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Apresentação

Para tanto, essa escola precisa promover o desenvolvi-mento integral de seus estudantes a partir de um currí-culo significativo, preparado para que o ensino e a apren-dizagem de fato se efetivem com qualidade e para todos; e estar organizada como uma Comunidade de Apren-dizagem, que proporciona um ambiente colaborativo e de responsabilização compartilhada pela educação.

A seguir, detalhamos todos os pilares e conceitos envol-vidos na concepção da escola em que acreditamos.

“Se a educação sozinha não pode transformar a

sociedade, sem ela tampouco a sociedade

muda.”

Paulo Freire

O Instituto Natura defende a educação como meio para a transformação social e enxerga a escola como um agente essencial desta transformação. Mas, para que isso seja possível e esteja ao alcance de todos, precisa-mos de uma escola que favoreça e amplie a participação da comunidade; invista na melhoria da convivência entre todos e garanta excelência na aprendizagem a todos os estudantes.

Ou seja, uma escola eficaz, equânime e coesa, capaz de formar seus estudantes de modo integral para que possam pensar criticamente a realidade social.

A esColA eM que ACreditAMosINstItutO NAturA

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eficácia Gera excelentes resultados educacionais.

equidade Garante condições para que todos possam atingir excelentes resultados educacionais.

Coesão social Melhora a convivência na comunidade escolar.

desenvolvimento integral Promove o desenvolvimento integral do aluno em suas dimensões intelectual, social, emocional e física, formando indivíduos autônomos, capazes de colaborar criticamente para a sociedade contemporânea.

Comunidade de Aprendizagem Organiza-se como uma Comunidade de Aprendizagem, incorporando práticas inclusivas, gerando mais espaços de interações e diálogos e promovendo a participação educativa da comunidade.

Gestão democrática Envolve toda a comunidade escolar na definição e no acompanhamento eficiente dos objetivos de aprendizagem nas diferentes dimensões (intelectual, social, emocional e física), com altas expectativas para todos os estudantes.

Ampliação do tempo É em tempo integral para viabilizar todos os pontos anteriores.

Escola em que acreditamos

Eficácia

A esColA eM que ACreditAMosINstItutO NAturA

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Page 4: Apresentação - Instituto Natura€¦ · a escola deve estar atenta ao desenvolvimento contínuo e permanente de seus estudantes em suas dimensões intelectual, social, emocional

Desenvolvimento integral“Todo planejamento educacional, para qualquer sociedade, tem de responder às marcas e aos valores dessa sociedade. Só assim é que pode funcionar o processo educativo, ora como força esabilizadora, ora como fator de mudança.” Paulo Freire

Com o intuito de formar indivíduos autônomos, capazes de colaborar criticamente para a sociedade contemporânea, a escola deve estar atenta ao desenvolvimento contínuo e permanente de seus estudantes em suas dimensões intelectual, social, emocional e física. Para tanto, é fun-damental que tenha um currículo integrado e que esteja preparada para desempenhar a articulação entre os diversos contextos educativos e de desenvolvimento.

CurríCulo inteGrAdoO que é: o currículo escolar, dito de forma resumida, é a seleção e organização de conteúdos e práticas de ensi-no-aprendizagem que, produzidos em contextos histó-ricos determinados, procuram garantir aos estudantes o direito ao conhecimento e à cultura produzidos social-mente e ao desenvolvimento de suas potencialidades. se na proposta educativa tradicional a aquisição do co-nhecimento acadêmico é o objetivo principal da escola, na perspectiva integral essa conquista deve se expandir. A seu lado caminha o contato com saberes, linguagens e experiências que levam o estudante a desenvolver com-

A escola em que acreditamos promove o desenvolvimento integral do aluno em suas

dimensões intelectual, social, emocional e física, formando indivíduos autônomos,

capazes de colaborar criticamente para a sociedade contemporânea.

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jamento da escola e dos educadores como componen-tes curriculares e sustentadas por altas expectativas de aprendizagem; para que todos os estudantes aprendam e se desenvolvam integralmente.

Para tanto, é preciso que as formas de organização da escola e do território educativo, os agentes escolares que, direta ou indiretamente, fazem parte do processo educativo – como diretor, supervisor pedagógico, orientador educacional e professores -, as práticas pedagógicas e as estratégias de avaliação façam parte dos elementos curriculares.

Outra característica fundamental do currículo integrado é a articulação entre todas as atividades e experiências que os estudantes fazem e devem fazer na escola e fora dela. Dessa forma, o planejamento do currículo integrado deve articular a parte diversificada1 e a parte comum do cur-rículo, tornando-as interligadas e interdependentes. Essa integração não é espontânea, ela é intencional e planeja-da pelo coletivo da escola, e todas as decisões devem es-tar expressas no projeto político-pedagógico. (saiba mais, capítulo Gestão democrática com foco na aprendizagem).

Portanto, o currículo integral contempla as experiências de aprendizagens que serão vivenciadas pelos estudantes con-siderando não apenas seu desenvolvimento intelectual, mas também os aspectos sociais, emocionais e físicos. Além disso, os elementos significativos da vida dos estudantes e as vi-vências proporcionadas pelos diversos territórios educativos – que estão dentro e fora da escola – passam a fazer parte do currículo integral como articuladores dos campos de co-nhecimento acionados nas práticas pedagógicas escolares.

CoMo se dá nA prátiCA Como já dissemos, o currículo integrado, além de evi-denciar a visão de desenvolvimento integral, garante aos estudantes o acesso a todas as áreas do conhecimento, com metas e objetivos de aprendizagem para cada uma das atividades oferecidas. Mas como elaborar um currí-culo que abranja o planejamento das experiências vivi-das pelos estudantes em uma escola e oriente o trabalho do professor na prática pedagógica da sala de aula?

Estabelecer um planejamento curricular integrado signi-fica considerar todas as propostas presentes no plane-

petências e habilidades para a participação ativa na so-ciedade contemporânea.

Para romper com a fragmentação disciplinar do saber e dar sentido aos conteúdos dos projetos pedagógicos, o currículo, na perspectiva de um desenvolvimento integral deve garantir ao estudante o acesso às diversas áreas do conhecimento de maneira articulada, integrando os saberes acadêmicos aos saberes locais, oriundos da co-munidade onde vivem os estudantes.

O currículo integral coloca o estudante na centralidade dos processos educativos e considera suas diferentes dimensões formativas. Portanto, supõe a ampliação de tempo, espaços e agentes educativos.

1 LDBE - Lei n.o 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (redação dada pela Lei n.o 12.796, de 2013) - Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fun-damental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabeleci-mento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas carac-terísticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.

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As partes diversificada e comum dos currículos podem ser integradas de diferentes maneiras, como:

Articulando conteúdos ao projeto de vida do estudante, garantindo a centralidade no desenvolvimento do estudante, e e não apenas na aprendizagem dos conteúdos.

Inserindo atividades em que os estudantes aprendam conteúdos ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades sociais e emocionais, como os grupos interativos e as tertúlias literárias (saiba mais no capítulo Comunidade de Aprendizagem).

Garantindo aos estudantes acesso a todas as áreas do conhecimento sem distinção entre aulas e oficinas lúdicas ou, ainda, a separação por períodos.

ArtiCulAção dos diversos Contextos eduCAtivos e de desenvolviMentoO que é: para garantir as múltiplas aprendizagens, é fundamental que a escola seja um ambiente fértil para a troca, a participação, a pesquisa e a construção co-letiva do conhecimento. todas as vivências do território educativo, dentro e fora da escola, passam a fazer parte do currículo integral. Essa é uma forma de romper com a fragmentação do saber e dar sentido aos conteúdos de projetos que se desenvolvem e se relacionam, conec-tando os estudantes, os professores, as comunidades, as trajetórias, as escolhas e as experiências.

CoMo se dá nA prátiCA • participação educativa da comunidade: favorecer

a entrada dos familiares e da comunidade na escola é fundamental para a integração dos contextos de de-senvolvimento dos estudantes (saiba mais no capítulo Comunidade de Aprendizagem).

• Articulação com outros equipamentos: é impor-tante que as escolas reconheçam a diversidade dos territórios da cidade e o potencial educativo que eles têm, para que possam articulá-los com o cotidia-no escolar e serem considerados já no planejamen-to. Nesse aspecto, o bairro, a comunidade e a cidade também são considerados espaços educativos. Ao se planejar as atividades pedagógicas, é necessário le-var em conta a existência dos equipamentos públicos disponíveis e mapear os equipamentos do entorno.

A sala de aula deixa de ser considerada o único ambiente de aprendizagem

• organização do espaço: todos os espaços escola-res (refeitório, pátio, corredores, biblioteca) e o entorno (praças, bibliotecas públicas, centros culturais etc.) que estejam integrados ao projeto da escola precisam ser planejados para garantir experiências e interações coerentes com a proposta educativa, potencializar as aprendizagens dos estudantes e promover a intera-tividade e a convivência harmônica e respeitosa en-tre as crianças e os jovens, entre eles e os adultos que frequentam a escola e de todas essas pessoas com o entorno e a comunidade em geral.

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Comunidade de Aprendizagem

A escola em que acreditamos se organiza como uma Comunidade de Aprendizagem,

incorporando práticas inclusivas, gerando mais espaços de interações e diálogos e promovendo

a participação educativa da comunidade.

É a partir das ações coerentes entre o currículo e a ges-tão que a escola pode se tornar um espaço democráti-co de transformação social. Portanto, é preciso que ela transforme seu ambiente e seu entorno para que possa proporcionar a participação educativa da comunida-de, estabelecer frequentes situações de interação e diálogo e adotar práticas inclusivas que assegurem o excelente desempenho acadêmico e o perfeito desenvol-vimento integral de todos os estudantes. Ou seja, é preci-so que a escola esteja organizada como uma Comunida-de de Aprendizagem.

Favorecer o desenvolvimento integral pressupõe agregar diferentes saberes, espaços educativos, pessoas da comunidade, conhecimentos etc. e transcender a escola como único espaço de aprendizagem, trazendo para dentro dela a comunidade e a cidade.

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pArtiCipAção eduCAtivA dA CoMunidAdeO que é: é uma forma de participação que se baseia no envolvimento das famílias, dos professores e de outras pessoas da comunidade nos espaços formativos da es-cola e nas decisões da escola sobre os aspectos que in-fluenciam a aprendizagem dos estudantes, sejam eles de cunho administrativo, avaliativo, educativo etc.

Esse tipo de participação incide em questões fundamen-tais da vida escolar dos estudantes, uma vez que trazer a comunidade e familiares para dentro da escola favorece a coordenação do discurso entre as famílias, a escola e os demais agentes educativos, possibilitando tomadas de decisões conjuntas e para um mesmo fim: melhoria da qualidade educativa da escola. Além disso, a inter-ferência de diferentes agentes no processo de aprendi-

zagem fortalece as redes de solidariedade, tornando as relações, dentro e fora da escola, mais igualitárias e con-tribuindo para a prevenção e a superação de conflitos de forma mais efetiva.

O conhecimento acadêmico caminha ao lado do contato com saberes, linguagens e experiências que levam o es-tudante a desenvolver competências e habilidades para a participação ativa na sociedade contemporânea. Nes-sa perspectiva, a aprendizagem depende muito mais do conjunto de interações que o estudante vivencia dentro e fora da escola do que das que ocorrem somente den-tro da sala de aula. Portanto, trazer a comunidade e os familiares para dentro do espaço educativo garante um impacto significativo no desenvolvimento integral e na aprendizagem dos estudantes.

CoMo se dá nA prátiCA• participação de voluntários: familiares e outros

membros da comunidade inseridos nos processos de aprendizagem, participando, por exemplo, de ativida-des na sala de aula, dinamizando as interações entre os estudantes. Esse tipo de participação aumenta os recursos humanos que apoiam a aprendizagem dos estudantes, permitindo atuações inclusivas que con-tribuem para o rendimento e a convivência escolar. Ex. grupos interativos e, bibliotecas tutoradas.

• Formação de familiares: pesquisas indicam que os resultados acadêmicos de crianças e adolescentes têm impacto positivo quando os pais também estão em um processo de formação enquanto seus filhos estão na escola, independentemente do nível de ins-trução alcançado previamente por eles. Isso aumen-ta o sentido, as expectativas e o compromisso de to-dos com a educação.

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• Assembleias: são reuniões para debater, acordar e decidir de forma democrática, entre toda a comuni-dade, questões relevantes sobre o funcionamento da escola e que foram discutidas entre todos nas comis-sões mistas. Nas assembleias, toda a escola e a comu-nidade do entorno podem participar: estudantes, fun-cionários, professores, gestores, familiares, moradores próximos da escola etc.

• Comissões mistas de trabalho: forma de organi-zação que assegura a participação da equipe da escola e de membros da comunidade em um diálo-go igualitário, independentemente de sua posição. Os grupos, formados por estudantes, professores, outros profissionais da escola, familiares e mem-bros da comunidade, encarregam-se de cumprir, desempenhar, coordenar, supervisionar e avaliar, de maneira constante, algum aspecto ou atividade concreta que incida diretamente nas questões edu-cativas da escola.

É possível que haja mais de uma comissão mista, uma vez que são várias as questões a serem debatidas na escola. Por exemplo, sobre os processos educativos e avaliativos, as reformas etc.

As comissões mistas são coordenadas pela Comissão Gestora, que é formada por representantes da equipe gestora da escola e representantes de cada uma das comissões mistas formadas. seu papel fundamental é coordenar os esforços, uma vez que tem uma visão global do que acontece na escola, assim como tomar a decisão final. Ainda que as comissões mistas tenham autonomia e capacidade de decidir, as decisões de-vem ser confirmadas pela Comissão Gestora e sancio-nadas pelo Conselho Escolar, que é o organismo legal.

prátiCAs inClusivAsO que é: para além da igualdade homogeneizadora e da defesa da diversidade que não leva em conta a equidade, a igualdade de diferenças é a igualdade real, na qual to-das as pessoas têm o mesmo direito de ser e de viver de forma diferente e, ao mesmo tempo, serem tratadas com respeito e dignidade.

Dessa forma, é fundamental que a escola adote práticas inclusivas para garantir que todos, independentemen-te de suas condições particulares, possam alcançar as mesmas expectativas de aprendizagem.

CoMo se dá nA prátiCA• Agrupamento inclusivo – grupo interativo: envolve

a organização da classe em pequenos grupos hete-rogêneos de estudantes com a inclusão de um adulto voluntário por grupo.

Cada grupo trabalha com uma atividade de aprendiza-gem instrumental2 durante algum tempo (aproximada-mente 20 min.). Em seguida, os grupos fazem um rodízio e trabalham com uma atividade diferente. Os adultos são encarregados de fomentar as interações entre os estu-dantes para resolver as tarefas designadas e também as expõem a uma gama mais abrangente e mais rica de inte-rações de aprendizagem.

A participação de outros adultos (familiares, funcionários, comunidade do entorno) que não apenas o professor nas atividades em sala de aula favorece que os estudantes que apresentem fraco aproveitamento ou estejam em desvantagem possam ter o apoio necessário para acele-rar o ritmo de sua aprendizagem, ou porque trocam co-nhecimentos com seus colegas e voluntários ou porque isso facilita o apoio individualizado feito pelo professor. Ao

2 Aprendizagem de instrumentos essen-ciais para a inclusão social, como diálogo e reflexão, leitura e escri-ta, idiomas, matemáti-ca e informática.

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Portanto, é papel da escola favorecer situações frequen-tes de interação e diálogo e promover ações intencionais que envolvam as várias áreas do saber. Dessa forma, os processos de ensino e aprendizagem são ampliados enormemente, já que se multiplicam também os contex-tos de aprendizagem.

Para que essas interações sejam de qualidade, é ne-cessário que o diálogo seja igualitário, o que acontece sempre que se consideram as contribuições de todas as pessoas que participam dele. todos devem ter a mesma oportunidade de falar e de ser escutado, sendo que a força está na qualidade dos argumentos, no sentido do que se defende, e não na posição hierárquica de quem está falando. Isso quer dizer que todas as contribuições são válidas, independentemente de quem fala e de sua função, origem social, idade, sexo etc.

mesmo tempo, provoca impacto positivo na classe como um todo, uma vez que as ações inclusivas permitem que os professores trabalhem o mesmo currículo com todos os estudantes (adaptação de métodos de ensino, sem re-dução de currículo).

• Mais espaços de aprendizagem: essa atuação in-clusiva consiste em oferecer atividades adicionais de aprendizagem instrumental, como redação, matemá-tica e idiomas, ou, ainda, apoio para a realização dos exercícios de casa, além do horário normal da escola.

Esse apoio conta com a participação de voluntários, ex--alunos, familiares e outros membros da comunidade, favo-recendo as interações entre pessoas com diferentes expe-riências, o que incentiva a aprendizagem dos estudantes.

Assim como nos grupos interativos, essa prática também ajuda especialmente os estudantes em defasagem, pois disponibiliza ajuda fora do horário letivo para aqueles que possuem mais dificuldade.

MAis espAços de interAção e diáloGo “A Aprendizagem Dialógica prioriza as interações com maior presença de diálogos, entre pessoas o mais diversas possível, buscando o entendimento de todos e valorizando as intervenções em função da validade dos argumentos. Difere das interações de poder, nas quais predominam relações de poder e o peso da estrutura social desigual.”

Aubert et al., 2008; searle & soler, 2004

O que é: como já mencionado, a escola em que acredi-tamos precisa garantir o desenvolvimento dos estudan-tes em todas as suas dimensões, bem como se organizar como projeto coletivo, compartilhado por todos: estudan-tes, famílias, educadores, gestores e comunidades locais.

Nessa perspectiva, a formação integral dos estudantes é de responsabilidade não só da escola, mas também da família e da comunidade, e a aprendizagem aconte-ce nas interações entre os próprios estudantes e entre eles, os professores, os familiares e outros agentes do contexto educativo.

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CoMo se dá nA prátiCA• tertúlias dialógicas: trata-se da construção coleti-

va de significado e conhecimento com base no diálogo sobre as melhores criações da humanidade em diver-sos campos: da literatura à arte ou à música.

Com as tertúlias Dialógicas, potencializa-se a aproxima-ção direta dos estudantes – sem distinção de idade, gê-nero, cultura ou capacidade – à cultura clássica universal e ao conhecimento científico acumulado pela humanidade ao longo do tempo.

A tertúlia se desenvolve com o compartilhamento – me-diante um respeito rigoroso a quem tem a vez da palavra – de trechos que tenham chamado a atenção ou des-pertado alguma reflexão, trazido por cada participante. Isso gera um intercâmbio enriquecedor, que permite um aprofundamento na matéria e promove a construção de novos conhecimentos. Nas sessões, um dos participan-tes assume o papel de moderador, com a ideia de favo-recer a participação igualitária de todos.

As mais comuns são as tertúlias Literárias Dialógicas, nas quais as pessoas se reúnem para dialogar e compartilhar sobre um livro da literatura clássica universal. A opção é pelos clássicos, porque essas obras abordam as questões mais centrais da vida das pessoas, e por isso permanecem por tanto tempo; e porque isso rompe com as barreiras eli-tistas culturais, que têm considerado a literatura clássica um patrimônio de determinados grupos sociais. Democra-tiza-se, assim, o acesso à cultura para todas as pessoas.

As tertúlias Literárias Dialógicas têm demonstrado que aumentam o vocabulário e a expressão oral e a com-preensão de texto. Ao mesmo tempo, é um exercício de respeito, de escuta igualitária, que transforma o contexto das pessoas e cria sentido.

• participação educativa da comunidade: a entrada de familiares na escola e sua implicação em atividades relacionadas com o processo de aprendizagem dos es-tudantes (ver itens: “Participação educativa da comuni-dade” e “Práticas inclusivas”) potencializa as situações de diálogo e interação dentro e fora da escola.

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Gesão democrática

A escola em que acreditamos envolve toda a comunidade escolar na definição

e no acompanhamento eficiente dos objetivos de aprendizagem nas diferentes dimensões (intelectual,

social, emocional e física), com altas expectativas para todos os estudantes.

A gestão democrática tem sido defendida, no âmbito educacional, como modelo de gestão a ser utilizado nas escolas, como forma de garantir a participação da co-munidade nos processos e decisões. Essa proposta en-contra-se respaldada na legislação brasileira.

A LDB,3 exemplo, determina em seu artigo 14 que “os sis-temas de ensino definirão as normas da gestão demo-crática do ensino público na educação básica, de acor-do com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: (inciso I) participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da es-cola; (inciso II) participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou euqivalentes”.

É também uma das metas do PNE:4 “assegurar condi-ções, no prazo de 2 anos, para a efetivação da gestão democrática da Educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comuni-dade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da união para tanto”. (MEtA 19 – Gestão democrática.)

Entendemos que a escola, para além de estar organi-zada a partir de uma gestão democrática, precisa ter seu foco principal na aprendizagem de seus estudan-tes, uma vez que é definida como o lugar da excelência acadêmica, em que a aprendizagem, em seu sentido mais amplo, é medida e analisada por todos de forma democrática, gerando dados para atestar a eficácia dos processos. Nesse aspecto, todas as ações da equi-pe gestora, inclusive as administrativas, precisam ser alinhadas a fins pedagógicos, considerando a eficiência da aprendizagem em todos os processos e decisões.

3 Lei 9.394/96: Lei das Diretrizes e Bases da Educação.

4 Plano Nacional da Educação: lei ordiná-ria com vigência de dez anos a partir de 26/06/2014, prevista no artigo 214 da Consti-tuição Federal.

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Acreditamos que uma gestão escolar com foco na aprendizagem considera a articulação entre a escola – com seus diferentes atores: gestão, professores, estudantes e demais funcionários – e a sociedade a sua volta e é fundamentada a partir de uma abordagem sistêmica de planejamento e acompanhamento das ações derivadas da gestão democrática. Dessa forma, a escola, uma organização complexa de todos e para todos, é capaz de propor e executar ações mais eficazes, não só de curto prazo, mas também e principalmente de médio e longo prazo.

Avaliar Coletar dados, analisar os resultados reais e compará-los com as metas com o intuito de averiguar as diferenças e determinar as causas, checando a adequação e a integridade das ações.

planejar Estabelecer objetivos, estratégias, ações e metas para se atingir os resultados esperados.

realizar as ações (executar) Implementar as ações previstas no plano de ação do planejamento.

Ajustar Determinar onde realizar as mudanças necessárias no planejamento a partir da avaliação realizada. As mudanças podem incluir novas ações, novas metas e estratégias e até revisão dos processos.

ConCeitos envolvidos Elegemos dois conceitos importantes que ajudam na compreensão da gestão democrática com foco na apren-dizagem. são eles:

Abordagem sistêmica na gestão escolar A escola é uma organização complexa, composta de um conjunto de elementos e seções que se inter-relacionam e formam uma estrutura organizada, cujo objetivo principal é a aprendizagem de todos os seus estudantes.

Gerir esse sistema tão complexo não é tarefa sim-ples. Por isso, fundamental a participação de todos e uma proposta organizada de gestão, que dê conta de acompanhar todas as ações continuamente para que seja possível detectar os problemas e desafios e, então, realizar os ajustes e as intervenções necessárias.

Para auxiliar no diagnóstico, na análise, no plano de ação e nas soluções para os diferentes problemas e desafios encontrados nos diversos âmbitos escolares (em uma aula, em uma proposta de projeto escolar, em uma ação administrativa, nos resultados obtidos no ano letivo etc.), a gestão escolar precisa organizar suas ações a partir de uma abordagem sistêmica, que considera todos os processos e pessoas envolvidas como fundamentais para o funcionamento e a eficá-cia da escola; e realizar essa ações de forma cíclica e integrada, efetuando continuamente o planejamento, a ação, a avaliação e os eventuais ajustes para rever o planejamento, e assim sucessivamente.5

5 Baseado no clico de melhoria PDCA (Plan, Do, Check, Act).

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O tempo previsto para cada uma das etapas dessa abor-dagem sistêmica é determinado pela natureza do plane-jamento. Por exemplo, no caso de um planejamento de aula, ou mesmo uma ação pontual na escola, a avaliação e a correção acontecem após a realização da aula ou evento. No caso do planejamento escolar anual, definido no Projeto Político-Pedagógico (PPP) que estabelece os caminhos e ações para o ensino de qualidade, esse ciclo pode acontecer mais de uma vez ao longo do ano, mas ao fim do período letivo é imprescindível realizar a correção do plano, ajustando estratégias, metas, indicadores e ou-tras variáveis do projeto a ser (re)planejado.

projeto polítiCo-pedAGÓGiCo (ppp)É um documento elaborado pela escola e revisado anu-almente, considerando as características que lhe são próprias, a realidade à qual está inserida, a legislação e as diretrizes em vigor. Nasce de um trabalho coleti-vo que considera a participação de toda a comunidade educativa (gestores, professores, estudantes, pais e co-munidade do entorno).

A escola em que acreditamos elabora o seu Proje-to Político-Pedagógico a partir de objetivos, metas e prioridades claramente definidas e centradas na melhoria da qualidade de ensino e do processo de aprendizagem para todos os estudantes. Além disso, incide diretamente na organização do espaço e tem-po escolares.

A elaboração do Projeto Político-Pedagógico, dentro da perspectiva de uma escola que considera o desenvol-vimento integral e está organizada como uma Comu-nidade de Aprendizagem, considera todos os agentes da comunidade escolar: funcionários, familiares, profes-sores, estudantes e comunidade do entorno. A mobili-zação desses agentes é tarefa da gestão escolar e não existe uma maneira única de orientar esse processo: é possível que a participação seja individual, em grupos, em assembleias etc.

Ainda que não haja regras rígidas para a elabora-ção do Projeto Político-Pedagógico nos documen-tos legais, indicamos a seguir alguns elementos que podem fazer parte desse documento. A nomencla-tura utilizada nesses elementos serve para exem-plificar o que acreditamos ser importante em cada um deles, e não itens obrigatórios de uma proposta político-pedagógica.

Gestão democrática A participação de toda a comunidade escolar nas decisões, na avaliação e nos processos educativos é fundamental para o alinhamento entre os diferentes contextos de desenvolvimento dos estudantes e, consequentemente, para o alcance de altos níveis de aprendizagem por todos e todas.

A construção de um modelo de gestão democrática é fun-damental para que esse alinhamento se estabeleça. Des-sa forma, o planejamento e a gestão de tempos e espaços devem ser pensados e definidos no coletivo formado pelas equipes gestora e pedagógica da escola e pela comunidade.

CoMo se dá nA prátiCA A Gestão deMoCrátiCA CoM FoCo nA AprendizAGeMPara a implementação de uma gestão democrática na esfera escolar, é preciso elaborar um projeto político- -pedagógico (PPP) e sua forma de acompanhamento, ambos de modo coletivo e participativo.

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introdução

Traz um diagnóstico geral da realidade da escola, apresentando a situação das matrículas, os resultados obtidos historicamente, o perfil da equipe escolar, dados sobre a comunidade que atende e seus anseios, os tipos de parcerias existentes etc.

visão

A visão representa o estado futuro desejado pela escola, sem as limitações do presente. Deve conter tanto a aspiração como a inspiração. A aspiração de tornar-se “algo”, e a inspiração como o motivo para que esse “algo” valha a pena ser concretizado. Exemplo do Ginásio Pernambucano: “Ser uma instituição reconhecida pela qualidade, responsabilidade e compromisso com a formação humana e acadêmica do jovem, com uma forte e duradoura relação de confiança com toda a comunidade escolar, parceiros e entidades oficiais, resultante de elevados níveis de satisfação e de corresponsabilidade demonstrada”.

Missão

A missão é o objetivo fundamental da escola, sua razão de ser. Deve servir de base para o estabelecimento das prioridades e a escolha das decisões estratégicas para o atingimento da visão. Exemplo da Universidade de São Paulo: “Promover atividades de ensino, pesquisa e extensão para a formação de profissionais com excelência e cidadania, reconhecidos nacional e internacionalmente, para atender às demandas da sociedade”.

valores

Os valores são um conjunto de princípios e crenças que estrutura a cultura e a prática da escola. Devem ser incorporados por todas as pessoas envolvidas com a escola, norteando suas decisões e a realização de seus trabalhos. São exemplos de valores o respeito e a valorização das diferenças, a solidariedade, a crença de que todos podem atingir altos resultados de aprendizagem etc.

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estratégias

As estratégias sintetizam e qualificam o conjunto de ações a serem realizadas para que os objetivos sejam alcançados, tornando possível o cumprimento da missão e a realização da visão, no longo prazo. Devem ser desdobradas em ações detalhadas, prazos de execução e responsáveis.

Vale reforçar a importância do uso eficiente dos recursos disponíveis por meio de uma gestão adequada, de modo a potencializar as aprendizagens de todos e todas.

desenvolvimento integralPossuir um currículo que considere contínuo e permanente o desenvolvimento do estudante em suas dimensões intelectual, social, emocional e física.

eficáciaGerar altos resultados de aprendizagem, nas dimensões cognitiva (instrumental), social e emocional.

equidadeTodos apresentando altos resultados de aprendizagem, independentemente das condições de partida.

Coesão socialTornar a comunidade participativa na vida escolar e melhorar os níveis de convivência na escola.

Comunidade de AprendizagemAfirmar a presença da comunidade na escola nas tomadas de decisões e práticas escolares.

Metas e indicadoresAs metas são as expressões concretas dos objetivos e re-sultados esperados, medidas a partir de indicadores que as mensurem de forma adequada. É importante refletir sobre cada uma delas, elegendo as que provocarão o maior impacto na aprendizagem. Dada a sua importân-cia, as metas e e os indicadores devem ser pactuados e acompanhados por toda a comunidade escolar.

são exemplos de metas e indicadores:

Eficácia ideb acima de 6

Equidade nenhum estudante em níveis insuficientes de aprendizagem

Coesão social normas construídas de forma compartilhada

objetivos indiCAdores e MetAs

objetivosOs objetivos descrevem o que se pretende alcançar. Devem estar alinhados com as premissas e ser tangí-veis, claros, precisos e observáveis ao fim de um perío-do determinado.

são exemplos de objetivos da escola em que acredita-mos:

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ACoMpAnhAMento do projeto polítiCo- -pedAGÓGiCoPara assegurar o cumprimento do Projeto Político-Pe-dagógico de uma escola que considera o desenvolvi-mento integral e se organiza como uma Comunidade de Aprendizagem, é fundamental acompanhar e monitorar as ações realizadas, bem como o cumprimento das me-tas estabelecidas. Com isso, é possível tomar decisões a respeito de ações não efetivas a tempo, além de verificar a consistência das metas e dos indicadores.

Para que um acompanhamento seja realizado de for-ma adequada, é importante desenhar um processo que contenha os seguintes componentes principais:

• Comitês > quem acompanha o quê. O acompanha-mento do plano de ação deve ser realizado por toda a comunidade escolar, de forma democrática. Para isso, é fundamental que sejam criados comitês com funções determinadas e compostos de diferentes atores da comunidade, criando um ambiente colaborativo. Cada integrante dos diferentes comitês deve ter claramente definidos seus papéis e responsabilidades no grupo.

Além do acompanhamento do plano de ação do Pro-jeto Político-Pedagógico como um todo, os comitês podem ser formados para acompanhar ações especí-ficas definidas de acordo com as prioridades da escola e da comunidade. são exemplos de comitês as comis-sões mistas e as assembleias.

• rituais > quando e onde os comitês devem se encon-trar. Os rituais devem ser determinados para garantir que os comitês se encontrem em uma frequência ade-quada para realizar o acompanhamento do plano.

Dessa forma, é muito importante ter uma agenda compar-tilhada e que todos os envolvidos priorizem os encontros.

• instrumentos > quais informações devem ser acompanhadas. Os instrumentos de acompanha-mento devem suportar os encontros dos comitês com informações relevantes a respeito do que está sendo realizado. são exemplos de instrumentos os relatórios parcial e anual das metas.

ter instrumentos de monitoramento e avaliação adequa-dos, a serviço da gestão, faz com que a análise minuciosa dos resultados embase a escolha das práticas pedagó-gicas. O mapeamento da aprendizagem é, portanto, uma ferramenta que leva à identificação das dificuldades de compreensão de conteúdos específicos e ao aprimora-mento do processo de ensino e aprendizagem, garantin-do altos níveis de aprendizagem a todos os estudantes.

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Ampliação do tempo

A escola em que acreditamos é em tempo integral, para viabilizar todos os pontos

anteriores.

O desenvolvimento de uma pessoa é um processo contínuo e permanente, que começa no nascimento, se estende por toda a vida e acontece em qualquer ambiente frequentado por ela.

A escola é um espaço privilegiado para o desenvolvi-mento das diversas aprendizagens por fornecer condi-ções necessárias para a aquisição de conhecimentos e habilidades instrumentais, fundamentais para o exercí-cio pleno da cidadania (leitura, escrita, cálculo etc.), e ser um lugar de interação entre grupos internos e externos a ela: familiares, educadores, comunidade e convivência sistemática com seus pares. Portanto, na escola, tempos e espaços devem dialogar entre si.

Para que a escola dê conta de todas as dimensões pre-vistas no currículo integrado, nas práticas incisivas e nas diferentes formas de participação da comunidade, o tempo médio de quatro horas diárias se mostra insufi-ciente. A ampliação da jornada é um fator decisivo que possibilita que os conteúdos e as experiências sejam re-

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organizados para permitir a exploração das diversas di-mensões do conhecimento e o desenvolvimento integral de todos os estudantes.

Nesse aspecto, são múltiplos os arranjos possíveis. Vale combinar aulas de 45 ou 50 minutos com tempos mais extensos, por exemplo. Ou reorganizar o período leti-vo com base em roteiros orientados por um coletivo de professores. Qualquer que seja o modelo escolhido para organizar a rotina, ele vai exigir flexibilidade da equipe gestora e planejamento integrado por parte da equipe pedagógica.

A ampliação do tempo também favorece que as institui-ções educacionais repensem suas práticas e construam novas organizações curriculares voltadas para concep-ções de aprendizagens como um conjunto de práticas e experiências inter-relacionais e contextualizadas, além de potencializar que os equipamentos públicos e ato-res sociais contribuam para a diversidade e riqueza de vivências.

Além disso, ampliar a jornada favorece a implementação de uma gestão democrática, potencializa os momentos de formação continuada do corpo docente e cria melhores condições de trabalho e construção de vínculos entre estudantes, professores e demais funcionários.

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