibidas no edifício;

Manutenção de um ambiente não propício ao desenvolvimento de pragas e

insectos, isto é, diariamente limpo, fresco, seco e bem ventilado;

Evitar a entrada de pragas e insectos no edifício, assegurando que as portas se

fecham adequadamente, instalando malhas de rede em portas e janelas;

Usar iluminação exterior apropriada, como o gás de sódio, que atrai menos os

insectos.

115

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p. 66-67

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54

Em relação aos fungos:

Os fungos são seres vivos rudimentares, que subsistem à base de matéria

orgânica em decomposição. O bolor é o fungo que mais pode prejudicar as bibliotecas e

arquivos.

Quando o fungo se aloja sobre substâncias orgânicas, como negativos, papel,

gelatina e diapositivos criam colónias que se desenvolvem velozmente. 116

Numa fase inicial, com um aspirador ou com um pano, os fungos podem ser

tirados do exterior das caixas, das embalagens e das capas dos álbuns. No que diz

respeito aos negativos e provas necessitam de ser tirados com algodão seco.

Se desenvolverem manchas esverdeadas é sinal que já estão a comer o material

de suporte ou a imagem, e então a remoção do bolor é difícil. Quando agredida por

bolores, a gelatina pode descolar-se do suporte. Nesta situação, recomenda-se efetuar

uma duplicação mas salvaguardar e estabilizar sempre o original.

III.7.2. - Prevenção contra a eclosão de bolores 117

Verificar se as novas remessas e as novas coleções que ingressam na instituição

apresentam sinais de bolor;

Manter a temperatura moderada (abaixo de 20 graus centigrados/68 graus

Fahrenheit) e a humidade relativa abaixo de 65%;

Manter a circulação do ar;

Aspirar regularmente;

Não autorizar plantas no interior do edifício;

Inspeccionar regularmente as coleções no que diz respeito ao desenvolvimento

de fungos, por forma a detectar qualquer vestígio de infestação antes que a

mesma seja grave.

116

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p. 222 117

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p. 63-64

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55

III.7.3. - Recomendações

Propõe-se como aplicação prática no que diz respeito a prevenção da eclosão de

bolores e a luta contra infestações de insectos e pragas as seguintes recomendações:

O controlo de humidade relativa e temperatura são imprescindíveis. Manter a

temperatura moderada (abaixo de 20 graus centigrados/68 graus Fahrenheit) e a

humidade relativa abaixo de 65%;

A realização de limpezas regulares, mesmo em locais mais ocultos, em armários

e estantes com uso de aspiradores;

Inspeccionar regularmente as coleções no que diz respeito ao desenvolvimento

de fungos, de forma a detectar qualquer vestígio de infestação antes que a

mesma seja grave;

Utilizar armadilhas pegajosas. Estas armadilhas apresentam vantagem de

capturar insectos antes mesmo de estes serem vistos, sendo eficazes para uma

grande variedade de espécies. Podem ser colocadas em pontos difíceis de

inspeccionar;

Compreender a biologia e os ciclos de vida dos insectos e pragas. Este

conhecimento ajudará a compreender quando e onde os mesmos são susceptíveis

de se desenvolver, de que se vão alimentar e onde irão viver;

Eliminar ou contenção de todas as fontes de infestação. Idealmente, não deve ser

permitido comer nem beber no interior das instalações. Flores e plantas também

serão proibidas no edifício.

Capítulo IV - Acesso e Disponibilização da Documentação

IV.1. - Condições de manuseamento e acesso a consulta

O manuseio inadequado dos documentos é uma causa da deterioração em

qualquer tipo de acervo.

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56

O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento, sejam elas durante a

higienização pelos funcionários da instituição, na remoção das estantes ou arquivos para

consulta, nas foto-reproduções e na pesquisa pelo usuário.118

Para uma boa preservação das espécies fotográficas é obrigatório o uso de luvas

de algodão, durante a higienização, consulta pelo leitor ou na digitalização. Os técnicos

de câmara escura, quando manuseiam negativos necessitam de utilizar luvas de nylon

ou algodão, sendo desaconselhável o uso de luvas de borracha, porque os dedos quando

sujos muitas vezes são portadores de revelador que deixa a longo prazo marcas mais

escuras do que a cor envolvente, e o fixador deixa marcas amarelas de sulfureto de

prata. 119

Porém, no caso das caixas de acondicionamento com negativos de vidro, pelo

seu peso elevado, existe a exceção do uso de luvas, para prevenir que as caixas

escorreguem das mãos.

Os danos que as impressões digitais podem causar são certamente familiares a

todos nós; as marcas de dedos podem aparecer como manchas de gorduras incolores,

que mais tarde produzem amarelecimento e espelho de prata. Esta gordura produz

alterações bem evidentes no brilho das provas.120

Um outro aspecto muito importante é o modo de manusear directamente as

provas e os negativos. Uma maneira adequada é segurar as provas com as duas mãos

com luvas calçadas, evitando que as provas se dobrem ou vinquem.

O ideal seria que os originais nunca fossem consultados pelos leitores,

visionando apenas as cópias dos originais, sob a forma de digitalização e de microfilme.

Mas devido a questões financeiras, muitas instituições optam por pôr à consulta do

público os originais das coleções fotográficas, mas também existem investigadores que

preferem consultar os originais.

O manuseamento realizado pelos técnicos e pelos leitores prejudica directamente

a vida útil da coleção. Sem um processo de digitalização gradual, a consulta permanente

da documentação produzirá uma deterioração gradual e cumulativa.

118

CASSARES, Nora Cianflone, MOI, Cláudia, Como fazer conservação preventiva em arquivos e

bibliotecas, coleção Como fazer, 5º ed., São Paulo, Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2000

p. 22 119

PAVÃO, Luís - Conservação de Colecções de Fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997 p 239 120

Ibidem. p 238

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57

No que diz respeito à consulta na sala de Leitura:

Para documentos frágeis e raros, os apoios de espuma desenhados por

Christopher Clarkson, proporcionam a maneira mais cómoda de suportar tanto volumes

com lombada colada como oca. 121

Caso sejam executadas as sugestões aqui expostas, o arquivo poderá progredir

claramente no sentido de melhorar o estado de conservação dos seus documentos.

IV.2. - Condições de manuseamento e acesso a consulta do arquivo fotográfico da CP

O Arquivo Fotográfico Comboios de Portugal (CP) assume como a sua principal

missão servir as necessidades internas da empresa. A consulta por parte do público é

efectuada através da consulta de um documento designado de “inventário”, mas na

verdade, trata-se de um dossier composto pelo quadro de classificação do arquivo

fotográfico, organização das fotos das estações, lista de estações por número da subsérie

e localizações, álbuns, provas fotográficas, negativos e lista de descritores. Como já foi

mencionado, o Arquivo também possui uma base de dados interna (arq/gest) para a

descrição de fotografias, mas está acessível apenas aos colaboradores internos da CP.

As fotografias estão descritas de forma multi-nível, do geral para o particular, seguem a

norma ISAD(G). O Arquivo não possui outros tipos de instrumentos de descrição mais

pormenorizada, tais como catálogos.

Todas as unidades de instalação estão acessíveis ao público. O manuseamento de

todo o espólio fotográfico é feito através de luvas de algodão.

A divulgação da existência do arquivo fotográfico é feita através do site, da

intranet, e pela participação de exposições organizadas por entidades exteriores, pela

cedência de imagens para as publicações da CP e através de trabalhos de investigação.

Contudo, o espólio fotográfico da CP não está acessível on-line.

121

CABRAL, Maria Luisa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004. p. 77

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58

Em relação a exposições, a última foi realizada em 2010 com o título “O

Caminho-de-ferro 1910-2010”, associada às comemorações do centenário da República.

IV.3. - Recomendações das condições de manuseamento e acesso a consulta no arquivo fotográfico da CP.

Na sala de leitura, e antes de efectuarem qualquer contacto com os originais,

além do fornecimento das luvas de algodão, os leitores devem ser sensibilizados, pelos

técnicos, para as regras do que NÃO podem efetuar:122

Beber, comer ou fumar, excepto nas áreas designadas para o efeito;

Manusear documentos gráficos sem lavarem as mãos;

Usar qualquer tipo de tinta;

Usar correctores ou marcadores;

Anotar textos ou escrever em folhas de papel colocadas sobre as folhas de um

livro aberto;

Apoiar-se sobre os documentos gráficos;

Tocar em iluminuras, imagens pintadas, manuscritos ou nas manchas

tipográficas;

Inserir marcadores ou notas nas margens de um documento;

Deixar os documentos sob a ação directa da luz solar;

Abandonar as obras que não estão a ser utilizadas;

Ter mais do que um determinado número de documentos;

Empilhar os documentos.

Deve ser fornecida uma única unidade de instalação de cada vez para evitar a

desorganização da mesma.

122

CABRAL, Maria Luísa e tal. – Directrizes da IFLA para a conservação e o manuseamento de

documentos de biblioteca, Publicações Técnicas sobre P&C:2, Lisboa: Instituto da Biblioteca Nacional e

do Livro, 2004 p. 78

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59

Quando as espécies fotográficas se encontram acondicionadas em álbuns

deverão ser fornecidos, ao leitor, suportes adequados para o apoio de lombadas (suporte

em V) ou almofadas para apoiar a capa e a contracapa, evitando desta forma o esforço

de abertura.

Por fim, recomenda-se que o acervo fotográfico da CP esteja acessível via on-

line, para que o público interessado tenha acesso e de forma a contribuir para a sua

divulgação e valorização.

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60

Conclusão

Atualmente os arquivos tendem a ser espaços abertos, já não são apenas lugares

restritos a um grupo de utilizadores onde se conservam e guardam os documentos. Os

arquivos alcançaram uma dinâmica científica e social que tem como principal finalidade

a divulgação do acervo documental. Mas para que isso aconteça é imprescindível que se

proceda à sua organização.

A estrutura da documentação passa por diversas etapas como a classificação,

ordenação, cotação e instalação dos documentos. Para organizar é fundamental conhecer

a documentação, descrevê-la, para depois criar os instrumentos de descrição

documental. É sobretudo por intermédio da descrição que o arquivista faculta aos

leitores o acesso à informação contida nos documentos, de forma clara e precisa.

Só desta maneira se pode assegurar que um arquivo se acha efectivamente

organizado e com capacidade para comunicar e divulgar o seu acervo documental.

É também verdade que, com auxílio da normalização, se torna possível o

intercâmbio de informação a nível nacional e internacional de documentos electrónicos

e digitais.

O estágio desenvolvido na CP, no âmbito do Mestrado em Ciências da

Documentação e da Informação, permitiu aprofundar e consolidar os conhecimentos

teóricos, através da sua aplicação prática na série Acontecimentos setembro/dezembro

2000.

No tratamento técnico da série Acontecimentos, pôs-se em execução os

conhecimentos teóricos adquiridos. Esta componente permitiu consolidar o

conhecimento teórico e técnico sobre a organização arquivística.

Foi necessário, primeiro que tudo, organizar as subséries, da série

Acontecimentos setembro/dezembro 2000, lembrando que a função da organização

arquivística não se fecha em si mesma. O trabalho incidiu sobre a identificação das

provas fotográficas, a classificação de acordo com o Quadro de Classificação da CP, a

ordenação, a atribuição duma cota topográfica para a instalação física das provas, e a

descrição da série Acontecimentos nos envelopes.

A segunda etapa recaiu sobre a normalização e os esforços internacionais que

estão em curso nesse domínio. Constou da introdução de dados na aplicação informática

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61

InfoGest/ArqGest, segundo a norma ISAD(G). As regras nela contidas não fornecem

orientações específicas para a descrição de documentos especiais, como o caso da

documentação fotográfica. Foram sugeridos elementos descritivos do modelo SEPIA

para completar a norma ISAD(G) como resposta às necessidades da descrição do

Arquivo Fotográfico da CP.

Uma terceira etapa foi a análise das necessidades da preservação em relação ao

acervo da CP, com recomendações em cada subcapítulo respeitante à temperatura e

humidade relativa, luz, poluição atmosférica e agentes biológicos.

Por último, foram analisadas as condições de manuseamento e o acesso à

consulta por parte dos leitores, levando a um conjunto de recomendações.

Tenho a dizer que foi muito positivo o estágio na componente prática, uma vez

que tive oportunidade de estar em contacto com as instalações, o acervo e o modo de

acondicionamento dos diversos processos fotográficos, o que permitiu ter uma outra

noção da realidade. Essa proximidade foi fundamental para a formulação de

recomendações no âmbito da preservação, de acordo com os recursos disponíveis da

empresa.

Outro aspecto positivo que quero sublinhar é o protocolo existente entre a CP e a

Faculdade de Ciências Sócias e Humanas, no âmbito do Mestrado em Ciências da

Informação e da Documentação. Ele torna possível o estudo e a preservação do acervo

da CP, com benefício mútuo para a empresa e para a Faculdade, em particular para os

estudantes daquele curso.

Não quero terminar sem relevar o enorme valor do acervo fotográfico da CP,

único no seu género, uma memória dos caminhos-de-ferro e do país, que merece ser

preservada e divulgada para que as futuras gerações possam usufruir desse bem tão

precioso que é de todos nós.

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62

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65

ANEXOS

Anexo 1 - Cronograma de atividades

Semana Actividades

1ª semana 23 abril Análise arquivística do acervo

2ª semana 26 a 30 de abril Análise arquivística do acervo

3ª semana 02 a 05 de abril Descrição em suporte papel da

documentação fotográfica

4ª semana 09 a 13 de abril Descrição em suporte papel da

documentação fotográfica

5ª semana 16 a 20 de abril Descrição em suporte informático da

documentação fotográfica

6ª semana 23 a 27 de abril Estudo comparativo das normas

orientadoras para a descrição arquivística

7ª semana 02 a 04 de maio Descrição da norma ISAD(G) e SEPIA

8ª semana 07 a 11 de maio Analise dos processos empregues na

preservação e conservação das fotografias

na CP

9ª semana 14 a 18 de maio Descrição dos processos empregues na

preservação e conservação das fotografias

na CP

10ª semana 21 a 22 de maio Recomendações/Propostas

Anexo 2 - A série Acontecimentos 023

Série PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 Acontecimentos

Subséries

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 01 Inaugurações / Aniversários

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 02 Visitas Oficiais

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 03 Concursos, Exposições e Mostras de MC

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 04 Eventos organizados ou com participação

da CP /Prémios / Golf / Almoços/Pin's

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 05 Congressos/Conferências de

Imprensa/Programas

televisivos/Documentários/Entrevistas

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 06 Tomadas de Posse

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 07 Reuniões

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 08 Assinatura de Contratos

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 09 Viagens de personalidades e outras

entidades

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66

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 10 Catástrofes Naturais

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 11 Greves / Reuniões Sindicais

PT/CP/FI / FF / A / 01 / 23 / 12 Acidentes e descarrilamentos

Anexo 3 - Assuntos e quantidade de provas fotográficas

Titulo original (informação retirada de exterior dos

envelopes)

Quantidade provas

fotográficas

Abertura de propostas para aquisição de material Diesel 8

Almoço com jornalistas espanhóis 27

Almoço com jornalistas sobre USGL Unidade Suburbana da

Grande Lisboa

8

Assinatura de contrato de remodelação dos 57 UTE´s 26

Assinatura de protocolo entre a CP e a Liga para a Proteção

da Natureza

6

Campanha de material escolar para Timor 6

Carruagens Corail/Projecto de Reconversão 29

Comboio da literatura 4

Conferência de imprensa com o Conselho de Gerência 5

De operador a chefe de Brigada 6

Dia Europeu sem Carros 37

Filmagens da RTP na linha de Cascais 7

Filmagens para a RTP2 na Gare do Oriente 11

Fórum Estudante 33

Presidência Aberta 1

Programa iniciativa de vídeo RTP2 11

Quando eu for grande 1

Rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida 5

Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML)

na semana em Pontevedra

21

1º Ministro visita o Ramal de Sines 27

Anexo 4 - Quadro de Classificação do Arquivo Fotográfico da CP

FI.

FUNDO ICONOGRÁFICO.

FI/FF. FUNDO FOTOGRÁFICO

FI / FF / A. CP

FI / FF / A / 01. FOTOGRAFIAS

FI / FF / A / 01 / 01. LOCOMOTIVAS A VAPOR DE VIA

LARGA

FI / FF / A / 01 / 02. LOCOMOTIVAS A VAPOR DE VIA

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67

ESTREITA

FI / FF / A / 01 / 03. LOCOMOTIVAS DIESEL VIA LARGA

FI / FF / A / 01 / 04. LOCOMOTIVAS DIESEL VIA

ESTREITA

FI / FF / A / 01 / 05. LOCOTRACTORES

FI / FF / A / 01 / 06. LOCOMOTIVAS ELÉCTRICAS VIA

LARGA

FI / FF / A / 01 / 07. AUTOMOTORAS DIESEL DE VIA

LARGA

FI / FF / A / 01 / 08. AUTOMOTORAS DIESEL DE VIA

ESTREITA

FI / FF / A / 01 / 09. AUTOMOTORAS ELÉCTRICAS DE

VIA LARG

FI / FF / A / 01 / 10. AUTOMOTORAS A

GASOLINA/DRESEINES E

QUADRICICLOS

FI / FF / A / 01 / 11. AMBULÂNCIAS POSTAIS

FI / FF / A / 01 / 12. SALÕES

FI / FF / A / 01 / 13. CARRUAGENS

FI / FF / A / 01 / 14. VAGÕES

FI / FF / A / 01 / 15. FURGÕES

FI / FF / A / 01 / 16. GRUAS E GUINDASTES

FI / FF / A / 01 / 17. COMPOSIÇÕES FERROVIÁRIAS

FI / FF / A / 01 / 18 AUTOCARROS

FI / FF / A / 01 / 19. BARCOS

FI / FF / A / 01 / 20. TRANSPORTES NÃO FERROVIÁRIOS

FI / FF / A / 01 / 21. MODELISMO

FI / FF / A / 01 / 22. PATRIMÓNIO MUSEOLÓGICO

FI / FF / A / 01 / 23. ACONTECIMENTOS

FI / FF / A / 01 / 24. PESSOAL

FI / FF / A / 01 / 25. SERVIÇOS

FI / FF / A / 01 / 26. ACTIVIDADES SOCIAIS

FI / FF / A / 01 / 27. ASSOCIAÇÕES

FI / FF / A / 01 / 28. CAMINHOS DE FERRO

ESTRANGEIROS

FI / FF / A / 01 / 29. PUBLICIDADE

FI / FF / A / 01 / 30. PONTES

FI / FF / A / 01 / 31. TÚNEIS

FI / FF / A / 01 / 32. VIADUTOS

FI / FF / A / 01 / 33. ESTAÇÕES E APEADEIROS

FI / FF / A / 01 / 34. AZULEJOS

FI / FF / A / 01 / 35. DEPÓSITOS E OFICINAS

FI / FF / A / 01 / 36. OUTRAS INSTALAÇÕESE

EQUIPAMENTOS FERROVIÁRIOS

FI / FF / A / 01 / 37. VIA E OBRAS

FI / FF / A / 01 / 38. SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA

FI / FF / A / 01 / 39. PORTOS

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68

FI / FF / A / 01 / 40. REPRODUÇÕES DE DESENHOS

FI / FF / A / 01 / 41. REPRODUÇÕES DE DOCUMENTOS

FI / FF / A / 01 / 42. AMBIENTES URBANOS

EM ANÁLISE PEDREIRAS

EM ANÁLISE SÉRIE : FERBRITAS

FI / FF / A / 02. POSTAIS E GRAVURAS

EM ANÁLISE REPRODUÇÕES DA REVISTA

OCIDENTE

Anexo 5 - Quadro de Classificação do Arquivo Fotográfico do Banco Nacional Ultramarino da Caixa

Geral de Depósitos

CGCGD – CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

Fundo BNU

AF - ARQUIVO

FOTOFOTOGRÁFICO PT/CGD/BNU/AF

01AC - Acontecimentos

02AG - Agências e Filiais

03RF - Residência de Funcionários

04AS - Actividades Sociais

05BA - Bancos Filiados e

Adquiridos

06DC - Documentos do BNU

07EC - Empresas e Companhias

08PE - Pessoal

09AM - Ambientes Urbanos e

Rurais

10CM - Comunicações

Secção

série Série Subsérie

01AC - Acontecimentos

01 Assembleias Gerais

01.01

Sede do Banco Nacional Ultramarino -

1973

02 Centenário do BNU / 1964

02.01 Cabo Verde

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69

02.02 Guiné Bissau

02.03 Macau

02.04 Moçambique

02.05 São Tomé e Príncipe

02.06 Santiago do Cacém

02.07 Sede

03 Eventos

03.01 Rossio Totobola - 1966

03.02 Rali Internacional da Madeira - 1971

03.03

II Rali Internacional do BNU - Lourenço

Marques - 1972

03.04

Torneio de Tiro. 1 Classificado, Nuno

Henriques - 1972

03.05

Grupo Desportivo. Distribuição de

Prémios do Torneio Inter-Bancário de

Tiro - 1972

03.06

III Rali Internacional do BNU -

Lourenço Marques - 1973

03.07

7º Sorteio Conta Premiada / Conta

Contigo - 1990

03.08

Coral do BNU "Andamento Musical na

Caixa Geral de Depósitos" - 1992

03.09 Feira Universal de Sevilha/Expo - 1992

03.10

Prémio Produtividade aos Balcões -

Hotel Tivoli - 1992

03.11 Volta a Portugal em Bicicleta - 1993

04 Exposições

04.01

Exposição realizada pelo Centenário do

BNU - 1964

04.02 Exposição dos Serviços Culturais - 1964

04.03

Exposição na Feira Internacional de

Lourenço Marques - 1965

04.04

Exposição comemorativa dos 40 anos de

actividade do Governador Vieira

Machado - 1966

04.05

Exposição no Fuji Bank de Tóquio -

1968

04.06

Exposição na Feira Internacional de

Lourenço Marques - 1969

04.07

Exposição na Feira Internacional de

Lourenço Marques - 1971

04.08

Exposição na Feira Internacional de

Lourenço Marques - 1972

04.09

Exposição na Feira Internacional de

Lourenço Marques - 1973

04.10 Exposição na feira da Covilhã - 1973

04.11

Exposição na FIL de notas do BNU -

1975

04.12 Exposição do BNU em Loures - 1978

04.13

Exposição do BNU na feira de Alcobaça

- 1978

04.14

Exposição na feira de Vila Real - Dia de

Camões – 1979

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70

04.15

Exposição do 5º aniversário do Banco de

Cabo Verde. São Vicente – 1981

04.16

Exposição realizada no Palácio da Bolsa.

Porto - 1981

04.17

1ª Exposição Nacional de Numismática.

Casa do Infante. Porto – 1982

04.18

Exposição realizada na 2ª Feira Renacex

– 1982

04.19 Exposição Portex Lar – 1982

04.20

Exposição Portex Primavera/Verão –

1983

04.21

Exposição no Palácio de Cristal "

Semana de Macau". Porto – 1984

04.22

Exposição realizada no Leal Senado de

Macau - Comemorações do 80º

aniversário da Agência.

Ver tb 80 anos do BNU Macau - 1984

04.23

Exposição permanente em Hong Kong e

Macau – 1984

04.24

Exposição na Fundação Gulbenkian –

1988

04.25

Exposição na agência da Rua Augusta –

1990

04.26

Exposição na Gulbenkian sobre Macau –

1990

04.27

Exposição de Pintura na agência da Rua

Augusta sobre o pintor Correia Pinto –

1990

04.28

Exposição de Pintura na agência da Rua

Augusta do Dr. Jorge Veigas – 1991

04.29

Exposição dos 130 anos do Banco

Nacional Ultramarino. Sede - Av. 5 de

Outubro – 1994

04.30

Exposição dos 130 anos do Banco

Nacional Ultramarino. Rua Augusta –

1994

04.31

Exposição dos 130 anos do Banco

Nacional Ultramarino. Sede - Praça da

Liberdade, Porto – 1994

04.32

Exposição no Hospital Garcia da Horta

em Almada – 1994

04.33

Exposição comemorativa dos 75 anos da

agência de Torres Vedras – 1995

04.34 Exposição na agência da Régua – 1995

04.35

Exposição na agência de Barcelos/ 75

anos – 1995

04.36

Exposição na agência de Campo de

Ourique/ 25 anos da agência – 1995

04.37 Exposição na agência de Chaves – 1995

04.38 Exposição na agência de Elvas – 1995

04.39

Exposição na agência de Extremoz –

1995

04.40 Exposição na agência de Ovar – 1995

04.41 Exposição na agência de Panafiel – 1995

04.42

Exposição na agência de Portimão –

1995

04.43 Exposição na agência de Tavira – 1995

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71

04.44 Exposição na agência de Viseu – 1995

04.45

Exposição dos 150 anos do Banco de

Portugal – 1996

05 Festas/Comemorações

05.01

Festa do 25º Aniversário da Inspecção

das Dependências do BNU no Pais e

Ilhas – 1945

05.02

Festa e jantar de Confraternização dos

Empregados do BNU e dos que

completaram 40 anos de Serviço – 1956

05.03

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 anos de Serviço –

1957

05.04

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 anos de Serviço –

1958

05.05

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 anos de Serviço –

1959

05.06

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 anos de Serviço –

1960

05.07

Festa de Confraternização entre o

Pessoal da Inspecção e das

Dependências. Leiria – 1960

05.08

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1961

05.09

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1962

05.10

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1963

05.11

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1964

05.12

Festas de Crianças. Ilha de Moçambique.

1964

05.13

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1965

05.14

Festa de Natal / Ano Novo

Próspero.Procuradoria dos Estudantes

Ultramarinos. Documentário Fotográfico

- 1965/1966

05.15

Festa dos Empregados com 40 e 50 anos

de Serviço e exposição de Homenagem

ao Governador Vieira Machado – 1966

05.16 Festas do Grupo Desportivo -1967

05.17

Festa Anual de Confraternização dos

Empregados e Jantar – 1968

05.18

Festa na Agencia do Funchal -

Confraternização - 1968-1969

05.19

Festa do 50º Aniversário da Agência do

Cais de Sodré – 1969

05.20

Festa Anual de Confraternização dos

Empregados e Jantar – 1969

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72

05.21

Festa dos Empregados com 40 e 50 anos

de Serviço. Estação Marítima de

Alcântara – 1970

05.22

Festa e confraternização anual aos

Empregados com 40 e 50 anos de

Serviço - Hotel Ritz – 1971

05.23

Festa do Cinquentenário e do fim de ano

da Agência de Elvas – 1970

05.24 Festa na dependência de Espinho – 1970

05.25

Festa do Cinquentenário da Agência de

Elvas - 1970

05.26

Festas do Serviço de Pessoal. Teatro "

Breve Experiência para a Teoria do

Quotidiano" – 1970

05.27

Festa de Natal dos Filhos dos

Empregados.BNU Lourenço Marques.

Merenda. 1971

05.28

Festa e almoço de Confraternização.

Lourenço Marques. Natal 1971

05.29

Festa de Natal dos Filhos dos

Empregados. BNU Porto – 1971

05.30

Festa dos Empregados do BNU e dos

que completaram 40 e 50 anos de

Serviço – 1972

05.31

Festa de Natal. Grupo Desportivo dos

Empregados do BNU Porto – 1972

05.32 Festa de Natal em S. Tomé – 1972

05.33

Festas do Serviço de Pessoal. Jantar no

Restaurante D.Maria – 1972

05.34

Festa de Natal do Grupo Desportivo. 1ª

Festa de Natal, realizada pelo Grupo.

Teatro Monumental – 1973

05.35

Comemorações do 49º Aniversário do

Grupo Desportivo Festa do Campo, na

Casa Agricola "Francisco Ribeiro" –

1973

05.36

Festa do 49º Aniversário do Grupo

Desportivo. Sarau Desportivo.Ginásio do

Liceu Pedro Nunes – 1973

05.37

Festa dos Empregados que completaram

50,40 e 25 anos de Serviços. Casino

Estoril -1973

05.38

Festa dos 25, 40 e 50 anos dos

Funcionários do BNU. Restaurante

Panorámico de Monsanto – 1981

05.39

Festa Comemorativa dos 117 anos da

fundação do BNU realizada na Sede –

1981

05.40

Festa de Empregados BNU. 40 e 25

anos. Castelo de São Jorge – 1982

05.41

Festa de Empregados BNU. 40 e 25

anos. Castelo de São Jorge – 1983

05.42

Festa realizado no Hotel Infante de

Sagres. Transferência de Lisboa para o

Porto do Departamento Operacional da

Região Norte – 1983

05.43

Festa dos Empregados do BNU. 25 e 40

anos . 1984

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73

05.44

Festa de Despedida do Arq. Alzina de

Meneses. Departamento de Obras – 1985

05.45 Festa de Natal - 1989

05.46

Festa dos 25 anos da Agência de

Merceana – 1991

05.47 Festa dos Empregados do BNU – 1996

05.48

Festa anual de Confraternização dos

Empregados do BNU - s.d.

06 Homenagens

06.01

Homenagem e almoço de despedida ao

gerente da filial do Porto, José Faria.

Bodas de Prata da agência – 1942

06.02

Homenagem e almoço de despedida do

Sr. Álvaro Sousa, Gerente - Lourenço

Marques – 1943

06.03

Homenagem ao Governador Vieira

Machado, pelo Vice-Presidente e depois

Presidente do Brasil, Dr. Café Filho –

1953

06.04

Homenagem ao Governador Vieira

Machado, quando completou 30 anos de

Banco – 1956

06.05

Homenagem dos empregados do BNU

em Moçambique ao Governador Vieira

Machado – 1966

06.06

Homenagem do BNU aos astronautas

James Lovell e Stuart Roore - 1971 *ver

tb recepções

06.07

Homenagem em casa do Dr. Vieira

Machado pelos corpos directivos do

BNU – 1972

06.08

Homenagem ao Dr. Vieira Machado pelo

Grémio dos Bancos e Casas Bancárias –

1972

06.09

Homenagem ao Dr. Vieira Machado

pelos corpos gerentes do BNU – 1972

06.10

Homenagem da Banca Portuguesa ao

Governador BNU, Dr. Vieira Machado –

1972

06.11

Homenagem de despedida do Dr. Castro

Fernandes, Vice Governador do BNU –

1973

06.12

Homenagem e almoço oferecido pelo

BNU ao Governador de Macau,

comandante Almeida e Costa, Castelo de

São Jorge – 1982

06.13

Homenagem ao Presidente do Conselho

de Administração, Dr. Oliveira Marques

e outras individualidades. BNU Macau –

1982

06.14

Homenagem e almoço oferecido ao Sr.

Alexandre Dias - Sede. 14. Piso – 1992

07 Inaugurações

07.01 BNU/Águeda – 1968

07.02

BNU/Alto Maé - Lourenço Marques

(novas instalações) – 1964

07.03 BNU/Beira – 1954

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74

07.04

BNU/Bragança ( novas instalações) –

1964

07.05 BNU/Carregado – 1992

07.06 BNU/Castelo Branco – 1969

07.07

BNU/Centro de Documentação e

Informação de Lourenço Marques - 1973

( ver agência Lourenço Marques)

07.08 BNU/Centro Electrónico – 1969

07.09

BNU/Coimbra ( novas instalaçõse) –

1965

07.10 BNU/Espinho – 1970

07.11

BNU/Famalição( novas instalações) -

1958

07.12 BNU/Felgueiras – 1955

07.13 BNU/Funchal – 1936

07.14 BNU/Loulé – 1955

07.15

BNU/Lourenço Marques ( novas

instalações) - 1964 (ver tb centenário

do BNU)

07.16 BNU/Macedo de Cavaleiros – 1966

07.17 BNU/Manteigas – 1974

07.18 BNU/Maxixe – 1968

07.19 BNU/Montepuez – 1973

07.20 BNU/Penafiel (novas instalações) – 1968

07.21 BNU/Ponta Delgada – 1963

07.22

BNU/Quelimane ( novas instalações) -

1972

07.23 BNU/Rio de Janeiro – 1953

07.24 BNU/S. João da Madeira – 1966

07.25

BNU/Sede ( novas instalações) - 1964

ver tb centenário do BNU e agência do

BNU/Sede

07.26 BNU/Sertã ( novas instalações)- 1972

07.27 BNU/Vizela – 1964

07.28

BNU/Sucursal Financeira Exterior

"OAFshore Madeira" – 1990

07.29 BNU/Torres Vedras – 1972

07.30

Banco Ultramarino Brasileiro, SA/

Edificio Matriz -1957

07.31

Banco Ultramarino Brasileiro, SA/

Manaus – 1954

08 Protocolos

08.01

Assinatura de Protocolo entre o BNU e a

Universidade do Porto – 1989

08.02

Assinatura de Protocolo entre o BNU e a

Universidade de Aveiro – 1989

08.03

Assinatura de Protocolo entre o BNU e a

Universidade do Minho – 1989

08.04

Assinatura Protocolo com a UNISYS –

1991

09 Recepções

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75

09.01

L. Sanford, Vice Presidente do Federal

Reserve Bank of New York, no Hotel

Aviz – 1960

09.02

Câmara do Comércio de Birmingham –

1970

09.03

Câmara do Comércio Luso Belga.

Homenagem ao Dr. Amaro de Matos,

Presidente do Fundo de Fomento de

Exportação – 1970

09.04

Missão Comercial Japonesa. Visita da

Missão Comercial Japonesa – 1970

09.05

Banquete Franco-Portugais. Hotel Ritz

Paris – 1970

09.06

Missão da Câmara C. Indústria de

Osaka na C. Comércio de Lisboa – 1970

09.07

Astronautas Norte Americanos - 1971 *

ver tb homenagens

09.08 Comissão Dinamarquesa – 1971

09.09 Miss Moçambique – 1971

09.10 Miss Moçambique - 1972

09.11

Câmara de Comércio e Industria

Japonesa – 1972

09.12

Mr. A.G.C. Bingham, do National

Westmister Bank Ltd – 1972

09.13 Missão Comercial Austriaca – 1972

09.14 Gerentes, no Hotel Sheraton – 1981

09.15

Escritório de representação de Londres.

Tomada de posse do Dr. Rui Santos –

1990

09.16

Recepção a individualidades chinesas em

Portugal - s.d.

10 Reuniões/Conferências

10.01

Reunião de Objectivos ( na rota do

futuro) – 1987

10.02 Reunião de Objectivos – 1988

10.03

Reuniões de Gerentes, Objectivos

Operacionais (centro) – 1989

10.04 Reunião de Objectivos – 1989

10.05 Reunião de Objectivos – 1990

10.06 Reuinião/ Programa de Actuação – 1991

10.07 Reunião de Objectivos – 1991

10.08 Reuniões BLI no BNU e Almoço – 1991

10.09

Conferência - Bolsa um futuro diferente

– 1992

10.10

Reunião Objectivos - Póvoa de Varzim –

1992

10.11

Reunião de Objectivos - Hotel Estoril

Sol - 1993

10.12

Reunião Quadros - Auditório CCB e

Auditório CGD – 1994

10.13 Reunião de Objectivos - s.d.

10.14

Reunião com a Câmara do Comércio e

Indústria Luso-Africana - s.d.

11 Visitas Oficiais

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76

11.01

Visita do Governador Dr. Ulrich ao

Ultramar – 1921

11.02

Visita do Governador Dr. Vieira

Machado a Dili – 1966

11.03

Visita do Governador Dr. Vieira

Machado a Macau – 1966

11.04

Visita do Dr. Cimourdain de Oliveira à

Guiné Bissau – 1970

11.05

Visita do Dr. Samuel Sanches a Mocuba

– 1971

11.06

Visita do Dr. Samuel Sanches a Macau –

1971

12 79 Anos BNU Macau -1982

12.01 Várias festividades

02AG - Agências e Filiais

01 Angola

01.01 Benguela

01.02 Cabinda

01.03 Lobito

01.04 Luanda

01.05 Malange

01.06 Mossâmedes

02 Brasil

02.01 Campos

02.02 Cidade Nova

02.03 Filial de Manaus

02.04 Pará

02.05 Parahyba do Norte

02.06 Pernambuco

02.07 Rio de Janeiro

02.08 Santos

02.09 São Paulo

03 Cabo Verde

03.01 Praia – Santiago

03.02 São Vicente

04 Congo

04.01 Kinshassa

05 França

05.01 Paris

06 Guiné Bissau

06.01 Bissau

06.02 Bolama

07 Ilhas

07.01 Angra do Heroísmo

07.02 Funchal

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77

07.03 Ponta Delgada

07.04 Porto Santo

08 Índia

08.01 Bombaim

08.02 Margão

08.03 Mormugão

08.04 Nova Goa

09 Inglaterra

09.01 Londres

10 Lisboa

10.01 Alcântara

10.02 Algés

10.03 Alvalade

10.04 Arco do Cego

10.05 Arquivo Histórico - Rua Augusta

10.06 Armazém do Arco Carvalhão

10.07 Av. Almirante Reis

10.08 Av. Berna

10.09 Av. Fontes Pereira de Melo

10.10 Benfica

10.11 Cabo Ruivo

10.12 Cais do Sodré

10.13 Campo de Ourique

10.14 Doca Pesca

10.15 Marquês Pombal

10.16 Morais Soares

10.17 Praça da Figueira

10.18 Praça da Liberdade

10.19 Praça de Londres

10.20 Praça Luis de Camões

10.21 Rato

10.22 Rossio

10.23 Av. Igreja

10.24 Sede

10.25 Sede - Av. 5 de Outubro

11 Macau

11.01 Macau

12 Moçambique

12.01 Alto Maé - Lourenço Marques

12.02 António Enes

12.03 Beira

12.04 Chinde

12.05 Ibo

12.06 Ilha de Moçambique

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78

12.07 Ilha de Moçambique – Armazém

12.08 Inhambane

12.09 João Belo

12.10 Lourenço Marques

12.11

Lourenço Marques - Delegação de São

José

12.12 Machava

12.13 Malema

12.14 Maxaquene

12.15 Maxime

12.16 Mocuba

12.17 Motarara

12.18 Namaacha - Posto de Trocos

12.19 Nampula

12.20 Polama

12.21 Porto Amélia

12.22

Posto de Trocos Aerogare - Lourenço

Marques

12.23 Posto de Trocos de Macuti – Beira

12.24 Posto de Trocos de Ressano Garcia

12.25 Posto de Trocos de Trigo Morais

12.26

Posto de Trocos do Acampamento da

Praia - Lourenço Marques

12.27

Posto de Trocos do Hotel Turismo -

Lourenço Marques

12.28 Quelimane

12.29 Serviço de Obras - Lourenço Marques

12.30 Tete

12.31 Vila Cabral

12.32 Vila Pery

12.33 Vila Salazar ( Motola)

12.34 Vila Trigo de Morais

13

Outras Agências do

Continente

13.01 Abrantes

13.02 Águeda

13.03 Albufeira

13.04 Alcácer do Sal

13.05 Alcobaça

13.06 Almada

13.07 Almodôvar

13.08 Alvito

13.09 Amadora

13.10 Aveiro

13.11 Baixa da Banheira

13.12 Barcelos

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79

13.13 Barroca Grande

13.14 Barroselas

13.15 Batalha

13.16 Beja

13.17 Benavente

13.18 Braga

13.19 Bragança

13.20 Brito

13.21 Caia

13.22 Caldas de Vizela

13.23 Campo Maior

13.24 Cantanhede

13.25 Caranguejeira

13.26 Cartaxo

13.27 Cascais

13.28 Castelo Branco

13.29 Chaves

13.30 Coimbra

13.31 Coruche

13.32 Costa da Caparica

13.33 Covilhã

13.34 Elvas

13.35 Espinho

13.36 Évora

13.37 Extremoz

13.38 Faro

13.39 Felgueiras

13.40 Fiães

13.41 Figueira da Foz

13.42 Fundão

13.43 Góis

13.44 Gouveia

13.45 Grândola

13.46 Guarda

13.47 Guimarães

13.48 Idanha-a-Nova

13.49 Lagos

13.50 Lamego

13.51 Leiria

13.52 Loulé

13.53 Loures

13.54 Lourinhã

13.55 Macedo de Cavaleiros

13.56 Mafra

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80

13.57 Maia

13.58 Malveira

13.59 Mangualde

13.60 Manteigas

13.61 Marinha Grande

13.62 Massamá

13.63 Matosinhos

13.64 Mealhada

13.65 Merceana

13.66 Mirandela

13.67 Monchique

13.68 Monte Gordo

13.69 Montijo

13.70 Mórtagua

13.71 Nelas

13.72 Nisa

13.73 Odemira

13.74 Odivelas

13.75 Oeiras

13.76 Olhão

13.77 Ovar

13.78 P. Salgadas

13.79 Paredes

13.80 Pedroços

13.81 Penafiel

13.82 Peniche

13.83 Pero Pinheiro

13.84 Pevídem

13.85 Ponte da Barca

13.86 Ponte de Sor

13.87 Portalegre

13.88 Portimão

13.89 Praia da Rocha

13.90 Quintanilha

13.91 Ramalde

13.92 Régua

13.93 Rio Maior

13.94 S.António dos Cavaleiros

13.95 S. João da Madeira

13.96 S. João da Pesqueira

13.97 S.Bartolomeu de Messines

13.98 Santarém

13.99 Santiago do Cacém

13.100 Seixal

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81

13.101 Sertã

13.102 Sesimbra

13.103 Setúbal

13.104 Silves

13.105 Sines

13.106 Sintra

13.107 Sobral de Monte Agraço

13.108 Tavira

13.109 Terras de Bouro

13.110 Tocha

13.111 Tomar

13.112 Tondela

13.113 Torre de Moncorvo

13.114 Torres Novas

13.115 Torres Vedras

13.116 Trancoso

13.117 Viana do Castelo

13.118 Vila Franca de Xira

13.119 Vila Maé

13.120 Vila Nova de Famalicão

13.121 Vila Nova de Gaia

13.122 Vila Nova de Ourém

13.123 Vila Real

13.124 Vila Real de Santo António

13.125 Vila Viçoca

13.126 Viseu

13.127 Vizela

14 Porto

14.01 Arquivo Central Norte. Av. França

14.02 Av. Julio Dinis

14.03 Av. Liberdade

14.04 Foz do Douro

14.05 Praça 9 de Abril

14.06 Rua Santos Pousada

14.07 Santa Catarina

15 S. Tomé e Príncipe

15.01 Príncipe

15.02 S.Tomé

16 Timor

16.01 Díli

03RF - Residência de

FuncioFuncionários

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82

01 Angola

01.01 Cabinda

02 Brasil

02.01 Manaus

03 Continente

03.01 Bragança

03.02 Cartaxo

03.03 Elvas

03.04 Posto de Caia – Elvas

03.05 Silves

03.06 Viana do Castelo

03.07 Vila Nova de Famalicão

04 Guiné Bissau

04.01 Bissau

05 Ilhas

05.01 Ponte Delgada

06 Moçambique

06.01 António Enes

06.02 Beira

06.03 Chinde

06.04 Mocuba

06.05 Porto Amélia

06.06 Quelimane

06.07 Tete

06.08 Vila Pery

06.09 Lourenço Marques

07 São Tomé e Príncipe

07.01 S.Tomé

08 Timor

08.01 Díli

04AS - Actividades Sociais

01 Lazer

01.01

Colónia de Férias de Figueiró dos

Vinhos

02 Formação

02.01

Sessão de Abertura da Accão de

Formação na Beira, realizada na

Associação Comercial – 1974

02.02

Micro informática para filhos de

empregados - Rua Augusta – 1994

05BA - Bancos Filiados e

AQAdAdquiridos

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83

01 Anglo-Portuguese Bank, Ltd

01.01 Londres

02 Banco de Angola

02.01 Cabinda

02.02 Lobito

02.03 Malange

02.04 Mossâmedes

02.05 Museu de Angola

02.06 Novo Redondo

02.07 Sá da Badeira

02.08 Silva Porto

03

Banco Ferreira Alves e Pinto

Leite

03.01 Lisboa

04

Banco Ultramarino Brasileiro,

SA

04.01 Manaus

04.02 Rio de Janeiro

04,03 São Paulo

05

Bank of Lisbon & South

Africa

05.01 Pretória

06

Banque Franco-Portugaise

D`Outre Mer

06.01 Paris

07

Manufactures Trust Company

- New York (correspondente

do BNU)

07.01 Nova York

06DC - Documentos do BNU

01

Documentos relativos à

fundação do BNU

01.01

1ºs Livros do Banco Nacional

Ultramarino

01.02 Acções

01.03 Actas

01.04 Arquitectura

01.05 Cartas

01.06 Concursos

01.07 Correspondência

01.08 Escrituras

01.09 Estatutos

01.10 Legislação

01.11 Publicidade

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84

07EC - Empresas e Companhias

01 Participadas ou Associadas

01.01

CAPA - Companhia Agricola Pecuária

de Angola

01.02 Companhia de Diamantes de Angola

01.03 Cooperativa do BNU

01.04 SOCAJU

01.05

Sociedade de Safaris de Moçambique,

SARL

02 Outras Empresas

02.01 Companhia Portuguesa de Bordados

02.02 Fábrica de Cerámica Figueirense

02.03 Pedreira de Extremoz

02.04 Fábricas CEL-CAT

08PE - Pessoal

01

Profissionais do Banco

Nacional Ultramarino

01.01 Administração

01.02 Angra do Heroísmo

01.03 Aveiro

01.04 Beira

01.05 Beja

01.06 Bragança

01.07 Brasil

01.08 Extremoz

01.09 Funchal

01.10 Guarda

01.11 Lamego

01.12 Lourenço Marques

01.13 Mirandela

01.14 Ponta Delgada

01.15 Portimão

01.16 Setúbal

01.17 Viana do Castelo

02

Profissionais de Outras

Entidades

Banco Ferreira Alves e Pinto Leite

Banco Ultramarino Brasileiro, SA

South African Portuguese Economic

Institute

09AM - Ambientes Urbanos e

RuraisRurais

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85

01 Continente

01.01 Almada

01.02 Alvito

01.03 Barcelos

01.04 Barroselas

01.05 Batalha

01.06 Braga

01.07 Bragança

01.08 Chaves

01.09 Coimbra

01.10 Coruche

01.11 Elvas

01.12 Funchal

01.13 Lamego

01.14 Lisboa

01.15 Macedo de Cavaleiros

01.16 Mafra

01.17 Mirandela

01.18 Montijo

01.19 Mortágua

01.20 Pedras Salgadas

01.21 Penafiel

01.22 Porto

01.23 Quintanilha

01.24 Régua

01.25 Rio Maior

01.26 Santarém

01.27 Tondela

01.28 Viana do Castelo - Armazêns do Minho

01.29 Vila Nova Ourém

01.30 Vila Real

01.31 Vila Viçosa

02 Guiné Bissau

02.01 Bofotá

02.02 Bolama

03 India

03.01 Goa

04 Macau

04.01 Macau

05 São Tomé e Príncipe

05.01

Banco Internacional de São Tomé e

Príncipe

06 Moçambique

06.01 Cabora Bassa

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86

06.02 Ilha de Moçambique

06.03 Lourenço Marques

06.04 Reserva de Caça de Inhacoso

06.05 Tete

07 Timor

07.01 Díli

10CM - Comunicações

01 Telefones

01.01 Telefones de Parede

01.02 Telefones de Mesa

01.03 Telefones Automáticos

01.04 Comutadores Automáticos

01.05 Telefone Bell

01.06

1 Telefone usado nas 1ªs experiências em

Portugal

02 Listas Telefónicas

02.01 The Anglo-Portuguese Telephone

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87

... ...Locomotivas a

Vapor de Via

Larga

Locomotivas a

Vapor de Via

Estreita

Acontecimentos Sinalização e

Segurança

Inaugura-

ções/

Aniversá

rios

Visitas

oficiais

Eventos

organizados

ou com

participação

da CP

/Prémios /

Golf /

Almoços/Pin'

s

Congressos/

Conferências

de

Imprensa/Pro

gramas

televisivos/

Documentá-

rios/Entrevis-

tas

Tomadas

de Posse

Reuniões Assinatura

de

Contratos

Viagens

de

personali-

dades e

outras

entidades

Catastro-

fes

Naturais

Greves /

Reuniões

Sindicais

Acidentes

e

descarrila

-mentos

Concursos,

Exposições

e Mostras

de MC

Fundo Iconográfico

Fundo Fotográfico

CP

Fotografias

Postais e Gravuras

Organograma do Quadro de Classificação da CP

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88

Anexo 6 - Exemplo de caixa de conservação da CP com envelopes e provas antes de ser ordenado

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89

Anexo 7 - Descrição realizada no exterior do envelope da “Presidência Aberta”

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90

Anexo 8 - Prova da “Presidência Aberta”

Anexo 9 - Verso da prova com o número do negativo da prova da “Presidência Aberta”

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91

Anexo 10 - Descrição da prova da “Presidência Aberta” na aplicação informática Arq/Gest

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92

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93

Anexo 11 - Registo efetuado no exterior de um envelope

ISAD(G) Designação Descrição (colocada no envelope)

Elementos

de

descrição

Código da série 023 Acontecimentos

Códigos das subséries 01-12

Titulo Título original ou Título atribuído

Data Data de produção ou acumulação

Âmbito e conteúdo Descrição do assunto exposto

Localização dos

originais

Número da correspondência dos negativos

Localização Número da caixa onde se encontram os

documentos fotográficos

Fontes e bibliografia Boletins da CP

Anexo 12 - Descrição da prova “Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML) na

semana em Pontevedra” no exterior do envelope

Designação Descrição (colocada no envelope)

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94

Elementos Código da série 023 Acontecimentos

Código da subsérie 023- 04 Eventos organizados ou com a

participação da CP

Titulo “Unidade de Transporte de Mercadorias e

Logística (UTML) na semana em

Pontevedra.”

Data da produção 2000-10-20

Âmbito e conteúdo A CP através da UTML foi uma das 17

empresas portuguesas que se apresentaram na

Feira Internacional da Galiza

Localização das provas

na aplicação informática

InfoGest/ ArqGest

Código da correspondência com as provas

DS 58 10 provas

Localização Número da caixa onde se encontram os

documentos fotográficos Cx 50

Unidades de descrição

relacionadas

2/57; 4/57; 18A/56;19A/56; 20A/56: 21A/56;

22A/56; 23A/56; 24A/56; 25A/56

Fontes e bibliografia Boletim da CP novembro de 2000 nº 38

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95

Anexo 13 - Descrição da prova da “Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML) na

semana em Pontevedra” na aplicação informática Arq/Gest

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96

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97

Anexo 14 - Todos os conjuntos descritos (incluindo a quantidade de provas fotográficas), os títulos,

os códigos atribuídos, e a localização das provas na aplicação informática InfoGest/ArqGest

1 Titulo original

Quantidade provas

fotográficas

2 Código de referência da subsérie

3 Localização das provas na aplicação informática

InfoGest/ArqGest.

1-Titulo original

2-Código de referência da subsérie

3- Localização das provas na aplicação informática

InfoGest/ArqGest.

Quantidade

provas

fotográficas

1-Abertura de propostas para aquisição de material Diesel

2-Subsérie- 23-03

3- DS 40 2p; DS 41 3p; DS 42 1p; DS 43 2p.

8

1-Almoço com jornalistas espanhóis

2-Subsérie 23-04

27

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98

3-DS 85 2p; DS 84 5p; DS 83 2p; DS 82 1p; DS 81 4p;

DS 80 1p; DS 79 1p; DS 78 2p; DS 77 3p; DS 76 Ip; DS

75 1p; DS 74 4p.

1-Almoço com jornalistas sobre USGL Unidade Suburbana da

Grande Lisboa

2-Subsérie 23-04

3-DS 37 4p; DS 38 1p; DS 39 3p.

8

1-Assinatura de contrato de remodelação dos 57 UTE´s

2-Subsérie 23-08

3-DS 24 6p; DS 23 1p; DS 22 1p; DS 21 2p; DS 20 5p; DS

19 1p; DS 18 9p; DS 17 1p.

26

1-Assinatura de protocolo entre a CP e a Liga para a

Protecção da Natureza

2-Subsérie 23-08

3-DS 12 3p; DS 13 1p; DS 14 1p; DS 15 1p.

6

1-Campanha de material escolar para Timor

2-Subsérie 23-04

3-DS 42 3p; DS 41 1p; DS 40 2p.

6

1-Carruagens Corail/Projecto de Reconversão

2-Subsérie 23.03

3-DS 46 2p; DS 45 26p.

Prova 3 /11 vinha no envelope não foi catalogado: árvore do

Natal

29

1-Comboio da literatura

2-Subsérie 23-04

3-DS 86 4p.

4

1-Conferência de imprensa com o Conselho de Gerência

2-Subsérie 23-05

3-DS 23 1p; DS 24 1p ; DS 25 3p.

5

1-De operador a chefe de Brigada

2-Subsérie 23-05

3-DS 35 6p.

6

1-Dia Europeu sem Carros

2-Subsérie 23-04

3-DS 55 1p; DS 54 2p; DS 53 2p; DS 52 1p; DS 51 2p;

DS 50 3p; DS 49 8p; DS 48 3p; DS 47 1p; DS 46 5p;

DS 45 5p; DS 44 2p; DS 43 2p.

37

1-Filmagens da RTP na linha de Cascais

2-Subsérie 23-05

7

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99

3-DS 30 2p; DS 29 3p; DS 28 1p; DS 27 1p.

1-Filmagens para a RTP2 na Gare do Oriente

2-Subsérie 23-05

3-DS 34 6p; DS 33 5p.

11

1-Fórum Estudante

2-Subsérie 23-04

3-DS 73 3p; DS 72 3p; DS 71 2p; DS 70 3p; DS 69 1p;

DS 68 1p; DS 67 2p; DS 66 1p; DS 65 5p; DS 64 5p; DS 63

Ip; DS 62 1p; DS 61 1p; DS 60 4p.

33

1-Presidência Aberta

2-Subsérie 23-02

3- DS 45 1p

1

1-Programa iniciativa de vídeo RTP2

2-Subsérie 23-05

3- DS 32 11p.

11

1-Quando eu for grande

2-Subsérie 23-05

3-DS 39 1p.

1

1-Rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida

2-Subsérie 23-01

3-DS 97

5

1-Unidade de Transporte de Mercadorias e Logística (UTML)

na semana em Pontevedra

2-Subsérie 23-04

3-DS 59 1p; DS 58 10p; DS 57 2p; DS 56 8p.

21

1-1º ministro visita o Ramal de Sines

2-Subsérie 23-09

3-DS 31 2p; DS 30 1p; DS 29 1p; DS 28 1p; DS 27 1p;

DS 26 1p; DS 25 1p; DS 24 1p; DS 23 2p; DS 22 5p; DS

21 9p; DS 20 1p; DS 19 1p.

27

Total de 279 provas catalogadas

Anexo 15 - Comparação das sete zonas de informação arquivística da ISAD(G) e dos respectivos

elementos de descrição que as comportam com a descrição efectuada no arquivo fotográfico da CP

com a aplicação Arq/Gest, tendo como exemplo o documento “1ºMinistro visita o Ramal de Sines”

Zonas e elementos

de descrição de

ISAD(G)

Descrição na aplicação informática InfoGest/ ArqGest

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100

1.Zona de

identificação 123

Contém a informação essencial para identificar a unidade de

descrição.

1.1.Código de

referência 124

Permite identificar a unidade de instalação.

Exemplo do código de referência do documento “1º ministro

visita o Ramal de Sines”

Código de referência: PT/ACP/FI/FF/A/01/23/09/DS31

(ACP-Arquivo CP CP/FI-Fundo iconográfico/FF-Fundo

Fotográfico/ A- Arquivo /01-Fotografias/23- série

Acontecimentos/ 09 subsérie Viagens de personalidades e

outras entidades/ DS 31 Localização das provas na aplicação

informática Arq/Gest).

1.2.Titulo 125

Titulo formal: quando da sua existência atribuiu-se o título

formal.

Titulo atribuído: quando não existe, atribui-se um título, de

forma clara, concisa, sem subjectividade e que transmita a

informação fundamental. Esse título deve estar entre parentes

rectos.

.Ex:1º ministro visita o Ramal de Sines (titulo formal).

1.3. Data 126

Data de produção: atribuí-se uma data quando os documentos de

arquivo foram criados ou produzidos.

Data de acumulação: atribuíu-se a data em que os documentos

de arquivo foram acumulados, reunidos, mantidos pela CP no

exercício das suas actividades, ou seja, integrados num sistema

de arquivo.

.Ex: (1º Ministro visita o Ramal de Sines) 2000-10-30 data de

produção.

1.4.Nivel de

descrição 127

Diz respeito ao nível de unidade descrita numa estrutura, cujo

nível superior é o fundo.

123

ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptado pelo Comité de Norma de

Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de Setembro de 1999, Conselho Internacional de Arquivos; Trad.

Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição Arquivística, 2ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos

Nacionais. Torre do Tombo, 2002 p. 17 124

Ibidem. p. 17 125

Ibidem. p. 18 126

Ibidem. p. 19-20 127

Ibidem. p. 21

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101

O nível de descrição realizado neste estágio foi o documento

simples (prova).

Exemplo: documento simples/prova DS 45. (1º ministro visita o

Ramal de Sines).

1.5.Dimensão e

suporte 128

Indicar a dimensão da unidade descrita bem como o tipo de

material, como seja, o suporte.

Orientações gerais: Deve-se evitar o registo da dimensão da

unidade descritiva em metros cúbicos.

Ex: 10x15cm/prova cromogênea.

2 Zona de contexto

129

Contém a informação sobre a origem e custódia da unidade de

descrição.

2.1.Nome do

produtor 130

Registar o nome da pessoa colectiva, pessoa singular ou a

família, responsável pela produção, acumulação e conservação

das espécies fotográficas, com o estabelecimento de ligações a

ficheiros de autoridade.

Ex: CP.

2.2 Nome do autor Ex: Viriato Passarinho

3.Zona de conteúdo

e estrutura 131

Contém informação sobre o assunto e organização da unidade de

descrição.

3.1.Âmbito e

conteúdo 132

É o campo de maior interesse para qualquer pesquisador, onde é

inserida a informação visual usando uma linguagem objectiva,

concisa, precisa, simples sem uso de subjectividade ou juízos de

valor da parte do arquivista, ou seja temos que ser imparciais e

contidos quando descrevemos uma fotografia.

Ex: Automotora VIP, Locomotiva diesel.

4.ZONA DAS

CONDIÇÕES DE

ACESSO E DE

UTILIZAÇÃO 133

Contém informação sobre a comunicabilidade e a acessibilidade

de unidade de descrição.

128

Ibidem. p. 22-23 129

Ibidem. p. 23 130

Ibidem p. 23 131

Ibidem p. 29 132

Ibidem. p. 29 133

Ibidem. p. 34

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102

4.4.Características

físicas e requisitos

técnicos 134

Indica-se qualquer característica física relevante que afecte e

restringe a utilização da unidade de descrição, nomeadamente

por razões de preservação e que pode obrigar a consulta de

cópias, caso exista.

Características físicas e requisitos técnicos é um elemento de

informação obrigatório ao nível do documento.

Ex: Bom estado de conservação. Cor.

5.ZONA DA

DOCUMENTAÇÃO

ASSOCIADA 135

Destina-se à informação sobre a documentação com uma relação

importante com a unidade de descrição.

5.1.Existência e

localização de

originais 136

:Ex:4A/82; 5A/82.

5.2.Unidades de

descrição

relacionadas 137

Regista-se a localização das provas que tenham correspondência

com os negativos.

No arquivo fotográfico da CP o elemento 5.2 “unidade d

descrição relacionada” esta localizado no elemento 5.1

“localização dos originais”.

No caso particular de documentação desmembrada ou de fundos

dispersos, essa informação é de fundamental importância.

Fontes e bibliografia

138

Deve-se indicar somente as publicações que fundamentem ou se

baseiem no estudo, analise ou utilização da unidade de

descrição.

Ex: Boletim da CP de novembro de 2000 nº 38.

7.ZONA DO

CONTROLO DA

DESCRIÇÃO 139

Contém informação sobre como, quando e por quem foi

elaborado a descrição arquivística.

7.1.Nota do

arquivista 140

Nome por quem foi elaborada a descrição.

Regista-se a informação sobre as fontes consultadas e o(s)

134

Ibidem pp. 36-37 135

Ibidem. p. 38 136

Ibidem. p. 38 137

Ibidem. p. 40 138

IIbidem. p. 41 139

Ibidem . p. 42 140

Ibidem. p. 42

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103

responsável(eis) pela elaboração da descrição.

Ex: Octávio Afonso

7.2.Regras ou

convenções 141

Regista-se as regras ou convenções internacionais, nacionais ou

locais utilizadas na elaboração da descrição.

Ex: ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição

Arquivística.

7.3.Data da

descrição 142

Indica-se a data em que a descrição foi elaborada e/ou revista.

Ex: 2012-04-03

Anexo 16 - Janela Arq/Gest onde é descrito o documento “1º Ministro visita o Ramal de Sines”

141

Ibidem. p. 43 142

Ibidem. p. 44

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104

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105

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106

Anexo 17 - Descrição no exterior do envelope, prova e números de negativos das provas “ 1º

ministro visita o Ramal de Sines”

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107

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108

Anexo 18 - Elementos de descrição do modelo SEPIA

Modelo SEPIA

Elementos relativos ao Processo fotográfico e formato

E3..2.4.1.5.

Dimensões

E.3.2.4.1.5.1.

Orientação e forma 143

Definição: descrição da forma como um trabalho foi concebido

para ser visto ou exibido.

Melhor prática: escolher entre o horizontal, vertical, quadrado,

oval, forma circular, irregular ou outra

Comentário: esse elemento pode ser útil para verificar se uma

cópia digital tem a mesma orientação que o original.

E.3.2.4.1.5.2

Usando formatos 144

Definição: formatos padronizados para uso específico

Melhor prática: escolher o formato duma lista controlada

Comentário: estes tamanhos não são valores absolutos, podem

diferir de país para país ao longo dos anos. Pode haver grandes

diferenças de formatos entre os padrões americanos, ingleses e

franceses.

E.3.2.4.1.5.3.

Dimensões

E.3.2.4.1.5.3.1.

Dimensões da parte

considerada para

medição

E.3.2.4.1.5.3.2.

Dimensões – valor de

medida 145

E.3.2.4.1.5.3.2.1

Dimensões – valor de

medida – altura 146

Definição: altura da parte considerada para medição

Melhor prática: escolher o formato padrão da lista controlada

ou definir próprio formato.

E.3.2.4.1.5.3.2.2

Dimensões – valor de

medida – largura 147

Definição: largura da parte considerada para medição

Melhor prática: escolher o formato padrão da lista controlada

ou definir próprio formato.

E.3.2.4.1.5.3.3.

Dimensões- unidade

de medida 148

Definição: unidade de medida nas medições mencionadas sob

E.3.2.4.1.5.3.2.

Melhor prática: escolher entre cm, mm, polegadas ou outro, a

saber. É recomendado dar as medidas em milímetros ou

centímetros, dependendo das utilizações das instituições.

143

SEPIADES: Recommendations for cataloguing photographic collections. Draft version 3.0, SEPIA

Working Group Descreptive Models for Photographic Collections. Amesterdam: European Commission

on Preservation and Access, 2003.. pag. 197 144

Ibidem. p. 197 145

Ibidem. p. 197 146

Ibidem. p. 197 147

Ibidem. p. 198 148

Ibidem. p. 198

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109

Exceções a essa regra métrica são alguns tamanhos padrão de

negativos e transparências que são dadas em polegadas.

É recomendado o uso de listas controladas para as dimensões.

Alguns formatos padronizados:

- Provas: 4.5 x6 / 6x9 / 9x12 6.5x9 / / 9x13 / 9 x14 / 10x15 /

12x16, 5 / 13x18 / 18x24 / 24x30 /30x40 / 40x50 / 50x60 /

outro tamanho

- Negativos / transparências: 35 mm / 4,5x6 / 4x7 / 6x7 6x9

9x12 / / 4x5 / 10x15 / 13x18/ 8x10 /18x24 / 24x30 / outro

tamanho.

E.3.2.4.1.5.4.

Dimensões -

Especificações 149

Definição: informações adicionais

Melhor prática: registar informações adicionais sobre as

dimensões da imagem física.

Exemplo: se a imagem física tem uma forma circular, o

diâmetro fornece informações sobre as suas dimensões.

Se a imagem tem uma forma oval, os eixos maior e menor são

registados.

E.3.2.4.1.1.

Identificação

técnica 150

Definição: a cor da imagem física; negativo ou positivo.

transparência ou refletiva; base ou suporte principal da imagem

física.

E.3.2.4.1.1.1.

Cor:

monocromático ou

policromático

Definição: a cor da imagem física.

Melhor prática: escolher entre monocromático e policromático.

Exemplo: imagem a preto e branco é monocromático;

Imagem a cor é policromática.

Comentário: imagem monocromática significa uma só cor;

enquanto imagem policromática significa mais que uma cor.

E.3.2.4.1.1.2.

Polaridade:

negativo ou

positivo

Definição: polaridade da imagem física.

Melhor prática: escolher entre positivo e negativo.

Comentário: a fotografia é negativa ou positiva;

Negativos contêm valores tonais opostos da realidade. Por

exemplo o céu, a luz do dia num negativo tem os piores valores

tonais.

Positivo tem valores tonais que são semelhantes com a realidade.

E.3.2.4.1.1.3.

Tipo:

transparência ou

refletivo

Definição: tipo de imagem física

Melhor prática: escolher entre transparente e refletivo.

Comentário: uma fotografia ou é um meio que reflete a luz ou um

meio que permite que a luz passa. O primeiro tipo de imagem é

chamado de refletivo e o segundo tipo de imagem é chamado de

transparente

E.3.2.4.1.1.4. Definição: base ou suporte principal da imagem física

Melhor prática: escolher entre papel, vidro, plástico, metal ou

149

Ibidem. p. 198 150

Ibidem. p. 185

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110

Suporte 151

outro.

E.3.2.4.1.6.

Condição 152

Definição: condição de objeto físico

Melhor prática: escolher uma destas quatro categorias

0 - bom

estado

Imagens em bom estado, sem sinais de danos ou em

deterioração em curso

Exemplos: Prova em perfeito estado, sem sinais de

deterioração.

-Não tem danos físicos (arranhões, fissuras, emulsão

danificada ou montagem solta etc.)

-A imagem não tem descoloração, branqueamento,

desvanecimento nem espelho de prata.

1 - com

pequenos

sinais de

deterioraç

ão

Imagem com alguns pequenos sinais de deterioração.

As imagens apresentadas neste grupo devem ser

observadas ou reavaliadas antes da sua utilização.

Por exemplo: copiar (negativos); exibir (filmes);

expor (impressões) ou digitalizar (todos os materiais).

Exemplo:

- É necessário copiar ou digitalizar antes da

exposição.

- Danos físicos ligeiros (riscos, rachas etc.)

- Espelho de prata ligeiro ao longo dos bordos da

impressão.

2 -

necessário

tratamento

de

conservaç

ão

Imagens com sinais evidentes de deterioração (por

exemplo: degradação do suporte; rachas; dissolução

ou separação da camada de emulsão e / ou

descoloração, desvanecimento ou branqueamento da

imagem).

Exemplos:

- Imagens montadas em álbuns onde o adesivo

branqueia a imagem;

- Danos físicos (riscos, rachas, canto quebrado ou

dobrado, suporte de papel frágil, montagem frágil)

que irão danificar as imagens quando manuseadas;

-Descoloração, branqueamento, desvanecimento por

processos químicos;

- Imagens montadas num suporte ácido que já causa

descoloração e branqueamento;

- Ataque biológico.

3 –

tratamento

de

conservaç

ão urgente

Imagens com sinais óbvios de deterioração como no

ponto dois, mas de um estado tão avançado que deve

ser dada a máxima prioridade de preservação. Além

disso, esta categoria também inclui imagens que

necessitam de tratamento imediato (por exemplo,

151

Ibidem. p. 185 152

Ibidem. p. 201

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111

imagens molhadas e imagens com atividade

biológica.)

Exemplo:

Imagens molhadas e / ou queimadas

Fita-cola, clips, etc.

Anexo 19 - Álbuns da CP amarelecimento acentuado ao nível da imagem

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Anexo 20 - Armários da sala de depósito da CP

Anexo 21 - Sala de depósito da CP num local de passagem

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Anexo 22 - Chão de madeira