apostilaintroducao_2011_2

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  • 7/29/2019 ApostilaIntroducao_2011_2

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    CURSO DE INTRODUO AO

    ESPIRITISMO

    JANEIRO 2010

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO PREPARATRIO DE ESPIRITISMO

    P r i m e i r a p a r t e S o b r e o C u r s o P r i m e i r a p a r t e S o b r e o C u r s o P r i m e i r a p a r t e S o b r e o C u r s o P r i m e i r a p a r t e S o b r e o C u r s o

    1.1.1.1. A p r e s e n t a e s ( I n s t r u t o r e s ,A p r e s e n t a e s ( I n s t r u t o r e s ,A p r e s e n t a e s ( I n s t r u t o r e s ,A p r e s e n t a e s ( I n s t r u t o r e s ,

    M o n i t o r e s , A l u n o s ) M o n i t o r e s , A l u n o s ) M o n i t o r e s , A l u n o s ) M o n i t o r e s , A l u n o s )

    2 .2 .2 .2 . M o t i v o e O b j e t i v o d o c u r s o M o t i v o e O b j e t i v o d o c u r s o M o t i v o e O b j e t i v o d o c u r s o M o t i v o e O b j e t i v o d o c u r s o

    3 .3 .3 .3 . M a t e r i a l D i d t i c o e F u t u r a e s t r u t u r a M a t e r i a l D i d t i c o e F u t u r a e s t r u t u r a M a t e r i a l D i d t i c o e F u t u r a e s t r u t u r a M a t e r i a l D i d t i c o e F u t u r a e s t r u t u r a

    E S D E E S D E E S D E E S D E

    4 .4 .4 .4 . C o m e n t r i o s G e r a i s : H o r r i o d a s a u l a s ,C o m e n t r i o s G e r a i s : H o r r i o d a s a u l a s ,C o m e n t r i o s G e r a i s : H o r r i o d a s a u l a s ,C o m e n t r i o s G e r a i s : H o r r i o d a s a u l a s ,

    a t r a s o s , f a l t a s , a v a l i a o d e a t r a s o s , f a l t a s , a v a l i a o d e a t r a s o s , f a l t a s , a v a l i a o d e a t r a s o s , f a l t a s , a v a l i a o d e

    d e s e m p e n h o . d e s e m p e n h o . d e s e m p e n h o . d e s e m p e n h o .

    S e g u n d a p a r t e S o b r e a D o u t r i n a S e g u n d a p a r t e S o b r e a D o u t r i n a S e g u n d a p a r t e S o b r e a D o u t r i n a S e g u n d a p a r t e S o b r e a D o u t r i n a

    5 .5 .5 .5 . O q u e E s p i r i t i s m o ? O q u e E s p i r i t i s m o ? O q u e E s p i r i t i s m o ? O q u e E s p i r i t i s m o ?

    6 .6 .6 .6 . D e f i n i o D e f i n i o D e f i n i o D e f i n i o

    2. Motivo e objetivo do Curso:

    O objetivo do curso dar ao aluno uma idia geral do que seja a Doutrina

    Esprita, sugerindo a leitura dos livros bsicos da Codificao, para que as pessoas

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    que busquem a Doutrina possam compreender o seu aspecto de estudo

    sistematizado e vivncia, tambm preparlo, para que este prossiga os cursos

    com a metodologia ESDE, obtendo sucesso.

    3. Material didtico e futura metodologia ESDE:

    Apostila com base no livro Curso preparatrio de Espiritismo da FEESP paraelaborao dos roteiros das aulas.

    Ainda neste curso as aulas sero expositivas, porm haver uma preparao

    gradual para a metodologia de aulas do ESDE, sendo estas participativas,

    discursivas e que conta principalmente com a integrao dos alunos.

    4. Comentrios Gerais:

    4.1. Horrios das aulas:

    Aulas semanais, (domingos / segundas feiras), com durao de uma hora e

    meia. As aulas tero inicio pontualmente ao horrio determinado.

    4.2 Faltas:

    No sero permitidas faltas (no justificadas).

    4.3 Avaliao de desempenho:

    Em nossa dcima segunda aula, teremos uma avaliao de desempenho

    individual.

    5. O que espiritismo?

    O termo Espiritismo se origina do substantivo Esprito, que por sua vez, advm do

    vocbulo latino Spiritus, cujo significado seria o princpio vital, ou seja, essncia

    anmica (relativo alma), Esprito. O termo Espiritismo foi usado amplamente a

    partir do sculo passado para designar um corpo de doutrina, ou um conjunto de

    princpios tericos de cunho lgico.

    O Espiritismo ao mesmo tempo uma cincia de observao e uma doutrina

    filosfica. Como cincia prtica, ele consiste nas relaes que se podem

    3

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    estabelecer com os espritos; como filosofia ele compreende todas as

    conseqncias morais que decorrem dessas relaes.

    Definio:

    Podemos definir o Espiritismo sendo uma cincia que trata da natureza, da

    origem e da destinao dos Espritos, e das suas relaes com o mundocorporal.

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO: INTRODUO AO ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 1R o t e i r o 0 1R o t e i r o 0 1R o t e i r o 0 1

    A e x i s t n c i a d e D e u s A e x i s t n c i a d e D e u s A e x i s t n c i a d e D e u s A e x i s t n c i a d e D e u s

    E l e m e n t o s g e r a i s d o u n i v e r s o E l e m e n t o s g e r a i s d o u n i v e r s o E l e m e n t o s g e r a i s d o u n i v e r s o E l e m e n t o s g e r a i s d o u n i v e r s o

    O m a i o r m a n d a m e n t o O m a i o r m a n d a m e n t o O m a i o r m a n d a m e n t o O m a i o r m a n d a m e n t o

    A existncia de Deus

    1.1 - O Homem primitivo j percebia, de maneira instintiva, que tudo que ocercava viera de um SER SUPREMO.Nas eras Pr-crists, Deus era reconhecido por alguns povos como nico, pormera um deus vingativo e que privilegiava os poderosos da Terra.

    Aps a vinda de nosso irmo maior Jesus Cristo, a idia de um Deus Pai, de Amor,de Perdo e que amava a todos seus filhos igualmente, passou a ser inserida naHumanidade.

    1.2 - Afinal Deus existe? - Se no h efeito sem causa, o que teria criado oUniverso to inteligentemente complexo seno uma inteligncia suprema que,ainda, no conseguimos formar uma concepo.

    H coisas que, de to profundas, s se sentem, no se descrevem.(Leon Denis)

    O universo um relgio. Quem o relojoeiro?(Voltaire)

    Questo primeira de O Livro dos Espritos:

    - O que Deus?Deus a inteligncia suprema, causa primria de todas as coisas.

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    EXISTNCIA DE DEUS

    Conta-se que um velho rabe analfabeto orava com tanto fervor e comtanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana

    chamou-o sua presena e lhe perguntou:- Por que oras com tanta f? Como sabes que Deus existe, se nem ao menossabes ler?O crente fiel lhe respondeu:- Grande senhor, conheo a existncia de Nosso pai Celeste pelos sinais dele.- Como assim? indagou o chefe, admirado.O servo humilde explicou-se:- Quando o senhor recebe uma carta de uma pessoa ausente, como reconhecequem a escreveu?- Pela letra.- Quando o senhor recebe uma jia, como que se informa quanto ao autordela?- Pela marca do ourives.O empregado sorriu e acrescentou;- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foium carneiro, um cavalo ou um boi?-pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.Ento, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o cu,onde a Lua brilhava cercada por multido de Estrelas, exclamou respeitoso:- Senhor, aqueles sinais, l em cima, no podem ser dos homens!Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na

    areia e comeou a orar tambm.

    (Extrada do livro Pai Nosso Chico Xavier pelo Esprito Meimei)

    Elementos Gerais do universo

    Desde a antiguidade, o homem se interessou pelo princpio das coisas, ao longodos tempos muitos filsofos procuravam explicaes, mas eram limitados pelafalta de uma cincia que lhes desse sustentao para tal.

    Questo 17 de O Livro dos Espritos:Pode o Homem conhecer o princpio das coisas?- No. Deus no permite que tudo seja revelado ao homem, aqui na terra.

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    Questo 18 de O Livro Espritos:O Homem penetrar um dia o mistrio das coisas que lhe esto ocultas?- O vuse ergue na medida em que ele se depura; mas, para a compreenso de certascoisas, necessita de faculdades que ainda no possui.Amor e sabedoria: Eis os dois pontos fundamentais da evoluo espiritual.O Espiritismo em seu trplice aspecto: Cincia, Filosofia e Religio, permitiu ao

    Homem conhecer o mundo espiritual e com isso ter conhecimento da amplitudedo universo e de sua existncia verdadeira como Esprito.

    TRINDADE UNIVERSAL

    O Espiritismo tem como princpio a existncia da trindade universal: Deus, oEsprito e Matria. Deus o Pai e Criador do Esprito e da matria. Por isso, estacima de todas as coisas. Dessa trindade universal decorre tudo o queconhecemos.

    ELEMENTOS ESPIRITUAL E MATERIAL

    Esses dois elementos constituem foras vivas da natureza. Completam-se, agindoe reagindo incessantemente, um sobre o outro. So indispensveis ao equilbrio eao funcionamento do universo. Da ao recproca desses elementos, surgeminmeros fenmenos naturais de origem espiritual e material no universo. OEspiritismo estuda o elemento espiritual e suas relaes e inter-relaes com oelemento matrias. Com isso, esclarece uma imensido de leis, fatos efenmenos, at ento inexplicados pelos diversos outros ramos da cinciahumana, que s se preocupam e estudam o elemento material.

    O maior mandamento

    Mas os fariseus, tendo sabido que Ele fizera calar os saduceus, se reuniram emconselho. E um deles, que era doutor da lei, para o tentar fez esta pergunta:Mestre, qual o grande mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amars o senhorteus Deus, de todo o teu corao, de toda a tua alma e de todo o teuentendimento. Este o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhanteao primeiro : Amars ao teu prximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentoscontm toda a lei e os profetas. (Mateus, 22:34-40) Vejam-se tambm: Marcos,12:28-34 e Lucas, 10:25-28.Jesus, em sua infinita sabedoria, resumiu todas as leis e todos os profetas, pois, se oHomem aplicasse apenas estes dois mandamentos estaria cumprindo todas asleis.

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO: INTRODUO AO ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 2 R o t e i r o 0 2 R o t e i r o 0 2 R o t e i r o 0 2

    A p a r b o l a d o s e m e a d o r A p a r b o l a d o s e m e a d o r A p a r b o l a d o s e m e a d o r A p a r b o l a d o s e m e a d o r

    O v a l o r d a p r e c e O v a l o r d a p r e c e O v a l o r d a p r e c e O v a l o r d a p r e c e

    O E v a n g e l h o n o l a r O E v a n g e l h o n o l a r O E v a n g e l h o n o l a r O E v a n g e l h o n o l a r

    A parbola do semeador

    Certa ocasio, Jesus disse aos seus discpulos:

    Muitas das coisas que vos digo ainda no as compreendeis e muitas outras teria a dizer,que no compreendereis, por isso que vos falo por parbolas. Mais tarde, porm,enviar-vos-ei o Consolador, o esprito da Verdade, que restabelecer todas as coisas evo-lo explicar todas. (Jo, 14, e Jo, 16).

    Jesus, grande conhecedor da alma humana sabia que no poderia se expressar deforma direta, pois vivia numa poca de muita ignorncia e no seria compreendido,sendo assim lanou mo de parbolas, que nada mais so que estrias simples quetrazem o entendimento de temas complexos.

    A PARBOLA DO SEMEADOR

    Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se borda do mar. E vierampara Ele muitas gentes, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou; etoda a gente estava em p na ribeira. E lhes falou muitas coisas por parbolas,

    dizendo: Eis ai que saiu o que semeia a semear. E quando semeava, uma partedas sementes caiu junto a estrada, e vieram as aves do cu, e comeram-na.Outra, porm,caiu em pedregulho, onde no tinha muita terra, e logo nasceuporque no tinha altura de terra. Mas saindo o sol a queimou, e porque no tinharaiz, se secou. Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e cresceram os espinhos,e estes a sufocaram. Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grosque rendiam a cento por um, outros a sessenta, outros a trinta. O que tem

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    ouvidos de ouvir, oua.(Mateus, 13:1-9) Ouvi, pois, vs outros, a parbola dosemeador. Todo aquele que ouve a palavra do Reino e no a entende, vem omau e arrebata o que se semeou no seu corao; este o que recebeu asemente junto da estrada. E o que recebeu a semente no pedregulho, o queouve a palavra, e a recebe com alegria, mas como no tem raiz em si mesmo,chegando as angstias e perseguies, ofende-se. E o que foi semeado entreespinhos, este o que houve a palavra, porm os cuidados deste mundo e o

    engano das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutuosa. E o que recebeu asemente em boa terra,este o que ouve a palavra e a entende, e d fruto; eassim um d cento, e outro sessenta, e outro trinta por um

    Outra aplicao, no menos justa, a que se pode fazer s diferentescategorias de espritas. No nos oferece o smbolo dos que se apegam apenasaos fenmenos materiais, no tirando dos mesmos nenhuma conseqncia, poisque neles s vem um objeto de curiosidade? Dos que s procuram o brilho dascomunicaes espritas, interessando-se apenas enquanto satisfazem-lhes aimaginao, mas aps ouvi-las, continuam frios e indiferentes como antes.Que acham muito bons os conselhos e os admiram, mas para aplic-los aos

    outros e no a si mesmos. Desses, finalmente, para os quais essas instrues socomo as sementes que caram na boa terra e produzem frutos. (O EvangelhoSegundo o Espiritismo)

    O Valor da Prece

    E quando orardes, no imiteis os hipcritas que costumam exibir-se, orando emp nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens; emverdade vos digo que j receberam sua recompensa. Mas, quando orardes,entrai em vosso quarto e fechai a porta, orai a vosso Pai em secreto, e vosso Pai,

    que v o que se passa em secreto, vos recompensar. E quando orardes, nofalei muito, como fazem os gentios, que pensam que pelo muito falar que seroouvidos. No vos torneis, pois, semelhantes a eles; porque vosso Pai sabe o quevos necessrio, antes mesmo que lho peais. (Mateus, 6:5-8).

    Por isso vos digo: Tudo o que pedirdes, orando, crendo que o haveis de obter,ser-vos- dado. Mas quando vos puserdes em orao, se tiverdes alguma coisacontra algum, perdoai-lha, para que tambm vosso Pai, que est nos cus, vosperdoe os vossos pecados. Pois, se vs no perdoardes, tambm vosso Pai queest nos cus, no vos perdoar os vossos pecados. (Marcos, 11:24-26).

    E props tambm esta parbola a alguns que confiavam em si mesmos, comose fossem justos e desprezavam os outros:

    Subiram dois homens ao templo para orar; um era fariseu, o outro publicano. Ofariseu posto em p, orava no seu interior desta forma: Graas te dou, Deus,que no sou como os demais homens, que so ladres, injustos e adlteros, nem

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    como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e pago o dzimo de tudo oque possuo. O publicano, porm, mantendo-se distncia, no ousava sequerlevantar os olhos para o cu, mas batia no seu peito, dizendo: Deus, tempiedade de mim pecador. Digo-vos que este voltou justificado para a sua casa,e no o outro, porque todo que se exalta ser humilhado, e todo o que sehumilha ser exaltado. (Lucas, 18:9-14)

    Atravs das preces de louvor, pedido ou agradecimento, o pensamento pode serdirigido a Deus, aos bons Espritos que executam Suas vontades, ou qualqueroutro Esprito, encarnado ou desencarnado. O poder da Prece est nopensamento e no nas palavras, atos, local, ou momento. Agradam a Deus e aosEspritos as preces bem intencionadas ditas com f, fervor e sinceridade. OsEspritos podem ouvir as preces que lhes so dirigidas, independentemente de dolugar onde se encontrem. Pela prece, o homem pode receber o concurso dosbons Espritos, para obter fora moral, boas idias e pensamentos. Os espritossofredores necessitam de preces para se reanimarem. A prece no revoga as LeisDivinas, mas atrai o auxlio dos bons Espritos, aliviando o tormento dos espritossofredores.

    Questo 659 de O Livro dos Espritos:

    Qual o carter geral da prece?- A prece um ato de adorao. Fazer preces a Deus pensar Nele, aproximar-se Dele, pr-se em comunicao com Ele. Pela prece podemos fazer trs coisas:Louvar, pedir, e agradecer.

    A prece deve ser cultivada, no para que sejam revogadas as disposies dasleis divinas, mas, a fim de que a coragem e a pacincia inundem o corao de

    fortaleza nas lutas speras, porm necessrias. A alma em se voltando para Deus,no deve ter em mente seno a humildade sincera na aceitao de suavontade superior. (Emmanuel).

    Ningum pode imaginar, enquanto na Terra, o valor, a extenso e a eficciada prece, nascida na fonte viva do sentimento. (Emmanuel).

    Orao Dominical: O PAI NOSSO

    Esta orao, que nos foi transmitida pelo nosso mestre Jesus Cristo , como tudoque Ele nos transmitiu, de imensa simplicidade, mas que abrange todas as nossasnecessidades.

    Pai nosso que estais no Cu, santificado seja o vosso nome. Venha a ns oVosso Reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra com no Cu. O po nossode cada dia nos da hoje. Perdoai as nossas dvidas, assim como ns perdoamosos nossos devedores. No nos deixeis cair em tentao, mas livrai-nos do mal.

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    Assim seja (Mateus, VI, 9-13) (Em Lucas, acrescenta-se: pois vossos so o reino, opoder e a glria, para sempre.)

    O Evangelho no Lar

    Lar, nossa primeira escola, quando o Esprito tem a oportunidade de vestir aroupagem da inocncia e da candura, passando pela fase do esquecimento echegam s mos dos pais, na graa e na ternura de uma criana.

    A terra est preparada; depende de nossa boa vontade semear o bem.O lar o corao do organismo social.

    (Sheilla)

    A paz do mundo comea entre quatro paredes.Onde estiverem duas ou mais criaturas reunidas em meu nome, eu entre elas

    estarei. (Mateus, 18:20).(Jesus Cristo)

    A prtica do Evangelho no Lar no deve ser transformada em trabalho

    medinico, nem adotar formas rituais. O objetivo primeiro o contatopermanente com os ensinamentos de Jesus e da Doutrina Esprita. Dentro daliberdade de cada Lar, a reunio deve:

    a) Ser iniciada e encerrada por uma prece simples e espontnea;b) Durar aproximadamente 20 a 30 minutos;c) Ser baseada, inicialmente em o Evangelho segundo o

    Espiritismo;d) Ter como dirigente o chefe da famlia ou a pessoa de maior

    conhecimento do Espiritismo no grupo;e) Ter a participao de todos os presentes nas leituras e

    comentrios dos ensinamentos de Jesus e dos Espritos;f) Procurar incentivar a aplicao dos ensinamentos obtidos na vida

    diria.

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO: INTRODUO AO ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 3 R o t e i r o 0 3 R o t e i r o 0 3 R o t e i r o 0 3

    O E v a n g e l h o s e g u n d o o O E v a n g e l h o s e g u n d o o O E v a n g e l h o s e g u n d o o O E v a n g e l h o s e g u n d o o

    E s p i r i t i s m o E s p i r i t i s m o E s p i r i t i s m o E s p i r i t i s m o R e f o r m a n t i m a R e f o r m a n t i m a R e f o r m a n t i m a R e f o r m a n t i m a

    A s c i n c o a l t e r n a t i v a s d a A s c i n c o a l t e r n a t i v a s d a A s c i n c o a l t e r n a t i v a s d a A s c i n c o a l t e r n a t i v a s d a

    h u m a n i d a d e h u m a n i d a d e h u m a n i d a d e h u m a n i d a d e

    O Evangelho Segundo o Espiritismo

    Contm a explicao das mximas morais do Cristo, em concordncia com oEspiritismo e suas aplicaes s diversas circunstncias da vida.

    Os evangelhosso divididos em cinco matrias:1) Os atos comuns da vida do Cristo2) Os milagres3) As profecias

    4) As palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja.5) O ensino Moral

    Se as quatro primeiras partes tem sido objeto de discusses, a ltimapermanece inatacvel. Diante desse cdigo divino, a prpria incredulidade securva. o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob aqual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam suas crenas. Porque

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    nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda a parte provocadapelos dogmas.

    Citamos alguns ensinamentos:

    - O Espiritismo a Cincia nova que vem revelar aos homens, por meio de provasirrecusveis, a existncia e a natureza do mundo espiritual e suas relaes com o

    mundo material.- Reconhece-se o verdadeiro esprita pela sua transformao moral, e pelosesforos que faz para dominar suas ms inclinaes (Cap. XVII, item 4)

    - F inabalvel s a que pode encarar a razo face a face, em todas aspocas da humanidade. (Cap.XIX, item 7)

    - Fora da caridade no h salvao. (Cap. XV, item 10)

    O Espiritismo arrancou o evangelho das sombras msticas das concepesdogmticas e o apresentou ao povo, indistintamente, aberto e refulgente,expressivo e edificante, como a fora que mais poderosamente realizatransformaes morais, no mais ntimo das almas, e impulsiona os homens para asluzes da redeno.(Prlogo de O Redentor de Edgard Armond).

    Reforma ntima

    Deus criou todos os espritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento.Pelo seu livre arbtrio, cada um segue o caminho do bem ou do mal, progredindoou ficando estacionado na escala evolutiva.

    Ao seguir a lei natural, a lei de Deus, o homem se torna feliz por que percebe queessa mesma lei se encontra em sua conscincia, e que Deus nos ofereceu omodelo mais perfeito para nos servir de guia e exemplo: JESUS.

    Jesus nos trouxe ensinamentos por meio de exemplos e parbolas, e hoje oEspiritismo vem nos auxiliar a entender o que o Cristo veio nos mostrar.

    Espritas, amai-vos, eis o primeiro mandamento; intrui-vos, eis o segundo. Todas asverdades esto no Cristianismo. (O Esprito Verdade).

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    Para tanto, preciso educar o esprito, para que possa, luz dos ensinamentosde Jesus, transformar seu pensamento afim de que, a seu tempo, se exteriorize emaes no bem.

    As transformaes morais, conseqentes da modificao dos conceitos de vida,afinam o Esprito com os ensinamentos do Divino Mestre.Jesus nos mostrou que devemos conquistar virtudes como:

    - Mansuetude, Caridade, Benevolncia e Pacifismo.E buscar a paz interior, que uma conquista ntima do Esprito, orando e vigiandonossos pensamentos.

    assim que crescemos para Deus, nos instruindo, entendendo e exercitando osensinamentos do Cristo.No se pode usar o termo Reforma ntima separado de sua verdadeira eirrecorrvel significao: a de Transformaes Morais.A progresso espiritual a nica finalidade dos seres em todos os escales e emtodos os mundos habitados. fcil distinguir aquele que se espiritualiza, pois por mais que verniz da cultura e

    do conhecimento o faa parecer um homem renovado, no poder esconder oque nele predomina: A densidade material do corpo fsico, ou a lentaexteriorizao da centelha, no campo moral.O Evangelho sempre ofereceu ao homem encarnado um poderoso auxlio para arealizao imediata da espiritualizao, bastando que ele o compreenda,interprete e o viva na essncia de sua significao e do seu poder redentor.

    As cinco alternativas da Humanidade

    As alternativas da humanidade em relao ao mundo espiritual resultam dasseguintes doutrinas: Materialismo, Pantesmo, Desmo, Dogmatismo e Espiritismo.

    Doutrina materialista

    A inteligncia do homem uma propriedade da matria; nasce e morre com oorganismo. O homem nada antes, nem depois da vida corporal.Conseqncias: Tendo o homem apenas matria, os gozos materiais so asnicas coisas reais e desejveis; as afeies morais carecem de futuro; a mortequebra os laos morais sem remisso e para as misrias da vida no h

    compensao; o suicdio vem a ser o fim lgico e racional da existncia, quandono se podem esperar atenuaes para os sofrimentos; o bem e o mal, merasconvenes; por freio social, unicamente a fora material da lei civil.

    Doutrina Pantesta

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    O princpio inteligente, ou alma, independente da matria, extrado do todouniversal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, massa comum, como as gotas de chuva ao oceano. Conseqncias: Semindividualidade e sem conscincia de si mesmo, o ser como se no existisse. Asconseqncias morais desta doutrina so exatamente as mesmas que as dadoutrina materialista.

    Doutrina Desta

    O Desmo compreende duas categorias de crentes: Os Destas independentes eos providencialistas.Deus, dizem os independentes, estabeleceu as leis gerais que regem o universo;mas, uma vez estabelecida estas leis funcionam por si s e aquele que aspromulgou de mais nada se ocupa.Os providencialistas crem no s na existncia e no poder criador de deus naorigem das coisas, como tambm cr na sua interveno incessante na criao

    e a ele ora, mas no admite o culto exterior e o dogmatismo atual.

    Doutrina Dogmtica

    A alma, independente da matria, criada por ocasio do nascimento do ser;sobrevive e conserva a individualidade aps a morte; desde esse momento, temirrevogavelmente determinada a sua sorte; nulos lhe sero quaisquer progressosulteriores; ela ser, pois, por toda a eternidade, intelectual e moralmente o queera durante vida. Sendo os maus condenados a castigos perptuos eirremissveis no inferno, completamente intil lhes resulta todo arrependimento. Os

    casos que possam merecer o cu ou o inferno, por toda a eternidade, sodeixados deciso e ao juzo de homens falveis, aos quais dada a faculdadede absolver ou condenar.

    Conseqncias: Esta doutrina deixa sem soluo os graves problemas seguintes:- De onde vm as disposies morais e intelectuais, inatas aos homens?- Qual a sorte das crianas que morrem em tenra idade?- Qual a sorte dos idiotas que no tm conscincia dos seus atos?- Onde est a justia das enfermidades de nascena, uma vez que no resultamde nenhum ato da vida presente?- Qual a sorte dos selvagens e de todos os que forosamente morrem no estadode inferioridade moral em que foram colocados pela natureza, se no lhes dado progredirem ulteriormente?- Por que cria Deus umas almas mais favorecidas do que as outras?- Por que criou Deus anjos em estado de perfeio sem trabalho, ao passo queoutras criaturas so submetidas s mais rudes provaes em que tm maiorprobabilidade de sucumbir, do que de sair vitoriosa?

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    Doutrina Esprita

    O princpio inteligente independe da matria. A alma individual preexiste esobrevive ao corpo. O ponto de partida ou de origem o mesmo para todas asalmas, sem exceo; todas so criadas simples e ignorantes e sujeitas aoprogresso indefinido. Nada de criaturas privilegiadas e mais favorecidas que as

    outras. Os chamados anjos so seres que chegaram perfeio, depois dehaverem passado, como todas as criaturas por todos os graus de inferioridade.As almas ou Espritos progridem mais ou menos rapidamente, pelo uso do livrearbtrio, pelo trabalho e pela boa vontade.A vida espiritual vida normal. O Esprito progride no estado corporal e no estadoespiritual.As crianas que morrem em tenra idade podem ser Espritos mais ou menosadiantados, porquanto j tiveram outras existncias em que praticaram o bem oucometeram ms aes.A alma dos idiotas da mesma natureza que a de qualquer outro encarnado;possuem muitas vezes grande inteligncia, da qual abusaram em existncias

    pretritas e aceitaram voluntariamente a situao de impotncia para us-la, afim de expiarem o mal que praticaram.

    Princpios bsicos:

    - A preexistncia da alma ao nascimento e sua sobrevivncia aps a morte docorpo fsico, com um corpo espiritual ou Perisprito.- Pluralidade das existncias e justia das aflies.- Progresso dos Espritos.- Comunicao com os espritos desencarnados e a interveno destes no

    mundo corpreo.Alternativas

    Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro almtmulo:

    O nada, segundo a doutrina materialista. A absoro no todo universal, segundo a doutrina pantesta. A conservao da individualidade, com fixao definitiva da sorte,

    segundo a doutrina dogmtica. A conservao da individualidade, com o progresso infinito, segundo a

    doutrina esprita.

    De acordo com as duas primeiras, os laos de famlia so rompidos pela morte eno h nenhuma esperana de se reencontrarem; com a terceira, hpossibilidade de se reverem, desde que estejam no mesmo meio, podendo seresse meio o inferno ou o paraso; com a pluralidade das existncias, que

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    inseparvel do progresso gradual, existe a certeza da continuidade das relaesentre os que se amam, e isso o que constitui a verdadeira famlia.

    Espiritismo e Espiritualismo

    Espiritualista aquele que segue uma doutrina oposta ao materialismo. Quem crhaver em ns outra coisa alm da matria espiritualista, o que no implica na

    crena nos Espritos e nas suas manifestaes.Espiritismo a doutrina revelada por Espritos Superiores, por meio de Mdiuns, eorganizada por Allan Kardec, que diz na introduo de O Livro dos Espritos: Portanto se adotei as palavras Espiritismo e Espiritualismo, porque elas exprimemsem equvoco, as idias relativas aos Espritos. Todo Esprita , necessariamenteespiritualista sem que todos os espiritualistas sejam espritas. Podem ser chamadosde Espritas aqueles que professam a Doutrina Esprita, que Filosofia, Cincia eReligio.

    Codificao Esprita

    A doutrina Esprita est contida nas obras bsicas: O Livro dos Espritos (Paris, 18 de Abril de 1857). O livro dos Mdiuns (Paris, 15 de Janeiro de 1861). O Evangelho Segundo o Espiritismo (Paris, Abril de 1864). O Cu e o inferno ou a Justia de Deus Segundo o Espiritismo (Paris, 1 de

    Agosto de 1865). A Gnese, os Milagres e as Predies Segundo o Espiritismo (Paris, 6 de

    Janeiro de 1868). Obras Pstumas (Paris, 1890).

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO PREPARATRIO DE ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 4 R o t e i r o 0 4 R o t e i r o 0 4 R o t e i r o 0 4

    O E s p i r i t i s m o e m s e u O E s p i r i t i s m o e m s e u O E s p i r i t i s m o e m s e u O E s p i r i t i s m o e m s e u t r p l i c e a s p e c t o t r p l i c e a s p e c t o t r p l i c e a s p e c t o t r p l i c e a s p e c t o

    N o e s p r t i c a s d e N o e s p r t i c a s d e N o e s p r t i c a s d e N o e s p r t i c a s d e

    e s p i r i t i s m o e s p i r i t i s m o e s p i r i t i s m o e s p i r i t i s m o

    O s E s p r i t o s O s E s p r i t o s O s E s p r i t o s O s E s p r i t o s

    O Espiritismo em seu trplice aspecto

    Aspecto cientfico

    O Espiritismo como Cincia trata da natureza, origem e destino dos Espritos, esuas relaes com o mundo corporal ou material.O espiritismo nos modifica completamente a viso, atravs de provas irrecusveis,mostrando-nos que o mundo espiritual e os Espritos nada tm de sobrenatural,mas sim que so uma das foras vivas e sem cessar atuantes da Natureza.

    A cincia esprita tem por finalidade a demonstrao experimental da existnciada alma e sua imortalidade, atravs de comunicaes com aqueles que, atento, eram impropriamente, chamados mortos.

    Aspecto filosfico

    O Espiritismo , essencialmente, uma doutrina filosfica.

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    O carter filosfico do espiritismo est no estudo que faz do Homem,principalmente como Esprito, que o leva ao conhecimento do mecanismo dasrelaes entre os mundos material e espiritual, com isso demonstra a existncia,inquestionvel, de uma inteligncia suprema que tudo cria e tudo comanda.DEUS.A fora do espiritismo no est nas manifestaes materiais do mundo espiritual,mas sim na sua Filosofia, no apelo razo e ao bom senso.

    Allan Kardec (item VI da concluso de O Livro dos Espritos)

    Aspecto Religioso

    O Espiritismo como religio, um lao essencialmente moral que liga os coraes,identifica os pensamentos e aspiraes; no se manifesta por compromissosmateriais e nem se baseia na realizao de frmulas que falam mais aos olhosque ao corao.

    O efeito deste lao unir os que dele participam em uma comunidade desentimentos (Fraternidade, Solidariedade, Indulgncia e Benevolncia mtuas)que o torna uma Religio da Amizade, uma Religio da Famlia.No sentido filosfico o espiritismo uma religio fundada sobre bases slidas, poisno se utiliza de simples convenes, mas est alicerada sobre as mesmas leisda natureza.A palavra religio no deve ser utilizada para definir-mos o Espiritismo, pois nopoderamos utilizar uma mesma palavra para definir idias to diferente, pois naopinio geral a idia de Religio est ligada a cultos, casta sacerdotal, cortejo dehierarquias e misticismo; caracteres que no se apresentam na Doutrina Esprita.

    Concluso

    O Espiritismo pode ser simbolizado como um tringulo de foras espirituais:- A Cincia e a Filosofia vinculam terra.- A Religio o ngulo divino que liga ao cu.

    A Cincia e a Filosofiaestabelecem um nobre campo de investigaes humanas,visando o aperfeioamento da Humanidade.

    Na Religio, ou aspecto religioso est grandeza Divina por restaurar o

    Evangelho de Jesus Cristo, renovando, definitivamente, o homem para agrandeza do seu imenso futuro espiritual.

    RELIGIO

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    CINCIA FILOSOFIA

    Noes prticas de Espiritismo

    Observaes preliminares

    a) erro crer que h certos incrdulos, basta presenciar um fenmenoextraordinrio para se convencerem. Os que no admitem a existncia da almaou do Esprito, no homem, no podem admita-la fora dele. Negando a causa,consequentemente negam o efeito. Apresentam-se, pois, quase sempre, comidias preconcebidas, com a deliberao previa de negar tudo, o que seimpede de realizar uma observao sria e imparcial. Fazem perguntas elevantam objees impossveis de constataes completas no primeiro momento,pois seria preciso dar a cada um deles um curso de Espiritismo, explanando todosos princpios.O estudo prvio tem a vantagem de responder s objees, que na maior partese fundam na ignorncia da causa dos fenmenos e das condies em que se

    produzem.

    b) Os que desconhecem o Espiritismo imaginam que os fenmenos espritas seproduzem como as experincias de fsica e qumica. Da a pretenso desubmet-los sua vontade e a recusa de se colocarem em condiesnecessrias a observao.Sem admitir em princpio a interveno dos Espritos, desconhecendo suanatureza e sua maneira de agir, procedem como se trabalhasse a matria bruta.E como no obtm o que desejam, concluem que os Espritos no existem.Colocando-nos sob um outro ponto de vista, compreenderemos que, sendo os

    Espritos as almas dos homens, depois da morte tambm seremos Espritos. Ora,ns certamente, do mesmo modo, no estaremos dispostos a servir de joguetepara satisfazer caprichos de pessoas curiosas.

    c) Mesmo certos fenmenos que podem ser provocados, pela razo mesma deprovirem de inteligncias livres, jamais esto a inteira disposio de algum; e

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    quem quer que se orgulhasse de os obter a vontade, estaria apenas dando provade ignorncia ou de m-f. preciso esper-los, colh-los de passagem, e muito amide acontece que,quando menos esperamos, apresentam-se os interessantes e concludentes.Quem deseja instruir-se seriamente deve, pois, armar-se, nisto como em tudo, depacincia e de perseverana e sujeitar-se ao que for preciso, pois de outro modomais vale no tratar de assunto.

    d) As reunies que se ocupam das manifestaes espritas nem sempre realizamas condies favorveis obteno de resultados satisfatrios ou de molde a darconvico.Existem algumas de onde os incrdulos saem menos convencidos do que quandoentraram. Ento objetam aos que falam do carter respeitvel do Espiritismo,com o relato dos acontecimentos (frequentemente ridculos), de que foramtestemunhas.Esses no sero mais lgicos do que os que julgam uma arte pelos desenhos deum principiante, uma pessoa por sua caricatura ou uma tragdia por suaparodia. O Espiritismo tambm tem seus aprendizes; e quem deseja instruir-se no

    bebe ensinamentos de uma s fonte, uma vez que, s pelo exame e pelacomparao se pode firmar um juzo.

    e) As reunies frvolas tm um grave inconveniente para os novatos que asassistem: do-lhes uma idia falsa do carter do Espiritismo. Os que assistem areunies desta natureza certamente no podem levar a srio uma coisa quevem ser tratada levianamente por aqueles mesmos que se dizem seus adeptos.O Estudo antecipado lhes ensinar a julgar a transcendncia do que vem e adistinguir entre o mau e o bom.

    f) O mesmo raciocnio aplicvel aos que julgam o Espiritismo por certas obrasexcntricas que dele do uma idia falsa e ridcula. O Espiritismo toresponsvel pela falta dos que o compreendem mal ou o praticam erradamentequanto poesia responsvel pelos maus poetas. Parece deplorvel que hajatais obras nocivas verdadeira cincia. Sem dvida, seria prefervel que shouvesse boas. Mas a maior culpa recai sobre os que no se do ao trabalho deestudar a questo inteiramente.

    Todas as artes e todas as cincias encontram-se no mesmo caso.

    Porventura, a respeito das coisas mais srias, no foram escritos tratados absurdose cheios de erros?

    Por que seria o Espiritismo privilegiado, sobretudo no incio?

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    Se os que o criticam no o julgassem pelas aparncias, ficariam sabendo o queele repele, e no lhe atribuiriam quilo que ele repudia em nome da razo e daexperincia.

    Os Espritos

    Os Espritos no so como vulgarmente se acredita, uma criao distinta dasoutras. So as almas das pessoas que viveram na terra ou em outros mundos,despojadas de seu envoltrio corporal.Quem admite a existncia da alma, sobrevivendo ao corpo, igualmente admite ados Espritos. Negra estes equivale a negar aquela. Comumente fazemos umafalsa idia dos Espritos. Estes no so, como alguns pensam, seres imprecisos eindefinidos, nem chamas como as dos fogos-ftuos, nem fantasmas como os doscontos fantsticos.So seres semelhantes a ns mesmos e que, como ns, tm um corpo: masfludico e invisvel em estado normal.Durante a vida, quando unida ao corpo, a alma tem um duplo envoltrio.Pesado, grosseiro e destrutvel: o corpo. O outro fludico leve e indestrutvel: oPerisprito.

    Trs coisas essenciais contam-se, pois, no homem;

    a) A alma ou Esprito princpio inteligente onde reside o pensamento, vontade e o senso moral.

    b) O corpo, envoltrio material que coloca o Esprito em relao com omundo exterior.

    c) O Perisprito, envoltrio leve, impondervel, que serve de lao intermedirio

    entre o Esprito e o corpo.

    O envoltrio exterior sucumbe quando est gasto e j no pode realizar suasfunes: O esprito dele se liberta como o fruto se despoja da casca, a rvore dacortia e a serpente da pele. Em outras palavras: Como nos livramos de umaveste imprestvel. A isto chamamos morte.A morte a simples destruio do envoltrio material que a alma abandona,como a mariposa abandona a crislida. A alma conserva, entretanto, seu corpofludico ou perispiritual.A morte do corpo liberta o Esprito do envoltrio que o prendia a terra e lhe trazia

    sofrimentos. Uma vez desembaraado dessa carga, fica-lhe apenas o corpoetreo, que lhe permite percorrer os espaos e franquear as distncias com arapidez do pensamento.

    A unio da alma, do perisprito e do corpo material, constitui o homem.Separados do corpo, a alma e o perisprito constituem o ser denominado Esprito.

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    Os Espritos possuem todas as percepes que tinham na Terra, ainda maisrequintadas, por isso que essas faculdades no esto embaraadas pela matria.Experimentam sensaes que nos so desconhecidas, vem e ouvem coisas quenossos sentidos limitados no nos permitem ver nem ouvir.

    Para eles no existem as trevas, salvo para aqueles cujo castigo consiste em vivernas sombras. Todos os nossos pensamentos repercutem neles que os lem como

    um livro aberto. De modo que aquilo que podemos ocultar a algum, enquantovivo, no mais poderemos, desde que volte ao estado de Esprito. (LE, 237).

    Encontram-se os Espritos por toda parte. Esto entre ns, ao nosso lado,observando-nos incessantemente. Sua contnua presena entre ns, torna-osagentes de diversos fenmenos. Desempenham um papel importante no mundomoral e, at certo ponto, no mundo fsico. Constituem, assim, uma das potenciasda natureza.

    A partir do momento em que se admite a sobrevivncia da alma ou do Esprito, racional admitir a dos afetos, sem os quais as almas de nossos parentes e amigos

    ser-nos-iam arrebatadas para sempre.

    Como os Espritos podem ir a toda parte, igualmente racional admitir que osque nos amaram durante a vida terrena nos amem depois da morte; que viviamao nosso lado, que conosco desejem comunicar-se e que, para conseguir,empreguem os meios sua disposio. Isto confirmado pela experincia.

    Realmente, a experincia prova que os Espritos conservam os afetos srios quetinham na Terra, que se alegram de estar ao lado dos que amaram,principalmente quando atrados pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos

    que se conservam, ao passo que se mostram indiferentes para aqueles que lhesvotam indiferena.

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO PREPARATRIO DE ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 5 R o t e i r o 0 5 R o t e i r o 0 5 R o t e i r o 0 5

    R e e n c a r n a o e e v o l u o d o s R e e n c a r n a o e e v o l u o d o s R e e n c a r n a o e e v o l u o d o s R e e n c a r n a o e e v o l u o d o s

    e s p r i t o s e s p r i t o s e s p r i t o s e s p r i t o s

    I n t e r v e n o d o s E s p r i t o s n o I n t e r v e n o d o s E s p r i t o s n o I n t e r v e n o d o s E s p r i t o s n o I n t e r v e n o d o s E s p r i t o s n o

    m u n d o c o r p r e o m u n d o c o r p r e o m u n d o c o r p r e o m u n d o c o r p r e o

    P a r e n t e s c o c o r p o r a l e P a r e n t e s c o c o r p o r a l e P a r e n t e s c o c o r p o r a l e P a r e n t e s c o c o r p o r a l e

    e s p i r i t u a l e s p i r i t u a l e s p i r i t u a l e s p i r i t u a l

    Reencarnao e Evoluo dos Espritos

    Evoluo

    O Espiritismo o cristianismo redivivo, conseqncia direta da doutrina do Cristo.Define os laos que unem a alma ao corpo e levanta o vu que ocultava aoshomens os mistrios da morte.

    Sabemos que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, so criadas

    iguais, com idnticas aptides para progredir, em funo do seu livre arbtrio.Deus, a ningum dispensou do trabalho, para progredir. Desde que toda acriao deriva da grande Lei de Unidade que rege o Universo e que todos osseres gravitam para a perfeio relativa (porque a perfeio absoluta Deus),no existem favorecidos em detrimento de outros, pois todos sofrem asconseqncias de suas prprias obras.

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    Os Espritos adquirem conhecimento, passando pelas provas que Deus lhesimpe. Uns aceitam essas provas com submisso e chegam mais prontamente aoseu destino; outros no conseguem sofr-las sem lamentao e assimpermanecem, por sua culpa, distanciados da perfeio e da felicidadeprometida. (LE, 115).

    medida que os Espritos avanam, compreendem o que afasta da perfeio.Quando o Esprito conclui uma prova, adquire o conhecimento e no mais operde. Pode permanecer estacionrio, mas no retrogradar.Ao adquirir conscincia de si mesmo, o seu livre-arbtrio vai se desenvolvendo.

    A sabedoria de Deus se encontra na liberdade de escolha que concede a todos,porque assim cada um tem o mrito das suas obras.

    Reencarnao

    Desde tempos imemoriais, o homem possui o sentimento da imortalidade doEsprito. Civilizaes antigas que antecederam o advento do Cristo Planetriotrazem-nos os ensinamentos referentes ao assunto. H muito sabemos que todosns somos Espritos imortais.

    Sabemos ser Elias uma encarnao anterior de Joo, o Batista, aquele que tevecomo teve como tarefa reconhecer a Jesus, como enviado de Deus, para nosorientar e instruir. A lio de Nicodemos tambm lembrada por todos ns. necessrio renascer de novo, Jesus lhe falou.

    Raciocinemos juntos: como poderamos encarar a justia de Deus, observandoao nosso redor, homens simples, aparentemente bons, no maior sofrimento moral,com a misria estampada nas faces? Como encarar a justia Divina, ao tirar avida de um recm-nascido, filho de pais bonssimos?

    Existem leis imutveis. As mesmas leis que governam os corpos celestes governamo nosso planeta e todos ns. Justas, todas atuam em beneficio de nossocrescimento para Ele, como Espritos imortais que somos.

    Devemos aos Espritos que nos trouxeram conhecimentos sob a gide do Espritoda Verdade, explanaes de nosso mundo real, que o mundo dos Espritos eque esquecemos, quando aqui reencarnamos.

    E por que esquecemos? Porque poderamos nos tornar orgulhosos, envaidecidosou, ento, aborrecidos por nos reconhecermos inferiores, por praticarmos atosque nos envergonhariam se deles nos lembrssemos nesta existncia.

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    Assim, temos por uma Lei de Ao e Reao, por nosso livre-arbtrio, pelo bem oupelo mal que praticamos, existncias mais ou menos felizes aqui neste Planeta.

    Planeta este que de provas e expiaes. Isso significa que aqui no temos umafelicidade completa.

    E onde se encontra a Felicidade? Encontra-se no corao daqueles que, fazendo

    o bom uso do livre-arbtrio, s praticam o bem. Daqueles que, conhecendo oEvangelho de Jesus, no s o lem como o praticam.

    Sobrevivncia do Esprito

    Verificamos assim, que sem a preexistncia da alma, a doutrina do pecadooriginal seria no somente inconcilivel com a justia de Deus como tornariatodos os homens responsveis pela falta de um s. Com a preexistncia, ohomem traz ao renascer o grmen das suas imperfeies e sofre a pena das suasprprias faltas e no a de outrem.

    Da mesma maneira, ao progredir, o Esprito traz virtudes ou conhecimentos jadquiridos.

    Estudando as propriedades dos fluidos e a ao deles sobre a matria, oEspiritismo demonstrou a existncia do Perisprito (envoltrio inseparvel da alma, um dos elementos constitutivos do ser humano e durante a vida do corpo, servede ligao entre este e a matria, sendo o veiculo de transmisso dopensamento).

    Interveno dos Espritos no mundo corpreo.

    Todos sabemos da necessidade de paz ntima - da paz que nos patrocine asegurana.No desconhecemos que todos respiramos num oceano de ondas mentais,com o impositivo de ajust-las em beneficio prprio.Vasto mar de vibraes permutadas.Emitimos foras e recebemo-las.O pensamento vige na base desse inevitvel sistema de trocas.

    Queiramos ou no, afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismodas idias criadas por ns mesmos.

    Assim Emmanuel inicia o prefacio de sinal verde, ditado pelo Esprito de AndrLuiz, enfatizando nossa condio de aparelhos transmissores e receptores deondas mentais. Num mundo to heterogneo como este em que vivemos, essas

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    ondas aparecem nas mais variadas freqncias, de acordo com a equipagemevolutiva de cada um.

    Temos muitas vezes ao nosso lado uma multido de Espritos, que nos vem econhecem os nossos pensamentos. Sua influencia sobre ns, portanto, maior doque podemos supor e muito frequentemente so eles que nos dirigem (LE, 459).Os pensamentos que nos so sugeridos podem revelar-se positivos ou negativos,

    mas ns somos senhores de nossa vontade. As decises que tomamos, segundo onosso livre-arbtrio, so de nossa responsabilidade.

    Cabe a ns, nas diversas situaes de nossa vida, examinar criteriosamente assugestes que nos vm mente, pois podem ser de um bom Esprito ou de umEsprito menos evoludo. A diferena que os bons Espritos no aconselhamseno para o bem(LE, 464). O problema de ter um bom ou um mau Esprito anos influenciar questo de atrao e sintonia, ou seja, o Esprito inferior s podenos causar algum mal porque ns o atramos pelos nossos desejos e pelos nossospensamentos. Sua presena costuma nos causar um sentimento de angstia, deansiedade indefinvel ou de satisfao interior sem causa conhecida. (LE, 471).

    Como podemos fazer para neutralizar a influncia desses Espritos inferiores?Atraindo os bons, pela pratica do bem e pela confiana em Deus. No hantdoto mais eficaz. Jesus, na orao dominical, recomenda-nos pedir: Senhor,no nos deixeis cair em tentao, mas livrai-nos do mal, porque sabia que astentaes esto no ntimo de cada um e que ns s deixaramos de sucumbir aelas atravs da prece que brotasse dos nossos coraes, com sinceridade efervor.

    As tentaes que abrigamos no mundo psquico so o mal que ainda no

    conseguimos eliminar; so os nossos maus hbitos, nossos vcios, nossasconcepes errneas, que muitas vezes nos fazem agir em sentido contrrio aoque gostaramos. A conscincia dessa realidade foi o que levou o apstolo Pauloa proferir a lio belssima:

    Porque o que fao no o aprovo, pois o que quero isso no fao, mas o queaborreo isso fao. E, se fao o que no quero, consinto com a lei, que boa. Demaneira que agora j no sou eu fao isto, mas o pecado que habita em mim.(Rm 7:15-17).

    Essas tentaes constituem-se em fatores adversos do nosso carter, rebaixandonosso padro vibratrio, e frequentemente so os elos da cadeia que ligamnossos pensamentos aos dos Espritos que se encontram nessa faixa inferior devibraes. Com isso, muitos atos de nossa vida cotidiana (posturas, gestos,palavras, leituras, idias, etc.) acabam caindo na rea de influncia dessacategoria de Espritos, moldando nossa conduta, sem que o percebamos, vistoque o envolvimento extremamente sutil.

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    E os Espritos no s se aproveitam das circunstancias para induzir-nos ao mal; elestambm as provocam, algumas vezes, encaminhando-nos para o objeto donosso interesse, isto , para situaes em que somos tentados a agir contra a leinatural ou contra os princpios ticos e morais que deveramos respeitar, poissabem que somos passveis de queda.

    Parentesco Corporal e EspiritualOs laos de sangue no estabelecem necessariamente os laos espirituais. Ocorpo procede do corpo, mas o esprito no procede do Esprito, porque esteexistia antes da formao do corpo. O pai no gera o Esprito do filho: Fornece-lhe apenas o envoltrio corporal. Mas, deve ajudar seu desenvolvimentointelectual e moral, para faz-lo progredir.

    Os Espritos que se encarnam numa mesma famlia, sobretudo como parentesprximos, so o mais frequentemente Espritos simpticos, ligados por relaes

    anteriores, que se traduzem pela afeio durante a vida terrena. Mas, podeacontecer tambm que esses Espritos sejam completamente estranhos uns paraos outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzemtambm por seu antagonismo na terra, a fim de lhes servir de prova. Osverdadeiros laos de famlia no so, portanto, os da consanginidade, mas osda simpatia e da comunho de pensamentos, que unem os Espritos, antes,durante e aps a encarnao. Donde segue que dois seres nascidos de paisdiferentes podem ser mais irmos pelo Esprito, do que se fossem pelo sangue.Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmosconsangneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, ques o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existncias.

    H, portanto, duas espcies de famlias: As famlias por laos espirituais e asfamlias por laos corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pelapurificao e se perpetuam no mundo dos espritos, atravs das diversasmigraes da alma. As segundas frgeis como a prpria matria, extinguem-secom o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi oque Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discpulos: Eis minha me e meusirmos, ou seja, a minha famlia pelos laos espirituais, pois quem quer que faaa vontade de meu Pai, que est nos cus, meu irmo, minha irm e minha me.

    A hostilidade de seus irmos est claramente expressa no relato de So Marcos,desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se Dele, sob o pretextode que perdera o juzo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo osentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aosdiscpulos, em sentido espiritual: eis os meus verdadeiros irmos. Sua me osacompanhava, e Jesus generalizou o ensinamento, o que absolutamente noimplica que ele pretendesse que sua me segundo o sangue nada lhe fosse

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    segundo o Esprito, s merecendo sua indiferena. Sua conduta, em outrascircunstancias, provou suficientemente o contrario.(ESE, cap.XIV, item 8).

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    CURSO PREPARATRIO DE ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 6 R o t e i r o 0 6 R o t e i r o 0 6 R o t e i r o 0 6

    A n e c e s s i d a d e d a c a r i d a d e A n e c e s s i d a d e d a c a r i d a d e A n e c e s s i d a d e d a c a r i d a d e A n e c e s s i d a d e d a c a r i d a d e

    s e g u n d o P a u l o s e g u n d o P a u l o s e g u n d o P a u l o s e g u n d o P a u l o

    P a r b o l a d o b o m s a m a r i t a n o P a r b o l a d o b o m s a m a r i t a n o P a r b o l a d o b o m s a m a r i t a n o P a r b o l a d o b o m s a m a r i t a n o

    N o e s s o b r e m e d i u n i d a d e N o e s s o b r e m e d i u n i d a d e N o e s s o b r e m e d i u n i d a d e N o e s s o b r e m e d i u n i d a d e

    A necessidade da caridade segundo Paulo

    A caridade segundo Paulo

    Se eu falar as lnguas dos homens e dos anjos, e no tiver caridade, sou como ometal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom da profecia, econhecer todos os mistrios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a f, at aoponto de transportar montanhas, e no tiver caridade, no sou nada. E se eu

    distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpopara ser queimado, se, todavia no tiver caridade, nada disto me aproveita. Acaridade paciente, benigna, a caridade no invejosa, no obra temerrianem precipitadamente, no se ensoberbece, no ambiciosa, no busca osseus prprios interesses, no se irrita, no suspeita mal, no folga com a injustia,mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo cr, tudo espera, tudo sofre. Acaridade nunca, jamais h de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou

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    cessem as lnguas, ou seja abolida a cincia. Agora, pois, permanecem a f, aesperana e a caridade, estas trs virtudes: Porem a maior delas a caridade.(Paulo, I Corntios, 13: 1-8 e 13).

    Paulo compreendeu to profundamente esta verdade, que coloca a caridadeacima da prpria f. Porque a caridade est ao alcance de todos, do ignorantee do sbio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crena particular.

    E define a verdadeira caridade, mostrando-a no somente na beneficncia, masno conjunto de todas as qualidades do corao, na bondade e na benevolnciapara com o prximo.

    De Paulo a mxima: Fora da caridade no h salvao. Retornou ao tema em1860 em Paris, numa comunicao, dizendo: Pois nela esto contidos os destinosdos homens sobre a terra e no cu, porque aqueles que a tiverem praticadoencontraro graa diante do Senhor.

    Encerrando a sua mensagem, traz a exortao: meus amigos, agradecei aDeus, que vos permite gozar a luz do Espiritismo. No porque somente os que a

    possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender osensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristos. Fazei, pois, que, ao vosvendo, se possa dizer que o verdadeiro Esprita e o verdadeiro cristo so uma ea mesma coisa, porque todos que praticam a caridade so discpulos de Jesus,qualquer que seja o culto a que pertenam.

    Parbola do bom samaritano.

    E eis que levantou certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que fareipara herdar a vida eterna? E Ele lhe disse: Que est escrito na lei? Como ls? E

    respondendo ele, disse: Amars o Senhor teu Deus de todo o teu corao, e detodas as tuas foras, e de todo o teu entendimento, e ao teu prximo como a timesmo. E, disse-lhe: Respondeste bem; faze isto e vivers. Ele, porem, querendo

    justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem o meu prximo? E, respondendoJesus, disse: Descia um homem de Jerusalm para Jeric, e caiu nas mos dossalteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-omeio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e,vendo-o, passou ao largo. E de igual modo tambm um levita, chegando quelelugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem,chegou ao p dele e, vendo-o, moveu-se de ntima compaixo. E aproximando-

    se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e pondo sobre suacavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. Partindo no outro dia,tirou dois dinheiros, deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo que demais gastares eu to pagarei quando voltar.

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    Qual, pois, destes trs te parece que foi o prximo daquele me caiu nas mosdos salteadores? E ele disse: O que usou de misericrdia para com ele. Disse, pois,Jesus: Vai, e faze da mesma maneira. (Lucas, 10:25-37).

    Indaga-se pela ortodoxia da f? Faz-se alguma distino entre o que cr de umamaneira e o cr de outra? No, pois Jesus coloca o samaritano (consideradohertico), que tem amor ao prximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade.

    Jesus no faz da caridade uma das condies da salvao, mas a nica. Se elecoloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, porque ela encerraimplicitamente todas as outras: A humildade, a mansido, a benevolncia, a

    justia, etc.; e porque ela a negao absoluta do orgulho e do egosmo.

    Amor e sabedoria

    Hoje, procuramos entender o que significam vrios daqueles personagens citadosna Parbola do Bom Samaritano. Cairbar Schutel, diz ser o viajante ferido, aHumanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelospoderosos do mundo; o sacerdote e o levita, aqueles que no se preocupam

    com os interesses da coletividade; o samaritano que se aproximou e atou asferidas, Jesus. O azeite, o smbolo da f, e, o vinho, o esprito de sua palavra;os dois dinheiros so a caridade e a sabedoria.

    Amor e sabedoria, as duas asas simblicas, que o Esprito, meditando e agindo nobem, pouco a pouco vai tecendo, e com que, mais tarde, desferirventurosamente os vos sublimes e supremos, na direo da eternidade.

    Quase dois mil anos se passaram e aqui retornamos sucessivas vezes para estePlaneta, que uma escola, a fim de conquistarmos a sabedoria e o amor (as

    duas asas), com que ns alcanaremos ao Reino de Deus, que liberdade efelicidade.

    A simbologia dessas asas (do Amor e Saber) conseguimos aps buscarmos nosesclarecer, aprender, interpretar, ouvir e aplicar; aps obtermos o conhecimento(no livresco, puramente intelectual dos modismos da poca em que vivemos)que, aplicado sob a forma de caridade, o amor em ao.

    Amor o que buscamos ter hoje, no somente pelos mais prximos, masaplicando os ensinamentos de Jesus, com a viso de quem encontra em suaEstrada de Damasco, a oportunidade de tirar dos olhos as escamas do orgulho edas vaidades desmedidas do passado, aps sculos de obscurecimento doEsprito.

    Muitos cresceram ao praticar o bem, com o uso do livre-arbtrio; outros ainda hojeesto lendo as paginas belssimas em que se afirma que Fora da Caridade no

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    h Salvao; e h os que desejam ser os samaritanos de hoje e que sabemtambm, que o verdadeiro esprita e o verdadeiro cristo, so uma s pessoa.

    Noes sobre mediunidade

    Mediunidade a faculdade ou aptido que possuem certos indivduosdenominados mdiuns, de servirem de intermedirios entre os mundos fsico e

    espiritual.

    A mediunidade inerente ao organismo, como a viso, a audio e a fala, da,qualquer um pode ser dotado dessa faculdade.

    uma conquista da alma; da, a necessidade de orao e vigilncia, de reformantima, isto , da substituio de defeitos e vcios, por qualidades e virtudes, deuma conduta moral irrepreensvel, para que possa sintonizar-se com Espritos dehierarquia mais elevada. Evangelizando-se, estudando muito, dando a cota detempo de que possa dispor e, principalmente, seguindo lies como a que seencontra no capitulo XXVI, de O Evangelho Segundo o Espiritismo Dai de graa

    o que de graa recebestes.

    Na I Epstola de Paulo de Tarso aos Corntios, temos lies sobre teoria e prticamedinica. Em O Livro dos Mdiuns, Kardec tambm o faz. De ambos, as lies:

    Os dons medinicos demonstram a inteligncia, as potencialidades, a diversidadede Espritos que existem na Terra. No bastante, por isso, estudar ou conhecer oefeito; indispensvel buscar e conhecer a causa de todos os fenmenos que sevo estudando. Toda mediunidade a servio de Jesus realizada pelos Espritosmais evoludos que sintonizam com cada mdium, conforme sua capacidade ddoao.

    Paulo traz ensinamentos de imenso valor doutrinrio: Quanto aos donsmedinicos, no quero, irmos, que estejais em ignorncia, comea ele no Cap.12.

    Explica a diversidade de carismas, mas o Esprito o mesmo; diversidade deministrios, mas o Senhor o mesmo; diversidade de operaes, mas o mesmoDeus, que opera em todos.

    Prossegue falando da mediunidade de vidncia e xenoglossia, dizendo que nohaver mdiuns em sintonia, preciso haver pessoas em estado de lucidez que

    orientem os trabalhos, dialoguem com os Espritos e interpretem o que haviamdito.

    Todas as formas de mediunidade so necessrias; nenhuma faculdade superiora outra; so todos indispensveis ao bom andamento dos trabalhos, ate as maishumildes tarefas. No h ningum mais importante, porque todos soimportantes, mas cada um deve ter a sua tarefa especifica e por vezes at certa

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    hierarquia em favor da disciplina, pois tudo deve ser feito dentro da mais absolutaordem.

    Allan Kardec, no sculo XIX, e os espritas do sculo XX, reexaminamincessantemente as fontes do Cristianismo primitivo, buscando ali as lies que osinspirem.

    Hoje ainda temos as preocupaes de Paulo. Orar e vigiar a maior delas. Cada

    um de ns o nico responsvel pela valorizao das oportunidades ofertadaspor Deus.

    Paulo classifica a mediunidade, discorre sobre a hierarquia das funes, falasobre o exerccio da mediunidade e escreve sobre a excelncia da caridade,no Cap. 12.

    Por que o ensaio sobre o Amor inserido no contexto de uma dissertao sobremediunidade?

    Porque Paulo compreendeu profundamente esta verdade:

    Se eu falar a lngua dos homens e dos anjos e no tiver caridade, sou comometal que soa, ou como o sino que tine.E se tiver o dom da profecia e penetrar todos os mistrios, mas no tiver acaridade, nada sou. Entre esta trs virtudes: A f, a Esperana e a Caridade, amais excelente a caridade.

    Coloca assim a caridade acima da prpria f.

    O exerccio da mediunidade sem o amor, frio e incuo.

    Emmanuel, em O Consolador, respondendo a questes, afirma:

    (...) A maior necessidade do mdium evangelizar-se a si mesmo, antes de seentregar s grandes tarefas doutrinrias, pois, de outro modo, poder esbarrarsempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua misso.

    O primeiro inimigo do mdium reside nele mesmo. Frequentemente opersonalismo, a ambio, a ignorncia ou a rebeldia no voluntriodesconhecimento dos seus deveres luz do Evangelho, fatores de inferioridademoral que, no raro, conduzem invigilncia, leviandade e a confuso doscampos improdutivos.

    Contra esse inimigo preciso movimentar as energias ntimas pelo estudo, pelocultivo da humildade, pela boa vontade, com o melhor esforo de auto-educao, claridade do evangelho.

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    R o t e i r o 0 7 R o t e i r o 0 7 R o t e i r o 0 7 R o t e i r o 0 7

    D a i d e g r a a o q u e d e g r a a D a i d e g r a a o q u e d e g r a a D a i d e g r a a o q u e d e g r a a D a i d e g r a a o q u e d e g r a a

    r e c e b e s t e r e c e b e s t e r e c e b e s t e r e c e b e s t e

    O s u i c d i o O s u i c d i o O s u i c d i o O s u i c d i o

    B e m e m a l s o f r e r B e m e m a l s o f r e r B e m e m a l s o f r e r B e m e m a l s o f r e r

    Dai de graa o que de graa recebeste

    Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expeli os demnios; daide graa o que de graa recebestes. (Mateus, 10:8.)

    Dai de graa o que de graa recebestes, disse Jesus aos discpulos,recomendando-lhes, dessa forma, que no aceitassem pagamentos peladispensa dos bens, cuja obteno nada lhes houvesse custado, isto , que nadacobrassem dos outros por aquilo que no pagaram. O que eles receberam,

    gratuitamente, foi a faculdade de curar os doentes e expulsar os demnios, ouseja, os maus espritos. Esse dom lhes fora dado de graa, para que aliviassem osque sofriam e ajudassem a propagao da f e, por isso, lhes prescrevera oMestre que no o transformassem em artigo de comrcio, ou de especulao emuito menos em meio de vida.

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    Tambm disse Jesus: No faais pagar as vossas preces; no faais como osescribas que, a pretexto de longas oraes, devoram as casas das vivas. Aprece um ato de caridade, um impulso do corao, e ao fazer algum pagarpor esse ato de caridade, um impulso do corao, e ao fazer algum pagar poresse ato de intercesso junto a Deus, em favor de outrem, transformar-se emintermedirio assalariado, tornando-se, assim, a prece uma simples frmula,dependente da soma recebida.

    Deus no vende os benefcios que concede, e seria absurdo pensar que poderiasubordinar um ato de clemncia, de bondade e de justia, solicitando Suamisericrdia, a uma quantia em dinheiro.

    A razo, o bom senso e a lgica dizem que Deus, a Perfeio Absoluta, no podedelegar criatura imperfeita o direito de fixar um preo para Sua justia. A justiade Deus como o Sol; para todo o mundo, tanto para o pobre como para o rico.

    Os mdiuns intermedirios entre a Espiritualidade e o mundo material, verdadeiraspontes de ligao entre dois planos de vida, so os intrpretes dos Espritos para a

    instruo dos homens, para lhes mostrarem o caminhodo bem e traz-lo a f, mas no para venderem palavras que lhes nopertencem, de vez que no so o produto de sua concepo, nem de suaspesquisas, nem de seu trabalho pessoal.

    A mediunidade sria no pode ser, nem ser jamais, uma profisso, mesmoporque, e, sobretudo, nos seu aspecto de concesso como prova, umafaculdade essencialmente mvel e varivel, no sendo, portanto, a mesma coisaque a capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, da qual se tem direitode usar.

    Sobretudo, a mediunidade curadora a que jamais deveria ser explorada,, pois,como nenhuma outra, requer, com mais rigor, a condio de desprendimento ea capacidade de renuncia santificante. O mdium curador o veculo para atransmisso do fluido salutar dos Bons Espritos e, nestas condies, jamais tem odireito de vend-lo.

    O suicdio

    O suicdio pode ser definido como a destruio direta da vida por impulsoprprio. O suicdio voluntrio uma transgresso da lei divina (L.E., 944). Sua

    causa geral o descontentamento. Muitos porm so os motivos que podemlevar o individuo ao suicdio, tais como a ociosidade, a falta de f, a prpriasociedade, a descrena na eternidade, o pensamento de que tudo podeacabar com a vida, a simples dvida quanto ao futuro e, principalmente, as idiasmaterialistas, que no oferecem ao homem nenhuma alternativa de soluopara os seus problemas mais prementes; so os maiores incentivadores dosuicdio: Elas produzem a frouxido moral.

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    H, ainda, alguns outros casos, de ordem mais particular, que costumam levar osseres humanos ao suicdio. O homem que se v envolvido em escndalo trazido publico, por vergonha dos filhos e da famlia muitas vezes levado ao atoextremo. Aquele que perde entes queridos, por vezes sente-se impulsionado aosuicdio. O que toma conhecimento de uma doena grave, que par a medicinaterrestre no tem cura, entrevendo a morte inevitvel e terrvel, pode deixar-setomar pela idia de suicdio. H tambm os que, por puro orgulho, sacrificam a

    vida para salvar a de outros, embora sem nenhuma possibilidade de sucesso.

    No se pode esquecer dos que abreviam sua vida atravs dos vcios, dosexcessos de alimentao e do sexo, por imprudncia, por impercia, por omisso.E hoje, ainda, verifica-se a incidncia de casos de suicdio em alguns grupossociais especficos. Embora haja muitos casos que se podem estudar de suicdio,eles podem ser classificados em dois grandes grupos: O direto (ou intencional), eo indireto.

    Diversas so as conseqncias do ato; porem, a mais comum, a que suicida nopode escapar o desapontamento (L.E., 957), ou seja, o individuo chega a um

    resultado muito diverso daquele que imaginava atingir com o seu gestotresloucado. Mas, a sorte no a mesma para todos, dependendo dascircunstncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros numa novaexistncia, que ser pior do que aquela cujo curso interromperam. (idem).

    O efeito mais grave do suicdio vem a ser o lesionamento do corpo espiritual, coma persistncia mais prolongada e mais tenaz do lao que liga o Esprito ao corpo.Esse fato prolonga igualmente a perturbao espiritual, provocando a iluso deque o Esprito ainda se encontra no nmero dos vivos. Por isso, tambm, algunspodem ressentir-se dos efeitos da decomposio de seu corpo, devido sua faltade coragem e por uma espcie de apego matria.

    Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, lembra que o esprita tem,portanto, para opor idia do suicdio, muitas razes: A certeza de uma vidafutura, na qual ele sabe que ser tanto mais feliz quanto mais infeliz e maisresignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a umresultado inteiramente contrrio ao que esperava; que foge de um mal para cairnoutro ainda pior, mais demorado e mais terrvel; que se engana ao pensar que,ao se matar, ir mais depressa para o cu; que o suicdio um obstculo reunio, no outro mundo, com as pessoas de sua afeio, que l esperaencontrar. De tudo isso resulta que o suicdio, s lhe oferecendo decepes,

    contrrio aos seus prprios interesses. (E.S.E., Cap. V, item 17).H, todavia, alguns antdotos eficazes, que podem evitar esse mal terrvel. Emprimeiro lugar, esta a prece, que restaura o bom nimo e a vontade derealizao. (Para o Esprito suicida, tambm, a prece funciona como um blsamo,que o reergue e o prepara para as encarnaes regenerativas.) O trabalho, emsegundo lugar, que ajuda a vida a escoar-se mais rapidamente, sem maiores

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    turbulncias, ajudando o homem a suportar suas vicissitudes com mais pacinciae resignao, sem queixas. Deve-se observar ainda os meios possveis da retaconscincia, atravs de uma vida honesta, justa e acima de tudo evangelizada,isto , luz dos ensinamentos de Jesus, que O Caminho, a Verdade e a Vida.

    Bem e mal sofrer

    Quando o Cristo disse: Bem aventurados os aflitos, porque deles o Reino dos

    Cus, no se referia aos sofredores em geral, porque todos que esto neste mundosofrem, quer estejam num trono ou na misria extrema, mas, ah! Poucos sofrem bem,poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir aoReino de Deus. O desanimo uma falta; Deus vos nega consolaes, se no tiverdescoragem. A prece um sustentculo da alma, mas no suficiente por si s: necessrio que se apie numa f ardente na bondade de Deus. Tendes ouvidofrequentemente que Ele no pe fardo pesado em ombros frgeis. O fardo proporcional s foras, como a recompensa ser proporcional resignao e coragem. A recompensa ser tanto mais esplendente quanto mais penosa tiver sidoa aflio. Mas essa recompensa deve ser merecida, e por isso que a vida estcheia de tribulaes.

    O militar que no enviado frente de batalha no fica satisfeito, porque orepouso no acampamento no lhe proporciona nenhuma promoo. Sede como omilitar, e no aspireis a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceriaa vossa alma. Ficais satisfeitos, quando Deus vos envia a luta. Essa luta no o fogodas batalhas, mas a amargura da vida, onde muitas vezes necessitamos de maiscoragem que num combate sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente oinimigo poder cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem no recebenenhuma recompensa por essa espcie de coragem, mas Deus lhe reserva os seuslouros e um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade,

    tratai de elevar-se acima das circunstncias. E quando chegardes a dominar osimpulsos da impacincia, da clera ou do desespero, dizei, com justa satisfao: Eufui o mais forte.Bem aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido: Bem--aventurados os que tm a oportunidade de provar a sua f, a sua firmeza, a suaperseverana e a sua submisso vontade de Deus, porque eles terocentuplicadas as alegrias que lhes faltam na terra, e aps o trabalho vir o repouso.(E.S.E., Cap. V, item 18).

    A mensagem de Lacordaire, acima reproduzida, traz tona o problema dosofrimento, que vemos hoje em dia atingir praticamente a todos, das mais variadas

    formas. A maioria dos seres humanos ainda no capaz de enfrentar a dor comresignao. Antes o que se v o inconformismo, a queixa intrmina, o abatimentosem limites.

    necessrio habituar-se orao, como um canal de comunicao direta comDeus. Mas, tambm indispensvel uma f ardente no Criador, pois, sem ela, aprece apenas sair dos lbios e no do corao. preciso entender que muitas

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    vezes o mal, a dor, o sofrimento, so os remdios de que necessitamos para a curados nossos males, cuja origem encontra-se na alma. Todavia, no devemos provocara dor, para no sofrer-lhe as conseqncia, nem ter motivos para queixas, pois esta um ato de submisso s leis divinas.

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    R o t e i r o 0 8 R o t e i r o 0 8 R o t e i r o 0 8 R o t e i r o 0 8

    P e r d o d a s o f e n s a s P e r d o d a s o f e n s a s P e r d o d a s o f e n s a s P e r d o d a s o f e n s a s

    A f q u e t r a n s p o r t a m o n t a n h a s A f q u e t r a n s p o r t a m o n t a n h a s A f q u e t r a n s p o r t a m o n t a n h a s A f q u e t r a n s p o r t a m o n t a n h a s

    L i v r e - a r b t r i o e f a t a l i d a d e L i v r e - a r b t r i o e f a t a l i d a d e L i v r e - a r b t r i o e f a t a l i d a d e L i v r e - a r b t r i o e f a t a l i d a d e

    Perdo das ofensas

    Os ensinamentos de Jesus tinham um endereo certo: O corao humano. Maisdo que a inteligncia, o Divino Mestre falava ao sentimento. A resposta do Cristoa Pedro deve aplicar-se a cada um de ns, indistintamente: Perdoars, mas semlimites; perdoars cada ofensa, tantas vezes quantas ela vos for feita; ensinars ateus irmos esse esquecimento de si mesmos, o qual nos torna invulnerveis s

    agresses aos maus tratos e s injrias; sers doce e humilde de corao, nomedindo jamais a mansuetude; e fars, enfim, para os outros, o que desejas queo Pai celeste faa por ti. No tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta onmero de vezes que o seu perdo vem apagar as tuas faltas? (ESSE, Cap.X,item 14).

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    essencial a prtica do perdo irrestrito, da indulgncia sem limite, da caridadedesinteressada, da renncia de si mesmo; em ltima anlise, o exerccio do amorao mximo que pudermos, para que estejamos em condio de receber operdo a que Jesus se refere na orao dominical.

    Ide, meus bem amados, estudai e comentai essas palavras que vos dirijo, daparte d Aquele que, do alto dos esplendores celestes, tem sempre os olhos

    voltados para vs, e continua com amor a tarefa ingrata que comeou hdezoito sculos. Perdoai, pois, aos vossos irmos, como tendes necessidade de serperdoados. Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um motivo a maispara serdes indulgentes, porque o mrito do perdo proporcional gravidadedo mal, e no haveria nenhum em passar por alto os erros de vossos irmos, seestes apenas vos incomodassem de leve.(E.S.E., Cap. X, item14).

    O perdo irrestrito ensinado por Jesus no s se refere s vezes em que devemosexercit-lo, mas tambm em relao a quem extern-lo. De fato, o Cristorecomendou o perdo tambm aos nossos inimigos, o que representa umasuperao das prprias imperfeies. Se desejamos que nossas ofensas sejam

    perdoadas, no podemos ser intransigentes, duros, exigentes. Mesmo porque sefizermos um exame sincero de conscincia, talvez cheguemos concluso deque fomos ns mesmos que provocamos a ofensa. Muitas vezes, uma palavra malempregada, uma opinio, dada em momento inoportuno, uma reao maisrspida, um gesto mal recebido, pode degenerar numa antipatia, numa inimizade,numa averso ferrenha.

    Mas h duas maneiras bem diferentes de perdoar: H o perdo dos lbios e operdo do corao. Muitos dizem do adversrio: Eu lhe perdo, enquantointeriormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece,

    dizendo a si mesmo que foi bem, merecido. Quando dizem: Perdo, eacrescentam: Mas jamais me reconciliarei; no quero v-lo pelo resto da vida! esse o perdo segundo o Evangelho? No. O verdadeiro perdo, o perdocristo, aquele que lana um vu sobre o passado. o nico que vos serlevado em conta, pois Deus no se contenta com as aparncias; sonda o fundodos coraes e os mais secretos pensamentos e no se satisfaz com palavras esimples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas prpriodas grandes almas; o rancor sempre um sinal de baixeza e de inferioridade.No esqueais que o verdadeiro perdo se reconhece pelos atos, muito mais doque pelas palavras. Conforme a sbia mensagem do Apstolo Paulo (E.S.E.,Cap. X. item 15).

    Portanto, preciso saber perdoar, principalmente com sinceridade e gestoslargos, para que nenhum resduo de mgoa possa resistir ao impulso de bondadedo corao.

    A f que transporta montanhas

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    Quando voltou para onde estava o povo, chegou-se a ele um homem que,ajoelhando-se a seus ps, disse-lhe: Senhor tem piedade de meu filho, que luntico e sofre cruelmente; muitas vezes cai, ora no fogo, ora na gua. J oapresentei aos teus discpulos, mas eles no o puderam curar: Jesus respondeu: gerao incrdula e perversa, at quando estarei entre vs? At quando vssofrerei? Trazei-me aqui o menino. E tendo ameaado o demnio, este saiu do

    menino que ficou no mesmo instante curado. Ento os discpulos vieram ter comJesus em particular e lhe perguntara: Por que no pudemos ns expulsar essedemnio? Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca f; pois, em verdade vosdigo que, se tivsseis a f do tamanho de um gro de mostarda, direis quelamontanha: Passa daqui para ali, e ela passaria; nada vos seria impossvel. No seexpulsam os demnios desta espcie seno por meio da prece e do jejum.(Mateus, 17; 14-21).

    Com pequenas variantes, esta passagem tambm narrada por outros doisevangelistas. Marcos, no capitulo 9, versculo 14 a 18, e Lucas, no captulo 9,versculo 37 a 42. Da narrativa de marcos consta o dilogo entre Jesus e o pai domenino que achamos interessante reproduzir:

    H quanto tempo isto lhe sucede? O pai respondeu: Desde a infncia; e oEsprito o tem muitas vezes lanado (ora gua, ora ao fogo) para faz-loperecer. Se puderdes alguma coisa, tem piedade de ns e socorre-nos. Jesus lhedisse: Se puderes crer, tudo possvel quele que cr. Logo o pai do meninoexclamou banhado de lgrimas: - Senhor, eu creio, ajuda minha pouca f.

    Muitas vezes, podemos encontrar nos Evangelhos referencias claras e precisas deJesus ao poder da f, sendo comum depararmos com expresses semelhantes a

    esta: A tua f te curou.

    Parece-nos que o Mestre dava, por essa forma, ensinos e lies que deveriamficar gravados de todos os presenciavam os fatos, alm de seria advertncia aosseus futuros seguidores. Recordemos ainda que Jesus afirmou aos apstolos:Quem cr em mim, far o que eu fao e ainda far mais. Da mesma formaguardemos a observao feita por Jesus aos 72 discpulos, que, ao regressaremdiziam: Senhor, at os demnios se nos submetiam em teu nome; recomendou-lhes ento o Senhor que no se regozijassem por lhes estarem os Espritossubmetidos, mas antes por estarem os seus nomes escritos nos cus. (Lucas,

    10:20).De tudo se depreende o amoroso cuidado do Mestre para com seus seguidores,alertando-nos sempre contra as tentaes do orgulho, para que no seenvaidecessem diante dos resultados que fossem obtendo no desempenho desuas misses, na cura e no alvio dos sofrimentos.

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    Invariavelmente, todas as vezes que realizava as curas, Jesus salientava a f e aconfiana daquele que recebia o benefcio e, a respeito das poucas curaslevadas a efeito, em sua Terra, onde apenas curou alguns poucos doentes,Jesus admirou-se da incredulidade deles. (Marcos, 6: 5-6).

    Assim, para ser obtida a cura, torna-se evidente a necessidade da colaboraodo doente, isto , o desejo sincero de ser curado, em nome do Senhor, tudo isso

    aliado ainda possibilidade crmica, em face da lei. Todas as doenas podemser aliviadas, mas nem todas podem ser curadas.A confiana nas prprias foras nos torna capazes de executar grandes coisas,mesmo materiais, que no obteramos se no confissemos em ns mesmos. Asmontanhas a serem removidas pela f, referidas no Evangelho, devem ser, antesde mais nada, as montanhas de nossas imperfeies e inferioridade constitudasde m vontade, resistncia, preconceitos, interesses materiais, egosmo,fanatismo, paixes orgulhosas, etc.

    A f sincera e verdadeira sempre calma, paciente e humilde. Deve sercultivada pela moralizao de nossos costumes; pela pureza de pensamentos,

    palavras e atos; pela crescente confiana na ilimitada bondade divina, paradesenvolver dentro de ns a fora magntica que nos possibilitar agir sobre ofluido universal e que, usada convenientemente, pela nossa vontade, capaz deoperar prodgios, sempre que utilizada em benefcio do nosso prximo.

    Jesus disse aos discpulos que aquela espcie de esprito obsessor s sairia pelaorao e pelo jejum. Devemos entender, ento, que, atravs de uma ffervorosa, vertida em sentida prece, que pensamento puro, fruto do amor,poderemos expeli-lo, desde que estejamos em jejum, isto , em condies moraissatisfatrias de abstinncia de pensamentos culposos, de sobriedade na

    satisfao de nossas necessidades e austeridade de proceder.

    Nas palavras repassadas de sentimento daquele pai, que banhado em lgrimas,diz: Eu creio, Senhor, ajuda a minha pouca f, podemos sentir uma expansode simplicidade e de humildade, pois certo do poder de Jesus para lhe atender suplica, no se sentia ele prprio bastante forte na sua f para merecer tal graa.

    Livre-arbtrio e fatalidade

    Ao tratar da criao dos Espritos, Galileu Galilei (Esprito), assim se expressa: O

    Esprito no chega a receber a iluminao divina, que lhe d, ao mesmo tempo,o livre arbtrio e a conscincia, a noo de seus altos destinos, sem haver passadopela srie divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elaboralentamente a obra de sua individualidade; somente a partir do dia em que oSenhor imprime sobre sua fronte seu augusto sinal, que o Esprito toma lugar entreas humanidades.(A Gnese, Cap. VI, item 19).

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    O homem goza do seu livre-arbtrio a partir do momento em que se manifesta avontade de agir livremente; porm, nas primeiras fases da vida a liberdade quase nula; ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades.(L.E., 844).

    A liberdade de agir, portanto, relativa, pois depende primeiramente davontade de realizar algo. No princpio de seu desenvolvimento, o esprito aindano sabe direcionar sua vontade, seno para a satisfao de suas necessidadesbsicas. Neste caso, prevalece o instinto. Uma vez ampliada a sua conscincia,

    novos interesses surgem. medida que sua vida vai se tornando complexa, olivre-arbtrio limitado pela atuao da lei de causa e efeito, at que o serconsiga libertar-se do crculo das reencarnaes e a seu exerccio se torna pleno.De maneira geral, contudo, somos livres para agir e somos responsveis pelosesforos que fazemos para superar os obstculos, para realizar nosso programade vida e para progredir. Nenhuma oportunidade nos negada; mas nopodemos pensar em fazer as coisas de qualquer jeito, burlando as leis divinas,como burlamos as leis humanas.

    Isso no quer dizer que haja um fanatismo nos acontecimentos da vida, como setudo j estivesse escrito previamente; pois; fatal, no verdadeiro sentido dapalavra, s o instante da morte(no conceito do Esprito da Verdade a Kardec L.E., 853). Todavia, s morremos quando nossa hora chegada. Essa hora aquela prevista em nosso programa encarnatrio ou aquela que assinalamospela nossa imprevidncia (excessos que cometemos, perigos desnecessrios aque nos expomos, vcios que abreviam nossa existncia, etc.). No sabemos deantemo que gnero de morte deveremos sofrer, mas sim a que tipo de perigosestamos expostos pelo gnero de vida que escolhemos.

    Alem disso, na nossa condio evolutiva, estamos sujeitos, irrresistivel-mente, lei das reencarnaes, pois se o Esprito permanecesse no mundo

    espiritual, ficar-se-ia estacionrio, e o que se quer avanar para Deus (L.E.,175-a). Portanto, o momento da encarnao, como o da desencarnao, fatal: a fatalidade s consiste nestas duas horas: aquelas em que deveisaparecer e desaparecer deste mundo (L.E., 859).

    Mas, h um outro tipo de fatalidade, referente escolha que o Esprito faz de suasprovas, no momento da encarnao. Ciente de suas necessidades, traa parasi mesmo uma espcie de destino, que a prpria conseqncia da posio emque se encontra (L.E., 851). o caso das provas fsicas, que vo delimitar asmanifestaes do prprio Esprito. Quanto s provas morais e s tentaes,poder ceder ou resistir a elas, pois conserva o livre-arbtrio para o bem e o mal.

    Neste caso, conscientiza-se da necessidade do auto conhecimento e da reformantima e faz tudo por melhorar-se, superando suas imperfeies.

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    CENTRO ESPRITA PADRE ZABEU KAUFFMAN

    CURSO PREPARATRIO DE ESPIRITISMO

    R o t e i r o 0 9 R o t e i r o 0 9 R o t e i r o 0 9 R o t e i r o 0 9

    E s q u e c i m e n t o d o p a s s a d o E s q u e c i m e n t o d o p a s s a d o E s q u e c i m e n t o d o p a s s a d o E s q u e c i m e n t o d o p a s s a d o

    O s s o n h o s O s s o n h o s O s s o n h o s O s s o n h o s

    O s f a l s o s c r i s t o s e o s f a l s o s O s f a l s o s c r i s t o s e o s f a l s o s O s f a l s o s c r i s t o s e o s f a l s o s O s f a l s o s c r i s t o s e o s f a l s o s

    p r o f e t a sp r o f e t a sp r o f e t a sp r o f e t a s

    Esquecimento do passado

    O incio de uma encarnao para o homem sempre cercado de expectativas

    e dvidas. uma nova experincia que se inicia e a ela o ser apresenta-se comoum livro em branco, em que dever escrever a histria de sua existncia.

    Esprito milenar, tendo vivido muitas outras encarnaes, o homem uma obraem andamento, um livro que j se encontra preenchido em boa paret de suaspginas. Por que no conseguimos l-lo? Porque faz parte do processoencarnatrio o esquecimento do passado. Em razo dele, somos mais autnticos.

    De fato, se hoje somos imperfeitos, no passado o fomos ainda mais; se hojecometemos tantos erros, se ainda nos envolvemos com as iluses do mundo, serevelamos constantemente traos de animalidade (violncia, dio, indiferena),

    podemos imaginar como teremos sido no passado ma