apostila de biologia - impacto

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Frente 1 Frente 2 Frente 3 Frente 4 2 12 28 38 16 30 40 4 6 20 32 42 8 22 34 44 10 24 36 46 Características: Invertebrados e Vertebrados Evolução A origem da vida Taxonomia A classificação dos seres vivos Sistema Cárdio-Vascular Evolução A origem da vida Vírus Uma partícula basicamente protéica Sistema Cárdio-Vascular II Noções de Embriologia e Zoologia Poríferos e Celenterados Evolução Convergência e Irradiação adaptativa Viroses Doenças causadas por vírus Hematologia O estudo do sangue Platelmintos e Nematelmintos Introdução à Genética Estudo do Reino Monera Sistema Reprodutor Feminino Helmintíases Parasitologia platelmíntica Genética Leis de Mendel Bacterioses Doenças causadas por bactérias Sistema Reprodutor Masculino Ficha 1 Ficha 2 Ficha 3 Ficha 4 Ficha 5

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Page 1: Apostila de Biologia - Impacto

Frente 1 Frente 2 Frente 3 Frente 4

2 12 28 38

16 30 404

6 20 32 42

8 22 34 44

10 24 36 46

Características: Invertebrados e Vertebrados

EvoluçãoA origem da vida

TaxonomiaA classificação dos seres vivos

Sistema Cárdio-Vascular

EvoluçãoA origem da vida

VírusUma partícula basicamente protéica

Sistema Cárdio-Vascular IINoções de

Embriologia e Zoologia

Poríferos e Celenterados

EvoluçãoConvergência e Irradiação adaptativa

VirosesDoenças causadas por vírus

HematologiaO estudo do sangue

Platelmintose Nematelmintos

Introdução àGenética

Estudo do ReinoMonera

Sistema ReprodutorFeminino

HelmintíasesParasitologia platelmíntica

GenéticaLeis de Mendel

BacteriosesDoenças causadas por bactérias

Sistema ReprodutorMasculino

Fich

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Fich

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Fich

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Fich

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Características: Invertebrados e

VERTEBRADOSOs reinOs da natureza

Vírus

reinO MOnera

n Deste os tempos de Aristóteles os seres vivos eram agrupados em dois reinos: Vegetal e Animal. Com o desenvolvimento da Biologia, e principalmente em decorrência dos estudos microscópicos, percebeu-se que apenas dois reinos não eram suficientes para englobar toda a diversidade da vida em nosso planeta.n O biólogo alemão Ernst Haeckel (1837 – 1919) propôs, em 1899, a criação de dois novos reinos, Protista e Monera, para incluir os organismos estruturalmente mais simples do que animais e vegetais. Em 1969 o biólogo R. H. Whittaker sugeriu que os fungos, tradi-cionalmente classificados no reino Vegetal, fossem separados em um reino à parte, denominado Fungo ou Fungi.

n Os vírus não são incluídos em nenhum dos cinco reinos. Não apresentam células, sendo constituídos por uma ou poucas moléculas de ácido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, en-voltas por moléculas de proteínas. Os vírus são parasitas in-tracelulares obrigatórios, que atacam células de animais, de plantas, de fungos ou de bactérias. Quando fora da célula hos-pedeira, os vírus são completamente inertes e não se reprodu-zem. No interior da célula apropriada, porém, um vírus pode originar centenas de novos vírus idênticos.

n O reino Monera reúne seres vivos unicelulares e procariontes: as bactérias e as cianobactérias, es-tas últimas também chamadas cianofíceas.

reinO PrOtista

n No reino Protista estão incluídos os protozoários, seres eucariontes, unicelulares e heterótrofos, e as algas, seres eucariontes, unicelulares ou multicelulares e autótrofos fotossintetizantes.n As algas multicelulares são incluídas nesse reino porque têm organização simples, com pouca ou nenhuma diferenciação entre as células que formam seu corpo.

vírus da parolidite

vírus da varíola

Bacterófago

vírus da herpes simples

Adenovírus Vírus do polioma

vírus da gripe vírus do tabaco

PseudópodoCílios

Flagelo

Sarcodina(Ameba)

Ciliota(paramécio)

Flagellata(tripanossomo)

Sporozoa(greganina)

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www.portalimpacto.com.br 3n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

reinO aniMaL

reinO Fungi

n O reino Fungi inclui seres eucariontes, unicelulares ou multi-celulares, que se assemelham às algas na organização e na re-produção, mas que diferem delas por serem heterótrofos.Em alguns sistemas de classificação os fungos são incluídos en-tre os protistas. A tendência moderna, porém, é classificá-los em um reino separado.

reinO VegetaL

Célula

Hifa

Micélio

Talo

Caule

Tecio vasculares

Parênquima

Raiz

Tecido de revestimento

Folha

n O reino Animal reúne os animais, seres eucariontes, multicelulares e heterótrofos. Os animais apresentam células bem diferenciadas, que formam tecidos e órgãos corporais bem distintos. Esse reino inclui desde animais simples, como as esponjas, até animais complexos, como os mamíferos, grupo ao qual pertencemos.

Invertebrados.n Representantes: Moscas,lagostas,abelhas,borboletas, etc...Características principais n O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal. n Uma característica comum a todos os invertebrados é a au-sência da espinha dorsal• formação multicelular e ausência de parede celular. • com exceção das esponjas, possuem tecidos como resultado de sua organização celular• sua reprodução geralmente é sexuada (gametas masculinos e femininos se combinam para formar um novo organismo)n De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover. Contudo, as esponjas somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jo-vens e pequenas. Já as lagostas e os insetos são capazes de se movimentar durante toda sua existência.

Vertebrados.n Representantes: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. n São cerca de 50 mil espécies, formando o maior e mais com-plexo grupo dos cordados. A diversidade da forma e tamanho é muito grande.n Habitat: todos os ambientes.n Os vertebrados apresentam-se como um grupo de corda-dos que desenvolveu métodos mais ativos de obtenção de alimento. Isso é conseqüência da maioria das características

próprias desse grupo: substituição da notocorda pela coluna vertebral; aperfeiçoamento do sistema muscular segmentado e agrupamento dos tecidos nervosos e dos órgãos sensitivos mais complexos na extremidade anterior do corpo. Com essas características, os vertebrados tornaram-se o maior e o mais importante grupo dentre os cordados.n Constituem um grupo bastante diversificado representado por sete classes distintas: Cyclostomata (lampreias e feiticei-ras), Chondrichthyes (raias e tubarões), Osteichthyes (peixes ósseos), Amphibia (anfíbios), Reptilia (répteis), Aves (aves) e Mammalia (mamíferos).n Essas classes podem ser agrupadas com base em determi-nadas característicasCaracterísticasn Os vertebrados possuem um endoesqueleto ósseo ou de cartilagem, o que lhes permite atingir um porte físico maior.n O nome vertebrado vem em decorrência da presença de uma coluna vertebral, que sustenta o corpo e protege a medu-la espinhal, além de um crânio, que protege o encéfalo.n A notocorda está presente na maioria dos vertebrados so-mente no embrião.n Presença dos anexos embrionários que ajudam na sobrevi-vência do embrião, são eles:- saco vitelínico: é uma reserva nutritiva.- âmnion: líquido que protege o embrião contra a desidrata-ção. Está presente somente nos embriões que se desenvolvem fora da água.- alantóide: armazena excretas e auxilia na respiração.- córion: bolsa que envolve os outros anexos.- Placenta: responsável pela nutrição, respiração e produção de hormônios da gravidez.n Em relação à temperatura corporal, os vertebrados podem ser classificados em distintas categorias.n Quanto à fonte de calor:- Endotérmicos: a temperatura do corpo é mantida por ca-lor produzido pelo metabolismo interno do animal. Ex.: aves e mamíferos.- Ecototérmicos: a temperatura do corpo depende de fontes externas de calor (energia solar). Ex.: peixes, anfíbios e répteis.Quanto a variação de temperatura:- Homeotérmicos: a temperatura do corpo é mantida cons-tante independentemente da temperatura do ambiente. Ex.: aves e mamíferos.- Pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Ex.: peixes, anfíbios e répteis.

n O reino Vegetal re-úne as plantas, seres eucariontes, multice-lulares e autótrofos fotossintetizantes. As plantas têm cé-lulas diferenciadas, que formam tecidos corporais bem defi-nidos. Musgos, sa-mambaias, pinheiros e plantas frutíferas são os principais gru-pos que compõem o reino Vegetal.

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AQUISIÇÔES EVOLUTIVAS DOS ANIMAIS

Noções de Embriologia e

ZOOLOGIAn Para o vestibular você deve saber de algumas aquisições evolutivas que ocorrem nos animais. Estas aquisições vão ori-ginar várias estruturas que são de fundamental importância na hora de classificarmos os animais dentro dos filos. Eis as mais importantes.

1. Arquêntero e Blastóporo n Arquêntero: Também chamado de intestino primitivo do embrião. Forma-se durante o processo de gástrula no de-senvolvimento embrionário. Neste caso parte do embrião dobra-se para o interior da blastocela; esta vai se reduzindo progressivamente e uma nova cavidade surge em seu lugar, o arquêntero. O arquêntero originará a cavidade digestiva no animal adulto.A abertura do arquêntero para o meio externo, o blastóporo, dependendo do grupo de animais origina a boca ou o ânus.

2. Protostômios e Deuterostômiosn Protostômios: São animais nos quais o blastóporo vai ori-ginar a boca (do grego protos = primeiro, primitivo; stoma = boca). Ex: Platelmintos, nematelmintos, anelídeos, moluscos e artrópodes. n Deuterostômios: São animais nos quais o blastóporo vai originar o ânus (do grego deuteros = posterior). Ex: Equino-dermos e Cordados.

Esquema da origem da boca e do ânus a partir do blastóporo

3. Diblásticos e Triblásticosa) Diblásticos: São animais que apresentam dois folhetos germinativos ou embrionários (ectoderma e endoderma). Ex: Celenterados.b) Triblásticos: São a animais que apresentam três folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma). Ex: Dos platelmintos aos cordados.

4. Acelomados, pseudocelomados e celomados.n O aparecimento do terceiro folheto embrionário (mesoderma) possibilitou aumentar a complexidade estrutural dos animais, originando novos órgãos. Todavia, um corpo preenchido por te-cido mesodérmico maciço, como ocorre nos vermes platelmin-tos atuais, não se revelou muito vantajoso, pois todas as células tem de estar perto da cavidade digestiva para receber alimento e também perto do exterior para receber gás oxigênio.

n Com exceção dos platelmintos, todos os outros animais tri-blásticos desenvolveram cavidades corporais que garantiram a circulação de substâncias nutritivas e gás oxigênio entre as células. Assim, de acordo com a presença e o tipo de cavidade corporal, os animais foram divididos em acelomados, pseu-docelomados e celomados. 4.1. Acelomados: Neles todos os espaços do corpo situados entre a camada externa (derivada do ectoderma), e a camada mais interna (derivada do endoderma), são preenchidos por tecidos derivados do mesoderma. Ex: Platelmintos.4.2. Pseudocelomados: Apresentam a cavidade corporal apenas parcialmente revestida pelo mesoderma. Ex: Nematelmintos. 4.3. Celomados: Nos animais adultos o celoma formará a cavidade geral do corpo, situada entre a epiderme e o tubo digestório e que aloja diversos órgãos. O celoma é totalmente revestido (internamente e externamente) pelo mesoderma. Ex: Anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos e cordados.

Protostômios

Blastópo

BlastópoÂnus

ÂnusBoca

Boca

Deuterostômios

Blastoderma

Ectoderma

Ectoderma

celoma

Arquêntero

Arquêntero

Mersoderma

Endoderma

Endoderma

DIBLÁSTICO

TRIBLÁSTICO

Acelomado

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5. Esquizocelomados e Enterocelomados.a) Esquizocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de fendas internas surgidas nas massas mesodérmicas do embrião. Ex: Moluscos e anelídeos.

b) Enterocelomados: São animais cujo celoma se forma a partir de bolsas que brotam do teto do arquêntero. Ex: Equinodermos e Cordados.

PSEUDOCELOMADO

ESQUIZOCELOMADO ENTEROCELOMADO

CELOMADOPseudoceloma

Pseudoceloma

Celoma

Teloblastos

Celoma

Blastóporo

Evaginaçãodo

arquêntero

ANCESTRAL PROTISTA

SimetrialBilateral

Árvore filogenética que mostra as relações evolutivas entre os principais filos animais.

SimetrialRadial

Celomados

AcelomadosEsquizocelomados Enterocelomados

Segmentados

Segmentados

Pseudocelomados

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PORÍFEROSe Celenterados

1. Filo Porífera (Espongiários).

n O filo Porífera é constituído por animais pluricelulares que apre-sentam poros na parede do corpo. Eles são predominantemente marinhos (minoria em água doce), sendo encontrados desde o nível das praias até uma profundidade de 6 mil metros. As suas células possuem um certo grau de independência e não se orga-nizam em tecidos.

1.1. Características gerais.n São animais sésseis;n O habitat é preferencialmente marinho;n Elevada capacidade de regeneração (amebócitos);n Digestão exclusivamente intracelular;n Diblásticos;n Acelomados;n Protostômios;n Simetria Radial;n Por não apresentarem órgãos, os poríferos foram incluídos no Reino Parazoa, enquanto os outros animais estão incluídos no Eumetazoa;n Não apresentando órgãos, não haverá a formação dos siste-mas, logo estes animais são destituídos de sistemas.

1.2. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos poríferos.n Sua forma lembra um vaso fixo a um substrato geralmente rochoso. Na extremidade superior apresenta um grande ori-fício chamado ósculo, que dá acesso a uma grande cavidade central chamada átrio ou espongiocele.

Possui a parede do corpo dividido em três camadas:n Camada externa (Epiderme): é formada por células achata-

das chamadas pinacócitos, que servem para proteção e reves-timento de uma esponja.n Camada média (mesênquima ou mesogléia): é constituída por um material gelatinoso que é a mesogléia, onde se encon-tram as seguintes estruturas.n Amebócitos: são células responsáveis pela distribuição do alimento e formação de outras células.n Espículas calçárias ou silicosas: são estruturas que fazem a sustentação do corpo do animal.n Rede de esponjina ou fibra de esponjina: estrutura que ajuda na sustentação do animal.n Camada interna: é constituída por células flageladas cha-madas coanócitos cuja função é a digestão intracelular.

1.3. Classificaçãon Os poríferos são classificados de acordo com o trajeto de circulação da água no interior da sua estrutura:a) Áscon: O tipo áscon é o mais simples. A parede é fina e possui poros inalantes que se abrem diretamente na espon-giocela. Esta é revestida por coanócitos.b) Sícon: Nas esponjas do tipo sícon, a parede do corpo é for-mada por projeções em forma de dedos. A água penetra pelas camadas radiais, indo para a espongiocela. Os canais radiais são revestidos internamente por coanócitos.c) Lêucon: No tipo lêucon, a parede do corpo é mais espessa e percorrida por um complicado sistema de canais. Há canais inalantes e exalantes e, entre eles, câmaras revestidas por co-anócitos. A água penetra pelos canais inalantes, passa por câ-maras vibráteis e vai à espongiocela pelos canais exalantes.

Áscon Sícon Lêucon

1.4. Reprodução das esponjas.1.4.1. Reprodução assexuada:Pode ser de 3 tipos:a) Regeneração: Os poríferos possuem grande poder de re-generar partes perdidas do corpo. Qualquer parte cortada de uma esponja tem a capacidade de se tornar uma nova esponja completa.b) Brotamento: Consiste na formação de um broto a partir da esponja-mãe. Os brotos podem se separar, constituindo novos animais.c) Gemulação: É um processo realizado pelas espécies de água doce e alguns marinhos. Consiste na produção de gêmulas, um grupo de amebóides que são envolvidos por uma mem-brana grossa e resistente.

ESQUEMA DO CORTE DE UMA ESPONJA EVIDENCIANO AS CÉLULAS

ósculo

pinacócito

espículas

núcleo

coanócitoporócito

amebócito

fluxo da água

flagelo

partículas dealimento

Coanócitoflagelados

Coanócitoflagelados

Poro

Poros

Câmarasvibráteis

Átrio

Ósculo

Poros

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www.portalimpacto.com.br 7n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

n Os cnidários são animais invertebrados com organização bastante simples, pouco superior à dos poríferos. São os pri-meiros animais da escala zoológica a apresentar uma cavidade digestiva onde ocorre parte da digestão dos alimentos. São ca-racterizados por apresentar células urticantes, os cnidoblastos, responsáveis por causar irritações e queimaduras. Os represen-tantes mais conhecidos são as águas-vivas, hidras e corais.

2.1. Características gerais.n São animais aquáticos, de hábitat preferencialmente mari-nho;n São diblásticos;n São protostômios;n São acelomados;n Possuem simetria radial;n Possuem digestão intra e extracelular;n Existem formas livre-natantes chamadas medusas e formas sésseis chamadas pólipos;

2.2. Organização corporal dos cnidários.n Os cnidários apresentam duas formas morfológicas: pólipos e medusas. Os póli-pos são formas sésseis, fixa a um substrato e têm forma de um cilindro, com a porção superior apresentando tentáculos que cir-cundam a boca. As medusas têm forma de um guarda-chuva, com longos tentáculos que rodeiam a boca situada na porção me-dial inferior.

2.3. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos cnidários.n Os cnidários são animais que apresentam apenas 2 folhetos embrionários (diblásticos). O ectoderma dá origem a epider-me, camada do corpo que reveste externamente o animal. O endoderme é o folheto embrionário que dá origem a gastro-derme, que faz o revestimento da cavidade digestiva, também chamada cavidade gastrovascular. Entre essas camadas existe a mesogléia, massa gelatinosa responsável pela sustentação esquelética do animal.n Na epiderme estão situados diversos tipos de células. São elas:a) Células epitélio-musculares: São responsáveis por conferir movi-mento ao animal, bem como proporcionar o seu revestimento.b) Células interticiais: São células dotadas da capacidade de dar origem aos diversos tipos de células do animal. Participa ativamente do processo de regeneração.c) Células sensoriais: Têm a capacidade de perceber os estí-mulos externos e transmiti-los às células nervosas do animal.d) Células glandulares: Secretam muco que tem função lu-brificante.e) Cnidoblastos: São células dotadas de uma cápsula ovóide,

o nematocisto, que contém um líquido tóxico. Possui na re-gião voltada para o exterior um expansão em forma de dente, denominada cnidocílio, que é ativado ao menor toque e que funciona como um gatilho. Os cnidoblastos localizam-se por toda a epiderme do cnidário, sobretudo na região dos tentácu-los e ao redor da boca.

Cnidoblasto Cnidoblasto Tipos de cnidoblastosdescarregado

n Os cnidários são carnívoros e se alimentos de diversos tipos de animal: crustáceos, peixes, larvas de insetos, etc. Essas pre-sas são capturadas e levadas pelos tentáculos à boca, pelo qual são conduzidas até a cavidade gastrovascular. O sistema diges-tivo é dito incompleto, pois tem boca, mas não tem ânus.n Os cnidários apresentam capacidade de responder a estímu-los do meio. Isso se dá graças a um sistema nervoso bastante simples, mas que está presente neste grupo pela primeira vez no reino animal. O sistema nervoso não é centralizado, mas do tipo difuso com os neurônios formando uma rede.

2.4. Reprodução dos cnidários.a) Assexuada: Ocorre por brotamento, que consiste na forma-ção de um broto formado na parede do corpo do animal que se destaca dando origem a um novo indivíduo.b) Sexuada: Os espermatozóides e óvulos são formados a par-tir das células intersticiais. Os espermatozóides são liberados na água e nadam à procura do óvulo que, dependendo da es-pécie, também é liberado na água ou pode permanecer aderi-do ao corpo da mãe. Do zigoto, forma-se um embrião que, ao desenvolver-se, origina formas adultas.

2. Filo Cnidaria ou Coelenterata (Cnidários ou Celenterados)

1.4.2. Reprodução Sexuada:n Quando a reprodução é sexuada, observa-se que a maioria das esponjas é hermafrodita (monóicas), embora existam espécies com sexos separados (espécies dióicas), não há gônadas para a formação de gametas, sendo estes originados pelos amebócitos. A fecundação (interna) e as primeiras fases do desenvolvimento embrionário ocorrem no interior do organismo materno, de onde origina-se uma larva denominada anfiblástula, que sai pelo ósculo e fixa-se ao substrato, originando uma nova esponja. Como há estágio larval entre o zigoto e o adulto, diz-se que as esponjas apresentam desenvolvimento indireto.

Page 8: Apostila de Biologia - Impacto

8 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

PLATELMINTOSe Nematelmintos

1. Filo Platyhelminthes (Platelmintos)

1.3. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos platelmintos.Os aspectos referentes à anatomia e fisiologia dos platelmintos serão descritos tendo como base a planária, representante de vida livre.

a) Epiderme e sistema muscular: A planária possui o corpo recoberto por uma epiderme. Esta apresenta muitas glândulas,

n Este filo reúne vermes que apresentam o corpo achatado no sentido dorso-ventral. São os primeiros animais da escala zoológica a apresentar 3 folhetos embrionários durante o seu desenvolvimento e simetria bilateral.

1.1. Características gerais.n São triblásticos;n São acelomados;n São protostômios;n Possuem simetria bilateral;n Podem ser de vida livre ou parasita.

1.2. Classificação e diversidade dos platelmintos.Existem aproximadamente 13 mil espécies de platelmintos di-vididas em 3 grupos: turbelários, trematóideos e cestóideos.n Classe Turbellaria: Reúne os platelmintos de vida livre. Os turbelários têm como representante as planárias que podem ser aquáticas ou terrestres. Apresentam grande capacidade regenerativa.n Classe Trematoda: Esta classe é constituída por espécies parasitas. Alguns são ectoparasitas, outros são endoparasitas. Tem como representante o esquistossomo, causador da es-quistossomose.n Classe Cestoda: Reúne 2 mil espécies de vermes conheci-das como tênias ou solitárias. Possuem na região da cabeça ventosas que servem para aderir ao intestino do hospedeiro. O corpo é constituído por um conjunto de unidades denomi-nadas proglótides. A cada instante, novas proglótides estão sendo produzidas.n As proglótides localizadas próximo da cabeça são chamadas proglótides jovens e são imaturas. As localizadas na porção medial são chamadas adultas e já são maduras sexualmente. As proglótides situadas mais distantes da cabeça são chama-das proglótides grávidas, pois estão ricas em ovos e são conti-nuamente eliminadas junto com as fezes do hospedeiro.

Classe Turbellaria(planária)

Classe Trematoda(esquistossomo)

Classe Cestoda(tênia)

Poro genitalFaringe

Boca

Face dorsal

Ocelo

Faceventral

VentosasEscoléx

Proglótidesmaduras

ProglótidesgrávidaProglótides

imaturas

responsáveis pela produção de muco. Na porção ventral, há cílios que permitem o deslizamento do animal. Logo abaixo da epiderme existem células musculares dispostas no sentido circular, longitudinal e transversal. A ação desse conjunto de músculos permitem o animal movimentar-se nos diversos sentidos.

b) Sistema digestivo: Presente do tipo incompleto, pois há somente uma abertura: o ânus. O intestino é altamente ramificado.

c) Sistema excretor: Presente. As excretas são eliminadas por células especializadas denominadas células-flama ou solenócitos.

d) Sistema nervoso: Presente, do tipo centralizado. É constituído por dois gânglios cerebrais, localizados na região anterior de onde partem dois cordões nervosos ventrais.e) Sistema respiratório: Ausente. As trocas gasosas ocorrem por difusão.

1.4. Reprodução dos platelmintos.n Os platelmintos podem ser monóicos, como no caso das planárias e das tênias ou dióicos, como no caso dos esquistossomos. Nas planárias ocorre fecundação recíproca; nas tênias, autofecundação e nos esquistossomos há fecundação cruzada.

Tubo digestório

FaringeBoca

Cordões nervososlongitudinais

Células-flama

Canal excretorPoros excretores

Nervos

Esquema do sistema digestório incompleto da planária

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Page 9: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 9n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

2. Filo Nemathelminthes (Nematelmintos ou nematódeos)

n Os nematódeos (do grego nematos, ’filamento’, e eidos, ‘semelhante’) são todos cilíndricos e alongados. Com o corpo não segmentado e revestido de cutícula resistente e quitinosa, são animais de simetria bilateral, triblásticos, porém pseudocelomados, isto é, a cavidade do corpo não é “totalmente” revestida por folhetos mesodérmicos. Essa cavidade é limitada, por um lado, por músculos (de origem mesodérmica), mas, por outro lado, ela é limitada pela parede do tubo digestivo (de origem endodérmica). Logo, nestes animais, não existe um celoma verdadeiro, e sim um “falso celoma” ou pseudoceloma. Os nematelmintos são os únicos pseudocelomados na escala animal.

2.1. Características gerais.

n São triblásticos;

n São pseudocelomados;

n São protostômios;

n Possuem simetria bilateral;

n São os primeiros animais da escala zoológica a possuir sistema digestivo completo;

n Podem ser de vida livre ou parasita;

n São dióicos.

2.2. Aspectos anatômicos e fisiológicos dos nematelmintos.

a) Tegumento.n O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora muito resistente, produzida pela epiderme, composta principalmente de colágeno. Essa cutícula protege contra as enzimas produzidas pelo sistema digestivo do organismo hospedeiro. A epiderme é composta por uma camada de células simples.

b) Sistema muscular.

n A musculatura dos nematódeos é composta por uma única camada de células que se distribui longitudinalmente pelo corpo. Essa musculatura lisa é responsável pelos movimentos desses animais. Provocam flexões dorso ventrais. A movimentação também vai depender da elasticidade da cutícula e do esqueleto hidrostático, líquido presente no pseudoceloma.

c) Sistema digestivo.

n Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestivo completo, ou seja, possuem boca e ânus. A boca possui lábios ao redor. Esses lábios possuem papilas sensoriais, dentes ou placas cortantes. Os parasitas alimentam-se de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro, mas há também espécies fitófagas e carnívoras.

d) Sistema circulatório.

n Não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes e substâncias tóxicas é feita pelo pseudoceloma.

e) Sistema excretor.

n Possuem uma célula especializada, com um formato que lembra a letra H. Possuem dois canais longitudinais, que percorrem a lateral do corpo do verme, unidos por um canal transversal, que emite um ducto que elimina excretas pelo poro excretor. A principal excreta desses animais é a amônia.

f) Sistema Nervoso.

n Possuem dois cordões nervosos que percorrem o corpo do animal, ventral ou longitudinalmente. Da faringe partem os cordões nervosos. O cordão nervoso dorsal é responsável pela função motora, enquanto o ventral é sensorial e motora, sendo considerada a mais importante.

2.3. Reprodução dos nematelmintos.

n São animais dióicos, em sua grande maioria, possuem sexos separados. Apresentam dimorfismo sexual, ou seja, a fêmea é diferente do macho. Normalmente os machos são menores e sua porção posterior é afilada e curva, para facilitar a cópula. A fecundação é cruzada e o desenvolvimento é indireto.

Boca

Tubo digestivo

Cavidade corporal(pseudoceloma)

Pseudoceloma

Endoderme

ânus

Parede do corpo

Ectoderme

Mesoderme

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HELMINTÍASESParasitologia platelmíntica

1. TENÍASE

2. ESQUISTOSSOMOSE OU BARRIGA D’ÁGUA.

n A teníase é uma doença causada pela fase adulta de um verme chamado tênia (taenia solium e taenia saginata) quando esta se aloja no intestino humano através da ingestão de derivados de porco e boi mal cozidos que contenham cistos do verme. Estes cistos formam a popular solitária que pode chegar a três metros de comprimento dentro do organismo humano. Seu corpo é formado por anéis e estes podem armazenar até 80.000 ovos cada um. Os ovos liberados pelas fezes contaminam o solo e a água que transmite aos animais e esses passam para o homem.A verminose por muitas vezes não se manifesta, porém pode apresentar alterações do apetite, diarréia, enjôo, insônia, perda de peso, irritação, dor abdominal, fadiga e fraqueza. O tratamento consiste na ingestão de um anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. Para o tratamento caseiro utiliza-se até hoje o chá de sementes de abóbora.

n A esquistossomose é uma doença (barriga d’água) muito comum no Brasil, causada pela infestação de vermes platelmintos trematódeos do gênero Schistosoma, parasitando as veias do fígado e intestino no ser humano. O ciclo de vida deste invertebrado passa por dois hospedeiros: um intermediário e o outro definitivo.

n Inicialmente o ovo contido nas fezes de uma pessoa contamina, depositado em ambientes aquáticos, se transforma em uma larva aquáti-ca ciliada denominada miracídio. Essa se instala temporariamente em um tipo específico de cara-mujo planorbídeo (gênero Biomphalaria), modi-ficando-se em uma larva chamada de cercária.

n As cercárias penetram ativamente através da epiderme, quando as pessoas (principalmente os ribeirinhos) usufruem de cursos d’água contami-nados. Após a penetração, as larvas atingem a corrente sangüínea, por onde são transportadas até o intestino e fígado, fixando-se aí por meio de ventosas, e reproduzindo-se sexuadamente.n Os principais sintomas desta verminose são:n Na fase aguda: coceiras, dermatites, febre, tos-se, diarréia, enjôos, vômitos e emagrecimento.n Na fase crônica: diarréia, aumento do fígado (hepatomegalia), aumento do baço (espleno-megalia), hemorragias, abdômen com aspecto dilatado.Dentre as medidas profiláticas, destacam-se:n Evitar tomar banhos em locais desconhecidos, lagos e córregos de regiões com histórico evi-dente, onde seja comprovado o grande número de casos da doença;n Promover o controle da população de caramu-jos planorbídeos;n tratar os doentes e fornecer saneamento bási-co, garantindo condições básicas de higiene.

Fígado

Ovo

Miracídio

RédiasCercárias

Cercária

Cercárias abandonam o caramujo

Penetração ativa das cercárias através da pele

Rédias

Vermes adultosnas veias do

fígado

Ovos eliminados na

água

Eclosão do mirocídio e penetração no

caramujo

Desenvolvimento do miracídio no corpo do caramujo

Esporocisto

Larva cercária que abandona o caramujo e pene-tra no homem. Ovos de esquistossomo elimina-dos junto com as fezes. Paciente com esquistosso-mose portador de intensa dilatação abdominal.

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3. ASCARIDÍASE

4. ANCILOSTOMOSE OU ANCILOSTOMÍASE.

5. FILARIOSE OU ELEFANTÍASE.

n A ascaridíase é uma verminose provocada pelo verme Ascaris lumbricoides, conhecido como lombriga. A contaminação ocorre quan-do um indivíduo ingere alimentos contaminados com ovos do verme.n Ao entrar no organismo, o ovo eclode e libera a larva no intestino delgado, passa pela mucosa até chegar ao intestino grosso aonde chega à maturidade, com aproximadamente 40 cm.n Normalmente a ascaridíase não apresenta sintomas, mas podem ocorrer dores abdominais, náuseas, vômitos, aumento dos sons intestinais, falta de apetite, palidez e emagrecimento. O diagnóstico é feito através do exame de fezes que, se contaminado, apresenta os ovos do verme.n O tratamento utiliza medicamentos específicos contra vermes. É recomendável a repetição do tratamento após uma semana para matar larvas restantes.

n A ancilostomose, também conhecida como amarelão, é provocada pelo Necator americanus e Ancylostoma duodenalis, espécies de ver-mes parasitas nematódes. As fêmeas liberam ovos no intestino del-gado, que são expulsos pelas fezes e eclodem entre cinco e dez dias, tornando-se larvas infectantes.n O nome popular amarelão deve-se a cor amarelada apresentada pela pessoa infectada, decorrente da anemia que o verme provoca no hospedeiro ao sugar seu sangue.n Na terra quente e úmida, dos ovos saem larvas que procuram um hospedeiro humano. Uma vez fixada no intestino delgado, onde a lar-va atinge o estágio adulto, quando tem capacidade de liberar ovos, o verme passa a sugar o sangue da pessoa. Ao penetrar na pele, a larva ocasiona vermelhidão, prurido, inchaço, sensação de “picada”. Da pele, a larva entra na corrente sanguínea, onde sofre transformações até chegar ao intestino delgado.n Os primeiros sintomas da infecção são: palidez, desânimo, dificul-dade de raciocínio, cansaço e fraqueza, provenientes da falta de ferro (anemia) no organismo. Outros sintomas como dores musculares, ab-dominais e de cabeça, hipertensão, tonturas; também poderá ocorrer com o agravamento do quadro. A doença é perigosa para as gestantes, pois pode afetar o desenvolvimento do feto.n A transmissão da ancilostomose ocorre por meio do contato direto com solo contaminado, como por exemplo, andar descalço na terra.

Ciclo de vida do Ascaris lumbricoides, um nematelminto que realiza todo o seu ciclo em um único hospedeiro

n A filariose, também conhecida por elefantíase, é uma doença causada por um verme nematódeo, Wuchereria bancrofti, que parasita os vasos linfáticos do ser humano. O ciclo de vida desse invertebrado patogênico ocorre com intervenção de dois hospedeiros: inicialmente passando por um vetor (o mosquito hematófago do gênero Culex), que ao picar o ho-mem introduz larvas infectantes na corrente sangüínea. Essas larvas se de-senvolvem em vermes adultos, com aproximadamente 10 centímetros de comprimento, migrando para o sistema linfático (os gânglios linfáticos), onde habitam e se reproduzem. A proliferação pode obstruir os ductos do sistema linfático, retendo a linfa e provocando um edema. Os ovos deposi-tados se transformam em microfilárias que se difundem para os vasos san-güíneos, dissipando para diversos órgãos (músculos e cavidades serosas).n A transmissão ocorre quando um indivíduo infectado é picado pelo mos-quito, sugando junto ao sangue as microfilárias, transmitidas a outras pes-soas, reiniciando o ciclo. Os principais sintomas são inchaço dos membros superiores e inferiores (braços e principalmente as pernas), podendo atingir a região escrotal e as mamas. Entre as medidas de controle, destacam-se o combate ao mosquito vetor, utilização de telas nas janelas e portas das residências, uso de repelentes e tratamento dos indivíduos infectados.

Acima, à esquerda, mosquito Culex, transmissor da filariose. Demais fotos: deformações em decorrência de obstruções dos vasos linfáticos

Casca

Embrião

Ingestão de água ou alimentos contaminados

por ovos de lombriga

Formas larvais de lombriga migram do pulmão e

traqueia e são engolidos

Vermes adultos no instestino delgado

Eliminação dos ovos de lombriga com as fezes

Eclosão dos ovos e libertação das larvas no

intestino delgado

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EVOLUÇÃOA origem da vida

1. TEORIA DA GERAÇÃO ESPONTâNEA

n Os primeiros defensores conhecidos das ideias nesse sentido foram Anaximandro, seu pupilo Anaxímenes, e outros como Xenófanes, Parmênides, Empédocles, De-mócrito, e Anaxágoras. Sustentavam de modo geral que a geração espontânea ocorria, mas em versões variadas.n O defensor mais famoso dessa hipótese na antigüidade foi Aristóteles há mais de dois mil anos, e em sua versão, supunha a existência de um “princípio ativo” dentro de certas porções da matéria inanimada. Esse princípio ativo organizador, que seria responsável, por exemplo, pelo desen-volvimento de um ovo no animal adulto, cada tipo de ovo tendo um princípio or-ganizador diferente, de acordo com o tipo de ser vivo. Esse mesmo princípio organi-zador também tornaria possível que seres vivos completamente formados eventualmente surgissem a partir da “matéria bruta”.n A ideia era baseada em observações - descuidadas, sem rigor científico atual - de alguns animais aparentemente surgirem de matéria em putrefação, ignorando a pré-existência de ovos ou mesmo de suas larvas. Isso antecedeu o desenvolvimento do método científico tal como é hoje, não havendo tanta preocupação em certificar-se de que as observações realmente correspondessem ao que se supunha serem fatos, levando a falsas conclusões.n Relatos de geração espontânea são encontrados, por exemplo, na mitologia grega: após o dilúvio universal, o casal humano so-brevivente Deucalião e Pirra precisou da ajuda dos deuses para recriar a humanidade, mas os animais apareceram através da geração espontânea.n Essas ideias sobre abiogênese eram aceitas comumente até cerca de dois séculos atrás. Ainda no século XIII, havia a crença popu-lar de que certas árvores costeiras originavam gansos; relatava-se que algumas árvores davam frutos similares a melões, no entanto contendo carneiros completamente formados em seu interior. No século XVI, Paracelso, descreveu diversas observações acerca da geração espontânea de diversos animais, como sapos, ratos, enguias e tartarugas, a partir de fontes como água, ar, madeira podre, palha, entre outras.n Cientistas de todos os campos do saber acreditavam, por exemplo, que as moscas eram originadas da matéria bruta do lixo. Já no século XVII Em resposta às dúvidas de Sir Thomas Browne sobre “se camundongos podem nascer da putrefação”, Alexander Ross respondeu:

Então pode ele (Sir Thomas Browne) duvidar se do queijo ou da madeira se originam vermes; ou se besouros e vespas das fezes das va-cas; ou se borboletas, lagostas, gafanhotos, ostras, lesmas, enguias, e etc, são procriadas da matéria putrefeita, que está apta a receber a forma de criatura para a qual ela é por poder formativo transformada. Questionar isso é questionar a razão, senso e experiência. Se ele duvida que vá ao Egito, e lá ele irá encontrar campos cheios de camundongos, prole da lama do Nilo, para a grande calamidade dos habitantes.

n O médico belga J. B. Van Helmont, que posteriormente foi responsável por grandes experimentos sobre fisiologia vegetal, chegou a prescrever uma “receita” para a produção espontânea de camundongos em 21 dias. Segundo ele, bastava que se jogasse, num canto qualquer, uma camisa suja (o princípio ativo estaria no suor da camisa) e sementes de trigo para que dali a 21 dias fosse constatada a geração espontânea.n Essas conclusões errôneas se devem a falta de metodologia apropriada, limitando variáveis que pudessem trazer resultados falsos - como por exemplo, impedir que ratos já formados tivessem acesso à “receita” que supunha-se produzir ratos - aliada ao pressuposto de que a geração espontânea era mesmo possível.

Quando o Homem começou a se dar conta dos seres vivos que o rodeavam, tornou-se necessário explicar o aparecimento destes, bem como o seu próprio aparecimento. Foi então que surgiram algumas teorias cujo objetivo era explicar o surgimento e desenvolvimento das espécies vivas, conheça a seguir as principais teorias de origem da vida:

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2. TEORIA DA BIOGêNESE

n Teoria baseada na origem de um ser vivo apenas oriundo de outro ser vivo. No século XVII, a teoria da biogênese co-meçou a ganhar adeptos gerando o debate entre os cientistas acerca da origem da vida. A idéia central da biogênese, a de que “um ser vivo só pode surgir de outro preexis tente”, entrou em conflito com a geração espontânea provocando calorosas discussões entre os defensores de ambos os lados. Entre os defensores da biogênese estavam os médicos Francesco Redi, Louis Pasteur o pesquisador Lázaro Spalazani e a favor da ge-ração espontânea o naturalista John Needham.

2.1 Francesco Redi: Em meados do século XVII, o médico e biólogo italia no Francesco Redi elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da gera ção es-pontânea. Na época de Redi, uma das principais evidências da abiogênese era o aparecimento “espontâneo” de “vermes” em carne podre. O cientista italiano, porém, estava convencido de que os tais vermes não surgiam espontaneamente da própria carne. Sua hipótese era que eles surgissem de ovos colocados por moscas. Para provar sua hipótese, Redi colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fe-chando outros com uma tela. Observou que o material em decom posição atraía moscas, que entravam e saíam ativa-mente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros “vermes” deslo cando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Mas nos frascos fechados, onde as moscas não tinham acesso à carne em de-composição, esses “vermes” não apareciam. A carne em putre-fação não constituía, como supunham os defen sores da gera-

ção espontânea, uma “fonte de vida” dotada de um “princípio ativo” organizador; a fonte de vida eram seres vivos (moscas) que já exis tiam. O papel da carne era somente constituir um meio adequado ao desenvolvimento das larvas, fornecendo-Ihes o alimento necessário.

2.2. John Needhem: Um religioso chamado John Needham fez em 1745 um experimento cujos resultados pareciam com-provar as idéias da abiogênese. Vários caldos nutritivos, como sucos de frutas e extrato de galinha, foram colocados em tu-bos de ensaio, aquecidos durante um certo tempo e em se-guida selados. A intenção de Needham, ao aquecer, ora ob-viamente a de provocar a morte de organismos possivelmente existentes nos caldos; o fechamento dos frascos destinava-se a impedir a contaminação por micróbios externos. Apesar dis-so, os tubos de ensaio, passados alguns dias, estavam turvos e cheios de microorganismos, o que parecia demonstrar a ver-dade da geração espontânea.

2.3. Lázaro Spallanzani: Em 1770, o italiano Lazaro Spallan-zani repetiu as experiências de Needhem. A diferença no seu procedimento foi a de ferver os líquidos durante uma hora, não se limitando a aquecê-los; em seguida os tubos foram fechados hermeticamente. Líquidos assim tratados mantiveram-se estéreis, isto é, sem vida, indefinidamente. Desta forma, Spallanzani demonstrava que os resultados de Needham não comprovavam a geração espontânea: pelo fato de aquecer por pouco tempo, Needham não ha-

via destruído todos os micróbios existentes, dando-lhes a oportunidade de proliferar novamente. Needham, porém, responde às críticas de Spallanzani com um argumen-to aparentemente muito forte. O aquecimento excessivo, segundo Needham, havia destruído o princípio ativo; sem princípio ativo, não Poderia ocorrer a geração espontânea. É interessante notar que o próprio Spallanzani não soube refutar esse argumento, ficando as idéias da abiogênese consolidadas.

2.4. Louis Pasteur: Foi na Segunda meta-de do século XIX que a abiogênese sofreu seu golpe final. Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, preparou um cal-do de carne, que é excelente meio de cul-tura para micróbios, e submeteu-o a uma cuidadosa técnica de esterilização, com aquecimento e resfriamento. Hoje, essa técnica é conhecida como “pasteurização”.Uma vez esterilizado, o caldo de carne era conservado no interior de um balão “pes-coço de cisne”. Devido ao longo gargalo do balão de vidro, o ar penetrava no balão, mas as impurezas ficavam retidas na curva do gargalo. Nenhum microrganismo pode-ria chegar ao caldo de carne. Assim, a des-peito de estar em contato com o ar, o caldo se mantinha estéril, provando a inexistên-cia da geração espontânea. Para eliminar o argumento de Needham, quebrou alguns pescoços de balões, verificando que ime-diatamente os líquidos ficavam infestados de organismos. Era o ano de 1864. A geração espontânea estava completamente desacreditada.

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3. OUTRAS HIPóTESES SOBRE A ORIGEM DA VIDA:

n Com a aceitação da biogênese, surgiu a seguin te questão: Se os organismos são gerados a partir de outros, corno se originou o primeiro organismo? Há pelo menos três hipóteses propostas para responder à pergunta sobre a origem dos seres vivos na Terra:

3.1. Criacionismo: Essa é a mais antiga de todas as hipóteses sobre a origem da vida e tem forte cunho religioso, sendo até hoje aceita por fiéis de várias religiões. De acordo com esse pensamento a vida foi criada a partir de uma divindade.

3.2. Hipótese Cosmozoária ou Panspermia Cósmica: Svante August Arrhenius (1859-1927), físico sueco, foi o principal de-fensor da idéia de pansper mia cósmica. Essa hipótese supõe que a Terra teria sido “contaminada”, em tempos remotos, por mi crorganismos oriundos do espaço, denominados cosmo-zoários. Transportados, por exemplo, por meteoros, esses mi-crorganismos teriam atingido nosso planeta e, encontrando condições favoráveis de sobrevivência, proliferaram, consti-tuindo a fon te de vida na Terra.

3.3. Hipótese Autotrófica: Alguns estudiosos sugeriram que os primei ros seres vivos já eram auto-suficientes, capazes de fabricar seu próprio alimento.

3.4. Hipótese Heterotrófica: A imensidão de matéria orgâni-ca nos ocea nos primitivos favoreceu os organismos que se alimentavam diretamente dela. O mecanismo mais elementar de obtenção de energia por meio de substâncias orgânicas é a fermentação, que produz energia e gás carbônico (CO2). A fermen tação é feita por seres heterótrofos anaeróbios, que não produzem seus alimentos e não utili zam oxigênio. Por

isso, acredita-se que os hete rótrofos anaeróbios foram os primeiros seres vi vos da Terra. E essa é a Hipótese Hetero-trófica.

3.5. Teoria dos Coacervados: Em 1922, o bioquímico russo Alexander Ivanovich Oparin (1894-1980) propôs a teoria da origem precoce da vida na história da Terra, ou melhor, a ori-gem da vida por evolução química. Ele admitiu que a atmos-fera primitiva do planeta era muito diferente da atual: ela não continha oxigênio, exatamente o inverso da atual. A atmosfe-ra primitiva era formada por gases simples como gás hidrogê-nio (H2) amôia (NH3), metano (CH4) e vapor de água (H2O). O vapor de água liberado pelas erupções vulcânicas se acumu-lava nas regiões altas e frias da atmosfera, onde retornava ao estado líquido e voltava ao solo sob forma de chuvas. Durante milhares de anos, as condições primitivas do planeta favore-ceram o surgimento de violentas tempestades e de chuvas torrenciais que esfriaram as rochas quentes da crosta terres-tre. Ao mesmo tempo, durante milhares de anos, os gases presentes na, atmosfera primitiva foram bombardeados pelos raios ultravioletas e por descargas elétricas, cuja energia, as-sociada ao calor das erupções vulcânicas, propiciara a gera-ção de moléculas orgânicas simples como hidro carbonetos e aminoácidos. Essas moléculas simples foram arrastadas pelas chuvas para os mares e lagos, onde reagiram e formaram mo-léculas complexas como as proteínas e os ácidos nucléicos, compostos essen ciais ao início da vida na Terra. Mais tarde o cientista John B. S. Haldane (1892-1964), basea do nas idéias de Oparin, admitiu que as moléculas de proteínas acumula-das durante milhares de anos nos mares primitivos criaram as condições necessárias para a formação das primeiras cé-lulas. As proteínas teriam se associado às moléculas de água

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4. ExPERIMENTO DE MILLER

5. ExPERIMENTO DE FOx:

n sidney Fox (1912-1998) foi um pesquisador norte-americano.n Baseado na teoria de Oparin, que dizia que a água da Terra primitiva continha vá-rios aminoácidos e era levada pelas chuvas para a superfície das rochas quentes, e esse calor provocava a união dessas moléculas, Fox realizou um experimento muito parecido em seu laboratório.n Fox preparou uma solução líquida contendo aminoácidos e colocou essa solução em uma superfície seca e aquecida. Em seguida, adicionou água salgada ao siste-ma, simulando a água do mar que molhava as rochas.n Após algum tempo, Fox analisou a solução no microscópio e observou a formação de umas pequenas esferas. Essas pequenas esferas tinham a propriedade de au-mentar seu tamanho e se dividirem em esferas menores.n Essas esferas eram formadas por proteínas em seu interior, resultantes das liga-ções entre os aminoácidos. Ao redor dessas esferas havia pequenas bolsas, prova-velmente formadas por moléculas de água.n Os coacervados são produzidos dessa forma e possuem essa mesma compo-sição. As proteínas se aglomeram e ao redor se forma uma película composta por moléculas de água, transformando o coacervado em um sistema isolado.n Recentemente, cientistas utilizaram material orgânico proveniente de meteoritos em um experimento. O material orgânico foi dissolvido em água e observaram a formação de coacervados.

e formaram massas gelatinosas denominadas coacervados. Os coacervados não são seres vivos, mas uma primitiva organização das substâncias orgânicas em um sistema isolado do meio (protobionte). Apesar de isolados, eles podiam trocar substâncias com o meio externo, havendo em seu interior possibilidade de ocorrerem inúmeras reações químicas. Não se sabe como a primeira célula surgiu, mas pode-se supor que, se é possível a formação de um sis tema organizado como o dos coacervados, podem ter sur gido sistemas equivalentes com algumas diferenças: envoltos por uma mem-brana especial e contendo em seu interior várias moléculas, entre elas os ácidos nucléicos. Com a presença dos ácidos nucléicos, essas for mas teriam adquirido a capacidade de reprodução e regulação das reações químicas internas. Nesse momento, teriam surgido os primeiros seres vivos que, apesar de primitivos, eram capazes de se repro duzir originando seres semelhantes a eles.

n Numa experiência pioneira, no início dos anos 50, o cientista americano Stanley Miller recriou a prová-vel atmosfera primitiva. Misturou num recipiente her-meticamente fechado hidrogênio (H2), vapor d’água (H2O), amônia (NH3) e metano (CH4). Fez passar atra-vés dessa mistura fortes descargas elétricas para si-mular os raios das tempestades ocorridas continua-mente na época e obteve então aminoácidos - “tijo-los” básicos das proteínas.

Microesferas de Fox

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EVOLUÇÃOA origem da vida

EVOLUCIONISMO

1. Fixismo: durante boa parte da história, o pensamento predominan te da humanidade foi o fixismo, isto é, o de que a vida existente nunca evoluiu, pois, da mesma forma que foi criada, permanece fixa até os dias de hoje.

2. Evolucionismo: também conhecida por teoria transformista, surgiu no século XIX se baseia na evolução, ou seja, o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.

3. Evidências da Evolução: há um grande número de evidências acumuladas que mostra que a evolução realmente ocorreu e continua ocorrendo. Essas evidências são: a anatomia comparada; a embriologia comparada e os registros fósseis.

3.1 Anatomia comparada: ao analisar as diferentes espécies, podemos observar que estas apresentam estruturas semelhantes ou membros com a mesma função. A observação destes caracteres veio apoiar as idéias evolucionistas, pois este fato demonstra uma origem comum de diferentes espécies. As principais evidências da anatomia comparada que auxiliam no estudo da evolu-ção são: a homologia; a analogia e os órgãos vestigiais.

a) Homologia: por homologia entende-se semelhança en-tre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólo-gas podem exercer ou não a mesma função. A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum.Ex: O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica. Nesses casos, não há simila-ridade funcional.

c) órgãos Vestigiais: órrgãos vestigiais são aqueles que, em alguns or-ganismos, encontram-se com tamanho reduzido e geralmente sem fun-ção, mas em outros organismos são maiores e exercem função definitiva. A importância evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de uma ancestralidade comum.

b) Analogia: A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estru-turas, em função de adaptação à execução da mesma função. As estru-turas análogas não refletem por si só qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Ex: As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São, portanto, es-truturas análogas.

3.2. Embriologia Comparada: o estudo comparado da embriologia de diver-sos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve, surgem características individu-alizantes e as semelhanças diminuem. Essa semelhança também foi verificada no desenvolvimento embrionário de todos animais metazoários. Nesse caso, entretanto, quando mais diferentes são os organismos, menor é o período em-brionário comum entre eles.

3.3 Bioquímica Comparada: sabemos que todos os organismos com estrutura celular possuem como material genético o DNA e que os genes são trechos dessas moléculas de DNA transcritos em moléculas de RNA que podem ser traduzidos em proteínas. Portanto, o DNA, o RNA e as proteínas são moléculas

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www.portalimpacto.com.br 17n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

presentes em todos os seres vivos desde que eles surgiram na Terra. Modificações nessas moléculas foram fundamentais no processo da evolução e permitiram a grande diversificação dos seres vivos. Assim, comparando as seqüências de bases nitro-genadas do DNA ou do RNA, ou comparando as proteínas de diferentes espécies de seres vivos, podemos estabelecer o grau de proximidade entre essas espécies. Isso significa que podemos estabelecer o grau de parentesco evolutivo entre elas. Quanto maior for a semelhança nas seqüências das bases nitrogenadas dos ácidos nucléicos, ou quanto maior a semelhança entre as proteínas dessas espécies, maior será a proximidade evolutiva entre elas.

3.4 Registros fósseis: é considerado fóssil qualquer in-

dício da presença de organismos que viveram em tempos

remotos da Terra. A importância do estudo dos fósseis

para a evolução está na possibilidade de conhecermos

organismos que viveram na Terra em tempos remotos,

sob condições ambientais distintas das encontradas atu-

almente, e que podem fornecer indícios de parentesco

com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são considera-

dos importantes testemunhos da evolução.

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4.2 Darwinismo: Charles Darwin e Alfred Wallace desenvolveram uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin e Wallace, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de so-brevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:

• Cada população tem tendência a crescer exponencialmente se verificarem condições ótimas no ambiente. Isto leva a uma superprodução de descendentes.

• Como o ambiente não comporta todos os descendentes, ocorrerá uma luta pela sobrevivência entre os indivíduos da popu-lação sobrevivendo apenas alguns, os mais aptos.

• Qualquer população é caracterizada pela existência de grande variabilidade entre os indivíduos que a ela pertencem.

• Os indivíduos que apresentam características que lhes conferem vantagem competitiva num determinado ambiente são mantidas por seleção, ocorrendo assim uma sobrevivência e reprodução diferenciais. Os que não apresentam vantagem são eliminados ou apresentam menor número de descendentes.

• A sobrevivência e reprodução diferenciais conduzem a uma gradual alteração nas características da população.

TEORIAS EVOLUTIVAS

n Várias teorias surgiram para explicar a evolução, destacando-se, entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da gené-tica, ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.

4.1 Lamarckismo: Jean-Baptiste de Monet, cavaleiro de Lamarck é considerado o verdadeiro fundador do evolucionismo. La-marck foi quem primeiro sugeriu uma teoria de evolução fundamentada, que explicava o modo de alteração das espécies. Assim, ao contrário dos seus contemporâneos, que se limitavam a defender as idéias evolucionistas, Lamarck desenvolveu um estudo acerca do modo como funciona a evolução. A teoria resultante de tal estudo chama-se Lamarckismo. Lamarck estabeleceu três leis para explicar a evolução: A lei da busca da perfeição, A lei do uso e do desuso; a lei da herança dos caracteres adquiridos.

• Lei da busca da perfeição: variações do meio ambiente levam o indivíduo a sentir necessidade de se adaptar.

• Lei do uso ou desuso: O uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.

• Lei da transmissão das características adquiridas: alterações provocadas em determinadas características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes. germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.

As girafas ancestrais provavelmente tinham pescoços curtos. Para alcançar a folhagem das árvores de que se alimentavam. tinham que esticar o pescoço.

Pelo fato de esticarem sempre o pescoço para atingir a folhagem das árvores, o pescoço alongou-se. Essa caracteristica adquirida era transmitida aos seus descententes.

Finalmente o contínuo esticamento

do pescoço deu origem as girafas

atuais. Portanto, pelo uso ou desuso

e pela transmissão das características

adquiridas houve a evolução.

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www.portalimpacto.com.br 19n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

As girafas ancestrais provavelmente apresentavam pescoços de comprimentos variáveis. As variações eram hereditárias.

A competição e a seleção natural levaram à sobrevivência dos descendentes de pescoços longos, uma vez que estes conseguirão alimentar-se melhor do que as girafas de pescoço curto.

Finalmente, apenas as girafas de

pescoços longos sobreviveram à

competição. Portanto, pela seleção

natural ocorreu a evolução.

4.3 Neodarwinismo: Versão atual da teoria da evolução de Darwin, que incorpora os conhecimentos atuais da Ge-nética, reconhecendo ainda a seleção natural como o principal fator da evolução. No século XX, a teoria darwinista foi sendo adaptada a partir de descobertas da Genética. Essa nova teoria, chamada de Sintética ou neodarwinista, é a base da moderna Biologia. A explicação sobe a hereditariedade das características dos indivíduos deve-se a Gregor Mendel (1822-1884), em 1865, mas sua divulgação só ocorre no século XX. Darwin desconhecia as pesquisas de Men-del. A síntese das duas teorias foi feita nos anos 30 e 40. Os pontos importantes são:

• MUTAÇÕES (gênicas e cromossômicas) e RECOMBINAÇÕES GENÉTICAS causam as VARIAÇÕES entre indivíduos sobre as quais age a SELEÇÃO NATURAL.

• Além disso, existem fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e oscilação genética.

Recombinação gênica

Variabilidade

Seleção natural

Adaptação

Mutações

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EVOLUÇÃOConvergência e Irradiação adaptativa

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03

n Na irradiação, espécies de uma mesma origem diferenciam-se de acordo com os ambientes em que vivem adquirindo ca-racterísticas bastante diversas. Já na convergência adaptativa, ou evolução convergente, os organismos de origens diferentes, que vivem no mesmo ambiente há muito tempo, sendo submetidos a pressões de seleção semelhantes, acabem por se parecer. Aqui, a semelhança não é sinal de parentesco; ela resulta da ação da seleção natural sobre espécies de origens diferentes. É evidente que os animais aquáticos que tenham a forma de seu corpo adaptada à natação serão selecionados favoravelmente, não importando quais sejam seus ancestrais. A forma do corpo das baleias e dos tubarões, por exemplo, é bastante semelhan-te; afinal, ambos, são animais adaptados à natação. A baleia, no entanto, é um mamífero homeotermo e respira por pulmões, sendo evolutivamente bastante distanciada dos tubarões, que são peixes cartilaginosos, respirando por brânquias e são hete-rotermos.n Algumas plantas de deserto do grupo das cactáceas e das euforbiáceas, apesar de sua origem diversa, desenvolveram estru-turas semelhantes: caules carnosos, tecido armazenador de água e espinhos protetores. A morfologia de suas flores, contudo, é um testemunho claro de suas diferentes origens.

CONVERGêNCIA ADAPTATIVA:

IRRADIAÇÃO ADAPTATIVA:

n Uma população ou uma espécie que vive em certa área tende a dis-persar-se, ocupando o maior número de hábitats possível. Como as con-dições ambientais são diferentes em cada habitat, a seleção natural faz com que esses grupos, ao longo do tempo, se diferenciem bastante um do outro, já que cada um deles se adapta a um ambiente diferente. Dessa maneira, uma única espécie pode dar origem a uma grande variedade de espécies, cada qual adaptada a certo conjunto de condições de vida. A essa diversificação de formas, originadas de uma espécie única, chama-mos irradiação adaptativa.

n Vejamos um exemplo de irradiação adaptativa. Nas ilhas Galápagos, vi-sitadas por Darwin durante sua viagem, existem 14 espécies de pequenos pássaros, os tentilhões. Todas essas espécies são muito parecidas e provavel-mente evoluíram de ancestrais comuns; porém, cada uma delas possuí um tipo de bico bem diferenciado, adaptado a certo tipo de alimento.

n Acredita-se que o grupo fundador tenha um dia chegado a uma das ilhas maiores, onde sobreviveu por certo tempo. De uma forma ou de outra, alguns indi-víduos do grupo devem ter migrado para outras ilhas, nas quais ficaram isolados por um tempo suficiente para que ocorresse especiação. Os tentilhões não voam muito bem; talvez essa tenha sido a razão do isola-mento na ilha e da conseqüente especiação. Em uma única ilha, existem hoje varias espécies de tentilhões, mas, por terem uma grande especialização alimentar, a competição entre elas é reduzida.

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ESPECIAÇÃO (A FORMAÇÃO DE NOVAS ESPÉCIES)

Origem das espécies n Em Biologia, as espécies são os tipos de organismos exis-tentes. Ninguém tem muita dúvida, por exemplo, em dizer que gatos e cachorros são organismos de “tipos” diferentes, e que, portanto constituem duas espécies. O critério que se usa, aqui, é basicamente a aparência do organismo, suas ca-racterísticas físicas. Em outras palavras, sua morfologia. Todo sistema de classificação de Lineu era baseado essencialmente na morfologia, e esse continuou durante muito tempo a ser critério fundamental na classificação biológica. Ainda hoje os caracteres morfológicos são muito usados para caracterizar uma espécie. n A utilização do critério morfológico, no entanto, pode apre-sentar algumas dificuldades. Por exemplo, existem diversos grupos de aves quase idênticas em termos morfológicos e que, por esse critério, seriam classificados como seres da mesma espécie. Esses grupos, porém, esses organismos nunca se aca-salaram na natureza. Isso por que, na época da reprodução, os machos executam uma dança nupcial, com uma serie de mo-vimentos que incluem passos e batimentos das asas, que têm o efeito de “convidar” a fêmea o acasalamento. Ocorre que os machos de espécies diferentes têm uma dança ligeiramente diferente. As fêmeas, capazes de perceber as pequenas dife-renças no padrão dos movimentos rejeitam todos os machos “estranhos”, acasalando-se exclusivamente com machos de sua própria espécie. Nesse exemplo, as duas espécies, embora muito semelhantes morfologicamente, estão isoladas por uma diferença de comportamento na hora da reprodução.n A espécie é uma população, ou um grupo de populações, cujos componentes têm a capacidade de se cruzar na natu-reza, produzindo descendentes férteis. Esses componentes, no entanto, não são capazes de se cruzar com os de outra espécie. Em outros termos, pode-se dizer que espécie bioló-gica é um grupo de indivíduos entre os quais pode ocorrer, na natureza, um fluxo de genes. “Um trabalhador brasileiro que more na cidade de São Paulo tem pouca probabilidade de se “cruzar” com uma camponesa de uma aldeia na China. Caso fossem colocados em contato, no entanto, poderiam ter descendentes férteis, o que os caracteriza como seres da mes-ma espécie”. Contrariamente, homens e gorilas, mesmo que vivam na mesma região, continuam sendo de espécies dife-rentes, pois é possível haver cruzamento entre eles.

Especiaçãon O conceito de espécie baseado na capacidade de cruza-mento é importante em evolução, por que nos permite com-preender a forma como surgem essas espécies novas.n Imagine, por exemplo, que ao longo da evolução de uma espécie aparecesse algum mecanismo que impedisse, de for-ma definitiva, um livre fluxo de genes entre duas populações: isso seria o suficiente para que ocorresse o fenômeno de es-peciação, ou seja, o surgimento de novas espécies. Está claro que o conceito de espécie baseado na reprodução tem limi-tações. Imagine, por exemplo, um organismo cuja reprodu-ção seja normalmente assexuada, como as bactérias e alguns protistas. Nesses casos, o conceito de espécie terá de depen-der de outros critérios, como as características morfológicas e bioquímicas.

Os mecanismos de especiaçãon Suponhamos a existência, numa determinada região, de uma população mais ou menos homogênea. No decorrer do tempo, o ambiente muda, e a seleção natural ajusta a nova população às novas situações, escolhendo os genótipos mais adaptados. Essa população se modifica no decorrer do tempo como um todo, de forma homogênea, já que ocorre a livre

troca de genes entre os indivíduos. É bem possível que algu-mas espécies tenham evoluído dessa maneira, uniformemen-te, modificando-se ao longo dos anos até se transformar em especies novas. Em outra situação, a partir de uma espécie ancestral podem às vezes surgi duas novas espécies.n Uma população original, bastante homogênea em termos genéticos (A), se divide em dois grupos, separados por uma barreira geográfica qualquer, como uma montanha ou um rio (B). Suponha que essa barreira, num certo instante se torne intransponível para os indivíduos desses dois grupos, que fi-cam, assim, isolados geograficamente e impedidos de se cru-zar. Durante muito tempo, os dois grupos são submetidos a diferentes pressões de seleção natural, já que eles vivem em ambientes diversos; assim, os genes selecionados numa das populações não o serão. Mais ainda os genes novos que sur-gem numa população não são transmitidos para a outra, já que as populações não se encontram. Com o decorrer dos anos, a composição gênica desses dois grupos torna-se cada vez mais diferenciada, e os indivíduos divergem do ponto de vista morfológico, cada vez mais. Essas duas populações pas-sam a constituir o que chamamos de raças geográficas (C) e, quando se diferenciam ainda mais, formam as subespécies. Se colocadas em contato, no entanto, o cruzamento entre indiví-duos de raças diferentes ainda será possível.n Imagine, porém, uma situação em que as subespécies te-nham ficado isoladas geograficamente por um período muito longo, e sua diferenciação tenha se tornado tão grande que os indivíduos são agora incapazes de se cruzar, caso se encon-trem. O que se estabeleceu foi o que chamamos de isolamen-to reprodutivo; trata-se agora de duas espécies diferentes (D), que a partir desse momento evoluirão separadamente.n Cada uma das espécies recém-formadas, por sua vez, pode sofrer um ciclo semelhante, fragmentar-se em raças geográfi-cas, subespécies, e finalmente originar espécies novas.

Fruto de rabanete, de couve, de seus híbridos diplóide e tetraplóide e suas dotações cromossômicas

População ancestral

População A Isolamento geográfico,mutações, recombinações gênicas e seleção natural diferenciais

População B

Raça ou subespécie AIsolamento geográfico,mutações, recombinações gênicas e seleção natural diferenciais

Raça ou subespécie B

Espécie AIsolamento reprodutivoEespécie B

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04

CONCEITOS IMPORTANTES DE GENÉTICA

Introdução à

GENÉTICA

n Genética: é a parte da biologia que estuda os mecanismos da transmissão hereditária e as modificações que ocorrem nos seres vivos.n Gen ou gene: é um segmento da molécula de DNA encon-trado nos cromossomos, sendo responsável pela transmissão das características hereditárias.n Cromossomos: estrutura encontrada no núcleo celular, sen-do formada por uma seqüência linear de genes.• Cromossomos autossomos: são aqueles que são idênticos nos dois sexos e determinam características comuns em ho-mens e mulheres Ex.: Cor da pele, polidactilia, etc.

• Cromossomos alossomos ou heterossomos ou sexuais: são aqueles que diferem nos dois sexos, sendo responsáveis por características que se distribuem diferencialmente no ho-mem e na mulher Ex.: Daltonismo, hemofilia, hipertricose auricular).• Genótipo: é o patrimônio genético de um indivíduo. É o con-junto de genes de um indivíduo.

OBS.: MUTAÇÃO: é toda e qualquer alteração ocorrida em uma molécula de DNA, sendo hereditária apenas quando atin-ge as células sexuais (gametas).n Fenótipo: é uma característica observável ou detectável, re-sultante da interação do genótipo com o meio ambiente. Ex.: olhos azuis, cabelos castanhos, grupo AB, daltonismo, etc.

Fenótipo = genótipo + meio ambiente

Obs: NORMA ou AMPLITUDE DE REAÇÃO: é o conjunto dos diferentes fenótipos que podem ser originados pela in-teração acima.

n Fenocópia: é a ocorrência de indivíduos com mesmo fenóti-po, porém com genótipos diferentes, sendo uma característica não-hereditária. Ex.: tingimento dos cabelos, uso de óculos ou lentes de conta-to, silicone, diabéticos que utilizam insulina.

n Genes alelos: são genes, iguais ou diferentes, que determi-nam um mesmo caráter e estão localizados em loci correspon-dentes de cromossomos homólogos.

n Cromossomos homólogos: são aqueles que formam pares, possuem a mesma forma, o mesmo tamanho e genes que de-terminam o mesmo caráter.

n Gene dominante: é aquele que manifesta o seu caráter mesmo estando em dose simples. Geralmente representado por letras maiúsculas. Ex.: A dominante sobre a.

n Gene recessivo: é aquele que geralmente se manifesta ape-nas quando em dose dupla. É representado, geralmente, por letras minúsculas. Ex.: a é recessivo em relação a A.

n Homozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes alelos iguais para uma dada característica. Ex.: AA, BB, aa, bb.

n Heterozigoto: é aquele indivíduo que apresenta genes ale-los diferentes para uma dada característica. Ex.: Aa, Bb.

n Caráter biológico: é todo e qualquer aspecto morfológico, fisiológico ou comportamental de um indivíduo. Podem ser de três tipos:

n Hereditário: envolve a participação de genes. Ex.: cor da pele, polidactilia, albinismo, idiotia, etc.

n Adquirido: não tem participação genética. Ex.: amputação de um membro, cicatriz, fenocópias, etc.

n Congênito: é uma forma de caráter adquirido, manifestado durante o período de vida intra-uterina.

Ex.: SIDA, sífilis, DHRN

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O CROMOSSOMO

n Os cromossomos são estruturas semelhantes a fios con-tidas no núcleo ou centro de controle da célula.

n Quando a célula está para se dividir, eles se tornam mais curtos e espessos, e pode-se ver que são constituídos por dois cordões paralelos, chamados cromátides.

n Ao longo do comprimento de cada cromossomo há uma série de estruturas químicas chamadas de genes, que são as unidades básicas da herança.

n Genoma (n): é o conjunto de genes de uma célula haplóide.Ex.: • Célula haplóide (n) = 1 genoma• Célula diplóide (2n) = 2 genomas

n Célula haploide (n): é aquela que apresenta a metade do número cro-mossômico típico de uma espécie. Ex.: gametas, células do corpo de um zangão.

n Célula diploide (2n): é aquela que apresenta o total do número cromossô-mico típico de uma espécie. Ex.: células somáticas (são as que for-mam o corpo de um indivíduo).

n Retrocruzamento (ou, do inglês, “ba-ck-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 com um parental. Ex.: Vv x VV ou vv.

n Cruzamento-teste (ou, do inglês, “test-cross”): cruzamento realizado entre um indivíduo híbrido de F1 de genótipo desconhe-cido (homozigoto ou heterozigoto?), com o parental recessivo.

Ex.: V___ x vv

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24 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

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05Genética

LEIS DE MENDELPROBABILIDADE

1ª LEI DE MENDEL

ExPERIMENTOS DE MENDEL

n Em Genética, muitas vezes é necessário estimar matema-ticamente quantas vezes determinado caráter tem a possibili-dade de aparecer. A probabilidade (P) de um evento acon tecer é dada pela relação entre o número de eventos desejados e o número de eventos pos síveis.

Ex: Qual a probabilidade de no lançamento de um dado cair voltada para cima a face “3”?Resolução: O número de faces existentes em um dado é 6; dessas 6 faces apenas uma exibe a face “3”. Logo:

P = 1/6

1.1 Eventos mutuamente exclusivos ou regra do “ou”: Eventos mutuamente exclusivos são aqueles em que a ocorrência de um impede a ocorrência do outro. Nesses casos, quando se deseja determi nar a probabilidade de ocorrência de tais eventos, promove-se a soma dos acontecimentos isolados.Ex: No lançando de um dado, qual a probabilidade de se obter a face “1” ou a face “6”?

Resolução: Vimos que a probabilidade de se obter a face “1” é dada pelo quociente da divisão do número de faces “1” que o dado possui pelo número total de faces existentes (6). Logo: P (face 1)= 1/6. Da mesma maneira, a probabilidade de se ob-ter a face “6” será igual a 1/6. Como a ocorrência de uma ou outra face (face “1” ou “6”) “satisfaz” o problema, somam-se as probabilidades isoladas. Assim:

P= 1/6+1/6 = 2/6 = 1/31.2 Eventos Independentes ou regra do “E”: A probabilidade da ocorrência simultânea de dois ou mais eventos independentes ou não-exclu sivos é igual ao produto das probabilidades iso-ladas desses eventos. Eventos independentes são aqueles em que a ocorrência de um não impede a ocorrência do outro.Ex. Qual a de no Lançamento simultâneo de um dado e uma moeda, qual a probabilidade de sair “cara” e a face “5”?Resolução: Observe que se trata de eventos independen tes, uma vez que a ocorrência de “cara” na moeda não impede que surja a face “5” no dado. Como a moeda tem duas faces (“cara” e “coroa”), a probabilidade de sair “cara” é de 1/2; por outro lado, a probabilidade de sair a face “5” no dado é de 1/6. Aplicando-se a regra da multiplicação dos eventos isolados, temos:

P = ½ x 1/6 = 1/12

n As leis básicas da heredi tariedade começaram a ser desvendadas pelo monge agostiniano Gregor Mendel (1822-1884), em um mosteiro da cidade de Brünn, na Áustria (hoje Brno, na República Tcheca). O relatório de suas pesquisas foi publicado em 1866, mas não recebeu a

atenção que merecia. A teoria mendeliana foi redescober-ta em 1900 por três botânicos, o holandês Hugo de Vries, o alemão Karl Correns e o austría co Erich Von Tschermak, que trabalharam independentemente, marcando o início da moderna Genética.

n O sucesso nos experimentos de Mendel deve-se principalmente ao material utilizado na pesquisa e a interpretação estatística dos resultados.a) Material: Mendel usou em seus experimentos a ervi-lha-de-cheiro (Pisum sativum) e analisou cuidadosamente os descendentes de cada cruzamento. A ervilhas-de-cheiro, utilizadas por Mendel em seus trabalhos, apresentam várias características que favorecem a pesquisa genética. Entre essas características, podemos considerar:• É de fácil cultivo e se reproduz de maneira relativamente rápida, o que permite a análise de várias gerações em tempo comparativamente pequeno. • Apresentava cer tas características (7 foram analisadas por Mendel) com variedades bem definidas, sem formas inter-mediárias. Mendel considerou sete dentre essas caracte-rísticas, sendo que cada uma delas apre sentava duas varie-dades distintas.• Possui flores hermafroditas, o que facilita a ocorrência de

autofecundação e, portanto, o desenvolvimento de linha-gens puras. b) Método Experimental: Mendel cruzava plantas que pertenciam a linhagens que ele chamava de puras. Essas li-nhagens eram aquelas que produziam descendentes com características que não variavam de uma geração para ou-tra. Mendel cruzou plantas puras de ervilha que produziam sementes lisas com plantas puras que produziam sementes rugosas. Essas plantas, que deram início à experimentação, constituíram a geração de pais ou geração parental (geração P). Os descendentes dessa geração P constituíram a primeira geração de filhos (geração F1). Mendel observou que na ge-ração F1 desse cru zamento todos os indivíduos produziram sementes lisas, ou seja, a variedade rugosa não apareceu. A seguir, Mendel deixou ocorrer a autofecun dação das plantas de F1 e constatou que a 2ª geração de filhos ou F2 era formada por cerca de 75% das sementes lisas e 25% de rugosas, o que dá uma proporção de 3 sementes lisas para 1 rugosa.

Probabilidade (P) = Número de eventos desejados (n)Número de eventos possíveis (N)

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www.portalimpacto.com.br 25n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

c) Conclusão: Mendel explicou os resultados, formulan-do algumas hipóteses:• Cada característica é determinada por um par de fatores hereditários (genes), sendo que, nas linhagens puras os fatores são iguais. No caso, semente lisa (LL) e semente rugosa (RR) da geração parental.• Esses fatores se separam na formação dos gametas, encontrando-se ao acaso no momento da fecundação • Mendel chamou de variedade dominante aque la que se manifestava na geração F1 e de recessiva aquela que permanecia “escondida” em F1, só reaparecendo na geração F2 e com menos freqüência.• Na geração F2 sempre ocorre a proporção de três indivíduos com a característica dominante para cada indivíduo com característica recessiva (proporção 3:1).

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26 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

ENUNCIADO DA 1ª LEI DE MENDEL

TEORIA CROMOSSÔMICA DA HERANÇA

MEIOSE x 1ª LEI DE MENDEL:

n Também chamada de Lei da pureza dos gametas ou Princípio da segregação dos fatores, a 1ª lei de Mendel afirma que “As células somáticas contêm fatores aos pa res, específicos para um determinado caráter; esses pares de fatores separam-se du-rante a formação dos gametas, de maneira que cada um dos gametas con tém apenas um fator de cada par”.Obs. Como na 1ª lei de Mendel é analisado apenas um caráter por vez, ela também pode ser denominada Monoibridismo.

n Proposta por Thomas Morgan e colaboradores, afirma que os genes para uma mesma característica estão localizados nos mesmos loci nos cromossomos homólogos.

n Na meiose, os cromossomos homólo-gos separam-se, um para cada gameta. Com isso, os genes alelos também sepa-ram-se. Quando os genes alelos são iguais (AA ou aa), os gametas também serão iguais para aquela característica. Quan-do os genes alelos são diferentes (Aa), os gametas podem ser de dois tipos: A e a, para aquela característica. Assim, indivídu-os homozigotos produzem gametas iguais e indivíduos heterozigotos pro duzem ga-metas diferentes. Nos cruzamentos, os gametas masculinos e femininos unem-se e os genes alelos tornam a se encontrar, formando os pares de alelos. Portanto, a separação dos genes alelos na forma ção de células reprodutoras (postulada pela pri meira lei), ocorre porque acontece a separação dos cromossomos homólogos durante a meiose

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www.portalimpacto.com.br 27n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

QUADRADO DE PUNNETT:

GENEALOGIAS:

n Para facilitar a verificação dos genótipos dos descendentes e as suas proporções, o cientista norte-americano R. C. Punnett idealizou um diagrama. No quadrado de Punnett, os gametas de um genitor são distribuídos nas linhas e os do outro são co-locados nas colunas. A combinação de linhas e colunas dá a proporção entre genóti pos dos possíveis descendentes.

n Também denominadas árvores genealógicas, Heredogramas ou Pedigrees, as genealogias são os métodos mais usado para o estudo do tipo de he rança de um caráter hereditário em uma determinada família.

a) Simbologia: As genealogias apresentam uma série de símbolos, os indivíduos de uma família. Os símbolos indicam o grau de parentesco, o sexo, a geração, a ordem de nascimento, a presença de um caráter afetado por deter minada anomalia, etc.

b) Interpretação: A interpretação de um heredograma é efetuada em etapas:

• Inicialmente, devemos observar se a característica aparece tanto nos indivíduos masculinos quanto nos femininos (herança autossômica e não herança sexual). Se aparecer mais num tipo, pode se tratar de herança situada em cromossomos sexuais, conseqüentemente os cálculos serão diferentes.

• Posteriormente devemos fazer a determinação da dominân cia ou recessividade entre os alelos. Para concluir se um fenó-tipo é condicionado por um alelo dominan te ou recessivo, devem-se pesquisar, no heredo grama, casais em que ambos os indivíduos são fenotipicamente iguais e têm descendente com fenótipo diferente do seu. O filho com fenótipo diferente dos pais terá fenótipo e recessivo e os pais fenótipos dominantes e heterozigotos.

• Mais tarde, faz-se a localização dos homozigotos recessivos. Uma vez determinados o alelo dominan te e o recessivo, localizam-se os homozigotos recessivos: apenas eles (e todos eles!) manifestam o fenótipo recessivo.

• Por último faz-se a determinação dos demais genótipos. Podem-se determinar os genótipos, se não de todos, pelo menos de uma parte dos indiví duos, considerando-se que um homozigoto recessivo recebe um alelo recessivo de cada um dos pais e que transmite o alelo recessivo para todos os seus descendentes.

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28 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

Por causa da complexidade de certos grupos, foi necessário estabelecer grupos intermediários: sub e supergêneros, sub e superfamílias, sub e supeordens, etc.

À medida que se afasta da espécie em direção ao reino, o grau de semelhança é menor e, portanto menor o grau de parentesco entre os organismos de cada grupo.

n Em 1735, o botânico e médico sueco Carl Von Linné (1707 - 1778; Lineu em português) estabeleceu a espécie como unidade básica de classificação,reunindo os seres vivos em cinco grupos taxonômicos: reino, classe, or-dem, gênero e espécie - e propôs uma hierar-quia de semelhança entre eles. Depois, outros pesquisadores acrescentaram dois grupos: filo (para animais) ou divisão (para vegetais e fun-gos) e família. n Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo gênero; neste o grau de semelhança é menor que na espécie. Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens, que se reúnem em classes. Os filos ou as divisões são com-postos por classes semelhantes. Os diversos filos ou divisões são reunidos em reinos.n Lineu propôs também o uso de palavras latinas para de-nominar os organismos, unificando mundialmente a linguagem

cientifica e evitando confusões geradas pela existência de no-mes populares diferentes para a mesma espécie. Estabeleceu ainda a nomenclatura binominal (ou binomial) para a espécie, ou seja, o nome de uma espécie é formado sempre por duas palavras, a primeira indica o gênero e a segunda, o termo ou epíteto específico (o epíteto, palavra que qualifica algo, costu-ma ser um adjetivo, como sapiens, que quer dizer sábio, ou um nome de pessoas latinizado). Por exem-plo, o leão e a onça pintada são classifica-dos no gênero Panthera, mas o leão perten-ce à espécie Panthera leo e a onça, à es-pécie Panthera onca.

n Para que a classificação fosse uniforme, foi convencionada uma série de regras que devem ser seguidas por todos os cientistas; vejamos algumas:1ª- Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim; se de-rivarem de outra língua, deverão ser latinizados.2ª- Os termos que indicam gênero até reino devem ter inicial maiúscula; o gênero é sublinhado ou escrito em itálico.3ª- a espécie é binominal, escrito em itálico ou sublinhado: Homo sa-

piens (ser humano), Felis domesticus (gato doméstico), Musca domestica (mosca).

O primeiro termo indica o gênero e o segundo, o termo especí-

fico, escrito com inicial minús-cula (se representar uma ho-menagem a alguém importan-te do país onde foi descrita

a espécie, aceita-se o uso da inicial maiúscula).4ª- A nomenclatura de

uma subespécie (populações da mesma espécie geograficamente isoladas, que podem, no futuro, formar novas espécies) é trinomi-nal (trinomial): Ex. Crotalus terrificus terrificus (cascavel brasileira), Crotatus terrificus durissus (cascavel da Venezuela, Colômbia e América Central).5ª- A designação do subgênero aparece entre o gênero e o termo es-pecífico, entre parênteses, com inicial maiúscula: Aedes(Stegomya) aegypti (mosquito que transmite os agentes causadores da febre amarela e da dengue).6ª- O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae e o da subfamília, inae: Felidae, Felinae, etc. nas plantas, utiliza-se, em geral, a terminação aceae para a família (Rosaceae, família da ro-seira e da macieira) e ales para a ordem (Coniferales, ordem do pinheiro, da sequóia, etc.)

n Se o autor da descrição de uma espécie for mencionado, seu nome (por extenso ou abreviado) deve aparecer em seguida ao ter-mo específico sem pontuação; a data em que ele descreveu essa espécie vem após seu nome, precedida de uma virgula ou entre parênteses: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909 (protozoário que pro-voca a doença de Chagas).

TAxONOMIAA classificação dos seres vivos

OS SETE GRUPOS BÁSICOS DE CLASSIFICAÇÃO

REGRAS INTERNACIONAIS DE NOMENCLATURA

Convém notar que Lineu,

como a maioria dos natu-

ralistas de sua época, acei-

tava a teoria fixista, isto é,

acreditava que as espécies

não evoluíram. A idade de

evolução somente seria di-

vulgada e aceita no século

XIX, cerca de cem anos

depois, com o trabalho de

Charles Darwin (naturalista

inglês 1809 - 1882).

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03

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Page 29: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 29n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

n Todas as raças de gatos domésticos são capazes de cruzar entre si e produzir descendentes férteis. Por isso pertencem a es-pécie Felis domesticus, que faz parte do mesmo gênero do gato selvagem (Felis silvestris). O gênero Phantera (leão, onça tigre) e outros semelhantes compõe a família Felidae. Esta apresenta uma série de semelhanças com as famílias Canidae (cão, lobo), Ursidae (urso), Hyaenidae (hiena), Mustelidae (quati), Viverridae (mangusto) e outras, formando a ordem Carnívora.

n Com as ordens Primates (ser humano, macaco), Edentata (tatu, tamanduá), Rodentia (rato), Chiroptera (morcego) e outras, a ordem Carnivora forma a classe Mammalia que, com as classes Aves, Reptilia, Amphibia, de peixes e outras, forma o filo Chordata. Este e os outros filos de animais compõem o reino Animalia.

n leões(Panthera leo) e tigres (Panthera tigris); Leão macho e fêmea de tigre = Liger (híbrido)

n Cruzamento entre uma égua (Equus caballus) e um jumento (Equus asinus); Híbridos: Mula ou burro

n Um zebroide é um cruzamento entre uma zebra (Equus boehmi) e um outro animal do gênero Equus.

n O cruzamento entre o cavalo e a jumenta também é possivel, porém gera um animal de menor porte e imperfeicões na cabeça, provavelmente por falta de

espaço no útero materno, esse animal é denominado Bardoto.

Lineu definiu num distante passado que a espécie que eu estudei formava um binômio.À um tempo atrás, pensou em nos dizer: Que olhando a estrutura, os seres agrupou.Classificou à sua maneira; sublinha a tempo a espécie inteira. Latinizarei para que eu possa sim unificar os nomes, os termos. Espécie quem viu gênero tem mais traços famílias eu não agrupei de modo errôneo. Das ordens se faz a classe pra dizer: que filos quando se agrupam, um reino se formou

Música original:........Cap. Inicial, a sua maneira Autor: Prof. Rinaldo Barral

ExEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO

CRUZAMENTOS ENTRE ESPÉCIES DIFERENTES

CANÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO

O CONCEITO DE ESPÉCIE

Grupo de indivíduos seme-

lhantes capazes de cruzar

entre si e produzir descen-

dentes férteis, em condi-

ções naturais, estando re-

produtivamente isolados de

indivíduos de outras espé-

cies.

n Quando uma espécie é transferida de um gênero para outro ou muda-se o gênero, o nome do autor da primeira classificação é colocado entre parênteses. Em 1758, Lineu classificou uma espécie de formiga como Formica sexdens; em 1804, o cientista dinamarquês Johan Christian Fabricius (1743-1808) transferiu-a para o gênero Atta. Podemos, então, escrever: Atta sexdens (Linnaeus, 1758) Fabricius, 1804.

n Têm prioridade os nomes apresentados em primeiro lugar de 1758 (data da décima edição do livro de Lineu, na qual ele apresentou uma revisão de suas regras) para cá se os autores os publicarem em revistas científicas seguindo todas as regras; é necessário também que na publicação conste uma descrição do animal. Assim, se um pesquisador, por acidente, descrever um animal já classificado, preva-lecerá o nome inicial. Essa regra é conhecida como lei da prioridade.

Bardoto

Liger

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30 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

n O vírus não pussui as en-zimas encarregadas da dupli-cação do ácido nucléico nem o equipamento necessário para a síntese de novas cápsulas. Por isso, é um parasita intra-celular obrigatório, ou seja, ele só pode multiplicar-se no interior de uma célula viva. Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias, reproduzindo-se em seu interior. É impor-tante observar que, para a sua reprodução, o vírus utiliza todo o equipamento metabólico da bactéria. n A diferença está nas ordens recebidas por tal equipamento que são dadas pelo DNA do vírus e não pelo da bactéria.Cada célula bacteriana infectada pode liberar centenas de novos vírus, que po-dem atacar outras células, recomeçando o ciclo. Assim, o vírus do resfriado invade apenas as células das mucosas das vias respira-tórias superiores (nariz, faringe etc), onde se multiplica. n O DNA do vírus só comanda o metabolismo bacteriano se inibir o DNA da bactéria. Mas isso nem sempre acontece. Muitas vezes, o DNA do vírus simplesmente se liga ao DNA da bactéria, reproduzindo-se

com ele a cada divi-são da célula bac te r i ana , que mantém o seu metabolis-mo normal. O vírus que se encontra assim, inativo, é chamado pró-fago e não destrói a bactéria. Esse ciclo é chamado ciclo lisogênicon A qualquer momento, porém, o pró-fago pode transformar-se num fago virulento e causar a destruição da célula, caracteri-zando um ciclo lítico. Essa mudança, chamada indução, pode ser produzida por raios ultravioleta e substâncias químicas que causem mutações, ou então através de uma conjugação na qual o pró-fago passe para o citoplasma de uma outra bactéria e nela consiga inibir o DNA.

n O Vírus é uma partícula basicamente protéica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se re-produzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucarion-tes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bactéria e archaea).Hoje sabemos que algumas formas de câncer — aguns tipos de leucemia, por exemplo — podem ser causadas por vírus.n Como é desprovido de estrutura celular, o vírus não é nem procarionte nem eucarionte, vindo daí a dificuldade em classificá-lo.

VÍRUSUma partícula basicamente protéica

OS SETE GRUPOS BÁSICOS DE CLASSIFICAÇÃO

REPRODUÇÃO

EstruturA:

Os vírus são dez ou cem vezes menores que as bactérias. Como parasi-

tas das células, podem causar doenças nos mais variados organismos,

seja de que reino forem, inclusive no homem. Os vírus são formados

basicamente por uma cápsula de proteína (capsômero) que contém, em

seu interior, uma molécula de ácido nucléico, que pode ser o DNA ou

RNA. Esta é uma das características exclusivas dos vírus, pois todos os

outros seres vivos têm sempre os dois ácidos nucléicos.

Os vírus mais complexos apresentam também lipídios e glicídios presos

à cápsula.

Sabe-se hoje que alguns tipos de

vírus de DNA como o citomegalo-

vírus e o vírus da hepatite B iniciam

a síntese de RNA enquanto ainda

estão se formando, de modo que a

partícula viral contém os dois tipos

de ácidos nucléicos

FrenteFicha

03

02

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www.portalimpacto.com.br 31n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

O vírus é um pirata, deixa a célula doente; só um ácido ele tinha, doen-ças provocam na gente; (mas tem a vacina) A sua vida é um mistério, também a reprodução retrovírus eu não quero, inversa é sua transcri-ção. ah, o médico disse: que infectou. Num instante tem acesso, e comanda em retrocesso, a síntese que dominou; nuclear é seu sucesso, se misturou; controlou, e se replicou.

RefrãoTranscriptase reversa (o vírus vai liberar) e produz o DNA; (que o núcleo vai penetrar), a integrase do zero (nada) vai misturar.(bis) As pessoas se convencem que o linfócito escapou. Po-rém estão doentes; sua proteção acabou; ah, o médico disse: você descuidou.Está no cromossomo e comanda a transcri-ção Chegando no citoplasma é dono de uma tradução Há, o médico disse: você descuidou

Letra: Prof. Rinaldo Barral; Melodia: Coração pirata(Roupa nova)

Bibliografia:TRABULSI, Luís R. Microbiologia médicaAmabis, José M. Biologia dos organismosLinhares, Sérgio e Gewandsznajder, F.Biologia Hoje

n Os antibióticos não têm efeito contra o vírus, mas nosso organismo possui defesas naturais, representadas pelos anticorpos e pelo inter-feron, uma proteína que protege o corpo especificamente contra o vírus.n A produção de anticorpos confere proteção ao organismo por tempo variável, até mesmo por toda a vida, o que explica por que certas doenças virulentas são de difícil reincidência. Os repetidos ataques de gripe e resfriado são explicados pelo fato de que tais vírus se encon-tram espalhados de forma ampla pelo mundo. Como eles sofrem mutações periodicamente, existe sempre um novo tipo de vírus contra o qual a população ainda não está imunizada.n Entre as defesas artificiais, as vacinas e o soro costumam fornecer boa proteção. Além disso, através da engenharia genética, o interfe-ron já vem sendo fabricado.

AS DEFESAS CONTRA OS VÍRUS

MúSICA: VIRUS PIRATA

retrovírus são vírus que contém

uma cadeia simples de RNA as-

sociada à transcriptase reversa,

uma enzima que produz DNA

tendo com molde o RNA viral. PartícuLas subVirais

n Viróides: Minúsculos segmentos de RNA de cadeia simples e ex-

tremidades unidas que se alojam no núcleo das células infectadas.

n Virusóides: Diferem dos viróides por necessitar do auxílio de um

vírus para se propagar, isto é, o RNA do virusóide só se multiplica

se a célula estiver infectada simultaneamente por determinado tipo

de vírus.

n Príons: São moléculas de proteínas infectantes resistentes à inativa-

ção por procedimentos que normalmente degradam proteínas e ácidos

nucléicos.

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32 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

n O O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Pa-panicolaou) consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice). Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da super-

fície externa e interna do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical. A

fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais,

uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais lo-

cais nas 48 horas anteriores ao exame. Além disto, o exame não deve ser feito no período

menstrual, pois a presença de sangue pode alterar o

resultado.

n Causada pelo vírus do papiloma humano (HPV). O Papilomavírus é altamente trans-missível por contato sexual. n sintomas: lesões em forma de “verrugas” na vulva, na vagina e no pênis. A lesão deve ser retirada com bisturi elétrico ou produtos químicos. Mulheres que tiveram ou têm a doença devem fazer exames ginecológicos periódicos, já que alguns subtipos têm relação com o câncer no colo do útero. Os carcinomas cervicais, anais,vulvares e câncer de pênis tem sido atribuidos a alguns tipos de HPV, principalmente HPV-16, HPV-18 HPV-31 e HPV-45 .

O HPV está presente em mais de 90% dos casos de câncer do colo do útero, cujos fatores de risco são:n baixas condições sócio-econômicasn início precoce da atividade sexualn multiplicidade de parceiros sexuaisn tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados)n higiene íntima inadequada

Fonte: Instituto Nacional do Câncer

VIROSESDoenças causadas por vírus

CONDILOMA OU VERRUGA GENITAL

ExAME DE PAPANICOLAU

Em algumas regiões

geográficas como o Nor-

deste brasileiro, a inci-

dência de câncer de colo

do útero é a mais alta do

mundo, estimando-se

que em torno de 40 mil

mulheres desenvolverão

esta doença no Brasil.

Higiene é a melhor forma de prevenção contra o câncer de pênis

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA),

no Brasil, essa doença mata entre 10 e 12 mu-

lheres por dia.

Pesquisas apontam que 80% das mulheres que

procuram o médico com sintomas do câncer já

possuem a doença em estágio avançado.

câncer de Pênis n O câncer que atinge o pênis está muito ligado às condições de higiene íntima do indivíduo, sendo o estreita-mento do prepúcio (fimose) um fator predisponente. ePideMiOLOgian O câncer de pênis é um tumor raro, com maior in-

cidência em indivíduos a partir dos 50 anos de idade, muito embora tumores malignos do pênis possam ser encontrados em indivíduos jovens. Está relacionado às baixas condições sócio-econômicas e de instrução, à má higiene íntima e a indivíduos não circuncidados. No Brasil, o tumor representa 2% de todos os casos de câncer no homem, sendo mais freqüente nas regiões Norte e Nordeste do que nas regiões sul e sudeste. Nas regiões de maior incidência, o câncer de pênis supera os casos de câncer de próstata e de bexiga.

Fonte: INCA; InstitutoNacional do Câncer

FrenteFicha

03

03

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www.portalimpacto.com.br 33n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

Bibliografia:TRABULSI, Luís R. Microbiologia médica; Amabis, José M. Biologia dos organismos e Linhares, Sérgio e Gewandsznajder, F.Biologia Hoje

n transmissão: contato direto com o portador. Os agentes etioló-gicos do herpes simples são o Human herpesvirus 1(HHV-1) e o Human herpesvirus 2(HHV-2); 90% das primo-infecções são ina-parentes. O primeiro contato com o vírus do herpes simples tipo 1 ocorre na faixa de seis meses a três anos de idade e o vírus é trans-mitido principalmente por contato com saliva. O herpes simples tipo 2 é adquirido geralmente na fase de adolescência, coincidindo com o início das atividades sexuais, pois é transmitido principalmente durante o intercurso sexual. Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-1: Gengivoestomatite herpética, erupção variceliforme de Kaposi e ceratoconjuntivite.n Manifestações clínicas mais frequentes do HHV-2: Vulvovagi-nite herpética e meningoencefaliten sintomas: pequenas vesículas cheias de líquido que, quando arrebentam, formam feridas nas mucosas ou na pele, com mais frequência nos lábios (herpes simples) ou na região genital (her-pes genital). Embora as feridas cicatrizem em poucos dias, o vírus

permanece no organismo e pode provocar novas lesões.n Os fatores capazes de desencade-ar as recidivas, tirar o vírus da latên-cia são: infecções das vias aéreas, doenças que são acompanhadas de febre alta (pneumonia, sinosites...), raios solares, traumatismo, mestru-ação, estress físico e emocional. As causas predisponentes são as que diminuem a resistência do paciente. Na maioria dos casos, não se con-segue identificar o fator desencade-ante. É mais freqüente em adultos e em crianças na faixa etária de 1 a 6 anos, podendo estar associado ao período da erupção dentária.

HERPES

DENGUE

AIDS E O CICLO DO HIV

FEBRE AMARELA

n HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos t CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.n ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDs. Há muitos soro-positivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolv-er a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contamina-das ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. n Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Len-tiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

n O agente etiológico pertence à família Flaviviridae, gênero flvivirus, espécie Dengue vírus e a transmissão ocorre atravé da picada do mosquito Aedes aegypti. Sintomas: febre alta, dores musculares, articulares, na cabeça e nos olhos, inflamação na garganta e sangramento na boca e no nariz; podem surgir, ainda, manchas avermel-hadas na pele, semelhantes às do sarampo. Cer-ca de uma semana depois, essas manifestações começam a desaparecer. Em pessoas sub-nutri-das e debilitadas, a doença pode levar à morte. Na dengue hemorrágica, provocada por outro tipo de vírus, os sintomas se agravam e as pessoas devem permanecer em observação no hospital. Prevenção: como o mosquito põe seus ovos em águas paradas e limpas, caixas-d’água, poços e cisternas devem estar sempre cobertos. A água de vasos de plantas deve ser trocada com frequência e deve-se impedir o acúmulo de obje-tos que retenham água, como pneus, latas, garrafas, etc.n O período de incubação varia de 02 a 15 dias.

n O agente etiológico pertence à família Flaviviridae, gênero flvivirus, espécie Yellow fever virus. Transmissão:

pela picada do mosquito Aedes aegypti (pequeno e de cor escura, que vive nas regiões urbanas e tem hábitos diurnos) e

do mosquito Haemagogus (no campo). O vírus penetra na pele atraves da picada do artrópode infectado e dissemina para os

linfonodos locais, onde ocorre a multiplicação primária. A partir dos linfonodos,

o vírus penetra na circulação sanguínea e se localiza no baço, no fígado, no rin, na medula

óssea e nos gânglios linfáticos. Sintomas: febre, vómito, dor no estômago e lesões do fígado, o que torna a pele amarelada (icterícia). A morte pode resultar de lesões necróticas no fígado e nos rins. n O período de incubação é de três a seis dias Preven-ção: combate ao mosquito e vacinação.

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34 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

n Amaioria das bactérias não ultrapassa cerca de 1 micrômero (µm), mas algumas podem atingir o comprimento de até 10 micrômeros ou mais (o micrômero é a milésima parte do milímetro). São, portanto, cerca de dez vezes menores que as células eucariotas.n A célula bacteriana apresenta uma parede de peptidioglicano (polissacarídeos e proteínas) interligadas em forma de rede, que muitas vezes é coberta por uma cápsula gelatinosa.n Abaixo da parede bacteriana, encontramos a membrana plasmática, que pode formar inva-ginações ou dobras chamadas mesossomos. São estruturas ricas em enzimas respiratórias e importantes no período de divisão celular da bactéria, guiando o material genético para os pólos da célula.n No citoplasma das bactérias, encontramos apenas o DNA, ribossomos e grãos de glicogê-nio (reserva de alimento), faltando os outros or-ganóides que são típicos das células eucariotas. O DNA tem forma circular, não estando ligado a proteínas, como ocorre nos eucariontes.n Além disso, não há membrana nuclear se-parando o material genético do citoplasma, ou seja,, não há um núcleo individualizado. Além do DNA principal, encontramos fragmentos de DNA, os plasmídeos.n Muitas bactérias possuem filamentos longos usados para a natação – os flagelos. Eles são formados por apenas uma fibrila que serve de eixo – e não por nove grupos de fibrilas periféricas e duas centrais, como nas células dos eucariontes. Além dos flagelos, podem haver também filamentos de citoplasma, os pilos, que funcionam como conjugação (troca de material genético entre duas bactérias).n De acordo com sua forma, as bactérias podem ser esféricas (cocos), em bastonetes retos (bacilos), em bastonetes curvos (vibri-ões) ou em hélice (espirilos).n Essas formas podem associar-se, constituindo colônias típicas de cada espécie.

REINO MONERA

Formas e tipos de co-

lônias e bactérias

FrenteFicha

03

04Estudo do Reino

MONERAEstrutura de uma bactéria

Cápsula

Membrana plasmática

Membrana celular

DNA

PilosNucleóide

Citoplasma

FlageloPlasmídio

Mesossomo

Ribossomo

n Os organismos do gênero Rickettsia e Mycoplasma são bac-térias pequenas (0,2 a 1 micrômero), de es-trutura mais simples, resultante de uma adaptação à vida pa-rasitária, uma vez que ambos são parasitas intracelulares. Provo-cam doenças a ani-mais, inclusive no ho-mem: a Rickettsia cau-sa o tifo exantemático e o micoplasma, uma forma de pneumonia. Por isso, os micoplas-mas receberam a de-nominação de PPLO (pleuropneumonia like organisms, em inglês).

Page 35: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 35n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

NUTRIÇÃO

RESPIRAÇÃO E ExCREÇÃO

REPRODUÇÃO

n A maioria das bactérias é heterotrófica por absorção, retirando moléculas orgânicas já digeridas do ambiente ou se seres vivos que parasitam. As outras bactérias são autotróficas por fotossíntese ou por quimiossíntese.O esquema abaixo mostra a equação da fotossíntese:

6CO2 + 12H2O + luz → C6H12O6 + 6H2O + 6O2 n As fotossintetizadoras possuem, associados às membranas internas, pigmentos capazes de absorver a luz do Sol, chamados bacterioclorofilas, diferentes das clorofilas a e b encontradas nas plantas. Essas bactérias não usam água na sua fotossíntese e, por isso, não liberam oxigênio. Um exemplo de fotossíntese bacteriana é o das tiobactérias, que usam o gás sulfídrico no lugar da água, como mostra o esquema:

6CO2 + 12H2S + luz → C6H12O6 + 6H2O + 6S2

n As bactérias que fazem quimiossíntese utilizam a energia química em vez de energia luminosa para a síntese das suas cadeias de carbono. A energia química utilizada é proveniente de reações químicas de oxidação de compostos minerais.n Certas bactérias do solo, por exemplo, oxidam a amônia, formando nitritos (bactérias nitrosas); outras oxidam o nitrito, for-mando nitratos (bactérias nítricas). Essas bactérias são importantes no ciclo do nitrogênio, fornecendo o nitrato absorvido pelos vegetais, como mostra o esquema:

NH3 O2 NO2- O2 NO3

-

Amônia bactérias nitrito bactérias nitrato absorvido do solo nitrosas nítricas pelas plantas

n Quanto à respiração, as bactérias podem ser aeróbias ou anaeróbias. As bactérias anaeróbias podem ser facultativas ou

estritas (obrigatórias) .n As bactérias anaeróbias facultativas são assim chamadas porque tanto podem fazer respiração aeróbia – quando o ambiente tiver oxigênio – como respiração anaeróbia – caso falte esse gás.n As anaeróbias obrigatórias não possuem as enzimas adequadas para o aproveitamento do oxigênio e morrem na presença desse gás, como é o caso do bacilo do tétano. A fermentação das bactérias é usada na indústria para a produção de iogurtes, coalhadas, queijos (lactobacilos) e vinagre (acetobacter), entre outros.n Finalmente, as excreções são eliminadas para o exterior, por difusão, através da membrana e da parede celular.

n A principal forma de reprodução das bactérias é a asse-xuada, por divisão binária ou bipartição. Vem dessa pro-priedade o nome do ramo a que elas pertencem: esquizófitos (esquizo = divisão).n A célula aumenta de tamanho e o DNA se duplica, jun-tamente com o mesossomo, que orienta a migração do DNA para as extremidades da célula. Realiza, portanto, um papel semelhante ao do fuso acromático das células euca-rióticas. Em seguida, a célula se divide, ficando uma cópia do DNA para cada célula filha.n As bactérias podem realizar um processo semelhante à re-produção sexuada típica, chamado conjugação: duas bacté-rias se ligam pelo pilo; ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra.n Além de aumentar a variedade genética, a conjugação ex-plica como a resistência a antibióticos pode espalhar-se entre várias espécies de bactérias.n Outro processo de transferência de DNA de uma bactéria para outra é a transdução, realizada através de vírus que, ao se reproduzirem dentro de bactérias, podem sair contaminados por pedaços de DNA bacteriano, transportan-do-os para outra bactéria.

reprodução

assexuada das

bactérias

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36 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

BACTERIOSESDoenças causadas por bactérias

BACTÉRIAS PATOGêNICAS

n As bactérias patogênicas podem ser transmitidas por gotículas de saliva dos doentes ou portadores (é o caso das que causam tu-berculose, lepra, difteria, coqueluche, escarlatina, pneumonia, me-ningite), por contato com alimento, água ou objeto contaminado (disenteria bacilar, tétano, tracoma, leptospirose, cólera, febre tifóide, botulismo) ou por contato sexual (gonorréia, sífilis).n Ao contrario dos vírus, as bactérias são sensíveis a antibióticos. Além destes, há vacinas e soros contra alguns tipos de bactérias.

n Gonorréia ou blenorragia. É causada pelo gonococo (Neisseria gonorrhoeae), bactéria transmitida por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus ao urinar. Os sintomas são pouco evidentes nas mu-lheres, o que dificulta o tratamento, com evolução para DIP (Doen-ça Inflamatória Pélvica), que compromete as tubas uterinas e pode causar esterilidade.A infecção pode atingir também a região da oro-faringe e anorretal como resultado de práticas sexuais oral e anal.

Em cerca de 1 a 3% dos indivíduos com gonorréia assintomática não tratada, o gonococo invade a corrente circulatória dando origem à infecção gonocócica disseminada, manifestada através de artrites, endocardites, meningites e lesões cutâneas. O tratamento deve ser feito sob orientação médica.

n Tuberculose. Principal causa de mortes no final do século XIX e início do século XX, segue sendo a infecção mais importante causadora de mortes em adultos no mundo por um único agente infeccioso.Um dos mais significativos e completos estudos sobre a tuberculose foi realizado pelo alemão Robert Koch (1843-1910).

Em 1927, Arlindo de Assis aplicava pela primeira vez a BCG oral em recém nascidos n Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), compromete, em geral, os pulmões. O doente apresenta tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise (expectoração com sangue). As medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (bacilo de Calmet Guérin) - e melhorias dos padrões de vida das populações mais pobres. A infecção ocorre através de partículas infectantes e o tratamento é feito com antibióticos. Estima-se que 1,7 bilhão de pessoas estejam infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis, sendo esta doença responsável por cerca de 7% de todas as mortes ocorridas na terra. No Brasil, anualmente ocorrem cerca de 5.000 mortes por tuberculose

n Hanseníase (lepra) Em 1873, quando se acreditava ser a lepra uma punição divina,a doença da alma, o castigo do pecado, o cientista norueguês Gerhard Henrik Amauer Hansen associou o microorganismo Mycobacterium leprae com a doença humana, a partir de biópsias de lesões cutâneas.Causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos (o doente apresenta falta de sen-sibilidade na pele). Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total. A bactéria afeta predominantemente a pele, as vias aéreas superiores, o sistema nervoso periférico e os olhos, podendo levar à cegueira.

n Sífilis. É causada pelo Treponema palli-dum (espiroqueta), transmitido, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o”cancro duro”), que regride mesmo sem tratamen-to. Entretanto, isso não significa que o in-divíduo esteja curado, sendo absolutamen-te necessários diagnóstico e tratamento médicos. Sem tratamento, a doença pode apresentar sérias consequências e compro-meter diversos órgãos e o sistema nervoso, provocando paralisia progressiva e morte.

Figura 1 - Cancro

primário da pálpebra.

Figura 2 - Sífilis

secundária

Figura 1 Figura 2

FrenteFicha

03

05

Page 37: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 37n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

A lepra tuberculóide é caracterizada por lesões cutâneas e nervosas localizadas e limitadas, com período de incubação variando entre dois a cinco anos.A lepra lepromatosa apresenta lesões generalizadas com uma carga multibacilar de 10 10 bacilos por grama de tecido, com período de incubação variando entre oito e doze anos.

n Leptospirose. Doença causada pela Leptospira interrogans, transmitida por água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. O doente apresenta febre alta, calafrios, dores de cabeça, musculares e articulares. No ho-mem, a penetração pode ocorrer através da pele lesada ou de abrasões invisíveis a olho nu de membranas mucosas como da conjuntiva e oro-nasofaringe. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas. n Cólera- É causada por Vibrio cholerae. A bactéria se multiplica no intestino delgado e produz uma toxina que induz as células intestinais a liberar água e sais. A perda de líquido, em forma de vômito e, principalmente, de diarréia, pode chegar de 12 a 20 litros em um só dia, levando ao colapso dos órgãos e, com frquência, à morte. Adquire-se a bactéria pela ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de portadores. Como prevenção deve-se evitar alimentos preparados sem condições higiênicas adequadas e a ingestão de água não potável. O tratamento é feito com antibióticos específicos.

Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas:

n 1884, o bioquímico dinamarquês Hans Christhian Gram (1853-1938) descobriu que bactérias destruídas de uma camada de lipídios associados a polissacarídeos na parede celular absorvem o corante violeta de genciana. Bactérias que possuem tal camada não absorvem esse corante.n Esse processo, chamado coloração de Gram, é usado para classificar as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas, conforme absorvam ou não o corante. Essa classificação é importante, pois as bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa.

Arqueas

n Archaea é a designação de um dos reinos de se-res vivos, relacionados com as bactérias. Trata-se de organismos procariotas, geralmente quimiotróficos, muitos dos quais sobrevivem em lugares extremos (Extremófilo) como fontes de água quente, lagos ou mares muito salinos, pântanos (onde produzem me-tano) e ambientes ricos em gás sulfídrico e com altas temperaturas. Subdividem-se em:

n Halófilas - vivem em concentrações salinas extre-mas, dezenas de vezes mais salgadas que a água do mar, em locais como salinas, lagos de sal ou soda, etc. A sua temperatura óptima é entre 35 e 50ºC.

n Termoacidófilas - vivem em zonas de águas ter-mais ácidas, com temperaturas óptimas entre 70 e 150ºC e valores de pH óptimo perto do 1. Na sua grande maioria metabolizam enxofre: podem ser au-totróficas, obtendo energia da formação do ácido sul-fídrico (H2S) a partir do enxofre, ou heterotróficas.

n Metanogênicas - este grupo de bactérias foi o pri-meiro a ser reconhecido como único. Vivem em pân-tanos, no fundo dos oceanos, estações de tratamento de esgotos e no tubo digestivo de algumas espécies de insectos e vertebrados herbívoros, onde produzem metano (CH4) como resultado da degradação da ce-lulose

Canção dos MonerasBactéria é monera sim, nós vamos aprender. nucleóide tem enfim sem proteína muitas tem parede celular, como vai respirar? mesossomo se formou assexuada reproduz-se sozinho, a cisão é o caminho vírus entra na transdução.amônia pura vamos nitrificar (bïs)Muitas fazem decomposição de quem chegou ao fim ou-tra faz fixação do nitrogênio. bactéria vai sintetizar a luz utilizar fermentando faz pra mim queijo, iogurte, coalhada para o álcool do vinho o vinagre é o destino dentro da fermentação. amônia pura vamos nitrificar (bïs)Sei que você insulina formou; sei que você GH fabricouLetra: Prof. Rinaldo Barral

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38 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

FrenteFicha

0401

-

SISTEMA CARDIO-VASCULAR

Vasos Linfáticos Linfa

Coração - 4 cavidades2 átrios(direito e esquerdo)

2 ventrículos (direito e esquerdo)

Sangue-Venoso (desoxigenado): rico em O2 e pobre em CO2

Arterial (oxigenado): rico em O2 e pobre em CO2 {

Vasos Sangüíneos

Veias Vênulas

Capilares

Artérias Arteríolas{

01. CONSTITUIÇÃO

02. CAMADAS DO CORAÇÃO

03. VASOS SANGUÍNEOS DO CORAÇÃO

As paredes do coração são formadas por três camadas: Pericárdio (epicárdio): membrana que reveste externamente

todo o coração; Miocárdio: camada muscular responsável pelo movimento do co-

ração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio; Endocárdio: membrana que reveste a superfície interna

das cavidades do coração.O miocárdio é vascularizado pelas artérias coronárias que emer-gem da artéia aorta (logo no início desta). A obstrução de uma des-sas coronárias implica a falta de irrigação sangüínea das células de uma região do miocárdio. Se, por falta de oxigênio, essas células morrerem, estará caracterizado o infarto do miocárdio.

São os seguintes os principais vasos sanguíneos que saem do co-ração ou chegam nele:

O átrio direito se comunica com o ventrículo direito através da válvula tricúspide, enquanto o átrio esquer-do se comunica com o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral ou bicúspide. A primeira delas possui três membranas que permitem a passagem do sangue ape-nas num sentido, ao passo que a segunda possui somente duas membranas (essa é a razão dos nomes tricúspide e bicúspide, respectivamente).

04. VÁLVULAS (VALVAS) CARDÍACAS

Na origem da artéria aorta, e artéria pulmonar próximo aos ventrículos, existem as válvulas sigmóides (válvula aórtica, do lado esquerdo e válvula pulmonar do lado direito). Assim, o sangue não pode mais retornar aos ventrículos depois que deles saiu.

Vasoos Linfáticos Linfa

Veia cava superior e veia cava inferior — são duas veias grandes e grossas que chegam ao coração pelo lado di-reito e desembocam no átrio direito. Elas recebem sangue venoso de todo o corpo, através de diversos ramos: veia renal (rins), veia hepática (fígado) etc.

Veias pulmonares — são quatro veias de calibre médio. Chegam ao coração pelo lado esquerdo, trazendo sangue arterial dos pulmões ao átrio esquerdo.

Artéria pulmonar — é um vaso grosso que sai do ven-trículo direito e se rami ca em duas. Transporta sangue venoso do coração para os pulmões.

Artéria aorta — é um vaso grande e grosso. Sai do ven-trículo esquerdo e leva sangue arterial à todo o corpo. A partir do coração, se rami ca e se espalha por todos os ór-gãos do corpo, recebendo nomes diferentes: artéria renal (rins), artéria hepática (fígado), coronárias (miocárdio), ca-rótidas (cabeça); subclávias (braços), gástrica (estômago), pancreática (pâncreas), mesentérícas (intestinos), esplêni-ca (baço), pudendas (órgãos genitais) e ilíacas (membros inferiores).

Page 39: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 39n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

05. TIPOS DE CIRCULAÇÃO HUMANA

Pequena circulação / Circulação pulmonar: é o percurso do sangue do ventrículo direito até os pulmões (hemato-se), através da artéria pulmonar, e dos pulmões até o átrio esquerdo, através das veias pulmonares.

CORAÇÃO PULMÕES CORAÇÃO(Hematose)

CORAÇÃO CORPO CORAÇÃO(Efeito Böhr)

Grande circulação/Circulação sistemica: é o percurso do sangue do ventrículo esquerdo até todo o organismo (Efei-to Böhr), através da artéria aorta e de seus ramos e dos diversos órgãos até o átrio direito, através das veias cavas.

06. O TRABALHO CARDÍACO

A contração do miocárdio é chamada de sístole (o cora-ção expulsa o sangue) enquanto que o seu relaxamento é cha-mado de diástole (o coração enche de sangue). A sístole de-termina uma pressão no sistema arterial chamada de pressão sistólica(máxima), que é de mais ou menos 120 mmHg. Na diástole(pressão diastólica ou mínima) a pressão é de mais ou menos 80 mmHg. Dizemos então, que em condições normais (normotensão arterial), a pressão arterial deve ser de 120 por 80 mmHg. No homem adulto em repouso a frequência cardíaca (batimentos do coração) é de 70 a 80 minuto batimentos por mínuto(bpm).

07. REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA

O coração é uma bomba hidráulica que deve funcionar con-tinuamente, durante toda a vida, mas também ajustar-se às so-licitações do organismo quanto a um maior ou menor uxo de sangue. Inicialmente devemos lembrar que ele é um orgão capaz de se auto-estimular para garantir a contração, o que é chamado automatismo cardiáco. A melhor prova disso é que, cortando-se toda sua inervação, ele continua a se contrair, além das bras musculares estriadas, caracteristicas do miocárdio, o coração tem um tipo especial de bras nervosas, que se agrupam em regiões bem determinadas. A primeira massa de bras nervo-sas condutoras ca na base da veia cava superior e constitui o nódulo sino-atrial(S.A.) ou nódulo sinusal que é o marca-passo cardiáco; iniciando o estímulo para a contração. Daí os impulsos vão para o nódulo atrio-ventricular (A.V.) atingem o feixe de His, situado entre os ventriculos, chegando às bras de Purkinge. O impulso se propaga com grande rapidez, determinando a con-tração total do miocárdio, que caracteriza a sístole ventricular.

PEQUENA CIRCULAÇÃO

GRANDE CIRCULAÇÃO

Marcapasso Des brilador

Page 40: Apostila de Biologia - Impacto

40 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

FrenteFicha04

02SISTEMA CARDIO-VASCULAR II

TRABALHO CARDÍACO

Movimentos do Coração:

As Fases da Contração Cardíaca:

MiocárdioSÍSTOLE

DIÁSTOLE{

DIÁSTOLEEnchimento dos átrios

CONTRAÇÃO DOSVENTRÍCULOS

Enchimento dos átrios

Esvaziamento dosventrículos

SISTOLE ATRIALEnchimento das ventrículosc e to dos át os

Ã

c e to das e t cu o

FREQUÊNCIA CARDÍACA

Adulto normal = 60 – 80 bpm

-Normocardia: Batim. Cardiacos normais-Taquicardia: Batim. Cadiacos (+100bpm)-Bradicardia: Batim. Cadiacos (-50bpm)

-Pressão sistólica: PA máxima-Pressão diastólica: PA máxima

-Hipertensão arterial: PA-Hipotensão arterial: PA-Normotensão arterial:

PRESSÃO ARTERIAL (PA)

TIPOS:

Obs:

*Força do sangue na parede da artéria:

{{ rtrtrtttrtrtererial:lll:l---

Es gmomanômetro Digital Es gmomanômetro Manual

OBSERVAÇÃO: PS - PD* 120 / 80 mm Hg* 140 / 60 mm Hg* 130 / 70 mm Hg

AUTOMATISMO CARDÍACO(Condução elétrica do coração)

DESFIBRILADORES

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA-LINFA

Page 41: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 41n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

CIRCULAÇÃO NOS VERTEBRADOS

- Circulação Aberta: Sangue circula no coração, vasos sangüí-neos e em lacunas.

- Circulação fechada: sangue circula no coração e vasos san-güíneos.

- Circulação Simples: circula um tipo de sangue no coração.- Circulação Dupla: circulam dois tipos de sangue no coração.- Circulação incompleta: ocorre mistura sangüínea.- Circulação completa: não há mistura sangüínea.

ANFÍBIO

CROCODILIANOS - AVES MAMÍFEROS

CIRCULAÇÃO

CIRCULAÇÃO

PEIXE

CIRCULAÇÃO HUMANA

CIRCULAÇÃODUPLA

INCOMPLETA

RÉPTIL

DUPLA

SIMPLES

COMPLETA

COMPLETA

Page 42: Apostila de Biologia - Impacto

42 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

n O sangue é um tecido fluido, no qual as células ou elemen-tos figurados estão contidas num líquido denominado plas-ma. Há três tipos básicos de células: as hemácias, os leucóci-tos e as plaquetas (fragmentos de células).

a) Plasman Contém aproximadamente 90% de água. Nele estão dissolvi-das proteínas como a albumina, as globulinas e o fibrinogênio. Além disso, encontram-se no plasma: aminoácidos, açúcares e lipídios simples, substâncias resultantes da digestão, que são distribuídas às células. Por outro lado, também se encon-tram presentes materiais da excreção nitrogenada, como uréia, ácido úrico e creatinina, removidos dos tecidos. Da compo-sição do plasma fazem parte ainda vitaminas, hormônios e sais minerais.

b) Hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhosn São Células discóides bicôncavas e anucleadas nos mamí-feros. Há aproximadamente 5.000.000 de hemácias por mm3 de sangue humano. Elas contêm uma alta taxa do pigmento hemoglobina(cor vermelha do sangue), que tem uma grande afinidade pelo oxigênio. Um pigmento eficiente no transporte de O2 deve ter duas propriedades básicas:

b.1. Captação de grandes quantidades de oxigênio;b.2. Formação de compostos instáveis com o oxigênio.n Em relação à primeira propriedade, sabemos que 100 ml de plasma podem conter apenas 0,3 ml de oxigênio, enquanto os mesmos 100 ml de sangue dos mamíferos com hemoglobina nas hemácias podem conter cerca de 20 ml de oxigênio.n A Segunda propriedade garante uma pronta combinação do pigmento com o oxigênio (nos órgãos respiratórios) e uma fácil liberação desse oxigênio (nos tecidos).

c) Leucócitos (glóbulos brancos)n São células de formas e funções va-riadas. Normalmente, encontram-se ao redor de 8.000 leucócitos por mm3 de sangue humano. Estão relacionados com a defe-sa do organismo contra a invasão de microorganis-mos. Esta defesa pode ser efetuada por alguns leucó-citos através da fagocitose dos elementos estranhos, ou através da produção de anti-

TECIDO SANGUINEO

FrenteFicha

04

03

PLASMA

ELEMENTOSFIGURADOS

ENDOTÉLIO

HEMATOLOGIAO estudo do sangue

• 92% água• 7% de proteínas e sódio• 1% outras substâncias dissolvidas

• Glóbulos vermelhos• Glóbulos brancos• Plaquetas

Neutrófilo Eosinófilo Basófilo

A foto mostra um linfócito:

tipo de glóbulo branco que

produz anticorpos que ata-

cam organismos invasores

ou substâncias estranhas.

As plaquetas são frag-

mentos de células que

lançam substâncias que

atuam na coagulação

sanguínea

corpos. Por serem células capazes de deformação, os leucócitos podem atravessar as paredes dos vasos capilares (diapedese) e se deslocar no tecido conjuntivo através de movimento ame-bóide, por emissão de pseudópodos.

d) Plaquetas (trombócitos) coagulação sanguínea

Saída de um leocócito do sangue (diapedese) e fagocitose de micróbios invasores

plaquetas

coágulo sanguíneo

Monócito

Linfócito

pseudópode

diapedese

fagocitose

Granulócitos

Agranulócitos

Page 43: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 43n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

n São fragmentos de células da medula óssea, ricos em subs-tâncias promotoras da coagulação sangüínea. As plaquetas, em certas circunstâncias, liberam tromboplastina, que desencadeia uma série de reações. Estas culminam com a transformação do fibrinogênio, solúvel, em fibrina, proteína insolúvel. A fibrina forma uma rede que aprisiona as células sangüíneas, consti-tuindo em conjunto o coágulo. A coagulação é um processo importante, já que é através dele que hemorragias são bloque-adas. Nos hemofílicos faltam uma das substâncias relacionadas à coagulação, interrompendo-se assim a cadeia de reações que levam à formação de fibrina.

Processo de coagulação

n Além da circulação sanguínea, o corpo é irrigado também pela circulação linfática. Ela é formada pelos vasos linfáticos, condutos que nascem ao nível dos tecidos, reúnem-se uns com os outros, formando vasos linfáticos mais grossos, e acabam se abrindo em determinados vasos sangüíneos.

n Todos os vasos linfáticos do organismo convergem para dois grandes troncos – o canal torácico, que se abre na veia subclá-via esquerda, e a grande veia linfática, que termina na veia subclávia direita.

n Os vasos linfáticos conduzem a linfa, passando, em pon-tos estratégicos, pelo interior de gânglios linfáticos (onde há produção de leucócitos). A linfa, substância líquida que corre pelos vasos linfáticos, é formada de plasma e leucócitos que atravessaram a parede dos capilares e passaram para os tecidos adjacentes. Eles são recolhidos e transportados de volta para o sangue através da rede linfática.

n Os vasos linfáticos são dotados de válvulas que impedem o refluxo da linfa. Além disso, os movimentos dos corpos pro-vocam, pelas contrações musculares, “compressores” dos vasos linfáticos, ajudando a impelir a linfa sempre para frente. A linfa tem por função o transporte de leucócitos (defesa orgânica) e de alguns nutrientes absorvidos no intestino lipídios.

Número de células sanguíneas

Elementos figuradosdo sangue

Hemácias (4.000.000 - 6.000.000/mm3 de sangue)

Leucócitos(4.000 a10.000/mm3

de sangue)

GranulócitosEosinófilosNeutrófilosBasófilos

Agranulócitos Linfócitos Monócitos

Plaquetas (150.000 – 500.000/mm3 de sangue)

órgãos hematopoéticos• Produzem células sanguíneas:• Medula vermelha óssea• Baço

órgãos hemocateréticos• Destroem células sanguíneas envelhecidas• Baço• Fígado

Fibrinogênio

Plaquetas Tecido lesado

Trombina

Tromboplastina

Ca++

Protrombina(enzima inativa)

Fibrina(coágulo)

A circulação linfátican Anemia → diminuição do número de hemácias (menos de 4.000.000)

n Leucopenia → diminuição do número de leucócitos (menos de 4.000): viroses.

n Leucocitose → Aumento do número de leucócitos (mais de 10.000): BacteriosesLeucemia → Aumento exagerado de leucócitos anor-mais (mais de 50.000)

adenoide

tonsila

vasos linfáticosmassa de linfócitos

e macrófagos

células dos tecidos vaso linfático

capilar sanguineo

capilar linfático

fluído intersticial

nóduloslinfáticos

NóDULO LINFÁTICO

timo

baço

placa de Peyer(Intestino delgado)

apêndice

preauricularoccipitalsubmandibularcervicais

paraesternaisaxilares

cubitais

inguinais

das poplitéias

do mento

LINFONODOS DO CORPO

Page 44: Apostila de Biologia - Impacto

44 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

n Conjunto de órgãos destinados a produção de gameta (óvu-lo), produção de hormônios, fecundação, acomodação, desen-volvimento e expulsão do feto.

1. Constituição:n É constituído pêlos órgãos reprodutores e estruturas anexas. a) órgãos Reprodutores: Ovário – Tuba Uterina - Útero - Vagina.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

FrenteFicha

04

04Sistema Reprodutor

FEMININO

miométrio

Pequenoslábios

Grandeslábios

Vagina

Ureta

Clitóris

Monte de Vênus

colo do útero vagina

Endométrio

úteroovário tuba uterina

b) Estruturas Anexas: é representada pela vulva (pudendo): grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, abertura da uretra, abertura vaginal, hímen e glândulas de Bartholin.

2. órgãos reprodutores

n Ovários: são as gônadas femininas (glândulas Sexuais femi-ninas). São 2 órgãos glandulares, ovóides, localizados em cada

lado do baixo ventre (fossa ilíaca direita e esquerda). São res-ponsáveis pela produção do óvulo e de hormônios sexuais fe-mininos (estrógeno e progesterona). São glândulas mistas ou anfícrinas.a) Partes: cada ovário é constituído por duas camadas: córtex; medula.• Córtex: camada externa responsável pela formação do óvulo.• Medula: camada interna responsável pela produção dos hor-mônios ovarianos (estrógeno e progesterona).

Observações:

1. Na córtex encontramos as células germinativas (ovogônias) que iniciam a meiose antes do nascimento e páram na prófase l (dictióteno). Entre 12 a 14 anos a hipófise elabora o FSH que atua no ovário determinando o desenvolvimento do foliculo ovariano e prosseguimento da evolução do ovócito l.

2. A partir do 7°. mês de gestação, os ovócitos primários (no organismo fetal) iniciam a fase de maturação. Nesta etapa da ovogênese, cada ovócito primário deverá passar por uma meiose. Mas, ai, sucede um fato interessante, todos os ovócitos primários iniciam a um só tempo a divisão l da meiose. Assim, realizam quase toda a prófase l: leptóteno, zigóteno, paquíte-no e diplóteno. Ocorre, então, o curioso — todos os ovócitos primários interrompem a sua meiose ao mesmo tempo, sem realizar a última etapa da prófase l, que é a subfase da diacine-se. Toda a ovogênese parece estagnar-se. E assim permanecerá até a adolescência. Portanto, ao nascer, a menina já realizou as fases da multiplicação e crescimento e já possui um gran-de número de ovócitos primários em processo interrompido de meiose. Esse fenômeno de interrupção da meiose recebe o nome de dictióteno.n Quando se instala a puberdade e dali por diante, sob estimu-lo hormonal (hormônios gonadotróficos da hipófise), começa a ter prosseguimento o processo meiótico. Mas um ovócito apenas, de cada vez, fará o restante da meiose, completando a fase de maturação, a fim de originar um óvulo.n Dessa forma, a cada período regular de 28 dias (ciclo mens-trual) haverá a produção de um único óvulo.

B) Controle Hormonal da Fisiologia Feminina (Ciclo Mens-trual): neste controle atuam 4 hormônios: FSH + LH + Estróge-no + Progesterona.

1. F.S.H. (Hormônio Folículo Estimulante): produzido pela hipófise, determinando:• Desenvolvimento do ovócito I e amadurecimento do folículo ovariano (de GRAAF).• Estimula a produção de Estrógeno pelo ovário.

2. Estrógeno: elaborado pelos ovários, determina:• A preparação da mulher para o sexo (aparecimento dos ca-racteres sexuais secundários).• Produção de LH pela hipófise.

Page 45: Apostila de Biologia - Impacto

www.portalimpacto.com.br 45n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

3. L.H. (Hormônio Luteinizante): elaborado pela hipófise, determinando:• Rompimento do foliculo de Graaf e a liberação do ovócito II, fenômeno chamado de ovulação.• Desenvolvimento do corpo amarelo (corpo Lúteo) e a produ-ção por este do hormônio progesterona.

4. Progesterona: produzida pelos ovários (corpo amarelo), determina:• Preparação da camada interna do útero (endométrio) para receber o ovo (zigoto).• Paralização da produção de FSH pela hipófise.

FSH → ESTRóGENO → LH → PROGESTERONA

Glândula Hormônio órgão alvo Características

Hipófise

FSH OvárioEstimula o desenvolvimento do folículo ovariano, ovócito I e a secreção de estrógeno.

LH OvárioEstimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo amarelo (lúteo).

Prolactina Mamas

Estimula a produção de leite (após estimulação prévia das glândulas mamárias por estrógeno e progesterona)

Ovário

Estrógeno

Diversos

Crescimento do corpo e dos órgãos sexuais; estimula o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas.

Sistema reprodutor

Maturação dos órgãos reprodutores; preparação do útero para a gravidez.

Progesterona

Útero

Completa a preparação da mucosa uterina (endométrio) e a mantém preparada para a gravidez.

Mamas Estimula o desenvolvimento das mamas.

Se houver fecundação

1. O córion produz a gonadotrofina coriônica (HCG) que mantém a taxa de progesterona alta.

2. A partir da 12ª semana, a placenta passa a produzir progesterona até o final da gravidez.

TUBA UTERINA(oviduto, trompa de Falópio): ór-gão reprodutor responsável pelo fenômeno da fe-cundação, que ocorre em seu terço distal, superior ou externo.

úTERO: Órgão reprodutor feminino responsável pelo desenvolvimento da gravidez e a sua descamação in-terna proporciona a menstruação.

CAMADAS

Miométrio: camada muscular uterina responsável pelos seus movimentos de contração e relaxamento.Endométrio: camada interna uterina, muito vascula-rizada (vasos sangüíneos) que quando descama pro-move o fenômeno da menstruação.

Obs: o útero é dividido em três regiões: fundo, corpo e colo uterino.

VAGINA (canal vaginal): órgão reprodutor responsá-vel pelo ato sexual, eliminação da menstruação e faz parte do canal do parto.

Trompa de Falópio

Ovário útero

VISTA LATERAL

mioma

útero

catéter

miomapediculado

miomasubmucoso

miomasubsaroso

mioma intramural

Artéria uterina

bexiga urinária

ureta

clitóris

vagina

vulva

ânus

Page 46: Apostila de Biologia - Impacto

46 www.portalimpacto.com.brn BIOLOGIA www.portalimpacto.com.br

Sistema Reprodutor

MASCULINOn O sistema reprodutor masculino humano compreende os ór-gãos genitais externos (genitália externa) e órgãos localizados no interior do corpo. A genitália externa é formada pelo pênis e pelo saco escrotal. Os órgãos reprodutores internos são os tes-tículos, epididimos, canais deferentes, canal ejaculador e pênis (uretra) e as glândulas acessórias: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais (Cowper).

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

FrenteFicha

04

05

Bexiga urinária

Vesícula seminal

Próstata

Canal ejaculador

Glândula de Cowper

Canal deferentePênis (uretra)

Epidídimo

Testículos

Testículos

n O testículo é o órgão onde se formam os espermatozóides. É constituído por tubos finos e enovelados, os túbulos semi-níferos, dentro dos quais se formam os espermatozóides. En-tre os túbulos localizam-se as células intersticiais, ou células de Leydig, cuja função é produzir testosterona (andrógeno), o hormônio sexual masculino.Obs.: Saco Escrotal n O saco escrotal, ou escroto, é uma bolsa de pele situa da abaixo do pênis, dentro da qual se aloja o par de testículos, que são as gônadas masculinas. Os testículos humanos, por estarem localizados no saco escrotal, permanecem a uma temperatura cerca de 2 a 3°C inferior à temperatura corporal, o que é neces-sário para que os espermatozóides se formem normalmente. Homens que apresentam os testículos embutidos na cavidade abdominal, anomalia denominada criptorquidia, podem não formar espermatozóides, sofrendo de esterilidade temporária.

Epidídimo

n O epidídimo é um enovelado de túbulos localizado sobre o

testículo, em comunicação direta com os túbulos seminiferos. Os espermatozóides recém-formados passam para o epidídi-mo. onde terminam sua maturação e ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual.

Vasos deferentes (canais deferentes; dutos espermáticos)

n Os vasos (ou canais) deferentes são dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contor-nando a bexiga urinaria. Sob a bexiga, os vasos deferentes pro-venientes de cada testículo se fundem em um tubo único, o duto ejaculador, que desemboca na uretra.

Vesículas seminais

n As vesículas seminais são duas glândulas, localizadas atrás e sob a bexiga urinária. Elas produzem um líquido nutritivo, o fluido seminal, que contém o açúcar frutose e cuja função é nutrir os espermatozóides. A secreção das vesículas seminais é lançada no duto ejaculatório e constitui cerca de 60% do vo-lume total do fluido eliminado durante o ato sexual. A vesícula seminal também secreta prostaglandinas.

Próstata

n A próstata, localizada sob a bexiga urinária, é a maior glân-dula acessória do sistema reprodutor masculino. Sua secreção é viscosa e alcalina; tem por função neutralizar a acidez da uri-na residual acumulada na uretra e também a acidez vaginal. A próstata envolve a porção inicial da uretra, onde lança sua secreção através de uma série de pequenos dutos.

Glândulas bulbouretrais (Cowper)

n As glândulas bulbouretrais (Cowper), localizadas sob a prós-tata, desembocam na uretra. Durante a excitação sexual, elas liberam um liquido. Acredita-se que a secreção das glândulas bulbouretrais contribua para a limpeza do canal uretral antes da passagem dos espermatozóides.

Pênis

n O pênis é o órgão copulador masculino. Possui, em seu inte-rior, três cilindros: tecido esponjoso e corpos cavernosos, for-mados por veias e capilares sanguíneos modificados.n Os corpos cavernosos, ao se encher de sangue, provocam a ereção do pênis, possibilitando sua introdução na vagina. A região anterior do pênis forma a glande, onde a pele é fina e apresenta muitas terminações nervosas, o que determina gran-de sensibilidade à estimulação sexual. A glande é recoberta por uma prega protetora de pele chamada prepúcio, às vezes re-movida cirurgicamente por meio da circuncisão.

Obs.: A uretra é um duto comum aos sistemas reprodutor e urinário do homem. Ela percorre o interior do pênis, abrindo-se para o exterior na extremidade da glande.

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www.portalimpacto.com.br 47n BIOLOGIAwww.portalimpacto.com.br

vesícula seminalureter

bexiga urinária

canal deferente

corpo cavernoso

ureta

corpo esponjoso

pênisbolsa escrotal

testículo

epidídimo

glândula de Cowper

próstata

Sêmen

ESPERMATOZOIDE

Líquido prostático

Líquido seminal

Líquido bulbo-uretal

Ejaculação

n No clímax do ato sexual, o sêmen (esper-ma), constituído: espermatozóides e pelas secreções das glândulas acessórias (líquido seminal, líquido prostático e líquido bul-buretral), é expulso do corpo por meio de contrações rítmicas da parede dos dutos espermáticos. A eliminação dos espermato-zóides é chamada ejaculação.

Observação:• A Hipófise faz o controle hormonal no homem através da produção de 2 (dois) hormônios que agem nos testículos: F.S.H. e L.H. (I.C.S.H.).

1. F.S.H. (Hormônio Folículo Estimulan-te) = estimula a espermatogênese, que tem seu início aos 7 anos e completa-se entre 12 e 14 anos.

2. L.H. (Hormônio Luteinizante) = estimu-la a produção de testosterona pelas células de Leydig. I.C.S.H. = hormônio estimulante das células intersticiais.

3. Testosterona (andrógeno): estimula a espermatogênese e determina o apareci-mento dos caracteres sexuais secundários masculinos.

Ereção

n Enchimento de sangue nos tecidos ca-

vernosos do pênis

Controle Hormonal Masculino

Testosterona

LHFSH

testículo

canaisseminíferos

epidídimo

canal deferente