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ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO INSTITUTO DEFEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM I – ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS Profa: Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal

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ARBORIZAÇÃO E PAISAGISMO

INSTITUTO DEFEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM

I – ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Profa: Iane Barroncas Gomes

Engenheira Florestal

BREVE HISTÓRICO

Século XVII: Recife foi o primeiro núcleo urbano a dispor de arborização

no Brasil;

Séculos XVIII e XIX: marcos fundamentais e iniciais do paisagismo

brasileiro no Rio de Janeiro e em São Paulo

Criação do Jardim Botânico

Abertura do Bairro Higienópolis

Jardim botânico - RJ

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Condições do solo

Arborização é realizada normalmente após o término de

obras civis

Solos normalmente rasos, com entulho e compactados

Resistência à penetração das raízes, menor infiltração de

água e menor circulação de ar

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Tamanho das covas

Na verdade o ambiente urbano não é propício para o desenvolvimento das

árvores

O tamanho das covas deve permitir a colocação do torrão e a adição de

substrato

Tamanho recomendado: 60 cm mais largas e 15 cm mais profundas que o

torrão

O colo da muda deve permanecer ao nível do solo

A profundidade da cova será responsável pela fixação e resistência da planta

ao tombamento

Técnicas de plantio

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Área livre

É o espaço livre de pavimento que permitirá a infiltração da água e de

nutrientes

Recomenda-se pelo menos 1m² ou uma distância igual ao diâmetro

da árvore

A ausência de área livre favorece que as raízes forcem a calçada e

causem rachaduras

Área livre no calçamento

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Tutoramento

Tutores são responsáveis por manter a planta ereta e

com boa fixação quando sujeitas a ventos ou danos

mecânicos

Árvores tutoradas apresentam maior crescimento em

altura

Além do tutor é necessário o amarrio (tiras de borracha,

sisal, etc.)

Tutoramento

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Podas

O ato de podar árvores faz parte da cultura dos moradores das

cidades

Nem todas as espécies necessitam de poda, muito menos podas

drásticas

As podas devem ser realizadas após avaliação técnica e planejamento,

mas o correto é plantar uma espécie adequada ao espaço disponível

Levantamento e rebaixamento de copa

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Poluentes do ar

Os poluentes do ar alteram os processos físicos e químicos das

plantas e podem produzir efeitos como:

Redução de trocas gasosas devido à camada de pó sobre as folhas

Interferência no mecanismo de fechamento e abertura dos estômatos

Corrosão da cutícula das folhas

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Composição

Na maioria das cidades a arborização não é um fator de interesse do

poder público, assim a população planta árvores de acordo com seus

interesses pessoais

O plantio sem técnica e planejamento acarreta:

Excesso de espécies

Portes diversificados

Espaçamentos irregulares e reduzidos

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Composição

Outros problemas do manejo feito pela

população:

Pintura de troncos

Uso de marcadores nada estéticos como pedras e garrafas

Plantas de forração inadequadas

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Inadequação das espécies ao espaço e uso urbano

Árvores plantadas em esquinas

Incompatibilidade do porte da espécie com a largura do

passeio

Plantios em entradas de garagens

Escolha de espécies que causam transtornos

CERTO OU ERRADO?

BENEFÍCIOS DA ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

Captação e retenção de material particulado

Adsorção de gases

Reciclagem de gases através dos mecanismos fotossintéticos

Redução dos níveis de ruído

Proteção da avifauna

Conforto ambiental (térmico e lumínico)

CARACTERÍSTICAS DA ARBORIZAÇÃO URBANA

Dificuldades de achar uma espécie “ideal”

Optar pela espécie que apresenta maior número de

vantagens

1) SISTEMA RADICULAR PIVOTANTE

Árvores com raízes

pivotantes dificilmente irão

danificar o calçamento

Sistema radicular mangueira

2) FUSTE ALTO

Recomenda-se um fuste livre

de aproximadamente 1,80 m

de altura para permitir o

livre trânsito sob a copa

É preciso manejar a

arborização para alcançar

este padrão

3) FORMA DA COPA

Situações:

Passeios sob fiação aérea

Passeios sem fiação aérea

Canteiros centrais sob fiação aérea

Canteiros centrais sem fiação aérea

A escolha do formato da copa deve levar em consideração estes

aspectos

MORFOLOGIA DA COPA

Copa Umbeliforme (formato de

guarda-chuva): possuem porte e

copas altas e ramificadas com

tendência à horizontalidade.

Normalmente promovem bom

sombreamento, mas requerem

espaços amplos, sem a presença de

fiação aérea.

MORFOLOGIA DA COPA

Copa globosa : o porte é

pequeno a médio, o tronco é

curto, formando copa baixa.

MORFOLOGIA DA COPA

Copa chorona ou pendente:

facilmente identificada pelos ramos

pendentes, podem dificultar o trânsito

nas calçadas

MORFOLOGIA DA COPA

Copa piramidal ou cônica: o

porte varia de médio a grande,

tentativas de rebaixamento podem

comprometer a sua estrutura.

ESPINHOS, PRINCÍPIOS ALÉRGICOS E

TOXICIDADE

A árvore urbana deverá, via de regra, gerar conforto à população e não causar

problemas

A presença de espinhos dificulta o manejo e pode provocar acidentes

Princípios alérgicos, principalmente com referência ao pólen, são mais frequentes

na primavera

Algumas espécies exsudam substâncias tóxicas

FITOSSANIDADE

Selecionar espécies resistentes

Não ultrapassar 15% do número de indivíduos de uma mesma espécie

Principais pragas: cupins, formigas cortadeiras, coleópteros, lepidópteros, fungos,

bactérias, plantas parasitas