arq. ricardo legorreta

ARQ. RICARDO LEGORRETA

MEMÓRIA . ESCALA. COR E FORMA

NA OBRA DE LUCRÉCIA D’ALÉSSIO FERRARA - LEITURA SEM PALAVRAS -, FOI SUBTRAÍDO O SEGUINTE TRECHO:

“QUANDO SE FALA EM MÉTODO POSSIVEL, PRETENDE-SE SALIENTAR OS ASPECTOS:

1. HÁ NECESSIDADE DE SE ESTABELECER UM MODO DE LER;

2. ESSE MODO SE REFAZ OU SE COMPLETA A CADA LEITURA, VISTO QUE O PRÓPRIO OBJETO LIDO SUGERE, NA

SUA DINÂMICA, COMO DEVE SER VISTO;

3. É NECESSÁRIO TER PRESENTE QUE O QUE VEMOS NO OBJETO LIDO É RESULTADO DE UMA OPERAÇÃO

SINGULAR ENTRE O QUE EFETIVAMENTE SERÁ NO OBJETO E A MEMÓRIA DAS NOSSAS INFORMAÇÕES E

EXPERIÊNCIAS EMOCIONAIS E CULTURAIS, INDIVIDUAIS E COLETIVAS; LOGO, O RESULTADO DA LEITURA É

SEMPRE POSSÍVEL, MAS JAMAIS CORRETO OU TOTAL;

4. É NECESSÁRIO OUSADIA NAS ASSOCIAÇÕES PARA QUE SE POSSA FLAGAR UMA IDÉIA NOVA, UMA

COMPARAÇÃO IMPREVISTA, UMA HIPÓTESE EXPLICATIVA INUSITADA”

CONFORME A ORIENTAÇÃO DA AUTORA, A LEITURA DAS OBRAS ESCOLHIDAS DO ARQUITETO RICARDO

LEGORRETA, DEU-SE INICIALMENTE DETERMINANDO QUAIS OS TÓPICOS QUE SE DESEJAVA RESSALTAR – A

MEMÓRIA E A INTUIÇÃO COMO PROCESSO CRIATIVO DE SUAS OBRAS ARQUITETÔNICAS, AONDE SE OBSERVA

ALGUNS ELEMENTOS RECORRETES: ESCALA E PROPORÇÃO, LUZ, COR – INDICADOS NA PUBLICAÇÃO:

GAMA, Rinaldo; AGUIAR, Laura. Ricardo Legorreta, Sonhos construídos. São Paulo, Bei. 2007 -

EM QUE O PRÓPRIO ARQUITETO INDICA SEU REPERTÓRIO PESSOAL, SUAS LEMBRANÇAS E IMAGENS

SELECIONADAS QUE ASSOCIA AO RESULTAOD DE SUAS OBRAS, E ARELAÇÃO COM A DIMENSÃO HUMANA.

RESSALTAM-SE ESTES ASPECTOS PORQUE LEGORRETA ENFATIZA QUE A ARQUITETURA DE UM LUGAS DEVE SER

LIDA E SENTIDA PELO OBSERVADOR EM SUA ESCALA NATURAL,. QUE É IMPORTANTE A FORMA COMO NOS

RELACIONAMOS COM OS OBJETOS ARQUITETÔNICOS, COMO SE INSEREM NO CONTEXTO DO ENTRONO E COMO

SE FAZ NOSSA APROXIMAÇÃOP A ESTES OBJETOS.

O PRÓPRIO ARQUITETO EXPLICA SOBRE O PROCESSO DO OLHAR: “CONSISTE EM DEIXAR QUE OS OLHOS

ESCOLHAM LIVREMENTE OS OBJETOS EM QUE POUSAM, PARA EM SEGUIDA BUSCAR COMPREENDER

RACIONALMENTE OS ELEMENTOS QUE TORNAM DETERMINADA CONSTRUÇÃO ATRAENTE OU DESAGRADÁVEL ...

NÃO SE TRATA DE CONSIDERAR UMA CONSTRUÇÃO ISOLADAMENTE, MAS DE REFLETIR SOBRE A MANEIRA COMO

ELA SE INSERE NO ESPAÇO À SUA VOLTA”.

PORTANTO:

BUSCANDO UMA INTERPRETAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO AUTOR, PARA A COMPREENSÃO DO PROCESSO CRIATIVO,

A COMPRARAÇÃO DOS ELEMENTOS É FEITA ATRAVÉS DE IMAGENS, DE OBRAS INDICADAS PELO PRÓPRIO

ARQUITETO COMO DE INTERESSE. ASSIM SE FAZ A RELAÇÃO DAS REFERENCIAS PESSOAIS DE LEGORRETA COM

SUA PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA - DE MANEIRA EM QUE SE POSSA OBSERVAR COMO O REFERENCIAL, A

MEMÓRIA E A EXPERIÊNCIA PESSOAL SE REFLETEM NOS PARTIDOS E NOS RESULTADOS ESTÉTICOS DAS OBRAS

ARQUITETÔNICAS SELECIONADAS. CONTUDO, COMO LUCRÉCIA D’ALÉSSIO FERRARA ATENTA-NOS: “O

RESULTADO DA LEITURA É SEMPRE POSSÍVEL, MAS JAMAIS CORRETO OU TOTAL”.

COR E FORMA COMO TEMA A CIDADE COMO CONTEXTO

“O SOL NÃO CONHECIA SUA GRANDIOSIDADE ATÉ ENCONTRAR UMA PAREDE”

(LOUIS KANH)

LEGORRETA PROCESSO DE CRIAÇÃO: ANÁLISE COMPARATIVA COM OS REFERÊNCIAS

REFLEXÃO POÉTICA E DE SIGNIFICAÇÕES

ESCALA E PROPORÇÃO

RICARDO LEGORRETA DISCUTE DE MANEIRA PESSOAL A IDÉIA DE ESCALA. “O QUE É ESCALA ?” “PARA QUE

CONSTRUIR COISAS TÃO ALTAS SE O HOMEM É PEQUENO ?” A DEFINIÇÃO NÃO É TÃO SIMPLES....SOBRETUDO

PORQUE A INTENÇÃO DA ARQUITETURA NÃO É SOMENTE A DE ACOLHER O HOMEM EM SUA DIMENSÃO MAS

PROPORCIONAR-LHE OUTRAS SENSAÇÕES, CONFORME UM ESTADO DE ESPÍRITO EXPLORATÓRIO DO ARQUITETO

E DA PSICOLOGIA DAS FORMAS. A ESCALA AFINAL, TEM A VER COM A EMOÇÃO.

NÃO QUE O ARQUITETO DEFENDA A SIMPLÓRIA EXIGÜIDADE DAS CONSTUÇÕES. AO CONTRÁRIO, RECONHECE AS

QUALIDADES DAS DIMENSÕES AMPLAS E A BUSCA EM MUITOS PROJETOS. O QUE DEFENDE É A ADEQUAÇÃO DA

ESCALA AO SER HUMANO E ÀS DIVERSAS NECESSIDADES – QUE É O PARAMETRO DA QUALIDADE DA

ARQUITETURA -, PORÉM SATISFAZENDO EM TERMOS FUNCIONAIS E ESTÉTICOS.

Centro de Artes Visuais,Faculdade de Santa Fé, EUA . 1999

fonte: AKG/ Latin Stock 33 A . Casa Sotogrande

fonte

http://www.partesdesign.com.br/ms/marco_2007/img/hen

Casa do lago, Valle de Bravo, México . 2002


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OBSERVA-SE:

FIGURA 1 - PALENQUE, CHIAPAS, MÉXICO

1. SIMETRIA

2. RELAÇÃO DE ALTURA, COMPRIMENTO,

PROFUNIDADE

3. REPETIÇÃO DA FORMA

4. RITMO, CADÊNCIA

5. ESCALONAMENTO

FIGURA 2 - ARQUITETURA POPULAR, PUEBLA, MÉXICO

1. PROPORÇÃO DAS DIMENSÕES – RECORTES SECOS

2. CONTINUIDADE - EXTENSÃO

3. RELAÇÃO DO TODO COM OS COMPONENTES:

PEDRAS, ABERTURA, MURO

4. RELAÇÃO COM A ESCALA HUMANA

5. CORES DA TERRA LOCAL, TERRACOTA

O ARQUITETO RECORDA SEU FASCÍNIO PELAS DIMENSÕES DAS ANTIGAS FAZENDAS MEXICANAS: “OS ESPAÇOS

ERAM MUITO GRANDES. ENTRAVA-SE POR UMA ESTRADA COM ÁRVORES IMPONENTES; HAVIA GRANDE PÁTIOS,

MUITAS VEZES COM ÁGUA NO MEIO, ONDE SE SECAVA A COLHEITA. DEPOIS EM ESCALA MENOR, HAVIA A CASA

PRINCIPAL E AS OUTRAS; O TAMANHO DIMINUÍA ATÉ CHEGAR AOS QUARTOS, BEM MENORES”.

NÃO É DIFICIL ENCONTRAR AÍ UMA ANALOGIA COM MUITAS DE SUAS CONSTRUÇÕES - TANTO RESIDENCIAS

COMO EDIFÍCIOS COMERCIAIS -, EM QUE OS ESPAÇOS CIRCUNDANTES SÃO GENEROSOS E A SENSAÇÃO DE

GRANDIOSIDADE DE ÁREAS COMUNS SE HARMONIZAM COM A DE INTIMIDADE PRESENTE NOS QUARTOS. COMO

ARQUITETO COLOCA: “NÃO SE TRATA DE SER GRANDE, MAS GRANDIOSO”. É POSSSIVEL CONSEGUIR UMA

ATMOSFERA DE INTIMIDADE MESMO EM ESPAÇOS GRANDES – DIFERENTE DO QUE O SENSO COMUM

ADMITIRIA -, ASSIM COMO SE PODE PROVOCAR O EFEITO INVERSO, DE AMPLITUDE E AREJAMENTO, EM LOCAIS

PEQUENOS.

TRATA-SE DE EFEITOS DA LUZ E DA COR, BEM COMO NAS PROPORÇÕES ENTRE OS ELEMENTOS PURAMENTE

ARQUITETÔNICOS (ABERTURAS, EMPENAS) E ENTRE A CONSTRUÇÃO E O LOCAL EM QUE ELA SE ERGUE

(CONTEXTO URBANO). PODE-SE COMPREENDER, ASSIM, A SENSAÇÃO DESPERTADA POR MUITOS DOS

AMBIENTES DE LEGORRETA, EM QUE PAREDES E MUROS ALTOS MANTÊM A LEVEZA, E A SURPRESA GRAÇAS AO

USO DE JANELAS, RECORTES E ABERTURAS QUE DEIXAM ENTRAR A LUZ, PRODUZEM SOMBRAS ENIGMÁTICAS E

REVELAM PEDAÇOS DA PAISAGEM.

LUZ

LEGORRETA EXPLICA A IMPORTÂNCIA DA LUZ NA ARQUITETURA: ASSIM COMO FORMAS, VOLUMES E

SURPERFÍCIES ‘APARECEM’ E GANHAM DIFERENTES SENTIDOS SEGUNDO A MANEIRA PELA QUAL SÃO

UTILIZADOS, A PRÓPRIA LUZ PODE SER VALORIZADA E TRANSFORMADA PELOS VÁRIOS ELEMENTOS DA

CONSTRUÇÃO. “UMA VIA DE MÃO DUPLA, A QUAL SE SOMA TAMBÉM A SOMBRA; QUANDO SE PLANEJA A LUZ

DE UM AMBIENTE – INTERNO OU EXTERNO -, PENSA-SE TAMBÉM EM SUAS ZONAS SOMBREADAS E NOS JOGOS

DE CLARO E ESCURO QUE SE FORMARÃO”.

OBSERVA-SE QUE A PRÓPRIA LUZ PODE SER VALORIZADA E TRANSFORMADA PELOS VÁRIOS ELEMENTOS DA

CONSTRUÇÃO. O ARQUITETO RECORRE A ABERTURAS EM ÂNGULOS POUCO USUAIS, RECORTES E VAZADOS

TANTO NAS ALVENARIAS QUANTO NOS PISOS POSSIBILITAM QUE A LUZ SEJA GRADUADA E MARQUE SUA

ENTRADA DE FORMA DIFERENTE E INUSITADA, PROPORCIONANDO UMA NOVA DINÂMICA PARA O

OBSERVADOR. SUBVERTE-SE ASSIM A LUZ SOLAR REVERBERADA PELA PAREDE – LEGORRETA OPINA QUE “OS

CANTOS TRISTES NÃO DEVEM EXISTIR, NEM NA ARQUITETURA, NEM NA VIDA”.

Casa Petaluma, Petaluma, EUA . 2004


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Biblioteca da Universidade Autônoma de Nuevo León, Moneterrey, México . 1994


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OBSERVA-SE:

FIGURA 3 - SAN JUAN DE ULUA, VERA CRUZ, MÉXICO

1. EQÜIDISTANCIA

2. REPETIÇÃO DE FORMAS, EM MESMA DIREÇÃO

3. COMPOSIÇÃO DE FORMAS POR OPOSIÇÃO

4. A PARTE E O TODO

5. LUZ, PENUMBRA, ESCURIDÃO

FIGURA 4 - ALHAMBRA, GRANADA, ESPANHA

1. REPETIÇÃO, CONTINUIDADE

2. ORIENTAÇÃO DO OLHAR - TRAJETO

3. ASSOCIAÇÃO DE FORMAS CURVAS E RETAS

4. REBATIMENTO DE PLANOS HORIZONTAIS E

VERTICAIS

5. CONTROLE DA LUMINOSIDADE SOLAR

6. DENTRO E FORA

ESSA SENSIBILIDADE PARA A LUZ E SEUS EFEITOS FOI APRIMORADA DESDE A INFÂNCIA, QUANDO LEGORRETA

VIAJAVA PARA O INTERIOR DO MÉXICO E SE ADMIRAVA COM AS VARIAÇÕES DA LUMINOSIDADE CONFORME A

REGIÃO; MAIS TARDE PÔDE COMPARAR COM A POUCA CLARIDADE DE ALGUMAS REGIÕES EUROPÉIAS

VISITADAS. SUA ARQUITETURA DEMONSTRA SUA OPÇÃO PELA ENSOLARADA EXUBERÂNCIA MEXICANA.

O REALCE DA LUZ É ALCANÇADO PELA OPOSIÇÃO DA SOMBRA – SEMPRE OBSERVADA CONFORME A VARIAÇÃO

DO DIA E DA ESTAÇÃO. HÁ TAMBÉM A REFERÊNCIA INDICADA PELA ESPANHA, EM ESPECIAL ALHAMBRA – DE

INFLUÊNCIA MOURA -, QUE BEM TRABALHA COM A LIMITAÇÃO DO ESPAÇOS INTERNOS E EXTERNOS ATRAVÉS

DOS PÁTIOS E ESTABELECE HIERARQUIAS E FUNÇÕES ATRAVÉS DE UMA POSSÍVEL ‘CIVILIZAÇÃO’ DO OLHAR, O

DENTRO E O FORA, A PÊNUMBRA. COM UMA PLÁSTICA RÍGIDA E LÓGICA, DEMONSTRA RITMO E COMPOSIÇÃO,

SEM QUAISQUER VESTÍGIOS DE ORNAMENTAÇÃO.

COR

A FORMA É ENFATIZA PELA COR – MUITAS VEZES EM GRANDES PLANOS CONTÍNUOS.

VALE-SE DA COR DO ENTORNO, DA COR DO CÉU EM COMPOSIÇÕES DE CORES COMPLEMENTARES E O REFLEXO

DA ÁGUA PARA ENFATIZAR, DAR CONTINUINADE DO ESPAÇO PELO OLHAR , CRIAR A MIRAGE. AS COMPOSIÇÕES

SÃO FORTES DE CORES SATURADAS QUE DENOTAM FORÇA, CLAREZA, IDENTIDADE.

MESMO A UTILIZAÇÃO DAS CORES ANALOGAS OU DE MUDANÇA DE NUANCES NUMA MESMA PALETA DE COR,

OBSERVA-SE A INTENSÃO DE INTENSIFICAR A FORMA OU ALTERAR O ASPECTO DA PROFUNIDADE – ORA

TRAZENDO O FUNDO PARA MAIS PRÓXIMO DO OBSERVADOR, ORA INTENSIFICANDO A DISTANCIA DA

PROFUNDIDADE. HÁ RIFOR NA ESCOLHA DE MATERIAIS QUE POSSIBILITEM O USO DA COR EM TRÊS DIMENSÕES,

OPTANDO-SE QUASE SEMPRE PARA O COR DA TERRA LOCAL (E CADA LOCAL SEM SUA COR, SUA TERRA, SUA

VEGETAÇÃO TÍPICA E SEU CÉU TÍPICO).

COR E FORMA SE HARMONIZAM PARA COMPOR O TODO PORÉM CADA QUAL TEM SEU PESO E SEU VALOR – NÃO

HÁ A RELAÇÃO DE HIERARQUIA ENTRE ELAS, NÃO HÁ SEGUNDO PLANO OU A INTENÇÃO DO DECORATIVO, DO

ORNAMENTAL, DA CAMUFLAÇÃO.

Casa de Ricardo Legorreta, Cidade do México, México . 1997


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Casa de Victor Legorreta, Cidade do México, México . 1996


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Centro de Artes Visuais, Faculdade de Santa Fé, Santa Fé, EUA . 1999



OBSERVA-SE:

FIGURA 5 - CHIAPAS, MÉXICO

1. REPETIÇÃO

2. CORES ANÁLOGAS

3. MESMA CLARIDADE NA PALETA DE CORES . CLARO

4. RITMO, CADÊNCIA

5. SEM ORNAMETAÇÃO

FIGURA 6 - CHIAPAS, MÉXICO

1. COMPOSIÇÃO DISSOANTE

2. FAIXA CONSTANTE – UNIFORMIDADE DA FORMA

3. CORES QUENTES

4. MESMA CLARIDADE NA PALETA DE CORES . ESCURO

5. COMPOSIÇÃO POR CONTRASTE DE CLARO E

ESCURO

6. CORES NATURAIS, DA TERRA / LOCAL

LEGORRETA REAFIRMA ATRAVÉS DE SUA ARQUITETURA, SUA ADMIRAÇÃO PELOS POVOADOS MEXICANOS, ONDE

AS CASAS SÃO MUITO COLORIDAS CONFORME O GOSTO DE SEUS MORADORES. A COR DA ARQUITETURA

POPULAR ESTÁ PRESENTE EM SEUS PROJETOS CONTUDO, A APARENTE LIBERDADE COM O USO DA COR NÃO

SIGNIFICA FALTA DE RIGOR, POIS O ARQUITETO FOI TAMBÉM INFLUENCIADO POR CHUCHO REYES, ARTISTA

MEXICANO QUE FOI MESTRE E CONSELHEIRO DE ARQUITETOS DE SUCESSIVAS GERAÇÕES.

A ESCOLHA DA COR, COMO QUALQUER OUTRA, TEM SENTIDO DENTRO DE UM UNIVERSO DE REFERÊNCIAS

CULTURAIS – NÃO SE TRATA DE UMA PRODUÇÃO MECÂNICA MAS DE SIGNIFICAÇÕES PESSOAIS E DE UM GRUPO

QUE, RESULTAM NUMA ARQUITETURA COM ALMA. ESTA PREOCUPAÇÃO SE MOSTRA PRESENTE PARA O

ARQUITETO EM RELAÇÃO À FORMA PELA QUAL UMA CULTURA SE EXPRESSA EM DETERMINADO MOMENTO, OU

À LINGUAGEM UTILIZADA POR UM ARTISTA, EM QUE SE DEMONSTRA O VÍNCULO COM SUA CULTURA DE

ORIGEM. ASSIM, EMBORA FORTEMENTE INFLUENCIADA PELA ARQUITETURA DOS PUEBLOS MEXICANOS E DAS

RUÍNAS MAIAS E ASTECAS, A OBRA DE LEGORRETA TEM UMA IDENTIDADE DEFINIDA E CLARA – UMA

LINGUAGEM PESSOAL, ADEQUADA AO TEMPO E AO LUGAR.

LEGORRETA OS REFERÊNCIAS

CONSTRUÇÃO DO OBJETO . MEMÓRIA

AS INDICAÇÕES DE IMAGENS E RELATOS DA ÓTICA DO ARQUITETO RICARDO LEGORRETA FORAM OBTIDOS EM

PESQUISA DE ENTREVISTAS COM O ARQUITETO (DA OBRA SONHOS CONSTRUIDOS – ENTEVISTAS EM SÃO PAULO

POR: ANDRÉ CORREA DO LAGO, BEATRICE CORREA DO LAGO, MARISA MOREIRA SALLES, RAUL JUSTE LORES,

RINALDO GAMA, TOMAS ALVIM), EM UMA TENTATIVA DE ENTENDER ATRAVÉS DO AUTOR QUAIS SERIAM SUAS

ESCOLHAS E A FORMAÇÃO DE REPERTÓRIO.

EVIDENCIA-SE QUE A MEMÓRIA E AS EXPERIENCIAS VIVENCIADAS SÃO A PRINCIPAL FONTE DE INSPIRAÇÃO,

AONDE OS ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO SÃO METICULOSAMENTE ESTUDOS E APLICADOS DE FORMA

INOVADORA, REVITALIZADA. NÃO SE TRATA DA SIMPLES CÓPIA DE ELEMENTOS MAS DE UMA REORGANIZAÇÃO

SUTIL E SIMBÓLICA.

OS CAMINHOS QUE CONDUZIRAM O ARQUITETO À ARQUITETURA NÃO FORAM OS CONVENCIONAIS, TRATAM

DE EXPOR DE ANTEMÃO, DIVERSOS ESTUDIOSOS – POIS O QUE SE OBSERVA DESDE A INFANCIA NÃO É SUA

APROXIMAÇÃO DAS ARTES VISUAIS, MAS SUA PAIXÃO PELO MÉXICO E POR SUA CULTURA, E A HERANÇA

FAMILIAR DE UM PROFUNDO RESPEITO PELO SER HUMANO.

A EXPERIÊNCIA DE SE SENTIR MAL EM DETERMINADOS LUGARES E BEM EM OUTROS INTRIGAVA O ARQUITETO

MEXICANO RICARDO LEGORRETA DESDE A INFANCIA. A EDUCAÇÃO DE SEU OLHAR FOI, ASSIM, NATURAL E

INSTINTIVA – A OBSERVAÇÃO DESCOMPROMISSADA CONSTITUIU O PASSO INICIAL DE UM CAMINHO QUE SE

CONSTRUIRIA AO LONGO DO TEMPO.

“NESSE PROCESSO DE DESCOBERTAS AS VIAGENS REPRESENTARAM UMA ETAPA IMPORTANTE, POR ENSEJAREM

O CONFRONTO COM O LEMENTO ESTRANGEIRO OU ESTRANHO, QUE CONVIDA O SUJEITO A REDIMENSIONAR

SEUAS CRENÇAS PESSOAIS. MAS A OBSERVAÇÃO DO ENTORNO,DO FAMILIAR E DO PÁTRIO É IGUALMENTE

IMPRESCINDÍVEL”.

LEGORRETA CONFESSA A GRANDE INFLUÊNCIA QUE SOFREU DA ARQUITETURA MEXICANA – DOS PUEBLOS, DAS

HACIENDAS, E DA ARQUITETURA PRÉ-COLOMBIANA. SÓ MAIS TARDE, PORÉM, É QUE OCORREU A ORGANIZAÇÃO

DESSE CONHECIMENTO, A REFLEXÃO SOBRE ELE E A CONSEQÜENTE ELABORAÇÃO DE JUÍZOS DE VALOR.

PROCESSO CRIATIVO MÉTODOS

REFLEXÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

SEGUNDO UMBERTO ECO, A OBRA DE ARTE É UMA MENSAGEM FUNDAMENTALMENTE AMBÍGUA, UMA

PLURARIDADE DE SIGNIFICADOS QUE COEXISTEM EM UM SÓ SIGNIFICANTE. ESTA AFIRMAÇÃO EXPLICITA NÃO

SOMENTE A QUESTÃO A DIVERSIDADE DE COMPREENÇÕES DE UMA MESMA OBRA PELAS DIFERENTES OTICAS

QUE OS OBSERVADORES TÊM CONFORME O REPERTÓRIO INDIVIDUAL MAS TAMBÉM, NOS ATENTA AO FATO

QUE A OBRA APRESENTA DIFERENTES SENTIDOS AO SEU PRÓPRIO AUTOR.

ISTO FICA CLARO AO OBSERVAR A OBRA DE LEGORRETA NA TRADUÇÃO DE ALGUNS MESMOS ELEMENTOS QUE

SE TRADUZEM EM DIFERENTES COMPOSIÇÕES – NÃO APENAS PELO SENTIDO ESTÉTICO PORÉM COM A

VARIAÇÃO QUE SE PODE TER DOS SIGNIFICADOS (SOBRETUDO PORQUE A NOSSA RELAÇÃO COM O MUNDO SE

ESTABELECE ATRAVÉS DOS OBJETOS).

A PARTIR DESTA REFLEXÃO SE PODE TECER A IMPORTANCIA DA COMPREENSÃO DOS PROCESSOS CRIATIVOS, POR

TRADUZIR ASPECTOS DO COMPORTAMENTO DO RACIOCÍNIO DO AUTOR E NÃO SE PREENDER EXATEMENTE NA

SIGNIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS.

PERCEBE-SE TAMBÉM PELA ANÁLISE DAS IMAGENS E A RELAÇÃO COM A MEMÓRIA E O REPERTÓRIO DO

ARQUITETO UMA ENFASE MAIOR PARA O CÓDIGO POIS O CONJUNTO DE SIGNOS (VALORES DOS ELEMENTOS

ELEITOS PELO AUTOR) SÃO RECOMBINADOS EM NOVOS OUTROS SIGNO, COM NOVAS POSSIBILIDADES DE

INFORMAÇÃO. OU SEJA, AS COLUNAS DE ALHAMBRA TEM UMA RELEITURA NA OBRA ARQUITETONICA DO

ARQUITETO – NÃO PERDEM SUA FUNÇÃO DE SUSTENTAÇÃO OU PERDEM O CRITÉRIO DE CADÊNCIA E

COMPOSIÇÃO CONTUDO, SÃO UTILIZADAS AGORA DE MANEIRA A GARANTIR LUMINOSIDADE/ SOMBRA E ATÉ

MESMO UM CERTO GRAU DE TEATRALIDADE.

LEGORRETA É UM ARTISTA CONSCIENTE DAQUILO QUE BUSCA COMO RESULTADO NA OBRA, OU QUE PELO

MENOS ESPERA SUSCITAR EM SEU OBSERVADOR. NÃO SE TRATA DE UM ARTISTA ACADÊMICO PORÉM

OBSERVADOR DO MEIO QUE LHE INTERESSA, QUE ASSUME COMO ESTÉTICO, REAPLICANDO DE FORMA

CALCULADA TAIS ELEMENTOS SUBTRAIDOS DO REPERTÓRIO.

PELO FATO DE PARTIR DE IMAGENS DO SENSO COMUM – AS OBRAS MOURAS DE GRANADA, AS CORES VIVAS DA

CULTURA MEXICANA, AS FORMAS PURAS DOS CASARIOS POPULARES DOS PAISES DE CLIMA QUENTE, AS RUINAS

ASTECAS.... SÃO IMAGENS QUE CONHECEMOS AMPLAMENTE, NÃO NOS SÃO ESTRANHAS OU INCOMUNS. É

CERTO QUE NÃO OBSERVAMOS SUA COMPOSIÇÃO OU AS SUAS PARTES ESPECÍFICAS COMO O FAZ O AUTOR A

PONTO DE RECOMBINA-LAS MAS ESTÃO NUMA MEMÓRIA CULTURAL GERAL. ASSIM, A COMUNICAÇÃO DE SUA

MENSAGEM ESTÉTICA (E FUNCIONAL) POQUE O REPERTÓRIO E O CÓDIGO SÃO COMUNS AO TRANSMISSOR E AO

RECEPTOR.

APESAR DA FUNÇÃO PRINCIPAL DE SUA OBRA SER COMPREENDIA COMO METALINGUÏSTICA, DEMONSTRANDO

COMO O ARTISTA UTILIZA-SE DO CÓDIGO, A FUNÇÃO POÉTICA É SEM DÚVIDA A QUE MAIS NOS ATRAI. NÃO SE

PODE FICAR INSENSÍVEL DIANTE DA INTENSIDADE E ENERGIA DA FORMA E DA COR - A INTENÇÃO DO ARTISTA E

DE SUAS ESCOLHAS SÃO DEMONSTRADAS NA COMPOSIÇÃO, SEMPRE COM APELOS VISUAIS ESCANCARADOS AO

OBSERVADOR. SEGUNDO OS PRÓPRIOS DEPOIMENTOS DO ARQUITETO A FUNÇÃO MAIOR DA ARQUITETURA É

MODIFICA O ESPAÇO E TAMBÉM SEU USUÁRIO.

ATRAVÉS DAS DIVERSAS OBRAS PODE-SE OBSERVAR A CONSTANCIA DE CERTOS ELEMENTOS QUE AS INTEGRAM

COMO PRODUÇÃO DE UM MESMO AUTOR CONTUDO, MANTEM A PROPRIA IDENTIDADE. AO ANALISAR O

PROCESSO DA COMPOSIÇÃO DOS DESENHOS ARQUITÔNICOS SE OBTEM ALGUNS DIRECIONAMENTOS DE COMO

ACONTECE A ELABORAÇÃO. MUITAS PARTEM DOS GRANDES PLANOS – OU MUROS, OU PISOS – O IMPORTANTE É

A DETERMINAÇÃO DA EXTENSÃO TOTALIZADORA, COMO QUE BUSCANDO DETERMINAR QUAL O CAMPO VISUAL.

AS ABERTURAS SÃO ENTÃO RELACIONADAS COM AS INTENÇÕES FUNCIONAIS INTERNAS DO PROJETO MAS

AINDA, POSICIONADAS CONFORME O DIRECIONAMENTO DO OLHAR EXTERNO E A INCIDÊNCIA DO SOL. AS

ABERTURAS COMO OLHOS DA ALMA DO PRÓPRIO AUTOR, EM QUE ESTABELECE O QUE SE DEVE VER DENTRO E

FORA. OS DIMENSIONAMENTOS SÃO PRECISOS, RELACIONADOS COM A PROPORÇÃO QUE A EXPERIÊNCIA E O

REPERTÓRIO PERMITE ACERTAR.

OUTROS ELEMENTOS TAMBÉM IMPORTANTES NA COMPOSIÇÃO QUE SERVEM DE LIGAÇÃO OU MELHOR SERIA

DENOMINA-LOS COMO DE TRANSIÇÃO: SÃO OS PILARES MUITO ROBUSTOS E SEM UMA NECESSIDADE

ESTRUTURAL EFETIVA, OU AS PERGOLAS EM ÁREAS AONDE NÃO SE PROPÕEM UMA VEGETAÇÃO. SÃO

ELEMENTOS QUE PROPORCIONAM O MEIO TOM, A PENUMBRA, A APROXIMAÇÃO ENTRE DOIS PLANOS DE

CLARIDADES DISTINTAS. POR ISTO MESMO QUE SE PODE ENFATIZAR QUE OS ELEMENTOS SÃO RETRABALHADOS,

SÃO RELEITURAS, COM NOVAS SIGNIFICAÇÕES E APROPRIAÇÕES.

A MANEIRA COMO CONSTRÓI A COMPOSIÇÃO, INTERLIGANDO AS DIFERENTES FORMAS – SEMPRE AMPLAS MAS

MUITO ENXUTAS EM SUA VARIEDADE - É UM ASPECTO FORTE NO RESULTADO ESTÉTICO E SE EVIDENCIA ISTO

PELA “NÃO FUNÇÃO” DE CERTOS ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS, COMO UMA EMPENA MUITO ALTA, UMA VIGA

CURVA, UM PATIO COM UM PISO DE ESPELHO D’ÁGUA, OU UM AVARANDANDO SEM COBERTURA. SÃO ESTES

ELEMENTOS UTILIZADOS DE FORMA INUSITADA QUE PROPORCIONAM O ESTRANHAMENTO NECESSÁRIO PARA

QUE O OBSERVADOR SE INTERESSE PELA OBRA. LEGORRETA TEM CONHECIMENTO DISTO.

O PROCESSO CRIATIVO PARA A COMPOSIÇÃO DESTAS COMPOSIÇÕES PODE SER OBSERVADA QUANDO

DIFERENTES OBRAS, EM ORDEM CRONOLÓGICA, APRESENTAM VARIAÇÕES DA COMPOSIÇÃO QUE ATENDEM AOS

APELOS DAS VARIAÇÕES QUE O AUTOR PRODUZ. COMO SE PODE VER NAS SEQUENCIA DE COLUNAS DE OBRAS

QUE ESTÃO ORA NA CHEGADA DA OBRA, ORA NO SECO DOS PÁRIOS, ORA NOS REFLEXOS DOS ESPELHOS

D’ÁGUAS QUE TENDEM A ALONGA-LOS AINDA MAIS.

NÃO HÁ MÉTODO ÚNICO ATÉ PORQUE SEU REFERENCIAL NÃO É O MESMO, SEU PERCURSO NÃO É TAMBÉM O

MESMO. PODE-SE INDICA-LO COMO PARTE DO MÉTODO DO PENSAMENTO COMO PROCESSO ENFATICAMENTE

SIMBÓLICO E DE RECODIFICAÇÃO. NUNCA PARTE DO ACASO – SEUS CROQUIS DEMONSTRAM A

EXPERIMENTAÇÃO E A PESQUISA, A REUTILIZAÇÃO DOS ELEMENTOS ELEITOS EM NOVAS FORMAS DE

COMPOSIÇÃO, COM UM INTENÇÃO PURAMENTE ESTÉTICA QUE MODIFIQUE AS SENSAÇÕES DO OBSERVADOR.

POR ISTO MESMO, QUE SE OPERA EM DIFERENTES POSSIBILIDADES EM BUSCA DE UMA RESPOSTA POSITIVA DO

USUÁRIO – QUE ELE EXPERIMENTE AS SENSAÇÕES PROPOSTAS, QUE COMPREENDA OS ASPECTOS LÚDICOS DA

PROSPOSTA CONSTRUTIVA.

A ARQUITETURA, COMO ARTE CONSTRUIDA, PRENDE-SE BASTANTE AO MÉTODO DO PROJETO TAL QUAL

ACONTECE COM O DESIGN – LEGORRETA É UM ARQUITET PREOCUPADO COM AS DIMENSÕES HUMANAS E SEU

BEM ESTAR. DESTA FORMA, SUAS OBRAS SÃO VIÁVEIS DO PONTO DE VISTA FUNCIONAL E ESTRUTURAL, SÃO

CONSTRUÍVEIS. DENTRO DESTA ÓTICA, ALGUNS CRITÉRIOS PODEM SER VERIFICADOS COM FACILIDADE, HÁ:

LÓGICA – PROJETO, MODELO E PARADIGMA; SISTEMÁTICA QUE PASSA POR FASES ENUNCIADAS PROJETUAIS

(PROGRAMA DE NECESSIDADES E QUESTÕES DO USO DA LUZ NATURAL); TORNA VISÍVEL O INVENTIVO;

PROCESSO EXCLUENTE (OU ISTO, OU AQUILO); VALOR ESPECIAL AO ASPECTO DA CONSTRUÇÃO (VIABILIDADE).

COMO FASES DO DESENVOLVIMENTO SE PODE NOTAR: METODOLOGIA QUE SE UTILIZA MAIS DO EXERCÍCIO E

MENOS DA CRIAÇÃO; OS CÓDIGOS SE REORGANIZAM DE MANEIRA FORTE E HÁ REFORMULAÇÕES (COMO

ACONTECE COM O ACERTO DAS ABERTURAS DE BORDUADURAS DE ENTORNO PARA A CORREÇÃO DA

INSOLAÇÃO, OU AS DUPLAS EMPENAS COM A MESMA FUNÇÃO DE CONFORTO, OU AS EXTENSÕES DE ÁGUA QUE

REFLETEM COM CUIDADOS CERTAS FACHADAS. A POÉTICA É CONSTRUIDA, BURILADA, POLIDA, TRABALHADA –

NADA ACONTECE AO ACASO. HÁ ORDEM COMO INFORMAÇÃO ESTÉTICA QUE IMPLICA EM REFLEXIVIDADE E

ESPONTANEIDADE EM EQUILÍBRIO.

EM ESPECIAL, TOCANTE AO ASPECTO CROMÁTICO, AS CORES SEGUEM UMA INTENÇÃO SIMILAR À EXPRESSÃO

FORMAL – SÃO ESTUDAS DE FORMA A IMPRIMIR RIGOR E EXPRESSIVIDADE – EM UMA RELEITURA DE

COMPOSIÇÕES JÁ CONHECIDAS E RESGUARDADAS COMO MEMÓRIA. CONTUDO, O PROCESSO CRIATIVO É AINDA

CONSTRUIDO POR UM MÉTODO RACIONAL, EM QUE O O ARQUITETO INCIALMENTE COLETA DADOS SOBRE O

ENTORNO E AS ESPECIFICIDADES CULTURAIS DO LOCAL. DESTA MANEIRA, HÁ ALGO DE FAMILIAR NA PALETA

CROMÁTICA QUE O OBSERVADOR SE SENTE ACALENTADO, MAS QUE PELA COMPOSIÇÃO INCOMUM ESTUDADA

E TESTEMUNHADA PELO AUTOR, PARECE TÃO FACINANTE E INOVADOR.

FONTE BIBLIOGRÁFICA

FERRARA, LUCRÉCIA D’ALÉSSIO. LEITURA SEM PALAVRAS. SÃO PAULO, ÁTICA. 1986

PIGNATARI, DÉCIO. SEMIÓTICA DA ARTE E DA ARQUITETURA. SÃO PAULO, ATELIER. 2004

GAMA, RINALDO; AGUIAR, LAURA. RICARDO LEGORRETA, SONHOS CONSTRUIDOS. SÃO PAILO, BEI. 2007

PACO, ASENSIO; KLICZKOWSKI, HUGO. LEGORRETA + LEGORRETA. LONDON, H KLICZKOWSKI-ONLYBOOK. 2004

LEGORRETA, RICARDO; WAYNE, ATTOE; BRISKER, SYDNEY H. ARCHITECTRURA DE RICARDO LEGORRETA. MADRID, ASPPAN. 1991

APONTAMENTOS DE CLASSE NA DISCIPLINA . PROF MONICA TAVARES

IMAGENS – FONTES INDICADAS

arq. ricardo legorreta

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