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21ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA
AEAMESP
Lucas Alonso
O impacto da integração tarifária na mobilidade urbana da RMSP
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O impacto da integração tarifária na mobilidade urbana da RMSP
Análise da dinâmica da mobilidade urbana na primeira década de 2000, buscando esclarecer os fatores que desencadeiam mudanças no perfil da mobilidade urbana na RMSP no período, quando ocorreu reversão da tendência da série histórica de divisão modal das viagens na região, conforme apontam as Pesquisas de Origem e Destino do Metrô de São Paulo.
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Região Metropolitana de São Paulo
39 municípios20 milhões de habitantes
8 mil km²
Densidade populacional2,5 mil habitantes/km²
Densidade “média”
Região Metropolitana de Nova Iorque0,5 mil habitantes/km² (baixa)
Região Metropolitana de Tóquio4 mil habitantes/km² (alta)
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Dispersão da população na RMSP
Concentração em distritos das zonas Leste e Sul
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados da Pesquisa OD, 2007.
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Densidade de empregos na RMSP
Quase 20% dos postos de trabalho se concentram em 8 dos 96 distritos da cidade
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados da Pesquisa OD, 2007.
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Densidade de empregos na RMSP
30% dos empregos concentram-se nos 8 distritos citados somados aos empregos dos municípios de Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados da Pesquisa OD, 2007.
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Dispersão da população X concentração de empregos: problemas de mobilidade
Fluxos intensos da periferia para o centro no pico da manhã
e do centro para a periferia no pico da tarde
=> Necessidade de provisão de meios de transporte de massa
Década de 1970
Criação da Companhia do Metropolitano de São Paulo
Quase 70% das viagens eram realizadas por modo coletivo
Décadas de 1980 e 1990
Preferência por automóvel aumenta ao longo das próximas décadas
Década de 2000
Uso de modos de transporte individuais ultrapassa o de coletivos
Na mesma década, porém, a tendência de queda do uso de transporte individual é invertida
Modos coletivos voltam a realizar maior parte das viagens na RMSP
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Série histórica: divisão modal das viagens na RMSP
Fonte: Metrô-SP, Pesquisa OD, 2007.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
1967 1972 1977 1982 1987 1992 1997 2002 2007 2012
coletivo individual
Por que ocorre a inversão na tendência observada na divisão modal das viagens da RMSP?
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Contexto socioeconômico
* Crescimento populacional
* Nível de renda da população
* Posse de automóvel
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Crescimento populacional
Fonte: IBGE, 2010.
Praticamente nulo: não justifica aumento da demanda por transporte público
0
5
10
15
20
25
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milh
ões
habitantes
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Nível de renda
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados do IBGE, 2010, e FIPE, s/d.
Crescimento constante, em torno da inflaçãonão influencia diretamente a divisão modal
1
1,25
1,5
1,75
2
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
renda inflação (IPC)
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Posse de automóvel
Fonte: Observatório das Metrópoles, 2015.
Frota de automóveis cresce: sugere que crescimento das viagens por transporte coletivo cresce a taxas maiores no período
0%
1%
2%
3%
4%
5%
6%
7%
8%
9%
10%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
crescimento frota auto
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Perfil da oferta e demanda por transporte coletivo, ano a ano
Ônibus
* Passageiros
* Frota
Metrô
* Passageiros
* Rede
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Demanda por ônibus
Fonte: SPTrans, s/d.
Salto da demanda em 2005
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Bilh
ões
passageiros ônibus
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Taxas de crescimentooferta e demanda de ônibus
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
demanda frota
Fonte: SPTrans, s/d.
Salto da demanda em 2005; frota constante
=> Criação do Bilhete Único
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Oferta de metrô
Quilometragem total da rede e taxa de crescimento anual
Fonte: Folha de São Paulo, 2015.
Crescimento médio: 4% ao ano
0
8,4
0 0 0 2,6 1,1 0 0
7,3
49,2
57,6
60,2
61,3 68,6
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Rede de metrô em SPExpansão ao longo da primeira década de 2000
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados de Folha de São Paulo, 2015.
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Demanda por metrô
Fonte: Metrô-SP, Gerência de Operações, s/d.
Salto em 2006: ano da extensão do Bilhete Único para o metrô e redução da tarifa de integração
0
10
20
30
40
50
60
70
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milh
ões
entradas metrô
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Taxa de crescimentodemanda por metrô
-3%
0%
3%
6%
9%
12%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
crescimento entradas
Fonte: Metrô-SP, Gerência de Operações, s/d.
Taxas em torno de 10% entre 2006 e 2008:crescimento superior ao da rede, ocasionado por política tarifária
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Política tarifária e seus efeitos
* Ônibus
* Metrô
* Integração
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Ônibus
Fonte: Metrô-SP, Gerência de Operações, s/d.
Criação do Bilhete Único, em 2005:integra viagens de ônibus e estimula sua demanda
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
viagens ônibus tarifa ônibus integração metrô + ônibus
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Metrô
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
1,50
1,60
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
viagens metrô tarifa metrô integração metrô + ônibus
Fonte: Metrô-SP, Gerência de Operações, s/d.
Extensão do Bilhete Único para o Metrô e redução do valor da tarifa de integração entre modos de transporte coletivo em 2006:
grande salto na demanda do metrô
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Acessibilidade estrutural
Medida de promoção da mobilidade urbana
Índice que relaciona número de empregos em dada zona de um território e tempo de viagem realizada por modos de transporte motorizados
(coletivos ou individuais), partindo de vários pontos do mesmo território (origem) para aquela área em especial (destino), determinando a facilidade de acesso de
cada parcela de um território a esse destino
Onde:
AEi = índice de acessibilidade estrutural da zona i;Ej = empregos na zona j;Tij = tempo médio de viagem com origem na zona i e destino na zona j
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Mapa da acessibilidade estrutural 1997
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados da Pesquisa OD, 1997.
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Mapa da acessibilidade estrutural 2007
Fonte: elaborado pelo autor, com base em dados da Pesquisa OD, 2007.
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Acessibilidade estrutural em 1997
Maior índice auferido no distrito da Sé: encontro de duas linhas de metrô
Alta acessibilidade nos distritos em torno da Sé, cobertos pela rede de metrô
e decrescente quanto mais longe o distrito fica da região central de SP
Acessibilidade estrutural em 2007
Apesar de a rede de metrô não ter crescido de forma expressiva,
o nível de acessibilidade aumenta em toda a RMSP, principalmente em torno da rede
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A criação do Bilhete Único e a redução da tarifa de integração entre modos de transporte coletivo promove maior acessibilidade na RMSP, ainda que a oferta de transportes não tenha apresentado crescimento expressivo
Dada a promoção de maior acessibilidade na RMSP, propiciada pela integração realizada pelo Bilhete Único, a futura expansão da rede metroviária pode significar a propagação deste efeito na acessibilidade de todo o território paulistano, diminuindo tempos de viagem sem penalizar financeiramente o usuário que usa mais de um modo de transporte por viagem e elevando os níveis de acessibilidade estrutural em toda a região
Conclusão
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Referências bibliográficas
Banco Central do Brasil (Bacen). Calculadora do Cidadão.
https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFormCorrecaoValores
Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP). Números e pesquisas.
http://www.metro.sp.gov.br/metro/numeros-pesquisa/demanda.aspx
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/
Jornal Folha de São Paulo. “Sob gestões tucanas, Metrô de SP cresce tão devagar quanto antes”, 2015.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/05/1633658-sob-gestoes-tucanas-metro-de-sp-cresce-tao-devagar-quanto-antes.shtml
KOENIG, J. G. Indicators of urban accessibility: theory and application. Transportation Research, v. 9, n. 2, 1980.
Observatório das Metrópoles. “Evolução da frota de automóveis e motos no Brasil”, 2013.
http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/auto_motos2013.pdf
São Paulo Transporte (SPTrans). Indicadores.
http://www.sptrans.com.br/indicadores
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Agradecimentos
Emilia Hiroi
Soraia Schultz
Gerlene Colares
Obrigado
O impacto da integração tarifária
na mobilidade urbana da RMSP
Lucas Alonso