apostila de teoria musical para músicos espirituais

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NOÇÕES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL Página 1 TEORIA MUSICAL NOÇÕES ELEMENTARES A música na Bíblia e o papel do músico ao ministrar louvores à Deus Introdução ao Ritmo, Percepção rítmica com solfejo de Pozzoli • Solfejo melódico de Bona Conceitos pedagógicos com apoio bíblico para a formação de Músicos Espirituais Estudos avançados para análise em grupo: Regência, Musicalização e Orquestração Apresentação dos instrumentos musicais e Bibliografia DISTRIBUIÇÃO LIVRE

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  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    TEORIA MUSICALN O E S E L E M E N T A R E S

    A msica na Bblia e o papel do msico ao ministrar louvores DeusIntroduo ao Ritmo, Percepo rtmica com solfejo de Pozzoli Solfejo meldico de Bona

    Conceitos pedaggicos com apoio bblico para a formao de Msicos EspirituaisEstudos avanados para anlise em grupo: Regncia, Musicalizao e Orquestrao

    Apresentao dos instrumentos musicais e BibliografiaDISTRIBUIO LIVRE

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  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    ApresentaoO conceito pedaggico desta apostila livre tem o objetivo de formar msicos eruditos com ateno aocarter cristo, para isto, o contedo totalmente intuitivo e o cunho didtico inspirador, usandodefinies tericas para orientar, instruir e enfatizar ao candidato todas as atividades comuns que fazemparte do dia-a-dia de um msico espiritual na Congregao Crist.

    Especialmente no prefcio (pgina 8 11), o apoio bblico est presente para orient-lo sobre o papel domsico na Igreja, que escolhe dedicar-se neste ministrio para fazer Louvor com amor e dar respostas fiis grandeza de DEUS. Este curso tem noes elementares para a formao de msicos no-profissionais.

    Papel do msico na Congregao CristO Louvor deve ter como alvo principal a Glria de DEUS, para alcanarmos isto, a espiritualidade do msico fundamental para fazer esta msica. Por isto, na Congregao Crist, cabe aos msicos repetir as notasmusicais como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto , a melodia; mas commenor intensidade de som em relao s vozes de canto da irmandade.

    Esta nova proposta de curso de msica desperta a importncia da conscincia de como devemos usar aarte musical para manifestar bons sentimentos em santificao e Louvor a DEUS. Para isto, no fim de cadamdulo est proposto um captulo chamado Estudo para leitura e anlise em grupo (professor e alunos).

    Aprender a msica merece tempo disponvel, dedicao, concentrao, muito estudo e trabalho paraadquirir conhecimentos slidos de teoria musical, pulsao rtmica, expresso musical e diviso de tempospara aplicar tudo isto nas lies dos mtodos de seu instrumento musical e, principalmente, no hinrio.

    Leia antes de comearAntes de comear a us-lo, faa a leitura completa deste livro, isto vai te trazer alguns aprendizados edeterminar desde j o seu perfil musical por toda a sua vida. Esto propostas leituras bblicas e dicas decomportamento para sabermos estar diante de DEUS e como ofertar ELE um Louvor sincero e puro.

    Sr. ProfessorPara ter sucesso, oriente os alunos com total respeito, igualdade e carinho. Proponha este formato aogrupo de instrutores & professores para ter produtividade e organizar o curso na formao de msicosespirituais. O aluno que se dedica vai seguir o seu exemplo e vai aprender com as suas reaes verbais eatitudes dentro e fora do convvio com a orquestra; esteja sempre com a mais alta comunho com DEUSpara orientar todos que precisarem de um apoio ou correo. O aluno que voc ensina hoje vai usar uminstrumento musical para louvar a DEUS do seu lado na orquestra da Congregao Crist.

    Sorria sempre e bom trabalho!

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    SumrioPesquise facilmente usando o ndice.PREFCIO ..................................................................................................................................................................... 8

    ESTUDO: DEDIQUE-SE COM ZLO............................................................................................................................................................................. 11A IMPORTNCIA DA MSICA .................................................................................................................................... 13

    O MINISTRIO DA MSICA NA BBLIA ...................................................................................................................................................................... 13SALMOS, HINOS E CNTICOS ESPIRITUAIS................................................................................................................................................................ 17

    MSICA ...................................................................................................................................................................... 20ESTUDO: O PAPEL DO MSICO NAS IGREJAS............................................................................................................................................................ 22O QU TEORIA MUSICAL?....................................................................................................................................................................................... 24PROPRIEDADES DO RITMO ........................................................................................................................................................................................ 26

    Pulso ........................................................................................................................................................................................................ 26Acento mtrico ...................................................................................................................................................................................... 26Desenho rtmico .................................................................................................................................................................................... 26Andamento ............................................................................................................................................................................................ 26

    SOLFEJO ..................................................................................................................................................................................................................... 27FIGURAS DE VALOR.................................................................................................................................................................................................... 29

    Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais:.............................................................................................................. 29Regras de grafia .................................................................................................................................................................................... 33Percepo rtmica ................................................................................................................................................................................. 34Solfejar figuras musicais...................................................................................................................................................................... 35

    ESTUDO: HISTRIA DA MSICA & ORQUESTRA ....................................................................................................................................................... 36PERCEPO RTMICA: POZZOLI................................................................................................................................ 46MDULO 1 ................................................................................................................................................................. 63

    A MSICA E OS SEUS ELEMENTOS............................................................................................................................................................................. 63Melodia ................................................................................................................................................................................................... 63Harmonia ............................................................................................................................................................................................... 63Ritmo ....................................................................................................................................................................................................... 63

    SOM............................................................................................................................................................................................................................ 64CARACTERSTICAS DO SOM.................................................................................................................................................................................... 65

    Altura....................................................................................................................................................................................................... 65Durao .................................................................................................................................................................................................. 65Intensidade ............................................................................................................................................................................................ 65Timbre ..................................................................................................................................................................................................... 66

    NOTAS MUSICAIS....................................................................................................................................................................................................... 66LINHAS SUPLEMENTARES .......................................................................................................................................................................................... 67CLAVES....................................................................................................................................................................................................................... 68

    Clave de Sol ............................................................................................................................................................................................ 68Clave de F ............................................................................................................................................................................................. 69Clave de D ............................................................................................................................................................................................ 70Clave dos instrumentos musicais ...................................................................................................................................................... 71

    COMPASSO ................................................................................................................................................................................................................ 71Barra de compasso ............................................................................................................................................................................... 71Barra dupla ............................................................................................................................................................................................ 71Barra final............................................................................................................................................................................................... 72

    TEMPOS DO COMPASSO ......................................................................................................................................................................................... 72

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    UNIDADES DE TEMPO E COMPASSO ..................................................................................................................................................................... 72COMPASSO SIMPLES ............................................................................................................................................................................................... 73COMPASSO COMPOSTO.......................................................................................................................................................................................... 77

    Compassos correspondentes ............................................................................................................................................................. 80FRMULA DE COMPASSO ......................................................................................................................................................................................... 82FERMATA.................................................................................................................................................................................................................... 82LIGADURA .................................................................................................................................................................................................................. 82

    Ligadura de valor ou prolongamento .............................................................................................................................................. 83Ligadura de expresso ou portamento............................................................................................................................................ 83Ligadura de frase .................................................................................................................................................................................. 83Interpretao ......................................................................................................................................................................................... 83

    MARCAO DE COMPASSO (SOLFEJO) ................................................................................................................................................................ 84INTRODUO AO MTODO BONA ........................................................................................................................................................................ 84ESTUDO: AS VOZES.................................................................................................................................................................................................... 88

    MDULO 2 ................................................................................................................................................................. 92TOM E SEMITOM ........................................................................................................................................................................................................ 92

    Tipos de semitom .................................................................................................................................................................................. 92SINAIS DE ALTERAO: ACIDENTES .......................................................................................................................................................................... 93

    Acidentes fixos....................................................................................................................................................................................... 94Acidentes ocorrentes............................................................................................................................................................................ 94Acidentes de precauo ...................................................................................................................................................................... 95

    PONTO DE AUMENTO................................................................................................................................................................................................ 95Ponto simples ........................................................................................................................................................................................ 95Ponto duplo ........................................................................................................................................................................................... 95Ponto triplo ............................................................................................................................................................................................ 95

    PONTO DE DIMINUIO: STACCATO ........................................................................................................................................................................ 96Staccato simples ................................................................................................................................................................................... 96Recomendado para aplicar com pouca frequncia nos ensaios musicais na CCB................................................................. 96Staccato ligado ou portato................................................................................................................................................................. 96No recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB. .................................................................................................. 96Staccato seco ou martelato................................................................................................................................................................ 96No recomendado para aplicar nos ensaios musicais na CCB. .................................................................................................. 96

    LEGATO ...................................................................................................................................................................................................................... 97INTERVALOS ............................................................................................................................................................................................................... 97ESTUDO: NOES DE REGNCIA............................................................................................................................................................................... 99

    MDULO 3 ............................................................................................................................................................... 106COMPASSOS MISTOS...............................................................................................................................................................................................106CONTRATEMPOS......................................................................................................................................................................................................106SNCOPA ..................................................................................................................................................................................................................107QUILTERAS ............................................................................................................................................................................................................107TERMINAES .........................................................................................................................................................................................................108

    Terminao masculina......................................................................................................................................................................108Terminao feminina ........................................................................................................................................................................108

    ESTUDO: ETIQUETA DO MSICO .............................................................................................................................................................................109MDULO 4 ............................................................................................................................................................... 113

    DESENHOS RTMICOS ..............................................................................................................................................................................................113Ritmo: ttico.........................................................................................................................................................................................113Ritmo: anacruse ..................................................................................................................................................................................113Ritmo: Acfalo .....................................................................................................................................................................................113

    ESCALA.....................................................................................................................................................................................................................114GRAUS......................................................................................................................................................................................................................114ESCALA DIATNICA .................................................................................................................................................................................................115

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    ESCALA CROMTICA................................................................................................................................................................................................115TONALIDADE ...........................................................................................................................................................................................................116ESTUDO: EXPRESSO MUSICAL...............................................................................................................................................................................117

    MDULO 5 ............................................................................................................................................................... 123MODULAO ..........................................................................................................................................................................................................123ESCALAS MAIORES E MENORES...............................................................................................................................................................................123

    Escala maior ........................................................................................................................................................................................123Escala menor harmnica ..................................................................................................................................................................126Escala menor meldica .....................................................................................................................................................................127

    MODOS ....................................................................................................................................................................................................................128Modo maior .........................................................................................................................................................................................128Modo menor ........................................................................................................................................................................................128

    SINAIS DE NAVEGAO ...........................................................................................................................................................................................129RITORNELLOS...........................................................................................................................................................................................................129TRECHOS ..................................................................................................................................................................................................................130SINAL DE SALTO ......................................................................................................................................................................................................130ESTUDO: F & COMUNICAO CRIST...................................................................................................................................................................131

    MDULO 6 ............................................................................................................................................................... 135TEMPO......................................................................................................................................................................................................................135

    Andamento ..........................................................................................................................................................................................135Carter expressivo ..............................................................................................................................................................................136Alteraes de andamento.................................................................................................................................................................136

    SINAIS DE DINMICA ...............................................................................................................................................................................................137ACENTOS..................................................................................................................................................................................................................138TESSITURA................................................................................................................................................................................................................138ESTUDO: INSTRUMENTOS MUSICAIS.......................................................................................................................................................................140

    Cordas ...................................................................................................................................................................................................140Percusso..............................................................................................................................................................................................162

    MDULO 7 ............................................................................................................................................................... 164REGISTROS ...............................................................................................................................................................................................................164SINAIS DE REPETIO ..............................................................................................................................................................................................165TRANSPOSIO .......................................................................................................................................................................................................167

    Tipos de tonalidade............................................................................................................................................................................167Tonalidades de Instrumentos...........................................................................................................................................................167Situaes nos instrumentos musicais.............................................................................................................................................168

    PRTICA MUSICAL E DE ORQUESTRA ......................................................................................................................................................................169ORNAMENTOS .........................................................................................................................................................................................................170ESTUDO: EQUALIZAO ESPIRITUAL ......................................................................................................................................................................173

    HINRIO 5 ................................................................................................................................................................ 175ORIENTAO PARA ESTUDOS .................................................................................................................................................................................175ESTUDO: MSICA NA VIDA DOS CRISTOS.............................................................................................................................................................176

    CONSIDERAES FINAIS......................................................................................................................................... 177BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................................................... 178

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    Prefcio ao estudanteComo deve ser a msica de DEUS?Quais so os objetivos da msica de DEUS?Msico deve ser uma pessoa espiritual preciso que haja amor e dedicao aos estudosA adorao: a msica um Dom de Deus

    Deus seja louvado

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    PrefcioComo deve ser a msica de DEUS?A msica de DEUS deve ter como alvo principal a Glria de DEUS. E o seu desejo de estudar a teoria musical para setornar um msico ou organista, j consta como um Louvor ao DEUS Todo Poderoso.

    Deve expressar o Louvor ao Senhor: muito importante que voc goste de msica e seja voluntrio aos estudos deteoria musical para Louvar a DEUS com um cntico novo, bendizer o Seu nome, proclamar a Sua salvao, anunciar aSua glria e os Seus feitos maravilhosos (Salmos 66).

    Louvor a resposta grandeza de DEUS. O louvor reconhece os atributos de DEUS. O louvor louva a DEUS por aquiloque Ele . A verdadeira msica de louvor fala das grandezas de DEUS, de seus atributos, de sua santidade, de suajustia, de seu poder, de sua misericrdia, de seu amor e de sua Graa!

    Deve expressar ao de Graas ao Senhor: ao de graas a resposta bondade de DEUS. A ao de graasreconhece os feitos de DEUS. A ao de graas engrandece a DEUS por aquilo que Ele faz (Apocalipse 5:9,10).

    A msica foi instituda por DEUS, no Cu, a fim de ser executada pelos seres celestiais criados como um ato deadorao ao Criador. Adorar a expresso de amor e gratido por quem DEUS e pelo que fez e faz por ns. Quandoadoramos a DEUS, estamos oferecendo todo o nosso ser a Ele. Assim, adorar agradar a DEUS e ao contnua entreos seres celestiais no cu. A msica est centralizada unicamente em DEUS e no no gosto do adorador do msico.

    Deve expressar o Louvor com um corao feliz: o corao do msico de DEUS precisa ter prazer com a msicaespiritual. A Bblia no diz que a msica deve ser entoada para trazer alegria. A alegria um pr-requisito paracantarmos.

    No cantamos para ficar alegres, mas cantamos para aglria de DEUS, e a glria de DEUS nos traz alegria noesprito! Cantar com muito louvor quando estamos tristes uma hipocrisia: O que canta canes para o corao aflito como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como ovinagre sobre salitre. (Provrbios 25:20). verdade quedevemos dar graas a DEUS por tudo que nos acontece,

    inclusive pelas coisas ruins (I Tessalonicenses 5:18), mas no diz o texto que devemos cantar por elas. Isto seria errado.O que o texto ensina que devemos entender que todas as coisas, inclusive as ruins, concorrem para o nosso bem(Romanos 8:28), e por isso devemos dar graas a DEUS por elas.

    Deve Expressar o Louvor Dirigido ao Senhor: estes tpicos esto aqui para despertar a importncia da conscincia decomo devemos usar a arte musical para manifestar bons sentimentos ao aplicar os sentidos cristos em santificao eLouvor a DEUS. Ser msico para tocar na igreja no ter um lugar de destaque ou fazer o que melhor para si prprioou qualquer coisa que se intitule msica (ministrio), mas sim amar esta arte e entend-la com o compromisso depratic-la da melhor maneira possvel ao Louvor a DEUS. Leia: Salmos 9

    Est algum contente? Cantelouvores. (Tiago 5:13).

    Quando algum est triste, no devecantar, mas orar: Est algumentre vs aflito? Ore. (Tiago 5:13)e ainda diz com toda [muita]orao (Efsios 6:18).

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    H muitos significados so atribudos ao verbo "louvar" na Bblia, incluindo dar graas, atribuir glria e honra, exaltar,celebrar, recomendar e regozijar. Louvar est intimamente aliado ao culto e na adorao DEUS. Leia 2 Samuel 6:5

    O louvor uma oferta dirigida DEUS: Apresentai-vos diante dele com cntico (Salmos 100:2). Apresentemo-nosante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos. (Salmos 95:2). No cantamos para o auditrio, mas para oSenhor; a msica no deve agradar ao auditrio, mas ao Senhor: Tributai ao SENHOR a glria de seu nome; trazeipresentes, e vinde perante Ele (I Crnicas 16:29). A msica no deve ser usada para nos fazer sentir melhor. Ela nodeve ter este propsito. Saul buscava alvio na msica de Davi (I Samuel 16:23), mas ele deveria buscararrependimento na Palavra de DEUS. A msica tem o objetivo de convidar a presena de DEUS entre ns, pois DEUShabita no meio dos louvores (Salmos 22:3).

    Deve exaltar a Glria do Cordeiro: a glria de DEUS manifesta mediante adorao ao Cordeiro de DEUS. O Pai desejaque o Filho seja adorado (Hebreus 1:5-6). O Esprito Santo deseja glorificar o Filho (Joo 16:13-15). Os anjos adoram aoCordeiro de DEUS (Apocalipse 5:8-14). Toda msica e prtica instrumental de auto-promoo devem ser erradicadas,porque todo louvor deve ser dirigido para DEUS, somente Ele digno de todo louvor, honra e Glria.

    Deve exaltar a Glria de DEUS por suas Obras: a Bblia est repleta de convites para que louvemos o Senhor por Suasobras (Salmos 150:2; 106:2; 145:4). O cntico de Dbora um exemplo: falai das justias do Senhor, das justias quefez s suas aldeias em Israel (Juzes 5:11).

    Como a msica de DEUS?Doutrinria: aprendemos mais sobre a doutrina crist nas msicas do que nas pregaes. Por isso a msica deve serdidtica, para ensinar a doutrina. A msica deve ser instrutiva.Atravs dela devemos aprender doutrina: ensinando-vos eadmoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cnticosespirituais, cantando ao Senhor (Colossenses 3:16).

    Compreensvel: nossas emoes, quando envolvidas na adoraoa DEUS, devem ser guiadas pelo elemento racional (Romanos12:1-2). A letra deve ser inteligvel: cantarei com o esprito,mas tambm cantarei com o entendimento.

    Leia em I Corntios 14:15. Aqui entra o segundo requisito da adorao, mencionado em Joo 4:24. O primeiro emesprito, o segundo em verdade.

    Possui entendimento espiritual: as msicas que do nfase ao sentir e no ao pensar, que enfatizam mais o som,a melodia e no a mensagem no so de boa qualidade. Qualquer msica que enfatiza mais a adorao no corpo(levantar instrumento ao alto, bater palmas, levantar as mos, acelerar andamento do hino, ritmos exagerados, etc) doque no esprito no serve para a verdadeira adorao em esprito. Andamos por f e no por vista (II Corntios 5:7).

    Possui uma melodia harmoniosa - que msica devemos cantar? A msica da moda no mundo? A msica brasileira?Devemos cantar a msica de DEUS (I Crnicas 16:42). Portanto, o estilo musical deve ser santo e reverente, desde quepossua harmonia e inteligncia musical: Pois DEUS o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligncia[harmonia]. (Salmos 47:7).

    A adorao em esprito e em verdade(Joo 4:23-24), aquela que espiritual(em esprito) e doutrinria (em verdade).Em esprito fala da conduta doadorador, enquanto em verdade falada forma como devemos adorar. Paulonos exorta a sermos fervorosos noesprito (Romanos 12:11).

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    Quais so os objetivos da msica de DEUS?Produzir crescimento espiritual: o apstolo Paulo diz que a msica cantada dentro da Igreja deve ser usada paraedificao do corpo de Cristo. Msicas que no edificam, mesmo que sejam agradveis, devem ser evitadas: Quefareis, pois, irmos? Quando vos ajuntais, cada um de vs tem salmo, tem doutrina Faa-se tudo para edificao.(I Corntios 14:26).

    Ser espiritual: para produzir crescimento e edificao da igreja(do povo de DEUS), a msica deve ser espiritual, isto , deveenfatizar um tema espiritual. No basta relatar a experincia dealgum, preciso que ela esteja baseada num tema espiritualbblico, isto , baseada na palavra de DEUS: E Davi separoupara o ministrio os filhos de Asafe, e de Hem, e de Jedutum,para profetizarem [a palavra de DEUS] com harpas, comcmbalos, e com saltriospara exaltar o seu poder

    (I Crnicas 25:1,5).

    O Msico deve ser uma pessoa espiritual, controlado pelo Esprito para apresentar a DEUS cnticos espirituais:Louvar-te-ei com retido de corao quando tiver aprendido os teus justos juzos. (Salmos 119:7).

    preciso que haja amor e dedicao aos estudos.Muitas pessoas se queixam sobre ter que separar algum tempo para entender como funcionam as coisas dentro dateoria musical, mas este nico caminho para nos tornarmos bons msicos e desenvolvermos de fato todo opotencial. Leia Salmos 150

    Cada um em seu ritmo - devemos sim nos dedicar, ter alegria e buscar toda a luz de DEUS para entender asmetodologias de ensino e buscar se aperfeioar cada vez mais, afinal, a emoo que sentimos quando interpretamosuma obra musical (um hino, por exemplo) vale por todo esforo, a msica a mais elevada forma de expresso do serhumano, atravs dela conseguimos transmitir todo o sentimento que desejamos de forma que todas as pessoassintam isto e com certeza vale a pena todo o esforo para o fazermos bem. Leia: Salmos 33:3

    Diferentemente dos pssaros, grilos e outras animais a quem deu a capacidade de emitir sons, DEUS, em amor, deuaos homens o poder de escolha e a capacidade de criar sons de louvor e aes de graa Ele por sua misericrdia,bondade, justia, fidelidade e amor. Leia: 1 Pedro 2-9

    A adorao: a msica um Dom de DEUSO objetivo principal do msico da adorao render honra e tributo ao Criador, sentindo Sua presena e conectando-se fonte da Vida.

    necessrio que essa adorao e culto sejam oferecidos a DEUS e sejam aceitos por Ele assim como a oferta de Abel.Quando adoramos a DEUS em esprito (emoes/corao) e em verdade (mente/concentrao), entramos numaconexo tal com Ele (a comunho) que experimentamos imediata transformao pessoal pelas operaes dapresena do Esprito Santo. Portanto, a adorao (na msica) no algo concentrado em ns, mas em DEUS.

    A msica de Deus deve ser entoadacom voz de triunfo (Salmos 47:1)com voz de melodia (Isaas 51:3),como um sacrifcio de jbilo (Salmos27:6) como um sacrifcio de louvor,isto , o fruto dos nossos lbios(Hebreus 13:15).

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    Estudo: dedique-se com zloOrientaes diversasTudo comea aqui para quem decide estudar msica para louvar a DEUS

    Esta apostila de teoria musical totalmente gratuita e possui os assuntos necessrios para que voc tenha um bomconhecimento sobre os elementos da msica. Tente entend-la por completo, siga as orientaes do professor,sempre tire suas dvidas e desenvolva-se com entusiasmo, ateno e zlo. Deve ficar claro que este um processoonde o sucesso depende do esforo individual e que prepara msicos para louvarem a DEUS na Congregao Crist.

    Tudo comea agora, siga sempre em frente com entusiasmo. Apesar de parecer longo para alguns, o estudo damsica com certeza vale a pena, pois quando voc consegue certo domnio tudo estimulante e nos traz alegria.

    Lembre-se que um bom msico aquele que se dedica e que sempre est se aperfeioando.Portanto procure estar atento/a aos novos aprendizados, novas tcnicas, novos estilos, tenha uma viso ampla sobrea msica (assuntos tcnicos, tericos e prticos no instrumento musical), conhea de fato o que voc est fazendo!Pesquise outros livros de teorias e apostilas de msica, oua CDs, assista DVDs e concertos musicais. Dedique-se!

    O poder da msica o de transformar simples vibraes em sentimentos. Leia: Salmos 96Ao ouvirmos uma msica, queremos fazer parte daquela obra, foi isto que inspirou 99% de ns a ser msicos paralouvar a DEUS com cnticos espirituais. E a melhor maneira de fazer parte desta msica entendendo sua linguagem.

    Quando voc ingressar na orquestra e ser parte integrante desta obra e das melodias de hinos de louvores e cnticosespirituais, realmente "cante" em seu ntimo durante os momentos que antecedem a entrada da 1. nota, acompanheo seu "toque" com o seu "canto interno" novamente e sempre, e ento, com toda a nossa comunho e alegria deesprito entoaremos todo nosso Louvor DEUS os hinos e os nossos sentimentos se elevaro para que a melodia setransforme em algo espiritual, ou seja, um canal de comunicao direta com DEUS, o Louvor.

    O que vai favorecer para que tudo isto d certo o treino, a leitura, a repetio, a prtica e toda a orao DEUS paraque o seu esforo de fazer msica com um instrumento musical, seja algo natural (fcil), leve e agradvel (suave); eque aos ouvidos de DEUS seja todo o seu Louvor como uma chuva temperada, harmoniosa, perene e serdia.

    Sejamos como artistas: que se realizam plenamente emitindo melodias de nossos prprios dedos ou sopro.Mas principalmente, sejamos dedicados msicos espirituais: como os que verdadeiramente amam a msica detodo o corao e se expressam atravs da alma levando a mais alta comunho do esprito, no qual se encerra todos ossentimentos humanos, traduzindo com toda fidelidade os sentimentos sublimes, puros e sinceros, que tanto nosaproximam de DEUS.

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    A importncia da msicaA arte mais antigaResumo histrico do ministrio da Msica na BbliaSalmos, hinos e cnticos espirituais

    Deus seja louvado

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    A importncia da msicaA msica nossa mais antiga forma de expresso, mais antiga que a linguagem falada.O ser humano possui em sua vida sete "dimenses": fsica, espiritual, intelectual, social, profissional, afetiva e familiar.De todas as realizaes do Homem, a arte a que possui mais influncia em todas essas dimenses da existnciahumana. E de todas as artes presentes em nossas vidas, a mais antiga a Msica.

    De fato, a msica o Homem, muito mais que as palavras, pois estas so smbolos abstratos. A msica toca nossossentimentos profundamente, mais fcil que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser (mesmoquando no percebemos).

    Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, j sabia produzir e apreciar o som.Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas rudos, mas considerando que "msica a arte de manipularos sons", o que aquele Homem primitivo produzia era como um "embrio" musical.

    O ministrio da Msica na BbliaA Msica foi criada Dor DEUS antes da criao deste mundoOnde estavas tu, quando eu lanava os fundamentos da terra?.. quando juntas cantavam as estrelas da manh, e

    todos os filhos de DEUS bradavam de jbilo?. Leia J 38: 4-7.

    No h nenhuma referncia Bblica quanto ao uso do canto por Ado e Eva, mas, se os filhos de DEUS anteriormentecriados e os anjos, cantavam, certamente DEUS partilhara com eles o dom da msica. O uso que dela fizeram os anjose os filhos de DEUS foi para expressar alegria pela criao desta terra. Usaram-na para louvar a DEUS pelo Seuprocesso criativo. Sem dvida Ado e Eva cantavam no den, da bondade, da misericrdia e do amor de DEUS poreles. Entoavam cnticos sobre toda sua experincia pessoal com o Criador.

    Os instrumentos musicais na BbliaInstrumentos musicais foram criados por Dor um descendente de Caim. A primeira referncia que a Bblia faz a msicaest em Gn. 4:21 O nome de seu irmo era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta.

    Falando de sua misria, J declara: Pelo que se tornou em pranto a minha harpa, e a minha flauta em voz dos quechoram. J 30:31. Este texto indica que na casa de J, tais instrumentos eram usados para diverso e alegria.

    Por que fugiste ocultamente, e me iludiste e no mo fizeste saber, para que eu te enviasse com alegria e comcnticos, ao som de tambores e de harpas. Gn. 31 :27

    E sucedia que, quando o esprito mau da parte de DEUS vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a suamo; ento Saul sentia alvio, e se achava melhor, e o esprito mau se retirava dele. I Sam. 16: 17, 18 e 23. Davi aliviavao temperamento violento de Saul atravs dos suaves sons de sua harpa.

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    A Msica do TemploDavi decidiu construir uma casa para DEUS. Segundo seus planos, deveria ser: Magnfica em excelncia, para nome eglria em todas as terras. (I Crn. 22:1-5). Por causa do seu envolvimento em guerras, DEUS lhe nega o privilgio deconstruir o templo mas, permite a Davi fazer os preparativos para que o seu filho, Salomo, executasse a obra.

    Esta preparao foi completa e perfeita em todos os detalhes, inclusive os planos para msicaNunca antes visto atesse tempo, a msica havia tido mais do que uma pequena parte no servio religioso de DEUS. (I Crn. 25:1).

    Asafe seria o msico-chefe acompanhado por Jedutum e Hem. Seriam ao todo 288 msicos profissionais (Mestres).Todos treinados para o exerccio do ministrio musical. (I Crn. 25:7)

    I Crn. 25 do verso 9 ao 31, relata que Davi dividiu estes msicos em 24 grupos de 12 onde cada grupo estaria aservio do templo durante uma semana de cada vez, desde a sexta-feira noite at depois do servio religioso dosbado da semana seguinte, perfazendo 8 dias, e no sbado os dois grupos estariam juntos (durante a semana 12msicos e no Sbado eram 24 msicos). Isto daria 2 participaes por ano para cada grupo de msicos.

    A Msica usada na dedicao do TemploDavi morreu sabendo que tudo para o novo templo, incluindo a sua inspiradora msica, estava planejado epreparado.

    Davi falou de uma orquestra com 4 mil msicos louvarem ao Senhor com os instrumentos. (I Crn. 23:5). Embora Davitenha completado todos os planos, incluindo seu servio musical antes de morrer, passaram-se onze anos antes que oedifcio estivesse terminado. Salomo levou sete anos para ergu-lo no Monte Mori.

    O Salmo 136 constituiu-se parte do programa musical do dia. Era dever dos trombeteiros e cantores fazerem-se ouvirem unssono em louvor ao Senhor. II Crn. 5: 13.

    O livro de Salmos (salmos significa: louvores)O Hinrio do Segundo Templo: o servio do segundo templo foi modelado de acordo com o do primeiro. Neemiasrefere-se restaurao do culto musical conforme ao mandado de Davi. (Nee. 12:45) Porque j nos dias de Davi eAsafe, desde a antigidade, havia chefes dos cantores, e cnticos de louvores e ao de graas a DEUS. (Nee 12:46)

    O livro de Salmos foi chamado de louvores: (isto : Salmos), porque foi o hinrio dos servios de cnticos dosegundo templo, no qual o louvor era a parte mais importante. Por centenas de anos, os msicos do templo usaramdeterminados salmos, para cada dia do ciclo semanal e regular de cultos. Usavam tambm alguns outros, para osservios das festas anuais. Os hinos restantes eram cantados em muitos outros servios regulares do templo.

    Provavelmente, o sagrado livro de hinos era familiar ao povo em geral, pois, quando os msicos voltavam para suascasas depois de sua semana de servio no templo, certamente ensinavam os salmos a seus familiares e vizinhos.

    Diviso dos Salmos - os 150 salmos esto divididos em cinco livros. O motivo desta forma de diviso desconhecidapois a ordem no cronolgica nem to pouco segue a data de sua composio. Por exemplo, o Salmos 142 considerado tendo sido escrito por Davi quando estava na caverna e o Sal. 1, considerado como tendo sido o ltimodos salmos a ser escrito. Ele um preldio para todo o hinrio.

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    Os 5 livros so: 1) Salmos 1-41; 2) Salmos 42-72; 3) Salmos 73-89; 4) Salmos 90-106 e 5) Salmos 107-150.Os livros dos grupos 1,2 e 3 terminam com a expresso: Amm, e Amm.Os livros dos grupos 4 e 5 com a expresso: Louvai ao Senhor.

    Autores dos Salmos: os ttulos dos vrios salmos nos revelam que: 73 deles foram escritos por Davi; 2 por Salomo; 12pelos filhos de Cor; 12 por Asafe; 1 por Hem; 1 por Et e 1 por Moiss.A maioria deles foi escrito no tempo de Davi eSalomo (100 Sculo A.C.). Na Bblia Sagrada, o contedo dos Salmos so oraes, louvores, aleluias e cnticos dedegraus que eram hinos cantados pelos peregrinos devotos em seu caminho para Jerusalm para as festas anuais.

    Todas as emoes da alma humana so abordadas na coleo completa dos Salmos. Estas incluem triunfo edesespero, confiana e incertezas, oraes e louvores. Recomenda-se a leitura do Livro completo dos Salmos.

    O uso musical dos Salmos: ttulos e instrues aos msicos mostram que os salmos eram cantados durante os serviosreligiosos do templo. A msica instrumental era usada na poca do segundo templo, como um acompanhamentopara as vozes, embora houvesse interldios instrumentais considerados como sendo ilustrativos do texto do Salmo.

    O Cntico de Zacarias80 dias aps o nascimento de Joo Batista, Zacarias seu pai, que havia ficado mudo por no crer no anjo (Luc. 1 :20),volta a falar depois de confirmar que o nome do menino seria realmente Joo, apesar de no haver precedentesfamiliares, e, cheio do Esprito Santo, canta um cntico de louvor a DEUS que aparece em Luc. 1:67-79. (Bendito:porque esta a primeira palavra que aparece no cntico da traduo latina)

    O Cntico dos AnjosNa noite em que Jesus nasceu um anjo foi enviado por DEUS para dar a notcia a um grupo de pastores queguardavam seus rebanhos. Depois da Boa Nova proclamada, a Bblia declara que subitamente apareceu com o anjouma multido do exrcito celeste louvando a DEUS dizendo: Glria a DEUS nas maiores alturas, e paz na terra entre oshomens, a quem Ele quer bem. (Luc. 2: 8-14).

    O que a bblia nos ensinaComo lemos anteriormente, a Sagrada Escritura nos ensina que o ministrio de msica algo antigo e que foiinstitudo na casa de DEUS atravs do Rei Davi. Ela nos mostra tambm como o ministrio da msica deve serorganizado e conduzido de forma servir de apoio indispensvel aos demais servios ministeriais como o batismo, apregao, e a evangelizao.

    A Msica na Vida de JesusDurante sua infncia, Jesus conheceu a msica como qualquer menino de sua poca. Podemos imaginar que eleexprimia frequentemente o contentamento que sentia no Seu corao, cantando salmos e hinos celestiais, e quecertamente, muitas vezes os moradores de Nazar ouviam a Sua voz erguer-se em louvor e aes de graas a DEUS.

    Em Israel, a introduo de Jesus na msica se deu aos 12 anos, quando Seus pais O levaram ao templo de Jerusalm.Era primavera, a mais bela estao, com flores brotando e passarinhos cantando. Na viagem feita a p at Jerusalm,cantavam-se os Salmos designados como Cnticos dos Peregrinos ou Cnticos dos Degraus. (Sal. 120-134).

    Imagine como deve ter sido para o menino Jesus participar destes cnticos na viagem at a Cidade de Davi!

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    A Msica da Igreja Crist PrimitivaE era perto da meia noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a DEUS; e os outros presos escutavam. Atos 16:25.

    A admoestao de Paulo s igrejas crists primitivas foi: Enchei-vos do Esprito; falando entre vs em salmos e hinos ecnticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso corao. (Efsios 5: 18-19)

    A palavra de Cristo habite em vs abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando- vos e admoestando-vos unsaos outros com salmos, hinos e cnticos espirituais, cantando ao Senhor com graa em vosso corao. (Colo 3:16)

    Cnticos espirituaisAlm dos salmos e dos hinos, Paulo menciona os cnticos espirituais como parte do repertrio musical cristo. Ocntico espiritual aquele que expressa a relao do indivduo com DEUS e enfatiza sua prpria experincia da alma.

    Embora os salmos fossem cantados ou entoados antifnicamente, e os hinos fossem cantados pelo corpo dacongregao em unssono, o cntico espiritual teria sido um solo vocal expressando a elevao da alma do indivduoa DEUS, uma experincia do seu prprio corao e a resposta do amor de DEUS o Pai, o sacrifcio de Cristo, ou asplica do Esprito Santo.

    O princpio bsico do apstolo Paulo para a msica crist, Salmos, hinos e cnticos espirituais ainda o ideal daigreja crist depois de todos estes sculos. O Cntico de tais melodias tem inspirado milhes de cristos e muitosouvintes atravs dos sculos, assim como o fez quando Paulo e Silas cantaram na cela de Filipos.

    A Msica no livro de ApocalipseJoo descreve que no Cu existem os quatro seres viventes de seis asas, que esto ao redor do trono de DEUScantando sem cessar. Esta uma adorao perptua de quarteto e coral. De dia e de noite, nunca cessam de cantar.(Apoc. 4: 8-11).

    Percebe-se que o cu um lugar de adorao musical onde seres santos louvam a DEUS continuamente. Que escalaseles usam, ou qual a maneira de composio que seguem, no sabemos, podemos apenas deduzir que nosso falhosistema musical produz msica muito inferior deles.

    Exemplos que encontramos na bbliaH muitos exemplos, sugesto de leitura nos livros: I Sam 16,23 - Rs 3,1 4-18 - I Cor 15,16-22. Na verdade, tudo isto de fundamental importncia, pois nos ensina que o ministrio de msica era, para os levitas (os msicos) e para Davi,algo organizado e definido. Tambm fica explcito de que no era algo improvisado, formado apenas na hora danecessidade. O ministrio de msica deve ser planejado, estruturado e orado.

    Se naquela poca j era assim, quo maior so as nossas responsabilidades atualmente e o dever pela dedicao. E seos instrumentistas do mundo se esmeram horas a fio para aprimorar suas tcnicas em favor apenas de si mesmos(objetivos pessoais ou profissionais), quanto mais ns os ministros de msica na igreja tambm devemos ser beminstrudos para louvar o nosso DEUS e senhor! Leia os livros: I Cor 14,15 - Ef 5, 18-21 - Apoc 14,1-5

    O Ministrio da Msica um dos mais tentados pelo adversrio de nossas almas, em contrapartida tambm um dosmais abenoados pelo nosso DEUS que ama a msica profundamente. Saiba de algo fascinante: a msica tambm alinguagem que DEUS escolhe para usar em Seu regozijo a nosso respeito. Leia: Sofonias 3:17

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    Salmos, hinos e cnticos espirituais

    Salmos: eram os mesmos contidos no Antigo Testamento, transformados em hinos de adorao.Hinos: eram as composies de louvor a DEUS e ao Senhor Jesus Cristo cujas letras no tinham sido extradas do livrode Salmos.Cnticos espirituais: englobavam uma gama maior de composies lricas, inclusive os outros dois tiposmencionados.

    Para termos a certeza de que o Senhor se agrada de um cntico (voz, msica e letra), devemos submet-lo ao crivo deFilipenses 4:8. verdadeiro? honesto? justo? puro? amvel? de boa fama? H nele alguma virtude e algumlouvor? Tudo o que fazemos deve ser para a glria de DEUS (I Corntios10:31).

    de boa a fama o rock ou o samba? Desde a sua origem, estes estilosesto relacionados com imoralidade, perverso moral ou social,violncia e etc; entre outros ritmos que carregam nosso corpoimpurezas e corrompem nossos pensamentos. E o que dizer de estiloscomo funk, reggae, ax, hip-hop e forr? No precisamos detalhar mais.

    Podemos louvar a DEUS porque Ele poderoso. A Bblia diz em Salmos 21:13 Exalta-te, Senhor, na tua fora; entocantaremos e louvaremos o teu poder.

    Existem trs maneiras de se ouvir msica:Com o corpo: quem ouve com o corpo se deixa dominar pelo embalo da msica (andamentos e ritmosexagerados, efeitos desnecessrios).

    Com a emoo: quem ouve emotivamente permite que a msica comande os seus sentimentos e emoes.

    Com o intelecto: essa a forma correta de se ouvir & sentir, sabendo discernir a msica. E isso s possvelquando no se prioriza o ritmo. O culto a DEUS deve ser espiritual (tratar da alma) e, ao mesmo tempo,racional (ao respeito dos padres e ordem). Leia em Joo 4:24; Romanos 12:1; I Corntios 14:15.

    No devemos cantar e tocar sem louvar ao Senhor, como acontecia nos dias do profeta Isaas (29:13). As palavras delouvor devem nascer em um corao preparado (Salmos 57:7), mas somente as letras crists ou bblicas no sosuficientes para tornar um cntico apropriado para o louvor.

    Lembre-se: o cntico s espiritual quando todos os seus elementos (voz, letra e msica) tambm so espirituais.

    Em Colossenses 3:16, est escrito: A palavra de Cristo habite em vs abundantemente, emtoda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos ecnticos espirituais; cantando ao Senhor com graa em vosso corao.

    Considerando que cntico oencontro entre a voz (homem), amsica (melodia) e a letra(palavras do canto), quandoesses trs elementos soconsagrados a Deus e aceitos porEle, temos um cntico espiritual.

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    A msica formada por trs principais elementos:Melodia: sucesso ascendente e descendente de sons a intervalos e alturas variveis, formando frases; adornada pela harmonia e acentuada pelo ritmo, embora possa ser compreendida isoladamente.

    Harmonia: combinao de sons simultneos, emitidos no mesmo tempo, onde sua base a tonalidade; ecomo princpio organizador a estrutura do acorde.

    Ritmo: sucesso regular de tempos fortes e fracos cuja funo estruturar uma obra musical.

    Como a msica se relaciona com o nosso esprito e nos une a DEUS:Esses trs elementos musicais (melodia, harmonia e o ritmo) se relacionam com o homem dividindo-se em ns pelo:esprito, alma e corpo. Nesse caso, o elemento mais importante da msica, a melodia, relaciona-se com a parte maisprofunda do ser humano, o seu esprito. Fazendo a msica espiritual que agrada a DEUS enquanto nos colocamos emcomunho com nosso Pai Celestial, isto faz o elo com o Cu e por momentos ou instantes estaremos totalmentedesligados dos sentidos terrenos e estaremos sentindo e vivendo uma experincia com DEUS. Etc.

    Assim, o estilo musical apropriado para o cntico de adorao o que tem como essncia a melodia, pois ela que serelaciona com o esprito (Joo 4:23-24). H estilos carregados de agressividade e barulho, que apenas balanam ocorpo, e no o corao, porque so rtmicos ao extremo; isto , priorizam o ritmo, e no a melodia.

    Melodia: relaciona-se com o esprito;Harmonia: relaciona-se com a alma;Ritmo: relaciona-se com o corpo.

    De acordo com I Tessalonicenses 5:23, DEUS nos santifica a partir do esprito (melodia). Mas muitos ignoram isso e,como se o versculo dissesse: corpo, alma e esprito, priorizem o corpo. Meditemos no que Paulo, inspirado peloEsprito, disse aos glatas: Sois vs to insensatos que, tendo comeado pelo Esprito, acabeis agora pela carne?(Glatas 3:3).

    Sempre devemos louvar a DEUSLouvemos a DEUS diariamente. A Bblia diz em Salmos 61:8 Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente,para pagar os meus votos de dia em dia.

    Louvemos a DEUS por transformar o desgosto em felicidade. A Bblia diz em Salmos 30:11-12 Tornaste o meu prantoem regozijo, tiraste o meu cilcio, e me cingiste de alegria; para que a minha alma te cante louvores, e no se cale.Senhor, DEUS meu, eu te louvarei para sempre.

    Louvemos a DEUS pela Sua bondade. A Bblia diz em Salmos 107:8-9 Dem graas ao Senhor pela sua benignidade, epelas suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois ele satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a almafaminta.

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    MsicaO nico ministrio no Reino dos CusSua origem desde AdoContribuio de muitos povosEstudo avanado: o papel do msico na igreja

    Deus seja louvado

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    MsicaO nico ministrio no Reino dos CusMsica a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma, mediante o som. Podemos extrair desta definio

    que a msica uma arte, que lida com os sentidos da alma e, para extern-los, tem como matria-prima: o som.

    De acordo com a Bblia a msica como profisso herana da descendncia de Caim: Henoc, Irad, Maviael, Matusaele Lamec, pai de Jubal, na prtica o primeiro msico: (...) ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela(Gn 4,21).

    O termo msica vem do adjetivo msico ou musical, relativo s personalidades gregas relacionadas com as artes.

    Os gregos e os egpcios Entre os gregos atribui-se a inveno da msica a Apolo, a Cadmo, a Orfeu e a Anfio. Entreos egpcios, a Tot ou a Osris, entre os judeus, a Jubal. A tradio crist reteve grande parte do simbolismo dePitgoras, interpretado por Santo Agostinho e por Boelcius. Os historiadores louvam a Pitgoras que inventou ummonocrdio para determinar matematicamente as relaes dos sons. Lassus, o mestre de Pndaro escreveuteoricamente sobre msica em 540 A.C.

    Os chineses Dois mil anos antes disso, os chineses j conheciam a msica, com o estabelecimento da oitava comdoze semitons, no tempo do imperador Haung-Ti.

    Os celtas Em torno de 2.697 anos a C. entre os celtas a msica tradicional se tocava na harpa, sendo os soprosreservados para a diverso e a guerra. (...). Entre eles existiam trs modos de msica para harpa: o modo do sono, omodo do sorriso e o modo da lamentao. Se a msica a cincia das medidas, da modulao, concebe-se que elacomande a ordem do cosmo, a ordem humana e a ordem Instrumental. Ela ser a arte de atingir a perfeio (JeanChevalier e Alain Gheerbrant, Dicionrio de smbolos).

    Muitas outras definies para msica podem ser coletadas, entre as quais:Msica a arte dos sons, combinados de acordo com as variaes da altura, proporcionados segundo sua durao eordenados sob as leis da esttica (Maria Luza Priolli)

    A msica a arte de pensar com os sons, um pensamento sem conceitos (Jules Combarieu)

    Msica a sublime expresso do amor universal o pressentimento de coisas celestiais (Beethoven)

    Msica algo muito difcil de mostrar ao mundo o que sentimos em ns mesmos (Tchaikovsky)

    Msica uma coisa que se tem pra vida toda, mas no toda uma vida pra conhec-la (Rachmaninov)

    Msica a manifestao humana que organiza os sons e rudos desintelectualizados no tempo (Mrio de Andrade)

    Arte e cincia de combinar os sons de modo agradvel ao ouvido (Aurlio, Novo Dicionrio da Lngua Portuguesa)

    Arte de coordenar fenmenos acsticos para produzir efeitos estticos (Enciclopdia Britnica Barsa)

    Conjunto de smbolos musicais grficos, que servem para transmitir ao executante a idia do compositor (EPB)

    Arte que utiliza os sons combinados entre si como linguagem e elemento de comunicao (Enciclopdia Mirador)

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    Msica a arte e cincia da combinao dos sons (Francisco Fernandes, Dicionrio Brasileiro Contemporneo)

    Msica uma forma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e silncio seguindo uma pr-organizao ao longo do tempo (Wikipedia)

    Msica definida como o som em combinaes puras, meldicas ou harmnicas produzido por voz ou instrumento

    Msica a mais alta filosofia numa linguagem que a razo no compreende (Shakespeare)

    Msica cotidianaA msica na histria trabalha com a ideia de que toda msica a expresso de um grupo humano, refletindo ocotidiano, necessidades e carter de um povo. Cada estilo, antes de uma sucesso de linguagens para os sons acimade tudo a representao artstica de uma civilizao ou comunidade, em um dado momento da sua histria.

    Entre os ndios brasileiros, a msica altamente vinculada s aes do dia-a-dia: msica de caa, msica de orao, decozinhar, etc. J na vida moderna a msica est presente em nossa vida civilizada tanto no vai-e-vem das modasdescartveis quanto no que chamamos cones musicais: msicas estabelecidas que celebram aniversrio, orao,casamento, funeral, carnaval, guerra, msica de suspense, msica para o circo, msica para chorar... e, quando se une poesia, msica romntica, msica para comerciais, cinema entre outros tantos.

    Referncias diversasA maior parte da msica j produzida com letra em todos os tempos, celebra paixo, felicidade amorosa, abandono,cime, desejo, saudade, ou seja, todas as situaes possveis e imaginveis. Atualmente existe uma associaobastante forte de que uma msica com tons menores e andamentos lentos vai refletir tristeza ou sentimentalismo e amsica com tons maiores e andamentos rpidos para alegria e energia.

    As referncias msica na Bblia passam pelas suas trs funes: msica de cura, msica de adorao e msica defesta. A relao dos sons musicais com a sade humana fato comprovado desde quando a mente perturbada deSaul era curada pela msica (1Sm 16,23). Hoje a musicoterapia uma graduao universitria. Eliseu pagou ummsico para que o assistisse na busca de inspirao proftica (2Rs 3,15).

    A msica est presente na totalidade dos cultos religiosos existentes, alm de ser associada ao culto ptria, culto natureza, entre outros tantos.

    O primeiro msico virtuoso e compositor foi Davi: A tradio de que Davi era um hbil msico aparece nas partesmais antigas dos seus relatos. Ele prprio tocava harpa diante da Arca (2Sm 6). Assim, a tradio de que ele tenha sidoo principal artfice da organizao primitiva da msica se baseia em uma slida memria na histria.

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    Estudo: o papel do msico nas igrejasAcompanhar o canto congregacionalLeia tambm sobre o novo hinrio

    O papel de cada msico integrante da orquestra nos templos da Congregao Crist o de tosomente acompanhar o canto congregacional, isto , o canto da irmandade.Os hinos so pura msica coral (dividida em 4 vozes: soprano, contra-alto, tenor e baixo) executada pela irmandade,tem uma nota para cada slaba de texto para facilitar o canto. Cabe aos msicos a responsabilidade de repetir essasnotas como se os instrumentos musicais estivessem cantando a parte coral, isto , a melodia; mas com menorintensidade de som (volume) em relao s vozes decanto da irmandade.

    No existe arranjo orquestral ou entradas para solistas, tudo pensado e organizado de maneira muito simples, sempreparo para sofisticao musical ou performtica. Pratique todo o Louvor com sabedoria, diligncia e respeito.

    Sobre o hinrio CCBO hinrio da Congregao Crist no Brasil intitulado de "Hinos de Louvores e Splicas a DEUS" e encontra-se na sua4 edio, datada de 1965, quando foram adicionadas novas melodias e poesias. Muitas melodias so de autores norteamericanos e italianos, com algumas poesias traduzidas e semi-traduzidas do ingls e do italiano. So atualmente 450hinos e entre eles h melodias especiais para batismos, santas ceias, funerais, 50 para as "Reunies de Jovens eMenores" e sete coros.

    Atualmente est em desenvolvimento uma nova edio do hinrio 5 edio com previso de 30 hinos adicionaise correes nos demais hinos existentes da 4. edio. O livro original chamava-se Inni e Salmi Spirituali, publicadoem italiano no comeo do sculo 20 pela Assemblia Crist Italiana de Chicago, EUA. Os hinrios com notaomusical seguem o modelo europeu, contendo as claves de Sol e de F, e esto escritos para instrumentos em D, Mibemol e Si bemol.

    Discernimento do msico espiritualEnquanto isto, a msica executada para adorao a DEUS deve seguir princpios de sentido Sacro. Por outro lado,devido s influncias mundanas e modismos no mundo da poca presente, os professores de msica e os estudantesde msica devem estar atentos para discernir os estilos e ritmos para no ser influenciado por modismos e formas detocar durante o seu aprendizado (estejamos conectados com a comunho no Esprito Santo de DEUS).

    No devemos inovar com ritmos da moda nem ter simpatia por um estilo musical diferente dentro da igreja, osquais, so no apropriados para a adorao DEUS, pois no agrada a Ele, ou seja, msica profana. Diz-se profano oque est em oposio ao sacro, aquilo que no prprio para as funes do culto, e por isto no prprio paraLouvar a DEUS. Por isto, o papel do msico espiritual elevar um Louvor com suavidade para a aceitao de DEUS.

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

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    Ritmo: incio do cursoIntroduo ao ritmoO qu teoria musical?Contagem de notasPropriedades do ritmoSolfejo de grficos sonoros

    Deus seja louvado

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    Ritmo: incio do cursoAgora voc comea a descobrir a importncia da teoria musical para ter domnio sobre a prtica musical e saber como

    ela pode nos ajudar, vamos descobrir passo-a-passo como fazer a contagem de notas saber quais so e o que

    significa notas e pausas, descobrir como contar a as pulsaes de tempo, como ler unidades de tempo, e familiarizar-

    se com ritmo e dinmica.

    Se voc novo na teoria da msica, aqui onde tudo comea: a pulsao do ritmo que trata o andamento da msica,

    neste momento falaremos do tamanho das medidas de tempo (e no do estilo de ritmos).

    O qu teoria musical?

    O valor da teoria musical

    Uma das coisas mais importantes para se lembrar sobre teoria musical que a msica veio

    primeiro. A msica existe h milhares de anos antes e a teoria veio para explicar o que as

    pessoas estavam tentando realizar quando faziam sons nos tempos mais remotos mesmo

    sem entender teoria musical. Os conceitos e regras da teoria da msica so muito parecidos

    com as regras da lngua escrita, pois as regras gramaticais vieram muito depois desde que

    as pessoas se comunicam em diversos idiomas em todo o mundo.

    Aprender a ler msica exatamente como aprender uma nova lngua, a ponto de uma pessoa ser fluente para ouvir

    uma conversa musical quando ler um pedao de partitura. Existem muitas pessoas no mundo que no sabem ler

    nem escrever, mas conseguem se comunicar bem falando de seus pensamentos e sentimentos. Por isto, a teoria

    musical importante para ajudar-nos a ler e escrever musicalmente falando.

    Como a teoria musical vai ajudar a minha msica?

    Se voc no conhece teoria musical, talvez pode imaginar que a msica algo que pode comear com qualquer nota,

    ir para onde quer, que o msico pode tocar com a intensidade ou fora que preferir, e s parar quando sentir vontade

    por conta prpria; mas isto seria confuso, o resultado desastroso e o esforo do msico seria intil.

    Por isto, saber os principais smbolos e princpios da teoria musical nos ajuda a compreender como fazer uma msica

    organizada, criar uma forma de comunicao com seus ouvintes, definir alturas e timbres de bom gosto e

    principalmente organizar corretamente as suas propriedades.

    Aprender sobre teoria musical tambm incrivelmente inspirador. Cada novo descobrimento como uma lmpada

    se acendesse sobre a sua cabea e deixasse um novo aprendizado para ser alicerce do prximo descobrimento, pois o

    desejo de experimentar uma nova tcnica musical nos d confiana muita curiosidade para saber a prxima lio.

    Os benefcios da teoria musical

    A msica reconhecida por muitos pesquisadores como uma espcie de modalidade que desenvolve a mente

    humana, promove o equilbrio do corpo, alma e corao; proporcionando um estado agradvel de bem-estar,

    facilitando a concentrao e o desenvolvimento do raciocnio. Plato dizia que a msica um instrumento

    educacional mais potente do que qualquer outro.

    Aprender a lermsica comoaprender umnovo idioma,uma nova lngua.

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 25

    Condies para aprender msicaBoa memria, muito estudo e dedicao

    Seguramente respondemos que para aprender msica o candidato precisa ser muito interessado para adquirir atravs

    de (muito) estudo e dedicao:

    a memria auditiva (lembrana de sons);

    a memria mecnica (tcnica instrumental);

    a memria visual (reconhecimento das figuras e smbolos musicais).

    Comearemos nosso estudo com a origem e reconhecimento da grafia do cdigo musical onde a memria visual vai

    atuar para conhecer o tamanho dos tempos musicais com o solfejo e pulsao. Observa-se muita dificuldade na

    associao entre a msica executada e sua grafia musical porque:

    a arte musical executada acstica, area, invisvel e condicionada ao tempo, e,

    a arte musical codificada silenciosa, espacial com caracteres estticos.

    Descobriremos juntos que o aprendizado constante e o desenvolvimento em grupo, o msico aumenta em muito a

    abrangncia de sua atuao na arte musical, ento vale a pena o esforo e dedicao. As propriedades so:

    memria visual (leitura da grafia / figuras), aliada

    memria auditiva (a mais importante delas / o som), e

    memria mecnica (tcnica instrumental).

    Contagem de notasEntendendo o ritmo, pulsao, tempo e valores de notas

    Todo mundo j ouviu msica e em algum momento foi pedido para batermos as palmas de nossas mos. Por isto,

    contar uma pulsao exatamente onde ns temos que comear com a msica (a pulsao). Sem compreender o

    ritmo, no existe ordem para fazer a msica e nada acontece para as coisas entrarem no lugar na orquestra.

    Apesar de todas as outras partes da msica ser muito importantes (afinao, melodia, harmonia e assim por diante),

    sem ritmo (pulsao constante de ordenada) ns no teremos uma msica organizada.

    No se preocupe, pois voc no tem que ser perfeito como um relgio de pulso ou um metrnomo para manter o

    ritmo exatamente igual a prxima pulsao rtmica. Tudo ao nosso redor tem um ritmo (um tipo de pulsao); como

    o motor de um carro, a respirao de bebs e o nosso prprio batimento cardaco.

    Pulso: um pulso ou uma pulsao a parte unitria do tempo, um relgio um bom exemplo. A cada minuto o

    ponteiro de segundos se movimenta (pulsa) 60 vezes. Ou seja, sessenta batimentos regulares a cada minuto. Se voc

    acelerar ou desacelerar a mo para a prxima batida, ento voc est mudando o ritmo da batida, a teremos uma

    pulsao irregular e fora de ritmo.

    Cada msica nos diz como devemos tocar e qual vai ser a durao de cada pulsao e a velocidade do andamento.

    Ritmo: o padro de pulsos regulares ou irregulares.

    Pulsao: srie de repeties, pulsaes constantes que divide o tempo em tamanhos iguais. Cada pulsao

    tambm chamada de batidas, mas usaremos sempre o termo pulsao.

    Tempo: a taxa ou a velocidade da batida.

    Quando voc pensa em uma msica, logo voc pensa em um som.

  • Pgina 26

    Propriedades do ritmo

    A durao do som e do silncio representada por figuras que fornecem o tempo exato de durao. Nesse momento,

    o som passa a ser organizado pelo ritmo. Agora usaremos as grficos de barra para definir a explicao e alguns

    exerccios visuais com a durao do tempo.

    Pulso a regularidade do tempo. Cada pulso deve ser regular (ter partes iguais e andamento constante):

    Acento mtrico a acentuao peridica e regular dos pulsos:

    Acentuaes de 2 em 2 pulsos

    Acentuaes de 3 em 3 pulsos

    Acentuaes de 4 em 4 pulsos

    Desenho rtmico a combinao de duraes curtas e/ou longas que faz como o nome diz, o desenho rtmico da obra musical.

    Andamento a velocidade de repetio da pulsao, podendo acelerar ou retardar o tempo entre um pulso e outro:

    Pulsaes mais lentas

    Pulsaes mais rpidas

    O ritmo tem quatro propriedades: pulso, acento mtrico, desenho rtmico eandamento.

    FORTE fraco FORTE fraco FORTE fraco

    FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco FORTE fraco fraco

    FORTE fraco fraco fraco FORTE fraco fraco fraco

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 27

    Solfejo

    Solfejo um exerccio musical usado para aprender a ler ou entoar os nomes das notas de uma pea musical.

    A pessoa que solfeja, chamamos de: Solfista.

    O solfejo est dividido em 3 tipos:

    a) Solfejo rtmico: estuda-se combinaes das duraes dos sons em seus grupos rtmicos.

    b) Solfejo meldico: estuda-se a entonao das notas em suas devidas alturas.

    c) Solfejo mtrico: estudam-se as notas, respeitando a diviso rtmica, no obedecendo a altura das mesmas.

    Grficos sonorosSolfejo rtmico

    Pense em msica como uma linguagem

    Pense na msica como as letras do alfabeto, isto o bsico para a construo de uma pea musical.

    Agora vamos medir os valores com as barras e perceber como isto importante na msica, porque se voc alterar os

    valores em um determinado trecho musical, isto pode alterar totalmente a forma de tocar e a estrutura rtmica no

    ser obedecida.

    Vamos usar as barras para praticar o solfejo rtmico e combinar: pulso (constante), acento mtrico (peridico),

    desenho rtmico (valores misturados) e o andamento (velocidade).

    EU SOU UM CORDEIRINHO (ALEGRE)

    Eu sou um Cordeirinho...

    ...Jesus meu Pastor.

    Sou um feliz menino...

    ...nos braos do Senhor.

    Solfejar ler os nomes das notas de uma pea musical.

    ,

    ,

  • Pgina 28

    NS TE LOUVAMOS (LENTO)

    Ns Te louvamos, por f, sumo DEUS...

    ...e imploramos Teu grande favor.

    FAZ-ME OUVIR TUA VOZ (MODERADO)

    1) Faz-me ouvir tua voz gloriosa; // 2) Sou tua igreja, dileta esposa;

    1) caro Esposo e meu salvador // 2) Sinto por ti inefvel amor.

    OH! QUE AMOR CELESTE! (ANDANTE)

    Bem perto est dos Seus fiis....

    ... Jesus, o grande Mestre.

    ,

    ,

    ,

    ,

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 29

    Figuras de valor

    Nomes e figuras de valor positivo e negativo

    Nome da figura musical ApelidoSom = Musical

    Figura de valor positivoPausa = Silncio

    Figura de valor negativo

    SemibreveUnidade de valor

    1

    Mnima 2

    Semnima 4

    Colcheia 8

    Semicolcheia 16

    Fusa 32

    Semifusa 64

    Outro exemplo da hierarquia de valores proporcionais:

    Existem 7 (sete) figuras de valor positivo (som) e sua figura de valor negativo (pausas) de igual durao entre si.

    Semibreve Mnima Semnima Colcheia Semicolcheia Fusa Semifusa

    o sinal que indica a durao do som e do silncio.

    som

    pausa

    1 Semibreve 2 Mnimas 3 Semnimas 8 Colcheias

    16 Semicolcheias

  • Pgina 30

    Quadro comparativo de valores positivos

    Cada nvel desta rvore de figuras musicais de valor positivo (som) exibe a durao proporcional de valores. No topo

    est a figura principal, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente.

    Estas so as figuras de valor mais comuns cada figura seguinte tem exatamente metade do valor da figura anterior.

    Outra maneira de pensar no valor das figuras musicais imaginar o todo como uma torta redonda. Para dividir em

    quatro notas, corte-a em quartos. Corte a torta em oito pedaos e vai ter um oitavo de notas, e assim por diante.

    Dependendo do tempo de assinatura da pea musical, o nmero de batidas por nota pode variar.

    Correspondncia de valores das figuras musicais:

    Semibreve2 4 8 16 32 64

    Semnima2 4 8 16 32

    Mnima2 4 8 16

    Colcheia2 4 8

    Semicolcheia2 4

    Fusa2

    1

    2

    4

    8

    16

    SemibreveUnidade de valor

    MnimaMetade da semisbreve

    SemnimaQuarta parte da semibreve

    ColcheiaQuarta parteda semibreve

    SemicolcheiaOitava parteda semibreve

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 31

    Representao grfica da equivalncia de valores entre as figuras musicais de valor:

    1 SEMIBREVE = 2 MNIMAS = 4 SEMNIMAS

    1 MNIMA = 2 SEMNIMAS = 4 COLCHEIAS

    1 SEMNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS

  • Pgina 32

    Quadro comparativo de valores negativos

    Cada nvel desta rvore de figuras musicais de pausa (durao do silncio) exibe a durao proporcional dos valores

    negativos. No topo est a figura principal de pausa, abaixo a figura que vale metade, e assim sucessivamente.

    Representao grfica da equivalncia de valores entre as figuras musicais de pausa:

    1 SEMIBREVE = 2 MNIMAS = 4 SEMNIMAS

    1 MNIMA = 2 SEMNIMAS = 4 COLCHEIAS

    1 SEMNIMA = 2 COLCHEIAS = 4 SEMICOLCHEIAS

    1

    2

    4

    8

    16

    Nota cheiaUnidade de valor

    Meia nota

    Quarto de nota

    Oitavo de nota

    Dezesseis partesda nota

    Pausa da semibreve

    Pausa da mnima

    Pausa da semnima

    Pausa da colcheia

    Pausa da semicolcheia

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 33

    Regras de grafiaDevemos seguir algumas regras de grafia na escrita musical. As figuras de notas podem ser compostas de trs partes:

    As figuras escritas abaixo da 3 linha tm a haste voltada para cima e direita da cabea. As figuras escritas acima da

    3 linha tm a haste voltada para baixo e esquerda da cabea. As escritas na 3 linha podem ter a haste para cima ou

    para baixo. O tamanho da altura da haste deve corresponder a uma oitava:

    Forma de escrita da colcheia:

    O colchete sempre voltado para a direita, com as hastes escritas conforme a regra anterior:

    Exemplo dos colchetes ligados por uma linha:

    Formas variadas de escrita da colcheia, semicolcheia e fusa:

    Em um grupo de figuras, os colchetes tambm podem ser ligados por um ou mais traos, dependendo da figura:

    Exemplo dos colchetes ligados por duas linhas:

    Exemplo dos colchetes ligados por trs linhas:

    Haste

    Cabea Colchete

  • Pgina 34

    Percepo rtmicaAgora que j sabemos onde vamos usar a nossa msica, que sua principal propriedade o ritmo e que a msica

    como aprender uma nova linguagem de comunicao, chegou a hora de descobrir como fazer a diviso de pulsos,

    mant-la no ritmo com tempos iguais tal como o papel do msico com seu instrumento musical na orquestra.

    A nica maneira de aprendermos isto praticando, praticando e praticando. Seguir a pulsao da msica algo que

    voc vai aprender para ter sucesso nos estudos musicais; vai precisar praticar sempre com muita dedicao.

    Dica: uma maneira fcil de trabalhar com ritmo constante usando o metrnomo; eles so muito baratos, voc pode

    configurar a velocidade do tempo e vrias formas para que seu aprendizado esteja confortvel.

    Vamos descobrir como usar a palma da mo nas figuras de valor (som):

    Nos primeiros exerccios de diviso rtmica, o Mtodo Pozzoli apresentar compassos simples onde a unidade de

    tempo a figura de Semnima para a rpida compreenso dos estudantes na prtica de solfejo.

    Como fazer?Pulsaes

    Quantidadede batidas

    Som = MusicalFigura de valor positivo

    CorrespondnciaComparao de valores

    Quatro pulsaes inteiras: bata a palma emantenha as mos unidas at o fim dacontagem: palma, dois, trs, quatro.

    4 temposT

    Duas pulsaes inteiras: bata a palma emantenha as mos unidas at o fim da

    contagem: palma, dois.

    2 temposT

    Trs pulsaes inteiras: bata a palma emantenha as mos unidas at o fim da

    contagem: palma, dois, trs.

    3 temposT

    A figura pontuada aumenta o valor na metade do tempo da figura.

    Representa a nossa unidade de tempo dabatida de palma. Bata a palma uma vez.

    1 tempoT

    Duas pulsaes inteiras: bata a palma emantenha as mos unidas at o fim da

    contagem: palma, dois.

    1 tempoT

    A figura conectada pela ligadura prolonga o valor de tempo das figuras ligadas.

    Divida a unidade de tempo em duaspulsaes rpidas. Bata duas palmas no

    tempo de uma figura de semnima.

    1/2 tempoTa-ti

    Divida a unidade de tempo em quatropulsaes rpidas. Bata quatro palmas no

    tempo de uma figura de colcheia.

    1/4 tempoTa-ti-tu-ti

  • NOES ELEMENTARES DE TEORIA MUSICAL

    Pgina 35

    Solfejar figuras musicaisSolfejo mtrico

    A seguir vamos praticar alguns exerccios para voc saber exatamente como vai fazer nas lies do Mtodo Pozzoli.

    Isto vai nos ajudar a registrar valores no crebro e identificar o efeito das pulsaes na palma da mo e na contagem

    mental.

    Na pronncia vamos adotar a tcnica T-ti & Tu-ti onde a palma vai marcar a pulsao do tempo (sinal P) enquanto

    pronunciamos nossa contagem (conforme as dicas da tabela na pgina anterior). Os nmeros determinam a

    contagem mental do valor da figura (apenas na mente) sem bater a palma da mo novamente.

    Legenda da palma e da pronncia:

    Palma/2/3/4 Palma/2/3/4 Palma Palma/2 Palma Palma/2 Palma/2 Palma/2/3/4T T T T T T T T

    P P+P P/ 2 P/2/3/4 P/2/3 P P+P P2/3 P/2 P/2T T-Ti T T T T T-Ti T T T

    Legenda da palma para praticarmos a pronncia:

    P 2 3 4 P/2/3 P P/2/3/4 P/2/3/4 P P P/2

    P/2 P/2 P/2/3 P P/2/3/4/5 P/2/3 P/2 P/2

  • Pgina 36

    Estudo: histria da msica & orquestraGrandes perodos da msica, formaes e layoutsDa pr-histria msica atual contempornea

    Pr-histria (dos primrdios ao nascimento de Jesus Cristo)A msica nasceu com a natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, som e ritmo, fazem parte douniverso e, particularmente da estrutura humana. O homem descobriu os sons que o cercavam no ambiente eaprendeu a distinguir os timbres caractersticos da cano das ondas se quebrando na praia, da tempestade e dasvozes dos vrios animais selvagens.

    Msica na antiguidade (do nascimento de Cristo at 400 D.C.)O mistrio continuou a envolver a msica da antiguidade pela inexistncia de uma notao musical clara. No entanto,as antigas civilizaes cultivavam a msica como arte em si mesma, embora ligada religio e poltica. Nas grandescivilizaes antigas - Egito, Grcia, Roma - a msica tinha um papel fundamental em todas as atividades do dia-a-dia.

    Msica medieval (400 - 1400)O perodo marcado pela msica modal praticada nas himnodias e salmodias, no canto gregoriano, nos

    organuns polifnicos, nas composies polifnicas e msica dos trovadores e/ou troveiros.Principais compositores:Hildegarda de Bingen, Leonin, Protin, Adam de la Halle, Philippe de VitryGuillaume de Machaut, John Dunstable,Guilaume Dufay e Johannes Ockeghem.

    Renascimento (1400 - 1600)Nos sculos XV e XVI a msica vocal polifnica passa a conviver com a msica instrumental nascente. Destacam-se apolifonia f