apostila fotografia

Download Apostila fotografia

If you can't read please download the document

Upload: hannaaah

Post on 17-May-2015

8.164 views

Category:

Technology


1 download

TRANSCRIPT

  • 1. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 1 SUMRIO 1. BREVE HISTRICO ................................................................................................................... 2 2. O QUE FOTOGRAFAR?.......................................................................................................... 4 3. A LUZ E AS CORES ................................................................................................................... 5 4. EQUIPAMENTOS E FORMATOS (CONVENCIONAIS x DIGITAIS) ........................................... 7 5. COMO A IMAGEM REGISTRADA?....................................................................................... 12 6. OS DISPOSITIVOS DE EXPOSIO ....................................................................................... 14 7. COMO FOTOGRAFAR? ........................................................................................................... 18 7 A COMPOSIO DA IMAGEM................................................................................................. 23 8 IMPRIMA E IMPRESSIONE...................................................................................................... 26 9 ESCOLHENDO UM EQUIPAMENTO........................................................................................ 28 10 CUIDADOS ESPECIAIS ........................................................................................................... 29

2. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 2 1. BREVE HISTRICO 1727 Alemanha Johann Heinrich. Fenmeno da fotossensibilidade em sais de prata. 1826 Frana - Joseph Nicphore Nipce. Inventa a Hliographie. Morreu antes de ver seu invento mundialmente aclamado. Nipce ( esquerda). Primeira fotografia, 1827 ( direita), registrada da janela de Nipce. 8 horas de exposio ao sol. 1835 William Henry Fox Talbot. Inventa a Calotipia ou Talbotipia (Desenho fotognico). Fazia uso de um tipo de negativo de papel = Reprodutibilidade. 1839 Frana Jean Jacques Mand Daguerre inventa a Daguerreotypie: - Placa de cobre revestida com prata polida; - Imagem nica e rara; - Longas horas de exposio (ruim para retratos). Daguerre ( esquerda) e preparao de placas para registro fotogrfico ( direita). Nipce de Saint Victor (sobrinho de Nipce) - Daguerretipos com tnue colorao. 1869 Hauron e Cros Imagens em cores na mesma poca, sem que um tivesse conhecimento do outro. 1907 Autochrome Lumire Fculas de batata previamente tingidas (RGB) em placas de vidro. 3. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 3 1935 Leopold Manner e Leopold Godowsky Filme diapositivo (slide) Kodachrome Emulses de sais de prata em 3 camadas independentes (RGB). 1941 Kodak - Negativo / Positivo em cores. 1947 Ektacolor Filme colorido que podia ser processado pelo prprio fotgrafo. Dcada 80 Popularizao da revelao em cores (processo C41), com entrega em 24 hs. Dcada 90 Popularizao da revelao em cores, processo C41, com entrega em 1 hora. Incio dos anos 2000 - Terceiro milnio Lanamento da fotografia digital (160 ANOS APS). Uma das principais e mais profundas revolues tecnolgicas. 4. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 4 2. O QUE FOTOGRAFAR? registrar o cotidiano? Enxergar detalhes? Descobrir novos olhares? Captar flagrantes? Provocar reaes? luz e sombra? Estado da arte? tudo isso! ter a oportunidade de guardar as boas lembranas (No Japo, chega a favorecer a aprovao de pedido de casamento); memria (Filme Titanic / Rose); paixo. E prtica. Muita prtica. Exerccio prtico 1: Pegar uma revista sobre fotografia e criticar as obras. 5. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 5 3. A LUZ E AS CORES LUZ (Aurlio) Radiao eletromagntica de comprimento de onda compreendido, aproximadamente, entre 4.000 e 7.800, capaz de provocar sensao visual num observador normal. VISO O que vemos, portanto, a reflexo destas ondas diante de uma superfcie (Luminncia). As cores (Crominncia) que enxergamos acontecem porque estas ondas vibram em freqncias distintas, aps incidirem em superfcies de materiais distintos. FONTES DE LUZ NATURAIS: 1) Sol Direta Luz dura, com alto contraste. Boa para detalhar relevo e texturas. Indireta Luz difusa, com baixo contraste. Boa para fotografar pessoas (atenua as marcas de expresso, imperfeies e rugosidades). 2) LUA Muito tnue e demasiadamente fraca para registro. ARTIFICIAIS: Incandescente, Fluorescente, Vapor de Mercrio, Vapor de Sdio, Flash (Direta, difusa ou rebatida) etc. AS CORES OLHO HUMANO: A viso humana capaz de distinguir cores a partir do infravermelho, at o ultravioleta (as cores visveis no arco-ris), a partir de trs pigmentos visuais dispostos nas clulas cones, no fundo da retina do globo ocular (Hearn e Baker). CORES PRIMRIAS (Cores puras): POSITIVAS: RGB = Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). Grficas usam o padro CYMK. Cyan, Yellow, Magenta e K-Black. CORES SECUNDRIAS ou PRIMRIAS NEGATIVAS: CMY = Cyan (ciano), Magenta e Yellow (amarelo). Resultantes da mistura entre duas cores primrias. CORES TERCIRIAS so formadas por uma primria e uma secundria. 6. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 6 A TEMPERATURA DE COR Cada fonte de luz possui uma freqncia de onda diferente, fazendo com que os objetos sejam vistos, pelas suas respectivas reflexes, com cores diferentes das originais. No sculo 19, o escocs Lord Kelvin criou uma tabela capaz de medir os desvios de proporo da luz branca, a partir de uma barra de ferro sendo aquecida. Da cor negra, abaixo dos 1000o Kelvin, a medida em que ia aquecendo a barra de ferro, passava a emitir irradiao luminosa, com cores variveis, do vermelho (1200o K), ao azul (11000o K), conforme grfico abaixo. Por padro, imagens iluminadas com fonte luminosa natural, do sol ao meio dia e sombra, por exemplo, produz uma imagem tendendo cor branca. J ao crepsculo, produz imagens avermelhadas. De forma anloga, cada fonte luminosa produz um padro cromtico distinto. Um bom fotgrafo sabe distinguir quais so essas tendncias de aberraes, antes mesmo do registro. Veja a tabela abaixo com alguns exemplos desses efeitos com as fontes luminosas mais comuns: De forma inteligente, o crebro humano, ao receber os pulsos nervosos normais com a imagem, automaticamente, ajusta o balano de cor, fazendo com que as cores paream mais reais e naturais, se baseando nas luminncias mais altas, deixando-as brancas. Por esse motivo, no percebemos esses efeitos. Os filmes fotogrficos possuem filtros cromticos para correo de temperatura de cor, bem como fazem os equipamentos fotogrficos e filmadoras, que corrigem, manualmente ou automaticamente, essas aberraes naturais, para que as cores paream mais reais. Quando esse ajuste feito manualmente, usa-se o termo bater o branco ou White Balance setting. Exerccio prtico 2: Ajuste a cmera para posio luz natural, com sol, e fotografe locais com diferentes temperaturas de cor. ESVERDEADO4.500FLUORESCENTE BRANCA FRIA TV OU MONITOR HALGENA FLASH INCANDESCENTE 100w SOMBRA AMANHECER / ENTARDECER SOL MEIO-DIA FONTE DE LUZ NORMAL5.500 NORMAL5.500 AZUL10.000 AMARELADO3.400 AMARELO-AVERMELHADO2.800 ARTIFICIAIS AZULADO7.000 AVERMELHADO3.200 NATURAIS EFEITOTEMP.COR Kelvin 7. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 7 4. EQUIPAMENTOS E FORMATOS (CONVENCIONAIS x DIGITAIS) COMPONENTES BSICOS CLASSIFICAO DOS TIPOS DE EQUIPAMENTOS QUANTO AO USO: AMADORES Dotada de recursos automticos para facilitar a vida do fotgrafo, tais como foco, velocidade, abertura e ajuste de ISO automticos ou fixos. So muito limitadas. QUANTO AO USO: PROFISSIONAIS Uso de recursos manuais e automticos, respectivamente, para oferecer controle total da exposio e para facilitar a vida do fotgrafo, tais como ajustes de foco, velocidade, abertura e de ISO ou ASA automticos ou fixos. A maior caracterstica de um equipamento profissional a presena do SLR - Single Lens Reflex - (monoreflex), na qual a imagem enquadrada passa pela objetiva e chega, por meio de espelhos, at visor (ocular). Tal recurso favorece o enquadramento e a certeza do foco, evitando o erro de paralaxe. QUANTO A FORMA DE REGISTRO: CONVENCIONAIS So os equipamentos que fazem uso de pelculas fotogrficas negativas ou positivas (slides e instantneos), base de haleto de prata. Os filmes deram fotografia a natureza intrnseca: a reprodutibilidade. Quanto maior a rea do filme, maior a definio da imagem. OBJETIVA Anis de foco, zoom e diafragma. CORPO Botes de obturador, timer e de compensao de exposio, seletores de funes automticas e de velocidade de obturador etc. 8. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 8 > FORMATOS DE FILMES: Extintos: 110, 126 etc. Atuais: APS, 135 (mais usado) e 120 (6x6cm ou 6x7cm) . > NEGATIVOS OU POSITIVOS (SLIDES) > PRETO&BRANCO OU EM CORES > INSTANTNEO (Polaroid). QUANTO A FORMA DE REGISTRO: DIGITAIS So os equipamentos que fazem uso de sensores eletrnicos (CCD ou CMOS) para registrar a imagem e gravam em arquivos de formatos binrios (JPG, TIF, RAW etc.). Quanto maior o nmero de pixels (pontos de imagem) no chip, maior a definio e qualidade da imagem. Exerccio prtico 3: Qual formato a sua cmera, quanto forma de registro e quanto ao uso? Como feito o ajuste de temperatura de cor da sua cmera? AS OBJETIVAS Levam em conta o ngulo da abordagem fotogrfica e so classificadas em funo da distncia, em milmetros, entre o filme (ou sensor) e a primeira lente do conjunto ptico da objetiva. Com base em cmeras de filmes 35mm, podem ser: FISH EYE (Olho de peixe) Abaixo de 20mm. GRANDE ANGULAR Entre 20 e 45mm. NORMAL 45 ~60 mm. TELEOBJETIVA Acima de 70 mm. ZOOM Distncia focal varivel. MACRO Capaz de focar objetos muito prximos (poucos centmetros). PC PERSPECTIVE CONTROL Grande angular com capacidade de corrigir distores. CARACTERSTICAS FOCAIS: OBJETIVA GRANDE ANGULAR So as objetivas com distncia focal entre 20 e 45mm (filme 135); Oferecem campo de viso ampliado; Grande profundidade de campo (rea em foco); 9. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 9 Altera a perspectiva gerando distores na imagem. Os assuntos mais prximos ficam muito maiores do que os mais distantes. OBJETIVA - NORMAL So as objetivas com distncia focal aproximada de 50mm (filme 135); Oferecem campo de viso anlogo ao olho humano; Profundidade de campo moderada (rea em foco); Altera muito pouco a perspectiva. OBJETIVA - TELEOBJETIVA So as objetivas com distncia focal acima de 55mm (filme 135); Oferecem campo de viso fechado; Baixa profundidade de campo (rea em foco); Altera bem menos a perspectiva. OBJETIVA - ZOOM So as objetivas com distncia focal ou campo de viso VARIVEIS; Profundidade de campo (rea em foco) depende do ngulo usado e da abertura; A distoro de perspectiva altera, tambm, em funo do ngulo. 28mm 200mm Observao: O Zoom digital um recurso que deve ser usado de forma muito restrita, pelo fato de ser mais um mero apelo de venda da indstria do que um til recurso. O maior problema que ele causa deformaes na imagem final, ao ampliar os pixels e ao tentar criar novos pontos semelhantes. Seus efeitos podem ser irreversveis e nocivos uma boa imagem. 10. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 10 Exerccio prtico 4: Faam 3 fotos com distncias focais em grande angular, normal e tele e anotem os resultados. Dica: Cuidado com as gordinhas! ACESSRIOS TEIS FLASHES Fornecem luz balanceada (temperatura de cor da luz do dia = cor branca), para situaes de baixa luminosidade. Podem gerar iluminao muito dura (luz chapada, com altos contrastes, deixando a imagem muito plana). Esses efeitos indesejados podem ser atenuados pelo uso de difusores ou de rebatedores, presentes nos modelos profissionais. Alguns modelos fazem leitura do ambiente, de sorte a adequar a intensidade luminosa s condies de iluminao do ambiente e ao valor do diafragma previamente escolhido. Outros ainda possuem a capacidade de ajustar o foco, automaticamente, em funo da distncia focal do zoom e, ainda, de trocar informaes com as cmeras monoreflex (sistema TTL Through the lens), para garantir um melhor ajuste automtico. RED EYE REDUCTION: H um efeito desagradvel que ocorre com as cmeras compactas, cujo flash embutido, por necessidade de projeto de desenho, fica disposto muito prximo da lente, que deixa as pessoas com os olhos vermelhos. Esse efeito ocorre porque o ngulo de reflexo da luz est muito fechado, fazendo com que a luz do flash ilumine, diretamente, o fundo do olho e retorne direto para a lente. Como o globo ocular irrigado por vasos sangneos, resulta na cor vermelha da pupila. Para evitar esse efeito, algumas cmeras possuem um recurso chamado de Red Eye Reduction (redutor de olhos vermelhos), que consiste na emisso de um foco de luz ou de pequenas rajadas de flashes, para que, por esse estmulo, as pupilas se contraiam e atenuem esse efeito. CARTES DE MEMRIA (CHIP) Responsveis pelo armazenamento da imagem nas cmeras digitais. como se fosse a gasolina de um automvel, portanto, indispensvel. Quanto maior a sua capacidade de armazenamento, maior quantidade de fotos podemos armazenar neles. Quadro comparativo: Megabytes X Megapixels Refere-se a quantidade de pontos para formao da imagem, em milhes de Pixels. Quanto maior o valor em MP, maior a definio da imagem e maior a qualidade de ampliao. Uma foto com 4MP, com qualidade de compresso tima, pode ser ampliada, com qualidade fotogrfica, em at 20x25cm. Refere-se a capacidade de memria, em milhes de Bytes, para armazenamento de imagem. Quanto maior o valor em MB, maior a capacidade de armazenamento. A quantidade de fotos armazenadas depende de uma srie de fatores, como o formato dos arquivos, o tamanho em MP das imagens e a compresso. MEGAPIXELSMEGABYTES 11. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 11 OUTROS ACESSRIOS: Oferecem recursos adicionais s fotografias e proteo ao equipamento: trip, bolsas de proteo, pilhas recarregveis, filtros (UV, Polarizador, Close-Up etc.) FILTRO: POLARIZADOR Capaz de polarizar a reflexo da luz, eliminando reflexos indesejveis. Sem filtro Com filtro LENTE: CLOSE UP Lente de aproximao, que amplia a imagem. Exerccio Prtico 5: Quantos Megabytes tem o seu carto de memria e quantos Megapixels tem seu sensor de imagem? Qual o zoom ptico e digital de sua cmera. 12. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 12 5. COMO A IMAGEM REGISTRADA? A palavra fotografia deriva do grego Photo (luz), acrescido de Graphos (escrita ou desenho). Atualmente, fotografias podem ser registradas por meio de filmes ou papis fotossensveis (equipamentos convencionais) ou por sensores de imagem (equipamentos digitais). CONVENCIONAL: O Filme Fotogrfico O filme negativo fotogrfico em cores composto, basicamente, por uma base plstica transparente e de trs pelculas sensveis cada uma das cores primrias, compostas de emulses base de sais de prata (virgem), como elemento fotossensvel, e de gelatina, como veculo. Cada uma dessas pelculas possui camadas com corantes com as cores primrias negativas, que atuam como filtros. S passam pelos filtros as informaes de cores diferentes da cor do mesmo. Portanto, cada uma das camadas s registra nuances cromticas de cores semelhantes mesma. DIGITAL : O Sensor Nas cmeras digitais, no lugar do filme fotogrfico, h um ou mais sensores de captao de imagens do tipo CCD (Charged Couped Device) ou CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor). No caso do CCD, cada clula forma um ponto (pixel) sensibilizado analogicamente, cujo valor mensurado e convertido para sinal digital. A imagem final composta, portanto, pelo conjunto desses valores e de outros atributos extras necessrios formao do arquivo. J o CMOS composto por vrios transistores para cada pixel que amplificam e movem a carga por fios condutores. Como o sinal j digital, dispensa a converso e, com efeito, permite captaes mais rpidas (refresh time). Assim como ocorre com os filmes fotogrficos, tambm, h filtros de cores para captao das cores (em RGB, RGBK etc.). DIGITAL : Pixel (Picture Element) a menor parte de uma imagem. um microponto, ou um ponto discreto de uma imagem. DIGITAL : Codificao Analgico > Digital Como apresentado antes, no caso da captao por CCD h a necessidade de digitalizao da imagem. Cada pixel formado, basicamente, pelos valores analgicos de cada uma das cores (normalmente pelo RGB). Esses valores so digitalizados, de sorte a amostrar milhes de possibilidades de cores, so agrupados e, por fim, recebem os cabealhos e rabichos de fechamento dos arquivos digitais, formando o arquivo final, sem compresso. 13. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 13 DIGITAL : Compresso JPEG Arquivos de imagem, ou tipo raster, demandam grandes quantidades de memria para amostragem e formao do conjunto de pixels. Para diminuir o tamanho da informao, em bytes, usa-se algoritmos de compresso, sendo o JPEG um dos mais usados, por causa da qualidade final dos arquivos e do alto poder de compresso. Vide no diagrama abaixo, o esquema de compresso e descompresso JPEG. DIGITAL : Anti Aliasing Como o formato original do pixel quadrado, as imagens digitais formadas tendem a serrilhar os detalhes finos. A soluo para disfarar esse efeito indesejado foi em inserir pixels com valores intermedirios nos contornos dos detalhes, formando uma escala em degrad. CONVENCIONAL x DIGITAL Fotgrafos mais conservadores ainda defendem a qualidade da fotografia convencional como superior, tal como ocorre, ainda, com outros profissionais ao preferirem a fotografia em preto&branco. Na verdade, se levarmos em conta uma mesma resoluo e ptica, a fotografia digital (1:4000 = 12 pontos de f) possui uma faixa dinmica bem maior do que a convencional (1:32 = 5 pontos f), conforme se pode observar na tabela ao lado, segundo a PMA (Photo Marketing Association). Essa vantagem para o digital permite captaes com detalhamento mais fino, com sombras bem mais suaves e menos contrastadas, capazes de amostrar detalhes antes ocultados pela fotografia em cores tradicional. Exerccio prtico 6: Fazer 3 fotografias com uma mesma cmera digital e de um mesmo assunto e ngulo, explorando 3 nveis de compresso distintos. Compararem os resultados obtidos. 14. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 14 6. OS DISPOSITIVOS DE EXPOSIO O FOCO MANUAL: Pode ser feito com o auxlio de Telmetro de Imagem Partida ou de Microprismas, que um recurso ptico presente em algumas cmeras profissionais e pouco usado, hoje em dia, por ter sido substitudo por sistemas eletrnicos de focalizao automtica mais eficientes. AUTOMTICO: Atualmente, so vrias as tecnologias de medio de distncia, para ajuste de foco, tais como por emisso de raios infravermelhos, ultra-snicos etc. So recursos bem desenvolvidos e confiveis. Algumas cmeras contam com algoritmos inteligentes, capazes de prever onde (a distncia focal) um dado objeto em movimento estar no momento do registro. A EXPOSIO o ato de expor o sensor ou o filme fotogrfico a uma quantidade exata de luz, de forma a excit-lo plenamente e sem excesso, para que uma imagem seja bem registrada, de acordo com a leitura de fotometria (vide pargrafo abaixo). Caso falte luz (subexposio), as reas mais escuras da imagem vo se esmaecendo, proporcionalmente falta de luz, chegando a no ser sequer registradas. Do contrrio, caso haja excesso, as partes mais claras so sacrificadas, at que cause um quadro completamente branco. FOTOMETRIA: o ato de medir a quantidade de luz, de sorte a informar quais os nmeros de diafragma e de velocidade do obturador so indicados para o registro da imagem. A fotometria realizada pelo FOTMETRO (interno), ao se pressionar levemente (na maioria das cmeras) o boto do obturador (disparo). Os resultados da medio dependero da sensibilidade de ISO ajustada. H equipamentos que permitem a configurao do sistema de fotometria em: EVALUATIVE = o modo mais inteligente presente em cmeras avanadas, que avalia vrios pontos no quadro, para analisar o objeto principal, a iluminao de frente e de fundo, brilho etc., para, ento, definir quais regulagens de diafragma e velocidade deve-se usar, em funo do programa definido pelo fotgrafo (P, Green Zone, Av, Tv etc.); SPOT (pontual) = Analisa apenas um ponto central do quadro, ignorando as demais reas; PARTIAL = como o SPOT, s que mede uma rea maior ao centro (+- 9% da rea); CENTER-WEIGHTED AVERAGE = Calcula a mdia de iluminao do quadro, mas prioriza a luz presente no centro (mdia ponderada). FOTMETRO EXTERNO: Essa medio pode ser, tambm, realizada por equipamentos profissionais dedicados, que s so teis para fotografia profissional. A preciso da leitura de um fotmetro resulta na qualidade do registro. CONTROLES BSICOS DA EXPOSIO As mquinas fotogrficas mais avanadas contam com, pelo menos, trs recursos essenciais a uma boa fotografia (diafragma ou ris, cortina do obturador, ajuste de sensibilidade), como forma de ajuste da exposio do filme ou do sensor luz. Por razes econmicas ou de desenho, alguns equipamentos so construdos com um ou mais desses ajustes com valores medianos fixos. Ou seja, ao invs de contarem com conjuntos eletromecnicos de alta preciso, substituem por circuitos 15. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 15 eletrnicos que simulam os seus funcionamentos (p.ex. aparelhos celulares), de forma limitada, ou mesmo no oferecem qualquer ajuste (p.ex. cmeras descartveis, populares ou falsificadas), tendo suas funes bsicas fixadas em valores medianos. Nesses casos, a qualidade final da exposio luz fica limitada s condies s quais esses equipamentos foram pr-programados, no havendo como o fotgrafo interagir com a exposio. DISPOSITIVOS MANUAIS DE EXPOSIO CORTINA DO OBTURADOR um dispositivo mecnico, controlado eletronicamente nos equipamentos mais avanados, disposto entre a objetiva e o sensor ou filme fotogrfico, que responsvel por obstruir o sensor ou filme quando no estiver em registro da imagem e por abrir a cortina durante o perodo de tempo definido pelo fotgrafo ou pelos clculos automticos, de sorte a expor o sensor ou filme luz necessria ao registro da imagem. AJUSTE DE VELOCIDADE DO OBTURADOR Regula a tempo, em fraes de segundos, em que a pelcula ou o sensor ser exposto luz. Quanto maior o nmero de Velocidade, mais rpida ser a exposio. Escala geral: 2, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000. Velocidades altas, congelam a cena. Velocidades baixas, borram os pontos com movimento. (Usar trip) FOTOS EM LONGA EXPOSIO: So fotos registradas a velocidades extremamente baixas, capturadas com trip e propulsor ou com Timer, para cenas com pouca iluminao (paisagens noturnas) ou quando se pretende enfatizar o movimento. DIAFRAGMA ou IRIS Regula a entrada de luz pela objetiva, de forma anloga ao ris do olho humano. Nas mquinas fotogrficas, quanto maior o nmero de f, mais fechado est o diafragma. Escala geral: 1.8, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16, 22. Foco (Metros ou Feets) Diafragma ou Iris (Ajuste dos nmeros de f) Velocidade do Obturador (Velocidade em fraes de segundo) Obturador (Boto de disparo) Ajuste de sensibilidade de leitura de fotometria. 16. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 16 Nota: Relao ptica do diafragma: Quanto mais aberto, menor profundidade de campo, ou seja, a regio em foco limita-se ao plano de foco, borrando os elementos anteriores e posteriores deste plano focal. O foco, nesta situao de lente muito aberta, fica muito crtico. medida em que se fecha o ris ou diafragma, a profundidade de campo em foco aumenta proporcionalmente. Vale ressaltar que a arte fotogrfica depende, em muito, desse conceito. Uma boa composio fotogrfica pode ser conseguida na delimitao das reas em foco, como meio de guiar o olhar do expectador para o assunto que o fotgrafo deseja que seja percebido. SENSIBILIDADE Calibra a leitura do fotmetro (dispositivo que mensura a quantidade de luz do ambiente), em funo da sensibilidade luz desejada. Em cmeras convencionais que usam filmes fotogrficos, a sensibilidade definida em ASA ou ISO e depende da quantidade de prata que foi aplicada neles durante a fabricao. J no caso de equipamentos digitais, trata-se de um ajuste eletrnico que regula o quanto sensvel luz ficar o sensor. Quanto maior a sensibilidade luz (porque mais sais de prata h nos filmes ou mais forados sero os circuitos eletrnicos), menos luz precisar para o registro da imagem e, em compensao, mais granulada ficar a imagem (porque sais de prata no so translcidos e o excesso de sensibilidade, ajustado eletronicamente, gera rudos). Escala geral: ..., 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600... Nota: Algumas cmeras convencionais recentes, que fazem uso de filmes fotogrficos, eram dotadas com um sistema de leitura de ASA (ou ISO) automtico, chamado de sistema DX. As bobinas dos filmes fotogrficos 135 possuam um tipo de cdigo de barras, com informaes da quantidade de chapas e da sensibilidade do filme. DISPOSITIVOS AUTOMTICOS Compensao de exposio (Pontos ou Passos) Funes Automticas (P-Programa, A-Automtico, Av- Prioridade Abertura, Tv-Prioridade Velocidade etc.) Boto Self Timer e Exposio Contnua Funes Automticas (Programa, Automtico, Prioridade Abertura, Prioridade Velocidade etc.) Obturador Compensao White Balance 17. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 17 Notem que, nas ilustraes anteriores, por questes econmicas e/ou de desenho, cada cmera possui uma localizao prpria dessas funes, bem como de quais recursos esto disponveis. COMPENSAO Ajustes finos para compensar aberraes de leitura do sistema de fotometria, principalmente usado para situaes de forte contra-luz ou de objetos muito brancos com fundos escuros. Pode ser ajustado em passos (pontos) inteiros ou fraes de exposio. Varia, em geral, de -2.0 a +2.0 pontos de exposio. Mdio: 0. WHITE BALANCE: Balano de Branco. o ajuste necessrio para que a cmera digital filtre as aberraes cromticas das fontes de luz predominantes da cena, de sorte a deixar a imagem com cores mais naturais. Pode ser feito manualmente (posio set, para bater o branco), por ajustes pr-ajustados (lmpadas fluorescentes, halgenas, sol, tempo nublado etc.) ou automaticamente. Exerccio prtico 7: Anote quais recursos (ajustes) tm em sua mquina fotogrfica, manuais e automticos. 18. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 18 7. COMO FOTOGRAFAR? A questo que mais confunde os fotgrafos iniciantes que, para expor o filme ou sensor, os trs dispositivos bsicos utilizados na exposio (diafragma ou ris, velocidade do obturador e ajuste de sensibilidade) so GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. Desta forma, para melhor explicar, apresentamos uma analogia desenvolvida pelo autor, como um interessante recurso didtico: A Caixa Dgua. ANALOGIA: A CAIXA DGUA Tal como ocorre com a exposio de uma imagem durante um registro fotogrfico, uma caixa dgua conta com elementos semelhantes para que fique 100% cheia. Ou seja, o tempo gasto para que uma caixa se encha plenamente, sem jogar gua fora, depende do tamanho do recipiente e de quanto aberta est a torneira. Certo? Desta forma, para encher uma caixa com capacidade de 1 litro de gua, por exemplo, contando uma torneira aberta pela metade, leva-se, hipoteticamente, 3 segundos, para que se encha sem transbordar. Caso aumentemos a abertura da torneira para de vazo, para encher o mesmo recipiente, o tempo reduzir em 1 segundo. No mesmo raciocnio, caso fechemos um pouco a abertura da torneira para , o tempo gasto subir em 1 segundo, conforme se pode notar na ilustrao ao lado. Portanto, a cada passo que damos na abertura ou fechamento da torneira, diminui ou aumenta em um segundo, respectivamente, o tempo adequado para ench-la. Seguindo o mesmo raciocnio, caso o volume da caixa seja aumentado, ou levar mais tempo para ench-la com a mesma vazo ou teremos que compensar com uma maior abertura da torneira. No ? Finalmente, pode-se concluir que, com a mquina fotogrfica, o registro da imagem ocorre da mesma forma. Assim como h a abertura da torneira, a mquina fotogrfica conta com a abertura da lente, realizado pelo RIS ou DIAFRAGMA. O tempo em que o sensor ou pelcula fotogrfica ficar exposto definido pelo ajuste de VELOCIDADE DO OBTURADOR. J o volume da caixa dgua foi usado para exemplificar como funciona o ajuste de SENSIBILIDADE, conforme pode-se ver nas ilustraes a seguir. 19. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 19 De forma anloga ao enchimento da caixa dgua, o ato de fotografar, tambm, segue os mesmos efeitos causados por GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. A cada passo de velocidade de obturao que acrescido, ou seja, que aumenta-se a velocidade de abertura da cortina, faz-se necessrio que compense com um passo de abertura do diafragma ou que aumente em um passo a sensibilidade. 1 COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA NO MODO MANUAL, SEM FLASH? 1. Ajuste a mquina fotogrfica para exposio manual (M). 2. Ajuste a sensibilidade da cmera (valores menores garantem melhores resolues e os maiores so mais indicados para ambientes mais escuros ou que no se podem usar flashes). 3. Escolha se prefere priorizar o valor do diafragma ou da velocidade do obturador e fixe o valor desejado. Velocidades muito baixas fazem fotos tremidas. 4. Ajuste o balano de branco, de acordo com a iluminao predominante (s cmeras digitais). 5. Faa o enquadramento da composio. 6. Ajuste o foco. 7. Faa a fotometria, apertando levemente o obturador. (Como cada mquina possui uma forma de apresentar a leitura, indicado ler o manual. Em geral, fotometrias com iluminao deficiente fazem com que o Led verde fique piscando e que aparea uma marca na escala de compensao indicando a super ou subexposio. Quando a luz est correta, o Led fica aceso, sem piscar, e a marca de compensao situa-se ao centro.). 8. Ajuste o valor do diafragma (se preferiu fixar a velocidade) ou a velocidade (se fixou o diafragma) at que o Led verde pare de piscar e permanea aceso. Caso em todos os ajustes o LED permanea piscando, poder ser necessrio abaixar ou aumentar o valor fixado, por ter sido fixado alm do valor possvel. 9. Recomponha o enquadramento. 10. Dispare a foto. 2 COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH MANUAL? 1. Ajuste a mquina fotogrfica para exposio manual (M). 2. Ajuste a sensibilidade de ASA do flash e o coloque na posio manual (M). 3. Ajuste o balano de branco para a posio flash (s as cmeras digitais). 4. Saiba qual a velocidade mxima de sincronismo entre a mquina e o flash e a ajuste com valor menor ou igual ao limite de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com que apenas parte da imagem saia iluminada e muito baixas fazem fotos tremidas. 5. Ajuste o foco e leia qual a distncia aferida. 1 Recomendado para cmeras que possuam posio Manual (M) 2 Recomendado para cmeras que possuam posio Manual (M) e que tenham sapatas para flashes externos. Caixa Dgua Cmera Fotogrfica Volume do recipiente Sensibilidade (ASA ou ISO) Abertura da torneira Abertura do ris ou Diafragma Tempo de vazo da gua Velocidade do Obturador. 20. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 20 6. Leia a tabela do flash e ajuste o nmero de diafragma correspondente para a distncia do objeto em foco e em funo da sensibilidade do filme ou do sensor. 7. Recomponha o enquadramento. 8. Dispare a foto. 3 COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA MANUAL, COM FLASH AUTOMTICO? 1. Ajuste a mquina fotogrfica para exposio manual (M). 2. Ajuste a sensibilidade de ASA do flash e o coloque na posio AUTO (M). 3. Ajuste o balano de branco para a posio flash (s as cmeras digitais). 4. Saiba qual a velocidade mxima de sincronismo entre a mquina e o flash e a ajuste com valor menor ou igual ao limite de velocidade. Velocidades ajustadas acima do limite fazem com que apenas parte da imagem saia iluminada e muito baixas fazem fotos tremidas. 5. Ajuste o diafragma da cmera, de acordo com o valor recomendado na tabela do flash (posio: automtico). 6. Ajuste o foco e confira se a distncia encontrada est dentro do limite da escala automtica do flash. 7. Recomponha o enquadramento. 8. Dispare a foto. 4 COMO TIRAR UMA FOTOGRAFIA NO MODO AUTOMTICO? 1. Escolha qual programa prefere e que esteja disponvel: a. Green Zone (Quadro verde) Modo automtico pleno. Basta apontar e disparar a foto. A cmera, automaticamente, ajusta o foco, a sensibilidade, o balano de branco, aciona o flash se necessrio (com Red Eye Reduction) e salva na melhor resoluo possvel. b. Program (P): Modo semi-automtico. A cmera tomas as principais decises (de velocidade e de abertura de diafragma), mas o fotgrafo pode interagir e alterar alguns ajustes (formato de arquivo a ser salvo, ISO, balano de branco, acionamento do flash etc.). c. Shutter-Priority (Tv): Prioridade de velocidade do obturador. O fotgrafo fixa a velocidade e a cmera encontra qual o diafragma necessrio. Todos os demais ajustes podem ser definidos manualmente. d. Aperture-Priority (Av): Prioridade de abertura de diafragma. O fotgrafo fixa a abertura e a cmera encontra qual a velocidade necessria. Todos os demais ajustes podem ser definidos manualmente. e. Automatic Deph-of-field (A-Dep): O fotgrafo informa (primeiro toque leve no obturador) qual o primeiro plano focal e o ltimo (segundo toque leve no obturador), que a cmera calcula os ajustes de diafragma e velocidade necessrios. Todos os demais ajustes podem ser, tambm, definidos pelo fotgrafo. 3 Recomendado para cmeras que possuam posio Manual (M), com flash externo automtico. 4 Recomendado para cmeras que possuam, pelo menos, uma das posies automticas descritas. 21. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 21 f. Portrait: A cmera toma as decises essenciais para se tirar uma boa fotografia de retrato e no permite ajustes manuais de outras funes. Procura por diafragmas mais abertos para desfocar o fundo. g. Landscape: A cmera toma as decises essenciais para se tirar uma boa fotografia de paisagem e no permite ajustes manuais de outras funes. Procura usar diafragmas mais altos, para manter em foco o mximo de assunto possvel. h. Close-up: A cmera toma as decises essenciais para se tirar uma boa fotografia de retrato e no permite ajustes manuais de outras funes. Procura por objetos a curta distncia. i. Sports: A cmera toma as decises essenciais para se tirar uma boa fotografia de ao e no permite ajustes manuais de outras funes. Procura usar as mais altas velocidades de obturador possveis, para congelar a cena. j. Night Portrait: A cmera toma as decises essenciais para se tirar uma boa fotografia de retrato noite e no permite ajustes manuais de outras funes. Ela procura abaixar a velocidade de sincronismo e diminuir o diafragma (abrir) para explorar ao mximo a iluminao local, permitindo que o fundo aparea. preciso tomar cuidado para no tremer a foto, como fazer uso de trip. k. Flash off: Modo para desabilitar o flash para locais onde no possa ou deva ser usado. A cmera toma todas as demais decises. preciso tomar cuidado para no tremer a foto, como fazer uso de trip. 2. Aperte, levemente, o obturador e verifique se o Led indicador de condio de foco e de exposio sinaliza como situao positiva (aceso, sem piscar), caso contrrio, verifique o problema no manual da cmera e trate-o. 3. Ajuste os itens restantes, caso necessrio (ISO, resoluo da foto, balano de branco etc.). 4. Recomponha a foto. 5. Dispare. COMPENSAO OU BACK LIGHT Praticamente, todos os recursos automticos falham, por mais precisos que sejam os sensores de distncia e de fotometria. Isso ocorre porque, na verdade, a cmera, por mais que seu programa se esforce, no sabe, exatamente, qual o objetivo do fotgrafo. Em composies com predominncia de cores escuras, caso o fotgrafo queira registrar um pequeno objeto claro, haver a tendncia de estourar a luz no objeto, porque o sistema automtico da cmera tentar clarear o restante da composio (que preenche a maioria do quadro). De forma anloga, objetos dispostos diante de uma forte contraluz, a cmera tender cortar o excesso de claridade do fundo, deixando o objeto principal ainda mais escuro, conforme se pode notar na foto esquerda. Para corrigir essas aberraes de interpretao em situaes crticas, algumas cmeras contam com recursos especiais, como Anel de Compensao (presente em equipamentos mais avanados, que, geralmente, permite correes de +2 a 2 pontos de correo) ou com a funo Back Light (que, geralmente, aumenta em 2 pontos a exposio para situaes de contra-luz), conforme se pode ver o resultado na foto direita. 22. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 22 DICA 1: FOTOGRAFIA COM FLASH Nem sempre o flash precisa ser a luz principal e nica de uma cena. Mesmo numa praia ensolarada, o uso do flash pode ser muito til para correo de sombras muito duras. A luz do flash, portanto, pode e deve ser usada como luz de enchimento ou de correo de sombras, para conseguirmos detalhar relevos e texturas ocultas pela sombra. Explore a iluminao ambiente interna, noite, abaixando a velocidade at que consiga segurar a cmera sem tremer e explore diafragmas e rajadas de flash mais brandas, para registrar toda a cena, evitando que o fundo fique escuro demais. DICA 2: MULTIEXPOSIO Para quem no quer usar um editor de fotos, como o Adobe Photoshop, h algumas cmeras profissionais convencionais (filmes) que contam com recurso de multiexposio. Consiste em um recurso que, ao sensibilizar a pelcula, a cmera no avana o filme para a prxima chapa, at que o programa termine, permitindo que, uma mesma chapa seja sensibilizada mais de uma vez. Para tal recurso, demanda-se muita habilidade do fotgrafo e de conhecimento tcnico, para que partes da composio no saiam veladas. LEMBRETE: PARA DIMINUIR A PROFUNDIDADE DE CAMPO: Use a objetiva com distncia focal acima de 70mm e/ou Abra o DIAFRAGMA at conseguir a profundidade desejada, compensando com o aumento da VELOCIDADE. PARA CONGELAR A CENA: Aumente a VELOCIDADE, compensando com a abertura do DIAFRAGMA. PARA DIMINUIR DISTORES NA IMAGEM: Use objetiva com distncia focal acima de 70mm. PARA CAPTURAR CENAS SEM TREMIDOS: Use sempre um trip em baixas exposies ou quando estiver usando uma teleobjetiva ou com zoom muito puxado. Exerccio prtico 8: Explore todas as funes automticas e manuais presentes na sua cmera, registrando fotos de teste, e eleja as que mais gostou e justifique a resposta. 23. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 23 7 A COMPOSIO DA IMAGEM MARCA DE PARALAXE - EQUIPAMENTOS AMADORES Como nas cmeras compactas a imagem formada na ocular no passa pela objetiva, podem ocorrer cortes na composio. A esse erro, chama-se erro de paralaxe. Para evitar esses cortes, essas cmeras contam com marcas de segurana para delimitao do quadro, chamadas de Marcas de Paralaxe. REGRA DOS TEROS A regra dos teros uma tcnica bastante popular e til para facilitar o enquadramento. Consiste na diviso imaginria da composio em trs partes iguais horizontais e verticais, devendo o fotgrafo tentar colocar o objetivo principal da foto no quadro central. DINMICA DA DIREO Trata-se de uma tcnica prpria do autor, que consiste na descentralizao do objetivo principal da fotografia, de sorte a deixar uma margem maior a favor de um olhar ou de algum objeto em movimento. Note que, nas fotos esquerda, a composio incomoda, fica estranha. No caso da serpente, o observador no consegue enxergar o que ela olha. No caso do ousado piloto, a ausncia de espao no sentido do movimento corrompe a imaginao, tanto da altura, quanto para aonde ele vai. Uma ligeira descentralizao, vide imagens direita, corrige bem a composio. 24. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 24 NGULOS DE ABORDAGEM Durante a composio, tenha em mente que, ngulos de abordagem superiores ao assunto principal, inferiorizam o assunto. Ao nvel do olhar, estabelece-se um padro de igualdade e respeito mtuo. ngulos inferiores ao assunto, crescem a importncia do assunto, deixando-os imponentes, superiores ou realados. ENQUADRAMENTO A seguir, sero expostos alguns enquadramentos muito populares para as tcnicas de cinema e de produo de vdeo: Geral, Mdio, Americano, Portrait, Close e Big Close. O corte do enquadramento leva em considerao o elemento humano. No Plano Geral, interessa captar o mximo possvel da cena. No Plano Mdio, limita-se altura da pessoa. No Americano, da cintura ao final da cabea. No Portrait ou retrato, enquadra-se a partir do peito. No Plano de Close, limita-se o quadro na cabea e no Big Close, praticamente, s a expresso. Fotografiascedidas,gentilmente,pelosresponsveisdamodeloepelaempresaHollywoodFottica. 25. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 25 ELEMENTOS DA COMPOSIO Apresentaremos alguns elementos que podem ser explorados na composio. 1. FORMA Para realar o objetivo principal da composio, busque criar contrastes entre o objetivo principal e o fundo, de sorte a valorizar a forma. A clareza da inteno do autor conduz o olhar de quem for ver a obra. 2. LINHA H situaes que pode-se descentralizar o assunto principal e, mesmo assim, chamar a ateno para o objetivo da foto. Alinhamentos, retas e curvas conduzem o olhar para o ponto central do assunto. 3. TEXTURA Enquanto que, no primeiro elemento, o destaque feito pela forma, em outras situaes pode-se no conseguir essa composio, como o caso de objetos de mesmas cores, como a natureza morta ao lado. Uma soluo de realce pode se dar na diferena de texturas. Diferenas de texturas, em geral, aguam a curiosidade e ornamentam o quadro. 4. DIMENSO E ESPAO Se voc olhar bem a foto esquerda, tampando a foto da direita, por se tratar de um objeto desconhecido, percebe-se que no seria possvel ao observador inferir quanto sua real dimenso. Objetos desconhecidos ou fractais (cachoeiras, rvores, insetos desconhecidos, trincas em paredes etc.) precisam de alguma referncia conhecida no enquadramento, para que se tenha noo de proporcionalidade e dimenso. Exerccio Prtico 10: Escolha uma das formas de composio, faa uma foto e explique sua inteno. 26. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 26 8 IMPRIMA E IMPRESSIONE IMPRIMIR OU VISUALIZAR? Graas evoluo tecnolgica, os microcomputadores tm se tornado, a cada dia, mais presentes entre ns e, desde que a fotografia chegou s telas dos micros, a qualidade, o armazenamento e a facilidade de retoques deram novo salto para seu crescimento e popularizao. Entretanto, a fotografia tem, como uma de suas qualidades intrnsecas, a portabilidade. de fcil transporte e, a qualquer momento, em qualquer lugar e sem depender de nenhuma tecnologia especial ou de energia, podemos v-la naturalmente. Desde que, claro, esteja impressa no papel. Fotos em telas de computador tendem a ficar esquecidas, alm de vulnerveis aos ataques comuns dos hackers e vrus e, ento, perder o fio da histria. Imprimir as fotos necessrio. JATO DE TINTA DOMSTICA As impressoras a Jato de Tinta domsticas, geralmente, no tm boa qualidade de imagem e tm estabilidade fraca. A qualidade delas tem melhorado, medida em que so utilizados mais cartuchos com cores intermedirias (acima de 6 cartuchos de cores). Outras desvantagens so que os cartuchos so muito caros e a estabilidade da imagem, na maioria, dura pouco mais de 2 anos. No so indicadas para impresso de fotos. So indicadas apenas para impresses de documentos. JATO DE TINTA DE FINALIZAO As impresses de finalizao apresentam boa estabilidade de imagem (resistncia +-5 anos em uso externo) e menor custo, por serem impressas em materiais plsticos (lonas Night&day e Vinil). Entretanto, a resoluo e a fidelidade de cores so bem inferiores s de Jato de Tinta Fotogrficas, pelo fato de usarem tintas pigmentadas e por usarem materiais mais rsticos. Por isso que so indicadas para peas publicitrias que precisam de maior resistncia em uso externo e menor custo. No so indicadas para substituir as impresses fotogrficas. JATO DE TINTA FOTOGRFICA As impressoras a Jato de Tinta Fotogrficas usam tintas especiais base de corantes, que oferecem excelente qualidade e excelente estabilidade. Imprimem em papel ou em materiais plsticos. Podem, tambm, usar tintas base de Pigmentos. As tecnologias mais recentes oferecem resistncia gua e durabilidade de at 100 anos (uso interno), desde que se utilizem insumos originais (pouco mais caros). Podem imprimir fotos para uso externo. 27. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 27 IMPRESSORAS DE SUBLIMAO (DYE SUBLIMATION) As impressoras de Sublimao Trmica imprimem fotos com qualidade fotogrfica, de excelente resistncia e durabilidade. So bastante rpidas de impresso (menos de 1 minuto) e esto presentes nas maiorias dos quiosques. So limitadas a larguras mais convencionais (at 15x21cm.). Alguns quiosques oferecem recursos de retoques e recortes bsicos com interface fcil para usurios comuns. Os insumos so mais caros do que a fotografia convencional (qumica). Por isso, devem ser mais usadas quando no houver tempo para espera (impresso em 1 hora). LASER As impressoras a Laser, tais como as impressoras usadas em Finalizao (lonas Night&day e Vinil) tm resolues, em geral, bem menores do que as impressoras a Jato de Tinta Fotogrfica. Apresentam boa estabilidade de imagem (resistncia +-5 anos em uso externo). So mais indicadas para provas de peas publicitrias e para impresso de documentos. PAPEL FOTOGRFICO (Processo C41 - Haleto de Prata) As impresses realizadas em Minilabs, em papel fotogrfico, tm qualidade consagrada. Apresentam excelente relao CustoXBenefcio. Os custos de impresso so mais baixos, tm excelente durabilidade (>60 anos), resoluo extra e so resistentes gua. TABELA BSICA DE IMPRESSO Resoluo mnima do sensor (Mega Pixels) Tamanho mximo de impresso com qualidade fotogrfica (centmetros) VGA = 0,48 MP (800x600 pixels) 3x4 1,5 10x15 2.0 12x18 3.0 15x21 4 20x25 6 30x40 8 50x60 Exerccio prtico 11: Qual o mximo de ampliao suportada, com qualidade fotogrfica, possvel de fazer com sua mquina e com qual nvel de compresso de imagem? 28. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 28 9 ESCOLHENDO UM EQUIPAMENTO VAI COMPRAR UMA NOVA CMERA? D uma olhada nas dicas abaixo e tire suas prprias concluses. Cuidado com vendedores preocupados s com a comisso e que no entendem do assunto. Lamentavelmente, pouqussimos profissionais de venda dominam o assunto. 1)Qual ser o uso? Se for para uso amador, qual o sue nvel de exigncia? Quais recursos mnimos deseja que ela tenha? Se for para uso profissional, d preferncia para cmeras do formato SLR, com ajustes manuais e automticos. 2)Custo X Benefcio Quanto pretende investir e o que espera do equipamento? 3) Critrios Essenciais: Ter Zoom ptico (zoom digital embromao!); Resoluo igual ou acima de 4.0 MP. Em geral, uma cmera com at uns 6 MP atende perfeitamente maioria das demandas. Raramente um usurio amador precisar de imprimir fotos acima de 30x40 centmetros. Portanto, resolues acima de 6, podem ser um exagero. Certamente, a indstria fotogrfica conhece bem o perfil do seu consumidor e, ms aps ms, vem lanando cmeras com resolues exageradas, na tentativa de abocanhar o consumidor desavisado, que compra cmeras com 12 ou mais MP e se esquece de um bom Zoom PTICO, de recursos essenciais etc.; Ter boa qualidade e preciso eletrnica (Fabricante de 1a. linha). 29. Todos os direitos reservados 2007 - Fernando Martins - www.hspro.com.br 3 a Edio. Pgina: 29 10 CUIDADOS ESPECIAIS FOTOGRAFIAS 1) D preferncia para impresses em papel fotogrfico (qumica ou sublimao ou jato de tinta fotogrfica em papel prprio/original). 2) Se ficar em exposio, coloque-a em moldura com vidro para reduzir a incidncia dos raios UV e para proteg-la de pragas domsticas e ataques de fungos e microorganismos. 3) Evite, ao mximo, a exposio luz direta do sol. 4) No as deixem expostas a umidade e ao excesso de calor. EQUIPAMENTOS 1) Mantenha-os devidamente guardados em bolsas prprias ou Cases; 2) No os deixem expostos umidade ou ao excesso de calor (porta-luvas e porta-malas de veculos); 3) Evite locais com alta incidncia de poeira, cidos ou sal; 4) Quando for guard-los por muito tempo, retire as pilhas e guarde-as em local separado; 5) Evite tocar nas objetivas e lentes. REGRAS X ARTE A fotografia se tornou um dos mais importantes recursos que convivem com o nosso dia-a-dia. Por meio dela, ns preservamos a nossa histria, convivemos com a arte e registramos o cotidiano. Enxergamos e aprendemos com as ltimas descobertas da cincia. Com ela, somos, tambm, estimulados ao consumo. A fotografia j faz parte do acervo cultural humano e capaz de abranger, desde o real, ao imaginrio. , sobretudo, arte. Esperamos que, com este curso, o aluno consiga transcender as tcnicas e regras aqui abordadas. Que no fique totalmente preso a elas, mas que se solte e, por meio delas, consiga aplic-las em maior nmero, com maior domnio possvel, de sorte a alcanar novos patamares, ainda no atingidos. Imprima o seu estilo pessoal e nos mostre como voc enxerga a vida. Boas Fotos! Fernando Martins HS-PRO Rua Irmos DCaux, 47 / SL16 Centro Itabira Minas Gerais Brasil Telefone: +55 021 (31) 2831.2564 www.hspro.com.br