apostila-protecao-sel354-2003

Upload: otavio-viana

Post on 06-Apr-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    1/127

    SEL 354

    PROTEO DE SISTEMAS

    ELETROENERGTICOS

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    2/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 1

    SEL 354 Proteo em Sistemas Eletroenergticos

    Prof. Denis Vinicius Coury

    Filosofia de proteo dos sistemas eltricos

    Princpios fundamentais dos principais tipos de relsconvencionais:

    Rels de corrente, tenso e potncia

    Rels diferenciais, de freqncia, de tempo e

    auxiliares

    Rels de sobrecorrente

    Rels direcionais

    Rels de distncia e com canal piloto

    Transformadores de corrente e potencial

    Redutores de medida e filtros

    Rels Universais

    Localizadores de faltas em linhas de transmisso

    Novas tendncias e artigos cientficos

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    3/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 2

    Bibliografia Recomendada

    &PHADKE, A. G.; THORP, J. S. Computer relaying for

    power systems, John Wiley & Sons Inc., ISBN 0 471

    92063 0.

    & Power system protection Digital protection andsignallig, Edited by Electricity Training Association

    IEE, Vol. 4, ISBN 085296 838 8.

    & JOHNS, A. T.; SALMAN S. K. Digital protection for power systems, Peter Peregrinus Ltd., ISBN 0 86341

    195 9.

    & Protective relays Application guide, GEC

    Measurements.

    & PHADKE, A. G.; HOROWITZ, S. H. Power systemrelaying, Research Studies Press Ltd, ISBN 0 863 801

    854.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    4/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 3

    & UNGRAD, H.; WINKLER, W.; WISZNIEWSKI, A. Protection techniques in electrical energy systems,

    Marcel Dekker, Inc., ISBN 0 8247 9660 8.

    & Protective relaying theory and applications, W. A.Elmore ABB Power T & D Company Inc., ISBN 0 8247

    9152 5.

    & CAMINHA, A. C. Introduo proteo dos sistemaseltricos, Editora Edgard Blcher Ltda., 1983.

    & CLARK, HARRISON K. Proteo de sistemaseltricos de potncia, Universidade Federal de Santa

    Maria, 1979.

    & GERS, J.M. ; HOLMES, E.J. Protection of electricitydistribution networks, The Institution of Electrical

    Engineers, London, UK, 1998.

    & Peridicos cientficos que dizem respeito ao assunto.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    5/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 4

    Proteo em Sistemas Eletroenergticos

    Em oposio garantia de economia e qualidade do

    servio, alm de vida til razovel das instalaes, as

    concessionrias enfrentam perturbaes e anomalias de

    funcionamento que afetam as redes eltricas e seus rgos

    de controle.

    I Consideraes gerais

    SEP Proteo eficaz e confivel Atributos cada vez mais exigidos crescimento,

    complexidade e interligamentos dos SEP

    1.1 Pode-se prevenir os defeitos

    Manuteno preventiva e operao adequada

    Previso de isolamento adequado

    Coordenao adequada de pra-raios

    Proteo de elementos com cabos aterrados

    Proteo contra a ao destruidora de animais,

    terra, lixo, etc.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    6/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 5

    1.2 Pode-se diminuir a ao do defeito:

    Limitando as correntes c.c. (reatores)

    Projetando elementos de circuito mais resistentescapazes de suportar os efeitos mecnicos e

    trmicos das correntes de defeito

    Isolando com presteza o elemento defeituoso Aumentando a estabilidade do sistema

    Analisando o funcionamento adequado do sistema estatsticas do defeito.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    7/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 6

    II Funo e importncia da proteo

    Rels de proteo provocar, sem demora, odesligamento total do elemento defeituoso.

    Estudo da proteoconsideraes: Eltricas caractersticas do sistema de potncia

    Econmicas custo do equipamento principal versus

    custo relativo do sistema de proteo

    Fsicas facilidades de manuteno, distncia entre

    os pontos de ao dos rels, etc.

    III Causas dos defeitos

    Ar c.c. por aves, roedores, galhos de rvores, etc.Rigidez dieltrica afetada por ionizao provocada por

    frio ou fogo.

    Isoladores de porcelana curto-circuitados ou rachados

    Isolao de trafos e geradores afetados pela umidade

    Descargas atmosfricas

    Surtos de chaveamento

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    8/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 7

    IV Efeitos indesejveis do c.c. (caso persista)

    Reduo da margem de estabilidade

    Danos aos equipamentos vizinhos falha

    Exploses

    Efeito cascata

    V Quadro estatstico dos defeitos

    Quadro I - Levantamento estatstico ocorrido na CentralElectricity Generating Board Inglaterra

    Maior ocorrncia de defeitos: Linhas de transmisso

    Quadro II Levantamento dos tipos de faltas sobrelinhas de transmisso fornecido pela Boneville Power

    Association (BPA) e Swedish State Power Boord (1951

    1975)

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    9/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 8

    Quadro I Ocorrncias de faltas sobre os componentes

    EQUIPAMENTO DEFEITO (%)

    Linhas areas 31,3

    Proteo 18,7

    Transformadores 13,0

    Cabos 12,0

    Seccionadores 11,7Geradores 8,0

    Diversos 2,1

    TCs e TPs 1,8

    Equipamento de controle 1,4

    Quadro II Incidncia dos tipos de defeitos sobre linhas de

    transmisso

    Tipo dos BPA SSPB

    defeitos 500KV 400 KV 200 KV

    Fase - Terra 93% 70% 56%

    Fase - Fase 4% 23% 27%

    Fase Fase - Terra 2%

    Trifsico 1%7% 17%

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    10/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 9

    VI Classificao dos rels

    Tipo construtivo: eletrodinmico, disco de induo,elemento trmico, fotoeltrico, digital, etc.

    Natureza do parmetro ao qual o rel responde:corrente, tenso, potncia, freqncia, presso,

    temperatura, etc.

    Grandezas fsicas de atuao: eltricas, mecnicas,trmicas, ticas, etc.

    Mtodo de conexo do elemento sensitivo: direto nocircuito primrio, atravs de TPs e TCs.

    Grau de importncia: principal ou intermedirio Tipo de contatos: NA ou NF

    Tempo de atuao: instantneo ou temporizado

    Tipo de fonte para atuao do elemento de controle:CA ou CC

    Aplicao: geradores, transformadores, linhas detransmisso, etc.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    11/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 10

    VI Caractersticas funcionais da proteo por

    rels

    Sensibilidade: capacidade de a proteo responder sanormalidades nas condies de operao e aos c.c.

    para os quais foi projetada.

    K fator de sensibilidade

    Ipp valor mnimo da corrente de acionamento do rel

    Valor usual: 1,5 a 2

    Seletividade:

    isolar completamente o componente defeituoso;

    desligar a menor poro do SEP e

    reconhecer condies onde a imediata operao

    requerida daqueles onde nenhuma ou um retardo na

    operao exigido.

    pp

    cc

    IIK min=

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    12/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 11

    Velocidade de atuao: minimiza o vulto dos defeitos erisco de instabilidade

    Confiabilidade: a probalidade de um componente, umequipamento ou um sistema satisfazer uma funo

    prevista, sob dadas circunstncias.

    VIII O rel elementar

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    13/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 12

    Contato mvel fechar o circuito operativo quando:

    Fe > Fm

    Se I > Iao circuito deve ser interrompido, onde Ia a corrente de atuao, de pick-up, de acionamento ou

    operao do rel.

    Pelos princpios de converso eletromecnica temos:

    Fe fora eletromagnticaK leva em considerao a taxa de variao da

    permencia do entreferro, nmero de espiras e

    ajusta as unidades convenientemente.

    Fora da mola:

    H, pois, no rel:Elemento sensorElemento comparador

    Elemento de controle

    2KIFe @

    Kxm =

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    14/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 13

    t1 t2 t3 t4

    Ii

    IdIa

    t1 I comea a crescert2 I atinge o valor da corrente de acionamento Iat3 - t2 o disjuntor atua abrindo o circuitot3 a corrente comea a decrescert4 Fe < Fm o rel abre o seu circuito

    magntico

    Relao de recomposio:

    ( Kd varia na prtica entre 0,7 0,95)

    Fr Fora residual

    add

    IK=

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    15/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 14

    ( ) 0>-= mer

    Feo fora eletromagntica de atuao: e + FmoFmo esforo inicial da molae compensao de atrito do eixo, etc.

    IX Qualidades requeridas de um rel

    ser to simples e robustos o quanto possvel

    ser to rpidos o quanto possvel

    ter alta sensibilidade e poder de discriminao

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    16/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 15

    realizar contatos firmes

    manter a sua regulagem

    ter baixo custo

    A ttulo de comparao so dados valores tirados de

    uma proposta de fabricante, em valores relativos:

    rel de sobrecorrente, instantneo, monofsico 1,0 pu

    rel de sobrecorrente, temporizado, trifsico 3,5 pu

    rel de sobrecorrente, temporizado, direcional 6,5 pu

    rel com fio piloto 12,0 pu

    rel de distncia, de alta velocidade 56,0 pu

    rel digital, incluindo software 56,0 pu

    X Critrios de existncia de falta

    Defeito ou falta acidental afastamento dascondies normais de operao

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    17/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 16

    Um curto-circuito traduz-se por:

    altas correntes e quedas de tenso

    variao da impedncia aparente

    aparecimento de seqncia negativa e seqnciazero de tenso e/ou corrente

    diferenas de fase e/ou amplitude entre a correntede entrada (Ie) e sada (Is) em um elemento

    \se Id = (Ie Is) possuir valor elevado

    h defeito

    baseado nessas condies

    que, na prtica, sero indicados os rels

    aplicveis a cada caso.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    18/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 17

    XI Atributos dos sistemas de proteo

    1 2 3

    T R T R

    D12 D21P

    D23

    O sistema pode ser subdividido em:1- Disjuntores (D)

    2- Transdutores (T)

    3- Rels (R) e baterias

    Processo

    Deciso tomada pelos relsabertura dos disjuntoresdesconexo da L. T. do restante do sistema e

    eliminao da falta.

    Todo o processo30 a 100 ms.Rel D23 tambm detecta a falha no ponto P, porm deve ser

    seletivo de modo a no operar.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    19/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 18

    XII Zonas de proteo

    ~

    Zona 1Zona 2

    Zona 3

    Zona 4

    Zona 5

    Zona 6

    Cada zona contm um ou mais elementos do sistemaZona 1 proteo do gerador e transformador

    Zona 2 proteo do barramento de AT

    Zona 3 proteo da LT

    Zona 4 proteo do barramento de BT

    Zona 5 proteo do transformador

    Zona 6 proteo do barramento de distribuio

    Cada disjuntor est includo em duas zonas de proteovizinhas

    Os disjuntores ajudam a definir os

    contornos da zona de proteo.

    Aspecto importante: as zonas vizinhas se sobrepem.Esta sobreposio garante que

    nenhuma parte do sistema fique sem proteo.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    20/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 19

    Problema: se ocorrer falha dentro da zona desobreposio maior poro ser isolada.

    \Regio de sobreposio feita a menor possvel.

    Exemplo:

    a) Consideremos o sistema de potncia mostrado na

    figura abaixo com fontes geradoras alm das barras

    1, 3 e 4. Quais so as zonas de proteo nas quais

    este sistema poderia ser dividido? Que disjuntores

    operariam para falhas em P1 e em P2?

    b) Se forem adicionados trs disjuntores no ponto 2,

    como seriam modificadas as zonas de proteo?

    A

    B

    C

    P11

    2

    4

    3P2

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    21/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 20

    XIII Proteo de retaguarda

    Encarrega-se da proteo no caso da proteo primriafalhar.

    1

    TR

    2

    A B

    P

    5

    F G

    3

    D C4

    E H

    Para uma falta em P, a proteo primria (principal)deve abrir os disjuntores F e G.

    Um mtodo de proteo de retaguardaduplicar aproteo primria completamente.

    Outra opo:

    Funo de proteo de retaguarda remota

    Se F no atuar transferir a responsabilidade a A, D e H(elimina uma poro maior do sistema)

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    22/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 21

    Outra condio:

    O sistema de retaguarda deve dar ao sistema primrio

    tempo suficiente para atuar normalmente

    Retardo de tempo de coordenao: necessrio para

    coordenar a operao dos sistemas

    primrio e de retaguarda

    Outra opo:Sistema local de proteo de retaguarda: B, C e E(barra 1). Tambm chamado de sistema de

    proteo de falha de disjuntor.

    Problema: subsistemas comuns a ambos. Deve ento ser considerada alguma forma de

    proteo de retaguarda remota para um bom

    dimensionamento do sistema de proteo.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    23/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 22

    XIV Rels de corrente, tenso e potncia

    14.1 Rels de induo eletromagntica

    Usam o princpio de um motor de induo.

    Operam em C. A.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    24/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 23

    Posio do contato mvel = temporizador

    O entreferro uma frao de polegada

    Se a corrente na bobina de operao for senoidal:

    F = fluxo mximo produzido

    q = defasagem provocada pelo anel

    w = freqncia angular da corrente aplicada

    Devido indutncia desprezvel no rotor:

    if1, if2 em fase com ef1, ef2 (e = df/dt)

    wtsen11 f=F( )qf +=F wtsen22

    wtwdt

    d

    i cos11

    1 f

    f

    f@@

    ( )qff

    f +@@ wtwdt

    di cos2

    22

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    25/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 24

    Fora lquida:

    Substituindo:

    Simplificando:

    A fora sob o disco constante (embora asgrandezas de entrada sejam senoidais) e

    proporcional ao seno do ngulo entre os dois

    fluxos.

    Rel livre de vibraes

    211212 ffff ii -@-=

    ( ) ( )[ ]qqff +-+ wtwtwtwtwF cossencossen21

    qff sen21K

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    26/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 25

    14.2 Rels de induo de duas grandezas de

    entrada

    Substitui-se o anel de defasagem por duas grandezasatuantes.

    1. As duas grandezas de atuao so correntes:

    2. As duas grandezas de atuao so tenses:

    3. Uma a tenso e a outra a corrente

    Estrutura magntica simtrica: f proporcional a I.

    Defasagem entre os fluxos = defasagem entre asgrandezas atuantes.

    2211 sen KIIKT -= q

    2211 sen KVVKT -= q

    2111 sen KVT -= q

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    27/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 26

    Consideremos (quadratura entre as grandezas):

    Para o rel atuar em conjugado mximo para qualquerq:

    I2

    I1

    I1

    Ref.

    Posio de I2 p/ Cmx

    +C

    -C

    q

    f

    t

    I2

    I1

    I1

    Filtro defasador

    O processo mais simples de alterar o ngulo de mximo

    torque inerente, num rel de duas grandezas, inserir entre

    qualquer das grandezas atuantes e sua bobina de operao

    um filtro defasador.

    0901sen == qqmxF

    qsen21KI=

    ( )fq+= sen21T

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    28/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 27

    f - deslocamento de fase introduzido

    t- definidor do conjugado mximo (catlogo do fabricante)

    Tmx cos(q - t) = 1 q = t

    Tnulo cos(q - t) = 0 q = t 900

    Finalmente:

    Surge o conceito de direcionalidade(C+ I2 variando desde 0

    o a 180o)

    t denominado ngulo de conjugado mximo do

    rel.

    ( )

    43421

    t

    fq

    fq

    fq

    -=

    =+

    =+

    0

    0

    90

    90

    1senmxT

    ( )tq -= cos21KT

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    29/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 28

    14.3 Equao universal dos rels

    K1, K2, K3 e K4podem ser igualados a zero.

    14.4 Rels de sobrecorrente (ajuste)

    Rels no direcionais que respondem a amplitude de

    suas correntes. Sendo Ipa corrente do enrolamento

    secundrio do TC previamente definida e Ifa correntede falta.

    Descrio funcional:

    Bloqueio

    Disparo

    T1 T2

    I

    If

    If>Ip disparo

    If

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    30/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 29

    H nomalmente dois tipos de ajuste:a) ajuste de corrente ajuste de tapes

    Pelo posicionamento do entreferro, tensionamento

    da mola de restrio, pesos, tapes de derivao da

    bobina, etc.

    b) ajuste de tempo ajuste do dispositivo de tempo

    DT por meio de dispositivos de temporizaodiversos.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    31/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 30

    Embora esses ajustes possam ser feitos de forma

    independente, a interdependncia mostrada nascurvas tempo-corrente, fornecidas no catlogo do

    fabricante.

    Ip - Este ajuste feito atravs de tapes do

    enrolamento de atuao.If>Ip - Funo potencial inversa da amplitude da

    corrente.

    Ajuste de tempo caracterstica no tempo pode serdeslocada:

    - produz a mais rpida atuao no tempo10 - produz a mais lenta atuao no tempo

    Proteo de Sobrecorrente

    Correntes elevadas em SEP causadas por faltas

    Tipos mais comuns de proteoo Chaves termomagnticas

    Arranjos mais simples

    Baixa tenso

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    32/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 31

    o Fusveis

    Proteo de LTs BT e transformadores distrib.o Rels sobrecorrente

    Dispositivo mais comum para se lidar com

    correntes excessivas

    Devem operar em situaes de sobrecorrente

    e sobrecarga

    Tipos de rels de sobrecorrenteo a) Corrente definida

    o b) Tempo definido

    o c) Tempo inverso

    Rels de corrente definidao Opera instantaneamente quando corrente atinge

    valor predeterminado

    o Ajuste: na S/E mais distante da fonte o rel opera

    com valor baixo de corrente e vice-versa

    t

    I

    t

    I

    t

    I

    t1

    a) b) c)

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    33/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 32

    o O rel com ajuste mais baixo opera primeiro e

    desconecta a carga no ponto mais prximo faltao Possui baixa seletividade em altos valores de

    corrente c.c.

    o Dificuldade em distinguir corrente de falta entre 2

    pontos quando a impedncia entre eles pequena

    se comparada da fonte

    o No so usados como nica proteo de

    sobrecorrente, mas sim como unidade instantnea

    onde outros tipos de proteo esto em uso

    Rels de tempo definido

    o Ajuste variado trata com diferentes nveis de

    corrente, usando diferentes tempos de operao

    o Ajuste: disjuntor mais prximo falta acionado no

    tempo mais curto

    o Disjuntores restantes so acionados

    sucessivamente, com atrasos maiores, em direo

    fonte

    o Tempo de discriminao: diferena entre os

    tempos de acionamento para a mesma corrente

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    34/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 33

    o Desvantagem: faltas prximas fonte (correntes

    maiores) so isoladas em tempo relativamentelongo

    o Ajuste de atraso de tempo independente do valor

    de sobrecorrente requerido para operao do rel

    o Muito usados quando impedncia da fonte

    grande se comparada quela do elemento a ser

    protegido (nveis de falta no rel so similares aos

    nveis no elemento protegido)

    Rels de tempo inversoo Operam em tempo inversamente proporcional

    corrente de falta

    o Vantagem: tempos de acionamento menores

    podem ser obtidos mesmo com correntes altas,

    sem risco de perda de seletividade

    o Geralmente classificados conforme sua curva

    caracterstica (indica a velocidade de operao):

    Inversa

    Muito inversa

    Extremamente inversa

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    35/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 34

    Ajuste dos rels de sobrecorrenteo Possuem geralmente um elemento instantneo e

    um elemento de tempo na mesma unidade

    o Ajuste envolve seleo de parmetros que definem

    a caracterstica tempo-corrente requerida

    o Ajuste das unidades instantneas

    Mais eficaz quando as impedncias doselementos protegidos so maiores que a da

    fonte

    Vantagens

    Reduzem o tempo de operao para

    faltas severas no sistema

    Evitam perda de seletividade quando h

    rels com caractersticas diferentes

    (ajusta-se a unid. instant. para operar

    antes de cortar a curva caracterstica)

    t

    I

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    36/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 35

    Critrio de ajuste: depende do elemento

    a ser protegido:

    1) Linhas entre subestaes:

    - Considerar no mn. 125% da corrente simtrica para

    nvel de falta mx. na prxima S/E2) Linhas de distribuio:

    - Considerar 50% da corrente mx. de c.c. no ponto do

    rel ou

    - Considerar entre 6 e 10 vezes a mx. taxa do circuito

    3) Transformadores:

    - Unid. instant. no primrio do trafo deve ser ajustada

    entre 125 e 150% da corrente c.c. no barramento de BT,

    referida ao lado AT

    - Valor elevado a fim de evitar perda de coordenao

    com as altas correntes inrush

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    37/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 36

    Cobertura das unidades instantneas protegendolinhas entre subestaes

    end

    pickup

    iI

    Ik = e

    element

    source

    SZ

    Zk =

    ABS

    pickupXZZ

    VI

    +

    =

    Onde:

    V = tenso no ponto do rel

    ZS = impedncia da fonte

    ZAB = impedncia do elemento a ser protegidoX = percentagem da linha protegida

    ABS

    endZZ

    VI

    +

    = eABS

    ABS

    iXZZ

    ZZk

    +

    +

    = iAB

    iSABS

    kZ

    kZZZX

    -+

    =

    ~

    ZS

    ZAB

    50

    A B

    x

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    38/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 37

    Mas AB

    S

    S

    Z

    Zk =

    ( )

    i

    iS

    k

    kkX

    11 +-=

    (*)

    Exemplo 1:

    Se ki = 1,25 e kS = 1

    Ento X=0,6 ou seja, a proteo cobre 60% da linha.

    Exemplo 2:

    O efeito da reduo da impedncia da fonte ZS na cobertura

    da proteo instantnea pode ser notada, usando-se um

    valor de ki = 1,25 na equao (*):

    Zs (W) ZAB (W) IA (A) IB (A) % coberta

    10 10 100 50 60

    2 10 500 83 76

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    39/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 38

    Ajuste das unidades de tempo nos rels desobrecorrente

    o Tempo de operao pode ser atrasado para

    garantir que, na presena de uma falta, o rel no

    atuar antes de outra proteo mais prxima falta

    o Diferena de tempo de operao para os mesmos

    nveis de falta margem de discriminao

    o Ajuste dos parmetros:

    DIAL: representa o atraso de tempo queocorre antes do rel operar

    DIAL tempo de trip

    t

    I

    B

    A

    Margem deDiscriminao

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    40/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 39

    TAP: define a corrente depickup do rel

    Precisa permitir margem de sobrecargasobre a corrente nominal:

    TAP (1,5 Inom) / RTC

    valor pode variar dependendo da

    aplicao (distribuio, rels de falta p/terra, linhas AT, etc).

    Os procedimentos podem ser definidos pela seguinte

    expresso (alternativa ao uso das curvas em papel):

    1

    .

    -

    =

    a

    b

    SI

    I

    kt

    t = tempo de operao do rel (s)

    k = DIAL ou ajuste multiplicador de tempoI = corrente de falta (A)

    Is = TAP ou corrente depickup selecionada

    a , b = determinam a inclinao da caracterstica do rel

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    41/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 40

    Para rels de sobrecorrente padro:

    Tipo de rel a bInverso 0,02 0,14

    Muito inverso 1,00 13,50

    Extremamente inverso 2,00 80,00

    Dada a caracterstica do rel calcula-se a resposta no

    tempo para dado DIAL k, TAP e outros valores da equao.

    Coordenao com fusveis

    o Fusvel opera linha permanece aberta

    o Necessrio prevenir operao do fusvel

    o Dilema: seletividade X continuidade do sistema

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    42/127

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    43/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 42

    A armadura mvel pivoteia em torno do eixo de modo a

    bascular a ampola de mercrio, estabelecendo assim ocontato entre os terminais.

    14.6 Rel de balano de correntes

    Tipo muito usual, tanto para fins de sobrecorrente, como

    de unidade direcional.

    Equao de conjugado, supondo I1 e I2 em fase:

    3222

    211 KIKIKT --=

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    44/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 43

    Rel no limiar da operao (T = 0):

    Se desprezarmos o efeito da mola K3 :

    Voltando a equao do rel no limiar da operao (T =0)

    e supondo I2 = 0:

    (limiar da operao)

    1212

    3

    2

    12 I

    IK

    K

    K

    KI -=

    21

    21 I

    K

    KI =

    1

    31

    K

    KI =

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    45/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 44

    1

    21

    k

    ktg-

    I2

    I1

    T+

    1

    3

    k

    k

    T-

    O efeito da mola significativo somente nos baixosnveis de corrente.

    14.7 Rels direcionais

    Rel de duas grandezas: tenso e corrente

    Capaz de distinguir entre o fluxo de corrente em umadireo ou outra

    Devido a natureza indutiva da bobina corrente Iv

    atrasada em relao tenso ( ngulo a).

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    46/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 45

    I

    Bobina de corrente Bobina de tenso

    Iv

    V

    I

    V

    q

    a

    t

    IV

    q aumenta movendo I no sentido anti-horrio

    T aumenta Tmxt=q q diminui movendo I no sentido horrio

    T diminui TminI coincide com Iv A caracterstica real de funcionamento de um rel de

    duas grandezas:

    I

    V

    q

    t

    Imnimo

    Conj. positivo

    Conj. negativo

    )cos( tq -=KVIT

    90o

    IV

    a

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    47/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 46

    A linha divisria entre os conjugados negativo e positivo

    est deslocada da origem indicando a mnima correntenecessria para atuar o rel no ngulo de mximo torque.

    14.7.1 Rels direcionais de potncia

    Respondem a certa direo do fluxo de corrente sob

    condies aproximadamente equilibradas.

    t = 0, Iv 90o em atraso com relao a V

    Bobina de tensoBobina de corrente

    I

    V

    C+C-

    Iv

    Imnimo

    qcosVI=

    Se alterart

    para 0:

    Torque positivo I a 90o em relao a V.

    Torque negativo I entre 90o e 270.

    Respondem ao fluxo de potncia normal conj. mx.

    quando fp unitrio percorre o circuito.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    48/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 47

    Tm usualmente caractersticas temporizadas paraimpedir sua operao durante as momentneas

    reverses de energia.

    14.7.2 Rels direcionais para proteo contra C. C.

    Curtos-circuitos envolvem correntes atrasadas com

    relao ao fp unitrio rel deve desenvolver

    conjugado mximo para tais condies

    Algumas conexes mais usuais (com fp=1):

    Ia Ia Iaa a a

    c c cb b b90o 60o30oVbc

    VacVbc + Vac

    Alimentao de rel direcional de curto-circuito: relaode fase para fp = 1

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    49/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 48

    Exemplo: conexo 90o, ngulo de atraso de 45.

    a

    b

    c

    Ia

    Vbc

    Ia

    Vbc

    Cmx

    C+

    C-

    Obs.: Estes tipos de rels so geralmente usados para

    suplementar outros tipos de rels (sobrecorrente,

    distncia) que iro decidir se se trata de um curto-

    circuito de fato.

    No so temporizados nem ajustveis, mas operam

    sob baixos valores de corrente e tm boa sensibilidade.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    50/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 49

    XV Rels diferenciais, de freqncia,

    de tempo e auxiliares

    15.1 Rels diferenciais

    Opera quando o vetor da diferena de duas ou mais

    grandezas eltricas excede uma quantidade pr-estabelecida.

    2 tipos: - diferenciais amperimtricos- diferenciais porcentagem (percentual)

    15.1.1 Rel diferencial amperimtricoRel de sobrecorrente instantneo conectado

    diferencialmente, cuja zona de proteo limitada pelos

    TCs.

    Erros sistemticos neste tipo de proteo:

    casamento imperfeito dos TCs;

    componente contnua da corrente de c.c.;

    erro prprio dos TCs;

    corrente de magnetizao de transformadores

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    51/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 50

    Elementoprotegido

    Bobina deoperao

    I1 I2

    If

    I1 I2

    Elemento protegido:

    trecho de circuito de transmisso

    enrolamento de um gerador ou motor

    seo de barramento

    transformador:- diferena de fase deve ser compensada

    - corrente de magnetizao inicial

    Sentido das correntes:

    Defeito interno Defeito externo

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    52/127

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    53/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 52

    Bobina deoperao

    I1 I2

    I1

    I2Bobina dereteno

    I1

    K3N1N2

    I2

    I1

    Elementoprotegido

    Corrente efetiva na bobina de reteno: (I1+I2)/2

    Corrente na bobina de operao: (I1-I2)

    Para uma falta externa: (ou sob corrente de carganormal)

    I1 = I2 Reteno: (I1 + I1)/2 = I1

    Operao: I1 I1 = 0

    \plena reteno

    Para uma falta interna: I2 torna-se negativoReteno: (I1 I2)/2 a reteno ser

    enfraquecida

    Operao: I1 + I2 operao fortalecida

    \rel ativado

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    54/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 53

    Se I2 = 0

    Reteno: I1/2Operao: I1

    \o torque de operao ser o dobro

    do torque de reteno

    Para o referido rel podemos escrever a equao

    universal dos rels:

    ( ) 32

    212

    2211 2

    kII

    KIIKC -

    +--=

    Fazendo-se K3 = 0, no limiar da operao (C = 0),temos:

    1

    22121 2 K

    KIIII

    +=-

    (equao de uma reta na forma y = ax)

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    55/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 54

    Voltando a equao universal dos rels semdesprezar a fora da mola (C = 0):

    ( ) 32

    212

    2211 2

    kII

    kIIk +

    +=-

    ( ) 12 3

    2

    2112

    221 k

    kII

    k

    kII +

    +

    =-

    Se

    1

    32121 02 k

    kII

    II

    =-

    +

    mostrando o efeito da mola apenas para baixas correntes.

    1

    21

    k

    ktg-

    (I1 + I2)/2

    I1 I2

    +C

    1

    3

    k

    k

    -C

    a

    OPERA

    NO OPERA

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    56/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 55

    Ajustes:

    a) valor inicial:

    13

    kk

    Compensa o efeito da mola, atritos, etc.

    b) declividade:

    -

    1

    21

    k

    ktg

    Na prtica, da ordem de 5-20% para geradores e de

    10-40% para transformadores

    Qual o rel mais sensvel:Amperimtrico ou percentual

    Exemplo:

    F

    If

    10 A

    50 A40 A

    1000/51000/5

    (TC com erro)

    I1 I2

    Elementoprotegido

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    57/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 56

    Corrente de falta: 10000 A TC introduz um erro de 20%

    Rel amperimtrico: para evitar a operao para uma

    falta externa sensibilidade mnima 10 A.

    Rel percentual: Operao: 10 AReteno: (40+50)/2= 45 A.

    Considerando a curva caracterstica do rel(declividade de 25%):

    I1 I2

    (operao)Ponto para uma faltaexterna de 10000 A,

    20% de erro em um dos TCs

    (I1 + I2)/2

    +C

    -C

    20 40

    10

    2

    8

    6

    4

    10 30

    25%

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    58/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 57

    15.2 Rels de freqncia

    Quedas de freqncia no podem ser toleradas Rejeio de carga feita em degraus sucessivos,

    permitindo a recuperao da frequncia nominal do

    sistema

    Para uma freqncia menor que a nominal, a correnteISF preponderante em relao ICF , defasando IEF de

    um ngulo menor que 90 graus em relao ISF e vice-

    versa.

    C

    ISR

    V

    IE = IS+ICindutor fixo

    quadro mvel

    IC

    indutor varivel

    f

    F

    circuito oscilanteparalelo

    Indutor varivel permite ajustar convenientemente o

    circuito oscilante, tal que o quadro mvel tenha conjugado

    nulo quando IS e IE so defasadas de 90 graus.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    59/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 58

    V

    IEf ISf

    ISN

    ISF

    IEN

    IEF

    ICF ICN ICf

    f xL xc IL IC f xL xc IL IC

    ( )SS IIIIC ,cos=

    Conjugado na freqncia de regulagem N (60 Hz):

    = 90cosENSN

    IC

    F < N a bobina se deslocar num dado sentido(ngulo menor que 90o)

    F > N a bobina se deslocar no sentido contrrio(ngulo maior que 90o)

    15.3 Rels de tempo, auxiliares ou intermedirios

    Rels de tempo Funo: definir a ao de outros rels

    Valor de retardo regulvel

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    60/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 59

    Disponveis em corrente alternada ou contnua

    Ampla temporizao: At 20s em rels de corrente contnua

    De 25 a 90s para mecanismos tipo relojoaria

    > 90s para motores com engrenagens

    Rel de tempo com circuito RC

    Fechamento do contato de comando: alimenta o

    rel e carrega o capacitor

    Abertura do contato de comando: capacitor

    descarrega sobre a bobina do rel, retardando o

    retorno posio de repouso

    Resistncia R: regula a temporizao e evita

    descarga oscilante do capacitor

    R

    C

    Contato de comando

    Contatosdo rel

    MolaBobina dorel

    +

    _

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    61/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 60

    Rels auxiliares ou intermedirios Repetidores: destinados principalmente

    multiplicao do n de contatos do rel principal

    Contatores: para manobrar um ou mais contatos de

    grande poder de corte ou fechamento

    So essencialmente instantneos, robustos, do tipo

    corrente ou tenso, com contatos normalmenteabertos e/ou fechados

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    62/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 61

    XVI Rels de distncia

    16.1 Introduo

    Estes rels geralmente usam estruturas de altavelocidade e temporizadores.

    Recebe este nome porque mede a distncia(impedncia) entre o local do rel e o ponto de falta.

    Torque positivo nveis de impedncia abaixo

    de um valor especfico.

    Na prtica de aplicao desses rels, alguns erros demedida, quedas de tenso outras que a dos condutores,

    alm da impedncia Z considerada, podem provocar a

    imperfeita correspondncia do que foi exposto.

    16.2 Causas pertubadoras na medio

    Rudo presente nas ondas.

    Insuficincia ou inexistncia de transposio doscondutores na L. T. (5 a 10% de erro esperado).

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    63/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 62

    Variao da impedncia ao longo das linhas em paralelo(no homogeneidade do solo).

    Erros nos redutores de medida de corrente e tenso emconseqncia da saturao dos ncleos sob os grandes

    valores das correntes de defeito (erro de 3% ou

    superior).

    Erros originados pelas variaes de temperaturaambiente.

    A prpria construo do rel.

    Algumas compensaes so propostas

    para que possa atuar de forma confivel.

    16.3 Diagrama R-X

    Ser usado para mostrar as caractersticas defuncionamento dos rels de distncia.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    64/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 63

    ~ F

    A B

    R

    ZF

    Zl

    P

    Q

    Diagrama RX (segundo a figura anterior):

    Zl

    ZFPQ

    R

    QP

    X

    QP

    QP

    Para curto-circuito:VF e IF medidas do relqF ngulo entre V e I

    FFFF

    F

    F jXRZI

    V+== q

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    65/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 64

    A impedncia de carga pode cair em qualquer dos4 quadrantes (depende de P e Q).

    Rels a distncia: podem distinguir entre umlocal de falta e outro (independente do mdulo

    da corrente).

    O diagrama R-X pode ser construdo com ohmsprimrios ou secundrios (sem ou com uso de TPs

    e TCs).

    16.4 Rel de impedncia ou ohm

    Por definio, um rel de sobrecorrente com restriopor tenso:

    K3 V I

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    66/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 65

    Equao de conjugado:

    32

    22

    1 kVkIkC --=

    Para passar de uma regio de conjugado negativo (no-

    operao) para uma regio de conjugado positivo do rel

    (operao) passa-se obrigatoriamente por C=0 (chamado

    limiar de operao).

    Para C = 0 vem:

    32

    12

    2 kIkVk -=

    ( ) 223

    2

    12

    22

    2Ik

    k

    k

    k

    I

    VIk -=

    22

    3

    2

    1

    Ik

    k

    k

    kZ

    I

    V-== (*)

    Desprezando o efeito da mola (k3 = 0), vem:

    2

    1

    k

    kZ= = constante

    Equao do crculo com centro na origem,

    representado em um plano Z = R+jX.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    67/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 66

    Se k3=0, a equao (*) torna-se

    2

    1

    k

    kZ

    I

    V==

    que da forma

    1

    21k

    k

    VVZZ

    V

    I===

    ou tambm y = ax

    representando uma linha reta no plano I-V

    1

    21

    k

    ktg-

    V

    I

    1

    3

    k

    k

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    68/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 67

    A caracterstica no plano R-X (desprezando K3):

    R

    X

    Z

    q

    Regio de

    operaoLimiar daoperao

    - O rel ajustado para um curto valor de Z

    (pode ser alterado mudando-se K1 e K2);

    - Opera sempre que enxergar um valor

    menor ou igual ao ajustado;

    - O rel ento insensvel ao ngulo q entre

    V e I no inerentemente direcional.

    Porm, as caractersticas do rel de impedncia edirecional podem ser combinadas para se obter um

    rel direcional:

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    69/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 68

    R

    X

    R

    X

    C-

    C+

    + figura =anterior

    no disparadispara

    UnidadedirecionalUnidade de

    impedncia

    no dispara

    Mx.torque

    ( ) 21 cos kVIKT --= tq

    Os contatos da unidade direcional estaro em sriecom os contatos de disparo do rel de impednciaou impediro a atuao deste por algum meio, tal

    como abrir o circuito da bobina de tenso do rel

    de impedncia.

    Ainda complementando um rel de impednciapara funcionar como rel de retaguarda:

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    70/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 69

    R

    X

    t1

    t

    t2

    t3

    Z1 Z2 Z3

    + torque

    - torque

    - R

    - X

    t1

    t2

    t3

    t

    l1 l2 linhaUnidadedirecional

    AdmitamosZ1 = 80% do comprimento; T1 = 0

    Z2 = 120% do comprimento; T2 = 0,5s

    Z3 = 200% do comprimento; T3 = 1,0s

    Se a falta ocorre em:

    Z1 as trs zonas sentem > tempo de abertura t1

    Z2 Z2 e Z3 sentem > tempo de abertura t2 ( tempo de abertura t3

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    71/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 70

    16.5 Rel de reatncia

    por definio, um rel de sobrecorrente com restriodirecional.

    ( ) 322

    1 cos kVIkIkC ---= tq

    Considerando t = 90o, temos:

    322

    1 sen kVIkIkC --= q

    Na eminncia de operao (C = 0), e desprezando oefeito da mola (k3 = 0):

    qsen22

    1 VIkIk = 2

    2Ik

    XZI

    V

    k

    k=== qq sensen

    2

    1ou

    .2

    1 cte

    k

    kX ==

    No plano R-X representa uma reta paralela ao eixo R.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    72/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 71

    X

    R

    -C

    +C

    Rarco

    qt

    ZZ

    k1/k2No atua

    Atua

    Tem restries por ser de caracterstica aberta. Independncia quanto ao valor de resistncia de arco.

    X < k1/k2 torque positivo

    X > k1/k2 torque negativo

    Pode distinguir distncia baseando-se apenas na

    componente reativa da impedncia.

    Vantagem: o rel insensvel variao de resistnciano circuito. Atuaria para um defeito mesmo que a

    resistncia do arco fosse grande.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    73/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 72

    Desvantagem: No direcional. Atua para qualquercarga com reatncia menor que o ajustado. Por isso

    este rel acoplado a um rel de admitncia.

    Rel de impedncia angular

    No geralmente usado como rel de distncia, mas

    constitui parte importante de muitos esquemas que

    utilizam rels de distncia, como os rels de disparo por

    falta de sincronismo e diversos outros.

    ( ) 322

    1 cos kVIkIkC ---= tq

    Similar ao rel de reatncia, mas com t 90 na

    condio de mximo torque.

    R

    X

    C-

    C+

    t = + 45

    R

    X

    C-

    C+

    t = - 45

    t

    t

    Para t = 0 rel de resistncia (reta paralela ao eixo X)

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    74/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 73

    16.6 Rel MHO ou de admitncia

    basicamente um rel direcional com reteno portenso, cuja equao de conjugado :

    ( ) 32

    21 cos kVkVIkC ---= tq

    C = 0:

    ( ) 312

    2 cos kVIkVk --= tq

    ( K2VI)

    ( )

    VIk

    k

    k

    kZ

    I

    V 1cos

    2

    3

    2

    1--== tq

    k3 = 0

    ( )tq -== cos2

    1

    k

    kZ

    I

    V

    ( )tq -= cos21

    kkZ

    A equao representa um crculo passando pela origem,

    com dimetrok1/k2

    e inclinao de t.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    75/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 74

    t condio de fabricao do rel.

    R

    X

    t

    dispara

    k1/k2 no dispara

    C+ Z cai dentroC- Z cai fora

    Z

    Z

    Tamanho do crculo aproximadamente independentedo valor da tenso e corrente aplicados ao rel.

    O rel desenvolve torque positivo (desligamento)

    quando Z cai dentro da caracterstica e torque negativo

    quando Z fica fora da mesma, ondeo

    I

    VZ 0=

    Instalando dois ou trs rels mho, podemos garantirproteo instantnea para a seo de linha adjacente

    bem como proteo de retaguarda retardada para as

    linhas adjacentes.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    76/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 75

    Vantagens com relao ao rel de impedncia: Direcionalidade inerente

    Melhor acomodao de uma possvel resistncia de

    arco do que no rel de impedncia. Constata-se que

    para proteger um mesmo trecho de linha sob dada

    resistncia de arco, o rel abrange menor rea no

    plano R-X. Isto vantajoso quanto menorsensibilidade s possveis oscilaes do sistema.

    Rel mho de trs zonas:

    R

    X

    Z1

    Z2

    Z3

    A zona Z1 instantnea. Z2 e Z3 so temporizados.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    77/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 76

    16.7 Rel de impedncia modificado

    Caracterstica deslocada no plano R-X atravs deartifcio de polarizao.

    Conjugado:

    ( ) 32

    22

    1 kCIVkIkC ---=

    Artifcio de compoundagem: faz com que o rel de

    impedncia tenha sua caracterstica deslocada no plano

    R-X, de modo a oferecer resultados semelhantes aos do

    rel mho no que diz respeito acomodao de certa

    resistncia de arco voltaico. Isso feito polarizando-se abobina de tenso com uma componente CI proporcional

    corrente aplicada no rel.

    Para C = 0 e k3 = 0, desenvolve-se a expresso

    vetorial:

    0222

    1 =-- CIVkIk

    0cos2 22222

    1 =+-- ICCVIVkIk q

    2I

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    78/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 77

    0cos2

    2

    22

    22

    2

    21 =

    +-- I

    IC

    I

    CVI

    I

    Vkk q

    0cos2 2221 =+-- CCZZkk q

    E como 222 RZ += e RZ =qcos

    02 22221 =+-+- CCRXRkk

    0)( 2221 =+-- XCRkk

    ( )

    2

    2122

    =+- k

    kXCR

    Equao de um crculo com centro

    deslocado C da origem e com raio igual a 21

    k

    k

    .

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    79/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 78

    X

    R

    X

    C

    Z Z

    Rav

    A tenso CI gerada forando uma corrente I por

    uma impedncia C e somando este valor a V,ligando CI em srie.

    O ngulo de fase e a magnitude de C determinama direo e a magnitude, respectivamente, do

    movimento do centro do crculo.

    Outros artifcios mostram que podemos colocara caracterstica em qualquer ponto R-X.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    80/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 79

    XVII Rels estticos e semi-estticos

    O desenvolvimento de transistores SCR com alto graude confiabilidade conduziu a construo de rels que

    utilizam estes elementos.

    Rels estticos so extremamente rpidos e nopossuem partes mveis.

    Vantagens bsicas com relao a relseletromecnicos:

    Alta velocidade de operao

    Carga consideravelmente menor para

    transformadores de instrumentos

    Menor manuteno

    17.1 Rels semi-estticos

    Ao invs da estrutura eletromecnica pode-se usar duasestruturas retificadoras atuando sobre um sensvel relde bobina mvel.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    81/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 80

    Se chamarmos a corrente de operao de Io e a corrente

    de restrio de Ir (proporcional a uma tenso aplicada

    sobre um resistor Z), e k3 sendo uma constante

    semelhante ao de uma mola, vir:

    32

    2

    2

    01 kIkIkC r --=

    Escolhendo-se convenientemente o tape noenrolamento intermedirio do TC pode-se obter trs

    caractersticas diferentes:

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    82/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 81

    a) Rel de impedncia (Z), se K4=0 e IK

    U

    3

    b) Rel de condutncia (G), se K4=1 e IIKU

    -

    3

    c) Rel de impedncia combinada (Zc), se K4=K4 e

    IIKK

    U- 4

    3

    O rel de condutncia fornece excelente cobertura para

    faltas com arco voltaico, no entanto, limita o emprego alinhas com ngulo q de at 60 graus.

    Uma soluo intermediria a caractersticadenominada ohm deslocado ou impedncia combinada

    (Zc)

    q

    X

    R

    ZZc

    G

    K4K3 K3 2K3

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    83/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 82

    Como resultado as pontes fazem a comparao dosdois membros da equao e, quando o conjugado

    gerado por I for maior que o proporcionado pela

    restrio (U/K3 K4 I), uma corrente de desequilbrio

    percorrer o rel de bobina mvel e o disjuntor do trecho

    de linha correspondente ser operado.

    17.2 Rels estticos

    Rel de sobrecorrente esttico

    Consta basicamente de um certo nmero de mdulos em

    circuitos independentes denominados:

    Mdulo bsico ou conversor de entrada:

    o Faz a adaptao das correntes vindas dos TCs

    do circuito principal

    o Em geral, transforma as correntes em tenses

    atravs de um resistor Mdulo de ajuste da corrente:

    o Constitudo por uma tenso de referncia

    o Enquanto a corrente for inferior ao nvel ajustado

    no h conduo. Se a corrente aumenta

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    84/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 83

    ultrapassando a tenso de referncia, iniciada

    a conduo

    Mdulo de ajuste de tempo:

    o Consta, por ex., de resistores variveis que

    modificam o tempo de carga dos capacitores e

    portanto a temporizao desejada

    Mdulo de sinalizao e comando:

    o No qual diversos sinais de alarme e disparo do

    disjuntor podem ser obtidos, aps a passagem

    por circuitos de amplificao convenientes

    Mdulo de alimentao

    Rel de distncia esttico

    Consistem em circuitos transistorizados que

    desempenham funes lgicas e de temporizao.

    Um exemplo de funo de temporizao mostrado nafigura:

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    85/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 84

    Funcionamento:

    Se uma entrada de 6ms ou mais se apresenta ao rel

    ocorrer uma sada. Alm disso, mesmo depois de

    removido o sinal de entrada, o sinal de sada permanece

    durante 9ms.

    Se o sinal de entrada tem durao inferior 6ms,

    nenhum sinal de sada ocorrer.

    Todos os tipos de caracterstica (ohm, mho, reatncia,etc.) so obtidas medindo-se o ngulo de fase entre duas

    tenses.

    No interior do rel as correntes so transformadas em

    tenses por meio de transactors (transformador com ncleo

    de ar que produz uma tenso secundria proporcional

    corrente primria).

    6 9ENTRADA SADA

    6ms

    9ms

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    86/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 85

    A impedncia prpria do transactor (ZT) estabelece o

    alcance da caracterstica.A unidade mho executa as medidas considerando

    primeiramente as tenses de entrada senoidais em baixo

    nvel, tal que as formas de onda se assemelhem a ondas

    quadradas.

    Suas partes positiva e negativa so separadas e aplicadas

    a diferentes blocos de funes E.

    H duas outras caractersticas que pode m ser obtidas a

    partir da unidade mho, simplesmente variando-se o ajuste de

    picape ou de atuao dos temporizadores; so as

    caractersticas denominadas na literatura de:

    Lente;

    Tomate.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    87/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 86

    Transformadores de Corrente - TCs

    Conectam rels e/ou aparelhos de medidas aosistema de potncia

    Basicamente constitudos de um ncleo de ferro,enrolamento primrio (geralmente o prprio condutor

    primrio do sistema) e enrolamento secundrio

    Adaptam a grandeza a ser medida s faixas de

    utilizao da aparelhagem correspondente

    Problema: saturao resultante das componentes DC

    e AC da corrente de defeito requerem maior cuidado

    que os TPs

    Primrio

    Secundrio

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    88/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 87

    Caracterizao de um TC (ABNT) Corrente e relao nominais

    Classe de tenso de isolamento nominal

    Freqncia nominal

    Classe de exatido nominal

    Carga nominal

    Fator de sobrecorrente nominal Limites de corrente de curta durao para efeitos

    trmico e dinmico

    Corrente e relao nominais Corrente nominal secundria = 5A (norma)

    Correntes nominais primrias = 5, 10, 15, 20, 25,30, 40, 50, 60, 75, 100, 125, 150, 200, 250, 300,

    400, 500, 600, 800, 1000, 1200, 1500, 2000, 3000,

    4000, 5000, 6000 e 8000 A

    Classe de tenso de isolamento nominal

    Definida pela tenso do circuito ao qual o TC serconectado (tenso mxima de servio)

    Freqncia nominal 50 e/ou 60 Hz

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    89/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 88

    Classe de exatido Erro mximo de transformao esperado,

    respeitando-se a carga permitida

    TCs de proteo devem retratar com fidelidade as

    correntes de defeito sem sofrer os efeitos da

    saturao

    Erro de ngulo de fase: geralmente desprezado

    Circuito equivalente:

    Onde:

    I1

    = valor eficaz da corrente primria (A);

    I1 = corrente primria referida ao secundrio;

    K = N2/N1 = relao de espiras secundrias para

    primrias;

    Z1 = impedncia do enrolamento primrio;

    Z1 = idem, referida ao secundrio;

    I1

    I1 = I1/K

    Z1 = K2.Z1

    IO

    Z

    Z2

    I2

    ZCE2 V

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    90/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 89

    I0 = I0/K = corrente de excitao referida ao

    secundrio;Zm = impedncia de magnetizao referida ao

    secundrio;

    E2 = tenso de excitao secundria (V);

    Z2 = impedncia do enrolamento secundrio (W);

    I2 = corrente secundria (A);Vt = tenso nos terminais do secundrio (V);

    Zc = impedncia da carga (W).

    Curva de magnetizao

    Obtida experimentalmente pelo fabricante

    Relaciona E2 e IO

    Permite determinar a tenso secundria a

    partir da qual o TC comea a saturar (PJ)

    ES

    IO

    EPJ

    IPJ

    10% EPJ

    50% IPJ

    Corrente deexcitao secundria

    Tenso

    deexcitao

    secundria

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    91/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 90

    Ponto de Joelho (PJ) definido como aquele

    em que, para se ter aumento de 10% em E2,precisa-se aumentar 50% em IO .

    Classificao - ABNT

    Baseada na mxima tenso eficaz que pode

    manter em seus terminais secundrios sem

    exceder o erro IO/I

    2especificado de 10 ou

    2,5%.

    Ex.: Seja um TC: B 2,5 F10 C100

    - Baixa impedncia secundria

    - Erro mx. de 2,5%

    - Fator de sobrecorrente 10 In

    - Capaz de alimentar a carga de

    100VA

    Portanto deve-se especificar a tenso

    secundria mxima (E2 = ES) a partir da qual o

    TC passa a sofrer os efeitos da saturao,

    deixando de apresentar a preciso da suaclasse de exatido.

    Carga nominal Zt = R + jX , Zt = ZC + Z2 + ZL

    Catlogo Z2 e ZC

    Deve-se adicionar a impedncia dos cabos ZL

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    92/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 91

    Fator de sobrecorrente nominal Expressa a relao entre a mxima corrente com a

    qual o TC mantm sua classe de exatido e a

    corrente nominal

    ABNT: 5, 10, 15 ou 20 In

    Limite de corrente de curta durao para efeitotrmico

    Valor eficaz da corrente primria que o TC pode

    suportar por tempo determinado, com o

    enrolamento secundrio curto-circuitado, sem

    exceder os limites de temperatura especificados

    para sua classe de isolamento. Geralmente maior ou igual corrente de

    interrupo mxima do disjuntor associado.

    Limite de corrente de curta durao para efeitomecnico

    Maior valor eficaz de corrente primria que o TCdeve suportar durante determinado tempo, com o

    enrolamento secundrio curto-circuitado, sem se

    danificar mecanicamente, devido s foras

    eletromagnticas resultantes.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    93/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 92

    Seleo de TCs pela curva de magnetizao Curva ES X IO fornecida pelo fabricante

    Mtodo: construir curva mostrando a relao entre

    as correntes primria e secundria para um tap e

    condies de carga especificada.

    Procedimento:a) Assumir um valor qualquer para IL (ou I2)

    b) Calcular VS de acordo com a equao

    VS = IL (ZC+Z2+ZL)

    c) Localizar o valor de VS na curva para o tap

    selecionado e encontrar o valor correspondente

    da corrente de magnetizao Ie ou IO

    d) Calcular IH = I1 = (IL + Ie)n referida ao lado

    primrio

    e) Obtido um ponto da curva IL X IH , repetir o

    processo para obter outros valores de IL e IH

    f) Depois de construda, a curva dever ser

    checada para confirmar se a mxima corrente

    primria de falta est fora da regio de

    saturao do TC. Se no, repete-se o processo

    mudando o tap do TC at que a corrente de falta

    esteja contida na zona linear da caracterstica.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    94/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 93

    Precaues quando trabalhando com TCs Secundrio aberto sobretenses elevadas

    o Alta tenso desenvolvida pela corrente primria

    atravs da impedncia de magnetizao

    Circuitos secundrios devem sempre ser fechados

    ou curto-circuitados

    Transformadores de Potencial TPs

    Enrolamento primrio conectado em derivao com ocircuito eltrico

    Enrolamento secundrio destinado a reproduzir atenso primria em nveis adequados ao uso em

    instrumentos de medio, controle ou proteo

    Posio fasorial substancialmente preservada

    Caracterizao de um TP Tenso primria nominal e relao nominal

    o ABNT: classes de isolamento de 0,6 a 440kV

    o Tenses primrias nominais de 115V a 460kV

    o Tenses secundrias de 115 ou 120V

    o Seleciona-se a relao normalizada para uma

    tenso primria igual ou superior a de servio

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    95/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 94

    Classe de tenso de isolamento nominal

    o Depende da mxima tenso de linha do circuito Freqncia nominal

    o 50 ou 60Hz

    Carga nominal

    o Potncia aparente (VA) indicada na placa e com

    a qual o TP no ultrapassa os limites de

    preciso de sua classe

    o ABNT: cargas de 12.5, 25, 50, 100, 200 e 400VA

    Potncia trmica nominal

    o Mxima potncia que o TP pode fornecer em

    regime permanente, sob tenso e freqncia

    nominais, sem exceder os limites de elevao de

    temperatura especificados

    o No deve ser inferior a 1,33 vezes a carga mais

    alta do TP

    TPs capacitivos Tamanho do TP proporcional tenso nominal

    TP capacitivo soluo econmica

    Menor preciso que o TP de ncleo de ferro

    Divisor de tenso capacitivo

    Impedncia XL varivel

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    96/127

    Proteo em sistemas eletroenergticos 95

    o Minimiza a queda de tenso do circuito auxiliar

    o Faz com que a tenso na carga esteja em fasecom a tenso do sistema

    ZB

    VP

    C1

    C2VC2 VS VB

    XL

    T

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    97/127

    The Universal RelayThe Engine for Substation Automation

    Marzio P. Pozzuoli

    GE Power Management

    Entire contents copyright 1998 by

    General Electric Power Management.

    All rights reserved.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    98/127

    Marzio P. Pozzuoli

    GE Power ManagementMarkham, Ontario, Canada

    Utilities and manufacturers have been speculatingon the feasibility of a Universal Relay for a num-ber of years. The ultimate goal for a Universal

    Relay, from both a technology and economic standpoint, isa unified, modular substation solution that can be net-worked and seamlessly integrated with existing hardwareand/or software regardless of the vendor or communica-tions network.

    A key driving force behind the need for the UniversalRelay is implementation cost. By having a platform that isopen enough to keep pace with todays technology andmaintains the modularity and flexibility to allow for futureupgrades, utilities can not only preserve their intitial tech-nology investment, they can substantially reduce long-term

    implementation costs in the substation environment. Nomore stranded relay investments.Although listing the attributes of a Universal Relay in

    theoretical terms is a relatively easy task, for developers thechallenge has been in defining the necessary logisticalrequirements for the ideal Universal Relay. What buildingblocks are needed to make it as open as possible giventodays advancements in technology? How do you design arelay with the flexibility to cover every foreseeable protec-tion application - today and in the future?

    As daunting a proposal as this may seem, one needonly look at the evolution of PC technology to see how thiscan be achieved. In just a few short years, the PC has

    become the general purpose or universal tool and indis-pensable engine of the information age.

    It is worthwhile to note the key concepts which havemade the PC a general purpose tool - i.e. a common hard-ware and software platform, a scalable, modular andupgradable architecture, and a common human-machine-interface (HMI) - are also the key requirements for a uni-versal relay.

    However, until recently, an essential element that hasbeen missing from the Universal Relay equation is thedevelopment of a communication standard within the utili-ty industry. PC technology overcame that hurdle a numberof years ago to the point where PCs are so open, they can

    function in virtually any environment, communicate withany other device on a network, and run almost any soft-ware application without the need for customized inter-faces or configurations.

    The utility industry has now followed suit with thedevelopment of an international standard that is bringingthe Universal Relay to the forefront as the utilitys generalpurpose tool and indispensable engine of the substationenvironment.

    *Universal Relayis a trademark of GE Power Management

    Open Communications Protocols

    In todays open systems the ability to share data seam-lessly through company-wide networks is the key to increas-ing efficiency and reducing costs as well as enhancingopen connectivity between a companys related functionalareas. This is especially true in the utility industry, whereorganizations have been grappling with a range of propri-etary hardware and software products that can be neitherintegrated nor upgraded at a reasonable cost and/oreffort. Special communications interfaces or gateways mustbe used to connect any new equipment to an existing datanetwork if a utility wants to expand beyond its proprietaryequipment.

    The effort to achieve a common protocol that provideshigh-speed peer-to-peer communications as well as deviceinteroperability for substation automation is being drivenin North America by a select group of international utili-ties as well as the manufacturers. This is being done

    through EPRI (Electric Power Research Institute) in con-junction with the relevant standards-related groups in theIEEE and IEC committees.

    With the progress being made by EPRI in establishingopen-systems communication protocols, hardware and soft-ware from different vendors can be linked and progressive-ly integrated over time, thereby providing a means to cost-effectively upgrade as needs and technology develops.

    The proposed solution for the substation is implement-ed based on existing standards. These standards includethe Manufacturing Message Specification (MMS) andEthernet as the data link and the physical layer. The intentis that the substation communication will be UCA (Utility

    Communications Architecture)-compliant in order to elim-inate gateways, and allow maximum interconnectivityamong devices at minimum cost.

    The development and increasing application of theproposed solution has the potential for saving millions ofdollars in development costs for utilities and manufactur-ers by eliminating the need for protocol converters (bothhardware and software) when integrating devices from dif-ferent manufacturers. Also because of the high-speed peer-to-peer communications LAN (local area network) a greatdeal of inter-device control wiring can be eliminated byperforming inter-device control signaling over the LAN.

    UCA Version 2

    EPRIs UCA Version 1 protocol was introduced in1991 and represented the first comprehensive suite ofopen communication protocols to meet the specific needsof the electric utility industry. In 1997, the new UCAVersion 2 standard substantially expands the versatility ofUCA by including internet compatibility and specifying acommon interface standard for electric, gas and water utili-ty systems.

    UCA2, in being able to provide an interface to differ-ent vendors products, ensures that equipment from multi-

    The Universal Relay - The Engine for Substation Automation

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    99/127

    ple sources can interface. In addition, it can support exist-ing and future network protocols.

    EPRIs work to date in this area has established that anopen communication protocol allows utilities to improveoperating and business decisions based on real-time avail-ability of data, combine different local and wide areamedia with minimal modification costs, reduce systemimplementation time and cost through using standardizedutility devices and eliminate redundant storage, since infor-

    mation can be accessed wherever it resides.With communication protocols well on their way tobecoming standardized, a major stumbling block to theUniversal Relay has been removed. It is now time for it tomove from the drawing board into the hands of the utilities.

    The evolution of the relay

    When GE Power Management embarked on an ambi-tious design program to develop a next generation familyof protection relays, it relied on the same concepts andtechnologies that have driven the desktop personal com-puter (PC) market to such phenomenal heights in terms of

    performance and cost effectiveness to make it a generalpurpose or universal tool and the engine of the informa-tion age.

    The aim of the program was to provide utilities with acommon tool for protection, metering, monitoring andcontrol across an entire power system, one that wouldserve as the universal engine for substation automation.

    In order to understand where the technology standstoday, perhaps its best to look at the evolution and func-tionality of protective relays over the years.

    IEEE defines a protective relay as a relay whose func-tion is to detect defective lines or apparatus or other powersystem conditions of an abnormal or dangerous nature and

    to initiate appropriate control circuit action (IEEE 100-1984). This definition could best be classified as generalrather than universal in nature.

    Traditionally, manufacturers of protective relay deviceshave produced different designs that are specific to theprotection of generation, transmission, distribution andindustrial equipment. This approach has its roots from thedays of electromechanical and solid-state relay designs,where the widely varying complexities associated with eachtype of protection had to be implemented in proprietaryhardware configurations. For example, there was a signifi-cant difference in cost and complexity between an overcur-rent relay used for feeder protection and a distance relay

    used for protection of EHV (extreme high voltage) lines.This leads us to an essential requirement of a Universal

    Relay. A Universal Relay must at minimum, be capable ofproviding protection for all the sectors of the power system- from simple overcurrent protection for feeders to high-speed distance protection for EHV lines. More importantly,it must offer a cost-effective solution for both.

    Development milestones

    One key contributor to the feasibility of the universalrelay design has been the advancements made in digital

    technology and the evolution of microprocessors, as well asthe proliferation of numerical/digital relays within theindustry.

    One only need look at the PC industry to see that thepower and performance of microprocessors have increaseddramatically while prices have decreased. In fact, the tech-nology is now at the point where the performance require-ments of a distance relay and the cost/performancerequirements of a feeder relay can be met by the same

    microprocessor and digital technology.The proliferation of numerical relays, also has allowedmanufacturers to develop and perfect software for protec-tive relaying devices across a power system.

    By leveraging the advancements of microprocessor anddigital technology, and combining those with the array ofexisting and proven software developments, the universalrelay becomes the logical outcome.

    Just as the PC is a general-purpose tool that can per-form numerous tasks by running different application pro-grams on the same platform, so can a numerical relay builton a common platform become a general purpose or uni-versal protection device by running different protection

    software for the apparatus being protected.As a general purpose tool, there are a number of

    essential functional blocks that must be incorporated intothe design of a Universal Relay.

    Universal Relay building blocks

    Most modern numerical, microprocessor based relaysare comprised of a core set of functional blocks:

    A. Algorithmic and control logic processing, usually per-formed by the main protection microprocessor and oftenreferred to as the CPU (central processing unit). Most

    numerical relays have multiple processors for differentfunctions.

    B. Power system current and voltage acquisition, usuallyperformed by a dedicated digital signal processor (DSP)in conjunction with an analog-to-digital data acquisitionsystem and interposing current and voltage transformers.

    C. Digital inputs and outputs for control interfaces, usuallyrequired to handle a variety of current and voltage ratingsas well as actuation speed, actuation thresholds and differ-ent output types (e.g. Form-A, Form-C, Solid-State).

    D. Analog inputs and outputs for interfacing to transducer

    and SCADA (Supervisory Control & Data Acquisition) systems,usually required to sense or output dcmA currents.

    E. Communications to station computers or SCADA systems,usually requiring a variety of physical interfaces (e.g.RS485, Fiber Optical, etc.) as well as a variety of protocols(e.g. Modbus, DNP, IEC-870-5, UCA 2.0, etc.)

    F. Local Human Machine Interface (HMI) for local opera-tor control and device status annunciation.

    G. Power supply circuitry for control power, usuallyrequired to support a wide range of AC and DC voltageinputs (e.g. 24-300 VDC, 20-265 VAC).

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    100/127

    The design of a universal relay requires an architecturethat can accommodate all of the above functional blocks ina modular manner and allow for scalability, flexibility, andupgradability in a cost effective manner for all applications.

    The biggest challenge for relay designers is the costeffective manner. The risk they have faced in the past iscreating an architecture with all of the above attributeswhere the base cost of the platform is too high for themore cost sensitive applications such as feeder protection.

    Today, this has been resolved as a result of cost reduc-tions inherent in the production of a common platformfor all applications. Like the PC industry, common compo-nents such as power supplies, network cards and disk dri-ves continue to drop in price, while delivering ever-increas-ing performance levels.

    While protective relay production is nowhere near thevolume of PCs, a next generation relay platform based on amodular architecture which can accommodate all applica-tions will yield significant development and manufacturingcost reductions.

    The Universal Relay Architecture

    In defining what a Universal Relay needs to do, it isimportant to understand the architectural elements thatperform the above mentioned functions.

    Modularity

    On the hardware side, modularity is achieved througha plug-in card sys-tem similar to thatfound in program-mable logic con-trollers (PLCs) as

    well as PCs. A keyelement in thesuccessful perfor-mance of such asystem is the high-speed parallel buswhich provides themodules with acommon powerconnection andhigh-speed datainterface to themaster processor

    (CPU) as well asto each other.Figure 1 showssuch a system withall the core func-tional blocksimplemented asmodules.

    Figure 2 rep-resents a physicalrealization of themodular architec-

    ture used in the design of GE Power ManagementsUniversal Relay - a 19-inch rack-mount platform, 4 rackunits in height, capable of accepting up to 16 plug-in mod-ules.

    Modules plug into a high-speed data bus capable of

    data transfer rates as high has 80 Mbytes/sec. Thehigh-speed bus should be completely asynchronous,thus allowing modules to transfer data at rates appro-priate to their function. This is crucial in order tomaintain a simple, low-cost interface for all modules.

    The bus should be capable of supporting both paral-lel and serial high-speed communications simultane-ously (up to 10Mbps serial) which allows those mod-ules which must transfer data as quickly as possible touse the high-speed parallel bus (80 Mbytes/sec),while others can use the serial bus to avoid communi-cation bottlenecks.

    One of the key technical requirements of such asystem for protective relaying applications is that themodules must be capable of being completely drawnout or inserted without disturbing field wiring whichis terminated at the rear of the unit (see Figure 3).

    Modularity can also be applied at the sub-mod-

    High-Speed Data Bus

    P C D D A CO P S I N O

    W U P G A M

    E I I M

    R O O S

    LED modules

    Displaymodule

    Keypad

    moduleMODULAR HMI

    POWER= Power Supply Mode

    CPU = Main Microprocessor Module

    DSP = Digital Signal Processor & Magnetics

    DIGIO = Digital Input/Output Module

    ANAIO = Analog I/O Module

    COMMS = Communications Module

    Figure 1 - System configuration showing a high-speed databus and modules with a common power connection and high-speed data interface to the zcpu.

    Figure 2- A working example of the modular architecture found in aUniversal Relay.

    Figure 3- Plug-in modules can beremoved or inserted without dis-turbing wiring.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    101/127

    ule level (Figure 4). Configurable input/output (I/O)combinations can accept plug-in sub-modules, whichmeans that each sub-module can be configured for virtual-ly any type of I/O interface desired, to meet both presentand future demands. This gives the relay a universal inter-face capability.

    Scalability and flexibility

    A modular architecture of this type allows for bothscalability and flexibility. In particular, scalability is foundin the ability to configure the relay from minimum to max-imum I/O capability according to the particular require-ments. The flexibility lies in the ability to add modules con-figured with the desired sub-module I/O. This allows formaximum flexibility when interfacing to the variety of con-trol and protection applications in the power system(Figure 5).

    Upgradability and Enhancements

    Another obvious benefit of this architecture is the abil-ity of users to upgrade or enhance their relay simply byreplacing or adding modules. For example:

    * Upgrading from a twisted pair copper wire communi-cations interface to high-speed fiber optics communi-cations.

    * Enhancing a transformer protection application

    by adding an Analog I/O (ANIO) module with thesub-modules to detect geomagnetic induced currents,sense and adapt to tap-position, perform on-load tap-changer control, or detect partial discharge activity.

    * Upgrading the CPU module for more powerfulmicroprocessor technology allowing for more sophisti-cated and protection algorithms (e.g. Fuzzy Logic,Neural Networks, Adaptive).

    * Enhancing the metering capability of the relay byadding a second DSP module with current and voltagetransformer sub-modules capable of revenue classmetering accuracy.

    * Enhancing the control capabilities by adding a DigitalI/O (DIGIO) module with customized labeling to cus-tomize the reporting of events.

    * Enhancing the HMI capabilities by adding an LEDmodule with customized labeling to customize eventreporting.

    Modular Software

    Scalability and flexibility issues are not exclusive tohardware.

    Software must be able to support the same features. Infact, the software has its own form of modularity based onfunctionality. These include:

    * Protection elements

    * Programmable logic and I/O control

    * Metering

    * Data and Event capture/storage

    * Digital signal processing

    * HMI control

    * Communications

    The key advancement in software engineering that hascome to dominate the software industry is Object OrientedProgramming and Design (OOP/OOD). This involves theuse of objects and classes. By using this concept one cancreate a protection class and objects of the class such asTime Overcurrent (TOC), Instantaneous Overcurrent(IOC), Current Differential, Under Voltage, Over Voltage,Under Frequency, Distance Mho, Distance Quadrilateral,etc. These represent software modules that are completelyself-contained or encapsulated (Figures 6a and 6b).

    The same can be done for metering, programmablelogic and I/O control functions, HMI and communica-tions or, for that matter, any functional entity in the system.

    Therefore, the software architecture is able to offerFigure 5- An example showing minimum and maximum moduleI/O capability.

    Figure 4- Configurability at a sub-module level.

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    102/127

    scalability andflexibility: scal-ability in thatthe number ofobjects in anapplication arescalable (e.g.multiple IOCelements); flex-

    ibility in thatobjects can becombined tocreate customcombinationsto suit theapplication(e.g. TOC,IOC, Distance

    Underfrequency and Directional IOC).In combining these attributes - modularity, scalability,

    flexibility, upgradability and modular software - the capabil-ity is there to run a wide variety of applications on a com-mon platform. Figure 7 shows the concept of a common

    platform Universal Relay capable of running multipleapplications.

    The benefits

    Overall, theability to standard-ize on one hard-ware configura-tion that canaddress the major-ity of specificapplications is a

    major potentialbenefit to users.As a common plat-form, theUniversal Relaycan be used torun any variety ofthe appropriateapplication soft-ware.

    Standardizingon a common

    platform also potentially reduces engineering and commis-sioning costs through simplified wiring diagrams, reduceddrafting expenses, simplified commissioning and test pro-cedures, as well as reduced learning time when applyingthe device to different applications.

    The key element which results from a common plat-form approach in simple terms is that of a common lookand feel across the entire family of applications - the idealscenario for substation automation.

    The Universal Relays role in substation automation

    As mentioned earlier, utilities worldwide have beenclamoring for a standard that will allow different devicesfrom different manufacturers to communicate with a com-mon protocol and to interoperate. Now that the standardissue is being resolved, one can look to add value by net-working protective relaying devices. This is achieved byleveraging their ability to communicate among themselves(i.e. peer-to-peer) and to the station interface.

    Since the Universal Relay offers a modular hardwareand software architecture that is scalable, flexible, and

    upgradable, as well as advanced peer-to-peer communica-tions, it can accommodate the requirements of any substa-tion automation proposal.

    In addition, the configurable object oriented softwarecan handle both new and legacy communications proto-cols, which means a Univeral Relay can coexist in todaysenvironments, as well as handle any future migration toEthernet or other future technology without incurring thesignificant investments normally associated with systemconversions or upgrades.

    As performance and functional requirements evolve totake advantage of the new possibilities brought about byhigh-speed peer-to-peer communications the Universal

    Relay can just as easily evolve to remain in-step with usersrequirements and budgets.

    FiberOpticHub #1

    FiberOpticHub #2

    DISTANCERELAY

    LINEDIFFERENTIAL

    T RA NS FOR ME R F EE DE R C ON TR OL LE R

    ROUTER

    HUBBRIDGE

    OTHERVENDORS

    IEDs

    WANENTERPRISENETWORK

    Figure 8- Schematic of entire Universal Relay setup, from workstation to relays.

    Protection

    Metering

    Control

    HMI

    Comms

    DSP

    CLASSES

    Application Software

    CommonCore

    Software

    TOC

    IOC Distance

    Differential

    Frequency

    Volts/Hz

    etc.

    Protection Class

    Objects

    Figures 6a and 6b - TheOOP/OOD concept uses objectsand classes to create self-con-tained software modules.

    Figure 7- The elements of the Universal Relayplatform

    SUBSTATION AUTOMATION USING

    EPRI MMS/ETHERNET & GEPM IEDS

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    103/127

    1

    PROTEO RPIDA DE LINHAS DE TRANSMISSO COM O USO DE EQUAES DIFERENCIAIS

    RENATA ARARIPE DE MACDO1 DENIS VINICIUS COURY2

    Departamento de Engenharia Eltrica

    Escola de Engenharia de So Carlos - ESSC-USPCP 359 - CEP 13560-970 FONE: (016) 273-9363FAX (016)273-9372 So Carlos - SP

    [email protected] [email protected]

    RESUMO Este trabalho apresenta uma implementao de proteo rpida para linhas de transmissode alta tenso. O algoritmo proposto calcula a distncia em que a falta ocorreu na linha atravs daequao diferencial da mesma. A determinao numrica da distncia da falta feita pelo clculo dosparmetros de linha, ou seja, a sua resistncia e indutncia. Para este esquema, as tenses e correntestrifsicas foram empregadas como entradas. O software Alternative Transients Program - (ATP) usado para gerar os dados referentes a uma linha de transmisso (440 kV) em condies de falta. Oobjetivo dos testes foi demonstrar que o algoritmo converge em menos de dois ciclos e que podeanalisar corretamente vrias situaes de faltas sobre a linha de transmisso protegida. Os resultadosutilizando-se da tcnica proposta demonstram que o mtodo apresenta bastante preciso e rapidez noclculo da distncia da falta para efeitos de proteo.

    ABSTRACT- This work presents a proposal for fast protection of high voltage transmission lines. Theproposed algorithm calculates the distance that the fault occurred in the line through its differentialequation. The numerical determination of the fault distance is made through the calculation of the lineparameters: its resistance and inductance. For this scheme, the three-phase voltage and current signalswere used as inputs. The software Alternative Transients Program - (ATP) was used to generate the

    data related to the transmission line (440 kV) in faulted condition. The objective of the tests was toprove that the algorithm converged in less than two cycles, analyzing several situations of faultscorrectly on the protected line. Results using the technique demonstrate that the method presents highprecision in the calculation of the fault distance for protection purposes.

    Key Words - System Protection, Digital Protection, Differential Equation.

    1 Introduo

    A funo do sistema de proteo detectar faltas oucondies anormais no sistema eltrico de potncia, e

    remov-las o mais rpido possvel. Este sistema deveretirar de operao apenas o elemento sob falta, visandoa continuidade do fornecimento de energia eltrica. Ainterrupo no fornecimento de energia eltrica deveento ser minimizada ou, se possvel, evitada. Dentre ascaractersticas mais desejveis de um sistema deproteo destacam-se: rapidez, seletividade,sensibilidade e confiabilidade.

    O rel o dispositivo lgico do sistema de proteo.Este detecta as condies anormais, e inicia sua operaopara a abertura ou no dos disjuntores adequados, a eleassociados. O rel deve ser capaz de estabelecer umalgica entre os parmetros do sistema e tomar uma

    deciso correta de abertura. Os parmetros que mais

    comumente refletem a presena da falta no sistema soos sinais de tenso e corrente, obtidos nos terminais dorel. Normalmente estes parmetros so usados em relsde distncia na proteo de linhas de transmisso. Estescalculam a impedncia aparente entre a localizao do

    rel e a falta. Como a impedncia por quilmetro dalinha de transmisso considerada constante, atravs doclculo da impedcia aparente, o rel aponta a distnciada falta na linha.

    A escolha do algoritmo mais adequado para aproteo est , dentre outras coisas, baseada no tempo noqual o algoritmo leva para extinguir a falta no sistema.Este deve ser o menor possvel reduzindo, assim, apossibilidade de instabilidade transitria do sistema,danos aos equipamentos e riscos pessoais.

    Este trabalho apresenta o desenvolvimento de umalgoritmo baseado na modelagem do sistema detransmisso por meio de equaes diferenciais,

    formuladas atravs dos parmetros resistncia e

  • 8/3/2019 Apostila-protecao-SEL354-2003

    104/127

    2

    indutncia da linha de transmisso a ser protegida. Nestaabordagem no necessrio que a entrada do algoritmoseja puramente senoidal, admitindo a presena deharmnicos e componentes CC presentes na linha comoparte da soluo do problema, quando da ocorrncia deuma falta ou algum distrbio no sistema.

    Os fundamentos tericos utilizados para odesenvolvimento do algoritmo so citados na literaturaem trabalhos de Phadke & Thorp (1994), e por Johns &Salman. (1995). Outros trabalhos podem ser citadoscomo referncias: Mann & Morrison (1971), sugeriramum algoritmo para o clculo da impedncia da linhabaseado na predio dos valores de pico das formas deonda de tenso e corrente de entrada. Ranjbar & Cory(1975), propu