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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO INFOLIBRAS – O USO DA WEB PARA O APRENDIZADO DA LÍNGUA DE SINAIS COM TERMOS DA INFORMÁTICA Área de Informática na Educação por Charlles Giovany Faqueti Gilberto Grandi, Dr. Orientador Itajaí (SC), novembro de 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

INFOLIBRAS – O USO DA WEB PARA O APRENDIZADO DA LÍNGUA DE SINAIS COM TERMOS DA INFORMÁTICA

Área de Informática na Educação

por

Charlles Giovany Faqueti

Gilberto Grandi, Dr. Orientador

Itajaí (SC), novembro de 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

INFOLIBRAS – O USO DA WEB PARA O APRENDIZADO DA LÍNGUA DE SINAIS COM TERMOS DA INFORMÁTICA

Área de Informática na Educação

por

Charlles Giovany Faqueti Relatório apresentado à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da Computação para análise e aprovação. Orientador: Gilberto Grandi, Dr.

Itajaí (SC), novembro de 2004

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EQUIPE TÉCNICA

Acadêmico Charlles Giovany Faqueti

Professor Orientador Gilberto Grandi, Dr.

Coordenadores do Trabalho de Conclusão do Curso Anita Maria da Rocha Fernandes, Drª.

César Albenes Zeferino, Dr.

Coordenador do Curso Luiz Carlos Martins, Esp.

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS..................................................................v

LISTA DE FIGURAS .............................................................................vii LISTA DE TABELAS............................................................................viii DEDICATÓRIA ........................................................................................x

AGRADECIMENTOS.............................................................................xi RESUMO .................................................................................................xii ABSTRACT ............................................................................................xiii 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................1 1.1. OBJETIVOS ........................................................................................................ 6 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 6 1.1.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 6 1.2. METODOLOGIA................................................................................................ 7 1.2.1. Revisão Bibliográfica ........................................................................................ 7 1.2.2. Modelagem......................................................................................................... 7 1.2.3. Implementação e Validação ............................................................................. 8 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ....................................................................... 8

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................10 2.1. HISTÓRIA DO SURDO ................................................................................... 10 2.1.1. Educação Especial........................................................................................... 12 2.1.1.1. Breve Histórico sobre as Pessoas com Necessidades Especiais .................... 15 2.1.2. A Educação dos Surdos .................................................................................. 16 2.1.2.1. Filosofias Educacionais para Surdos.............................................................. 19 2.2. LIBRAS .............................................................................................................. 21 2.2.1. Introdução........................................................................................................ 21 2.2.2. LIBRAS no Processo de Educação para Surdos.......................................... 21 2.2.2.1. Estrutura Interna de Sinais ............................................................................. 25 2.2.2.1.1. Sistema Fonológico ..........................................................................................................25 2.2.2.1.2. Sistema Morfológico ........................................................................................................26 2.2.2.1.3. Sistema Sintático ..............................................................................................................27 2.2.2.1.4. Sistema Semântico ...........................................................................................................27 2.2.2.2. Estrutura Proposta no Processo da Língua de Sinais ..................................... 27 2.2.3. Conclusão......................................................................................................... 30

3. PROPOSTA.........................................................................................31 3.1. INFOLIBRAS .................................................................................................... 31 3.1.1. Introdução........................................................................................................ 31 3.1.2. Integração do Surdo na Escola ...................................................................... 31

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3.1.3. Dicionário Enciclopédia Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira .................................................................................................................... 32 3.1.4. Língua de Sinais e a Informática................................................................... 34 3.1.5. Interface de Software para Surdos................................................................ 36 3.1.6. InfoLIBRAS..................................................................................................... 37 3.1.6.1. Design do InfoLIBRAS.................................................................................. 37 3.1.6.2. Desenvolvimento do Protótipo do InfoLIBRAS............................................ 39 3.1.7. Conclusão......................................................................................................... 40 3.2. TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS.................................. 41 3.2.1. Apache HTTPD............................................................................................... 41 3.2.2. Hiper Text Markup Language – HTML ...................................................... 42 3.2.3. Personal Home Page Tools – PHP................................................................. 43 3.2.4. Bancos de Dados.............................................................................................. 45 3.2.4.1. Banco de Dados Relacional............................................................................ 46 3.2.5. MySQL............................................................................................................. 46 3.2.6. Ferramenta CASE .......................................................................................... 49 3.2.7. Enterprise Architecture.................................................................................. 49 3.2.8. Formatos de Arquivo Imagem e Vídeo ......................................................... 50 3.2.8.1. GIF (Graphics Interchange Format) ............................................................... 50 3.2.8.2. JPEG ou JPG (Joint Photographic Experts Group)........................................ 51 3.2.8.3. AVI e MPEG .................................................................................................. 52 3.3. LINGUAGEM UNIFICADA DE MODELAGEM – UML........................... 53 3.3.1. Objetivos da UML........................................................................................... 54 3.3.2. Motivos para Utilizar a UML ........................................................................ 55 3.3.3. Diagramas da UML ........................................................................................ 55 3.3.4. Diagrama de Casos de Uso ............................................................................. 55 3.3.5. Diagrama de Classes ....................................................................................... 56 3.3.6. Diagrama de Seqüência .................................................................................. 57

4. DESENVOLVIMENTO .....................................................................59 4.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 59 4.2. ESPECIFICAÇÃO DE MODELAGEM......................................................... 60 4.2.1. Diagrama de Caso de Uso............................................................................... 60 4.2.2. Diagrama de Classes ....................................................................................... 64 4.2.3. Diagramas de Seqüência................................................................................. 65 4.2.4. Dicionário de Dados........................................................................................ 67 4.3. SITE .................................................................................................................... 68 4.3.1. SITE DO ADMINISTRADOR ...................................................................... 68 4.3.2. SITE DO USUÁRIO ....................................................................................... 75 4.4. VALIDAÇÃO..................................................................................................... 77

5. CONSIDERAÇÕES............................................................................78

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................80

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APÊNDICES............................................................................................85

APÊNDICE 01 – PALAVRAS QUE COMPORÃO O SISTEMA INFOLIBRAS ..........................................................................................86

ANEXOS ..................................................................................................88

ANEXO 01 – AVALIAÇÃO DO INFOLIBRAS ..................................89

ANEXO 02 – CENSO DEMOGRÁFICO 2000 - IBGE .......................91

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LISTA DE ABREVIATURAS

API Application Programming Interface ASL American Sign Language – Língua de Sinais Americana ASBAC Associação de Surdos de Balneário Camboriú ASP Active Server Pages AVI Audio Visual Interchange Data CASE Computer Aided Software Engineering COM Component Object Model CGI Common Gateway Interface CTTMar Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar DVD Digital Versatile Disk FENEIS Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos GIF Graphics Interchange Format GPL General Public License HDTV High Definition Television HTML Hiper Text Markup Language HTTP Hiper Text Transfer Protocol IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBM International Business Machines IEC International Electronichnical Commission IMAP Internet Message Access Protocol INES Instituto Nacional de Educação de Surdos ISO International Organization for Standardization JPEG Joint Photographics Experts Group LDAF Lightweight Directory Access Protocol LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil LIBRAS Língua Brasileira de Sinais LSB Língua de Sinais Brasileira LZW Lempel-Ziv Welch MPEG Moving Picture Expert Group NAPNE Núcleo de Apoio Psicopedagógico a Pessoas com Necessidades Especiais NASA National Aeronautics and Space Administration NCSA National Center for Supercomputing Applications NNTP Network News Transfer Protocol ODBC Open Database Connectivity OMG Object Management Group OO Object-Oriented OOA e D Object-Oriented Analic and Design OOSE Object-Oriented Software Engineering PADEF Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários PDF Portable Document Format PHP Personal Home Page Tools PHP/FI Personal Home Page Tools/Forms Interpreter PL/I Programming Language I POP3 Post Office Protocol PROEN Pró-Reitoria de Ensino da UNIVALI RFC Request For Commects

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RIFF Resource Interchange File Format RTF Rich Text Format SNMP Simple Network Management Protocol SQL Structured Query Language TCC Trabalho de Conclusão de Curso TCP/IP Transmission Control Protocol/Internet Protocol TIFF Tagged Image File Format TILS Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais UDESC Universidade Estado de Santa Catarina UML Unified Modeling Language UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí URL Uniform Resource Locator VB Visual Basic WAV Waveform Audio File Format WDDX Web Distributed Data Exchange XML Extensible Markup Language

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Alfabeto Manual LIBRAS..................................................................................................24 Figura 2. Sinal Certo com seus parâmetros........................................................................................26 Figura 3. Sinal do Computador ..........................................................................................................34 Figura 4. Represntação da UML para Caso de Uso ...........................................................................56 Figura 5. Representação da UML para Classes..................................................................................56 Figura 6. Representação da UML para Seqüência .............................................................................58 Figura 7. Diagrama de Caso de Uso com Usuário .............................................................................61 Figura 8. Diagrama de Caso de Uso com Administrador ..................................................................61 Figura 9. Diagrama de Classes em Modelagem.................................................................................64 Figura 10. Diagrama de Seqüência – Acesso Internet e Consulta Palavra ........................................65 Figura 11. Diagrama de Seqüência – Cadastra Texto ........................................................................65 Figura 12. Diagrama de Seqüência – Cadastra Figura .......................................................................66 Figura 13. Diagrama de Seqüência – Cadastra Vídeo........................................................................66 Figura 14. Diagrama de Seqüência – Alocação Índice ......................................................................67 Figura 15. Tela Inicial do Administrador...........................................................................................68 Figura 16. Menu Principal do Administrador ....................................................................................69 Figura 17. Tela no Cadastro de Textos do Administrador .................................................................70 Figura 18. Tela no Cadastro de Textos na Alteração .........................................................................71 Figura 19. Tela no Cadastro de Textos na Exclusão ..........................................................................71 Figura 20. Tela no Cadastro de Figuras do Administrador ................................................................72 Figura 21. Tela no Cadastro de Vídeos do Administrador.................................................................73 Figura 22. Tela no Cadastro de Alocação de Índices do Administrador............................................74 Figura 23. Tela no Usuário acessa na Internet. ..................................................................................75 Figura 24. Tela no Usuário acessa na Internet (mostrada). ................................................................76 Figura 25. Tabulação Avançada no Censo 2000................................................................................91

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viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Exemplos de Multiplicidades .............................................................................................57 Tabela 2. Casos de Uso do Sistema....................................................................................................61 Tabela 3. Texto...................................................................................................................................67 Tabela 4. Figura..................................................................................................................................67 Tabela 5. Video ..................................................................................................................................67 Tabela 6. Índice ..................................................................................................................................68 Tabela 7. Teste e Qualidade de Software...........................................................................................89

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ix

“A voz dos surdos são as mãos e os corpos que pensam,

sonham e expressam. As línguas de sinais envolvem movimentos que

podem parecer sem sentido para muitos, mas que significam a

possibilidade de organizar as idéias, estruturar o pensamento e

manifestar o significado da vida para os surdos. Pensar sobre a surdez

requer penetrar no mundo dos surdos e ouvir as mãos que, com alguns

movimentos, nos dizem o que fazer para tornar possível o contato

entre os mundos envolvidos, requer conhecer a língua de sinais.”

Ronice Müller de Quadros

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x

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a toda minha família que sempre me

incentivou e apoiou, em especial aos meus amigos surdos,

minha grande motivação nos momentos difíceis. Aos meus pais,

minhas irmãs e minha noiva que são verdadeiros exemplos de

honestidade, humildade e seguem ao meu lado em nossa

caminhada nesta vida. A presença carinhosa e amiga de vocês

junto de mim é que me proporcionou a confiança, o equilíbrio e

a paz necessária para que eu conseguisse tudo o que já

conquistei até hoje. Agradeço a Deus por ter vocês como

família. Vocês são únicos! Amo vocês!

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xi

AGRADECIMENTOS

A minha noiva Vanessa, que está sempre ao meu lado.

Aos meus pais Calixto e Açoely que sempre me ajudam nos meus projetos.

Ao meu orientador Profº. Gilberto Grandi, que me auxiliou durante o desenvolvimento do

trabalho.

Ao NAPNE que sempre me ajudou no apoio e desenvolvimento dos meus projetos.

A ASBAC (Associação de Surdos de Balneário Camboriú) que sempre me ajudou no

desenvolvimento e na criação dos sinais.

A todos os amigos que nunca me deixaram esmorecer e entenderam minha ausência.

A Deus, que abençoa minha vida, em todos os momentos.

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RESUMO

FAQUETI, Charlles Giovany. InfoLIBRAS – O Uso da Web para o aprendizado das Línguas de Sinais com Termos da Informática. Itajaí, 2004. 106f. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Ciência da Computação – Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2004. O sistema descrito neste trabalho utiliza recursos especiais para o ensino e comunicação das pessoas surdas, de forma que professores, pais das pessoas surdas e qualquer pessoa interessada possam fazer uso do sistema proposto, auxiliando a educação de pessoas surdas. A Língua de Sinais é muito importante para a educação do surdo, pois é sua principal forma de comunicação. Através dos sinais o surdo pode compreender com mais facilidade o mundo em que vive. O objetivo deste trabalho é apresentar as etapas para o desenvolvimento do InfoLIBRAS, um ambiente para auxiliar o ensino da LIBRAS através da Internet. Para tanto, o sistema consta de uma aplicação web interativa que consulta a palavra e mostra o vídeo, a figura e o texto da mesma. O presente trabalho consiste na especificação e implementação de um ambiente web para aprendizado da língua de sinais com termos da informática, que são utilizados no curso de Ciência da Computação. O aplicativo foi desenvolvido em PHP que acessa um banco de dados MySQL. Através dele, pessoas surdas podem compreender o uso da língua de sinais. O sistema foi desenvolvido com base nos conhecimentos teóricos de LIBRAS com explicação da palavra e foi implementado na UNIVALI. O produto final ratifica a forte integração do MySQL com aplicativos PHP executado no servidor. Além desta tecnologia, a busca de informações dos conhecimentos InfoLIBRAS em um banco de dados MySQL, por fim, o suporte do servidor web da Apache na interpretação de todas essas tecnologias e padrões. Assim espera-se que ele possibilite e auxilie não só na comunicação, como também no ensino das pessoas. Palavras-chave: Web, LIBRAS, Informática.

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ABSTRACT

The described system in this work uses special resources for to assist education and communication of the deaf people, so that teachers, parents of the deaf people and any interested person can make use of the considered system, assisting the education of deaf people. The Language of Signals is very important for the education of the deaf therefore is its main form of communication. Through the signals the deaf can understand with more easiness the world where he lives. The objective of this work is to present the stages for the development of the InfoLIBRAS, an environment for to assist the learning of the LIBRAS through the Internet. For in such a way, the system will consist of an interactive application web, that it will consult the word and it will show the video, the figure and the text of the same one. The present work consists of the specification and implementation of a web environment for learning the signals language with terms of computer science, that are used in the course computer science. The application is developed in PHP that will have access to a MySQL data base. Through it, deaf people will be able to understand the use of the signals language. The system will be developed on the basis of the knowledge theoretical LIBRAS with explanation of the word and will be implemented in the UNIVALI. The end product ratify the strong integration of the MySQL with applicatory PHP executed in the server. Beyond this technology, the search of information of the InfoLIBRAS knowledge in a data base MySQL, finally, the support of the server web of the Apache in the interpretation of all these technologies and standards. Thus one expects that it not only makes possible and assists communication, as also the education of the person. Keywords: Web, LIBRAS, Computer Science.

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1. INTRODUÇÃO

O uso de computadores na educação trouxe muitas mudanças no conceito de ensino e de

aprendizagem. Segundo Valente (1998), a quantidade de programas educacionais e as diferentes

formas de uso de computador mostram que esta tecnologia pode ser útil no processo pedagógico,

pois o ensino pelo computador implica que o aluno, através da máquina, pode adquirir conceitos

sobre, praticamente, qualquer domínio.

O uso do computador na educação tem como objetivo promover a aprendizagem dos alunos

e ajudar na construção do processo de conceituação e no desenvolvimento de habilidades

importantes para que ele participe da sociedade do conhecimento e não simplesmente facilitar o seu

processo de aprendizagem. É preciso que sejam criados ambientes propícios aos alunos, que os

possibilitem a aprender através da compreensão do que estão desenvolvendo e da percepção do que

são capazes de produzir. Estes ambientes devem oferecer uma atmosfera estimulante, desafiadora e

criativa para que de fato auxiliem no processo de alfabetização.

Além de permitir a interatividade do usuário, um software educacional deveria estar sempre

atualizado, com informações precisas sobre um determinado assunto. Sendo assim, o uso de páginas

dinâmicas na web se torna uma opção bastante interessante. Uma página dinâmica, segundo

Pinheiro (2004), é toda a página que é gerada quando existe um pedido servidor. Ou seja, a página

que chega ao utilizador não está “escrita” no servidor. Existem sim os conteúdos, que serão depois

colocadas nos respectivos locais, na página, consoante os pedidos.

Quanto ao uso educacional, possível para os recursos computacionais Ramos (1991)

questiona:

Um software é educacional em si mesmo ou depende do uso que se faça dele? Ora, resumidamente poderíamos dizer que os computadores são parte de uma tecnologia que tem como fim o processamento, o gerenciamento e a disseminação da informação/conhecimento. Este é também o objetivo do processo educacional. Na verdade há software construído já visando o uso no processo educativo e que reflete portanto uma concepção educacional e existe software construído para outros fins, tais como: pacotes gráficos, estatísticos e de análise numérica, planilhas eletrônicas, gerenciadores de base de dados, processadores de textos, etc., que podem vir a ser utilizados com sucesso no processo educacional.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000),

estima-se que a porcentagem da população brasileira com algum nível de surdez chegue a 5.750.809

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casos, pessoas incapazes de ouvir chegue a 176.067 casos, pessoas com grande dificuldade

permanente de ouvir chegue a 860.889 casos e pessoas com alguma dificuldade permanente de

ouvir chegue a 4.173.854 casos. Entretanto, apenas 57.000 casos estão nas escolas na maioria das

vezes, abordados de maneira diferenciada por meio de educação especial, como se fossem

diferentes.

Cardoso (2003) escreve que há uma tendência da sociedade em normalizar, disciplinar ou

excluir aqueles que são denominados especiais. Tais fatos são expressos em atitudes como, por

exemplo, o desprestígio e a não aceitação da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Questiona-se o

por quê do rotulo especial? A resposta é bastante cômoda. Rotular os outros de especiais tendo

como ponto de referência as pessoas ditas normais.

Existe a necessidade de se contrapor às idéias da antiguidade e garantir a importância das

mediações do meio na integração o fato de que a surdez não deve ser vista como uma deficiência

propriamente dita, mas como diferença (CARDOSO, 2003).

A audição é questão de extrema importância para todo e qualquer cidadão e, sua ausência

pode causar dificuldades na aquisição e desenvolvimento da linguagem oral. Vygotsky (1996), em

seus estudos, acredita que o pensamento e a linguagem podem ser tratados como dois objetos

independentes e que depois vão mantendo uma interconexão, onde a linguagem se converte em

pensamento e o pensamento em linguagem. Na verdade, para ele, o que importa é o uso de signos

de quaisquer tipos, desde que possam exercer papel correspondente ao da comunicação.

Rabelo (1999) afirma que, ao se pensar em educação transformadora, relacionada à oferta de

uma educação inclusiva que atenda a todos, vale destacar a forma como o conhecimento se processa

no ser humano, independente de sua diversidade.

Para a teoria sócio-interacionista de Vygotsky (1989), o conhecimento se processa através

das trocas e das interações dialógicas entre as pessoas, em especial, entre professores e alunos. O

autor afirma que cada interação é única, sendo que, durante a construção do conhecimento, os

conteúdos podem se repetir, porém as interações serão diversificadas pelo caráter das relações

interpessoais estabelecidas. O sujeito se faz diferenciado do outro, mas formado na relação com o

outro; singular, mas constituído socialmente (SMOLKA, 1993).

Assim, pode-se perceber que o desenvolvimento intelectual do surdo não depende do

desenvolvimento lingüístico, pois este alcança o mesmo nível de enriquecimento que o ouvinte e as

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dificuldades durante a aprendizagem podem ser devido às deficiências no conjunto de experiências

vividas pelo surdo (MARCATO, ROCHA e LIMA, 2000).

Nesse sentido é interessante que um número cada vez maior de pessoas usem os sinais para

a comunicação com os surdos. A aprendizagem dos sinais é um fator essencial para os professores e

pais de surdos que estão diretamente relacionados com eles.

Este projeto apresenta a criação de um sistema InfoLIBRAS (Informática em Língua

Brasileira de Sinais) o qual deve complementar o Dicionário da Língua Brasileira de Sinais

(LIBRAS) pois este não contempla totalmente as palavras relacionadas com a informática. O

sistema será útil para novos alunos surdos de curso de informática.

Para tanto, os sinais que designam as palavras precisam ser criados através dos movimentos

corporais. Os sinais foram criados pelo autor deste projeto e validados pelos colegas surdos do

NAPNE (Núcleo de Apoio Psicopedagógico a Pessoas com Necessidades Especiais) e Associações

de Surdos da Região.

O NAPNE foi criado através da implementação de um núcleo de apoio aos alunos

universitários com necessidades especiais. Surgiu de ações da UNIVALI para viabilizar o

aprendizado desses alunos na universidade, assim como o acesso a esta. Por anos a UNIVALI atuou

como facilitadora para esses alunos que, no início, teve representação no Fórum Nacional de

Educação Especial das Instituições de Ensino Superior.

Em 1998 a professora Lísia R. F. Michels, do curso de Psicologia da UNIVALI, realizou

uma pesquisa intitulada “Integração dos alunos portadores de necessidades educativas especiais na

UNIVALI - Campus I”, onde foi visto o número de alunos com necessidades especiais e suas

necessidades educacionais, fazendo crescer ainda mais a necessidade de oferecer um apoio a esses

alunos.

Junto a Pró-Reitoria de Ensino foi reconhecido que estes alunos precisavam de apoio e, em

2000, foi inicialmente criado o Núcleo de Apoio a Pessoa Portadora de Necessidades Especiais –

NAPNE. O núcleo não fazia parte da estrutura organizacional da UNIVALI, oferecia apoio

pedagógico aos alunos e professores, tanto da graduação, quanto do Ensino Fundamental e Médio

(Colégios de Aplicação da UNIVALI).

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O trabalho consistia em assessorar os alunos com necessidades especiais; adaptar materiais;

oferecer, com equipamentos adequados, cursos adaptados de Informática para deficientes visuais,

utilizando impressoras Braille, ampliações de textos; computadores; biblioteca; entre outros.

Até junho de 2002, o NAPNE atendia 48 alunos tendo à disposição profissionais, como

Técnica em Assuntos Educacionais, Fonoaudióloga e 22 estagiários, entre os quais, cinco com

necessidades especiais.

Atualmente, o Núcleo atende 72 usuários que apresentam necessidades especiais

(Deficiência Visual, Baixa Visão; Deficiência Auditiva; Deficiência Física; Dificuldade de

Aprendizagem; Síndrome de Down e Deficiências Múltiplas) matriculados em todos os níveis de

ensino da UNIVALI: Educação Básica, Graduação e Pós-Graduação. A equipe é composta por oito

profissionais: uma Fonoaudióloga, duas Pedagogas, três Psicólogas, uma Especialista em Braille,

uma Intérprete em LIBRAS e por vinte e três estagiários, dentre os quais, três com necessidades

especiais. Também existem no núcleo equipamentos apropriados como: impressora Braille,

máquinas manuais Braille, fotocopiadora para ampliação de textos, computadores com sistemas de

síntese de voz (Virtual Vision), biblioteca, entre outros.

Hoje o Núcleo de Apoio Psicopedagógico às Pessoas com Necessidades Especiais -

NAPNE, é um sub-programa do Programa de Atenção aos Discentes, Egressos e Funcionários –

PADEF – que está vinculado ao Departamento de Ensino e Avaliação da Pró-Reitoria de Ensino –

PROEN. O Núcleo tem como objetivo mediar as relações que envolvem o processo de ensino e

aprendizagem, oferecendo condições físico-ambientais e psicossociais para a inclusão das pessoas

com necessidades especiais na Universidade.

Foi através do apoio do NAPNE e acompanhamento especializado que assessoravam

diretamente em sala de aula (como o intérprete – TILS) em congressos, seminários, fóruns,

encontros, em fim, nas dependências da universidade que foi possível chegar a proposta e conclusão

desta monografia.

Quanto ao sistema web, foi para integrar banco de dados com vídeos, figuras, textos, por

isso, esse sistema pretende auxiliar qualquer pessoa surda e ouvintes a comunicarem-se melhor

sobre as palavras relacionadas com a informática.

A execução deste projeto de pesquisa, também se justifica como Trabalho de Conclusão

para o Curso de Ciência da Computação, uma vez que trata do desenvolvimento de um sistema web

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como uma solução computacional que faz uso de muitas práticas aplicativos e conceitos teóricos

relevantes nesta área.

As propostas educacionais desenvolvidas ao longo do último século não se mostraram

eficientes e encontra-se um grande número de sujeitos surdos que após anos de escolarização

apresentam uma série de limitações, não sendo capazes de ler e escrever satisfatoriamente e não

tendo um domínio adequado dos conteúdos acadêmicos.

Então, para que haja mais pessoas preparadas no trato com os surdos e sua cultura, deve-se

muni-las de instrumentos e mecanismos adequados ao seu ensino e processo interacional. Nesse

sentido, é que contribuições utilizando os conhecimentos tecnológicos, para materializar as

experiências acumuladas de profissionais e dos próprios surdos ao longo dos anos, são

fundamentais para que minorias lingüísticas consigam sair do seu estado de isolamento social,

quebrando assim, o estereótipo.

Assim, a partir da breve justificativa a respeito do tema, procura-se, com este estudo, utilizar

as ferramentas do desenvolvimento de web para auxiliar no ensino das pessoas surdas para que

facilitando assim o processo de ensino dos mesmos.

Cada vez mais pesquisadores e professores têm procurado refletir sobre as práticas

desenvolvidas nos diversos espaços educacionais, buscando ver, por meio da pluralidade de

interesses dos vários sujeitos e de suas diferentes formas de interagir, modos de construção de

conhecimentos, para melhor compreender a riqueza do funcionamento humano e as dinâmicas que

ocorrem nesse contexto.

Nesse sentido, focalizar o olhar sobre a prática educacional da web que envolve os sujeitos

surdos pode revelar-se muito interessante, já que abre uma perspectiva de discussão perante certas

peculiaridades do funcionamento dos sujeitos e de dinâmicas em sala de aula que podem trazer

contribuições importantes para a reflexão dos múltiplos papéis da instituição escolar.

A língua de sinais é muito importante para a educação do surdo, pois é sua principal forma

de comunicação. Através dos sinais o surdo pode compreender com mais facilidade o mundo em

que vive. As novas palavras disponibilizadas por este sistema vão ajudar os novos alunos da

computação a comunicarem-se melhor.

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É dentro deste contexto que é apresentado o ambiente InfoLIBRAS como um recurso para

que professores, pais de pessoas surdas e pessoas interessadas possam fazer uso, auxiliando assim

sua educação. Também é necessário considerar a importância da língua de sinais para a educação e

para o desenvolvimento da pessoa surda por ser sua primeira língua. É através de sinais que o surdo

pode se comunicar, compreendendo com mais facilidade o mundo e participando da comunidade

em que vive. InfoLIBRAS é o sistema que descreve a Língua de sinais, Info significa Informática e

LIBRAS significa Língua Brasileira de Sinais.

Através deste sistema pode-se auxiliar pessoas surdas a desenvolver sua comunicação como

também aprenderem através da Internet. O sistema se caracteriza pelo conjunto de palavras

utilizadas na informática e que não existem no dicionário da LIBRAS. Para implementar o sistema

fez-se uso de um banco de dados para armazenar as palavras e o desenho correspondente. A

interface foi desenvolvida em ambiente web.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral

Desenvolver um sistema de ensino para LIBRAS com as palavras utilizadas na informática e

que não constam do dicionário de LIBRAS, auxiliando os surdos a se comunicarem quando o

assunto é a informática.

1.1.2. Objetivos Específicos • Pesquisar os conceitos teóricos necessários para Educação Especial, Educação de

Surdos, LIBRAS e Informática;

• Estudar e aprender as ferramentas computacionais necessárias à implementação do

sistema;

• Relacionar as palavras da informática e confrontá-las com o dicionário de LIBRAS,

verificando se a palavra já existe. Se a palavra não existe, criar o sinal e desenho para a

palavra;

• Modelar o sistema com conceitos de UML (Unified Modeling Language, Linguagem

Unificada de Modelagem), para melhorar entendimento do sistema;

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• Modelar o banco de dados;

• Digitalizar as ilustrações de textos, vídeos e figuras;

• Implementar o sistema na web;

• Testar e validar o sistema junto ao NAPNE da UNIVALI; e

• Documentar o desenvolvimento e os resultados obtidos.

1.2. METODOLOGIA

1.2.1. Revisão Bibliográfica

Este levantamento bibliográfico baseou-se na metodologia do trabalho o qual utilizou

pesquisa e estudo de referência bibliográfica, fazendo uso de entrevistas com professores e

educadores para discussão de quais os exercícios foram mais apropriados e aplicados.

Pesquisou-se os conceitos teóricos necessários sobre História do Surdo, Educação Especial,

Educação dos Surdos, LIBRAS e InfoLIBRAS, a pesquisa baseou-se principalmente em livros

especializados e tratou principalmente do referencial teórico associado.

Relacionou-se as palavras de informática e estas foram confrontadas com o dicionário de

LIBRAS, verificando se a palavra já existia. Se palavra não existia, criou-se o sinal e desenho para

mesma.

Estudou-se as ferramentas computacionais necessárias à implementação do sistema. Neste

estudo, as ferramentas foram na seguinte ordem: compilador PHP com MySQL, para ativar o

serviço do web (HTTPD), que correspondem, respectivamente, à programação em médio ou alto

nível, banco de dados relacional e simulação do sistema web. O estudo enfocou a utilização das

ferramentas e seus recursos. Os manuais, tutoriais, apostilas estão disponíveis na internet e uma

aplicação simples para testes será gerada.

1.2.2. Modelagem

Modelou-se o sistema com conceito de UML, a análise desenvolvida seguiu a metodologia,

e utilizou a notação UML para modelar o sistema. A análise compreendeu os requisitos,

especificação, arquitetura e componentes de hardware e software. Os diagramas normalmente

usados nesse tipo de análise foram o de casos de uso, classes, herança, relacionamentos e seqüência.

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Os casos de uso foram extraídos dos requisitos levantados. Certamente a análise não foi totalmente

adequada em sua primeira versão. Assim, utilizou-se o prototipação de refinamentos sucessivos

para gerar uma análise consistente e adequada. Estima-se que quatros ciclos (versões) envolvendo

Análise-Projeto-Implementação-Teste foram necessários.

Modelou-se o banco de dados, consistiu em efetuar a modelagem das informações

necessárias para a implementação do sistema MySQL. A ferramenta CASE gerou automaticamente

e importou-se no ambiente do Sistema MySQL.

1.2.3. Implementação e Validação

A implementação do sistema na web para InfoLIBRAS, foi realizada utilizando a ferramenta

PHP com a ferramenta de banco de dados MySQL.

Digitalizou-se as ilustrações de textos, vídeos e figuras no banco de dados para integrar no

sistema web para guardar as informações no banco de dados.

Testou-se e validou-se o sistema junto ao NAPNE da UNIVALI, treinou-se os usuários para

fazerem uso do sistema InfoLIBRAS, verificando cada palavra, implementada, e avaliou-se o

desenho e as expressões corporais/facial, se estas estão de acordo, usando no microcomputador com

acesso à Internet.

Documentou-se todas as etapas desenvolvidas, descrevou-se a documentação referente ao

sistema implementado.

Redigiu-se o texto do TCCII, foi documentado o desenvolvimento do projeto, os testes

realizados, as conclusões tiradas com todo o estudo, por fim explicitou-se o projeto de forma que

outros pesquisadores possam basear-se neste para desenvolver outros projetos.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

No Capítulo 1 faz-se uma introdução deste projeto descrevendo os objetivos e a

metodologia.

No Capítulo 2 busca-se uma fundamentação a respeito do surdo, educação especial e

LIBRAS.

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No Capítulo 3 apresenta-se a proposta sobre InfoLIBRAS, Tecnologia e Ferramentas

utilizadas, bem como a modelagem do sistema.

No Capítulo 4 apresenta-se o desenvolvimento do sistema.

No Capítulo 5 apresenta-se uma consideração final do trabalho.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. HISTÓRIA DO SURDO

Milhares de anos após o surgimento da espécie humana, o homem já se organizava em

grandes e complexas sociedades. Foi então que ele começou a dar seus primeiros passos na moral e

na ética. O homem começou a filosofar, a pensar na sua existência. O mistério do universo, do

insondável de sua alma e do além morte começava a incomodar as primeiras grandes mentes

humanas (CRUZ, 2002).

Desde o início da humanidade, todas as pessoas que não eram iguais à maioria eram

discriminadas. Com os surdos, não foi diferente. Eles foram vítimas de preconceitos, e quase

sempre foram muito marginalizados, rejeitados e perseguidos.

Ao longo da história, e das diversas culturas, os surdos foram considerados desde pessoas

imprestáveis e amaldiçoados, até pobres coitados que deveriam ser sempre tutelados, e que não

poderiam jamais ter vida própria (por não serem considerados capazes de gerí-la).

A forma com que se lidava com eles neste período, variou desde a selvageria do extermínio

legalizado (através de infanticídio), até um cuidado mais sério, mas que, no entanto, nunca

conseguiu ser bom o suficiente para estimulá-los e inserí-los na sociedade.

Cada diferença tem suas características próprias e provoca conseqüências particulares. Uma

pessoa cega fica isolada do mundo, das coisas, ou seja, do mundo dos objetos e das formas. Assim,

para um cego, não faz sentido falar-se em claro ou escuro, imagem bonita ou feia, mar azul ou

verde. Já no caso do surdo, as imagens são o seu mundo. O surdo não fica isolado do mundo das

coisas, do mundo visual. O surdo fica isolado do mundo dos homens, do mundo da conversa, do

mundo do díalogo verbal. O surdo consegue fazer uma leitura do mundo, mas o surdo não consegue

ouvir o homem e o homem (normatizante) não consegue ouvir o surdo.

Segundo Rinaldi (1997), está comprovado cientificamente que o ser humano possui dois

sistemas para produção e reconhecimento da linguagem: o sistema sensorial que faz uso da

anatomia visual/auditiva e vocal (línguas orais) e o sistema motor que faz uso da anatomia visual e

da anatomia da mão e do braço (língua de sinais).

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Essa última é considerada a língua natural dos surdos, emitida através de gestos e com

estrutura sintática própria. Na aquisição da linguagem, as pessoas surdas utilizam o segundo sistema

porque apresentam o primeiro sistema seriamente prejudicado. Várias pesquisas já comprovaram

que crianças surdas procuram criar e desenvolver alguma forma de linguagem, mesmo não sendo

expostas e nenhuma língua de sinais. Essas crianças desenvolvem espontaneamente um sistema de

gesticulação manual que tem semelhança com outros sistemas desenvolvidos por outros surdos que

nunca tiveram contato entre si e com as línguas de sinais já conhecidas.

Segundo Sacks (1998, p.30), “a surdez em si não é o infortúnio; o infortúnio sobrevem o

colapso da comunicação e da linguagem”.

Conhecer a história bem como as filosofias educacionais utilizadas até hoje com os surdos, é

o primeiro passo para iniciar-se este trabalho. De nada adianta tratar ao longo deste trabalho de

propostas para o futuro da comunicação voltada aos surdos, sem antes conhecer-se, analisar-se e até

mesmo criticar-se o que foi feito ao longo dos tempos e as conseqüências que isso trouxe a vida

destes. Os registros históricos não são muitos, e montar uma trajetória é sem dúvida tarefa das mais

árduas.

Mas apesar das dificuldades, não é difícil perceber a idéia que a sociedade ouvinte faz sobre

os surdos, no decorrer da história, geralmente apresenta apenas aspectos negativos. Desde a

antiguidade eles foram rotulados das mais variadas maneiras: com piedade e compaixão, como

pessoas castigadas pelos deuses, como doentes e até mesmo como pessoas enfeitiçadas, passíveis de

serem abandonadas à própria sorte ou então sacrificados. Até a Bíblia Sagrada traz uma posição

negativa com relação à surdez:

A condição sub-humana dos surdos-mudos era parte do código mosaico e foi reforçada pela exaltação bíblica da voz e do ouvido como a única e verdadeira maneira pela qual o homem e Deus podiam comunicar-se (SACKS, 1998, p.31).

Como vê-se ao longo deste breve relato histórico, o surdo foi tratado como um simples

primitivo que não podia ser educado até meados do século XV. Até então, estes viviam à margem

da sociedade, sem nenhum direito assegurado. No século XVI surgem na Europa os primeiros

educadores, e com eles, diferentes metodologias para educar os surdos. É nessa época que tem

início a discussão que dura até os dias atuais: o surdo deve ser educado à maneira que se ambiente,

mesmo criada por eles próprios, que apesar de ter sido sempre usada entre os surdos, sofreu vários

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ataques ao longo dos anos e chegou inúmeras vezes a ser proibida. Ou então se deve aproveitar os

pontos positivos de cada uma, como passou a se pensar principalmente nas últimas décadas?

Para responder estas questões é importante relatar as diferentes fases que atravessou a

educação dos surdos, como no período áureo nos séculos XVIII e primeira metade do século XIX, o

retrocesso no final do século XIX e por fim os últimos 40 anos que foram responsáveis por boa

parte das metodologias e filosofias usadas atualmente.

É importante falar sobre a metodologias e filosofias da educação dos surdos, pois para

educar a criança surda, precisa que ela aprenda a forma do conhecimento no ensino regular e a

comunicação para surdos.

Góes (1996) relata que a linguagem é a base das relações sociais. Como esta linguagem

depende de recursos da audição, a criança surda tem restrita ou impossibilitada sua relação na

sociedade. Por isso a incorporação da língua de sinais se torna necessária para que haja expansão

das relações interpessoais, constituindo o funcionamento nas esferas cognitiva e afetiva,

fundamentando a construção da subjetividade.

Para situar o leitor é importante citar sobre o atendimento prestado pela Educação Especial.

2.1.1. Educação Especial

A preocupação referente ao atendimento de pessoas com diferenças bastantes acentuadas,

tem sido demonstrada através de diversas ações. A Educação Especial é uma delas, pois é o

resultado das atitudes sociais frente à presença de coisas diferentes.

A Educação Especial é uma modalidade da educação escolar, entende-se por ser um

processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços

educacionais especiais.

Essa modalidade de educação é considerada como um conjunto de recursos e serviços

educacionais especiais organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e,

em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar

e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades

educacionais muito diferentes da maioria das crianças e jovens.

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil (LDB, Lei 9394/1996) define em seu

Capítulo V, a Educação Especial como sendo a modalidade escolar para educandos portadores de

necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Prevê serviços de apoio

especializado objetivando atender as peculiaridades destes alunos. Quanto aos sistemas de ensino, a

lei estabelece que eles deverão assegurar, principalmente, professores especializados ou

devidamente capacitados para trabalhar em sala de aula. Nos casos em que as classes existentes não

suprirem as necessidades dos alunos, estes terão o direito de freqüentarem classe ou serviço

especializado. Como veremos em seguida, a realidade não espelha exatamente estas palavras.

A Educação Especial surge no advento de uma sociedade essencialmente industrial

(BUENO, 1997) e trás como um de seus marcos o desenvolvimento das competências das pessoas

com necessidades especiais, e que tem na integração social deste individuo uma de suas metas

prioritárias. Ganha mais força principalmente a partir da década de 70, com o surgimento de

correntes filosóficas propondo a integração e normalização. Partia-se do princípio de que toda

pessoa que possuía alguma deficiência tinha o direito de conviver normalmente, na visão de quem

as defendia, na sua cultura, o que na verdade era a cultura oralista da qual fazia parte.

A formação por ciclo que é oferecida ao aluno com um tempo mais longo e flexível,

respeitando-se os ritmos diferenciados do desenvolvimento, e que tal situação de ensino-

aprendizagem é que se configuram como educação especial e não devem ser reduzidos a uma ou

outra modalidade administrativa pedagógica como classe especial ou escola especial.

Segundo Machado e Almeida (1970) Educação Especial é o ramo da Pedagogia que estuda e

reúne os métodos e processos adequados aos indivíduos que não podem se beneficiar apenas do

ensino comum, pois necessitam de orientação e recursos especiais para atingirem o rendimento

máximo de suas potencialidades.

No entanto, apesar de serem raros os casos em que as iniciativas da criança deficiente nas

escolas educacionais e na avaliação das experiências realizadas, a integração dos alunos com

deficiência no percurso normal da educação é hoje não um só objetivo pedagógico.

Segundo Cavenaro (1986 apud OLIVEIRA, 1998), uma criança deficiente não é respeitada

se for abandonada à sua deficiência, do mesmo modo que não é respeitado se negar a realidade da

sua deficiência. É respeitada se a sua identidade, a sua originalidade, da qual a deficiência também

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faz parte, for favorecida e quase provocada, isto é, se ela for levada a desenvolver-se. Esta é a

atitude realista ativa, em situação e em relação. Se for ao contrário tem-se o realismo inerte.

Um dos princípios seria promover a educação precoce. Isto porque quanto mais cedo for

iniciado o atendimento, melhor serão as probabilidades de recuperação. Estimular a atividade

própria do aluno, deixando-o agir sozinho, sempre que possível, permitindo que crie livremente,

proporciona ao aluno maior liberdade, fator importante para que se sinta mais útil e se auto-realize.

O ensino individualizado também é outro fator de extrema importância, pois é fundamental que a

organização do trabalho aconteça, dirigindo-se à todos os alunos ou a um pequeno grupo, sempre

levando em considere as necessidades de cada um (MACHADO e ALMEIDA, 1970).

Outro aspecto é o ensino preponderante utilitário, que constitui em ministrar noções

aplicáveis à vida prática, ajudando-o a encontrar uma profissão, empregando métodos ecléticos,

funcionais e concretos, evitando-se o ensino verbal. Todo ensino deve partir do concreto para o

abstrato, do simples para o complexo, do imediato para mediato, do próximo para o remoto.

Deve-se ter o cuidado quanto à complexidade e à dosagem das atividades, para que a criança

não desanime frente a situações acima de suas possibilidades, levando-a ao desinteresse pela

atividade executada. Utilizar a escolaridade como meio de ajustamento, não como finalidade de si

mesma.

O objetivo geral é proporcionar o desenvolvimento, através das assistências às pessoas

surdas e das que se interessam as pessoas ouvintes em comum, preparando-os para vida,

promovendo assim sua integração o quanto possível na sociedade.

Estimular hábitos e atitudes necessárias para um bom ajustamento social, como: adaptação

na escola, na universidade, organização, cuidado, economia da política; responsabilidade na

execução das tarefas e compromissos; asseio corporal; assiduidade; respeito à autoridade e à

propriedade, espírito mútuo e colaboração.

A seguir apresenta-se um pouco da história sobre as pessoas com necessidades especiais

durante a luta pela integração.

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2.1.1.1. Breve Histórico sobre as Pessoas com Necessidades Especiais

Há mais de quatro séculos (1550), teve início na Espanha a educação para surdos, com o

padre Beneditino Ponce de Leon. Já em Portugal, Jacob Rodrigues Pereira no século XVII, casado

com uma surda, criou um alfabeto manual, que veio a sofrer futuramente algumas correções

(MACHADO e ALMEIDA, 1970).

Valentim Haüy criou em 1784, a Sociedade dos Cegos, com o objetivo de analisar o que

poderia ser usado pelos deficientes visuais.

Alguns desenvolvimentos nesta fase foram significantes, e houve um que não pode deixar de

ser relatado: é a experiência do educando: “O selvagem de Averyon”, feita por Jean Itard

reconhecida como a primeira pessoa que usou métodos sistemizados para o ensino de uma criança

chamada Vitor que foi trabalhado durante 5 anos. Vitor era um menino selvagem que foi capturado

na Floresta de Averyon, no sul da França, por volta de 1800. E através de estimulações sensoriais e

sociais para com o menino selvagem, Jean Itard escreveu um livro, que posteriormente serviu para a

Psiquiatria Infantil.

Louis Braille, cego aos três anos, organizou o sistema gráfico para cegos, utilizado até hoje,

que sofreu algumas alterações, chamando de Sistema Braile (KIRK e GALLAGHER, 1996).

Na era cristã, tendia-se a negligenciar e a maltratar os deficientes. Já com a difusão do

cristianismo, começou-se a protegê-los e a compadecer-se deles. No período que se estende o século

XVII e XIX, foram criadas instituições, com o propósito de oferecer-lhes uma educação à parte.

Somente no final do século XX, observa-se um movimento de aceitação das pessoas deficientes,

com a intenção de integrá-las tanto quanto possível, na sociedade (KIRK e GALLAGHER, 1996).

A inclusão de pessoas com necessidades especiais na política educacional brasileira vem a

ocorrer somente no final dos anos cinqüenta e início da década de 70 do século XX.

Muitos poderiam ser citados na atualidade, não só no Brasil como em todo o mundo, isto

porque a questão do atendimento do deficiente vem despertando um interesse progressivo, que

aparece em todos os setores educacionais.

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2.1.2. A Educação dos Surdos

A primeira vez que se falou em educação para surdos foi apenas no século XVI. Como já foi

anteriormente, mencionado pelo italiano Girolamo Cardoso afirmando que os surdos deveriam ter

acesso à educação e a instrução. A partir daí, muito se discutiu ao longo dos anos sobre qual a

melhor forma de educar os surdos.

Embora se saiba da existência de surdos desde a descoberta do Brasil nenhum iniciativa

positiva havia sido tomada em relação a sua educação.

No ano 1855 chegou no país um professor surdo francês Hernest Huet trazido pelo

Imperador Dom Pedro II para iniciar um trabalho de educação com duas crianças surdas financiado

pelo governo. Hernest Huet nasceu em Paris, França, no ano de 1822. Aos doze anos ficou surdo

devido ao sarampo. Pertencia à nobreza, era Conde. Casou-se em 1851 com uma dama alemã

chamada Catalina Brodeke. Posteriormente, com o apoio de Dom Pedro II e baseado na Lei nº 939

de 26 de setembro de 1857 é fundado no Rio de Janeiro o Instituto Nacional de Surdos-Mudos, que

mais tarde passou a se chamar Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), e que adotou

como método a língua de sinais até 1911, quando seguiu a tendência mundial e optou para o

oralismo (INES, 2004a).

No que diz respeito à abordagem educacional a ser adotada, atualmente não existe, mesmo

em nível mundial, um consenso sobre a qual delas (oralismo, comunicação total e bilingüismo) seria

melhor (como aconteceu no Congresso de Milão em 1880). Isoladamente, no entanto, países como

Venezuela apresentam uma política governamental oficial, que dirige a filosofia educacional

adotada em todas as suas escolas. A despeito de qualquer benefício que este tipo de postura possa

trazer, cria-se uma camisa de forças, onde a educação perde toda a flexibilidade necessária para de

fato formar as pessoas. Mais uma vez, mas de forma (mal) disfarçada, estamos diante daquela velha

prática que acompanha a humanidade desde sempre: a normatização de todos (FENEIS, 2004).

Apesar desta posição oficial, autores como Reis (1992 apud GOLDFELD, 1997) defendem

que a língua de sinais sobreviveu nas salas de aulas do INES até 1957, e mesmo depois, nunca

deixou de ser usada pelos surdos, mesmo que de maneira um tanto quanto clandestina, nos

corredores do educandário. No fim da década de 70, chega no Brasil a filosofia da Comunicação

Total e no final da década de 80 é implementado, em alguns centros, o bilingüismo, principalmente

a partir das pesquisas da professora Lucinda Ferreira Brito sobre a língua de sinais criada e utilizada

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pelos surdos brasileiros. A própria Lucinda foi, em 1994, a pioneira na utilização da expressão

LIBRAS para designar a Língua Brasileira de Sinais.

A educação de surdos considera como principal objetivo a capacitação do aluno para

adquirir um código lingüístico e fornecer certa instrumentalização para o trabalho, mesmo

afirmando, como veremos no decorrer deste texto, que a surdez ou surdo-mudo não se constitui em

fator de impedimento para a aquisição do conhecimento escolar e que o currículo pode ser o mesmo

utilizado na educação comum, exigindo somente adaptações (SOARES, 1999).

Segundo autores como Nunes (1980 apud LORENZETTI, 2001), o princípio da integração

surgiu com o objetivo de oferecer às pessoas portadoras de deficiência, a formação educacional e a

“reabilitação” em ambientes regulares de ensino, propondo evitar com isso a segregação destas

pessoas em instituições especializadas. Acontece que a simples colocação do aluno neste espaço

adaptado ou mesmo na classe comum com apoio, não permitiu a desejada integração. Como se

percebe, é comum tratar a surdez como nos primórdios, ou seja, como uma doença. E Educação

Especial nesse contexto acaba deturpando seus valores, pois na visão destas pessoas, ela seria uma

espécie de tratamento de choque para que os surdos se encaixassem definitivamente na sociedade

dos ditos normais, os ouvintes.

E como tal, a oralização sempre foi o objetivo principal da educação da criança surda. Só

que desta maneira, outras disciplinas, como Historia, Geografia, Matemática, foram simplesmente

deixadas de lado, causando obviamente um decréscimo no processo de escolarização do surdo.

Como se não bastasse, durante muito tempo se pensou que a solução para o atraso no aprendizado

dos surdos seria a repetição dos anos escolares, seguindo o mesmo processo de alfabetização na

língua portuguesa dos alunos ouvintes. Na verdade, os resultados deste tipo de ensino sempre foram

indiscutivelmente, um retumbante fracasso (QUADROS, 1997).

Um outro fator preponderante refere-se as normas de comunicação utilizada pelos

professores para que haja uma relação lingüística com os alunos. A não valorização por parte dos

professores, muitas vezes por desconhecimento da língua de sinais, aliado a valorização negativa da

deficiência, a descrença na capacidade intelectual da criança e o desconhecimento de suas

potencialidades para o aprendizado, tem dificultado bastante o processo pedagógico e contribuindo

sensivelmente para este quadro de fracasso educacional. Particularmente sobre esta situação, cabe

aqui um escrito de Rodriguez (1988 apud MOURA, 1993, p. 23):

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Para que enseñamos? Enseñamos con ajuste al encargo social de la escuela y sobre la base de las características de mesbros educandos y su entorno, de maneira tal que procuremos el máximo desarrollo de su posibilidades y su formación y priparacion para la vida.

Outro ponto importante a ser analisado é o da inclusão escolar de alunos surdos. No Brasil,

este movimento ganhou força apenas na década de 90, mas na Europa e nos Estados Unidos sua

prática se discute desde meados dos anos 70. Consiste na discussão dos métodos mais adequados

para a inclusão não só de surdos, mas de qualquer portador de necessidades especiais, na sociedade,

sem que este processo passe por cima de suas especificidades, ou seja, agora tenta-se incluir o surdo

na sociedade ouvinte, mas com uma diferença: dessa vez pretende-se fazer isso sem obrigá-lo a

abandonar suas raízes e mergulhar em um mundo essencialmente oralista.

Entretanto, apesar do governo brasileiro – baseado em iniciativas internacionais como a

Declaração de Salamanca, da qual fala-se mais adiante - ter acenado nos últimos anos com a

possibilidade de inserir-se definitivamente no contexto dos países desenvolvidos em termos de

educação especial, ainda há muito a ser feito para chegar até este objetivo. Autores com Skliar

(1999) apontam dificuldades, por exemplo, na ruptura desta nova educação de surdos com a

educação especial, ou seja, aquela que ainda insiste em colocar o surdo num quadro de doente a ser

tratado, ou mesmo reeducado para conviver em sociedade.

Referenciais históricos mostram que as escolas brasileiras têm clara propensão a aderir a

filosofia da comunicação total. Com isso, criou-se certo consenso, por mais incrível que pareça, de

que os alunos consistem em uma classe homogênea, na qual todos devem se comunicar com língua

de sinais.

Não são poucas as escolas que proíbem (não se referindo ao século XVI, mas sim aos dias

atuais) a utilização da língua de sinais e tratam o aluno surdo como se ele fosse um ouvinte. Além

disso, se escoram em sua surdez para justificar o péssimo aproveitamento escolar deste aluno.

Também é sabido que no Brasil ainda não existem, em número suficiente, projetos públicos

e educacionais com a participação das comunidades surdas, voltadas para a formação de instrutores

surdos, nem tampouco a formação de professores ouvintes especializados, os chamados intérpretes.

Portanto, este trabalho satisfaz as condiç, salientando aquilo que é importante para auxiliar

as pessoas surdas que gostariam de aprender InfoLIBRAS e que vai interessar qualquer pessoa de

forma a aprender facilmente LIBRAS.

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Neste contexto, percebe-se a importância de desenvolver um trabalho que atenda as

necessidades das pessoas surdas, por isto o sistema InfoLIBRAS apresenta um conjunto de

facilidade para a comunicação do surdo na utilização dos termos da informática.

2.1.2.1. Filosofias Educacionais para Surdos

É importante conhecer sobre a forma de comunicação utilizada pela pessoa surda no

decorrer de sua história educacional.

Oralismo

Oralismo ou filosofia oralista visa à integração da criança surda na comunidade de ouvintes,

dando-lhe condição de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o português). A noção de

linguagem, para vários profissionais dessa filosofia, restringe-se à língua oral, e esta deve ser a

única forma de comunicação dos surdos (GOLDFELD, 1997).

Para que essa criança surda se comunique bem é que ela possa oralizar a fala para outra

pessoa.

Segundo Goldfeld (1997), o oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser

minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilitaria a aprendizagem da língua

portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e a desenvolver uma

personalidade como a de um ouvinte.

A criança surda deve, então, submeter-se a um processo de reabilitação que inicia com a

estimulação auditiva precoce, ou seja, que consiste em aproveitar os resíduos auditivos que quase a

totalidade dos surdos possuem, e possibilitá-las a discriminar os sons que ouvem. Pela audição e,

em algumas metodologias, também com base nas vibrações corporais e leitura oro-facial, a criança

deve chegar à compreensão da fala dos outros e por ultimo começar a oralizar (GOLDFELD, 1997).

Comunicação Total

A filosofia da comunicação total tem como principal preocupação os processos

comunicativos entre surdos e surdos e entre surdos e ouvintes. Esta filosofia também se preocupa

com a aprendizagem da língua oral pela criança surda, mas acredita que os aspectos cognitivos,

emocionais e sociais não devem ser deixados de lado em prol do aprendizado exclusivo da língua

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oral. Por isto, a filosofia defende a utilização de recursos espaço-viso-manuais como facilitadores

da comunicação (GOLDFELD, 1997).

Os profissionais que passam pela Comunicação Total, percebem o surdo de forma diferente

dos oralistas: ele não é visto apenas como um portador de patologia de ordem médica, que deveria

ser eliminada, mas sim como uma pessoa, e a surdez como uma marca que repercute nas relações

sociais e no desenvolvimento afetivo e cognitivo dessa pessoa (CICCONE, 1990).

Ciccone (1990), afirma que muitas crianças que foram expostas sistematicamente a

modalidade oral de uma língua, antes dos três anos de idade, conseguiram aprender esta língua de

forma satisfatória, porém, no desenvolvimento cognitivo, social e emocional não foram tão bem

sucedidas.

Bilingüismo

O bilingüismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser bilíngüe, ou seja, deve

adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e,

como segunda língua, a língua oficial de seus país (GOLDFELD, 1997).

Para bilingüistas, o surdo não precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo

aceitar e assumir sua surdez.

Segundo Goldfeld (1997), a filosofia bilíngüe afirma que os surdos formam uma

comunidade, com cultura e língua próprias. A noção de que o surdo deve, a todo custo, tentar

aprender a modalidade oral da língua para poder se aproximar o máximo possível do padrão de

normalidade é rejeitada por esta filosofia, isto não significa que a aprendizagem da língua oral não

seja importante para o surdo, ao contrário, este aprendizado é bastante desejado, sendo que não é

percebido como o único objetivo educacional do surdo nem como uma possibilidade de minimizar

as diferenças causadas pela surdez.

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2.2. LIBRAS

2.2.1. Introdução

A Língua de Sinais, nas mãos de seus mestres, é uma língua extraordinariamente bela e expressiva, para qual, na comunicação uns com os outros e como um modo de atingir com facilidade e rapidez a mente dos surdos, nem a natureza nem as artes lhes concederam um substituto à altura. Para aqueles que não a entendem, é impossível perceber suas possibilidades para os surdos, sua poderosa influencia sobre a moral e a felicidade social dos que são privados da audição e seu admirável poder de levar o pensamento a intelectos que, de outro modo, estariam em perpetua escuridão. Tampouco são capazes de avaliar o poder que ela tem sobre os surdos. Enquanto houver duas pessoas surdas sobre a face da Terra e elas se encontrarem, certamente serão usados sinais (LONG, 1910 apud SACKS, 1998).

Sendo o autor do trabalho um pessoa com necessidades especiais (surdos) que está

concluindo o curso de Ciência da Computação surgiu o interesse pela escolha do tema

“InfoLIBRAS” de forma que possa contribuir para a Educação dos Surdos.

Foi pesquisado e descrito neste capítulo sobre a importância da LIBRAS, como sendo uma

língua materna dos surdos brasileiros, onde todos pertencem a essa sociedade e deveriam estar

interessados.

Na verdade as línguas de sinais são línguas naturais porque, como as línguas orais, surgiram

espontaneamente da interação entre pessoas e porquê, devido à sua estrutura, permitem a expressão

de qualquer conceito, descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, concreto, abstrato, enfim,

permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva

do ser humano.

2.2.2. LIBRAS no Processo de Educação para Surdos

A LIBRAS foi desvalorizada durante muito tempo, devido à intolerância da época (1820-

1870), somente nos fins da década de 1950 encontrou seu caminho e novamente pode ser tratada de

forma especial.

Entende-se por Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a forma de comunicação e expressão,

em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, a qual

constitui um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de

pessoas surdas do Brasil (BRASIL, 1996).

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Segundo Pereira (2004), LIBRAS é uma das muitas línguas de sinais que o mundo possui

para utilizar a modalidade visual-cinestésica, e não oral-auditiva como as línguas orais. Visuais-

cinestésica, pois utiliza a visão e as mãos, para transmití-la. Esta língua, como todas as outras

línguas sinalizadas, foi criada na comunidade surda e passada de geração em geração.

As línguas de sinais utilizadas pelas pessoas surdas são línguas naturais dotadas de toda

complexidade e utilidades encontradas nas línguas orais. Porém, as línguas de sinais, ao contrário

das línguas orais, não desenvolvem representação escrita que tenha sido amplamente difundida.

Como conseqüência, os usuários dessas línguas não estão capacitados a produzirem textos em suas

línguas naturais, tendo que recorrer à representação escrita de uma língua oral (MACEDO e

COSTA, 1998).

As línguas de sinais são línguas naturais porque, como as línguas orais, surgiram

espontaneamente da interação entre pessoas e porque, devido à sua estrutura, permitem a expressão

de qualquer conceito – descritivo, emotivo, racional, literal, metafórico, concreto, abstrato – enfim,

permitem a expressão de qualquer significado decorrente da necessidade comunidade e expressiva

do ser humano (BRITO et al., 1998).

Segundo Sánchez (1990 apud QUADROS, 1997, p.45), a comunicação humana é

essencialmente diferente e superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres

humanos nascem com os mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem

normalmente, independente de qualquer fator racial, social ou cultura.

A Língua Brasileira de Sinais é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, pode ser

aprendida por qualquer pessoa interessada na comunicação com essa sociedade. Como língua, esta é

composta de todos os elementos pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica,

pragmática, sintaxe e outros elementos, preenchendo assim os requisitos científicos para ser

considerada instrumento lingüístico de poder e força (QUADROS, 1997).

O mundo atual – o mundo globalizado – que pretende apagar limites – não é capaz de atingir

o sistema das línguas, porque não lhe é permitido clonar todas em um só. Como se fora um

paradoxo, o significado de global atua nos objetos concretos, nas coisas que se compram e que se

vendem, mas não atingem as línguas; ao contrário, exacerba nacionalismos. O homem globalizado é

aquele que está inserido num mercado e, por conseqüência, num canteiro lingüístico, num

multiculturalismo fenomenal (BRITO et al., 2002, p.26).

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Ao longo dos anos até como já pode-se observar anteriormente, a língua de sinais foi

considerada como sendo agramatical, ilógica e derivada e baseada na língua falada (MASSONE,

1983 apud SACKS, 1998).

Só a partir dos trabalhos de William Stokoe na década de 60, ficou provado através de

evidências lingüísticas significativas que a língua de sinais é uma língua completa, com

características. Como relatam Johnson e Erting (1989 apud SACKS, 1998), toda língua de sinais é

uma autônoma na sua estrutura.

Werner (1994), afirma que em muitas comunidades, as pessoas usam e seguem muitos

gestos e sinais feitos com as mãos. Sendo que a maioria destes sinais seguem sempre o senso

comum ou semelhanças com o que a maioria destes sinais adverte o uso de sinais inventados, pois

estes além de serem incompletos, tornam a comunicação ainda mais difícil.

Entre as muitas linguagens de sinais existentes, Werner (1994), destaca três tipos principais:

• Línguas de Sinais Nacionais e Regionais: em cada país os deficientes auditivos criaram

uma língua de sinais, através da qual podem comunicar-se tão bem quanto as pessoas

com audição. Diferente sinais de mãos representam diferente coisas, ações e idéias. A

estrutura (gramática) dessas línguas diferentes daquela da língua falada, dificultam o

aprendizado por pessoas que ouvem. Exemplos desse tipo de linguagem são Língua de

Sinais Americana – ASL, utilizada nos Estados Unidos e no Canadá, e a Língua de

Sinais Mexicana;

• Línguas de Sinais Baseadas na Língua Falada: esse tipo de linguagem tem a mesma

organização e gramática da língua falada localmente. São mais fáceis de ser aprendidas

pelas pessoas que ouvem normalmente e pelas pessoas que ficaram surdas após terem

aprendido a falar. Para as crianças que ainda não aprenderam a ler, esse tipo de

linguagem dificulta o aprendizado, pois em muitos casos é utilizado a primeira letra da

palavra como parte do sinal. Exemplos desse tipo de linguagem são Língua de Sinais

Inglesa e a Língua de Sinais Espanhola; e

• Soletração com Dedos: cada palavra é soletrada completamente, usando os sinais de

dedos que representam as letras do alfabeto. Esse método de aprendizado é lento, mas

exato. Sua vantagem em relação aos outros métodos é devido a facilidade de ser

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aprendido por pessoas que sabem ler e escrever. O alfabeto manual utilizado no Brasil,

pode ser visualizado na Figura 1.

Figura 1. Alfabeto Manual LIBRAS

Fonte: Werner (1994, p.266)

A LIBRAS é reconhecida como meio legal de comunicação, expressão e outros recursos de

expressão a ela associada (BRASIL, 1996).

Existem algumas controvérsias quanto à padronização da sigla que se deve dar a esta língua:

LIBRAS, LSB – Língua de Sinais Brasileira e outras, mas tal questão não se faz relevante no

trabalho ora apresentado.

Dentro desse contexto torna-se necessário o ensino da sua língua natural, a LIBRAS, como

primeira língua, pois é por meio de sinais que o surdo pode se comunicar, compreendendo com

maior facilidade o mundo e participando da comunidade em que vive.

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2.2.2.1. Estrutura Interna de Sinais

Para desenvolvimento de uma filmagem que manipulasse sinais, surgiu a necessidade de se

estabelecer uma estrutura computacional capaz de representá-los. Após uma revisão bibliográfica a

respeito do que existe na área da Lingüística relacionada a este assunto, verificou-se que existem

várias propostas de organização da estrutura internas dos sinais, que consideram diferentes

parâmetros para a classificação dos sinais (BRITO, KARNOPP e VALENTINI apud MACEDO e

COSTA, 1998).

2.2.2.1.1. Sistema Fonológico

A fonologia das línguas de sinais estuda as configurações e movimentos dos elementos

envolvidos na produção dos sinais (por exemplo, os movimentos das mãos, pulsos, dos braços e as

expressões faciais, etc.).

Brito, Karnopp e Valentini (1995 apud CAMPOS, COSTA e STUMPF, 1996), citam como

principais parâmetros deste sistema:

• Configuração de Mão (CM): são diversas formas que a(s) mão(s) toma(m) na realização

do sinal. Segundo Kilma e Bellugi (1979 apud CAMPOS, COSTA e STUMPF, 1996),

pode-se diferenciar pela extensão (lugar e número de dedos estendidos), contração (mãos

fechadas ou compactas) e contato e/ou divergência dos dedos. As configurações podem

variar apresentando uma mão configurada; uma mão configurada sobre a outra que serve

de apoio, tendo esta sua própria configuração (por exemplo, avião, esperar); duas mão

configuradas de forma espelhada (por exemplo, programa, fim, nascer).

• Movimento (M): para que seja realizado, é preciso haver um objeto e um espaço. Nas

línguas de sinais, a(s) mão(s) do enunciador representa(m) o objeto, enquanto o espaço

em que o movimento se realiza é a área em torno do corpo do enunciador. O movimento

pode ser analisado levando-se em conta o tipo, a direção, a maneira e a freqüência do

sinal. O tipo refere-se às variações do movimento das mãos, pulsos e antebraços, ao

movimento interno dos pulsos ou das mãos (por exemplo, palestra) e ao movimento dos

dedos. A direção pode ser unidirecional, bidirecional ou multidirecional (por exemplo,

eu olho para você, você olha para mim). A maneira descreve a qualidade, a tensão e a

velocidade podendo, assim, haver movimentos rápidos, mais tensos, mais frouxos, (por

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exemplo, brabo, muito brabo). A freqüência indica se os movimentos são simples ou

repetidos (por exemplo, frio, verde).

• Ponto de Articulação (PA): refere-se ao local do corpo do sinalizador em que o sinal é

realizado. Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça até a cintura sendo que

alguns são mais precisos, tais como a ponta do nariz e outros mais abrangentes, como a

frente do tórax. Em situações em que o local onde o sinal é realizado não for relevante,

este PA é chamado de espaço neutro. Há sinais que diferenciam-se somente pelo ponto

de articulação, por exemplo, sábado e aprender, conforme na Figura 2.

Figura 2. Sinal Certo com seus parâmetros

Fonte: Brito et al. (1998, p.32).

2.2.2.1.2. Sistema Morfológico

Assim como as línguas orais possuem um sistema de formação de palavras, as línguas de

sinais também possuem. A seguir algumas características quanto ao gênero, grau, tempo e negação:

• Gênero: a indicação do sexo é feito colocando-se o sinal de mulher ou de homem

independentes de serem pessoas ou animais. Outras vezes, é feita com sinais próprios

(mãe, pai).

• Grau: o sinal pode ser diferenciado pela intensidade, movimento, velocidade (por

exemplo, brabo, muito brabo), ou sinal próprio (por exemplo, muito, pouco; grande,

pequeno). Bonito, bonitinho, bonitão diferenciam-se somente pela expressão facial.

• Tempo: o passado é indicado por um movimento sobre o ombro até atingir o espaço

atrás do ouvido (por exemplo, ontem) e o passado distante é obtido por um movimento

amplo que se estende além das costas (por exemplo, há muito tempo) diferenciando-se

pela intensidade ou pelo movimento (por exemplo, ano, ano passado).

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• Negação: pode-se usar o não (negação feita com cabeça ou com a mão) mais o sinal ou

sinal próprio. Exemplo: sabe / não sabe (negação feita com o dedo ou sinal próprio);

precisa / não precisa (negação feita com a cabeça); pode / não pode (sinal próprio);

acredita / não acredita (negação feita com a cabeça).

Além disso, os sinais pode ser simples ou compostos (por exemplo, internet, igreja, escola);

arbitrários ou icônicos; ou utilizar o recurso datilográfico (alfabeto manual) quando não tiver um

sinal próprio.

2.2.2.1.3. Sistema Sintático

Segundo Valentini (1995 apud MACEDO e COSTA, 1998), o estudo da descrição quanto à

relação dos elementos estruturas e das regras que regem a combinação de sentenças ainda não é

completo na LIBRAS. Porém, apresenta regras próprias e básicas.

O que se verifica é que as línguas de sinais apresentam pouco uso de preposições e

conjunções. Também, por vezes ocorre omissão dos verbos ser e estar.

Entretanto, Brito (1995 apud MACEDO e COSTA, 1998), afirma que a organização

sintática básica dos sinais, dentro de uma oração em LIBRAS, segue a mesma ordem Sujeito –

Verbo – Objeto que são princípios de ordem das palavras.

2.2.2.1.4. Sistema Semântico

Ainda não se tem conhecimento de estudos voltados à formalização da sintática de línguas

de sinais. Esse tipo de informação pode ou não ser relevante para o processo de tradução

automática, dependendo da técnica de tradução utilizada.

2.2.2.2. Estrutura Proposta no Processo da Língua de Sinais

É importante falar sobre a estrutura proposta no processo da língua de sinais. É formada por

parâmetros que representam aspectos do sistema fonológico considerados relevante para

caracterizar os sinais. Cada parâmetro que compõe a estrutura possui um conjunto de possíveis

valores organizados em uma determinada ordem.

A organização dos sinais de acordo com as características gestuais apresentadas no

InfoLIBRAS está baseada na representação simbólica dos diversos parâmetros desta estrutura.

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Assim os sinais são organizados lexicograficamente dependendo dos valores atribuídos aos

parâmetros de sua estrutura interna.

Segundo Macedo e Costa (1998), a estrutura interna dos sinais utilizada no sistema é

dividida em sub-estruturas: Configuração de Mão, Movimento da Mão, Expressão Facial e Corpo.

Cada sub-estrutura é composta por vários parâmetros.

1. Configuração de Mão: informações referentes as diversas formas que as mãos fornam ao

realizar ao sinal. Cada sinal pode apresentar mais de uma configuração de mão.

Mão: mão direita ou esquerda.

Grupo da mão: as configurações de mão estão divididas em 10 grupos distintos de

acordo com os dedos cujas posições na configuração se diferenciam das posições dos

demais dedos. Os grupos são representados pelas configurações de mão dos números

de 1 a 10 na Língua de Sinais Americana (ASL – American Sign Language).

Configuração dos dedos: cada grupo de mão apresentam um conjunto de possíveis

configurações de dedos;

Plano da mão: plano horizontal ou vertical em que se encontra a palma da mão em

determinada configuração;

Posição da mão: existem 8 posições de mão possíveis em cada um dos dois planos;

Orientação da palma: existem 4 possíveis orientações de palma (palma voltada para

sinalizador, palma voltada para o lado esquerdo do sinalizador, palma voltada para o

lado direito do sinalizador e costas da mão voltadas para sinalizador);

Ponto de articulação: local do corpo do sinalizador em que o sinal é realizado;

Plano do braço: plano do braço em relação ao corpo;

Ângulo do braço: ângulo do braço em relação ao corpo;

Plano do antebraço: plano do antebraço em relação ao corpo; e

Ângulo do antebraço: ângulo do antebraço em relação ao corpo.

2. Movimento: envolve uma variedade de forma e direções do movimento realizado, destes

movimentos dos dedos, contatos e movimentos da mão, até movimentos compostos por

vários movimentos.

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Movimento Interno:

Movimento do(s) dedos: indica o tipo do movimento dos dedos;

Dedo(s) em movimento: indica quais dedos se movimentam; e

Freqüência: indica se o movimento é simples ou repetido.

Contato:

Contato: indica o tipo de contato;

Freqüência: indica se o contato é simples ou repetido;

Local da mão em contato: indica o local da mão em contato com outra parte

do corpo; e

Local em contato com a mão: indica qual parte do corpo está em contato com

a mão.

Movimento Externo:

Tipo de Movimento: indica o tipo de movimento da mão;

Direção: indica a direção do movimento;

Tamanho: indica a extensão do movimento, se é curto, médio ou longo;

Freqüência: indica se o movimento da mão é simples ou repetido; e

Dinâmica: descreve a tensão e velocidade dos movimentos (movimentos

internos, contatos ou movimentos externos).

3. Expressão Facial: informações da expressão facial do sinalizador ao gestualizar o sinal,

por configurações e movimentos das diversas partes do rosto.

Testa, Sobrancelha, Olhos, Olhar, Bochecha, Nariz, Boca, Língua, Dentes e Queixo.

4. Corpo: composta por parâmetros referentes às configurações e movimentos do ombro,

tronco e cabeça.

Ombro:

Posição: indica a posição dos ombros do sinalizador ao gestualizar o sinal;

Movimento: indica o movimento dos ombros;

Freqüência: indica se o movimento dos ombros é simples ou repetido; e

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Dinâmica: descreve a tensão e velocidade do movimento do ombro.

Tronco:

Posição: indica a posição do tronco do sinalizador ao gestualizar o sinal;

Movimento: indica o movimento do tronco;

Freqüência: indica se o movimento do tronco é simples ou repetido; e

Dinâmica: descreve a tensão e velocidade do movimento do tronco.

Cabeça:

Posição: indica a posição da cabeça do sinalizador ao gestualizar o sinal;

Movimento: indica o movimento da cabeça;

Freqüência: indica se o movimento da cabeça é simples ou repetido; e

Dinâmica: descreve a tensão e velocidade do movimento da cabeça.

2.2.3. Conclusão

Constatou-se neste estudo, que a comunicação dos surdos, através de LIBRAS é muito

importante. Neste sentido, a busca deste assunto pelo autor deve-se pelo fato do mesmo ser surdo e

interessar-se pela criação de um material que fosse útil, também, para todos os surdos, auxiliando

no processo ensino-aprendizagem.

Também, pensa-se que esta pode ser uma oportunidade de conhecer um pouco da literatura

existente sobre a comunicação dos surdos e torná-la, através deste trabalho, mais elucidativa e de

melhor compreensão para as pessoas ouvintes.

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3. PROPOSTA

3.1. INFOLIBRAS

3.1.1. Introdução

Segundo Skliar (1998), existem duas visões sobre a surdez, uma clínica patológica que

encara o surdo como deficiente que busca recuperar-se, e outra sócio-cultural que encara o surdo

como membro de uma comunidade com língua própria e possui total capacidade de se desenvolver

social e intelectualmente.

A partir destas visões, far-se-à um levantamento sobre as principais características que

envolvem o surdo, quando esta deficiência torna-se bem naturalmente dentro dos padrões da cultura

surda.

Neste trabalho, dar-se-à a ênfase ao aprendizado da língua de sinais e a apropriação da

palavra com termos de informática por indivíduos surdos que tiveram com pressuposto básico o

aprendizado da primeira língua de sinais, e através de atividades de interação voltadas à Internet em

ambientes virtuais.

3.1.2. Integração do Surdo na Escola

Os problemas auditivos quando detectados precocemente, facilitam a conduta de pais e

professores na orientação do processo de ensino. A orientação é fundamental e por isso, torna-se

mais importante a participação de um fonoaudiólogo junto à equipe profissional que atua (tratar-se)

nas escolas.

Nem todos são iguais, as diferenças existem e precisam ser respeitadas. Quando a causa

dessas diferenças é a surdez, a comunicação fica prejudicada, já que a audição e a fala são canais

por onde a sociedade passa as suas informações. Isso acaba dificultando a integração de pessoas

surdas à sociedade.

Entende-se como integração, a possibilidade de que as pessoas com necessidades especiais

devido à deficiência ou problemas em seu desenvolvimento, possam conviver com as demais

pessoas de sua comunidade. Viver e conviver em sua própria comunidade é um direito e uma

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questão de justiça. É justo que a pessoa surda receba uma educação adequada as suas necessidades

educativas (CORRÊA, 1997).

Toda questão está no fato de que integrar não é só alocar o aluno surdo na sala de ensino

regular. Na realidade, o professor é preparado para atuar com crianças que ouvem e falam, e todo o

material foi selecionado para este tipo de população, que é a maioria. No entanto, é necessário

preparar todos os professores, sem exceção, para aceitarem as diferenças individuais de cada um.

Neste contexto é imprescindível também, o trabalho de uma equipe multidisciplinar com

psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e a informática.

No Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira de Fernando

César Capovilla foi criado o livro para três línguas diferentes em todas regiões do Brasil, foram

encontrados 18 palavras com termos de informática.

3.1.3. Dicionário Enciclopédia Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira

É o primeiro Dicionário Enciclopédia Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira

(LIBRAS) já produzido num esforço cooperativo entre equipes de professores Surdos de LIBRAS e

pesquisadores ouvintes. Ele só foi possível graças ao apoio da Federação Nacional de Educação e

Integração de Surdos (FENEIS), e a financiamentos independentes, concedidos por organizações

representativas dos três setores: De uma empresa de capital privado na área de telecomunicações

(Brasil Telecom), de uma fundação não-governamental de apoio à cultura e à promoção social

(Fundação Vitae), e da fundação governamentais de financiamento à pesquisa (FAPESP). A partir

de extensa pesquisa com informantes e professores Surdos congênitos sinalizadores, e com revisão

e aprovação integral pela Coordenação Nacional de Cursos de LIBRAS da FENEIS, bem como pela

Diretoria Cientifica da FAPESP, pela Diretoria da Fundação Vitae, e pela Presidência da Brasil

Telecom, este dicionário documenta cientificamente, pela primeira vez, os sinais da LIBRAS

correspondentes a 9.500 verbetes em Inglês, e seus respectivos verbetes em Português (CAPOVILA

e RAFHAEL, 2001).

Seu objetivo é servir de instrumento para a concretização da Educação Bilíngüe no Brasil e

o resgate da cidadania do Surdo Brasileiro, e inspirar o advento de outros dicionários provenientes

dos demais estados, de modo a assegurar uma documentação cientifica compreensiva e

representativa da LIBRAS, tal como usada por Surdos de todo o território nacional. Trata-se de um

dicionário enciclopédico trilíngüe porque contém informações acerca de todos os ramos do saber

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humano e permite a tradução entre três línguas escritas: O Português e o Inglês escritos

alfabeticamente, e a LIBRAS escrita de maneira visual direta por meio do sistema SignWriting

(escrita de sinais) (CAPOVILA e RAFHAEL, 2001).

Foram criados 320 sinais relacionadas com palavras específicas da informática. Os sinais

foram criados a partir de uma necessidade enquanto acadêmico surdo do Curso de Ciência da

Computação porque pela ausência desses sinais no Dicionário Enciclopédia Ilustrado Trilíngüe

Língua de Sinais Brasileira a comunicação entre TILS (Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais) e

o acadêmico ficava restrito e o conteúdo da matéria por conseqüência se tornava limitado

prejudicando assim o desempenho intelectual do mesmo.

O Dicionário Enciclopédia Ilustrado Trilíngüe da LIBRAS é muito mais que um mero léxico

de sinais. Ele é composto de três capítulos introdutórios, do corpo principal do dicionário da

LIBRAS e de um thesausus (dicionário de sinônimos) Inglês-Português.

Iniciando com três capítulos introdutórios, o primeiro explica precisamente a estrutura do

dicionário e mostra como obter informações detalhadas sobre a composição quirêmica exata e o

significado preciso dos sinais, sobre seu uso pragmático na comunicação e sobre como fazer sua

escrita visual direta. O segundo consiste numa seção que ilustra a soletração digital de letras e

números em LIBRAS, e os nomes das principais formas da mão empregadas nas descrições e

ilustrações dos sinais que se encontram no dicionário. O terceiro explica sistematicamente como ler

e escrever os sinais da LIBRAS em SignWriting, e ilustra detalhadamente tais explicações por meio

de um farto numero sinais da LIBRAS escolhidos a partir deste dicionário.

Os dois volumes do corpo principal do Dicionário da LIBRAS contém os sinais

propriamente ditos que correspondem a verbetes em Inglês e Português. Para cada sinal há uma área

de ilustrações (acima) e uma área de texto (abaixo). A área de ilustrações é dividida em três sub-

áreas: A da ilustração do significado do sinal (à esquerda), da ilustração da forma (composição

quirêmica) do sinal (ao centro), e a da escrita visual direta do sinal em SignWriting (à direita). A

área de texto começa pelos verbetes em Português (em negrito) e em Inglês (em Itálico) que

correspondem ao sinal, e continua com a sua classificação gramatical, sua definição lexical, e

exemplos que ilustram seu uso lingüístico apropriado. Finalmente, ela termina com a descrição

detalhada da composição quirêmica do sinal. A inclusão da ilustração do significado do sinal

objetiva levar a criança Surda a apreender, de maneira visual e direta, o sentido daquilo a que se

refere o sinal, sem precisar necessariamente recorrer aos verbetes do Português. Ao prescindir da

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mediação pela escrita no código alfabético, espera-se facilitar e promover o processamento visual, a

aprendizagem, a retenção, a evocação e o uso dos sinais, conforme na Figura 3.

Figura 3. Sinal do Computador

Fonte: Capovila e Raphael (2001).

Após o corpo principal, há o thesausus Inglês-Português, que lista alfabeticamente, todos os

verbetes do Inglês (em negrito) juntamente com seus respectivos verbetes em Português, aos quais

correspondem precisamente os sinais da LIBRAS do dicionário. Tal indexação de todos os sinais da

LIBRAS pelos respectivos verbetes em Inglês permite ao leitor de Inglês-Português. Para tanto,

basta usar a ordem alfabética para localizar o verbete desejado em Inglês no thesausus, encontrar o

verbete em Português à direita daquele em Inglês do thesausus e, de volta ao corpo do dicionário,

usar a ordem alfabética para localizar o verbete em Português e, então, observar o sinal da LIBRAS

a eles correspondente (CAPOVILA e RAFHAEL, 2001).

Sendo assim, para esse fim de processo de ensino e cultura da comunidade surda (desde a

criança até o adulto) os sinais aqui criados foram direcionado a área de informática, validados num

esforço e cooperação entre a ASBAC (Associação de Surdos de Balneário Camboriú), visando a

multiplicação da educação bilíngüe para surdos nesse seguimento, baseados em documentos

cientifico.

3.1.4. Língua de Sinais e a Informática

O principal objetivo do desenvolvimento de ambientes para educação especial, é procurar

atender as necessidades dos usuários, ajudando-os nas suas dificuldades e buscando contemplar

suas especificidades. Isto inclui projetos que vão desde a construção de rampas para acesso em

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calçadas e entrada em edifícios, até ambientes que envolvam a utilização de tecnologia, como

telefones adaptados para a comunicação entre pessoas surdas.

Porém, o tratamento de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência está longe de ser

ideal, é pelo fato de que as leis em favor de deficientes não são respeitadas. No entanto, são vários

os recursos que auxiliam pessoas com necessidades especiais, e, seja qual for o tipo ou os meios

utilizados para a sua construção, eles, de alguma forma, auxiliam as pessoas na realização de suas

atividades.

O desenvolvimento destes recursos são importantes tanto para as pessoas que apresentam

deficiência quanto para a família, que nem sempre está preparada para atender uma diferença dentro

de casa.

Uma atenção especial deve ser dada durante o desenvolvimento de pessoas surdas, que

crescem e se desenvolvem utilizando uma língua, diferente da língua utilizada pela maioria das

pessoas. Neste caso, pais, irmãos, professores, médicos, e todas as pessoas que estão em contato

direto com o surdo precisam procurar por formas e recursos que auxiliem o ensino da Língua de

Sinais, visando realizar uma efetiva comunicação com ele.

Assim, é necessário considerar os recursos disponíveis e métodos de ensino para que

qualquer pessoa tenha oportunidade de aprender a Língua de Sinais. Da mesma forma, é importante

o desenvolvimento de ambientes que auxiliem diretamente o surdo em sua comunicação e com a

escrita em particular.

Pelo fato da Língua de Sinais não ser uma língua universal que pode ser utilizada em

qualquer lugar do mesmo modo, é cada vez mais comum o desenvolvimento de trabalhos sobre

línguas de sinais estrangeiras, principalmente os disponíveis na Internet. A maioria são dicionários

de palavras que apresentam uma comunicação básica, alguns são imagens estáticas e outros

apresentam animação na produção do sinal.

No Brasil, ainda é mais raro a existência de ambientes computacionais que trabalhem com a

Língua de Sinais, principalmente quando relacionados ao ensino da LIBRAS, porém, cada vez

mais, este quadro tem sido alterado. Atualmente muitas pessoas estão trabalhando com o

desenvolvimento de projetos relacionados à educação especial, principalmente para a educação de

surdos. É dentro deste contexto, que são citados alguns trabalhos já desenvolvidos com e sobre

Língua Brasileira de Sinais e trabalhos de línguas de sinais de outros países.

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Inicialmente podem ser considerados os trabalhos do grupo do professor Fernando

Capovilla, onde são desenvolvidos sistemas para comunicação de surdos utilizando sinais, textos,

símbolos para realizar uma comunicação através de computadores em rede.

Muitos trabalhos tanto no Brasil quanto em outros países, (CAMPOS, COSTA e STUMPF,

1996; PONTES e ORTH, 1999; QUADROS, 2004; CAMPOS, 1998) fazem uso da SignWriting, a

Escrita de Sinais. A SignWriting é uma escrita desenvolvida a partir dos sinais, que expressa os

movimentos, as formas das mãos, as marcas não manuais e os pontos de articulação, ou seja, mostra

a forma da Língua de Sinais. Um sistema interessante que utiliza a SignWriting, é o SignDic

(MACEDO e COSTA, 1999). O SignDic é um dicionário com recursos multimídia relacionando

línguas orais e línguas de sinais, organizados de acordo com as características gestuais dos sinais e

alfabeticamente de acordo com seu significado na língua oral.

Quanto a ambientes computacionais disponíveis na Internet podem ser referenciados vários

dicionários, como por exemplo, o HandSpeak1, INES2, Dicionário LIBRAS3 e Virtual UDESC4.

Basicamente, eles apresentam um alfabeto de sinais, numerais e dicionário com a representação de

palavras, sendo que o HandSpeak – é mostrado com vídeo e palavra; INES – é mostrado com vídeo;

Dicionário LIBRAS – é mostrada com vídeo e palavra, Virtual UDESC – é mostrado com vídeo e

palavra; assim possuem animação em suas imagens, vídeos e também tem pouca explicação do

significado do texto. Porém, os quatros dicionários são apenas exemplos dos muitos dicionários

disponíveis pela Internet. São muitos diferentes da língua de sinais por região, sistema mostrará o

vídeo com melhores movimentos, palavras, possuem explicação do texto significado bem simples,

as figuras mostram o que significa a palavra com o contexto.

É importante o sistema melhorar o contexto do site para entender o conhecimento fácil e

quanto à estrutura da língua de sinais refere-se aos componentes não manuais, tais como a

expressão facial, movimentos da cabeça e do corpo.

3.1.5. Interface de Software para Surdos

Tão importante quanto a funcionalidade de um programa de computador é seu aspecto final,

sua apresentação, pois é ela que praticamente cativa o usuário. Por isso, como observação em

1 http://www.handspeak.com 2 http://www.ines.org.br/libras 3 http://www.dicionariolibras.com.br 4 http://www.virtual.udesc.br/surdos/dicionario/?letra=A

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Campos e Silveira (1998), devem ser evitados problemas como o uso de uma comunicação não

eficaz, desorganização, falta de padronização, uso extravagante de cores, tamanhos inadequados de

letras e desenhos, uso não adequado de tecnologia disponíveis, entre outros.

Ainda segundo Campos e Silveira (1998), para a construção de software deve-se antes

verificar quais são as necessidades dos usuários e avaliar quais as preferências deste quanto a um ou

outro sistema de representação para comunicação para, então, projetar a interface do programa.

Assim, para o desenvolvimento de software destinados a pessoas surdas, deve-se respeitar os

requisitos de interface, apresentado as informações de forma gráfica, sem exigir do usuário

conhecimento prévio da língua de sinais.

3.1.6. InfoLIBRAS

O principal objetivo do ambiente descrito neste trabalho é fornecer ferramenta para o ensino

da Língua de Sinais com termos da Informática, tendo como público alvo professores e pessoas

ouvintes interessadas em aprender esta forma de comunicação. O enfoque é dado no auxílio o

ensino de professores ouvintes, pois a inclusão de alunos surdos em salas regulares é uma realidade

entre as pessoas. No entanto, com a sua disponibilidade na Internet, com características aplicáveis a

iniciantes na Língua de Sinais, pode ser utilizado por qualquer pessoa interessada nesta área de

estudo.

3.1.6.1. Design do InfoLIBRAS

A arquitetura do ambiente implementado foi definida a partir da observação dos alunos

surdos iniciando o processo de inclusão em uma classe regular de Ensino Médio e Superior. A

observação baseia-se na comunicação do aluno surdo com o professor ouvinte, bem como dos

outros alunos ouvintes e do aluno surdo, para que desta forma pudessem ser destacadas às

necessidades na comunicação em sala de aula. Além disso, também foram consideradas algumas

informações passadas pelo professor quanto às suas dificuldades de comunicação com o aluno e

com o ensino da LIBRAS.

Dessa observação foram levantadas as necessidades de comunicação e aspectos do processo

de ensino da Língua de Sinais. Com os resultados foram definidos os componentes básicos do

sistema e foram conseguidos resultados muito importantes sobre o processo de ensino da Língua de

Sinais por pessoas surdas e pessoa interessada.

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Dentro da sala de aula, em conversa com amigos surdos foi verificado que há dificuldade em

aprender as palavras da informática. Basicamente, o objetivo dos alunos surdos é poder aprender

uma forma de comunicação pelos sinais para auxiliar à sua educação, e um dos pontos mais

interessantes foi conhecer e aprender os aspectos da construção de frases, já que a LIBRAS tem

estrutura diferente da língua portuguesa.

Os professores têm objetivos semelhantes quanto ao ensino dos sinais. Eles inicialmente

procuravam pela ajuda de pais e professores da escola especial (que estes alunos também

freqüentavam) para obterem auxílio através da discussão dos problemas encontrados e a busca por

livros de Línguas de Sinais que pudessem ajudá-los na comunicação. A partir da própria

necessidade e interessados por uma melhor especialização e atualização na educação de seus alunos,

procuram por melhores e diferentes formas de ensino que pudessem envolver todos os alunos nas

atividades, sem exclusões.

As características e atividades do sistema foram preparadas de acordo com as necessidades

dos usuários e no contexto que estes estão inseridos. Os usuários são professores, funcionários e

alunos, e necessitam de uma comunicação básica para o ensino de seus alunos surdos, então uma

comunicação básica foi preparada com o objetivo de diminuir as dificuldades encontradas,

principalmente com o uso de frases, uma das principais dificuldades dos usuários.

Com a preocupação direcionada às necessidades dos usuários, pensou-se nas tarefas a serem

realizadas, já que são orientadas aos objetivos. Com o design centrado nas tarefas, procurou-se pela

melhor forma de apresentá-las. Assim, tem-se que o InfoLIBRAS, além de estar centrado no

usuário, foi desenvolvido considerando o design centrado nas tarefas realizadas por estes usuários.

O primeiro passo no design do InfoLIBRAS foi o ensino da Língua de Sinais. Deste estudo

foram definidos os primeiros componentes que o sistema deveria apresentar: um alfabeto e

numerais em sinais. Assim o usuário poderá ter seu primeiro contato com os sinais, aprendendo a

sinalizar seu próprio nome e outros nomes próprios a partir das letras, e formar numerais com

alguns já aprendidos.

Após o alfabeto e os numerais em sinais, o ensino tem continuidade com a representação das

palavras em sinais, o que é o próximo componente do sistema. As palavras são divididas em ordem

alfabética para facilitar o ensino de um número grande de palavras num mesmo contexto (Apêndice

1).

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Assim, com o alfabeto, numerais e a representação de palavras em LIBRAS, o usuário

poderá utilizar um vocabulário com palavras num mesmo tema e aos poucos aumentar seu

vocabulário com outros contextos, dando início a uma comunicação através da Língua de Sinais.

Dessa observação serão obtidas as necessidades de comunicação e aspectos do processo de

ensino do professor da Língua de Sinais. Basicamente a dificuldade do professor está em encontrar

formas de aprender a LIBRAS e em como formar, pois a LIBRAS tem sua estrutura diferente da

língua portuguesa com os termos de informática. Foram então, definido os outros componentes do

sistema: palavras e frases dentro do contexto escolar.

As palavras e frases dentro do contexto escolar oferecem uma comunicação usada em sala

de aula, essencial para qualquer pessoa. Com o objetivo de diminuir as dificuldades encontradas,

principalmente quanto ao uso de frases, esta comunicação dentro do contexto escolar, é apresentada

em palavras e estas palavras formando frases.

A arquitetura do ambiente foi então definida a partir do ensino da LIBRAS e da observação

dos dois alunos surdos no processo de inclusão. Também foram consideradas as informações

passadas pelo professor em relação às suas dificuldades de comunicação com o aluno e com o

ensino da LIBRAS.

3.1.6.2. Desenvolvimento do Protótipo do InfoLIBRAS

O InfoLIBRAS, é um protótipo especificamente desenvolvido para o ensino da Informática

em Língua Brasileira de Sinais, mas com uma arquitetura composta de elementos bastante gerais

que certamente poderão ser estendidos para outras Línguas de Sinais.

A comunicação por sinais, está apresentada no InfoLIBRAS através de imagens, vídeos e

textos que foram filmadas, digitalizadas e desenhadas.

A representação das palavras estão divididas em ordem alfabética como a, b, c, d, etc,

focalizando o interesse do usuário em um conjunto de palavras que fazem parte de um mesmo

contexto.

Quanto ao contexto escolar, uma opção na sala de aula apresenta uma série de informações

dispostas em frases de sinais. A sala de aula contém uma comunicação básica existente, apresentada

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em frases e em palavras separadas. Nesse sentido, visa facilitar o aprendizado e o entendimento

durante a produção de frases em LIBRAS.

Entrando no ambiente, o usuário pode escolher a opção aprender LIBRAS, onde são

apresentadas no ambiente de InfoLIBRAS.

De modo geral, o InfoLIBRAS, possibilita que qualquer pessoa sem nenhum conhecimento

nos sinais, possa ter acesso a elementos que permitam uma comunicação básica. No entanto, como a

Língua de Sinais difere em vários países, e mesmo em regiões dentro do mesmo país, as imagens,

os vídeos e os textos apresentados no ambiente, são caracterizados mais especificamente para a

região do estado de Santa Catarina, Brasil.

3.1.7. Conclusão

Muito ainda precisa ser desenvolvido para facilitar o trabalho com a educação especial tanto

no Brasil como em outros países. No entanto, o desenvolvimento de sistemas computacionais tem

proporcionado maiores oportunidades para o trabalho, para a educação e para as atividades de

pessoas com necessidades especiais.

Quanto a educação de surdos, a Língua de Sinais é um dos principais pontos a serem

tratados. Além de proporcionar maior interação entre a comunidade surda e o ouvinte, permite um

grande crescimento, onde o surdo pode entender melhor o mundo em que vive, participando mais

das atividades dentro da comunidade.

Nesta educação, deve-se atentar ao fato da inclusão de alunos surdos em escolas regulares,

que é realidade no Brasil. Porém, existem poucas tentativas de especialização ou de preparo dos

professores que estão atendendo estes alunos surdos. Desta forma, o desenvolvimento de um

sistema de ensino para a Língua de Sinais pela Internet, é um passo muito importante quando se fala

em ambientes relacionados com pessoas surdas no Brasil.

Assim, dentro de uma sociedade em ritmo de educação continuada, as contribuições

esperadas com o desenvolvimento do InfoLIBRAS, é que diante de uma nova tecnologia de ensino,

profissionais da educação e outras pessoas interessadas poderão se atualizar em função das

necessidades vindas de mudanças sociais e tecnológicas. Espera-se que este trabalho incentive o

desenvolvimento de outros ambientes tanto de LIBRAS, como de outras línguas de sinais, inclusive

de outros países.

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3.2. TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS

A seguir são conceituadas as tecnologias e ferramentas utilizadas na análise, especificação e

implementação do ambiente de ensino proposto neste trabalho.

3.2.1. Apache HTTPD

Conforme The Apache Software Foundation (2004a), o projeto Apache Httpd é um esforço

de desenvolvimento colaborativo de software com o objetivo de criar um servidor web robusto, de

qualidade comercial, e com o código fonte disponível gratuitamente. É um projeto gerenciado por

um grupo de voluntários localizados ao redor do mundo, utilizando a internet para se comunicar,

planejar e desenvolver o servidor e sua documentação. Estes voluntários são conhecidos como o

Apache Group. Outras centenas de usuários têm contribuído com o projeto através de idéias,

códigos e documentação.

Em fevereiro de 1995, o servidor de domínio público mais popular na web era o Apache,

desenvolvido por Rob McCool no National Center for Supercomputing Applications (NCSA),

localizado na Universidade de Illions, Urbana-Champaign. Mas o desenvolvimento do servidor

tinha praticamente parado quando Rob deixou o NCSA no meio de 1994, e muitos webmasters

haviam desenvolvido as extensões e correções que eram necessárias em uma única distribuição. Um

pequeno grupo destes webmasters, contatado via e-mail, reuniu-se com o propósito de coordenar as

mudanças necessárias no servidor (na forma de patches). Brian Behlendorf e Cliff Skolnick criaram

uma lista de discussão, publicaram informações e criaram um local único para o desenvolvimento

do núcleo, utilizado pelos desenvolvedores. No fim de fevereiro, oito colaboradores no

desenvolvimento do core formaram o Apache Group.

Utilizando o servidor NCSA httpd 1.3 como base, eles adicionaram as correções e

aprimoramentos que achavam necessário, testando o resultado em seus próprios servidores, e

criando a primeira versão pública (0.6.2) do servidor Apache em abril de 1995. Por coincidência, a

NCSA reiniciou o desenvolvimento do seu servidor durante o mesmo período, e os desenvolvedores

do NCSA tornaram-se membros honorários do projeto Apache, compartilhando assim idéias e

correções.

Segundo Netcraft (2004), menos de quatros anos depois do Apache Group estar formado, o

servidor Apache tomou a liderança do NCSA httpd como servidor mais utilizado, posição que

ocupa até hoje.

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Em 1999, membros do Apache Group formaram a Apache Software Foundation, para

fornecer suporte organizacional, legal e financeiro para servidor Apache. Ela tem colocado o

software em um patamar sólido para desenvolvimento futuro.

O servidor Apache httpd Server é poderoso, flexível, e implementa os mais recentes

protocolos, incluindo o HTTP/1.1 (RFC2616). É altamente configurável e extensível com módulos

de terceiros. Pode ser personalizado através do desenvolvimento de módulos que utilizam a API do

Apache. Fornece todo o código fonte e vem com uma licença irrestrita para utilização. É compatível

com Windows NT, Windows 95, Netware 5.x, OS/2 e muitas versões do Unix, assim como outros

sistemas operacionais. Está em desenvolvimento constante. Implementa muitas características

necessárias, incluindo (THE APACHE SOFTWARE FOUNDATION, 2004B):

a) Utilização de bancos de dados para autenticação;

b) Personalizar mensagens de erros e problemas;

c) Configurar diversos arquivos como documentos quando um endereço é requisitado;

d) Redirecionamento flexível e ilimitado de aliases e endereços;

e) Permite a utilização de diferentes domínios, através da distinção entre requisições feitas

para diferentes IP´s ou endereços, mapeados na mesma máquina; e

f) Logs configuráveis e confiáveis.

3.2.2. Hiper Text Markup Language – HTML

Com o surgimento da internet, a expressão HTML ficou conhecida em todo o mundo, pois

HTML é a linguagem utilizada para construir uma páginas pela qual navega-se na internet.

HTML significa Hyper Text Markup Language (Linguagem de Formatação de Hipertextos),

é uma linguagem simples utilizada para criar documentos hipertexto, que pode ser portada de uma

plataforma computacional para outra. Isto significa que você pode escrever códigos HTML sem se

preocupar em qual computador e por qual sistema operacional este documento será visualizado.

Segundo Marinho (2001), para que informações possam ser publicadas e distribuídas

globalmente, através da Internet, é necessário que se utilize uma formatação que seja entendida

pelos mais diversos computadores e sistemas. E para tanto é necessário que se desenvolve e se

adote um padrão; o padrão desenvolvido e adotado na web é HTML.

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O HTML não é uma linguagem de programação e sim uma linguagem de marcação (ou

formatação), isto é, ela fornece elementos que indicam como um texto deve aparecer nas páginas,

tais como “negrito” e “sublinhado”; com ela também é possível inserir imagens, multimídia e outros

recursos no texto, além das ligações de hipertexto.

3.2.3. Personal Home Page Tools – PHP

A linguagem PHP foi concebida em meados de 1994 por Rasmus Lerdorf. Versões iniciais

não lançadas foram usadas em sua home page para manter uma trilha de quem estava olhando o seu

currículo virtual. A primeira versão usada por outros estava disponível em alguma época de 1995 e

era conhecida como Personal Home Page Tools. Consistia de um interpretador muito simplista que

apenas fornecia algumas macros especiais e um número de utilidades que eram de uso comum em

home pages daquela época. Um cadastro de visitantes, um contador, e algumas outras coisas. O

interpretador foi reescrito em meados de 1995 e batizado PHP/FI version 2. O FI veio de outro

pacote que Rasmus tinha escrito que interpretava dados de formulários HTML. Ele combinou os

scripts do Personal Home Page Tools com o Form Interpreter e adicionou suporte mSQL e o

PHP/FI nasceu. PHP/FI cresceu a um passo fantástico e pessoas começaram a contribuir para o

código(THE PHP GROUP, 2004).

De acordo com The PHP Group (2004), é difícil dar qualquer estatística, mas é estimado que

ao final de 1996 o PHP/FI estava em uso em pelo menos 15.000 sites ao redor do mundo. Em

meados de 1997 este número tinha crescido para mais de 50.000. Em 1997 também houve uma

mudança no desenvolvimento do PHP. Deixou de ser o projeto pessoal de Rasmus para o qual

muitas pessoas tinham contribuído, para se tornar em um esforço de um time mais organizado. O

interpretador foi reescrito do zero por Zeev Suraski e Andi Gutmans e este novo interpretador

formou a base do PHP versão 3. Muito do código de utilitários do PHP/FI foi portador para o PHP 3

e muito dele foi completamente reescrito.

O PHP é uma linguagem de padrão aberto, serve-side, de script para criação de paginas

dinâmicas para e-commerce e outras aplicações web, de acordo com Zend Tecnologies (2004). Uma

página dinâmica é aquela que interage com o usuário, então cada usuário que visita uma

determinada página receberá informações personalizadas. Paginas dinâmicas prevalecem em sites

comerciais (e-commerce), onde o conteúdo exibido é gerado através de informações recuperadas de

uma base de dados ou outra fonte externa.

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O PHP oferece uma maneira simples, universal e fácil para a criação de paginas dinâmicas.

Sua interface intuitiva permite aos programadores inserir comandos PHP diretamente em uma

pagina HTML. Sua sintaxe é similar ao C / C++, Java e Perl, tornando fácil seu aprendizado por

qualquer pessoa que possua um mínimo de experiência em programação. Seu design elegante torna

significativamente fácil manter e aperfeiçoar uma aplicação, se comparado com aplicações

desenvolvidas em outras linguagens.

Devido a sua distribuição para uma grande comunidade de usuários, a linguagem PHP é

muito bem suportada. Como um produto de padrão aberto, a linguagem PHP recebe o suporte de

um grande numero de desenvolvedores de software de padrão aberto. A comunidade de

desenvolvedores fornece uma excelente suporte técnico aos usuários, e os bugs encontrados são

corrigidos rapidamente. O código é continuamente atualizado com melhorias e extensões da

linguagem para expandir sua capacidade.

A versão 3, disponibilizada em junho de 1998, ganhou rápida popularidade e atualmente é

utilizada por algumas das mais importantes organizações, como Mitsubishi, Red Hat, Der Spiegel,

MP3-Lycos, Ericsson e NASA.

Segundo Soares (2000), PHP é uma linguagem que permite criar sites web dinâmicos,

possibilitando uma interação com o usuário através de formulários, parâmetros da URL e links.

Com o PHP pode-se fazer tudo o que um CGI faz, mas com algumas vantagens no que diz respeito

a banco de dados.

Diferentemente de outras linguagens de script para desenvolvimento na web, PHP oferece

excelente conectivamente com a maioria dos bancos de dados mais comuns (incluindo Oracle,

Sybase, MySQL, ODBC, PostgreSQL, mSQL, Interbase, dBase, Firebird, Informix, Empress,

Velocis, FilePro, Adabas D, dbm e outros). Também oferece integração com várias bibliotecas

externas, o que permite ao desenvolvedor realizar projeto, desde a geração de documentos no

formatos PDF, até a análise de XML. Talvez a maior vantagem de PHP, quando comparada com

outras linguagens de script, como ASP ou ColdFusion, é o fato de ser padrão aberto e independente

de plataforma, satisfazendo as atuais necessidades nos diversos ambientes de rede heterogêneos.

Também é a escolha natural para quem desenvolve em Linux e utiliza o servidor Apache

httpd, mas funciona igualmente bem em qualquer outro sistema operacional, como o Unix ou

Windows, com servidores web da Netscape ou Microsoft. O PHP suporta sessões http,

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conectividade com Java, expressões regulares, os protocolos LDAF, SNMP, NNTP, HTTP, POP3,

IMAP, COM (sobre o Windows). Também suporta WDDX para troca de informações entre

virtualmente todas as linguagens de programação para web. Ainda é possível abrir sockets e

interagir com outros protocolos.

3.2.4. Bancos de Dados

Segundo Chu (1983), o termo banco de dados é um jargão da computação que designa uma

coleção de informações. É essencial que essa coleção seja organizada e apresenta para servir a uma

finalidade especifica. Algumas características dos bancos de dados são:

a) Um banco de dados é uma coleção;

b) Um banco de dados usa um padrão de organização consistente; e

c) Um banco de dados fornece resposta às perguntas sobre as informações previamente

selecionadas.

Seja qual for o porte do computador, os bancos de dados implementados nessas máquinas

são semelhantes entre si, isto é, todos possibilitam que telas de entrada de dados sejam criadas; que

os dados sejam ordenados da forma desejada; permitem a inclusão, edição e exclusão de dados com

grande facilidade; permitem a emissão de relatórios diversificados, e muitas outras características.

Um sistema de banco de dados bem elaborado pode bloquear, através de senhas, o acesso a

dados/informações que não podem estar disponíveis a todas pessoas que o utilizem (ALVES, 2002).

Para Date (2000), um sistema de banco de dados nada mais é do que um sistema de

manutenção de registros por computador. O próprio banco de dados pode ser considerado uma

espécie de sala de arquivo eletrônica, ou seja, um depósito de um conjunto de arquivos de dados

computadorizados que oferece diversos recursos ao usuário, possibilitando-lhe a realização de

várias operações, incluindo, entre outras, as seguintes:

a) Adição de novos arquivos;

b) Inserção de novos dados nos arquivos existentes;

c) Recuperação de dados dos arquivos existentes;

d) Atualização de dados nos arquivos existentes;

e) Eliminação de dados nos arquivos existentes; e

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f) Renovação permanente de arquivos existentes.

3.2.4.1. Banco de Dados Relacional

Um banco de dados relacional se caracteriza pelo fato de organizar as informações em

tabelas de dados, compostas por linhas e colunas. Assim, essas tabelas são similares a conjuntos de

elementos ou objetos, uma vez que relacionam as informações referentes a um mesmo assunto de

modo organizado (DATE, 2000).

A definição de um banco de dados relacional é o banco de dados que o usuário percebe

como uma coleção de relações normalizadas, variando no tempo, de graus combinados. As idéias

do modelo relacional aplicam-se aos níveis externo e conceitual do sistema, não ao nível interno.

Dizendo de outra forma, o modelo relacional representa um sistema de banco de dados cujo nível de

abstração afasta-se um tanto dos detalhes da máquina básica, tal como, por exemplo, uma

linguagem como a PL/I representa um sistema de programação cujo nível de abstração afasta-se um

tanto dos detalhes da máquina básica.

Segundo Korth (1993), um banco de dados relacional consiste em um coleção de tabelas

cada qual designada por um nome único. Uma linha numa tabela representa um relacionamento

entre um conjunto de valores. Uma vez que uma tabela é uma coleção de tais relacionamentos,

existe uma correspondência intima entre o conceito de tabela e o conecito matemático de relação, a

partir da qual o modelo de dados relacional tira seu nome.

3.2.5. MySQL

É o sistema gerenciador de banco de dados relacional de padrão aberto mais popular,

desenvolvido e fornecido pela campainha comercial MySQL AB.

Um banco de dados é uma coleção estruturada de dados. Pode ser desde uma simples lista de

compra para uma loja, até grande quantidade de informação de uma rede corporativa. Um banco de

dados relacional armazena os dados em tabelas separadas, oferecendo velocidade e flexibilidade. As

tabelas são interligadas através de relacionamentos, tornando possível criar combinações de dados

de varias tabelas em uma requisição. O sufixo SQL, do MySQL, refere-se a linguagem SQL, o

padrão mais comum utilizado para acessar bancos de dados (MYSQL AB COMPANY, 2004).

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47

O fato de MySQL ser um software de padrão aberto significa que qualquer um pode utilizá-

lo sem pagar. Alguém interessado pode estudar o código fonte e alterá-lo de acordo com suas

necessidades. MySQL utiliza a licença GPL (GNU General Public License), para definir o que se

pode ou não fazer com o software em diferentes situações. Se você sentir inseguro com a licença

GPL, ou precisa utilizar o MySQL em uma aplicação comercial, pode-se comprar uma versão

comercial licenciada.

O servidor de banco de dados MySQL é rápido, confiável e muito fácil de usar. Foi

desenvolvido originalmente para manipular grandes bases de dados mais rapidamente do que as

soluções existentes e tem sido utilizado em ambientes de desenvolvimento de alta necessidade por

muitos anos. Através do constante desenvolvimento, MySQL oferece hoje uma ampla gama de

funcionalidades. A conectividade, velocidade e segurança tornam o MySQL altamente desejável

para bancos de dados acessadas através da internet.

De acordo com Soares (2001), durante muito tempo os gerenciadores de banco de dados

forma ferramentas disponíveis apenas para poucas empresas, que possuiam recursos para arcar com

a compra de um gerenciador e ainda de máquina muito potente para sua utilização eficiente.

A chegada do Linux e do software livre mudou radicalmente este panorama, pois trouxe

consigo iniciativas das mais diferentes frentes. Estas frentes permitiram que uma gama muito maior

de empresas, dentre eles o MySQL, um moderno, muito poderoso e versátil gerenciador de banco

de dados relacionais.

O MySQL é um sistema cliente/servidor que consiste de um servidor SQL multi-threaded

que suporta diferentes ambientes, programas clientes e bibliotecas, ferramentas administrativas e

uma ampla gama de interfaces de programação (API´s). Também é fornecido como uma biblioteca

multi-threaded que permite tornar uma aplicação pequena, rápida e fácil de gerenciar.

A lista a seguir descreve algumas das características mais importantes do MySQL (MYSQL

AB COMPANY, 2004):

a) Escrito na linguagem C e C++. Testado com uma ampla gama de diferentes

compiladores;

b) Funciona em diferentes plataformas, dentre elas Unix, Linux e Windows;

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48

c) Possui API´s para as linguagens C, C++, Delphi, Eiffel, Java, Jbuilder++, Perl, PHP,

PowerBuild, Python e Tcl;

d) Totalmente multi-threaded utilizado kernel threads. Isto significa que ele pode utilizar o

poder de processamento de múltiplas CPU´s, se disponível;

e) Rápido acesso a tabelas, armazenadas em disco através de arvores binárias com

compressão de índices;

f) Sistema de alocação de memória rápido baseado em threads;

g) Funções SQL implementadas através de uma biblioteca de classes altamente otimizadas;

h) Diversos tipos de colunas: inteiros com ou sem sinal com 1, 2, 3, 4 e 8 bytes de tamanho,

float, double, char, varchar, text, blob, date, time, datetime, timestamp, year, set e enum;

i) Registros de tamanho fixo e variável;

j) Todas as colunas possuem valores padrão. Você pode inserir um subconjunto de colunas

em uma tabela e as colunas que não foram especificadas explicitamente terão seus

valores atribuídos com seus valores padrão;

k) Sistema de senhas e privilégios flexível e seguro, permitindo autenticação baseada em

servidor. Senhas são seguras porque todo o tráfego de senha é criptografado quando é

realizada a conexão com o servidor;

l) Manipula grandes quantidades de dados;

m) Permitido um máximo de 32 índices por tabela. Cada índice pode consistir de 1 a 16

colunas ou partes de colunas. O tamanho máximo do índice é 500 bytes, mas pode ser

alterado através da compilação do MySQL;

n) Clientes podem conectar utilizado sockets do protocolo TCP/IP, Unix Sockets (Unix) ou

Named Pipes (Windows NT); e

o) Suporte para ODBC (Open-DataBase-Connectivity) para Win32.

O MySQL é um gerenciador de banco de dados mais utilizado no mundo, se não for mais

utilizado, pois é uma ferramenta muito poderosa, segura e fácil de utilizar. Além disso, o MySQL é

gratuito.

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Hoje o MySQL é um banco de dados mais popular, vendo a servidor de banco de dados de

código aberto no mundo, com mais de 2 milhões de instalações, servindo websites, data

warehouses, aplicações de negócios, registros de sistemas, entre outros. O servidor do MySQL é

utilizado também por inúmeras empresas para aplicações de missão-crítica (The MySQL AB,

2004).

3.2.6. Ferramenta CASE

A ferramenta CASE (Computer Aided Software Engineering) é uma ferramenta de apoio ao

processo de desenvolvimento de software. Foram criadas para que os analistas e projetistas

pudessem utilizar modelos gráficos para representar seu sistema. Esta técnica foi projetada para ser

de fácil uso, para que os usuários tenham seu processamento orientando para procedimentos

computadorizados e discutam e validam os projetos dos analistas. Esta técnica deve ser projetada

para operar com ferramentas automatizadas. O projeto que utiliza ferramenta CASE desenvolve-se

muito mais rapidamente, é mais abrangente e mais facilmente modificável do que o projeto manual.

(PRESSMAN, 1995).

A ferramenta CASE é toda ferramenta que ajuda no processo de construção lógica ou física,

documentação ou teste.

A ferramenta CASE que será utilizada para a especificação do sistema é Enterprise

Architecture, qual é descrito abaixo.

3.2.7. Enterprise Architecture

O Enterprise Architect é um modelo de ferramenta UML flexível, completa e poderosa para

a plataforma Windows. Provendo competitividade para desenvolvimento de sistemas,

gerenciamento de projetos e análise de negócios, esta ferramenta é orientada para o controle

completo do ciclo de vida das aplicações, a um preço competitivo (SPARX SYSTEMS, 2004).

Enterprise Architect é uma ferramenta de gerência baseada UML do projeto que a permita

descrever a rapidamente e inteiramente um projeto do desenvolvimento do software. Fornece traçar

o planejamento cheio do conceito inicial ao produto final, e suporta muitos aspectos do ciclo de

vida do projeto, incluindo o controle de teste, de manutenção e de mudança (SPARX SYSTEMS,

2004).

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Usando o Enterprise Architect, pode-se enviar e inverter o compilador C++, Java, VB.Net,

C#, Delphi e classes básicas visuais, sincronizar elementos do código e do modelo, e projeto e gerar

elementos da base de dados. A documentação da qualidade elevada pode rapidamente ser

exportada de seus modelos no formato padrão do RTF da indústria e ser importado no Word para a

personalização final e a apresentação.

Enterprise Architect suporta todo o modelos/diagramas da UML. Você pode modelar

processos do negócio, web sites, usuário de interfaces, redes de computadores, configurações de

hardware, mensagens e mais. Estime o tamanho de seu esforço do trabalho de projeto nas horas.

Capture e siga requerimentos, recursos, teste de plantas, defeitos e pedidos da mudança.

3.2.8. Formatos de Arquivo Imagem e Vídeo

3.2.8.1. GIF (Graphics Interchange Format)

De acordo com Lopes (2001, p.17), o formato Graphics Interchange Format (GIF) foi

inicialmente concebido para a transmissão de imagens por meio das linhas de comunicação de baixa

velocidade. O formato GIF é propriedade da CompuServe Inc. O formato permite armazenar ou

transmitir imagens com um máximo de 256 cores, definidas sempre por meio de mapas de cor.

Cada pixel de uma imagem no formato GIF contém o índice correspondente ao número de ordem da

sua cor no mapa de cores. O conjunto dos índices que compõem cada imagem está comprimido pelo

algoritmo do Lempel-Ziv Welch (LZW), que é um algoritmo de compressão sem perda.

Na base do formato GIF está o conceito de Data Stream, ou canal de dados. O formato é na

realidade um protocolo entre uma fonte emissora de imagens e uma aplicação de destino que realiza

a apresentação das imagens. Quando a fonte se emissora armazenada num arquivo, dizemos perante

um arquivo em formato GIF. Um arquivo, ou canal de dados, no formato GIF pode conter do que

uma imagem. Blocos de controle inseridos entre imagens sucessivas determinam o tempo durante o

qual cada imagem persistirá na unidade gráfica de saída, permitindo assim a apresentação

seqüenciada de várias imagens. Se as imagens constituírem uma seqüência animada, estaremos

perante o que se designa usualmente por GIFs animados (animated GIFs).

Os índices de cor de uma imagem no formato GIF estão ordenados segundo uma seqüência

que resulta do varrimento das linhas da imagem da esquerda para a direita em cada linha e de cima

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para baixo no conjunto de linhas da imagem. Este varrimento vertical pode ser por linhas

consecutivas ou entrelaçadas.

3.2.8.2. JPEG ou JPG (Joint Photographic Experts Group)

Lopes (2001, p. 29) diz que “A norma internacional JPEG (ISO 10918-1) define uma família

de algoritmos de compressão e descompressão, com e sem perda, para imagens de qualidade

fotográfica, também designadas por imagens de tons contínuos (continuous tone images)”. Em troca

de um menor tamanho da imagens, estes algoritmos aceitam a perda controlada de informação do

conteúdo das imagens com base no fato da visão humana ser incapaz de distinguir as pequenas

diferenças de cor que existem entre pixels contíguos nas imagens de qualidade fotográfica. A sigla

JPEG deriva do nome da comissão internacional de normalização, o Joint Photographic Experts

Group.

Contrariamente ao que é do conhecimento comum, não existe nenhum formato JPEG porque

a norma ISO 10918-1 não define tal o formato. Esta norma limita-se a definir os algoritmos de

compressão e descompressão, deixando aos formatos existentes a liberdade de aplicarem ou não os

algoritmos normalizados. Um dos formatos que adotou esta norma foi o formato TIFF (Tagged

Image File Format), propriedade da Aldus Corporation. A partir da versão 6 deste formato, os

codificadores de imagens em formato TIFF passaram a poder empregar os algoritmos JPEG em

paralelo com os outros algoritmos de compressão que o formato já empregava. No entanto, o

emprego deste formato não se generalizou devido à sua complexidade que deveria dos inúmeros

parâmetros de imagem que permite e que tornam complicada a sua implementação.

O formato JFIF (JPEG File Interchange Format) que é um formato de imagem simples e

que, embora apresente limitações, é relativamente fácil de implementar e permite imagens a cores

reais. A aceitação deste formato foi enorme. Um dos fatores que mais contribuíram para esta

aceitação foi a expansão da World Wide Web (WWW) cujos utilizadores necessitavam poder

transmitir imagens com mais cores do que o máximo de 256 cores permitindo pelo formato GIF,

mas de comprimento reduzido para diminuir o respectivo tempo de carregamento.

A popularidade deste formato, associada à necessidade de abreviar o comprimento do seu

nome (JPEG File Interchange Format), levaram o comum dos utilizadores a designá-lo

simplesmente por JPEG e assim se estabeleceu a confusão entre o nome do formato JFIF e nome da

norma JPEG.

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3.2.8.3. AVI e MPEG

Um vídeo corresponde a um conjunto de imagens, ou melhor, uma seqüência de imagens

associadas ou não a um sinal de som, onde cada quadro, é uma imagem digital (FERNANDES,

1999, p.12).

No mercado utiliza-se a tela inteira (full screen), em pleno movimento (full motion-video) e

com boa resolução das imagens apresentadas. Pleno movimento significa no mínimo 30 quadros por

segundo.

Na tentativa de responder às expectativas do mercado (full screen, full motion-video e alta

resolução), foram encontradas duas maneiras de enfrentar esse problema, que felizmente, não são

mutuamente exclusivas. Uma é evolucionária, e a outra revolucionária.

A forma evolucionária de resolver o problema é aumentando consideravelmente a

velocidade de processamento e a capacidade de armazenamento dos atuais microcomputadores. Isso

vem sendo feito, e certamente continuará a ser feito, mas não no rapidamente, tem-se que apostar

numa alternativa.

A forma revolucionária de resolver o problema é desenvolvendo algoritmos de compressão e

descompressão, que reduzam as exigências de rapidez de processamento e de capacidade de

armazenamento.

O arquivo AVI (Audio/Visual Interleaved data) é o único tipo dentre os tipos do formato de

arquivos RIFF, que foi totalmente implementado usando as especificações correntes do formato

RIFF, embora os arquivos do tipo WAV, também tenham sido implementados, esses arquivos são

muito simples, pois seus desenvolvedores fizeram uso de especificações antigas para a sua

construção.

Devido ao fato do formato RIFF suportar uma grande variedade de dados, é comum nos

referenciarmos aos arquivos que usam este formato, simplesmente pelo tipo de dados que ele

armazena, como por exemplo, um arquivo RIFF contendo dados referentes a áudio/visual

interleaved data é referenciado simplesmente por “Arquivo AVI”.

A compressão MPEG é usada em produtos atuais e emergentes. Ela está no coração das

tevês digitais, decodificadores HDTV, leitores DVD, vídeo conferencias, vídeo pela Internet e

outras aplicações. Estas aplicações são beneficiadas pela compressão, pois requerem pouco espaço

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de armazenamento, pouca largura de banda na transmissão de informação de um ponto para outro

ou uma combinação destas duas características. Além de o MPEG trabalhar de modo conveniente

em uma grande variedade de aplicações, muito de sua popularidade vem do fato de que são

definidos três padrões internacionais finalizados e um quarto em processo de definição (PEREIRA,

1999, p.1.).

A sigla MPEG vem de Moving Picture Expert Group, grupo que trabalha para gerar

especificações junto à ISO (International Organization for Standardization) e IEC (International

Electronichnical Commission). O que é comumente chamado de “vídeo MPEG” de fato consiste

atualmente em três padrões finalizados, MPEG-1, MPEG-2 e MPEG-4 e outro, MPEG-7 em

definição. Os padrões MPEG-1 e MPEG-2 são semelhantes em conceitos básicos. Ambos estão

baseados em técnicas baseadas em codificação por meio de transformadas enquanto MPEG-4 e

MPEG-7 divergem destas aproximações mais tradicionais e usam técnicas de construção da

imagem.

Fernandes (1999, p. 32), cita que a principal aplicação para o formato MPEG é o

armazenamento de dados de áudio e vídeo em CD para uso em sistemas multimídia. Esses sistemas

requerem habilidades para armazenamento e reprodução dos dados armazenados (playback) com

alta qualidade de som e imagem, podemos citar com exemplo: aplicações comerciais, educacionais

e recreativas.

3.3. LINGUAGEM UNIFICADA DE MODELAGEM – UML

Após o surgimento de vários métodos, dois metodologistas, Grady Booch e James

Rumbaugh chegaram a conclusão de que um caminho comum deveria ser escolhido. Em 1995,

Booch e Raumgaugh, combinaram seus métodos na forma de uma notação comum e criaram o

Método Unificado. Um pouco depois, Ivar Jacobson juntou-se a eles, integrando o caso de uso.

Os chamados “três amigos” combinaram a notação de seus métodos, surgindo em 1996 a

Unified Modeling Language (UML). No ano de 1997, a UML versão 1.1 foi submetida a Object

Management Group (OMG) para padronização.

Conforme Eyng, Hermida e Silva (2000), para possibilitar o aproveitamento dos reais

benefícios da orientação a Objetos (OO), vários metodologistas, como Grady Booch, Ivar Jacobson,

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Coad-Yourdon, Shlaer-Mellor, James Raumbaugh e Wirfs-Brock apresentam linguagens e

seqüências de passos para a abordagem da OO, dando inicio a uma guerra de métodos.

Segundo Lee (2001), a UML é uma linguagem de modelagem para documentar e visualizar

os artefatos que especificamos e construímos na análise e desenho de um sistema. É um sintaxe

geral para criar um modelo lógico de um sistema. Ela normalmente é utilizada para descrever um

sistema de computador de forma com este é percebido em vários pontos durante a análise e

desenho.

Para Fowler (2000), a UML é a sucessora da onde de métodos de análise e projeto orientado

a objetos (OOA & D) que surgiu no final dos anos oitenta e no início dos anos noventa.

De acordo com Furlan (1998), a UML é uma linguagem padrão para especificar, visualizar,

documentar e construir artefatos de um sistema e pode ser utilizada com todos os processos ao

longo do ciclo de desenvolvimento e através de diferentes tecnologias de implementação. Ela

representa uma coleção das melhores experiências na área de modelagem de sistemas orientados a

objetos, as quais têm obtido sucesso na modelagem de grandes e complexos sistemas.

3.3.1. Objetivos da UML

Conforme Lee (2001), os objetivos estabelecidos para a UML são:

a) Ser uma linguagem de modelagem visual, expressiva, que se revele relativamente

simples e extensível;

b) Contar com mecanismos de extensibilidade e especialização para estender,

preferencialmente a modificar os conceitos gerais;

c) Ser independente de qualquer linguagem de programação;

d) Ser independente do processo;

e) Suportar conceitos de alto nível (estrutura, padrões e componentes);

f) Tratar de temas complexos arquiteturais recorrentes utilizando os conceitos de alto nível;

e

g) Ser flexível e amplamente aplicável (em muitos domínios).

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3.3.2. Motivos para Utilizar a UML

Os produtos e serviços enfocam demandas e requisitos de clientes. Requisitos podem ser

considerados como o problema e os produtos e/ou serviços podem ser considerados a solução. O

problema e a solução ocorrem dentro de um mesmo domínio (espaço ou contexto). Para ser gerada

uma boa solução, primeiro deve existir um bom entendimento do problema. A solução também

deve ser entendida para que possa ser construída e utilizada. Além disso, a solução deve ser

organizada (arquitetura), a fim de facilitar sua consecução e aderir às restrições de domínio. Assim,

para resolver problemas, os apropriados conhecimentos do problema e da solução precisam ser

capturados (modelados), organizados (arquitetura) e alavancagem de nosso conhecimento. UML é o

mecanismo preferido pela indústria de software, daí o principal motivo para sua utilização (LEE,

2001).

3.3.3. Diagramas da UML

De acordo com Lee (2001), a UML define nove tipos de diagramas: de classe, objeto, caso

de uso, seqüência, colaboração, estado, atividade, componente e implementação. Em todos os

diagramas, os conceitos são apresentados como símbolos, e os relacionamentos entre conceitos são

representados como trajetórias (linhas) conectando símbolos. Cada um desses elementos poderá ter

um nome.

Os diagramas que serão utilizados para especificação do sistema são: diagramas de caso de

uso, classe e seqüência.

3.3.4. Diagrama de Casos de Uso

Conforme Furlan (1998), um digrama de caso de uso é um gráfico de atores, um conjunto de

casos incluindo por um limite de domínio, comunicação, participação e associações entre atores,

assim como generalizações entre casos de uso. Há quatro elementos básicos em um diagrama de

caso de uso:

a) ator: representa usuários do sistema, incluindo humanos e outros sistemas;

b) Caso de uso: representa serviços ou a funcionalidade provida pelo sistema aos usuários;

c) Interação: representa o ator comunica-se com o sistema através do envio e recebimento

de mensagens; e

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d) Sistema.

O diagrama de caso de uso descreve a funcionalidade e os usuários (atores) do sistema. Ele é

utilizado para mostrar os relacionamentos entre os atores que empregam o sistema e os casos de uso

utilizados por eles, conforme na Figura 4 (LEE, 2001).

EA 3.nreg

EA 3.51

- Unre

g

nregis

tered

T

A3.5

1 - U

nregis

tered

T

nregis

tered

TRIAL V

e

nregis

tered

TRIA

ed TRIA

L Vers

ion

ed TRIA

VersionNome do Ator

Nome do Caso de Uso

Figura 4. Represntação da UML para Caso de Uso

Fonte: Lee (2001)

3.3.5. Diagrama de Classes

Diagramas de classes são utilizados para definir o modelo de estrutura estática do sistema. O

modelo de estrutura estática identifica os objetos, classes e relacionamentos entre eles, conforme na

Figura 5.

EA 3

EA 3.51

- Unreed

EA 3.51

- Unre

gister

ed

ed TRIA

L Ve

EA 3.51

- Unre

gister

ed TRIA

L Ve

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tered

TRIAL V

e

ed TRIA

L Vers

ion

ered T

RIAL V

e

AL Vers

ion

AL Ve

n

Nome da Classe

- Nome de Atributos:

+ Nome de Operação() : void

Nome da Classe

Classes com atributos e operações suprimitas Classes com atributos e

operações representadas

Figura 5. Representação da UML para Classes

Fonte: Lee (2001)

Segundo Furlan (1998), o diagrama de classe é a essência da UML. Trata-se de uma

estrutura lógica estática, mostrando uma coleção de elementos declarativos de modelo, como

classes, tipos e seus respectivos conteúdos e relações. O quatros tipos principais de relacionamentos

no diagrama de classes, são:

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a) Generalização/especialização: indica que a base possui características comuns que são

compartilhadas por classes mais especializadas, as subclasses. As subclasses podem

conter informações adicionais em relação a classe base;

b) Agregação: é usada para denotar relacionamentos todo/parte (por exemplo, uma

secretária é parte de uma escola). Indica que o objeto parte é um atributo do objeto todo.

Objetos partes não podem ser destruídos por qualquer objeto diferente do objeto de

agregação que o criou;

c) Associação: é definida como um relacionamento que descreve um conjunto de vínculos,

onde é definido como uma conexão semântica entre tuplas e objetos. Um dos aspectos

chaves em associações é a cardinalidade de uma associação, chamada na UML

multiplicidade. Um exemplo desta multiplicidade pode ser vista na Tabela 1; e

Tabela 1. Exemplos de Multiplicidades

Multiplicidade Significado 0..1 zero ou um 1 Somente um 0..* Maior ou igual a zero * Maior ou igual a zero 1..* Maior ou igual a um 1..10 De um a dez, inclusive 1..5, 9..19, 38, 42..* De 1 a 5, de 9 a 19, 38 ou acima de 42, inclusive

Fonte: adaptado de Furlan (1998)

d) Dependência: indica a ocorrência de um relacionamento entre dois ou mais elementos do

modelo onde uma classe A é dependente de alguns serviços da classe B. Quando houver

uma mudança no elemento independente, poderá afetar o elemento dependente.

3.3.6. Diagrama de Seqüência

Um diagrama de seqüência captura a interação entre objetos. Essas interações são modeladas

como intercâmbios de mensagens. Esses intercâmbios resultarão em algum comportamento

desejado. É um diagrama que mostra objetos reais, as interações entre objetos no sentido horizontal

e seqüência no sentido vertical, conforme na Figura 6 (LEE, 2001).

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EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

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g

EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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A3.5

1 - U

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L Vers

ion

d TRIA

L

Version

Ator

umObject1:ClasseA

umObject2:ClasseB

umObject3:ClasseC

Mensagem

mensagemcria

mensagem

auto-delegação

retorno

deletaretorno

Figura 6. Representação da UML para Seqüência

Fonte: Lee (2001)

De acordo com Furlan (1998), os elementos do diagrama de seqüência são os seguintes:

a) Linha de vida do objeto: é representado por uma linha pontilhada vertical junto ao

objeto, que representa sua existência em um momento particular. O objeto responsável

por executar uma ação é desenhada como uma linha de vida com ações anexadas. Cada

linha de vida representa um objeto distinto, podendo haver linhas de vida múltiplas;

b) Mensagens: a comunicação entre os objetos ocorre através do fluxo de mensagens.

Objetos remententes enviam mensagens para objetos destinarios, pedindo

processamento, comunicando um evento ou qualquer outra informação que se tornar

necessária no modelo para cumprir determinadas responsabilidades;

c) Ativação: é a execução de uma ação. Determina a janela de tempo na qual um objeto

está executando diretamente uma ação através de um procedimento subordinado. É

exibida como um retângulo cujo topo é alinhado com seu tempo de iniciação e cuja parte

inferior é alinhada com seu tempo de conclusão; e

d) Autodelegação: ou chamada recursiva é uma técnica utilizada em algoritmos para

mostrar que uma operação chama a si própria.

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4. DESENVOLVIMENTO

4.1. INTRODUÇÃO

Primeiramente, por meio de reuniões e brainstorming com grupo de especialistas, extraiu-se

os principais requisitos para a criação do sistema. Esses requisitos deram forma aos casos de uso.

Observou-se na análise dos requisitos dois módulos diferenciados. O primeiro módulo

correspondia a aplicação, na qual dar-se-á o conhecimento. O segundo responsável em controlar o

cadastro de informação, no caso um servidor.

Após, modelou-se o aplicativo por meio dos três principais diagramas da UML, o de casos

de uso, de classe e de seqüência. Para os objetivos deste sistema não houve a necessidade de usar

outros diagramas.

Para a digitalização do conteúdo informativo. Nessa fase houve a transição do material

físico para digital, formando o conteúdo da palavra a ser mostrada. Nessa digitalização, incluem-se

as necessidades de scanear, procurar, desenhar as imagens, digitar os textos para formato apropriado

do aplicativo desenvolvido e transformar os vídeos VHS para digital no formato AVI com

compactação MPEG-4.

Para a digitalização de imagens escolheu-se o formato JPEG (JPG) e GIF por sua grande

popularidade, fidelidade (em relação á foto original) e por gerar um arquivo tamanho relativamente

pequeno. Já na digitalização de vídeo utilizou-se o padrão MPEG-4 (MPG), porém como o arquivo

gerado ocupava grande quantidade de megabytes, notou-se a necessidade de aplicar algoritmo de

compressão com perdas. Após vários testes para eleger o algoritmo que apresentasse ser mais

eficiente, levando em conta a perfomance, fidelidade e o tamanho do arquivo gerado, escolheu-se a

técnica baseada em codificação MPEG-4.

O sistema de ensino para LIBRAS com as palavras utilizadas na informática voltada às

pessoas surdas tem como objetivo principal auxiliar os surdos a se comunicarem quando o assunto é

a informática.

Para a implementação do sistema foram utilizadas: Apache httpd, a linguagem de

programação PHP e o gerenciamento de banco de dados MySQL, e ainda as ferramentas gráficas

que auxiliam os programas: Easy-PHP e MySQL Control Center, Easy-PHP que já vem juntos com

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Apache, PHP e MySQL instalado pronto e não havendo necessidades de usar configuração do Easy-

PHP, MySQL Control Center é a ferramenta gráfica com MySQL para criar, excluir, importar,

exportar e gerencia as informações do SQL. Todas as ferramentas foram instaladas na plataforma

Windows XP SP2.

Para implementar o sistema utilizando-se um editor de textos, como Bloco de Notas do

Windows ou um editor mais avançado, como o EditPlus, disponibilizado na Internet e que traz

recursos como destacar comandos da linguagem, menus de ajudas, entre outros. O internet Explorer

6 foi utilizado para a visualização das páginas em formato html.

As páginas dinâmicas geradas pelo sistema são compatíveis apenas com o navegador

Internet Explorer, versão 5.0 ou superior e com no mínimo de visualização de 800 por 600 pixels ou

recomendado para visualização de 1024 por 768 pixels.

Por meio da ferramenta CASE Enterprise Architect da Sparx Systems modelou-se através da

técnica de modelagem UML, a base de dados que armazena todas as informações referentes ao

InfoLIBRAS. Para o banco de dados utilizado no MySQL, o script em SQL foi importado no

MySQL Administrador.

Ao término do programa, aplicou-se o sistema desenvolvido a pessoas surdas, na casa do

autor do projeto.

4.2. ESPECIFICAÇÃO DE MODELAGEM

Para a especificação da modelagem do sistema optou-se em utilizar a ferramenta CASE

Enteprise Architect, que utiliza a metodologia orientada a objetos através do modelo UML. A

modelagem consta de diagrama de casos de uso, de classe e de seqüência.

4.2.1. Diagrama de Caso de Uso

O diagrama de caso de uso do sistema, onde tem-se como o ator e casos de uso sendo sua

interação para com o ambiente web, conforme mostrado na Figura 7 e na Figura 8.

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61

E

A 3.51

-

EA 3.51

-

A 3.51

- Unre

giste

EA 3.51

- Unre

g

1 - Unre

gister

ed TRIA

1 - Unre

g

stered

TRIAL V

ersion

RIAL V

ersion

ionUsuário

Acesso Internet e Consulta Palav ra

Figura 7. Diagrama de Caso de Uso com Usuário

EAU

EA 3.51

- U

Unregis

ter

EA 3.51

- Unre

giste

Unregis

tered

TRIAL

EA 3.51

- Unre

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Unregis

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EA 3.51

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Unregis

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EA 3.51

- Unre

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ersion

EA 3.51

- Unre

giste

Unregis

tered

TRIAL V

ersion

Unregis

te

tered

TRIAL V

ersion

teAL Vers

ion

on

Administrador

Cadastra Texto

Cadastra Figura

Cadastra Video

Alocação Indice

Figura 8. Diagrama de Caso de Uso com Administrador

A Tabela 2 traz informações sobre cada caso de uso, nome, ator que inicia a ação e descrição

de sua funcionalidade.

Tabela 2. Casos de Uso do Sistema

Caso de uso Ator Descrição (Cenários) Acesso internet e consulta palavras

Usuário Consulta Palavra {Principal} 1) Sistema consulta o repositório Índice para indexar no web; 2) Seleciona a palavra; 3) Sistema consulta e ler a palavra com os dados de informação; 4) Sistema realiza consulta e apresenta itens.

Cadastra Texto Administrador Cadastrar Texto {Principal} 1) Administrador informa nome do texto; 2) Sistema verifica se o nome do texto já encontra-se cadastrado; 3) Sistema salva dados do texto. Alterar Texto {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um texto com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Exibe dados para alterar informação; 2) Administrador seleciona texto a alterar; 3) Sistema salva dados de texto.

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62

Excluir Texto {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um texto com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona texto a excluir; 2) Sistema exclui texto. Cadastro já existente {Exceção} Se no passo 2, o sistema foi encontrado o texto com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Texto já cadastrado!". Cadastro não informado {Exceção} Se no passo 2, o sistema não foi informado o texto; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Texto não informado!".

Cadastra Figura Administrador Cadastrar Figura {Principal} 1) Administrador informa nome da figura; 2) Sistema verifica se o nome do texto já encontra-se cadastrado; 3) Sistema salva dados da figura. Alterar Figura {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado uma figura com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona figura a alterar; 2) Exibe dados para alterar informação; 3) Sistema salva dados da figura. Excluir Figura {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado uma figura com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona figura a excluir; 2) Sistema exclui figura. Cadastro já existente {Exceção} Se no passo 2, o sistema foi encontrado a figura com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Figura já cadastrada!". Cadastro não informado {Exceção} Se no passo 2, o sistema não foi informado a figura; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Figura não informado!". Cadastro não pode colocar outro tipo arquivo {Exceção} Se no passo 2, o sistema verifica o tipo arquivo extensão diferente e foi encontrado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Figura não pode colocar outro tipo arquivo!".

Cadastra Vídeo Administrador Cadastrar Vídeo {Principal} 1) Administrador informa nome do vídeo; 2) Sistema verifica se o nome do vídeo já encontra-se cadastrado; 3) Sistema salva dados do vídeo. Alterar Texto {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um vídeo com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona vídeo a alterar; 2) Exibe dados para alterar informação; 3) Sistema salva dados do vídeo. Excluir Texto {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um vídeo com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona vídeo a excluir; 2) Sistema exclui vídeo. Cadastro já existente {Exceção} Se no passo 2, o sistema foi encontrado o vídeo com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Vídeo já cadastrado!".

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63

Cadastro não informado {Exceção} Se no passo 2, o sistema não foi informado o vídeo; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Vídeo não informado!". Cadastro não pode colocar outro tipo arquivo {Exceção} Se no passo 2, o sistema verifica o tipo arquivo extensão diferente e foi encontrado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Figura não pode colocar outro tipo arquivo!".

Alocação Índice Administrador Cadastrar Índice {Principal} 1) Administrador informa nome do índice; 2) Sistema verifica se o nome do índice já encontra-se cadastrado; 3) Administrador seleciona texto; 4) Administrador seleciona figura; 5) Administrador seleciona vídeo; 6) Sistema salva dados do índice. Alterar Índice {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um índice com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona índice a alterar; 2) Exibe dados para alterar informação; 3) Sistema salva dados do índice. Excluir Índice {Alternativo} Se no passo 2, o sistema foi encontrado um índice com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Administrador seleciona índice a excluir; 2) Sistema exclui índice. Cadastro já existente {Exceção} Se no passo 2, o sistema foi encontrado o índice com nome igual (ou parte) ao informado; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Índice já cadastrado!". Cadastro não informado {Exceção} Se no passo 2, o sistema não foi informado o vídeo; 1) Mostra uma mensagem de erro: "Índice não informado!".

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64

4.2.2. Diagrama de Classes

O diagrama de Classes representa a especificação do sistema, conforme a Figura 9.

3.51

EA 3.51

EA 3.51

3.51 -

Unre

gis

EA 3.51

- Unre

gis

EA 3.51

3.51 -

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gister

ed TR

EA 3.51

- Unre

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ed TR

EA 3.51

3.51 -

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ed TRIAL V

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EA 3.51

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ed TRIAL V

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EA 3.51

3.51 -

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EA 3.51

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EA 3.51

3.51 -

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EA 3.51

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L Vers

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3.51 -

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EA 3.51

3.51 -

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EA 3.51

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TRIAL V

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TRIAL V

ersion

stered

TRIAL V

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RIAL Vers

ion

RIAL Vers

ion

on on

Indice

- Cod_indice: int- Nome_indice: varchar(20)- Cod_texto: int- Cod_figura: int- Cod_video: int

+ consulta() : void+ ler() : void+ incluir() : void+ alterar() : void+ exluir() : void

Texto

- Cod_texto: int- Nome_texto: varchar(20)- Descricao: varchar(100)- Frase: varchar(50)

+ consulta() : void+ ler() : void+ incluir() : void+ alterar() : void+ excluir() : void Figura

- Cod_figura: int- Nome_figura: varchar(20)- End_figura: varchar(30)

+ consulta() : void+ ler() : void+ incluir() : void+ alterar() : void+ excluir() : void

Video

- Cod_video: int- Nome_video: varchar(20)- End_video: varchar(30)

+ consulta() : void+ ler() : void+ incluir() : void+ alterar() : void+ excluir() : void

1 possui

1

1possui

1

1possui

1

Figura 9. Diagrama de Classes em Modelagem

Como o banco de dados utilizado é relacional e a especificação orientada a objetos, para

derivação do modelo de objeto em tabelas relacionais criou-se uma tabela para cada classe, onde os

atributos formam as colunas.

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65

4.2.3. Diagramas de Seqüência

Os diagramas de seqüência abaixo, os quais representam as opções do sistema, são

mostrados nas figuras a seguir.

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

gister

ed T

EA 3.51

- Unre

gister

ed T

EA 3.51

- Unre

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edT

EA 3.51

- Unre

gister

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EA 3.51

- Unre

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ed TRIA

L Ver

EA 3.51

- Unre

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L Vers

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EA 3.51

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EA 3.51

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L Vers

ion

EA 3.51

- Unre

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ed TRIA

L Vers

ion

EA 3.51

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EA 3.51

- Unre

gister

ed TRIA

L Vers

ion

EA 3.51

- Unre

gister

ed TRIA

L Vers

ion

EA 3.51

- Unre

gister

edT

EA 3.51

- Unre

gister

ed TRIA

L Vers

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EA 3.51

- Unre

gister

ed TRIA

L Vers

ion

EA 3.51

- Unre

gister

edT

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ersion

Unregis

tered

TRIAL V

ersion

Unregis

tered

T

tered

TRIAL V

ersion

tered

TRIAL V

ersion

tered

T

IAL V

ersion

IAL V

ersion

on on

UsuárioTela Consulta

Indice Texto Figura Video

sistema consultaativa consulta

consultaconsulta

consultaconsulta

seleciona palavraativa selecionada

ler

ler

ler

lerApresenta Tela

Apresenta

Figura 10. Diagrama de Seqüência – Acesso Internet e Consulta Palavra

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

gister

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EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

- Unre

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L Vers

ion

3.51 -

Unre

giste

regist

ered T

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ersion

regist

e

d TRIAL Vers

ion

Version

Tela Cadastra

Texto

Controle Cadastra

Texto

:Texto

:Administrador

Informa dadosInforma dados

incluir()

alterar()

excluir()

Figura 11. Diagrama de Seqüência – Cadastra Texto

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66

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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nregis

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ered T

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egist

eTRIA

L Vers

ion

ersion

Tela Cadastra

Figura

Controle Cadastra

Figura

:Figura

:Administrador

Informa dadosInforma dados

incluir()

alterar()

excluir()

Figura 12. Diagrama de Seqüência – Cadastra Figura

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

g

EA 3.51

- Unre

gister

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EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

- Unre

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TRIAL V

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Unregis

te

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L Vers

ion

L Version

Tela Cadastra

Video

Controle Cadastra

Video

:Video

:Administrador

Informa dadosInforma dados

incluir()

alterar()

excluir()

Figura 13. Diagrama de Seqüência – Cadastra Vídeo

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67

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.5

EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

- Unre

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

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EA 3.51

- Unre

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L Vers

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EA 3.51

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EA 3.51

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gister

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ered T

RIAL V

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eAL Vers

ion

AL Vers

ion

n n

Tela Alocação

Indice

Controle Alocação

Indice

:Indice :Figura:Texto :Video

:Administrador

Informa dadosAtiva consulta

consulta()consulta()

consulta()consulta()

Ativa alocaçãoler()

ler()

ler()

incluir()

alterar()

exluir()

Figura 14. Diagrama de Seqüência – Alocação Índice

4.2.4. Dicionário de Dados

As tabelas a seguir apresentam o dicionário de dados.

Tabela 3. Texto

Campo Tipo Tamanho Descrição *cod_texto inteiro 10 Código do texto nome_texto caracter 100 Nome do texto descricao caracter 400 Descrição do dicionário Frase caracter 250 Exemplo da frase

Tabela 4. Figura

Campo Tipo Tamanho Descrição *cod_figura inteiro 10 Código da figura nome_figura caracter 100 Nome da figura end_figura caracter 150 Endereço da figura

Tabela 5. Video

Campo Tipo Tamanho Descrição *cod_vídeo inteiro 10 Código do vídeo nome_vídeo caracter 100 Nome do vídeo end_vídeo caracter 150 Endereço do vídeo

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Tabela 6. Índice

Campo Tipo Tamanho Descrição *cod_indice inteiro 10 Código do índice nome_índice caracter 100 Nome do índice #cod_texto inteiro 10 Código do texto #cod_figura inteiro 10 Código da figura #cod_video Inteiro 10 Código do vídeo

4.3. SITE

4.3.1. SITE DO ADMINISTRADOR

Página inicial, é a página de acesso, que iniciará o sistema. Se o usuário estiver autenticado

executa no Menu Principal. Caso o usuário não seja autenticado, ela o redireciona para a tela da

página inicial.

Ao acessar o site do administrador, abre a janela de login onde o administrador deve

informar o usuário e senha para que este possa acessar as próximas páginas, Figura 15.

Figura 15. Tela Inicial do Administrador

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Devidamente informado o usuário e senha, o administrador acessa página do Administrador,

que possui cinco links. O primeiro é para acessa à página onde são visualizados para Cadastro de

Textos. Segundo link acessa também o Cadastro de Figuras para colocar as informações e arquivos

de Figuras. Terceiro link acessa também o Cadastro de Vídeos para colocar as informações e

arquivos de Vídeos. Quarto link coloca todas as informações na Alocação de Índices. Sexto link é a

Saída do Sistema e Logout. Esta página é visualizada na Figura 16.

Figura 16. Menu Principal do Administrador

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70

Na tela do Cadastro de Textos, o administrador pode acessar todas informações realizadas.

A visualização de textos pode ser vista através da tabela, após a inserção dos dados que foram

gerados por nome classificado, conforme na Figura 17.

Figura 17. Tela no Cadastro de Textos do Administrador

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Clicando em um dos links de textos na tabela da consulta de textos, aparece na janela para o

administrador visualizar e poder alterar ou excluir as informações de textos com nome, descrição e

frase. Esta janela ainda contem as mesmas informações de alteração ou exclusão que o

administrador confirmar as informações corretas, conforme na Figura 18 e Figura 19.

Figura 18. Tela no Cadastro de Textos na Alteração

Figura 19. Tela no Cadastro de Textos na Exclusão

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72

Ainda na tela do administrador, clicando no link “Cadastro de Figuras”, abre-se a mesma

página para inserir as informações de figuras e arquivos, conforme na Figura 20.

Figura 20. Tela no Cadastro de Figuras do Administrador

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73

O terceiro link da tela do administrador no Cadastro de Vídeos, abre a página para inserir as

informações de vídeos e arquivos, conforme na Figura 21.

Figura 21. Tela no Cadastro de Vídeos do Administrador

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74

O quarto link é na tela do administrador no Cadastro de Alocação de Índices, o quadro mais

geral para administrar as informações de textos, figuras e vídeos para liberação do usuário para

consultar as palavras de informática, conforme na Figura 22.

Figura 22. Tela no Cadastro de Alocação de Índices do Administrador

O quinto link é o botão para saída de sistema e logout.

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75

4.3.2. SITE DO USUÁRIO

O usuário acessa, através da internet, a palavra escolhida através de ordem alfabética ou

clicando na letra desejada. O Sistema exibe o vídeo, a figura e o texto com descrição e frase (não é

obrigatória, é opcional) correspondente a palavra escolhida, conforme na Figura 23.

Figura 23. Tela no Usuário acessa na Internet.

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76

Figura 24. Tela no Usuário acessa na Internet (mostrada).

Levando em consideração a complexidade do tema abordado e as constantes novidades

acerca dos assuntos, optou-se por deixar estáticos apenas os textos de apresentação e conceitos, por

não necessitarem de atualização. As informações que possam mudar ao longo do tempo estarão

contidas no banco de dados para suprir qualquer necessidade de modificação.

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77

4.4. VALIDAÇÃO

A filmagem dos sinais foi um processo que demandou trabalho e tempo para ser executado

pois o grupo de surdos deveriam se reunir para discutir como os sinais seriam executados. As

dificuldades maiores foram a disponibilidade de tempo da equipe e a filmagem em si. Esta demorou

por três meses pois cada palavra deveria ser filmada e extraída para ser embutida no computador.

Cada palavra necessitou de uma edição para melhorar a imagem, selecionar e converter o sinal para

o formato digital. O desenvolvimento (codificação) do trabalho necessitou de um mês. Após este

período houve a necessidade de relacionar as palavras no banco de dados, bem como o filme e a

figura associada a cada palavra. No final do processo, os surdos gostaram do trabalho que

realizaram. O NAPNE apoiou a validação do sistema após o mesmo estar pronto. Para isso,

elaborou-se um questionário sobre a qualidade do sistema cujos resultados estão demonstrados no

anexo 01.

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5. CONSIDERAÇÕES

Os objetivos inicialmente propostos foram alcançados. Na revisão bibliográfica apresentada

buscou-se contextualizar o trabalho frente aos conceitos envolvidos na especificação do trabalho de

conclusão de curso.

A realização deste trabalho possibilitou o estudo e aprendizagem da linguagem de script

PHP. Esta linguagem é de fácil entendimento e possibilita criar bons sites dinâmicos com certa

facilidade. Outro ponto forte da linguagem PHP foi ha facilidade de conexão com o banco de dados

MySQL, que torna flexível o trabalho de consultas e acesso nas páginas do ambiente.

A linguagem PHP e MySQL são freeware, não há custo para sua utilização.

A utilização da linguagem UML oferece um novo paradigma para o desenvolvimento,

rompendo os conceitos atuais, implicando dessa forma, num esforço substancial no

desenvolvimento do sistema.

O sistema usa figuras nos formatos GIF, JPEG e vídeos nos formatos AVI e MPEG.

Inicialmente o sistema é composto de 320 palavras. No entanto, durante a concepção do

sistema este número poderá ser acrescentado.

A metodologia do trabalho e a criação de ambientes de ensino, facilitou muito, pois ao

começar o trabalho de desenvolvimento já era possível ter uma visão das partes que iriam constituir

os ambientes.

Com este ambiente do sistema, o processo de ensino torna-se mais acessível uma vez que a

metodologia do trabalho possui a atividade do ensino do conhecimento da língua de sinais na

informática e vai ser aplicada no ambiente.

O ambiente de ensino também facilitará ao administrador no gerenciamento do web, já que

através dele, pode controlar todas as informações contidas no mesmo.

Com este sistema, professores, pais das pessoas surdas e pessoas interessadas podem

visualizar na língua de sinais brasileira a representação das principais palavras relacionadas com a

informática.

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Acredita-se que para trabalhos no futuro, outras palavras poderão ser introduzidas bem como

fazer uso do sistema para implementar palavras usadas em outros profissões.

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APÊNDICES

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APÊNDICE 01 – PALAVRAS QUE COMPORÃO O SISTEMA INFOLIBRAS

As palavras que vão compor o sistema de LIBRAS serão os seguintes:

Abrir, Abstração, Acesso, Acrobat, Agregação, Ajuda(Help), Algoritmo, Alternativo,

Âncora, Animação, Antivírus, Aplicativo, Arquitetura, Arquivo, Árvore Binária, ASCII, ASP,

Assembler, Associação, Atalho, ATM, Atributo, Backup, Banco de Dados, Banner, Barramento,

BASIC, Bate-papo(Chat), Binário, Bit, Bloquear, Boot, Bps, Bug, Byte, Caixa de som, Câmera

Digital, Cancelar, CASE, Caso de Uso, Catalogo e-mail, Cavalo de Tróia, Cd-rom, Cd-virgem,

Célula, Chip, Circuito-Curto, CISC, Classe, Cliente/Servidor, Clipart, Cluster, Colaboração,

Coluna, Compactar, Compilador, Componente, Computador, Comunicação, Conectar, Conector,

Configuração, Contato, Cracker, Cibercafé, Ciberespaço, Criptografia, Deletar, Delphi,

Desbloquear, Decremento, Descompactar, Desenvolvimento, Diagrama, Digitador, Discador,

Disquete, DMA, DNS, Domínio, Download, Driver, DVD, E-mail, Editor, Encapsulamento,

Endereço host, Endereço IP, Engenharia de Software, Entidade, Enviar e-mail, Equipamento,

Especialização, Estabilizador, Estrutura de Dados, Exceção, Excel, Excluir, Executar, Extranet,

FAT, Fax, Fechar, Ferramenta, Fibra Ótica, Figura, Fila, Filtro, Firewall, Firmware, Física, Flash,

Fluxograma, Fonte, Formatar, Fortran, Frame, Freeware, FTP, Função, Gabinete, Gateway,

Generalização, Gerenciador, Gerenciamento, Gigabyte, Glossário, Gráfico, Gravador CD,

Groupware, Hacker, Hardware, HD(disco rígido), Herança, Hiperlink, Hipermídia, Hipertexto,

Homepage, Host, Hotmail, HPFS, HTML, HTTP, Hub, Ícone, ICQ, IDE, Implementação,

Impressora, Imprimir, Incremento, Indexar, Informática, Inserir ou Adicionar, Instalação,

Inteligência Artificial, Interface, Internet, Intranet, IP, IRC, Java, JavaScript, Jogo(Game), Joystick,

Kilobyte, LAN, Layout, Leitura, Linguagem Assembly, Linguagem Compilada, Linguagem de

Programação, Linguagem Procedural, Linguagem Script, Linha, Link, Linux, Lista, Lógica, Login,

Logoff, Logon, Lycos, Macintosh, Macro, MAN, Matriz, Mbps, Megabyte, Memória, Memória

Cache, Memória Virtual, Mensagem, Microfone, Microsoft, MIME, Modem, Monitor, Mouse,

MSN, Multimídia, Navigator, Netware, Network, Nobreak, NTFS, Offline, Online, Operação,

OS/2, Pacote, Página, Parâmetro, Pascal, Pasta ou Diretório, Pen-drive, PHP, Pilha, Placa,

Plataforma, Plotter, Ponteiro, POP, Porta Paralela, Porta Serial, Portal, PowerPoint, Processador,

Programa, Programação, Programador, Protetor de Tela, Protocolo, Proxy, Python, Query, Quit,

Realidade Virtual, Receber e-mail, Receptor, Rede ou Rede de Computador, Reengenharia,

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Registro, Remoto, Requisito (Regra), Reset, Residente, Resolução, RISC, Roteador, Salvar ou

Gravar, Scanner, SCSI, Segurança, Senha, Seqüência, Servidor, Setup, Shareware, Sistema, Sistema

Distribuído, Sistema Operacional, Site, SMTP, SNMP, Sociedade de Informática, Sockets,

Software, SPAM, SVGA, Switch, Tabela, TCP, Teclado, Teclar, Telnet, Terabyte, Transistor,

Tupla, Tutorial, Unix, UPS, URL, USB, UseNet, Usuário, Variável, Vetor, VRML, Virtual, Vírus,

W3, WAN, WAP, Web, Weblog, Webcâmera, Webdesign, Webserver, Wifi, Windows, Wireless,

Word, Workgroup, Worm, XML, Y2K, Yahoo, YACC, Zap, Zip-drive, Zoom.

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ANEXOS

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ANEXO 01 – AVALIAÇÃO DO INFOLIBRAS

Tabela 7. Teste e Qualidade de Software

VARIÁVEL SEXO Masculino 44,90% Feminino 55,10% FAIXA ETÁRIA 10 a 20 anos 22,45% 21 a 30 anos 40,82% 31 a 40 anos 10,20% 41 a 50 anos 8,16% Não Respondeu 18,37% ESCOLARIDADE 1ª a 4ª Série 2,04% 5ª a 8ª Série 24,49% 2º Grau Incompleto 8,16% 2º Grau Completo 8,16% 3º Grau Incompleto 26,53% 3º Grau Completo 12,24% Não Respondeu 18,37% QUESTÃO 1 – O sistema é fácil de usar? Sim 77,55% Não 4,08% Não Respondeu 18,37% 2 – O que você acha das Figuras; está bom? Sim 77,55% Não 4,08% Não Respondeu 18,37% 3 – O que você acha dos Vídeos; está bom? Sim 59,18% Não 22,45% Não Respondeu 18,37% 4 – Tem algumas informações inadequadas no InfoLIBRAS? Sim 4,08% Não 77,55% Não Respondeu 18,37% 5ª A definição dos Textos; está boa? Sim 81,63% Não 0,00% Não Respondeu 18,37% 6 – Você tem algumas idéias no InfoLIBRAS? Sim 36,73% Não 44,90% Não Respondeu 18,37%

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7 – O tempo de resposta está bom? Sim 79,59% Não 2,04% Não Respondeu 18,37% 8 – As cores da Internet do InfoLIBRAS; está bom? Sim 81,63% Não 0,00% Não Respondeu 18,37% 9 – Existe alguma palavra que você julga que deveria ser colocada no sistema? Sim 26,53% Não 55,10% Não Respondeu 18,37%

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ANEXO 02 – CENSO DEMOGRÁFICO 2000 - IBGE

Figura 25. Tabulação Avançada no Censo 2000

Fonte: IBGE, 2000.