[apostila] sistemas de ignição - senai

Upload: eduardo-bandeira

Post on 04-Apr-2018

220 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    1/79

    SISTEMASDE IGNIO

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    2/79

    SENAI - PR, 2001

    CDIGO DE CATLOGO :11301

    Trabalho elaborado pela Diretoria de Educao e Tecnologia

    do Departamento Regional do SENAI - PR , atravs doLABTEC - Laboratrio de Tecnologia Educacional.

    Coordenao geral Marco Antonio Areias SeccoElaborao tcnica ..........................................................

    Equipe de editorao

    Coordenao Lucio SuckowDiagramao Alir Aparecida Schroeder

    Ilustrao Alir Aparecida SchroederReviso tcnica .........................................................

    Capa Ricardo Mueller de Oliveira

    Referncia Bibliogrfica.NIT - Ncleo de Informao TecnolgicaSENAI - DET - DR/PR

    S474s SENAI - PR. DETSistemas de ignioCuritiba, 2001, 79 p

    CDU - ..........................

    Direitos reservados ao

    SENAI Servio Nacional de Aprendizagem IndustrialDepartamento Regional do ParanAvenida Cndido de Abreu, 200 - Centro CvicoTelefone: (41) 350-7000Telefax: (41) 350-7101E-mail: [email protected] 80530-902 Curitiba - PR

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    3/79

    SUMRIO

    Introduo ..................................................................................................................... 05

    ......................................................................................................................................19

    ......................................................................................................................................22

    ......................................................................................................................................42

    ......................................................................................................................................47

    ......................................................................................................................................48

    Bibliografia ..................................................................................................................... 51

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    4/79

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    5/79

    5

    SENAI-PR

    Depois de ter permanecido praticamente invarivel por anos a fio, a igniopor bateria, um dos mais antigos componentes do motor Otto, sofreu

    modificaes radicais nos ltimos anos em funo do desenvolvimento

    revolucionrio na rea da eletrnica.

    Atualmente existem sistemas de ignio que, graas ao emprego da

    eletrnica podem cumprir inmeros requisitos e, atravs da atuao em

    conjunto com outros sistemas eletrnicos do veculo, possibilitam uma

    otimizao de todo o complexo de gerenciamento do motor.

    Esta apostila tem por finalidade fornecer uma viso geral dos diversos

    sistemas de ignio com suas caractersticas mais marcantes.

    INTRODUO

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    6/79

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    7/79

    7

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Funcionamento

    O motor Otto1) um motor a combusto interna com

    ignio por centelha, que transforma a energia contida no

    combustvel em energia mecnica.

    No motor Otto a mistura de ar-combustvel formada

    fora da cmara de combusto (com base em gasolina ou

    gases). Essa mistura conduzida para a cmara de

    combusto, aspirada pelo pisto em movimento descendente.

    Ento ela comprimida durante o movimento

    ascendente do pisto. Uma ignio externa com comando por

    tempo induz a combusto da mistura da vela de ignio. O

    calor liberado pela combusto aumenta a presso no cilindro

    e o pisto move-se novamente para baixo transmitindo um

    trabalho mecnico para o virabrequim.

    Aps cada curso de combusto os gases queimadosso expulsos do cilindro, sendo

    aspirada uma nova mistura de

    ar-combustvel. Essa troca de

    gases no motor dos automveis

    feita principalmente pelo ciclo

    de quatro tempos. Para um ciclo

    de trabalho so necessrios

    dois giros do virabrequim.

    COMBUSTO NO MOTOR OTTO

    Conforme Nikolaus August Otto (1832 at 1891), apresentou

    pela primeira vez na Feira Mundial de Paris em 1878, um motor a gs

    com compresso funcionando pelo princpio de quatro tempos.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    8/79

    8

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Ciclo de quatro tempos

    No motor Otto de quatro tempos as vlvulas de admisso

    e escape controlam a troca de gases. Elas abrem ou fecham

    os canais de entrada e sada do cilindro:

    1. tempo: aspirao,

    2. tempo: compresso e ignio,

    3. tempo: queima e trabalho,

    4. tempo: exausto / escape

    Tempo de aspirao

    Vlvula de admisso: aberta,

    Vlvula de escape: fechada,

    Movimento do pisto: para baixo,

    Combusto: nenhuma

    O movimento descendente do pisto aumenta o volume

    no cilindro e aspira uma nova mistura de ar-combustvel atravs

    da vlvula de admisso aberta.

    Tempo de compresso

    Vlvula de admisso: fechada,

    Vlvula de escape: fechada,

    Movimento do pisto: ascendente,

    Combusto: fase de inflamao (ignio)

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    9/79

    9

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    O movimento ascendente do pisto diminui o volume

    no cilindro e comprime a mistura de ar-combustvel. Pouco

    antes de atingir o ponto morto superior (PMS) a centelha da

    vela de ignio inflama a mistura de ar-combustvel, induzindo

    assim a combusto. A relao da compresso resulta da

    cilindrada Vh e do volume de compresso Vc = (Vh + Vc)Vc.

    A relao da compresso de 7 ... 13, dependendo do

    tipo de construo do motor. O aumento da relao de

    compresso de um motor a combusto aumenta o seu grau

    de eficincia trmica, proporcionando um aproveitamento

    efetivo do combustvel.

    Um aumento da relao de compresso de 6 para 8resulta p.ex. em um aumento de 12% no grau de eficincia

    trmica. O limite de detonao determina o grau de

    compresso. Bater pino (detonao) significa uma combusto

    descontrolada da mistura com aumento acentuado da presso.

    Combusto detonante provoca danos ao motor.

    O limite de detonao pode ser deslocado para maior

    compresso atravs de combustveis e cmara de combustoadequados.

    Tempo de trabalho

    Vlvula de admisso: fechada,

    Vlvula de escape: fechada,

    Movimento do pisto: descendente,

    Combusto: fase de queima.

    Aps a inflamao da mistura comprimida de ar-

    combustvel, pela centelha da vela de ignio, a temperatura

    se eleva em funo da combusto da mistura.

    A presso no cilindro aumenta e empurra o pisto parabaixo. Atravs da biela ele transmite movimento de trabalho ao

    virabrequim, disponvel como potncia do motor.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    10/79

    10

    SENAI-PR

    A potncia aumenta com o aumento da rotao e

    aumento do torque (P = Mw).

    A caracterstica de potncia e torque do motor

    combusto implica em uma transmisso para adaptao s

    exigncias de funcionamento.

    Tempo de exausto

    Vlvula de admisso: fechada,

    Vlvula de escape: aberta,

    Movimento do pisto: ascendente,

    Combusto: nenhuma.

    O movimento ascendente do pisto expulsa os gases

    da combusto (gases de escape) atravs da vlvula de escape

    aberta. Em seguida o ciclo se repete.

    Os tempos de abertura das vlvulas sobrepe-se um

    pouco, o que leva a um melhor aproveitamento do fluxo e dasoscilaes dos gases no enchimento e esvaziamento dos

    cilindros.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    11/79

    11

    SENAI-PR

    A ignio no motor Otto

    A verso do sistema de ignio depende do tipo do

    gerador da ignio, da regulagem do ngulo de ignio bem

    como do tipo de distribuio e transmisso da alta tenso. A

    sistemtica est representada na tabela .

    IGNIO

    Ponto de ignio

    O ponto de ignio depende principalmente de fatores

    como rotao e carga.

    A dependncia da rotao explica-se pelo fato de que,

    quando o enchimento e a relao de ar-combustvel so

    constantes, o tempo de queima da mistura tambm

    constante e por isso necessrio que a ignio ocorra cada

    vez mais adiantada, proporcionalmente ao aumento da rotao.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    12/79

    12

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    A dependncia da carga influenciada pelo

    empobrecimento da mistura na baixa carga, pelo teor de

    resduo da combusto e pelo baixo preenchimento do cilindro.

    Esses efeitos provocam um maior atraso da ignio e

    menor velocidade de queima da mistura, de modo que ser

    necessrio adiantar o ngulo de ignio.

    Avano da ignio

    A performance da ignio dependente de rotao e carga

    est integrada funo de regulagem. No caso mais simples,

    a funo de regulagem consiste de um avano centrfugo e de

    uma cpsula de vcuo. O vcuo em larga escala uma medida

    de carga do motor.

    Nos sistemas de ignio eletrnicos so considerados

    ainda outros fatores de influncia sobre o motor, como por

    exemplo a temperatura, ou alteraes na composio da

    mistura.

    Os ndices (valores) de todas as funes de regulagem

    so interligados mecnica ou eletronicamente para a

    determinao do ponto de ignio. Antes do ponto de ignioem si necessrio que o acumulador de energia seja

    conectado em tempo hbil.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    13/79

    13

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Para isto necessria a formao de um tempo de

    fechamento ou de um ngulo de fechamento (permanncia)

    no sistema de ignio. Em geral a energia armazenada em

    um acumulador indutivo, em casos raros em um acumulador

    capacitivo.

    A alta tenso gerada pelo desligamento da corrente

    primria da alimentao. A alta tenso conduzida ao cilindro

    que se encontra atualmente no ciclo de trabalho.

    No emprego de um distribuidor de ignio, a informao

    necessria sobre a posio do virabrequim fornecida pela

    fixao mecnica sobre o acionamento do distribuidor de

    ignio. Na distribuio de tenso esttica necessrio umsinal eltrico do virabrequim ou do eixo de comando.

    Os elementos de ligao (conector e cabo de alta tenso)

    transmitem a alta tenso para a vela de ignio. A vela de

    ignio deve oferecer um funcionamento confivel em todas

    as faixas operacionais do motor, assegurando sempre uma

    inflamao da mistura de ar-combustvel.

    Tenso de ignio

    O coeficiente de ar (Lambda) e a presso do cilindro

    determinada pelo enchimento e compresso da mistura,

    juntamente com a distncia dos eletrodos da vela de ignio,

    tm influncia decisiva sobre a demanda de tenso e,

    consequentemente, sobre a necessria oferta de tenso da

    ignio.

    Inflamao da mistura de ar-combustvel

    Energia de ignio

    Para a inflamao de uma mistura de ar-combustvel

    atravs de fascas eltricas necessria uma energia cerca

    de 0,2 mJ por ignio individual, desde que a mistura tenha

    uma composio estequiomtrica (em repouso, homognea).Misturas ricas e pobres (turbulentas) necessitam acima de 3

    mJ.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    14/79

    14

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Essa energia somente uma frao da energia de

    ignio total contida em uma fasca de ignio.

    Havendo pouca energia de ignio disponvel, a ignio

    no acontece; a mistura no pode se inflamar e ocorrem falhas

    de combusto. Por esse motivo deve ser colocada tantaenergia disposio que, mesmo em condies externas

    desfavorveis, a mistura de ar-combustvel entre seguramente

    em combusto.

    Nesse caso, uma pequena nvoa de mistura combustvel

    que passe diante da fasca pode ser suficiente. A nvoa de

    mistura combustvel se inflama, provoca a ignio da mistura

    restante no cilindro, induzindo assim combusto.

    Influncias sobre as caractersticas da ignio

    Boa preparao e fcil acesso da mistura fasca

    melhoram as caractersticas da ignio, assim como a longa

    durao e o comprimento da fasca e a grande distncia dos

    eletrodos. A intensa turbulncia da mistura tem efeito benfico

    semelhante, contanto que haja disponibilidade suficiente de

    energia.

    A posio e o comprimento da fasca so determinados

    pelas dimenses da vela de ignio, a durao da fasca pelo

    tipo e verso do sistema de ignio, assim como pelas atuais

    condies de ignio. A posio e o acesso da mistura de ar-

    combustvel vela de ignio influenciam o gs de escape,

    sobretudo na marcha lenta.

    Nas misturas pobres, a vantagem est na energia de

    ignio particularmente alta e na longa durao da fasca. Isto

    fica demonstrado no exemplo da marcha lenta de um motor.

    Na marcha lenta a mistura de ar-combustvel ode ser bastante

    heterognea. Sobreposies de tempos de vlvulas provocam

    alto teor de resduos de combusto.

    A comparao entre uma ignio de bobina normal de

    comando por contato e uma ignio transistorizada evidenciaque a fasca da ignio transistorizada nitidamente reduz e

    estabiliza a emisso de HC.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    15/79

    15

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Simultaneamente tambm se estabiliza o funcionamento

    uniforme do motor. A limpeza da vela tambm significativa.

    No caso de velas muito sujas, durante a formao da alta

    tenso ocorre um escoamento de energia da bobina de ignio

    atravs do contato secundrio da vela.

    Isto provoca a reduo da durao da fasca, com efeito

    sobre o gs de escape e, em casos limite (em caso de velas

    muito sujas ou molhadas) a uma falha total da ignio. Um

    certo ndice de falhas de ignio normalmente no percebido

    pelo motorista, gera entretanto um alto consumo de

    combustvel e pode danificar o catalisador.

    Emisso de poluentes

    O ngulo de ignio P ou o ponto de ignio,

    respectivamente, exercem importante influncia sobre os

    ndices do gs de escape, o torque e o consumo de

    combustvel do motor Otto.

    Os componentes txicos mais importantes do gs de

    escape so os hidrocarbonetos no queimados (HC), o xidode nitrognio (NOx) e o monxido de carbono (CO). Com o

    aumento da ignio prematura aumenta tambm a emisso

    de hidrocarbonetos no queimados.

    A ignio prematura aumenta tambm a emisso de NOxem toda a faixa da relao de ar-combustvel. A causa a

    temperatura mais elevada na cmara de combusto, na ignio

    adiantada.

    A emisso de CO praticamente independente do ponto

    de ignio e quase uma funo exclusiva da relao ar-

    combustvel.

    Consumo de combustvel

    A influncia do ponto de ignio sobre o consumo de

    combustvel se ope influncia sobre a emisso de poluentes.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    16/79

    16

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Com o aumento do coeficiente de ar necessrio

    compensar a velocidade cada vez menor da combusto com

    um adiantamento cada vez maior da ignio para que o

    processo de combusto permanea timo.

    Ponto de ignio adiantado significa menor consumo de

    combustvel e maior torque, mas somente mediante respectiva

    alterao (correo) da mistura de ar-combustvel.

    Tendncia detonao

    Existe uma outra relao importante entre o ponto de

    ignio e tendncia detonao. Isto fica demonstrado no

    efeito de um ngulo de ignio muito adiantado ou muito

    atrasado (em comparao com o ngulo de ignio correto)

    sobre a presso na cmara de combusto.

    Quando o ngulo de ignio est muito adiantado ocorre

    uma combusto adicional em diversos pontos da cmara de

    combusto por efeito da onda de presso da inflamao. Em

    funo disto a queima da mistura irregular, provocando fortes

    oscilaes de presso com altos picos na presso da

    combusto.

    Esse efeito, chamado de detonao ou bater pinos, pode

    ser ouvido nitidamente em baixa rotao. Em alta rotao o

    rudo superado pelo ronco do motor. Mas exatamente nessa

    faixa que a detonao pode levar a danos no motor, sendo

    necessrio proceder uma otimizao entre combustvel

    adequado e ponto de ignio.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    17/79

    17

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    O sistema atual convencional de ignio por bobina

    comandado por contato. Isto significa que a corrente que passa

    pela bobina ligada e desligada mecanicamente atravs de

    um contato no distribuidor de ignio (platinado).

    A ignio por bobina, de comando por contato, a verso

    mais simples de uma ignio, na qual so realizadas todas as

    funes. Alm do distribuidor de ignio existe toda uma srie

    de componentes, listados na tabela com suas respectivasfunes.

    Princpio de funcionamento

    Sincronizao e distribuio

    A sincronizao com o virabrequim e portanto com a

    posio do pisto nos diversos cilindros consolidada peloacoplamento mecnico do distribuidor de ignio ao eixo de

    comando ou outro eixo reduzido em 2 : 1 em relao ao

    virabrequim.

    Por isso, at uma toro do distribuidor de ignio leva a

    um deslocamento do ponto de ignio, isto , uma alterao

    no distribuidor de ignio permite a regulagem de um ponto de

    ignio previamente estabelecido.

    O rotor mecnico do distribuidor, tambm fixamente

    acoplado parte superior do eixo do distribuidor de ignio,

    providencia a distribuio correta da alta tenso juntamente

    com a conduo dos cabos de alta tenso s diversas velas

    de ignio.

    IGNIO CONVENCIONAL POR BOBINA SZ

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    18/79

    18

    SENAI-PR

    Procedimento de ignio

    Em funcionamento a tenso da bateria est aplicada

    chave de ignio e portanto no borne 15 da bobina de ignio.

    Com o platinado fechado a corrente flui atravs do

    enrolamento primrio da bobina de ignio contra a massa.

    Isto gera um campo magntico na bobina de ignio, no qual a

    energia de ignio acumulada. O aumento da corrente ocorre

    em funo da indutividade e da resistncia do enrolamento

    primrio.

    O tempo de carga determinado pelo ngulo de

    permanncia. O ngulo de permanncia, por sua vez, acionado pelo deslocamento do ressalto que aciona o platinado

    atravs da fibra.

    Ao fim do tempo de fechamento o ressalto do distribuidor

    de ignio abre o contato da ignio, interrompendo assim a

    corrente da bobina.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    19/79

    19

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Componentes da ignio convencional por bobina

    Sistemas de ignio por bobina so formados por

    diversos componentes, cuja construo e verso de potncia

    dependem do respectivo motor.

    Componentes Funo

    Bobina de ignio

    armazena a energia deignio e depois a transmitepelo cabo de ignio emforma de um impulso de altatenso

    Comutador de ignio

    atua no circuito da corrente

    primria da bobina deignio, atravs deacionamento

    Pr-resistor fechado em curto circuitona partida, para aumento datenso de partida

    Platinado

    fecha e interrompe o circuitoda corrente primria dabobina de ignio, paraarmazenamento de energia etransformao da tenso

    Condensador de ignio

    promove a interrupo exatada corrente primria dabobina; suprime a formaode fasca no contato doplatinado

    Distribuidor de igniodistribui a tenso de igniopara as velas de ignio emseqncia definida

    Avano centrfugo

    avana automaticamente o

    ponto de ignio dependenteda rotao do motor

    Avano a vcuoavana automaticamente oponto de ignio dependenteda carga do motor

    Vela de ignio

    integra as partes principais(eletrodos) para a gerao dafasca de ignio e veda acmara de combusto para o

    exterior

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    20/79

    20

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    A corrente e o tempo de desligamento, como tambm o

    nmero de espiras do lado secundrio da bobina de ignio,

    determinam substancialmente a tenso de ignio induzida

    no lado secundrio.

    Como a corrente tende a fluir adiante, se formaria um

    arco voltico nos contatos do platinado. Para evitar essa

    ocorrncia, o condensador de ignio est ligado em paralelo

    ao platinado.

    Isto faz com que a corrente primria flua para o

    condensador e o conecta, at a descarga da tenso de ignio.

    Desta forma ocorrem tenses de algumas centenas de Volts

    no borne 1 da bobina de ignio.

    A alta tenso gerada no lado secundrio conectada ao

    borne do distribuidor de ignio, provocando ali uma ruptura

    entre o rotor do distribuidor e o eletrodo externo,

    consequentemente conectando o cabo de ignio para a

    respectiva vela de ignio, levando finalmente ruptura, isto ,

    fasca de ignio.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    21/79

    21

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Em seguida a energia magntica acumulada na bobina

    de ignio flui continuamente para a fasca em forma de energia

    eltrica. Em funo disto ocorre uma tenso de combusto de

    cerca de 400 V na vela de ignio.

    Em geral a durao da fasca de 1 a 2 ms. Aps a

    descarga da bobina de ignio, o ressalto do distribuidor de

    ignio liga novamente e a bobina de ignio conectada

    novamente.

    O rotor do distribuidor que durante esse tempo continua

    funcionando, transmitir na prxima ignio a alta tenso para

    uma outra vela de ignio.

    Bobina de ignio

    Estrutura

    A bobina de ignio consiste de uma carcaa, na qual

    so instaladas capas metlicas envolventes para retorno do

    circuito magntico. O enrolamento secundrio vai diretamente

    sobre o ncleo de ferro laminado e ligado eletricamente aoborne da tampa da bobina.

    Como a alta tenso est aplicada ao ncleo de ferro, e

    necessrio que ele seja isolado pela tampa e por um corpo

    isolante adicional inserido no fundo da carcaa. O enrolamento

    primrio est disposto por fora do enrolamento secundrio.

    A tampa isolada da bobina de ignio contm

    simetricamente aos bornes de alta tenso do borne 4, os bornes

    15 para a tenso da bateria e 1 para a ligao pelo platinado. A

    isolao e a fixao mecnica dos enrolamentos se utiliza de

    massa asfltica.

    A dissipao de potncia ocorre principalmente no

    enrolamento primrio. O calor dissipado derivado para a

    carcaa atravs das capas metlicas. Por esse motivo a

    bobina de ignio fixada carroceria por uma braadeira

    bem larga, para que o calor se dissipe o mximo possvel.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    22/79

    22

    SENAI-PR

    Funcionamento

    A corrente primria, ligada e desligada pelo platinado, flui

    atravs do enrolamento primrio da bobina de ignio. O valor

    da corrente determinado pela tenso da bateria no borne 15

    e pela resistncia ohmica do enrolamento primrio.

    A resistncia primria, dependendo da aplicao da

    bobina de ignio, pode estar entre 0,2 e 3 . A indutividade

    primaria L1 de alguns mH. Para a energia armazenada no

    campo magntico da bobina de ignio resulta:

    WSp = 1 L1 . i12

    2

    WSp energia acumulada, L1 indutividade do enrolamento

    primrio, i1 corrente que circula no distribuidor de ignio no

    momento de abertura do contato do platinado.

    No ponto de ignio a tenso sobe no borne 4(borne de

    alta tenso da bobina de ignio), est aproximadamente como

    uma funo senoidal. A velocidade de ascenso determinadapela indutividade secundria e a carga capacitativa no borne4.

    Quando a tenso de ruptura na vela tiver sido atingida, a

    tenso diminui at a tenso de combusto da vela de ignio e

    a energia acumulada na bobina de ignio flui para a fasca de

    ignio.

    Quando a energia no mais suficiente para a

    manuteno da descarga luminosa, a fasca suprimida e a

    energia restante declina para o circuito secundrio da bobina

    de ignio.

    A alta tenso polarizada de modo que o eletrodo central

    da vela de ignio seja negativo contra a massa do veculo;

    em caso de polaridade invertida seria necessria uma energia

    um pouco mais elevada. A bobina de ignio foi desenvolvida

    como autotransformador, de tal modo que o lado secundrio

    se apoia no borne 1 ou 15.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    23/79

    23

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Assim como a indutividade primria e a resistncia so

    determinantes para a energia acumulada, a indutividade

    secundria decisiva para as caractersticas da alta tenso e

    da fasca. Uma relao tpica de espiras entre enrolamento

    primrio e secundrio de 1 : 100.

    A tenso induzida, a corrente da fasca e a durao da

    fasca dependem tanto da energia armazenada quanto da

    indutividade secundria.

    Resistncia interna

    Um outro fator importante a resistncia interna da

    bobina de ignio, porque ela tambm determina a velocidade

    de elevao da tenso, sendo portanto uma medida da energia

    da bobina de ignio que flui atravs de resistncias de

    derivao no momento de ruptura da fasca.

    Uma resistncia interna baixa vantajosa em caso de

    velas de ignio sujas ou molhadas. A resistncia internadepende da indutividade secundria.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    24/79

    24

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Platinado (ruptor de ignio)

    A ativao do platinado feita pelo eixo de comando do

    distribuidor, que ter tantos ressaltos quantos forem os cilindros

    do motor. O platinado pode se girado no eixo do distribuidor de

    ignio; ele se ajusta de acordo com o avano do ponto deignio determinado pelo avano centrfugo na dependncia

    da rotao.

    O ressalto constitudo de modo que seja formado um

    ngulo de permanncia correspondente bobina de ignio e

    ao nmero de fascas.

    Desta forma estar estabelecido o ngulo de permannciapara um sistema de ignio com comando por contato,

    invarivel em toda a faixa de rotao. O ngulo de permanncia,

    entretanto, sofre alteraes durante o tempo de funcionamento

    do motor devido ao desgaste da fibra do martelete do platinado.

    O desgaste gerado leva a uma abertura tardia do

    platinado. O atraso que se estabelece leva em geral a um alto

    consumo de combustvel. Este um dos motivos para asubstituio peridica dos contatos do platinado e verificao

    do ngulo de permanncia. Um outro motivo de manuteno

    a queima dos contatos.

    O contato deve comandar corrente de at 5A e bloquear

    tenso de at 500 V. Em um motor de quatro cilindros com

    uma rotao de 6000 1 o contato liga 12000 vezes por minuto,

    o que corresponde a uma freqncia de 200 Hz.

    Contatos danificados provocam um carregamento

    insuficiente da bobina, ponto de ignio indefinido,

    consequentemente alto consumo de combustvel e ndices

    ruins de gs de escape.

    Distribuidor de ignio

    O distribuidor de ignio o componente com maiornmero de funes no sistema de ignio.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    25/79

    25

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Ele gira com a metade do nmero de rotaes do

    virabrequim um distribuidor de quatro cilindros tem p.ex. quatro

    sadas, cada uma fornecendo um impulso de ignio por giro

    do rotor.

    Caractersticas

    Externamente visvel so sobretudo a carcaa em forma

    de panela e a tampa do distribuidor de ignio feita em material

    isolante com as conexes de entrada e sada de alta tenso.

    Existem distribuidores onde a haste introduzida no bloco do

    motor.

    Neste caso o eixo do distribuidor de ignio acionadoatravs de uma engrenagem ou um acoplamento. Um outro

    modelo, o distribuidor curto, facilita a montagem direta no eixo

    de comando. Neste caso a haste eliminada e o acoplamento

    de acionamento encontra-se diretamente no fundo da carcaa

    do distribuidor.

    As altas exigncias de preciso do distribuidor de ignio

    requerem um assentamento muito bom. Nos distribuidores comprolongamento, a prpria haste oferece apoio suficiente.

    Distribuidores curtos exigem um mancal adicional acima do

    sistema ativador.

    Estrutura

    Na carga do distribuidor de ignio encontram-se o

    sistema de avano centrfugo, o acionamento do sistema de

    avano a vcuo e a ativao da ignio. O condensador de

    ignio e a cpsula de avano a vcuo so fixados na parte

    externa da carcaa do distribuidor.

    Alm disso, ali tambm se encontra a ancoragem para a

    fixao da tampa do distribuidor e a ligao eltrica. A tampa

    de proteo contra p protege o sistema de acionamento contra

    depsitos de poeira e umidade. No eixo do distribuidor existe

    uma fenda acima do ressalto do platinado, que serve para

    definio da posio de montagem do rotor do distribuidor.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    26/79

    26

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Na sua montagem necessrio atentar para que o motor

    seja instalado na posio correta. O rotor e a tampa do

    distribuidor so feitos em material baquelite de alta qualidade,

    sujeito a exigncias especiais de resistncia alta tenso,

    resistncia climtica, estabilidade mecnica e inflamabilidade.

    A alta tenso gerada na bobina de ignio alimenta o

    distribuidor de ignio atravs da conexo central. Entre o rotor

    do distribuidor e conexo central h um pequeno pino de carvo

    suspenso por mola, que estabelece o contato entre a tampargida e o rotor do distribuidor em movimento.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    27/79

    27

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    A energia de ignio flui do ponto central do rotor do

    distribuidor atravs de uma resistncia supressora de

    interferncias de = 1KO para o eletrodo do rotor do distribuidor

    e de l salta para o eletrodo fixo instalado nas conexes

    externas. A tenso de descarga respectivamente necessria

    est na faixa de KV.

    A resistncia no rotor do distribuidor limita os picos de

    corrente na constituio da distncia da fasca, tendo por

    finalidade a supresso de interferncia. Exceto o interruptor

    de ignio (platinado), todos os componentes do distribuidor

    de ignio dispensam manuteno.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    28/79

    28

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Avanos de ignio

    O avano centrfugo produz um deslocamento do ngulo

    de ignio atravs da rotao em sentido a adiantado.

    Mediante pressuposio de enchimento e formao de mistura

    constante, resulta um tempo fixo para a inflamao e queima

    da mistura.

    Esse tempo fixo provoca a gerao respectivamente

    adiantada da fasca de ignio em funo da alta rotao. Na

    prtica, o traado de uma curva caracterstica do distribuidor

    de ignio tambm influenciado pelo limite de detonao e a

    variao da composio da mistura.

    O avano a vcuo considera a condio de carga do

    motor porque a velocidade de inflamao e a queima da nova

    mistura no cilindro so intensamente influenciadas pelo

    enchimento no cilindro.

    O avano pela rotao ou fora centrfuga e o avano a

    vcuo ou por carga esto to mecanicamente interligados que

    ambos os avanos se somam.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    29/79

    29

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Avano centrfugo

    O avano centrfugo modifica o ponto de ignio na

    dependncia da rotao do motor. A placa de apoio que gira

    junto com o eixo do distribuidor contm os contrapesos (pesos

    centrfugos).

    Com o aumento da rotao os contrapesos se movem

    para fora. Eles deslocam o arrastador contra o eixo do

    distribuidor no sentido de rotao. Isto provoca tambm um

    deslocamento do ressalto de ignio contra o eixo do

    distribuidor no valor do ngulo de avano da ignio az. O ponto

    de ignio ser adiantado nesse ngulo.

    Avano a vcuo

    O avano a vcuo desloca o ponto de ignio na

    dependncia da potncia ou carga do motor. Como medida

    para o avano da ignio utiliza-se o vcuo no coletor de

    admisso prximo borboleta de acelerao. O vcuo

    conduzido a uma ou duas caixas de diafragma .

    Sistema de avano adiantado

    Quanto menor a carga, tanto antes a mistura de ar-

    combustvel dever entrar em combusto. O teor de gases

    residuais queimados mas no eliminados aumenta na cmara

    de combusto e a mistura empobrece.

    O vcuo para o avano adiantado retirado pelo coletor

    de admisso. Diminuindo a carga do motor, o vcuo na caixa

    de avano adiantado aumenta e provoca um movimento da

    membrana junto com a haste de trao para a direita .

    A haste de trao desloca a base mvel do platinado em

    sentido contrrio ao da rotao do eixo do distribuidor de

    ignio. Atravs deste movimento o ponto de ignio

    deslocado ainda mais em sentido adiantado.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    30/79

    30

    SENAI-PR

    Sistema de avano atrasado

    Neste caso o vcuo no coletor de admisso e coletado

    depois da borboleta. Com ajuda da caixa de avano atrasado

    em forma de anel, o ponto de ignio retardado em

    determinadas situaes (p.ex. marcha lenta, operao com

    freio-motor) para melhorar as condies do gs de escape,

    isto , regulado em sentido atrasado.

    O diafragma anelar move-se para a esquerda junto com

    a haste de trao, logo que estabelecida a condio de vcuo.

    O haste de trao desloca a base mvel do platinado (inclusive

    platinado) no sentido de rotao do eixo do distribuidor deignio.

    O sistema de avano atrasado subordinado ao sistema

    de avano adiantado: atravs do vcuo simultneo em ambas

    as caixas obtm-se o necessrio avano em regime de carga

    parcial em sentido adiantado.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    31/79

    31

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Ignio transistorizada de comando por contato

    TZ-K

    O distribuidor da ignio transistorizada com comando

    por contato (TZ-K) idntico ao distribuidor da ignio por

    bobina com comando por contato (SZ).

    Como o contato trabalha junto com um sistema

    transistorizado de ignio, necessrio que o platinado no

    conecte mais a corrente primria mas somente a corrente de

    comando para a ignio transistorizada. A prpria ignio

    transistorizada exerce a funo de um amplificador de corrente

    e conecta a corrente primria atravs de um transistor de

    ignio (geralmente um transistor Darlington).

    Para melhor compreenso, a conexo do contato e a

    funo de uma TZ-K simples foram comparadas com uma

    ignio de bobina com comando por contato.

    Princpio de funcionamento

    As prximas figuras mostram claramente que a igniotransistorizada com comando por contato teve sua origem na

    ignio convencional, no eletrnica, por bobina: o transistor T

    assume a funo de interruptor de potncia no lugar do platinado

    no sistema de ignio.

    Mas como o transistor possui caractersticas de rel,

    necessrio que o comando seja provocado, o que, por

    exemplo, pode ocorrer atravs de um interruptor de comando.

    Por esse motivo, este sistema chamado de ignio

    transistorizada de comando por contato.

    Nos sistemas de ignio transistorizada da Bosch o

    platinado acionado por ressaltos tem a funo desse comando.

    Quando o contato est fechado, uma corrente de

    comando Is flui para a base B e o transistor a ser um condutor

    eltrico entre emissor E e coletor C.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    32/79

    32

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Nessa condio ele corresponde a um interruptor na

    posio Liga, permitindo que a corrente flua atravs do

    enrolamento primrio L1 da bobina de ignio. Nas se o contato

    do platinado estiver aberto, no haver passagem de corrente

    para a base e o transistor no conduzir eletricidade; ele

    bloqueia portanto a corrente primria e corresponde nessa

    condio a um interruptor na posio Desliga.

    Vantagens

    A ignio transistorizada de comando por contato

    apresenta duas vantagens essenciais em relao ignio

    por bobina de comando por contato:

    aumento da corrente primria e

    maior estabilidade do contato.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    33/79

    33

    SENAI-PR

    Com o emprego de um transistor de comando a corrente

    primria pode ser aumentada, porque um contato mecnico

    pode comandar somente correntes de at 5 A por um perodo

    mais longo e na freqncia necessria.

    Como a corrente primria entra ao quadrado na energia

    armazenada, aumenta a potncia da bobina de ignio e

    consequentemente todos os dados de alta tenso como oferta

    de alta tenso, durao da fasca e corrente da fasca. Por

    isso uma ignio transistorizada de comando por contato

    precisa tambm de uma bobina especial alm do dispositivo

    de comando da ignio.

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    34/79

    34

    SENAI-PR

    Uma durabilidade consideravelmente maior da TZ-K

    resulta da liberao do platinado das altas correntes. Alm disso

    no ocorrero mais dois problemas, que reduzem

    indefinidamente a oferta de tenso da ignio por bobina de

    comando por contato: a vibrao dos contatos e a fuga de

    fascas, causada pela indutividade da bobina de ignio.

    A fuga das fascas provoca uma reduo da energia

    disponvel e um retardamento do aumento da alta tenso,

    principalmente em baixa rotao e em caso de partida. A

    vibrao dos contatos, ao contrrio, interfere na alta rotao

    devido alta freqncia de comando dos contatos.

    O contato vibra no fechamento e com isto carrega a

    bobina com menor intensidade justamente no momento emque o tempo de fechamento j reduzido. A primeira

    caracterstica prejudicial do platinado eliminada na ignio

    transistorizada de comando por contato, mas a segunda no .

    Circuito (comando)

    Em uma ignio transistorizada de comando por contato

    a unidade de comando da ignio conectada entre o borne 1

    do distribuidor de ignio (isto , o platinado) e o borne 1 da

    bobina de ignio .

  • 7/31/2019 [Apostila] Sistemas de Ignio - SENAI

    35/79

    35

    SENAI-PR

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    ...............................................

    Alm disso a unidade de comando da ignio necessita

    ainda de um borne prprio 15 para a sua alimentao de energia

    e uma conexo massa. A alimentao de energia do lado

    primrio da bobina de ignio feita atravs de um par de pr-

    resistores conectados em srie.

    Em caso de partida o borne 50 no motor de partida faz a

    ponte sobre o pr-resistor esquerdo. Desta forma aplicada

    uma maior tenso de alimentao bobina de ignio atravs

    do pr-resistor direito. Ela compensa as desvantagens que

    ocorrem no processo de partida e a queda da tenso da bateria.

    Os pr-resistores tm a finalidade de eliminar a corrente

    primria de bobinas de carga rpida, de baixa resistncia. Osresistores previnem a sobrecarga da bobina de ignio em

    baixa rotao e poupam o contato do platinado, visto que o

    ngulo de permanncia continua sendo gerado atravs do

    ressalto do distribuidor de ignio.

    Como a bobina precisa praticamente de um tempo

    constante para ser recarregada mas no trabalha com um

    ngulo de permanncia fixo, h uma disponibilidade de tempode carga muito grande em baixa rotao e muito baixa em alta

    rotao. Pr-resistores e uma bobina de carga rpida permitem

    uma otimizao por toda a faixa operacional.

    Nos veculos mais antigos, a TZ-K ainda faz parte do

    equipamento original. Nesse interim, ela foi substituda pela

    ignio transistorizada com sistema de ativao livre de

    manuteno. Como mdulo de adaptao a TZ-K ideal para

    aperfeioar sensivelmente as caractersticas de ignio de

    veculos com ignio por bobina de comando platinado.

    Recomenda-se portanto a instalao do mdulo em caso de

    problemas gerais de ignio, principalmente