apresentação do powerpoint³-coluna.pdfcoluna é um complexo de mini- informações. fatos...
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Senso comum
• Toda a seção fixa de coluna
• Abrange comentário, crônica, resenha e nota
• História era da diagramação vertical
História
• A coluna surgiu na imprensa norte-americana, em meados do século XIX, quando os jornais deixaram de ser doutrinários e adquiriam feição informativa. O público começou a desejar matérias que escapassem do anonimato redatorial e tivessem personalidade. Isso deu lugar ao aparecimento de seções sob a responsabilidade de jornalistas conhecidos, superando a frieza e a impessoalidade do corpo do jornal, e originando espaços dotados de valor informativo e de vigor pessoal.
José M
arqu
es de
Melo
Definição
• Seção especializada de jornal ou revista, publicada com regularidade, geralmente assinada, redigida com estilo livre e pessoal. Compõem-se de notas, suetos, crônicas, texto legenda e várias outras formas. Mantém cabeçalho constante, e diagramadas de forma fixa, sempre na mesma página o que facilita sua localização.
Detalhes estruturais da coluna
• Unidades CURTÍSSIMAS de informação
• Marca do furo
• Bastidores da notícia
• Fatos que estão para acontecer
Quatro tipos de coluna
• Coluna padrão
• Coluna miscelânea
• Coluna de mexericos
• Coluna sobre os bastidores da política
José M
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Coluna padrão
• Dedicada aos assuntos editoriais de menor importância, reservando a cada um pouco mais de um parágrafo, o que implica um tratamento superficial, apenas sugerindo tendências ou propondo padrões de julgamento;
José M
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Coluna miscelânea
• Combinação de prosa e verso, foge ao padrão tipográfico convencional, misturando tipos; não se prende a nenhum assunto, incluindo uma grande variedade de temas e atribuindo uma certa dose de humor e sarcasmo aos assuntos tratados;
José M
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Coluna de mexericos
• Centralizada em pessoas, principalmente as figuras da alta sociedade, as personalidades famosas, ou mesmo, no caso dos pequenos jornais, às pessoas de destaque na comunidade. Divulga confidências, indiscrições, faz elogios, impõe sanções comportamentais. Inicialmente voltado para o high society, esse tipo de coluna subdivide-se depois por ramos de atividades: cinema, teatro, música, esporte, economia;
José M
arqu
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Melo
Coluna sobre os bastidores da política • Variante da coluna de mexericos,
mas sem adotar a sua "tagarelice", situa o leitor no mundo do poder, mostrando-o na sua intimidade.
José M
arqu
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A coluna, sob o viés estrutural • Do ponto de vista estrutural, a
coluna é um complexo de mini- informações. Fatos relatados com muita brevidade. Comentários rápidos sobre situações emergentes. Ponto de vista apreendido de personalidades do mundo noticioso. Trata-se de uma colcha de retalhos, com unidades informativas e opinativas que se articulam.
José M
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Melo
Você só “vale” se sair na coluna • Aparentemente a coluna tem
caráter informativo, registrando apenas o que está ocorrendo na sociedade. Mas, na prática, é uma seção que emite juízos de valor, com sutileza
• ou de modo ostensivo. O próprio ato de selecionar os fatos e os personagens a merecerem registro já revela o seu caráter opinativo.
José M
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Melo
Como se explica o colunismo na imprensa? • Vaidade
• Balão de ensaio
• Modelo de comportamento
José M
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Melo
Vaidade
• O colunismo atende a uma necessidade de satisfação substitutiva existente no público leitor. Já que a maioria das pessoas está excluída do círculo reduzido dos colunáveis (poder/estrelato), dá-se-lhe a sensação de participar desse mundo, através dos colunistas. Trata-se de uma forma de participação artificial, abstrata. Participam sem fazer parte. Acompanham à distância.
José M
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Melo
Balão de ensaio
• O colunismo tem a função de "balão de ensaio". Insinua fatos, lança idéias, sugere situações, com a finalidade de avaliar as repercussões. Isso se chama, em linguagem jornalística, “plantar notícia”. Da reação do público, estimulada por essas informações sutis, depende muitas vezes a tomada de decisões empresariais, políticas. Passado o impacto, refeito o susto, o público as aceita com tranqüilidade. Ou se as rejeita, fortemente, é o caso de adiá-las, transferi-las para ocasião mais oportuna.
José M
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Modelo de comportamento • Alimentando a vaidade das
pessoas importantes (do mundo da arte, do espetáculo e da política), o colunismo oferece ao mesmo tempo "modelos" de comportamento. Estimula o modismo, incrementa o consumo, alimenta a esperança dos que pretendem ingressar no "paraíso burguês".
José M
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Colunismo S/A
• No jornalismo norte-americano, os grandes colunistas deixaram de ser profissionais assalariados por uma determinada empresa e criaram seus próprios escritórios de informação (espécies de agências noticiosas de futilidades), que vendem as colunas para jornais e revistas de diferentes cidades e regiões onde são produzidas simultaneamente.
José M
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Melo
Ibrahim Sued
• O colunismo floresce no Brasil na década de 50.
• A figura dinamizadora do colunismo social brasileiro foi sem dúvida Ibrahim Sued, que atualizou a cobertura da vida mundana dando-lhe uma certa sofisticação.
José M
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Melo
O estilo Sued
• Daí o modelo do colunismo de Ibrahim Sued, que fez escola e continua a influenciar tantos seguidores que o reproduzem nos grandes e pequenos jornais de todo o país.
• O assunto ameno - mulher moda, sociedade, artes, literatura, política - é o que mais agrada seus leitores.
José M
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Melo
O colunismo se espraia
• Se no princípio o colunismo restringia-se ao ambiente da alta sociedade, hoje ele se alastra para todas as áreas cobertas pelos jornais diários. Onde há setores que projetam personalidades e instituições, o colunismo se estrutura e atua.
• Os tipos de colunas mais comuns na imprensa brasileira são: coluna social, coluna política, coluna econômica, coluna policial, coluna esportiva, coluna de livros, coluna de cinema, coluna de televisão, coluna de música etc.
José M
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Melo
O que é?
• Avaliador do jornal
• Origem suéca
• Discussão entre Estados Unidos 1967 e Japoneses 1922 (OMO)
Relembrando!!!!
• 2000 Pelo menos oito jornais no Brasil já tinham
implantado o departamento em sua redação, inclusive
alguns no interior do país, como o Folha do Povo (MS), o
AN Capital (SC) e O Diário do Povo (Campinas) entre
outros.
O primeiro
• Caio Túlio porque “tinha um enorme
talento para prever problemas, mas exercia
essa capacidade de um jeito extremamente
antipático” (MENDES, p.39).
Polêmicas
• Desavenças com Paulo Francis - “Relógio de Pascal”
• “Caio Túlio me causa asco”(FRANCIS).
• “lagartixa pré-histórica” ou “canalha menor”. (CAIO TÚLIO)
Caso polêmico
• Desavenças com Paulo Francis – colunista do veículo. A discórdia foi tanta que acabou em atraques pessoais.
• “Fico imaginando aquela cara ferrujosa de lagartixa pré-histórica se encolhendo às minhas pauladas. Caio Túlio me causa asco’ (FRANCIS apud COSTA, 1991, p.138).
• Mais tarde Caio Túlio dedicou 20 páginas do seu livro “Relógio de Pascal: experiência do primeiro ombusman da imprensa brasileira” a tratar do episódio.
Detalhes do caso
• Erbes (1991), num estudo que fez sobre a experiência do primeiro ombudsman nacional, conta que desde a primeira coluna em que Caio Túlio teceu críticas ao articulista, depois de ter recebido várias reclamações de leitores pela forma pouco educada com que este se referia aos membros do PT em suas colunas.
• Entre as reações de Francis: em 1989 ele escreveu que Caio Túlio não tinha “currículo ou gabarito” para criticá-lo e acusou o ombudsman de “ensinar mau jornalismo aos jovens da Folha”.
• O ombudsman respondeu nas colunas anteriores com levantamentos de diversos defeitos nos textos do colunista, incluindo equívocos de informação, erros de gramática até alterações de citações famosas, entre elas, de Shakespeare, uma paixão de Paulo Francis.
• O embate chegou a níveis tão baixos que Caio Túlio chegou a se referir ao colega como “lagartixa pré-histórica” ou “canalha menor”.
• A troca de farpas acabou em 25 de fevereiro de 1990, com a publicação do texto “Polêmicas” do Manual Geral de Redação”. Ambos tiveram espaço semelhante para colocarem sua opinião e um ponto final no assunto.
Relembrando
• Em Campo Grande (MS) as diferenças entre o editor-chefe da redação, José Roberto dos Santos, e o ombudsman, Marcelo Maisonave, também beiraram as ofensas pessoais, incluindo editorial do veículo na Capa para desqualificar o ombudsman que a própria emprega contratou. Maisonave pediu demissão do cargo antes dos dois anos previstos no contrato. Ele, inclusive, não quis continuar com outro cargo na equipe do jornal.
Dificuldade e
reconhecimento
• A clara maioria dos jornalistas que trabalham em jornais com um Provedor do Leitor não só concorda com a sua existência, como reconhece uma grande utilidade e uma razoável eficácia ao papel desempenhado por essa figura autoreguladora (FIDALGO, 2011, p.21).
Observatório de Imprensa
• Erick Guimarães, editor de Política, diz que os comentários do ombudsman induzem a um debate permanente entre os integrantes de sua equipe pela qualificação do jornal. Ele diz considerar ‘positiva’ a tensão que a crítica do ombudsman provoca. Para Erick, sem crítica constante, ‘perde-se em controle de qualidade’. No mais, diz ele, ‘conflito e tensão fazem parte da atividade jornalística’. (BORTOLOTTI, 2006, [online]).
E na universidade?
• Mendes (2002) defende em seu estudo que o cargo,
quando implantado com as adequações necessárias, é
um instrumento positivo também nos veículos
acadêmicos. “Com isso, os novos jornalistas se
conscientizam da importância da autocrítica e de se
ouvir o leitor” (54).
Experiência no laboratório • O Imperatriz Notícias
• Inaugurado em 2010 – endereço comercial (.com.br)
Repercussão na cidade
• Média de 13 mil visitas por mês e picos de 100 mil em
meses do semestre letivo.
• Visitas de 2.440 municípios brasileiros
Leitor ombudsman!
• Comentários: mais de 2.200 publicados.
• Dividem-se em: opiniões relativas ao
assunto da matéria
• Críticas à produção jornalística (erros
gramaticais ou técnicos)
Recorte
Segundo semestre
de 2011:
• Laboratório de
Webjornalismo
• Gêneros Jornalísticos
• Webjornalismo: 42
alunos, oito editorias,
400 textos no semestre
• Gêneros Jornalísticos:
22 participaram, 11
textos, 5 foram
publicados.
Repercussão entre os
repórteres
“Olha professor, é preciso que a gente entenda as
criticas, mas os alunos de gênero também precisam
entender que este trabalho não é puramente critica
negativa, as criticas também são positivas, e digo
isso porque já passei por essa disciplina e vi que
muitos não entenderam assim”. (REPÓRTER A, sic)
Justificar o erro!
Agora falando da minha matéria, feita
sobre esportes na Beira-rio, eu não tinha
câmera fotográfica pra levar. Ocorreram
problemas e peguei a foto do Google. Eu
posso ter errado mesmo em não ter
colocado Foto: Google, fora que ninguém,
coisa que os ombudsman tanto estão
reclamando.
Reconhecer os
apontamentos
Acho que minha matériazinha sobre supino não ficou boa
mesmo, falta de interesse de minha parte. A correção
da matéria não me surpreendeu. É assim que se
aprende. E dá-lhe correção! (REPÓRTER B)
Pensando nisso
• Opinião do jornalista vale mais
• Crítica de leitores costuma ser mais genérica, sem colocar pontos relativos à produção jornalística.
• Crítica do professor, além de ser passível de falhas, também já é carregada de um relacionamento de constante correção que pode também vir atrapalhar o entendimento
Reconhecer a importância!
• O pessoal ‘paga’ de maduro, mas não aceita criticas. Ficar olhando alguém com rabo de olho só por causa disso é no mínimo infantil.
• Com o tempo todos vamos perceber melhoras. Com as críticas vamos tentando melhorar. É óbvio que a Thaísa não vai aprovar nada ofensivo. Não digam que não faz sentido alguém do 4º período avaliar matérias de alguém do 7º. Até um leitor leigo vai perceber alguns erros, ou até notar que não nos esforçamos totalmente.
• É algo novo, inovador no nosso site e em Imperatriz. Se somos críticos com os outros é bom aceitarmos que também sejam com a gente. Ou vai dizer que você nunca achou uma matéria de um colega ruim? (REPÓRTER D)
• Todo mundo vai errar, vai ser criticado no trabalho, na faculdade, na rua, alguém vai rir da sua matéria e blá blá blá. Paciência, alguns erros nós realmente temos que ficar atentos, vamos melhorando e por aí vai, é vida meu povo. (REPÓRTER E)
Trechos
• Na matéria do dia 20 de outubro, que
tratou sobre a prática de esportes na Beira-
Rio, o texto está bem escrito, fluente, sem
erros gramaticais e com interação entre
título, foto e texto. No entanto, a foto se
encontra sem legenda e crédito. Uma foto
sem crédito é, de certa forma, uma falta de
respeito para com o fotógrafo e
desvalorização do seu trabalho. A ausência
da legenda acarreta deficiência de
informação ao leitor (OMBUDSMAN A).
Soluções
• Para enriquecer mais o texto o repórter poderia ter ouvido um representante da classe comercial, alguém da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) ou mesmo um comerciante. Deveria também ter buscado informações consistentes na Secretária de Segurança Pública, sobre o que tem sido feito para combater a falta de segurança na cidade e não se restringir somente a informações da Polícia Militar. O local em questão poderia ter sido usado como gancho para questionamentos de melhorias na segurança. (OMBUDSMAN B).
Mais
• “Textos bem escritos e boa gramática fazem da editoria
de economia uma ótima fonte de informação”
(OMBUDSMAN C)
• “Primeiramente, por se tratar de um jornal online, a
editoria peca por não se atualizar diariamente”
(Ombudsman A).
Tipos de Colunas
• Comparações entre jornais
• Críticas de coberturas de determinados assuntos – título, fotos..
• Apresentação de erros (balanço)
• Discussões éticas
• Autocrítica
• Temas ligados ao jornalismo com exemplos
• Texto com reclamações dos leitores
• Críticas aos problemas de estrutura, circulação...
• Elogios
• Apresentação do processo de produção
• Apresentação de conflitos
• Relatório de atendimento ao leitor
• Questões gramaticais
• Ouvindo editores...